Buscar

Conteúdo online 10 aulas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 246 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 246 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 246 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE TEXTUAL 
Profª. Fábio Simas 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Por que tenho de cursar essa 
disciplina? 
Busca desenvolver a competência leitora do aluno, 
desenvolver a capacidade de ele 
exercer/executar as habilidades de leitura, 
utilizar estratégias para compreender e 
escrever a mensagem em diferentes situações. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
OBJETIVOS 
 
Apresentar diferentes formas de construção de textos em 
situações específicas; 
 
Contribuir para maior habilidade de leitura e escrita ao 
longo da vida acadêmica e na sociedade. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Conteúdo Programático desta aula 
Linguagem: capacidade humana 
 
Língua: uniformidade / diversidade 
 
Fala: características da fala e da escrita 
 
Variação linguística 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
LINGUAGEM 
 
Temos necessidade de compreender a realidade em que 
vivemos, o mundo, nossas relações com essa realidade e 
nossas relações com as pessoas. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
 
 
 
COMO TEMOS 
NECESSIDADE DE 
ENTENDERMOS 
O MUNDO, SUAS 
RELAÇÕES, AS RELAÇÕES 
INTERPESSOAIS, 
ELABORAMOS ESSE 
ENTENDIMENTO OU 
QUESTIONAMOS A 
RESPEITO PARA 
CONSTRUIRMOS O 
ENTENDIMENTO. 
 
PARA ISSO, O SER 
HUMANO UTILIZA A 
LINGUAGEM. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Já que a linguagem é 
responsável pelo 
entendimento da realidade, 
posso concluir que todo ser 
vivo possui linguagem, não? Hum...... Como 
vou conseguir 
uma banana 
agora, bem 
madurinha, bem 
saborosa? 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Seria possível a vida em sociedade sem 
linguagem? É claro que não. Nós, que vivemos em 
sociedade, precisamos da linguagem para 
sobreviver, ela é um dos fatores que nos une. A 
todo momento, estamos interagindo no meio em 
que vivemos e, para isso, a linguagem é 
fundamental. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
O que é linguagem? 
• É o que nos une em sociedade. 
• É um fenômeno dinâmico. 
• É uma faculdade humana. 
• Pode ser verbal ou não-verbal 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 10 
A escolha pela linguagem verbal ou não verbal 
depende muito da intenção daquele que quer 
comunicar e aquilo que se quer comunicar. Em 
alguns casos, uma imagem, uma música (sem a letra, 
só a melodia), um gesto podem valer muito mais do 
que algumas palavras. É fato que todos os seres 
humanos podem, ao mesmo tempo, usar linguagem 
verbal e linguagem não-verbal na comunicação. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Cartaz da campanha de repovoamento da Araucária. 
Disponível em: blog.tudosobreplantas.com.br/.../1184760867.jpg 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
 
 
 
 
 
Como foi dito, a Linguagem nos faz elaborar entendimento 
sobre o mundo, interagir com as pessoas. Este 
entendimento á materializado através de um veículo social 
- LÍNGUA. 
 
A Língua, portanto, é uma instituição social, comum a todos 
os membros de uma comunidade, que permite a 
comunicação. 
 
 
Estamos falando desta 
língua? 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
 
A LÍNGUA, como instituição social, utilizada pelos membros de 
uma nação, possui uma estrutura comum a todos, pois todos 
precisam falar a mesma língua, precisam se comunicar. 
A Fala materializa o conhecimento que o falante tem da língua, 
pois somente quando alguém fala é que sabemos a sua 
nacionalidade. 
Assim: 
Comunicação do entendimento da realidade, interação , são 
feitas através de uma instituição social chamada LÍNGUA, que se 
materializa através da FALA. 
LÍNGUA 
LINGUAGEM 
FALA 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Já imaginou se os membros de uma comunidade não se 
entendessem? 
 
Como poderíamos afirmar que haveria uma única língua 
materna nesta nação? 
Por outro lado, você pode estar pensando no fato de que 
pessoas que nasceram e moram num mesmo país, não falam 
exatamente iguais e que, às vezes, nem se entendem ou 
se entendem precariamente.... 
 
Pois é, essa questão é a chamada UNIFORMIDADE na 
DIVERSIDADE. 
REFLETINDO: 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
Como é isso? 
 
