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Segurança Jurídica em Tributação

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Módulo Tributo e Segurança Jurídica
SEMINÁRIO V - SEGURANÇA JURÍDICA E PROCESSO: COISA JULGADA AÇÃO RESCISÓRIA E PRECEDENTES EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
Leitura básica
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. São Paulo: Noeses. Segunda Parte, Capítulo 1, Itens 1.3.6.1 (O sobreprincípio da segurança jurídica), 1.3.6.1.1 (O primado da segurança jurídica no tempo). 
•	DALLA PRIA, Rodrigo. Direito Processual Tributário. São Paulo: Noeses, Título II, Capítulo III. 
•	PANDOLFO, Rafael. Jurisdição Constitucional Tributária – Reflexos nos processos administrativo e judicial. São Paulo: Noeses. Capítulos 7 e 8.
Vídeos básicos
•	GRAU, Eros Roberto. Canal PPGD UNIMAR. O Judiciário sob uma perspectiva teórica. Disponível em: https://www.youtube.com/live/j4RmEtps0mA?si=sA8BJlsDKo32vB2Y – Acesso em 15 de março de 2024.
•	ÁVILA, Humberto. Canal Escola da Magistratura do Paraná EMAP. Segurança jurídica na atualidade. Disponível em: https://www.youtube.com/live/gvhZ3Orp-tU?si=XdwZ95pUWsSJURT8 – Acesso em 04 de fevereiro 2025.
Leitura complementar
•	AGUIAR, Tatiana. A superposição de discursos vencedores. Análise pragmática das transformações jurisprudenciais em matéria tributária sob uma visão retórica realista. São Paulo: Noeses. Capítulos 8 e 9.
•	ARAÚJO, Juliana Furtado Costa. O precedente no novo CPC e suas implicações tributárias. In: ARAUJO, Juliana Furtado Costa; CONRADO, Paulo Cesar. O novo CPC e seu impacto no direito tributário. 2 ed. São Paulo: Fiscosoft, 2016.
•	CAMILOTTI, José Renato. Precedentes judiciais em matéria tributária no STF, pragmática da aplicação das súmulas vinculantes e os critérios de verificação para aplicação e distinção (distinguishing). São Paulo: Noeses. Capítulos 3 e 4.
•	CANTANHEDE, Luís Claudio Ferreira. A coisa julgada nos processos antiexacionais improcedentes – Um estudo para definição da abrangência da imutabilidade e indiscutabilidade no ciclo de positivação da obrigação tributária. In: CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana Furtado Costa. Processo tributário analítico, vol. IV. São Paulo: Noeses, 2019.
•	CASTRO, Danilo Monteiro de. Coisa julgada e a desnecessidade de ação rescisória proposta pelo contribuinte quando o crédito tributário ainda estiver em cobrança (execução fiscal). In: CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana Furtado Costa. Processo tributário analítico, vol. IV. São Paulo: Noeses, 2019.
· DALLA PRIA, Rodrigo. Coisa julgada tributária e mudança de orientação na jurisprudência do STF: a (in)constitucionalidade da CSLL e a controvérsia a ser dirimida nos recursos extraordinários representativos da controvérsia – temas 881 e 885. In: CONRADO, Paulo César. Processo tributário analítico. v.4. São Paulo: Noeses, 2019. 
· DALLA PRIA, Rodrigo. SANTOS, Fernanda Maria Martins. Prazo da ação rescisória no cumprimento de sentença de indébito tributário. https://www.conjur.com.br/2024-mai-12/prazo-da-acao-rescisoria-no-cumprimento-de-sentenca-de-indebito-tributario/ 
•	DINIZ, Marcelo de Lima Castro. Coisa julgada e mudança da jurisprudência: rescisão, inexistência ou permanência. In: VII Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET. 
•	JABUR, Mario, Neto. Aplicação de precedentes e a (im)possibilidade de reformatio in pejus. https://www.conjur.com.br/2024-fev-18/aplicacao-de-precedentes-e-a-impossibilidade-de-reformatio-in-pejus/ 
•	MASSUD, Rodrigo G. N. Coisa julgada, rescisória, súmula STF 343 e Parecer PGFN n. 492/2011: impactos com o Código de Processo Civil de 2015. In: ARAUJO, Juliana Furtado Costa; CONRADO, Paulo Cesar. O novo CPC e seu impacto no direito tributário. 2 ed. São Paulo: Fiscosoft, 2016.
•	MASSUD, Rodrigo G. N. Transação de passivo contingente nos casos de virada jurisprudencial: coisa julgada, pressupostos positivos e negativos da transação no contencioso. In: CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana Furtado Costa. Transação Tributária na prática da lei nº 13.988/2020. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020. 
•	QUEIROZ, Mary Elbe; SOUZA Jr., Antonio Carlos de. Coisa julgada, mudança do Estado de Direito e precedentes vinculantes. https://www.conjur.com.br/2024-jul-07/coisa-julgada-mudanca-do-estado-de-direito-e-precedentes-vinculantes/ 
•	RIBEIRO, Diego Diniz. Coisa julgada, direito judicial e ação rescisória em matéria tributária. In: CONRADO, Paulo César (Coord.). Processo tributário analítico, vol. II. São Paulo: Noeses.
•	RIBEIRO, Diego Diniz. Precedentes em matéria tributária e o novo CPC. In: CONRADO, Paulo Cesar (Coord.). Processo tributário analítico, vol. III. São Paulo: Noeses, 2016.
•	SOUZA JÚNIOR, Antonio Carlos de. A conservação do ato irregular no direito tributário. São Paulo: Noeses, 2022. Capítulo IV.
