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4 graus de carcinoma na bexiga
Na classificação do câncer, as designações Tx, Ta, T1, T2 e T4 são usadas para descrever a extensão de
invasão do tumor, particularmente útil em cânceres como o de bexiga. Aqui está um resumo de onde cada um
deles fica e o que atinge:
1. Tx: Refere-se a casos em que o tumor não pode ser avaliado. Isso pode ocorrer por falta de dados ou
por limitações no exame. Não é possível determinar onde o tumor está ou o quanto ele invadiu o
tecido.
2. Ta: Descreve um tumor localizado apenas na camada mais superficial do órgão. No caso da bexiga,
Ta se refere a um tumor que está na camada de células uroteliais (a camada interna da parede da
bexiga) sem invadir as camadas mais profundas ou a lâmina própria. Esse tipo de tumor é geralmente
papilífero (em forma de pequenos dedos ou projeções) e não invasivo.
3. T1: Indica que o tumor começou a invadir a lâmina própria (camada subepitelial), que é uma camada
logo abaixo do epitélio. No câncer de bexiga, T1 significa que o tumor já invadiu a lâmina própria, mas
ainda não atingiu o músculo da parede da bexiga, chamado músculo detrusor.
4. T2: Refere-se a um tumor que já atingiu o músculo detrusor (a camada muscular da parede da
bexiga), mas não se espalhou além dele. Esse estágio pode ser dividido em:
○ T2a: O tumor está na camada superficial do músculo detrusor.
○ T2b: O tumor invadiu profundamente o músculo detrusor.
5. T4: Indica um tumor que já invadiu estruturas adjacentes fora do órgão onde se originou. No caso do
câncer de bexiga, T4 significa que o tumor se espalhou para além da bexiga e invadiu tecidos ou
órgãos próximos, como a próstata, útero, vagina, parede pélvica ou parede abdominal. Esse
estágio é avançado e geralmente implica invasão extensa e necessidade de tratamento mais
agressivo.
Essa classificação ajuda a definir o tratamento e o prognóstico, com Tx e Ta indicando casos iniciais e T4
mostrando doença avançada e invasiva.
características do carcinoma ductal in situ
O carcinoma ductal in situ (CDIS) é um tipo de câncer de mama não invasivo, que se caracteriza pela
presença de células malignas dentro dos ductos mamários sem invadir o tecido circundante. Suas principais
características são:
1. Confinamento aos ductos: As células cancerosas estão restritas ao interior dos ductos mamários e
não ultrapassam a membrana basal para invadir o tecido mamário ao redor, o que caracteriza um
estágio inicial do câncer.
2. Atipia celular: As células do CDIS apresentam características malignas, como pleomorfismo (variação
no tamanho e forma celular), hipercromasia (núcleos mais escuros e densos) e alterações na
organização celular.
3. Calcificações: Em muitos casos, o CDIS é identificado em mamografias devido à presença de
pequenas calcificações nos ductos, que aparecem como pontos brancos na imagem. Essas
calcificações são comuns, especialmente em padrões mais agressivos, como o comedônico.
4. Padrões histológicos variados:
○ Comedônico: Caracterizado por necrose central (área de morte celular) e calcificações
grosseiras no interior dos ductos.
○ Cribriforme: As células formam estruturas semelhantes a crivos ou peneiras, com pequenos
espaços entre as células.
○ Micropapilar: As células crescem em projeções finas, como papilas, no interior do ducto.
○ Sólido: O ducto é preenchido uniformemente por células cancerosas, sem espaços ou
estruturas visíveis.
5. Classificação por grau:
○ Grau baixo: Células com menor grau de atipia e crescimento mais lento, com menor risco de
progressão.
○ Grau intermediário: Alterações celulares mais pronunciadas que indicam uma atividade
moderada.
○ Grau alto: Células altamente atípicas, associadas a um risco maior de evolução para
carcinoma invasivo se não tratadas.
6. Risco de progressão: Embora seja um câncer não invasivo, o CDIS pode evoluir para um carcinoma
invasivo se não tratado, especialmente nos casos de alto grau.
O diagnóstico precoce do CDIS permite tratar o tumor antes que ele se torne invasivo, o que geralmente leva
a um excelente prognóstico para o paciente.
alterações celulares de carcinoma na bexiga
No carcinoma de bexiga, especialmente no carcinoma urotelial (o tipo mais comum), são observadas várias
alterações celulares que ajudam no diagnóstico e refletem o comportamento maligno do tumor. As principais
alterações celulares encontradas são:
1. Pleomorfismo celular: As células apresentam variações no tamanho e na forma, o que indica perda
de controle sobre o crescimento e a diferenciação celular, características típicas das células malignas.
2. Hipercromasia nuclear: Os núcleos das células cancerosas são mais escuros e densos devido ao
aumento do conteúdo de DNA, uma alteração comum em células malignas.
3. Aumento do núcleo-citoplasma: As células apresentam núcleos grandes em relação ao citoplasma,
evidenciando a desorganização estrutural e a rápida divisão celular.
4. Cromatina irregular: A cromatina nuclear é grosseira, irregular e densa, refletindo mutações e
anormalidades genéticas nas células tumorais.
5. Nucléolos proeminentes: Nucléolos aumentados e bem visíveis indicam uma maior atividade celular,
já que os nucléolos estão envolvidos na síntese de proteínas e no crescimento celular.
6. Alterações na arquitetura celular: As células do carcinoma urotelial tendem a perder a organização
normal e a coesão entre as células, formando agregados irregulares ou desorganizados.
7. Presença de mitoses atípicas: Há um aumento nas divisões celulares, muitas vezes com mitoses
anormais ou atípicas, indicando uma proliferação celular acelerada e descontrolada.
8. Necrose: Nos carcinomas de alto grau, pode-se observar áreas de necrose (morte celular) dentro do
tumor, um achado especialmente frequente em padrões agressivos como o carcinoma urotelial
comedônico.
Essas alterações são observadas tanto em biópsias quanto em exames de citologia urinária e ajudam os
patologistas a identificar o grau de malignidade e o estágio do câncer de bexiga, orientando assim o
tratamento e o prognóstico.
diferenças do câncer de pulmão de células pequenas e não pequenas
O câncer de pulmão é geralmente dividido em duas categorias principais: câncer de pulmão de células
pequenas (CPCP) e câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP). Esses dois tipos possuem
diferenças significativas em termos de características celulares, progressão, tratamento e prognóstico. Abaixo
estão as principais diferenças entre eles:
1. Câncer de Pulmão de Células Pequenas (CPCP)
● Características celulares: Composto por células pequenas, redondas ou em formato de “aveia” com
núcleos grandes e citoplasma escasso. As células tendem a formar camadas densas.