UNIFORMIDADE -A língua necessita ter uma mesma 
estrutura, mas não necessariamente ser a mesma para 
toda a comunidade. A conservação de sua estrutura é que 
faz com que falemos a mesma língua, apesar de algumas 
variações. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
DIVERSIDADE: 
Variações que acontecem nas línguas humanas. 
Temos: 
 
VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS - a partir de regiões diferentes 
VARIAÇÕES SOCIAIS - a partir de nível de escolaridade, 
meio ambiente adequação às diferentes situações. Neste 
tipo de variação, convivemos com as Inadequações da 
linguagem em situações formais, as chamadas falta de 
concordância, pronúncia não cuidada etc.... 
PARA CADA SITUAÇÃO HÁ UMA LINGUAGEM ADEQUADA. 
Variações por conta da idade etc..... 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
NÃO PODEMOS ESQUECER: 
 
As situações formais exigem linguagem 
formal. 
Nestas situações não temos 
intimidade com o ambiente nem com 
as pessoas. 
As situações informais ou semiformais 
exigem linguagem informal ou 
semiformal, linguagem mais relaxada, 
mas não quer dizer que haja, 
necessariamente, falta de 
concordância, palavras cortadas etc. 
 Variação situacional - uma espécie de variação social. 
Adequação às situações. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística. 
O INTERNETÊS 
 
- Linguagem comum no meio digital; 
- Oralidade? Escrita? 
- Certo ou errado? 
- Adequado ou inadequado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Profº. Fábio Simas 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO 
LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Conteúdo Programático desta aula 
 Contextos de produção das 
atividades de linguagem 
 Tipos de variação linguística 
 Noção de texto 
 Coesão e coerência 
 Noção de hipertexto 
 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
As atividades de linguagem são exercidas em diferentes 
contextos. 
 
Para contextos diferentes há linguagens diferentes 
 
 
• O ser humano possui a 
capacidade de adequar sua 
fala, o que é permitido 
devido à faculdade da 
linguagem. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
REFLETIR 
 
Não se pode encarar a língua simplesmente como uma 
quantidade de palavras que comunicam. 
 
A língua faz parte da maneira de ser do indivíduo como 
um todo. 
Caso contrário, não necessitaria estar adequada. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃOLINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
 EXEMPLO: 
 
 O paciente vai ao médico para se consultar e fala ao 
médico: 
 
 “AÍ, DOUTOR, TÔ COM UMA DOR DE CABEÇA 
DANADA, ME ARRANJA UM COMPRIMIDO AÍ...” 
 
 A língua é uma instituição social. Numa mesma 
comunidade todos necessitam conhecer e dominar a 
mesma estrutura linguística, porém, há variações. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
COMO ISSO É POSSÍVEL ? 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
ATENTE PARA OS TIPOS DE VARIAÇÕES 
DESCRITAS NOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS: 
 
Variações diatópicas ou geográficas 
Variações diastráticas ou sociais 
Variações diafásicas ou situacionais 
Variações diacrônicas 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
ATENTEM PARA O SEGUINTE: 
 
 Se todos se entendem dentro de uma mesma 
comunidade, apesar das variações, 
é porque há uma estrutura básica 
que não é modificada. 
 
Portanto, há uniformidade na diversidade. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Como a língua serve também à comunicação, vamos 
verificar o que serve a essa comunicação. 
Se admitimos que há uma estrutura que é básica para o 
entendimento das pessoas, poderia ser, por exemplo, 
algo como: 
 
1)Causado embora então gato alienável disponibilidade. 
2)A repercussão daquela situação foi muito grande, ainda 
que houvesse cuidado em desmentir o fato. 
3) A casa é 
4) Silêncio! 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
1)Possui várias palavras legítimas da Língua Portuguesa, 
no entanto, com esse agrupamento, não formam uma 
ideia; 
 
2)Nesta sequência, a organização das palavras permite que 
haja uma ideia transmitida; 
 
3)Percebemos palavras legítimas na língua e 
encadeamento que conduz a determinada comunicação, 
contudo, a ideia não está completa; 
 
4)Temos, nesta ocorrência, uma ideia completa 
transmitida através de uma palavra apenas. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
DAÍ, O QUE PODEMOS DEDUZIR? 
 
Para haver comunicação de uma ideia 
completa, não há obrigatoriedade 
de uma grande quantidade de palavras. 
 
Necessitamos de combinações que comuniquem 
uma ideia completa. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Podemos ter uma ideia completa comunicada 
através de uma única palavra? 
 
 Silêncio! 
 Fogo! 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Temos, assim, a noção de texto como sendo unidade 
mínima de comunicação, que pode conter , no 
mínimo, uma palavra, e não possui quantidade 
máxima. 
 
Ex.: A bíblia é um texto assim como a palavra 
silêncio também é. 
 
Avancemos, então: 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
O que diferencia um texto de um amontoado de 
palavras que não produzem sentido ? 
 