•	SPINA, Vanessa Damasceno Rosa. Estabilidade, integridade e coerência dos precedentes em matéria tributária. In: Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET, v. XXI. São Paulo: Noeses, 2024.
•	VERGUEIRO, Camila Campos. A coisa julgada do incidente de resolução de demandas repetitivas e o impacto da decisão proferida em recurso especial ou extraordinário repetitivo. In: CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana Furtado Costa. Processo tributário analítico, vol. IV. São Paulo: Noeses, 2019. In: CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana Furtado Costa. Processo tributário analítico, vol. IV. São Paulo: Noeses, 2019.
•	VERGUEIRO, Camila Campos. Processo Tributário: tutela provisória, sobrestamento e precedentes vinculantes (repetitivos e repercussão geral). 1ª edição. São Paulo: Noeses, 2024. Capítulos 2 e 3.
Leitura Complementar – Reforma Tributária
· MATSUSHITA, Mariana Baeta Neves. Segurança Jurídica e Reforma Tributária. In: CARVALHO, Paulo de Barros (Coord.). A Reforma do Sistema Tributário Nacional sob a perspectiva do Constructivismo Lógico-Semântico: o texto da Emenda Constitucional 132/2023. São Paulo: Noeses, 2024, p. 55-64.
· PINHEIRO SILVA, Lázaro Reis. Conflituosidade no IBS e a competência originária do Superior Tribunal de Justiça na EC 132/2023. In: CARVALHO, Paulo de Barros (Coord.). A Reforma do Sistema Tributário Nacional sob a perspectiva do Constructivismo Lógico-Semântico: o texto da Emenda Constitucional 132/2023. São Paulo: Noeses, 2024, p. 539-546.
Questões
1.	Tomando o conceito fixado por Paulo de Barros Carvalho[footnoteRef:1] acerca do princípio da segurança jurídica: [1: . In Curso de direito tributário. 31ª edição. São Paulo: Noeses, 2021, p. 168.] 
“dirigido à implantação de um valor específico, qual seja o de coordenar o fluxo das interações inter-humanas, no sentido de propagar no seio da comunidade social o sentimento de previsibilidade quanto aos efeitos jurídicos da regulação da conduta.”
Pergunta-se:
a) Que é segurança jurídica? Qual sua relevância?
b) Analisando o ordenamento jurídico como um todo, isto é, as normas de direito material (constitucional e tributário) e processual civil, texto constitucional e infralegal, indique limites objetivos cuja função no sistema é dar efetividade à segurança jurídica, justificando sua resposta com motivos e indicação do dispositivo normativo. 
	Para auxiliá-la(o), segue um exemplo: formação da coisa julgada num processo, mecanismo processual que impede a rediscussão da mesma questão em outro processo – art. 5º, XXXVI da Constituição Federal/1988, art. 502 do CPC/2015.
c) As prescrições do CPC/15 voltadas à estabilização da jurisprudência vêm ao encontro da realização da segurança jurídica (vide arts. 9º, 10, 926, 535, §§ 5º, 6º, 7º e 8º, 927 todos do CPC/15) em hipóteses como a de mudança de orientação de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, como, por exemplo, ocorreu no caso do direito à manutenção do crédito de ICMS na hipótese de saída de mercadorias com redução de base de cálculo (Vide anexos I e II)?
2.	Jurisprudência, precedente e julgamento de caso repetitivo são utilizados como termos sinônimos no CPC/15? Exponha o alcance e o conteúdo de cada um desses três termos. Considerando sua resposta a essa primeira parte da pergunta, responda:
a) Jurisprudência, precedente e julgamento de caso repetitivo são normas jurídicas?Se sim, de que tipo?
b) A obrigação positivada no art. 927 do CPC/15 vincula os julgadores à jurisprudência, (e/ou) ao precedente, (e/ou) ao julgamento de caso repetitivo (e/ou) ao julgamento com repercussão geral? Esse art. 927 do CPC/15 é instrumento hábil para garantia da segurança jurídica? (Vide arts. 926, 927, 988, IV do CPC/15).
3.	Uma lei tributária municipal é considerada inconstitucional por uma Associação que possui representação em âmbito estadual. Quais seriam os caminhos para a discussão da questão com efeitos erga omnes sem que seja necessária a discussão individual por cada contribuinte? Analise as opções seguintes motivando as razões do cabimento ou não e, no último caso, o foro de ajuizamento:
	a) Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI:
	b) Mandado de Segurança Coletivo:
	c) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental:
	d) Ação popular:
	e) Ação Civil Pública:
	f) Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária:
4.	Pode o Supremo Tribunal Federal, ao julgar Recurso Extraordinário que trate de matéria tributária modular os efeitos de decisão proferida em controle difuso de constitucionalidade de forma a lhe dar efeitos ex nunc, proibindo com efeitos erga omnes a repetição do indébito tributário dos valores recolhidos até a data do julgamento? Há norma que preveja a modulação de efeitos em controle de constitucionalidade em matéria tributária em hipótese como a apresentada nesta pergunta? Pode haver modulação de efeitos por meio da edição de Súmula Vinculante? (Vide no acordão proferido no RE 560.062- parte afeta à modulação de efeitos – ementa e parte final da discussão em Plenário – e a Súmula Vinculante 8) (Vide anexos III e IV)
5.	Um contribuinte recolheu determinado tributo a partir de uma base de cálculo prevista em lei. A instrução normativa regulamentadora (IN n. 01/23) esclareceu que, na base de cálculo, não deveria ser considerado o valor do transporte pago a terceiro (frete). Um ano depois, a IN n. 03/24 esclareceu que o frete pago a terceiro integraria a base de cálculo do tributo em questão. Nesse contexto, o contribuinte consultou você questionando a necessidade de complementação do recolhimento durante a vigência da IN n. 01/23. O que você responderia? Analise os arts. 100, 103 e 146 do CTN na resposta. (Vide anexo V)
6. A empresa XYZ Comércio e Distribuição de Inteligência Ltda. obteve decisão favorável transitada em julgado no sentido da inconstitucionalidade de determinado tributo. Cinco anos depois, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em controle abstrato de constitucionalidade, que referido tributo é constitucional. Nesse contexto, pergunta-se: 
a) a XYZ Comércio e Distribuição de Inteligência Ltda. deve passar a pagar o tributo em pauta (considere em sua resposta duas possibilidades: tratar-se de tributo sujeito a recolhimento de forma continuada e tributo não recolhido de forma continuada)?; 
b) a XYZ Comércio e Distribuição de Inteligência Ltda. deve pagar o valor correspondente aos últimos 5 anos de tributo não recolhido? 