● Agressividade e Progressão: Muito agressivo, cresce rapidamente e tem alta tendência à metástase
precoce para o cérebro, fígado e ossos.
● Estadiamento: Geralmente estadiado em apenas dois níveis:
○ Doença limitada: Restrito a um lado do tórax e com linfonodos próximos.
○ Doença extensa: Já disseminado para outros órgãos ou para o outro lado do tórax.
● Tratamento: Responde inicialmente bem à quimioterapia e radioterapia, pois é sensível a esses
tratamentos. No entanto, as recidivas são comuns e, na maioria dos casos, tornam-se mais resistentes
ao tratamento.
● Associação com o Tabagismo: Muito associado ao tabagismo, raro em não fumantes.
● Prognóstico: Geralmente possui um prognóstico desfavorável devido à sua natureza agressiva e
rápida disseminação.
2. Câncer de Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP)
● Características celulares: Composto por células maiores e de tipos variados. Os principais subtipos
incluem:
○ Adenocarcinoma: Cresce em áreas periféricas do pulmão e é o mais comum, especialmente
em não-fumantes.
○ Carcinoma de células escamosas: Geralmente localizado nas vias aéreas centrais.
○ Carcinoma de grandes células: Células grandes e de crescimento mais rápido, mas com menor
incidência.
● Progressão: Cresce e se dissemina mais lentamente que o CPCP, com metástase geralmente
ocorrendo em estágios mais avançados.
● EstadiamentoDetalhado: Estadiado de forma mais detalhada (I a IV), ajudando a orientar
tratamentos mais específicos, como cirurgia e terapias-alvo, dependendo do estágio.
● Tratamento: As opções incluem cirurgia (nos estágios iniciais), radioterapia, quimioterapia,
imunoterapia e terapias-alvo. A escolha depende do estágio e do subtipo, e algumas terapias-alvo são
específicas para mutações presentes em certos casos.
● Associação com o Tabagismo e Outros Fatores: Fatores de risco incluem o tabagismo, mas
subtipos como o adenocarcinoma são também comuns em não-fumantes.
● Prognóstico: Geralmente tem um prognóstico mais favorável que o CPCP, especialmente quando
detectado precocemente e tratado com cirurgia e terapias personalizadas.
Essas diferenças tornam os dois tipos de câncer de pulmão muito distintos em termos de abordagem de
tratamento e expectativa de evolução, com o CPCP exigindo intervenções rápidas e intensivas, enquanto o
CPCNP permite uma abordagem mais diversificada e, em alguns casos, menos agressiva.
CITOPATOLOGIA DA 
MAMA
• O câncer de mama representa o segundo tipo
mais frequente no mundo e o mais comum entre
as mulheres, constituindo 25% dos casos novos
a cada ano.
• Considerado a primeira causa de morte entre as
mulheres no Brasil.
• O câncer de mama também acomete homens,
porém é raro, representando apenas 1% do total
de casos da doença.
http://www.inca.gov.br/
• Altos índices de mortalidade se devem à
detecção tardia, levando a tratamentos
agressivos, onde na maioria das vezes a
doença não responde bem ao mesmo.
• Em casos onde a detecção é feita
precocemente o índice de cura é alto e a
qualidade de vida é garantida.
http://www.inca.gov.br/
Estimativa de novos casos:
57.960 (2016 - INCA)
Número de mortes: 14.388, sendo
181 homens e 14.206 mulheres
(2013 - SIM)
http://www.inca.gov.br/
• Raro antes dos 35 anos, acima
desta faixa etária sua incidência
cresce rápida e progressivamente.
• Estatísticas indicam aumento de
sua incidência tanto nos países
desenvolvidos quanto nos em
desenvolvimento.
• Fatores de risco
- Fatores demográficos
- Fatores Familiares (suscetibilidade genética)
- Tabagismo
- Fatores reprodutivos
- Contraceptivos orais
- Tratamento de Reposição Hormonal (polêmica)
- Obesidade
- Fatores genéticos (mutações em determinados
genes transmitidos na família, especialmente
BRCA1 e BRCA2)
O câncer de mama ocorre tanto em
mulheres, quanto em homens na
proporção de 100/1, ou seja, em 100
casos de câncer de mama feminino há
um caso de câncer de mama masculino.
ANATOMIA 
DA MAMA
Estrutura
– epitélio glandular.
– estroma e tecido de
sustentação.
– gordura.
Estrutura anexa a pele, com peso
médio 400 gramas.
15 a 20 lobos.
Subdivididos em:
20 a 40 lóbulos.
Função secretar leite para o recém nascidos.
• Disposta simetricamente em cada lado do
tórax, anteriormente aos músculos da região
peitoral, e verticalmente da segunda à sexta
costela e transversalmente da margem do
esterno até à linha médio-axilar.
A mamografia continua a
ser a pedra angular da
população com base em
rastreamento do câncer
de mama.
DIAGNÓSTICO
O rastreio sistemático da população
feminina com base na mamografia
oferece a perspectiva de salvar
muitas vidas, reduzindo o lado
negativo dos
efeitos do tratamento através da
detecção de cancro em fases
anteriores.
AUTO EXAME
EXAME CLÍNICO
Coleta e preparo de 
esfregaços
Biópsia de fragmento (Core Biopsy).
Esse tipo de biópsia não requer internação
hospitalar e não deixa cicatrizes. Como
permite a retirada de quantidades maiores de
tecido mamário, possibilita o diagnóstico
preciso da lesão na grande maioria dos casos.
Obtenção da biópsia a partir de um 
procedimento cirúrgico
Citologia Aspirativa
Punção Biópsia Aspirativa
(PBA)
Procedimentos
- A agulha é da mesma
espessura de uma
agulha de injeção.
- Método rápido e
indolor, realizado sob
anestesia local, que
visa obter algumas
células com as quais
são feitas lâminas
para que após fixação
podem ser coradas
por H/E ou
Papanicolaou.
Mamografia - Ultrassom
Agulha para a Biopsia Aspirativa
Biópsia aspirativa de mama
Punção Biópsia Aspirativa (PBA) com Agulha
Fina.
- Método simples, isento de complicações, de grande valor em mastologia.
-1930 – Descrita Martin e Ellis.
-Pouco difundida, pois acreditava-se na disseminação de células neoplásicas ao
longo do trajeto da agulha.
-Outro fator, falta de segurança dos patologistas em estabelecer hipóteses
diagnósticas a partir do material obtido.