Podemos dizer, basicamente, que a maneira como 
as palavras estão conectadas - a coesão - e o 
sentido que a mensagem produz - a coerência - 
são os pontos fundamentais de entendimento do 
texto. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
EXEMPLO 
 Bandidos matam cabo da PM durante arrastão no Rio 
 07:27 | 08 de Julho de 2009 
 Por Ricardo Valota 
 São Paulo - Um arrastão contra pedestres e motoristas no 
bairro de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, terminou ontem 
à noite com a morte do cabo Alexandre Pereira dos Santos, 
lotado no 6º Batalhão, da Tijuca. Quatro bandidos armados, após 
atacar pedestres e motoristas nas ruas da região, resolveram 
investir contra Pereira, que, de folga e à paisana, deixava a casa 
de sua mãe. Sem saber que a vítima era um policial, o grupo 
exigiu um cordão de ouro que estava no pescoço do cabo, de 36 
anos. O policial então sacou uma pistola, o que deu início a um 
tiroteio. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
 
 Baleado, Pereira, que teve a arma roubada, foi levado 
para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro, mas não 
resistiu aos ferimentos e morreu. A quadrilha fugiu de carro. 
Nenhum suspeito foi localizado pela polícia durante a 
madrugada. O latrocínio - roubo seguido de morte - foi 
registrado no 27ª Distrito Policial (DP), de Vicente de Carvalho. 
 
 
 
 
 
AS MARCAÇÕES COLORIDAS MOSTRAM OS ELOS 
COESIVOS, PARA NÃO SERMOS REPETITIVOS. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
A coerência diz respeito ao sentido, à unidade da 
mensagem: 
 
Ex.: “Um aspecto importante na constituição de uma 
vida saudável portanto não serão visitados pela 
paróquia da igreja, a qual não está vestida 
adequadamente para o evento.” 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Note que, no exemplo, não entendemos a mensagem 
porque a unidade do texto não foi seguida, ou seja, foram 
introduzidos outros tópicos que não têm continuidade. 
 
A coesão e a coerência não estão restritas ao universo das 
palavras . 
 
Um texto pode apresentar outros elementos como 
responsáveis pelo entendimento, por exemplo; figuras, 
desenhos, tabelas etc., que são essenciais para a 
compreensão da mensagem , é o chamado hipertexto. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Hipertexto - conexão entre as informações que pode ser 
lida em diferentes sequências. O leitor segue vários 
caminhos para desvendar a mensagem, segue, inclusive, 
links. 
 
Portanto, é necessário exercitar a habilidade de 
estabelecer relações entre o texto e outros elementos 
que o compõem. 
 
 
 
 
Interp. figura 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Para cada situação temos uma linguagem diferente, 
importante é sabermos adequá-la a cada contexto; 
 
A língua possui uma uniformidade que convive com as 
variações (geográfica, social, situacional, diacrônicas) 
 
O texto é uma unidade de comunicação que transmite uma 
ideia completa através de coesão e coerência 
O hipertexto conecta informações de figuras, desenhos, links 
, além de palavras. 
 
RESUMINDO O QUE VIMOS NESTA AULA: 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Além da composição e da derivação, existem outros 
processos de formação de palavras em nossa língua, são 
eles: neologismo, onomatopéia, hibridismo, reduplicação 
e sigla/abreviação. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Onomatopeia 
 
Trata-se de palavra formada por meio de uma tentativa 
de se reproduzirem sons e vozes. Vejam os exemplos: 
bangue-bangue; piu-piu, etc. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Hibridismo 
 
Como sabemos, nossa língua é formada por heranças 
deixadas por outras línguas mais antigas. Às vezes, 
pensamos que somente o Latim nos deixou um legado, 
mas o grego e algumas outras línguas também o fizeram. 
 
Dessa forma, o resultadoda combinação ou união de 
palavras ou morfemas pertencentes a idiomas diferentes 
chama-se hibridismo. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
 
Exemplos. 
 
Reportagem (inglês + latim) 
Televisão (grego + latim) 
Surfista (inglês + grego) 
Sociologia ( latim + grego) 
Sambódromo (africano + grego) 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Reduplicação 
 
Segundo Henriques (2007:126), a Reduplicação “consiste 
na repetição de sílabas semelhantes ou iguais, com o 
intuito de formar palavra onomatopaica (imitativa) ou 
hipocorística (afetiva).” O autor sugere os seguintes 
exemplos: reco-reco, tique-taque, cricri, vovô, tetéia e 
Bebeto. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Ele advoga ainda que “nem toda onomatopéia e nem todo 
hipocorístico , assim como nem sempre a coincidência 
total ou parcial de sílabas, são casos de reduplicação. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Podem ser simples ocorrências de palavras primitivas 
(crás, brum; Filé, Tico), de abreviação (Bete»Elizabeth, 
Zé » José), de aglutinação (Joca » João Carlos; Marilu 
»Maria Lúcia), de justaposição (pegue-pague; bem-te-vi). 
E podem, também servir de base para derivação (zigue-
zague + ar = ziguezaguear) ou composições (mamãe + 
sacode = mamãe-sacode, sinônimo de “cachaça”)” (op. 
cit, p.126). 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Sigla/abreviação 
 
As siglas e abreviações são muito utilizadas no dia a dia da 
língua. Eu mesmo tenho um amigo a quem chamo de JL, 
pois se chama José Luiz. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
SIGLA é a palavra formada pela combinação das letras 
iniciais das palavras que compõem um nome. 
 