c) caso a XYZ Comércio e Distribuição de Inteligência Ltda. tenha que pagar o tributo após o entendimento fixado pelo STF em controle concentrado, haverá violação ao princípio da segurança jurídica e à coisa julgada? Ou não haverá?
d) se a XYZ Comércio e Distribuição de Inteligência Ltda. não tiver que pagar o tributo após o entendimento fixado pelo STF em controle concentrado, não estará em vantagem competitiva em relação às demais empresas do mercado? 
Para responder a todos esses questionamentos, considere o julgamento dos temas n° 885 e 881, sem deixar de emitir juízo crítico[footnoteRef:2]. (Vide anexos VI, VII e VIII) [2: A respeito da questão, ver a problemática do Parecer 492/2011 da PGFN no seguinte artigo: https://www.conjur.com.br/2011-set-25/parecer-492-pgfn-extrapola-atinge-coisa-julgada] 
Sugestão para pesquisa suplementar
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. São Paulo: Noeses, 2021. Capítulo V.
•	Capítulo 6 (Coisa julgada, sistema de precedentes e rescindibilidade no processo tributário) do livro Processo Tributário Analítico: Estudos em comemoração aos 25 anos do grupo de pesquisa, Coord. Por Camila Campos Vergueiro, Paulo Cesar Conrado e Rodrigo Dalla Pria. São Paulo: Noeses, 2024.
•	MASSUD, Rodrigo G. N.. Jurisdição tributária e coisa julgada. https://www.conjur.com.br/2021-mar-23/rodrigo-massud-jurisdicao-tributaria-coisa-julgada 
•	SOUZA, Fernanda Donnabella Camano de. Coisa julgada sobre questão prejudicial no direito tributário. https://www.conjur.com.br/2021-jun-06/processo-tributario-coisa-julgada-questao-prejudicial-direito-tributario 
•	PANDOLFO, Rafael. Jurisdição constitucional tributária: reflexos nos processos administrativo e judicial. São Paulo: Noeses. Itens 5.3 e 5.4.
•	Artigo: “A Ação de Repetição de Indébito, o cumprimento de sentença e a nova hipótese de ação rescisória prevista no código de processo civil de 2015”, de Juliana Furtado Costa Araújo, In CONRADO, Paulo Cesar. Processo tributário analítico, volume III. São Paulo: Noeses.
•	Artigo: “Coisa julgada em mandado de segurança coletivo sobre matéria tributária – estudo de caso”, de Thais de Laurentiis, In CONRADO, Paulo Cesar. Processo tributário analítico, volume III. São Paulo: Noeses.
•	GOLDSCHMIDT, Fabio Brun. Teoria da proibição de bis in idem no direito tributário e sancionador tributário. São Paulo: Noeses. Capítulo II, Seção II, itens 1 e 1.1.
•	Artigo: “A repercussão geral, as súmulas vinculantes e as decisões do Supremo Tribunal Federal em matéria tributária”, de Carla de Lourdes Gonçalves, in VII Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET.
•	Artigo: “Técnicas processuais de desconstituição da coisa julgada: o controle processual da coisa julgada “inconstitucional” no CPC projetado”, de Cassio Scarpinella Bueno, in IX Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET.
•	Artigo: “Exceção de pré-executividade em matéria tributária: do sincretismo processual ao dever de cooperação (art. 6º do CPC/2015), passando pela ‘nova’ definição de coisa julgada”, de Paulo César Conrado. São Paulo: Fiscosoft.
•	Artigo: “Conflitos de jurisprudência entre STJ e STF”, de Renato Lopes Becho, in VII Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET.
•	Artigo: “Relativização da coisa julgada tributária inconstitucional x princípio da segurança jurídica”, de Estefânia Maria de Queiroz Barboza (RDDT n. 129, p. 35/49).
•	CAMANO, Fernnda Donnabella. Os limites objetivos e “temporais” da coisa julgada em ação declaratória no direito tributário. São Paulo: Quartier Latin. Itens 3.3.2, 3.3.2.1, 3.3.2.2, 3.3.2.3, 3.3.4, 3.3.4.1 e 3.3.4.2.
•	TORRES, Heleno Taveira. Direito Constitucional tributário e segurança jurídica. São Paulo: RT.
•	ÁVILA, Humberto. Teoria da Segurança Jurídica. São Paulo: Malheiros. 