-Década de 60 e 70 – reintrodução e disseminação da técnica a partir dos
estudos publicados por Franzen e Zajicek.
-Atualmente a PBA tem se tornado mais relevante com o passar dos anos.
- A técnica permite reduzir o número de biópsias por patologias benignas sem
prejuízo para o diagnóstico precoce do câncer da mama, assim como um
planejamento mais adequado da cirurgia definitiva nos casos de neoplasias
malignas.
Punção Biópsia Aspirativa (PBA) com Agulha Fina no Diagnóstico
Diferencial de Patologias da Mama.
341 pacientes, foram diagnosticados histologicamente 103 tumores malignos e
238 doenças benignas da mama.
Objetivo – Avaliar a manipulação da técnica por ginecologistas, não
citopatologista .
Dados Retirados do Artigo:
Punção Biópsia Aspirativa (PBA) com Agulha Fina no Diagnóstico Diferencial de
Patologias da Mama
Francisco José Candido dos Reis, Jurandyr Moreira de Andrade, Maria Angeles Sanches Llorach Velludo, Sérgio
Alexandre de Oliveira, Ricardo Barbelli Feitosa, Heitor Ricardo Cosiski Marana, Sérgio Bighetti
7 de maio de 2008
A sensibilidade do método foi de 70,87%,
Especificidade de 70,58%, o valor preditivo positivo de 92,40%, o valor preditivo negativo
de 89,36% e a acurácia de 70,67%.
Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os valores calculados levando-se
em conta as características clínicas das lesões mamarias
Resultados:
-Material insatisfatório:
Escassez de células epiteliais.
Quando procedimento realizado pelo citopatologista o número de amostras
insuficientes pode ser reduzido de 18,9% a 3,8%.
-Falsos negativos:
Atribuído ao erro de punção (Quanto maior a experiência do ginecologista
menor a fequência de erros).
Outro, erro do material citopatológico.
As desvantagens relativas de citologia aspirativa, em comparação com
biópsia, incluem:
• citologia aspirativa requer treinamento na preparação de esfregaços de
qualidade.
• Experiência considerável em citologia - necessário para interpretar a
citologia aspirativa.
• PAAF geralmente é inadequado para a avaliação do
microcalcificações.
• citologia aspirativa não permite a distinção entre CDIS
e carcinoma invasivo.
• diagnóstico definitivo de algumas lesões pode ser difícil fazer com base
na citologia.
• Incluindo a hiperplasia ductal atípica (ADH),
CDIS de baixo grau, alguns carcinomas tubulares e lobulares e alguns
carcinomas invasivos.
Tecido estromal
Células espumosas 
Componentes celulares benignos na secreção mamária
- citoplasma abundante,
finamente vacuolizado na
periferia.
- núcleo é pequeno,
oval ou reniforme e
localizado na periferia.
A cromatina é
finamente granulosa.
- pequenas células
histiocíticas .
Ocorrência – qualquer esfregaço mamário.
Células espumosas (macrófagos) em uma punção
da mama, note a intensa vacuolização do
citoplasma.
Células epiteliais ductais benignas.
- Citoplasma colunar baixo ou 
cúbico.
- Núcleo oval, pequeno, de 
tamanhos iguais, aparentemente 
prensados em grupos 
compactos.
Ocorrência – descamação resultante de
proliferação benigna.
Células epiteliais ductais benignas.
Células apócrinas
Células de formato pleomórfico com citoplasma abundante e
granular podendo apresentar-se rosáceo ou vermelho pelo
Papanicolaou, núcleo volumoso com nucléolo proeminente e
eosinofílicos e estão dispostos em lençóis, raramente encontram-
se isoladas, são células metaplásicas dos ductos mamáriosque se
assemelham as células das glândulas sudoríparas do tecido
conjuntivo
Metaplasia apócrina de células epiteliais ductais
Células que apresentam 
citoplasma abundante, 
eosinofílico, com finos 
grânulos e núcleos 
picnóticos. 
Ocorrência: Células metaplásicas apócrinas / células epiteliais ductais numa ramificação
papilar é patológica e sugestiva de mastopatia (alteração no desenvolvimento e involução
do tecido mamário).
células epiteliais ductais
células apócrinas
Células mioepiteliais
Localizam-se abaixo do epitélio ductal
e se destacam pelo citoplasma ser
mais claro. A função das células
mioepiteliais é contrair-se,
promovendo a extrusão do leite
secretado.
Fragmentos de tecido estromal
A) Fragmento de estroma com numerosas células fusiformes, B) pequeno
fragmento de tecido adiposo.
Na doença fibrocística há hiperplasia tanto das células glandulares (internas)
dos ácinos como das mioepiteliais externas e de citoplasma claro.
Ocorrência, também de metaplasia apócrina.
Doenças benignas da mama
MAMA NORMAL DOENÇA FIBROCÍSTICA
Doença Fibrocística
- Ocorrência 20 e 40 anos, máxima sintomatologia antes da menopausa.
- Excesso de estrógenos.
- Comportamento benigno, contudo com acentuada proliferação do epitélio,
maior o risco de transformar-se em carcinoma.
Fatores de risco: hereditariedade e hábitos alimentares
(excesso de gordura e cafeína).
Presença de 
cistos 
pequenos ou 
volumosos 
derivados 
dos ácinos.
- núcleo redondo ou oval, ocasionalmente
achatado, localizado na periferia, com bordas
delicadas e homogêneas e cromatina uniforme,
evidenciando 1 ou 2 nucléolos nítidos.
Câncer de 
mama
file:///C:/Disciplina 2 semestre 2014/Citologia clínica/Figuras para prática/Mamografia Foto de Stock Royalty Free - Imagem 13017485_files/mamografia-13017485.jpg
Papiloma 
intraductal- tumor menos frequente da mama.
- localizado próximo ao mamilo.
- Decorre de proliferação do epitélio dos ductos
ou seios lactíferos, formando projeções
papilíferas na luz que podem preencher o
ducto e têm capacidade de secretar.
- As secreções podem dilatar o ducto,
formando um cisto contendo secreção
sanguinolenta.
- O tumor é benigno, não sendo considerado
precursor de carcinoma.
- Na secreção sanguinolenta
acham-se colunas alongadas
ou agrupamentos
arredondados de células
epiteliais com o núcleo
ovóide, hipertrófico,
misturadas com várias células
espumosas (mioepiteliais).
- A vacuolização do citoplasma
é um dado a favor de
papilomatose ductal.
Fibroadenoma
- tumor benigno mais comum.
- ocorre durante a idade fértil.
- Composto por estroma fibroso e glândulas.