PIB – Produto interno bruto. 
PT – Partido dos trabalhadores. 
IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
A ABREVIAÇÃO ocorre quando optamos por não utilizar a 
palavra completa, como em endereços, quando usamos R. 
= rua; TV. = travessa; AV. = avenida , e assim por diante. 
Na internet, por exemplo, podemos verificar várias 
abreviações por conta das novas necessidades de 
velocidade do mundo tecnológico globalizado. O famoso 
Internetês faz parte desse processo. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Temos a nítida impressão de que precisamos sempre nos 
fazer presentes neste mundo contemporâneo e de rápido 
acesso ás informações, pois o mundo é das imagens, das 
cores, dos sons e das palavras, criadas por movimentos 
necessários e por nós, seres humanos e falantes, que 
precisamos delas para enunciar nossos pensamentos e 
ações. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
E, afinal de contas, que nome damos a todo este processo 
de criação lexical que invade o nosso dia a dia? 
 
Chegamos ao conceito de NEOLOGISMO. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
NEOLOGIA é o processo de formação de novas unidades 
lexicais, ou seja, as palavras podem ser oriundas ou não 
de outras já existentes ou ainda, serem atribuídas de um 
novo significado que não o dicionarizado, obtendo como 
produto o NEOLOGISMO. 
O neologismo pode originar-se de outra língua e pode se 
adaptar ao nosso sistema morfofonêmico, como 
exemplificado em: 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- “Entre 1995 e 1997, o PIB do agronegócio encolheu 
quase 3%.” (idem) 
- “Eis uma boa oportunidade para os neodemocratas.” 
(Veja, edição 1799/ ano 36 – nº 16) 
- “Em algumas capitais já existem mais pet shops do que 
farmácias.” (Veja, edição 1799/ ano 36–nº 16) 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- “Pegou carona na enorme popularidade de Garotinho, 
mas foi atropelado pelos ‘bondes’, como são chamados os 
comboios formados por traficantes que espalham o terror 
pelas ruas do Rio.” (Veja, edição 1800/ ano 36 – nº 17). 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Os neologismos podem ser apresentados sob algumas 
formas e classificações, a fim de que se compreendam as 
suas implicações para o dinamismo da língua. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- Neologismo lexical ou vocabular: consiste na criação de 
novos significantes ou palavras para compor a língua. 
 
Ex.: 
 1) A bola pererecou na área e ninguém chutou. 
 2) “O salário do trabalhador é imexível.” – 
Neologismo da década de 90, do Ministro Antonio Rogério 
Magri. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
3) O Ministro Fernando Henrique Cardoso é um médico 
frustrado. Vive fazendo diagnósticos da situação 
inconvivível da economia. – Veja. SP, Abril, 15.09.93, p. 
25 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- Neologismo semântico ou de sentido: consiste na 
apropriação de significados novos para significantes já 
existentes, atribuindo a este vocábulo um conteúdo que 
ele não tinha até então. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Ex.: 
 1) Meu vizinho foi multado por fazer um gato na 
rede elétrica. 
 2) Os fiscais perceberam que se tratavam de 
laranjas! 
 3) Este trabalho não ficou bom; é melhor deletar 
esta parte! 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
CONCLUSÃO 
 
Dessa forma, dizemos que a neologia vocabular equivale a 
de forma e a neologia semântica, a de sentido. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- Neologismos sintáticos ou locucionais: caracterizam-se 
por serem expressões cujos componentes, 
separadamente, estão dicionarizados, mas que, juntos, 
têm um valor semântico novo. São resultantes de uma 
combinatória de elementos mórficos já existentes no 
léxico, ou até emprestados. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Ex.: 
 1) João Paulo II reinventa a igreja papalizando com 
êxito. 
 2) Nas últimas eleições não admitiram boca-de-
urna . 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- Neologismo fonológico: caracteriza-se pela combinação 
inédita de fonemas, não procedente de nenhuma palavra 
já existente na língua. 
 