•	Artigo: “Súmula Vinculante n. 8 e modulação dos efeitos em controle difuso de constitucionalidade: efeitos em relação à repetição do indébito tributário”, de Carlos Carlos Renato Cunha (Revista Argumentum n. 11, p. 33-73)
•	SHIMODA, Caio Yukio. Embargos de declaração: via para aperfeiçoar precedentes vinculantes. https://www.conjur.com.br/2025-jan-26/embargos-de-declaracao-via-para-aperfeicoar-precedentes-vinculantes/ 
Anexo I
RE 161.031
ICMS - PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE - MERCADORIA USADA - BASE DE INCIDÊNCIA MENOR - PROIBIÇÃO DE CRÉDITO - INCONSTITUCIONALIDADE. Conflita com o princípio da não- cumulatividade norma vedadora da compensação do valor recolhido na operação anterior. O fato de ter-se a diminuição valorativa da base de incidência não autoriza, sob o ângulo constitucional, tal proibição. Os preceitos das alíneas “a” e “b” do inciso II do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal somente têm pertinência em caso de isenção ou não-incidência, no que voltadas à totalidade do tributo, institutos inconfundíveis com o benefício fiscal em questão.
(RE 161031, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 24/03/1997, DJ 06-06-1997 PP-24881 EMENT VOL-01872-05 PP-00994)
Anexo II
RE 174.478TRIBUTO. Imposto sobre Circulação de Mercadorias. ICMS. Créditos relativos à entrada de insumos usados em industrialização de produtos cujas saídas foram realizadas com redução da base de cálculo. Caso de isenção fiscal parcial. Previsão de estorno proporcional. Art. 41, inc. IV, da Lei estadual nº 6.374/89, e art. 32, inc. II, do Convênio ICMS nº 66/88. Constitucionalidade reconhecida. Segurança denegada. Improvimento ao recurso. Aplicação do art. 155, § 2º, inc. II, letra “b”, da CF. Voto vencido. São constitucionais o art. 41, inc. IV, da Lei nº 6.374/89, do Estado de São Paulo, e o art. 32, incs. I e II, do Convênio ICMS nº 66/88.
(RE 174478, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 17/03/2005, DJ 30-09-2005 PP-00005 EMENT VOL-02207-02 PP-00243 RIP v. 7, n. 33, 2005, p. 264)
Anexo III
RE 560.062
	Instrumento Processual
	RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 560.626[footnoteRef:3] [3: Documento produzido no Grupo de Estudos de Jurisprudência Analítica do IBET – direitos autorais reservados.] 
	Recorrente
	União
	Recorrido
	Contribuinte (pessoa jurídica)
	Órgão de Julgamento
	Plenário
	Data de Julgamento
	11/06/2008
	Data de Publicação da ata de julgamento
	14/08/2008
	Data de Publicação do acórdão
	28/11/2008
	Votação
	Unanimidade
	Relator
	Ministro Gilmar Mendes
	Relator para acórdão
	Ministro Gilmar Mendes
	Presidente da Sessão de Julgamento
	Ministro Gilmar Mendes
	Votação por Ministro
desprovimento
	Celso de Mello + Marco Aurélio + Ellen Gracie + Cezar Peluso + Carlos Britto + Joaquim Barbosa + Eros Grau + Ricardo Lewandowski + Cármen Lúcia + Menezes Direito + Gilmar Mendes (Relator e Presidente).
	Tema
	Definir se o prazo de decadência e prescrição é tema de norma geral em matéria tributária a ser veiculado por lei complementar.
	Tese
fixada
	Não há. Recurso julgado antes da sistemática de repercussão geral.
	Súmula Vinculante
nº 8
	São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977[footnoteRef:4] e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991[footnoteRef:5], que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. [4: Art. 5º. Sem prejuízo da incidência da atualização monetária e dos juros de mora, bem como da exigência da prova de quitação para com a Fazenda Nacional, o Ministro da Fazenda poderá determinar a não inscrição como Dívida Ativa da União ou a sustação da cobrança judicial dos débitos de comprovada inexeqüibilidade e de reduzido valor. 
Parágrafo único. A aplicação do disposto neste artigo suspende a prescrição dos créditos a que se refere.] [5: Art. 45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada.
Art. 46. O direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, constituídos na forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos. ] 
Aprovação: 12/06/2008
	Caso Concreto[footnoteRef:6] [6: Consta o seguinte no relatório do acórdão a respeito do caso concreto: “A recorrente pretende a aplicação dos dispositivos legais declarados inconstitucionais pelo TRF da 4ª Região para (i) reconhecer o arquivamento das execuções fiscais de créditos tributários de pequeno valor como causa de suspensão do curso do prazo prescricional e (ii) considerar como de 10 anos o prazo prescricional das contribuições de Seguridade Social.”] 
	Pessoa jurídica questionou a constitucionalidade:
· do prazo de decadência e prescrição fixado na Lei ordinária nº 8.212/1991 (artigos 45 e 46) afirmando tratar-se de matéria de norma geral tributária e, assim, devendo ser veiculado por lei complementar, à luz do artigo 146, III, “b” da Constituição Federal/1988
· da fixação de causa suspensiva de prescrição pelo Decreto-lei nº 1.569/1977 (artigo 5º, parágrafo único) afirmando tratar-se de matéria de norma geral tributária, e assim, devendo ser veiculado por lei complementar, à luz dos artigos 18 e 19, § 1º, CF/1967-EC 1/1969
	Objeto[footnoteRef:7] [7: Consta o seguinte no relatório: “(....) necessidade do uso de lei complementar para regular matéria relativa à prescrição e à decadência tributárias.”] 
	Definir a necessidade de lei complementar que veicule normas gerais sobre prazo de decadência e prescrição, bem como sobre causa de suspensão do prazo de prescrição, em matéria tributária
	Perguntas levadas ao STF com base no caso concreto
	Pode uma lei ordinária fixar prazo de decadência e prescrição ou são matérias de norma geral de direito tributário que devem ser veiculadas por lei complementar?