- O tumor forma um nódulo bem delimitado do tecido mamário adjacente,
notando-se uma delicada cápsula fibrosa.
• Forma túbulos
ramificados e dilatados
em meio ao estroma,
não se organiza em
lóbulos.
• Presença de células
epiteliais e mioepiteliais
(caracterizam tumor
benigno).
Camadas planas de células
epiteliais uniformes, dispostas
ordenadamente (em colméia). O
núcleo é redondo ou oval, de
tamanho homogêneo e com uma
delicada e lisa membrana
nuclear. O arranjo da cromatina
é delicado, com uma distribuição
uniforme.
Núcleos nus bipolares sugerem
diagnóstico benigno para
FBD (fibroadenoma)
Fatores de risco câncer
de mama
▪ sexo feminino
▪ menarca precoce (antes dos 11 anos)
▪ menopausa tardia (após os 55 anos)
▪ nuliparidade (ausência de gestação)
▪ primeira gestação a termo após 30 anos
▪ mãe ou irmã com história de câncer de mama
▪ dieta rica em gordura animal
▪ dieta pobre em fibras
▪ obesidade (principalmente após a menopausa)
▪ radiação ionizante
Adenocarcinoma da mama
O carcinoma da mama (predominantemente
carcinomas) é o tumor maligno mais frequente no
sexo feminino (30% de todos os cânceres) e afeta
uma em cada nove mulheres ao longo da vida. A
grande maioria corresponde ao tipo carcinoma
ductal invasivo.
- etiologia é desconhecida, mas muitos dos
fatores de risco, implicam em prolongada
exposição à estrógeno endógeno (ou
estrógeno em excesso).
Carcinoma 
ductal in situ
As células neoplásicas preenchem os ductos mas não
ultrapassam a membrana basal (contorno dos ductos mantém-se
regular).
Carcinoma Ductal in Situ
Tumor pouco diferenciado.
As células formam cordões
sólidos que infiltram
difusamente o tecido
mamário.
Carcinoma ductal
invasivo
Carcinoma Ductal
Invasivo
Carcinoma Ductal in Situ
Carcinoma Ductal in Situ
As células malignas de origem ductal na secreção mamária mostram as
mesmas características citológicas, independentemente da infiltração além da
membrana basal dos ductos.
- hipercromatismo. 
- aumento nuclear com distribuição 
irregular da cromatina.
- relação núcleo-citoplasmática 
aumentada. 
- macronucléolos. 
- multinucleação. 
- intensa celularidade (em grupos e células
isoladas).
- tridimensionalidade nos grupos celulares.
- células desprendidas em seus bordos.
- células de tamanhos variáveis ora
amoldadas com citoplasmas mal
definidos, as vezes vacuolizados (células
em anel de sinete).
- mitose.
- ausência de células mioepiteliais
- estroma adiposo aderido a grupos de
células tumorais.
• Nódulo
» Indolor
» Com limite impreciso
» Superfície irregular
» Aderido ao tecido vizinho
» Com microcalcificações pleomórficas
FERNANDA VALÉRIA PAULINO FRANCISCO
G79DJD-0
BI4P28
Vacuolização
● O que é: Refere-se à formação de vacúolos (cavidades cheias de líquido) dentro da célula,
principalmente no citoplasma.
● O que indica: A vacuolização ocorre quando há lesão ou estresse na célula, levando ao acúmulo de
água ou outros líquidos. Isso é comum em situações de isquemia (falta de suprimento de sangue),
inflamação crônica ou acúmulo de toxinas.
● Exemplo clínico: O fígado gorduroso (esteatose hepática) pode apresentar vacuolização, com
vacúolos contendo gordura.
2. Metacromasia
● O que é: A metacromasia ocorre quando a coloração de certas células ou tecidos muda de forma
inesperada ao utilizar um corante específico. Em vez de sua cor usual, a célula ou tecido adquire uma
coloração diferente.
● O que indica: Isso acontece devido à presença de componentes celulares que alteram a forma como
o corante é absorvido, como mucopolissacarídeos ácidos (glicosaminoglicanos). O tecido que
normalmente seria de uma cor se torna de outra devido a essas interações químicas.
● Exemplo clínico: Tecidos ricos em cartilagem ou mastócitos (células do sistema imunológico)
apresentam metacromasia.
3. Pseudoeosinofilia
● O que é: Refere-se à coloração anormal de estruturas que parecem eosinofílicas (avermelhadas) sob
o microscópio, mas que na verdade não são.
● O que indica: Esta alteração geralmente aparece em células que estão passando por degeneração ou
necrose. A interação anormal com os corantes ácidos, como a eosina, cria essa falsa aparência.
● Exemplo clínico: Células em necrose ou apoptose avançada podem exibir pseudoeosinofilia.
4. Disceratose
● O que é: É uma alteração no processo de queratinização, que é o processo de maturação e
endurecimento das células epiteliais, principalmente na pele.
● O que indica: Sinal de uma maturação celular anormal, frequentemente visto em doenças da pele e
em neoplasias. Isso significa que as células estão se queratizando de forma prematura ou errada.
● Exemplo clínico: Doenças como o líquen plano ou carcinomas espinocelulares mostram disceratose
nas células epiteliais.
5. Hipercromasia
● O que é: O núcleo da célula fica intensamente corado, mais escuro que o normal, indicando uma alta
concentração de DNA.
● O que indica: A hipercromasia é frequentemente associada a células malignas, pois o aumento da
condensação de DNA reflete atividade replicativa aumentada ou desorganizada.
● Exemplo clínico: Células cancerígenas frequentemente apresentam hipercromasia devido à sua
replicação descontrolada.
6. Cariomegalia
● O que é: Aumento anormal do tamanho do núcleo da célula.
● O que indica:Um sinal de distúrbios no ciclo celular, a cariomegalia pode ocorrer em infecções virais
(como o citomegalovírus) ou em câncer, onde a divisão celular está desregulada.
● Exemplo clínico: O citomegalovírus pode causar cariomegalia, especialmente em células infectadas.
7. Cariopicnose
● O que é: Condensação extrema do núcleo, que se torna pequeno e muito denso.
● O que indica: Esta é uma característica de células em estágio terminal de morte celular, como na
necrose, onde o núcleo já não está funcional e está se fragmentando.
● Exemplo clínico: Células em necrose apresentam cariopicnose antes de passar para estágios mais
avançados de destruição nuclear.
8. Anisonucleose
● O que é: Variação significativa no tamanho dos núcleos entre células de uma mesma amostra.