Ex.: 
 Não gostei deste vestido! É meio chinfrim! 
 Os formandos bebemoravam a data. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Como afirma o Profº André Valente, “são mais de cinco 
mil os neologismos inseridos na nova edição do 
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da 
Academia Brasileira de Letras. Não obstante haver 
questionamentos quanto á inclusão de alguns neologismos 
e à ausência de outros, fica comprovada a força das 
criações neológicas diante de números tão expressivos.” 
 (André Valente – A produtividade lexical em diferenteslinguagens 
 em Língua Portuguesa em debate, Petrópolis: Vozes, 
1999, p. 42) 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
ESTRANGEIRISMOS 
 
Não poderíamos deixar de lado os estrangeirismos. 
Sabemos que, principalmente com a globalização, as 
culturas e, consequentemente, as línguas ganharam um 
maior contato. Dessa forma, temos várias palavras 
estrangeiras em nossa língua, como: 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Shopping 
Show 
 
Só precisamos ter dois cuidados: 
 
Verificar se há um correspondente aceito pela maioria dos 
falantes em nossa língua; 
Perceber se houve mudanças na grafia quando da 
passagem para o Português, como é o caso de ESLIDE (do 
inglês, SLIDE). 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
- identificar e analisar as classes de palavras (classes 
gramaticais) que compõem o sintagma verbal; 
- compreender o papel dos verbos no uso da língua: 
- discutir a classificação das interjeições como uma classe 
de palavras. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Segundo Ilari e Basso ( 2006), 
 
“[...] os romanos quiseram dizer que o verbo é a palavra 
por excelência, a mais rica, a de morfologia mais farta. O 
verbo continua sendo em português a classe de palavras 
que assume o maior número de formas flexionadas [...] O 
que é menos evidente é que essa riqueza morfológica tem 
forte contrapartida semântica: ela faz com que, em 
qualquer sentença, seja reservada ao verbo a tarefa de 
prestar uma série de informações [...]”(p. 112). 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Ao estudarmos os verbos, devemos observar que, em uma 
oração, ele nos transmite muitas informações: (a) em 
relação ao tempo em que algo ocorre (presente, passado, 
futuro); (b) em relação ao mundo real ou da fantasia, 
quando, por exemplo, uma criança nos conta uma 
história; (c) em relação à atitude do falante que pode 
afirmar algo, mas pode, também, modalizar seu discurso 
usando uma oração como “Ele estaria no local do crime.” 
Todas essas informações que o verbo nos dá contribuem 
para a compreensão acerca das intenções do autor de um 
texto. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Se observarmos a classe dos nomes substantivos e a classe 
dos verbos, perceberemos que o substantivo é o núcleo do 
sintagma nominal. Esse sintagma nominal pode funcionar, 
sintaticamente, como sujeito, objeto direto, predicativo 
do sujeito etc. No entanto, o verbo é o núcleo do 
sintagma verbal. O sintagma verbal sempre exerce a 
função sintática de predicado. Vale lembrar que 
substantivos e verbos são variáveis; a diferença está no 
fato de os verbos apresentarem flexão de tempo 
(+aspecto), modo e pessoa (+número), enquanto os 
substantivos apresentam flexão de gênero e número. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
A FUNÇÃO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS 
 
Modo indicativo. Marca a realidade do fato expresso: há 
certeza na afirmação. Esse tempo é usado quando 
consideramos como certo, real ou verdadeiro o conteúdo 
daquilo que é dito ou está escrito. 
Exemplo: Caminho pela manhã para emagrecer. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Modo subjuntivo. Marca a incerteza do fato expresso: não 
se sabe se o fato expresso pelo verbo ocorre, ocorreu ou 
ocorrerá. Esse modo é usado quando se dá como possível, 
duvidoso ou hipotético o conteúdo daquilo que está 
escrito ou é dito. 
Exemplo: Se eu caminhasse pela manhã, talvez 
emagrecesse. 
Modo imperativo. Marca pedido, ordem, súplica, 
conselho. 
Exemplo: Caminhe pela manhã e emagrecerá. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
A FORMAÇÃO DO IMPERATIVO. 
 
O MODO DAS ORDENS, DOS PEDIDOS E DOS COMANDOS 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Emprego dos tempos verbais 
1. Tempo presente. O tempo presente do indicativo é 
usado para indicar: 
a) um fato atual. 
Exemplo: Estamos na praia. 
b) algo que acontece habitualmente. 
Exemplo: Sempre tomo café após o almoço. 
c) algo que representa uma verdade universal. 
Exemplo: O sol nasce todas as manhãs. 
d) um fato futuro próximo a acontecer e de realização 
considerada certa. 
Exemplo: Amanhã, viajamos para Paris. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
e) o presente histórico, ou seja, aparece na narração de 
um fato passado, como forma de realçar esse 
acontecimento. 
Exemplo: Em 22 de abril de 1500, chega ao Brasil a nau de 
Cabral. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
2. Pretérito perfeito. Esse tempo verbal é usado quando 
estabelecemos limites na duração da fala, representando 
um fato concluído. Chama-se ‘perfeito’ porque, ao usá-lo, 
acredita-se que a ação tenha sido levada até o fim. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
3. Pretérito imperfeito. O pretérito imperfeito do 
indicativo caracteriza-se por expressar uma ação 
prolongada, não sendo possível esclarecer sobre a ocasião 
em que ela terminou ou teve início. Esse tempo verbal 
também é conhecido como o ‘tempo das fábulas’: ao 
dizer “Era uma vez” a pessoa que emite essa fala, faz-nos 
passar do mundo real ao mundo da fantasia. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Travaglia (2001:212) comenta que é comum crianças, 
brincando de casinha, utilizarem o pretérito imperfeito 
como uma forma de marcar a irrealidade usando 
sentenças do tipo “Vamos brincar de casinha? Eu era a 
mãe, você era a filha e ela era a prima que vinha fazer 
uma visita.” 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Observemos mais dois exemplos. 
 