Causa de suspensão de prazo de prescrição em matéria tributária pode ser veiculada por ato normativo que não seja lei complementar?
	Dispositivos Constitucionais analisados
	Art. 18, CF/1967-EC 1/1969[footnoteRef:8] [8:  Art. 18. O sistema tributário nacional compõe-se de impostos, taxas e contribuições de melhoria e é regido pelo disposto neste Capítulo em leis complementares, em resoluções do Senado e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, estaduais e municipais.] 
Art. 146, III, “b”, CF/1988[footnoteRef:9] [9: Art. 146. Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;] 
	Fundamentos do voto vencedor do acórdão
	O prazo de decadência e prescrição são matérias reservadas à lei complementar, porque compreendidas dentre as normas gerais de direito tributário, à luz do que dispõe o artigo 146, III, “b” da Constituição Federal/1988.
Causa de suspensão da prescrição é matéria reservada à lei complementar, à luz do artigo 18 da Constituição Federal/1967-69.
O prazo de decadência e prescrição de 10 anos previsto nos artigos 45 e 46 da Lei federal nº 8.212/1991, bem como a causa suspensiva do prazo de prescrição prevista no parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/1977, em veículos normativos outros que não lei complementar não encontram fundamento de validade nos textos Constitucionais referidos.
Do voto do relator para o acórdão: “(...) retirar do âmbito da lei complementar a definição dos prazos e a possibilidade de definir as hipóteses de suspensão e interrupção da prescrição e da decadência é subtrair a própria efetividade da reserva constitucional. Ora, o núcleo das normas sobre extinção temporal do crédito tributário reside precisamente nos prazos para o exercício do direito e nos fatores que possam interferir na sua fluência. (...) A Constituição não definiu normas gerais de Direito Tributário, porém adotou expressão utilizada no próprio Código Tributário Nacional, lei em vigor quando da sua edição. Nesse contexto, é razoável presumir que o constituinte acolheu a disciplina do CTN, inclusive referindo-se expressamente à prescrição e à decadência: "especialmente sobre (...) prescrição e decadência tributários". Na realidade, a restrição do alcance da norma constitucional expressa defendida pela Fazenda Nacional fragiliza a própria força normativa e concretizadora da Constituição, que claramente pretendeu a disciplina homogênea e estável da prescrição, da decadência, da obrigação e do crédito tributário. (...) Embora pouco se tenha avançado na doutrina no sentido da busca da adequada definição para "normas gerais", é possível extrair na interpretação dos diversos dispositivos constitucionais que estabeleceram reserva de matéria à disciplina da lei complementar que a esta espécie legislativa foi atribuída a missão de fixar normas com âmbito de eficácia nacional e não apenas federal. (...) Se a Constituição não determinou o conceito da norma geral de Direito Tributário, no mínimo fixou-lhe a função: estabelecer preceitos que devam ser seguidos em âmbito nacional, que ultrapassem a competência do Congresso Nacional para ditar o direito positivo federal.Trata-se de normas com maior espectro, a serem seguidas por todas as esferas políticas com competência tributária de maneira uniforme, seja por direta incidência sobre as relações jurídico-tributárias, seja como fator delimitador da edição da legislação ordinária em matéria fiscal. E a fixação de prazos decadenciais e prescricionais, a definição da sua forma de fluência são questões que exigem tratamento uniforme em âmbito nacional. (...) O art. 146, III, b, estabelece a obrigatoriedade do uso de via legislativa própria - a da lei complementar, para dispor sobre normas gerais de Direito Tributário, ficando expresso que esta exigência dirige-se especialmente à obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. (...) Assim, se a Constituição Federal reservou à lei complementar a regulação da prescrição e da decadência tributárias, considerando-as de forma expressa normas gerais de Direito Tributário, não há espaço para que a lei ordinária atue e discipline a mesma matéria. O que é geral não pode ser específico. (...) Por outro lado, também deve ser afastada a alegação de que a norma que estabelece as situações de interrupção ou suspensão da prescrição na pendência do processo é de natureza processual e que por isso não poderia ter sido reconhecida a prescrição, já que a matéria não estaria sob a reserva da lei complementar. Normas que disponham sobre prescrição ou decadência sempre são de direito substantivo, porque esta é a natureza de tais institutos. (...) Na verdade, o vício situa-se no parágrafo, que invade a seara reservada à lei complementar ao prever hipótese de suspensão da prescrição e cria situação de imprescritibilidade, que também não encontra fundamento na Lei Maior.”
	Conclusão do acórdão
em relação ao objeto do recurso
	Foi reconhecida a inconstitucionalidade:
· dos artigos 45 e 46 da Lei federal 8.212/1991 que fixavam em 10 anos os prazos de decadência e prescrição das contribuições previdenciárias
· do parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/1977 que determinava a suspensão da fluência do prazo de prescrição de tributos comprovadamente inexequíveis ou de reduzido valor
Do voto do relator: “Resultam inconstitucionais, portanto, os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91 e o parágrafo único do art. 5º do Decreto-lei n° 1.569/77, que versando sobre normas gerais de Direito Tributário, invadiram conteúdo material sob a reserva constitucional de lei complementar. Sendo inconstitucionais os dispositivos, mantém-se hígida a legislação anterior, com seus prazos quinquenais de prescrição e decadência e regras de fluência, que não acolhem a hipótese de suspensão da prescrição durante o arquivamento administrativo das execuções de pequeno valor, o que equivale a assentar que, como os demais tributos, as contribuições de Seguridade Social sujeitam-se, entre outros, aos artigos 150, § 4º, 173 e 174 do CTN.”
