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A Psicologia Social é a ciência que estuda como comportamento, pensamento e as emoções dos indivíduos são influenciados pelo contexto social e cultural. Desde sua origem, no final do século XIX e início do século a disciplina se desenvolveu a partir do diálogo entre a Psicologia e a Sociologia, buscando compreender como indivíduo interage com grupos, instituições e normas sociais. Pensadores como Durkheim, Freud e Marx influenciaram a consolidação da Psicologia Social, destacando tanto fatores sociais quanto individuais na construção da experiência humana. desenvolvimento da disciplina ao longo da história mostra uma dualidade epistemológica: a vertente norte-americana, fortemente influenciada pelo positivismo, valorizava métodos experimentais e quantitativos, buscando leis gerais do comportamento social; enquanto a vertente europeia e latino- americana, inspirada pela fenomenologia, priorizava a análise histórica, cultural e interpretativa dos fenômenos sociais. Essa dualidade evidenciou que não existe uma única forma de compreender o comportamento social, gerando debates, tensões e, posteriormente, uma crise da Psicologia Social nas décadas de 1960-1970. Essa crise destacou as limitações da abordagem experimental isolada, abrindo espaço para perspectivas críticas, históricas e contextuais, como a latino-americana. Dentro desse contexto, a Cognição Social surge como uma ponte entre Psicologia Social e Psicologia Cognitiva, enfatizando como os indivíduos processam informações sociais. Essa área estuda os processos mentais que influenciam percepção, julgamento, memória, atitudes e decisões. A metáfora do computador ilustra como o cérebro funciona como um sistema de processamento de informações: recebendo dados, interpretando-os, armazenando memórias e produzindo respostas comportamentais. objeto de estudo da Cognição Social são os processos internos que moldam a interação social, como mediadores cognitivos (atenção, percepção, memória, atribuição de causas) e esquemas cognitivos (estereótipos, scripts, esquemas de pessoa) que organizam nosso conhecimento social. A Percepção Social é um tema central dentro da Cognição Social, pois envolve como percebemos, interpretamos e julgamos outras pessoas e grupos. Dentro desse campo, diversos subtemas se inter- relacionam: Primeiras Impressões, Primaridade e Teorias Implícitas que percebemos primeiro sobre alguém tende a influenciar todos os julgamentos subsequentes (primaridade). As teorias implícitas organizam essas impressões, permitindo inferências sobre traços e comportamentos desconhecidos. Profecias Autorrealizadoras Expectativas sobre os outros podem alterar seu comportamento, tornando nossas percepções iniciais realidade. Esse fenômeno mostra como percepção e ação social se influenciam mutuamente. Priming Estímulos anteriores podem ativar conceitos e categorias mentais que modulam julgamentos posteriores de forma inconsciente, mostrando a interação entre memória, esquemas e percepção social. Perseverança de Crenças - Mesmo diante de evidências contrárias, nossas crenças tendem a persistir, reforçando esquemas e estereótipos. Isso evidencia que a percepção social não é neutra, mas guiada por processos cognitivos que mantêm consistência e coerência. Memória As memórias sociais armazenam experiências e informações, influenciando expectativas e interpretações futuras. Memórias tendenciosas podem reforçar primeiras impressões e esquemas cognitivos, criando ciclos de percepção seletiva. Seletividade Perceptiva Tendência a notar informações que confirmam nossas expectativas e ignorar evidências contrárias. Isso se conecta com perseverança de crenças, esquemas cognitivos e priming, mostrando que nossa percepção social é ativa e seletiva, moldando a forma como interpretamos interações e comportamentos.

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