c. Quando o encontrava, conversávamos muito. 
d. Quando o encontrei, conversamos muito. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Pretérito mais-que-perfeito. Embora seja também um 
tempo indicativo de passado, seu uso mostra que o 
processo em questão, ainda que tenha ocorrido no 
passado, o fez de forma anterior ao que é indicado pelo 
pretérito perfeito. Além desse significado, segundo Garcia 
(1997:71), esse tempo também indica desejo ou 
esperança. Exemplos: 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Atualmente, o uso desse tempo verbal está vinculado a 
ambientes de uso formal da língua. Em ambientes escritos 
de menor formalidade e na fala é mais comum o emprego 
da forma composta: ‘eu tinha viajado’ em lugar de 
‘viajara’. 
Exemplos: 
Ele trabalhara mais do que devia. 
Quem me dera eu ganhasse na loto! 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
5. Futuro do presente. Representa o fato como não 
concluído e o situa num tempo posterior ao presente. Esse 
tempo indicativo de futuro atua, basicamente, para 
mostrar um fato provável de ocorrer. 
Exemplo: 
Amanhã, irei à praia. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃOVOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
6. Futuro do pretérito. Representa o fato como não-
concluído e o situa num intervalo de tempo no passado. 
Exprime um fato futuro tomado em relação ao passado, 
sendo também usado para indicar dúvida em relação a 
algo. Usar o futuro do pretérito demonstra o grau de 
comprometimento de quem fala diante do tema tratado. 
Exemplo: 
Segundo me disseram, ele depositaria quase trinta mil no 
banco. 
Ao usar ‘depositaria’, tem-se uma hipótese, um fato 
passível de ter ocorrido, mas ainda assim apenas uma 
possibilidade. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Observações gerais. 
I. O presente do indicativo indica um fato habitual 
presente, enquanto o pretérito imperfeito indica um fato 
habitual passado. 
Exemplos: 
Eu compro pão todo dia. 
Eu comprava pão todo dia quando morava naquela rua. 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
II. Em Língua Portuguesa, usa-se o presente do indicativo 
do verbo estar mais o gerúndio do verbo para indicar que 
algo ocorre concomitante ao momento de fala. 
Exemplo: 
Ele sempre come bem, mas hoje não está comendo nada. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
AS FORMAS NOMINAIS DO VERBO 
 
Os verbos apresentam três formas nominais: o infinitivo 
(amar, comer, dormir, pôr), o particípio (amado, comido, 
dormido, posto) e o gerúndio (amando, comendo, 
dormindo, partindo). 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Gerúndio X gerundismo 
Particípios abundantes. 
Pago ou pagado? Salvo ou salvado? 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
VERBOS E ESVAZIAMENTO SEMÂNTICO: A QUESTÃO DO 
VOCABULÁRIO 
 
Alguns verbos também se comportam assim. Analisemos os 
vários significados do verbo pôr nas sentenças a seguir: 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
a) O funcionário pôs o aviso na parede. (= pendurou, 
colou) 
b) O diretor pôs o dinheiro no banco. (= depositou) 
c) Os pais sempre põem a culpa nos filhos. (= culpam os 
filhos) 
d) O médico pôs a luva para a cirurgia. (= vestiu) 
e) A bibliotecária pôs os livros na estante. (= guardou) 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
ADVÉRBIO 
 
O advérbio é uma classe gramatical que se liga, 
geralmente, ao verbo. Advérbio quer dizer “junto do 
verbo”. No entanto, em algumas situações, ele também 
modifica um adjetivo ou um advérbio, o que normalmente 
ocorre com o de intensidade. 
 
Meio ou meia? Menos ou menas? 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
PALAVRAS RELACIONAIS 
 
 Em nossa língua há duas classes de palavras com a 
função, basicamente, de ligação. Entretanto, vale 
ressaltar que elas não ligam somente palavras, mas 
também idéias, valores, sentidos. Essas classes são a 
conjunção e a preposição. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
CONJUNÇÃO 
Consiste em uma classe de palavras invariáveis que unem 
termos de uma oração ou orações. As conjunções podem 
relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações 
sintaticamente equivalentes - as chamadas orações 
coordenadas - ou podem relacionar uma oração com 
outra que nela desempenha função sintática - 
respectivamente, uma oração principal e uma oração 
subordinada, como você já deve ter observado nas aulas 
de sintaxe. Vejamos alguns exemplos: 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Nossa questão social é urgente (e) necessária. 
 