	Conclusão do acórdão
em relação ao caso concreto
	Acórdão mantido. Afastada a aplicação do prazo de 10 anos de decadência e prescrição às contribuições previdenciárias, bem como a causa de suspensão do prazo de prescrição em processos de cobrança de tributos inexequíveis ou de baixo valor.
	
Modulação dos efeitos
da decisão
	Assegurada eficácia:
· ex tunc à declaração de inconstitucionalidade: garantido o direito de o contribuinte anular crédito tributário de contribuição previdenciária constituído ou cobrado fora do prazo de cinco anos fixado no Código Tributário Nacional
· ex tunc à declaração de inconstitucionalidade: garantido o direito de o contribuinte não ter aplicada a suspensão de prescrição de tributos inexequíveis ou de reduzido valor estabelecida no Decreto-lei 1.569/1977 por se tratar de matéria que exige lei complementar
· ex nunc à declaração de inconstitucionalidade exclusivamente no que toca ao direito à restituição do indébito:
· assegurada a restituição do indébito na hipótese de ações ajuizadas até 11/06/2008 (data da conclusão do julgamento do recurso extraordinário)
· impedida a restituição do indébito na hipótese de ações ajuizadas a partir de 12/06/2008 
Entendimento do voto do relator e que prevaleceu: “Estou acolhendo parcialmente o pedido de modulação de efeitos, tendo em vista a repercussão e a insegurança jurídica que se pode ter na hipótese; mas estou tentando delimitar esse quadro de modo a afastar a possibilidade de repetição de indébito de valores recolhidos nestas condições, com exceção das ações propostas antes da conclusão do julgamento.
Nesse sentido, eu diria que o Fisco está impedido, fora dos prazos de decadência e prescrição previstos no CTN, de exigir as contribuições da seguridade social. No entanto, os valores já recolhidos nestas condições, seja administrativamente, seja por execução fiscal, não devem ser devolvidos ao contribuinte, salvo se ajuizada a ação antes da conclusão do presente julgamento.
Em outras palavras, são legítimos os recolhimentos efetuados nos prazos previstos nos arts. 45 e 46 e não impugnados antes da conclusão deste julgamento.”[footnoteRef:10] [10: A respeito da modulação: houve apenas voto do Ministro Marco Aurélio contra a modulação dos efeitos nos termos propostos pelo relator do recurso extraordinário, Ministro Gilmar Mendes.] 
	Ementa
	EMENTA: PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIAS. MATÉRIAS RESERVADAS A LEI COMPLEMENTAR. DISCIPLINA NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. NATUREZA TRIBUTÁRIA DAS CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL. INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTS. 45 E 46 DA LEI 8.212/91 E DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 5º DO DECRETO-LEI 1.569/77. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. I. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIAS. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. As normas relativas à prescrição e à decadência tributárias têm natureza de normas gerais de direito tributário, cuja disciplina é reservada a lei complementar, tanto sob a Constituição pretérita (art. 18, § 1º, da CF de 1967/69) quanto sob a Constituição atual (art. 146, III, b, da CF de 1988). Interpretação que preserva a força normativa da Constituição, que prevê disciplina homogênea, em âmbito nacional, da prescrição, decadência, obrigação e crédito tributários. Permitir regulação distinta sobre esses temas, pelos diversos entes da federação, implicaria prejuízo à vedação de tratamento desigual entre contribuintes em situação equivalente e à segurança jurídica. II. DISCIPLINA PREVISTA NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. O Código Tributário Nacional (Lei 5.172/1966), promulgado como lei ordinária e recebido como lei complementar pelas Constituições de 1967/69 e 1988, disciplina a prescrição e a decadência tributárias. III. NATUREZA TRIBUTÁRIA DAS CONTRIBUIÇÕES. As contribuições, inclusive as previdenciárias, têm natureza tributária e se submetem ao regime jurídico-tributário previsto na Constituição. Interpretação do art. 149 da CF de 1988. Precedentes. IV. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO. Inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91, por violação do art. 146, III, b, da Constituição de 1988, e do parágrafo único do art. 5º do Decreto-lei 1.569/77, em face do § 1º do art. 18 da Constituição de 1967/69. V. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO. SEGURANÇA JURÍDICA. São legítimos os recolhimentos efetuados nos prazos previstos nos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91 e não impugnados antes da data de conclusão deste julgamento.
(RE 560626, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 12-06-2008, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-232 DIVULG 04-12-2008 PUBLIC 05-12-2008 EMENT VOL-02344-05 PP-00868 RSJADV jan., 2009, p. 35-47)
Anexo IV
Súmula Vinculante 8
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
Anexo V
AREsp 1.688.160
TRIBUTÁRIO. ICMS. ENERGIA ELÉTRICA. COOPERATIVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA. TRIBUTAÇÃO SOBRE A PARCELA DE SUBVENÇÃO ADVINDA DO FUNDO DA CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO. ALTERAÇÃO DA PRÁTICA REITERADA DE NÃO COBRARO TRIBUTO. LANÇAMENTO SOBRE PERÍODO PRETÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 146 DO CTN.
I - Na origem, trata-se de mandado de segurança, no qual a impetrante objetivava eximir-se de ICMS sobre a subvenção advinda da conta de Desenvolvimento Energético (CDE), instituída com o objetivo de angariar recursos para a implementação de políticas públicas no setor elétrico.
II - O Tribunal a quo decidiu pela regularidade da cobrança, entretanto, entendeu que havendo alteração da orientação da Administração Tributária acerca da inclusão da subvenção na base de cálculo do ICMS, tal modificação, a teor do art. 146 do CTN, só poderia ocorrer a partir do fato gerador posterior à notificação da Fazenda Pública realizada à impetrante acerca da modificação do fisco estadual, sem a possibilidade de cobrança pretérita.