● O que indica: Esta alteração é comum em neoplasias, onde as células cancerígenas perdem a
uniformidade no tamanho do núcleo devido à desregulação do ciclo celular. Células normais tendem a
ter núcleos de tamanhos similares.
● Exemplo clínico: Em biópsias de câncer, como o carcinoma de mama, a anisonucleose é
frequentemente observada.
9. Irregularidades da membrana nuclear
● O que é: A membrana nuclear apresenta alterações na sua superfície, como invaginações,
rugosidades ou deformidades.
● O que indica: Essas irregularidades são frequentemente observadas em células malignas, refletindo
instabilidade no núcleo e uma replicação celular descontrolada.
● Exemplo clínico: Células cancerígenas mostram irregularidades na membrana nuclear,
especialmente em tumores sólidos.
10. Cariorrexe
● O que é: Fragmentação do núcleo em vários pedaços.
● O que indica: Um dos estágios da morte celular, seja por necrose ou apoptose, onde o núcleo se
quebra em pequenos fragmentos. Isso ocorre em resposta a lesões irreparáveis dentro da célula.
● Exemplo clínico: Observada em necrose coagulativa e apoptose, a cariorrexe é um sinal de
destruição irreversível.
11. Cariólise
● O que é: Desintegração total do núcleo celular, com a perda do DNA e das proteínas nucleares.
● O que indica: Estágio final de necrose, em que o núcleo desaparece completamente, marcando o fim
da viabilidade celular.
● Exemplo clínico: Em infartos, como os do miocárdio, a cariólise é vista em células mortas.
Profa. MSc. Juliana Garcia
UNIDADE III
Citopatologia Oncótica
 O sistema respiratório consiste em vias respiratórias e pulmões, em que ocorre a troca de 
gases. Funcionalmente, as vias respiratórias do sistema respiratório podem ser divididas em 
duas partes: As vias aéreas superiores são formadas pelas: fossas nasais, faringe e laringe;
 As vias aéreas inferiores são formadas pela: traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Os 
três últimos localizados nos pulmões.
 Os pulmões são as estruturas funcionais do sistema 
respiratório. Os pulmões têm irrigação sanguínea proveniente 
de duas fontes: a circulação pulmonar desempenha a função 
de troca gasosa dos pulmões, enquanto a circulação brônquica 
distribui sangue às vias aéreas de condução e às estruturas de 
sustentação do pulmão. 
Citopatologia e vias respiratórias: 
anatomia e histologia do sistema respiratório
 O sistema respiratório pode ser dividido em uma porção condutora, que conduz o ar para os 
locais onde se dão as trocas gasosas, e uma porção respiratória, onde ocorre a troca de 
gases entre o ar e o sangue. 
 A porção condutora é formada por: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, 
bronquíolos e bronquíolos terminais. 
 A porção respiratória consiste em: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos 
alveolares e alvéolos.
Citopatologia e vias respiratórias: 
anatomia e histologia do sistema respiratório
Ilustração do sistema respiratório. Fonte: MONTANARI, T.; BORGES, E. O. Museu virtual do corpo 
humano. Porto Alegre: UFRGS, 2010. Disponível em: http://www.ufrgs.br/museuvirtual
 Os principais componentes do tecido pulmonar, vistos nos preparados citológicos, são as 
células do epitélio respiratório e os macrófagos:
 Células colunares ciliadas: São muito especializadas, estão presentes na traqueia e nos 
brônquios, possuem núcleos basais, cromatina fina e uma barra terminal marcada com cílios. 
 Células mucossecretoras (globet cells): Estão presentes na 
mucosa respiratória da cavidade nasal, numa relação de uma 
para seis células ciliadas, também possuem núcleos basais e 
seu citoplasma é distendido pela presença de mucinas, que 
são secretadas para a luz das vias respiratórias, exercendo 
importante efeito citoprotetor;
 Células basais ou de reserva: Localizam-se junto à membrana 
basal, são pequenas e indiferenciadas, provavelmente as 
precursoras das células ciliadas e mucossecretoras. 
Citopatologia e vias respiratórias: 
anatomia e histologia do sistema respiratório
 Células neuroendócrinas (ou células de Kulchistsky): Estão presentes no epitélio brônquico, 
tanto de forma isolada como em agregados (corpos neuroepiteliais) e só são identificadas 
por meio de colorações especiais ou pela microscopia eletrônica. Estão estreitamente 
relacionadas com as terminações nervosas da mucosa respiratória e têm funções sensitiva e 
secretora. Quando transformadas por carcinógenos, originam o carcinoma de pequenas 
células, uma das neoplasias pulmonares mais agressivas. 
 Células de clara (clara cells): São células colunares, não 
ciliadas, que revestem os bronquíolos terminais em que o fluxo 
aéreo é mais lento, propiciando maior interação com os 
componentes químicos inalados. Sua função mais importante 
é a metabolização de xenobióticos (pesticidas agrícolas, 
inseticidas, plásticos, produtos de limpeza e fármacos) 
e em algumas situações podem contribuir para a geração 
de intermediários carcinógenos. 
Citopatologia e vias respiratórias: 
anatomia e histologia do sistema respiratório
 Pneumócitos Tipo I: Revestem cerca de 95% da superfície interna alveolar, são mais 
numerosas que os pneumócitos II, são planas, pobres em organelas e com citoplasma 
extenso. São células que não se dividem. 
 Pneumócitos Tipo II: Encontram-se na superfície interna alveolar, são células redondas com 
citoplasma vacuolado, difíceis de serem distinguidas dos macrófagos alveolares nos 
preparados citológicos. São responsáveis pela produção do surfactante, substância que 
controla a tensão superficial da interface ar – líquido pulmonar e que facilita a fagocitose de 
micro-organismos pelos macrófagos alveolares. Quando há lesão alveolar, funcionam como 
células de reserva para os pneumócitos tipo I. 
Citopatologia e vias respiratórias: 
anatomia e histologia do sistema respiratório
 Macrófagos alveolares: Originam-se dos próprios pulmões ou dos monócitos circulantes, 
sendo também conhecidos como pneumócitos tipo III. Cada alvéolo possui de dois a três 
macrófagos residentes livres, que representam a primeira linha de defesa alveolar.
 Células mesoteliais: São frequentemente vistas nas biópsias aspirativas, particularmente nas 
lesões da pleura. 
 Células serosas: Juntamente com as células mucosas, são responsáveis pela maior parte 
dos componentes orgânicos do fluido que reveste internamente as vias respiratórias e pela 
secreção de componentes importantes para a defesa pulmonar.