A situação social do país é urgente, (mas) ainda existem 
aqueles que só buscam seus próprios interesses. 
 
Não se pode deixar de notar (que) a situação social do 
país é urgente. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
PREPOSIÇÃO 
É a palavra invariável que atua como conectivo entre 
palavras ou orações, estabelecendo sempre uma relação 
de subordinação. Isso quer dizer que, entre os termos ou 
orações ligados por uma preposição, haverá uma relação 
de dependência, em que um dos termos, ou uma das 
orações, assume o papel de subordinante e o outro, de 
subordinado: 
 
 
Assisto (subordinado), ao jogo do Flamengo sempre. 
(subordinante). 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 2: ADEQUAÇÃO VOCABULAR, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, TEXTO E HIPERTEXTO 
Em alguns casos (particularmente nas locuções adverbais), 
as preposições não apenas conectam termos da oração, 
mas também indicam noções fundamentais à 
compreensão da frase. Observe: 
 
Saí (com) pressa. 
Saí (sem) pressa. 
Pus (sob) a mesa. 
Pus (sobre) a mesa. 
Estou (com) vocês. 
Estou (contra) vocês. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Profº. Fábio Simas 
AULA 3 – TEXTUALIDADE, ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E 
RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
. TEXTUALIDADE - é o que faz 
um texto ser texto, é a soma 
dos fatores que caracterizam o 
texto. 
 
 
Dois desses fatores são a 
coesão e a coerência. 
 
Aula 3 – coesão 
Aula 4 - coerência 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Coesão Sequencial x Coesão referencial 
 
Esse tipo de coesão diz respeito ao uso de termos que 
retomam vocábulos ou expressões que já ocorreram, porque 
existem entre eles traços semânticos semelhantes, até mesmo 
opostos. 
 
Qualquer falante do Português, reconheceria que o pronome 
“-la” na frase seguinte refere-se à “fruta”, assim como o 
pronome “aquela”. 
 
“Comprei aquela fruta, vou comê-la” 
 
Quando há termos que retomam outros no texto, temos 
coesão referencial. 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
A coesão também possui a função de articular as 
sequências de um texto, a fim de estabelecer 
relações lógicas ou de sentido entre as partes, 
promovendo, assim, a progressão textual. 
 
 
Como vimos no item anterior, a coesão referencial 
também promove a progressão textual, mas por 
meio dos referentes, ou seja, retoma termos 
introduzidos na superfície textual de diferentes 
maneiras. 
 
É a coesão sequencial. 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Analisemos: 
 
A água é indispensável ao ser humano 
A água faz bem ao organismo 
Nosso organismo necessita de muita água 
A água é um bem precioso 
A água deve ser preservada 
 
Isso é texto? Possui textualidade? 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 
COMO FORMAR UMA MENSAGEM COERENTE, COM SENTIDO, 
SEM MUITAS REPETIÇÕES ? 
 
Deduzimos que os elos coesivos conduzem a uma sentido 
coerente. 
 
 
“A água é indispensável ao ser humano e 
faz bem ao organismo, que necessita 
muito dela. A água é um bem precioso, 
por isso deve ser preservada.” 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕESSINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 
 
Interpretar textos - identificar função, objetivo 
do texto, reconhecer a estrutura, recursos 
linguísticos etc. 
 
 
Nesse sentido, os elementos de coesão garantem 
maior fluidez das informações do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Mas...pra que serve o texto? 
 
Todo texto possui sempre um alvo – o seu 
interlocutor! 
 
Interatividade - na identificação dos objetivos do 
texto, reconhece-se que atitude tomar diante da 
mensagem: ir para algum lugar, responder a 
perguntas, emocionar-se diante do que está 
escrito . 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Por que isto acontece? 
 
 Porque reproduzimos a mensagem para a compreensão 
do outro, só assim atingiremos os objetivos. 
 
 
O que isso quer dizer? 
 
Quer dizer que o texto não é o único responsável pelo seu 
entendimento. Ele produz “pistas”, “dicas” para que 
o leitor organize sua compreensão, logo, texto e leitor 
constituem elementos essenciais para a compreensão da 
mensagem. 
 
. 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 
 
Mas, que pistas são essas? 
 
Por exemplo... 
Quando escrevemos ou falamos um texto, pressupomos que 
nosso interlocutor possui alguns conhecimentos prévios, 
anteriores ao texto. 
 