III - A questão jurídica que se apresenta, de acordo com a informação contida no acórdão recorrido, é se a ausência de cobrança do ICMS sobre a referida subvenção, importa em mudança de orientação reiterada para os fins do art. 146 do CTN.
IV - Como definido no acórdão recorrido o Estado recorrente não cobrava ICMS sobre a subvenção referida, o que implica na caracterização de uma prática reiterada da administração tributária, ou seja, norma complementar para os fins do inciso III do art. 100 do CTN.
V - A alteração na cobrança de imposto que não estava sendo cobrado, em face de uma decisão administrativa, determina que o tributo somente possa incidir quanto a fato gerador posterior à modificação administrativa.
VI - O parágrafo único do art. 100 do CTN, acrescenta a disposição no sentido de que devem ser excluídas as penalidades, juros e correção monetária da base de cálculo do tributo, mas a tese do recorrente de que apenas essas parcelas deveriam ser excluídas, sendo impositivo o pagamento de tributo de fatos geradores ocorrentes quando daquela prática reiterada, vai de encontro à disposição do referido normativo de caracterizar como norma complementar essa prática da administração, porquanto como norma tributária deve obedecer aos princípio da irretroatividade, vedando que a alteração dessas práticas possa atingir fatos já realizados na égide dessa norma complementar.
VI - Agravo conhecido para conhecer do Recurso Especial e negar-lhe provimento.
(AREsp n. 1.688.160/RS, relator Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, julgado em 17/10/2024, DJe de 22/10/2024.)
Anexo VI
RE 730.462
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE PRECEITO NORMATIVO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EFICÁCIA NORMATIVA E EFICÁCIA EXECUTIVA DA DECISÃO: DISTINÇÕES. INEXISTÊNCIA DE EFEITOS AUTOMÁTICOS SOBRE AS SENTENÇAS JUDICIAIS ANTERIORMENTE PROFERIDAS EM SENTIDO CONTRÁRIO. INDISPENSABILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO OU PROPOSITURA DE AÇÃO RESCISÓRIA PARA SUA REFORMA OU DESFAZIMENTO. 1. A sentença do Supremo Tribunal Federal que afirma a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de preceito normativo gera, no plano do ordenamento jurídico, a consequência (= eficácia normativa) de manter ou excluir a referida norma do sistema de direito. 2. Dessa sentença decorre também o efeito vinculante, consistente em atribuir ao julgado uma qualificada força impositiva e obrigatória em relação a supervenientes atos administrativos ou judiciais (= eficácia executiva ou instrumental), que, para viabilizar-se, tem como instrumento próprio, embora não único, o da reclamação prevista no art. 102, I, “l”, da Carta Constitucional. 3. A eficácia executiva, por decorrer da sentença (e não da vigência da norma examinada), tem como termo inicial a data da publicação do acórdão do Supremo no Diário Oficial (art. 28 da Lei 9.868/1999). É, consequentemente, eficácia que atinge atos administrativos e decisões judiciais supervenientes a essa publicação, não os pretéritos, ainda que formados com suporte em norma posteriormente declarada inconstitucional. 4. Afirma-se, portanto, como tese de repercussão geral que a decisão do Supremo Tribunal Federal declarando a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de preceito normativo não produz a automática reforma ou rescisão das sentenças anteriores que tenham adotado entendimento diferente; para que tal ocorra, será indispensável a interposição do recurso próprio ou, se for o caso, a propositura da ação rescisória própria, nos termos do art. 485, V, do CPC, observado o respectivo prazo decadencial (CPC, art. 495). Ressalva-se desse entendimento, quanto à indispensabilidade da ação rescisória, a questão relacionada à execução de efeitos futuros da sentença proferida em caso concreto sobre relações jurídicas de trato continuado. 5. No caso, mais de dois anos se passaram entre o trânsito em julgado da sentença no caso concreto reconhecendo, incidentalmente, a constitucionalidade do artigo 9º da Medida Provisória 2.164-41 (que acrescentou o artigo 29-C na Lei 8.036/90) e a superveniente decisão do STF que, em controle concentrado, declarou a inconstitucionalidade daquele preceito normativo, a significar, portanto, que aquela sentença é insuscetível de rescisão. 6. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
(RE 730462, Relator(a):  Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 28/05/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-177 DIVULG 08-09-2015 PUBLIC 09-09-2015)
Anexo VII
RE 949.297
Ementa: Direito constitucional e tributário. Recurso Extraordinário com Repercussão Geral. Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Obrigação de trato sucessivo. Hipóteses de cessação dos efeitos da coisa julgada diante de decisão superveniente do STF. 1. Recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, a fim de decidir se e como as decisões desta Corte em sede de controle concentrado fazem cessar os efeitos futuros da coisa julgada em matéria tributária, nas relações de trato sucessivo, quando a decisão estiver baseada na constitucionalidade ou inconstitucionalidade do tributo. 2. Em 1992, o contribuinte obteve decisão judicial com trânsito em julgado que o exonerava do pagamento da CSLL. O acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região considerou que a lei instituidora da contribuição (Lei nº 7.869/1988) possuía vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar de lei ordinária em matéria que exigiria lei complementar. 3. A questão debatida no presente recurso diz respeito à subsistência ou não da coisa julgada que se formou, diante de pronunciamentos supervenientes deste Supremo Tribunal Federal em sentido diverso. 4. O tema da cessação da eficácia da coisa julgada, embora complexo, já se encontra razoavelmente bem equacionado na doutrina, na legislação e na jurisprudência desta Corte. Nas obrigações de trato sucessivo, a força vinculante da decisão, mesmo que transitada em julgado, somente permanece enquanto se mantiverem inalterados os seus pressupostos fáticos e jurídicos (RE 596.663, Red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, j. em 24.09.2014). 