Citopatologia e vias respiratórias: 
anatomia e histologia do sistema respiratório
 As infecções respiratórias são as causas mais comuns de doença respiratória. Isso inclui 
resfriado comum, influenza, pneumonias, tuberculose e infecções fúngicas. 
 A quantidade e qualidade do material citológico são fatores determinantes na precisão 
diagnóstica e estão diretamente relacionados ao uso de técnicas adequadas de amostragem 
e ao processamento apropriado dos espécimes. 
 Obtidos por meio da punção aspirativa com agulha fina (Paaf) ou por capilaridade.
 Obtidos a partir da raspagem de uma lesão ou de células que 
descamam naturalmente; compreendem os escovados, lavados 
e também as análises de escarro.Coleta e confecção dos esfregaços
Punção
 Punção aspirativa com agulha fina (Paaf): na obtenção de amostras de nódulos ou tumores 
de qualquer topografia, seja de órgãos superficiais, como mama, tireoide, linfonodos e 
glândulas salivares, principalmente, seja de órgãos profundos, como pulmão, fígado, 
pâncreas e retroperitônio. 
Punção por capilaridade
 Escovados
 Lavados: Lavado brônquico e Lavados broncoalveolares (LBA)
 Escarro
Coleta e confecção dos esfregaços
 Com finalidades de estadiamento e tratamento, o câncer de pulmão é classificado como 
CPPC (Cânceres pulmonares de pequenas células) ou CPCNP (Cânceres pulmonares de 
células não pequenas). 
 A razão principal para isso é que quase todos os CPPC já produziram metástases por 
ocasião do diagnóstico. 
 As manifestações clínicas do câncer pulmonar podem ser 
atribuídas ao envolvimento do pulmão e das estruturas 
adjacentes, aos efeitos da disseminação local e das 
metástases e às síndromes paraneoplásicas que causam 
disfunção endócrina, neurológica e hematológica. Como ocorre 
com outros cânceres, o câncer de pulmão causa sinais e 
sintomas inespecíficos, como anorexia e emagrecimento.
Análise da citologia normal do sistema respiratório e citopatologia 
neoplásica do sistema respiratório
 Os CPPC caracterizam-se por um tipo celular distintivo, isto é, células redondas ou ovais 
pequenas que têm dimensões semelhantes ao tamanho de um linfócito. As células proliferam 
em grupos, que não demonstram organização glandular ou escamosa. 
 Esse tipo de célula está diretamente associado ao tabagismo e 
raramente é observado nos indivíduos que nunca fumaram. Os 
CPPC são altamente malignos, tendem a causar infiltrados 
difusos, disseminam em estágios precoces de sua evolução e 
raramente são operáveis. Esse tipo de câncer pulmonar está 
associado a várias síndromes paraneoplásicas, inclusive 
síndrome de secreção inadequada de hormônio antidiurético 
(SSIADH), síndrome de Cushing associada à secreção 
ectópica de hormônio adrenocorticotrófico e síndrome de 
Eaton-Lambert (um distúrbio neuromuscular). 
Cânceres pulmonares de pequenas células
 Carcinoma espinocelular. É diagnosticado mais comumente nos homens e está relacionado 
com a história de tabagismo. Esse tipo de carcinoma tende a originar-se dos brônquios 
centrais na forma de uma proliferação intraluminar e, deste modo, pode ser diagnosticado 
mais precocemente por exame citológico do escarro que os outros tipos de câncer 
do pulmão. 
 Adenocarcinoma. A associação desse tipo de câncer ao 
tabagismo é menos evidente que a do carcinoma espinocelular. 
O adenocarcinoma de pulmão é mais comum nas mulheres e 
nos indivíduos que não fumam. Os adenocarcinomas podem 
originar-se dos tecidos bronquiolares ou alveolares do pulmão. 
Esses tumores tendem a se localizar mais perifericamente que 
os carcinomas espinocelulares e, em alguns casos, estão 
associados a áreas de retração fibrótica.
Cânceres pulmonares de células não pequenas 
 Carcinoma de células grandes. Caracteriza-se por células poligonais volumosas. Esses 
tumores constituem um grupo de neoplasias altamente anaplásicas e difíceis de classificar 
como carcinomas espinocelulares ou adenocarcinomas. Os carcinomas de células grandes 
tendem a ocorrer na periferia dos pulmões e invadir brônquios segmentares e vias 
respiratórias mais calibrosas. Os tumores desse tipo têm prognóstico desfavorável, em razão 
de sua tendência a produzir focos metastásticos distantes em estágios iniciais de 
sua evolução. 
Análise da citologia normal do sistema respiratório e citopatologia 
neoplásica do sistema respiratório
Com finalidades de estadiamento e tratamento, como o câncer de pulmão é classificado?
Interatividade
Cânceres pulmonares de pequenas células ou Cânceres pulmonares de células não pequenas. 
Resposta
 O câncer de mama é uma das doenças mais incidentes em mulheres na faixa etária de 40 a 
59 anos com múltiplos fatores de risco associados: fatores genéticos, ambientais e 
comportamentais, caracterizando-se pela proliferação desordenada e em constante 
crescimento das células deste órgão;
 O câncer de mama representa um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, 
dada a sua alta incidência, morbidade/mortalidade, como também pelo alto custo no 
tratamento, seguimento e reabilitação. Estimativas apontam que, em 2020, serão cerca 15 
milhões de novos casos, podendo atingir 12 milhões de mortes;
 Diante deste panorama desfavorável à saúde das mulheres 
brasileiras, as autoridades sanitárias do país, preocupadas em 
transformar esta triste estatística, utilizando como instrumento a 
lei Federal 11.664/2008-MS, estabeleceram como estratégia a 
garantia de acesso ao método de diagnóstico da mamografia a 
todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade como 
prevenção secundária ao câncer de mama. 
Citopatologia da mama: anatomia e histologia da mama
 Apesar da mamografia ser o método de eleição para o rastreamento deste agravo, pois 
possibilita a detecção precoce de lesões menores ou iguais a um centímetro, representam 
melhor resposta terapêutica e capacidade de cura. 
 Atualmente, a terapêutica do carcinoma mamário é realizada por uma equipe multidisciplinar 
visando ao tratamento integral da paciente. 
 As condutas terapêuticas a serem instituídas são: cirurgias 
conservadoras e/ou radicais, radioterapia complementar, 
quimioterapia e/ou hormonioterapia, fundamentada de acordo 
com a análise da técnica da Imuno-histoquímica (IHQ). Assim, 
o custo para esta terapêutica está subordinado ao estádio da 
doença no momento do diagnóstico, estando em torno de R$ 
23.275,00 (INSTITUTO DO CÂNCER, 2004, BARROS, 2001; 
GODINHO, KOCH, 2004).