5. As decisões em controle incidental de constitucionalidade, anteriormente à instituição do regime de repercussão geral, não tinham natureza objetiva nem eficácia vinculante. Consequentemente, não possuíam o condão de desconstituir automaticamente a coisa julgada que houvesse se formado, mesmo que em relação jurídica tributária de trato sucessivo. 6. Em 2007, este Supremo Tribunal Federal, em ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente, declarou a constitucionalidade da referida Lei nº 7.869/1988 (ADI 15, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14.06.2007). A partir daí, houve modificação substantiva na situação jurídica subjacente à decisão transitada em julgado, em favor do contribuinte. Tratando-se de relação de trato sucessivo, sujeita-se, prospectivamente, à incidência da nova norma jurídica, produto da decisão desta Corte. 7. Na parte subjetiva desta decisão referente ao caso concreto, verifica-se que a Fazenda Nacional pretendeu cobrar a CSLL relativa a fatos geradores posteriores à decisão deste Tribunal na ADI 15. Como consequência, dá-se provimento ao recurso extraordinário interpostopela Fazenda Nacional. 8. Já a tese objetiva que se extrai do presente julgado, para fins de repercussão geral, pode ser assim enunciada: “1. As decisões do STF em controle incidental de constitucionalidade, anteriores à instituição do regime de repercussão geral, não impactam automaticamente a coisa julgada que se tenha formado, mesmo nas relações jurídicas tributárias de trato sucessivo. 2. Já as decisões proferidas em ação direta ou em sede de repercussão geral interrompem automaticamente os efeitos temporais das decisões transitadas em julgado nas referidas relações, respeitadas a irretroatividade, a anterioridade anual e a noventena ou a anterioridade nonagesimal, conforme a natureza do tributo”.
(RE 949297, Relator(a): EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 08-02-2023, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-s/n DIVULG 28-04-2023 PUBLIC 02-05-2023)
Anexo VIII
RE 955.227
Ementa: Direito constitucional e tributário. Recurso Extraordinário com Repercussão Geral. Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Obrigação de trato sucessivo. Hipóteses de cessação dos efeitos da coisa julgada diante de decisão superveniente do STF. 1. Recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, a fim de decidir se e como as decisões desta Corte em sede de controle difuso fazem cessar os efeitos futuros da coisa julgada em matéria tributária, nas relações de trato sucessivo, quando a decisão estiver baseada na constitucionalidade ou inconstitucionalidade do tributo. 2. Em 1992, o contribuinte obteve decisão judicial que o exonerava do pagamento da CSLL. O acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região considerou que a lei instituidora da contribuição (Lei nº 7.869/1988) possuía vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar de lei ordinária em matéria que exigiria lei complementar. A decisão transitou em julgado. 3. A questão debatida no presente recurso diz respeito à subsistência ou não da coisa julgada que se formou, diante de pronunciamentos supervenientes deste Supremo Tribunal Federal em sentido diverso. 4. O tema da cessação da eficácia da coisa julgada, embora complexo, já se encontra razoavelmente bem equacionado na doutrina, na legislação e na jurisprudência desta Corte. Nas obrigações de trato sucessivo, a força vinculante da decisão, mesmo que transitada em julgado, somente permanece enquanto se mantiverem inalterados os seus pressupostos fáticos e jurídicos (RE 596.663, Red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, j. em 24.09.2014). 5. As decisões em controle incidental de constitucionalidade, anteriormente à instituição do regime de repercussão geral, não tinham natureza objetiva nem eficácia vinculante. Consequentemente, não possuíam o condão de desconstituir automaticamente a coisa julgada que houvesse se formado, mesmo que em relação jurídica tributária de trato sucessivo. 6. Em 2007, este Supremo Tribunal Federal, em ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente, declarou a constitucionalidade da referida Lei nº 7.869/1988 (ADI 15, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14.06.2007). A partir daí, houve modificação substantiva na situação jurídica subjacente à decisão transitada em julgado, em favor do contribuinte. Tratando-se de relação de trato sucessivo, sujeita-se, prospectivamente, à incidência da nova norma jurídica, produto da decisão desta Corte. 7. Na parte subjetiva desta decisão referente ao caso concreto, verifica-se que, em 2006, a Fazenda Nacional pretendeu cobrar a CSLL concernente aos anos de 2001 a 2003. Sendo assim, por se tratar de autuação relativa a fatos geradores anteriores à decisão deste Tribunal na ADI 15, prevalece a coisa julgada em favor do contribuinte. Como consequência, nega-se provimento ao recurso extraordinário interposto pela Fazenda Nacional. 8. Já a tese objetiva que se extrai do presente julgado, para fins de repercussão geral, pode ser assim enunciada: “1. As decisões do STF em controle incidental de constitucionalidade, anteriores à instituição do regime de repercussão geral, não impactam automaticamente a coisa julgada que se tenha formado, mesmo nas relações jurídicas tributárias de trato sucessivo. 2. Já as decisões proferidas em ação direta ou em sede de repercussão geral interrompem automaticamente os efeitos temporais das decisões transitadas em julgado nas referidas relações, respeitadas a irretroatividade, a anterioridade anual e a noventena ou a anterioridade nonagesimal, conforme a natureza do tributo”.
(RE 955227, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 08-02-2023, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-s/n DIVULG 28-04-2023 PUBLIC 02-05-2023)
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