Citopatologia da mama: anatomia e histologia da mama
 A maioria deste tipo de câncer acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o tumor 
mais comum denomina-se Carcinoma Ductal. Este pode ser “in situ”, quando não passa das 
primeiras camadas de célula destes ductos; ou invasor, quando invade os tecidos 
adjacentes; e/ou metástase. Já os que acometem os lóbulos da mama são chamados de 
Carcinoma Lobular e são menos frequentes e, geralmente, afetam as duas mamas.
 O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de 
forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a edemaciada e hiperemiada.
 A sintomatologia inicial é um pequeno nódulo no seio, 
geralmente indolor, e que pode crescer lenta ou rapidamente, 
dependendo de sua carcinogênese. 
Citopatologia da mama: anatomia e histologia da mama
 Os tumores malignos de mama são classificados conforme as características de suas células 
e relação com os tecidos ao seu redor. Nas fases iniciais, ainda sem a presença de nódulos, 
as alterações do tecido provocam um acúmulo de cálcio e podem ser identificadas pela 
mamografia como grupamentos de calcificações. As chamadas microcalcificações agrupadas 
podem indicar o câncer em fase muito precoce, com lesões menores ou iguais a um 
centímetro de diâmetro.
 Quando as células estão anormais e não existe ruptura das 
suas membranas basais, ou seja, não existe invasão de 
tecidos, o carcinoma é chamado de in situ. Se as células são 
provenientes dos ductos, o carcinoma é dito ductal e se 
oriundas em lóbulos mamários chama-se de carcinoma lobular, 
havendo quebra da barreira entre as células, acrescenta-se a 
denominação invasor.
Classificação quanto ao tipo histológico e estadiamento tumoral
 O carcinoma ductal infiltrante ou invasor (CDI) é o mais prevalente nas mulheres, classificado 
de acordo com as variações morfológicas, que são inumeráveis, e o padrão de 
disseminação. Os CDI são tumores sólidos, firmes, pouco circunscritos, com bordos 
infiltrativos e de consistência arenosa. A superfície de corte é amarelada ou cinza amarelada, 
com trabéculas irradiando na gordura adjacente, conferindo ao tumor umaspecto estrelado 
ou 17 espiculado. Algumas vezes estes tumores podem ser delimitados, redondos, lobulados 
ou multinodulares.
Classificação quanto ao tipo histológico e estadiamento tumoral
 Estrutura da Glândula Mamária.
Classificação quanto ao tipo histológico e estadiamento tumoral
 Esquema de progressão tumoral em câncer 
de mama.
Fonte: Adaptado de: SENISKI. Análise do perfil de metilação do promotor do gene 
adam33 e sua correlação clínica com câncer de mama. UFPR, 2008. p. 23.
Ducto normal Carcinoma 
in situ
Carcinoma 
invasivo
Ductos
Lóbulos
Costelas
Músculo
Tecido adiposo
Tecido 
conjuntivo
Mamilo
Abertura 
do ducto
Células lumineis
Células mioepiteliais
Membrana basal
 O tamanho do tumor é considerado um dos fatores prognósticos mais importantes no câncer 
de mama, e quanto maior o tamanho do tumor, maior a probabilidade de comprometimento 
de linfonodo axilar, com redução no intervalo livre de doença e sobrevida. Vários estudos 
demonstraram relação inversa entre tamanho do tumor e sobrevida.
 Tumores menores que 10 mm e tumores com 17 a 22 mm têm 
sido associados com uma sobrevida de 5 anos, de 86% e 59%, 
respectivamente. Desta forma, uma classificação abrangendo 
as características clínicas e histopatológicas do carcinoma 
mamário, avaliando o tamanho do tumor, o comprometimento 
do linfonodo axilar e a evidência de metástases, foi 
desenvolvida pelo International Union Against Cancer (IUAC), 
originando o sistema Tumor-Nódulo-Metástase (TNM).
Classificação histopatológica do carcinoma mamário segundo o sistema 
tumor-nódulo-metástase (TNM)
 A graduação histológica dos tumores de mama é importante fator prognóstico clínico e se 
baseia nas características arquiteturais do tumor (grau histológico), do núcleo (grau nuclear), 
e na proliferação das células neoplásicas (índice mitótico). 
 Assim, de acordo com esses parâmetros, foi definido o sistema de Scarff-Bloom-Richardson 
(SBR), que define três graus de diferenciação histológica, obtidos pela soma de três 
variantes: Formação tubular, pleomorfismo nuclear (descreve a forma do núcleo) e índice 
mitótico (avalia o número de mitoses encontradas na amostra) graduados em escores 
1, 2, 3, respectivamente. 
 A soma dos pontos dos três componentes determina a 
graduação histológica em: I (bem diferenciado), II 
(moderadamente diferenciado) e III (fracamente diferenciado).
Classificação da graduação histológica segundo o sistema de scarf-bloom-
richardson (SBR)
 A presença ou não de comprometimento de linfonodo axilar, assim como o número, 
tamanho, localização e coalescência dos linfonodos, são importantes fatores prognósticos no 
câncer de mama. O comprometimento do linfonodo axilar pode ser consequente à 
agressividade do tumor primário, com tendência à metástase para outros órgãos. Vários 
estudos têm demonstrado pior prognósticos quando há comprometimento dos linfonodos 
axilares, comparados com axilas livres de tumor.
 O valor prognóstico de comprometimento axilar também 
é avaliado pelo nível em que se encontram os linfonodos 
metastáticos. A abordagem axilar pode variar desde dissecção 
total da axila, pequenas amostras ou, conforme descrito 
recentemente, pela identificação do linfonodo sentinela (LS). 
O LS é o primeiro linfonodo a drenar as micrometástases do 
tumor primário. Sua identificação é realizada através de 
injeção de corantes vitais ou radiofármacos, seguido de 
linfocintilografia e uso de detector portátil de radiação (probe). 
Avaliação do comprometimento de linfonodos axilares
Principais características da lesão proliferativa benigna sem atipia:
 Agrupamentos de células ductais com pequena sobreposição nuclear;
 Cromatina fina e regularmente distribuída;
 Presença de núcleos desnudos bipolares (marcador de benignidade).
Principais características da lesão proliferativa benigna com atipia (ADH):
 Grandes agrupamentos de células ductais com intensa sobreposição nuclear;
 Espaços celulares irregulares;
 Cromatina nuclear de aspecto grosseiro com presença de 
nucléolo proeminente;
 Presença de células atípicas isoladas.
Aspectos citomorfológicos das principais alterações da mama
 Autoexame das mamas 
 Mamografia 
 Ultrassonografia 
 Marcadores tumorais 
 Imuno-histoquímica (IHQ) 
 Biópsias: cirúrgicas ou punção realizada com uma agulha, 
conectada a uma pistola, a qual retira pequenos fragmentos do 
nódulo; este procedimento deve sempre ser acompanhado por 
algum exame de imagem – Punção aspirativa por agulha 
INA (PAFF).
Métodos diagnósticos 
Quais seriam os métodos diagnósticos para a prevenção do câncer de mama?
Interatividade
Autoexame das mamas 
Mamografia 
Ultrassonografia 
Marcadores tumorais 
Imuno-histoquímica (IHQ) 
Biópsias: cirúrgicas ou punção realizada com uma agulha, conectada a uma pistola, a qual 
retira pequenos fragmentos do nódulo; este procedimento deve sempre ser acompanhado por 
algum exame de imagem – Punção Aspirativa por Agulha Ina (PAFF).
Resposta
 A citologia urinária é um teste importante na investigação de pacientes que estão em risco e 
em vigilância de pacientes com carcinoma urotelial, um câncer relativamente comum em 
adultos e com mortalidade significativa. Vantagens da citologia urinária incluem o fato de ser 
pouco invasiva, a facilidade de realização, a alta sensibilidade e especificidade para lesões 
uroteliais de alto grau (que podem ser ocultas à cistoscopia), a possibilidade de pesquisa de 
todo o trato urotelial e o baixo custo. Há, no entanto, limitações, incluindo a baixa 
sensibilidade e o baixo valor preditivo negativo em pacientes com tumores uroteliais de baixo 
grau, problemas na forma de colheita e preservação da amostra, uma taxa significativa de 
resultados equívocos ou atípicos, e a falta de padronização da nomenclatura dos 
laudos citopatológicos.
Citopatologia do trato urinário: anatomia e histologia do trato urinário
 O sistema urinário retira do organismo, através da urina, as substâncias em excesso e os 
produtos residuais do metabolismo, contribuindo para a manutenção da homeostase, ou 
seja, da composição química do meio interno.
 O trato urinário é composto pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. A porção basal da 
bexiga urinária contém o trígono, uma área triangular com o vértice dirigido para a frente. A 
pelve renal, os ureteres, a bexiga e a uretra são revestidas por um epitélio altamente 
especializado e único, o “urotélio”, também conhecido como epitélio transicional. 
 O urotélio é composto por uma camada basal de células 
cuboides descansando sobre a membrana basal, camadas 
intermediárias, e uma camada superficial de células referidas 
como células guarda-chuva, que são razoavelmente grandes e 
podem ter vários núcleos.
Citopatologia do trato urinário: anatomia e histologia do trato urinário
 Uma das maiores causas de limitação e desapontamento em relação aos resultados da 
citologia urinária é a colheita inadequada. A maior parte dos laboratórios não fornece 
orientações adequadas, e a maior parte dos urologistas desconhece os fundamentos 
necessários. Tal fato é crítico, pois uma revisão sistemática da literatura demonstra 
claramente que a colheita de citologia oncótica urinária requer alguns cuidados especiais. 
Nunca deve ser usada a primeira urina matinal. O espécime deve ser colhido entre o café e o 
almoço, cerca de três horas após a primeira micção do dia e após a ingestão de 3-4 copos 
de água. Após a colheita, o material deve ser imediatamente colocado em refrigeração, sem 
adição de nenhuma substância, e enviado ao laboratório.
Colheita da citologia urinária
 Outros métodos diagnósticos detectáveis na urina têm sido investigados, a exemplo dos 
marcadores tumorais. As técnicas baseadas em diferentes metodologias, como a detecção 
do mRNA do marcador Survivina pela técnica de PCR3, marcadores imunocitoquímicos, 
como p53/ki674, p16, citoqueratina20, têm sido propostas como ferramentas auxiliares na 
detecção de carcinomas uroteliais de alto grau, apresentando bons resultados. 
 É importante frisar que a utilidade da citologia oncótica urinária vai muito além da 
identificação dos componentes do sedimento em rotinas de urina. A amostra biológica 
assume importância também como método de detecção das alterações malignas nas células 
esfoliadas, e pode ser de grande utilidade quando em associação com outros 
métodos diagnósticos. 
Outros métodos diagnósticos detectáveis na urina 
O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão e é classificado de acordo com a 
célula que sofreu alteração. Existem três tipos:
 Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do 
tecido mais interno da bexiga.
 Carcinoma de células escamosas: afeta as células delgadas e planas que podem surgir na 
bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas.
 Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de 
secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo 
tempo de irritação ou inflamação.
Citopatologia neoplásica do trato urinário
 Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O 
câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da 
bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios 
linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.
 Rins: Cerca de 3% das neoplasias que acometem a população são tumores renais, sendo o 
adenocarcinoma o representante de 85% dos casos. Geralmente, o Câncer de Rim 
manifesta-se mais em adultos do sexo masculino, possuindo, na fase inicial, sintomas de 
difícil identificação, mas que comumente são: dores nas costas, presença de sangue na urina 
(hematúria), aumento do abdome e perda de peso sem nenhuma origem específica.
 Ureter: Os tumores que afetam o ureter são considerados os 
mais raros, atingindo, normalmente, homens acima dos 65 
anos. Os sintomas que este tipo de câncer desencadeia são 
muito semelhantes ao dos outros órgãos do Sistema Urinário, 
como hematúria e dores lombares.
Citopatologia neoplásica do trato urinário
 A citologia urinária tem papel relevante para o estabelecimento de conduta, principalmente 
se feita adequadamente. Pode ser de grande utilidade em locais onde há carência de 
métodos diagnósticos mais sofisticados e, em associação com a cistoscopia (exame de 
imagem para verificar principalmente a bexiga), oferece resultado confiável, através de 
metodologia não invasiva e barata, principalmente em relação às lesões de alto grau – para 
essas lesões deve-se ter em mente que a citologia urinária permanece como um método 
muito útil de monitoramento, oferecendo, para os pacientes com carcinomas uroteliais 
superficiais de alto grau, uma sensibilidade e especificidade diagnóstica que alcança cerca 
de 90%.
Conclusão
 Manual de citopatologia diagnóstica/editores Mercedes Gamboni, Elias Fernando Miziara; 
[tradução e revisão científica María Fuencisla de Felipe Martínez, Mercedes Gamboni e Elias 
Fernando Miziara]. Barueri, SP: Manole, 2013.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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