Se eu digo a minha esposa: 
“Já estou em casa” 
 
Por ela saber que eu era o responsável por buscar as crianças 
na escola naquele dia, significa que já estou em casa com as 
crianças e está tudo bem. 
Não há necessidade de realizar maiores detalhes ao telefone, 
sem ao menos precisar pormenorizar as informações. 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 
 Mas, que pistas são essas? 
 
 
Outra pista pode ser linguística, por exemplo, quando 
começamos uma frase com a expressão APESAR DE...já se 
espera que haja uma concessão ou uma ideia contrária, veja: 
 
“Apesar de o caderno ser para turistas, não vamos aumentar 
os preços.” 
 
Novo Caderno Viajem JB 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, COMPREENSÃO DAS 
MENSAGENS - PROCESSO BILATERAL. 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 
 
Relações que envolvem um texto: 
 
Podemos afirmar que existe uma coesão 
sequencial que garante a textualidade ? 
 
 ex. : O passeio estava tão bom que resolvemos 
ficar um pouco mais. 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
No exemplo, a textualidade se faz a partir da junção das 
duas ideias: 
 
a - o passeio estava bom 
 
B - resolvemos ficar um pouco mais 
 
 
temos uma relação de causa e consequência relacionadas 
pelo elemento que. 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Com o mesmo exemplo poderíamos ter outro tipo de relação, 
fazendo adaptações: 
 
1. O passeio estava bom, logo resolvemos ficar um pouco 
mais. 
 
Teríamos , agora, uma relação de conclusão. 
 
 Entretanto, não poderíamos ter: 
 
2. O passeio estava bom, porém resolvemos ficar um 
pouco mais. 
 
 Esta relação de contraste não seria coerente com 
as ideias do exemplo, pois iria contradizer as informações. 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Deduzimos que nem todas as conexões 
proporcionam coerência às informações. 
 
 Logo , as conexões sintáticas devem ser 
utilizadas adequadamente para formar sentido. 
 
 As articulações sintáticas estabelecem 
relações semânticas. 
 
 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 As expressões com as quais fazemos ligações entre 
as ideias estabelecem significados, estabelecem 
sentido nas mensagens. 
 
 Sendo assim, não se pode utilizar qualquer 
elemento para conectar informações. Devemos ter 
em mente os tipos de relações: 
 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Contraste - O dia está bonito , mas está muito calor. 
 
 
Oposição - Apesar de o dia estar bonito, está muito calor. 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
Relação de concessão - embora o dia esteja bonito, 
está muito calor. 
 
 
Relação de causalidade/explicação - Paulo se apressou, 
pois estava atrasado. 
 
 
Relação de consequência - os trabalhos foram muito bem 
organizados, foram feitos todos os registros necessários, 
em suma , o dia foi muito proveitoso. 
 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
 Vamos fazer as articulações sintáticas nas frases a 
seguir ? Articular ideia de causa, de oposição, de 
conclusão e de finalidade. 
 
 Vamos fazer também as modificações necessárias: 
 
1 - as portas foram abertas. As compras vão começar. 
 
2 - o advogado foi ao fórum. Ele deu andamento no 
processo. 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
3 - O trânsito está fluindo normalmente. O trânsito está 
fluindo normalmente. As chuvas foram muito fortes. 
 
4 - O médico ainda não chegou. Ele está fazendo uma 
cirurgia. 
 
5 - Choveu durante todo o dia. As ruas estão alagadas. 
 
6 - O menino dormiu. O menino está com fome. 
 
7 - Quem lê tem boas ideias. Devemos ler mais. 
 
 
 
ANALISE TEXTUAL 
 AULA 3:TEXTUALIDADE,ARTICULAÇÕES SINTÁTICAS E RELAÇÕES SEMÂNTICAS 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Profº. Fábio Simas 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
 
 Você já imaginou lendo algo que não fizesse 
sentido? Em outras palavras, ninguém gostaria de ler 
textos incoerentes. 
 
Exemplo: 
 
O pepino que eu comprei foi traduzido do francês, no 
entanto, os besouros estão em férias. Ainda que 
tenhamos viajado em nosso carro novo, ele ainda não foi 
fabricado. 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
 
 A COERÊNCIA ocorre a partir do texto, mas... 
 
A coerência depende de uma série de fatores, entre os 
quais vale ressaltar: 
 
 conhecimento do mundo e o grau em que esse 
conhecimento deve ser ou é compartilhado pelos 
interlocutores; 
 domínio das regras que norteiam a língua: isto vai 
possibilitar as várias combinações dos elementos 
linguísticos; 
 os próprios interlocutores, considerando a situação em 
que se encontram, as suas intenções de comunicação, 
suas crenças, a função comunicativa do texto. 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
TIPOS DE 
COERÊNCIA 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
Coerência Semântica. Refere-se à relação entre os 
significados dos elementos das frases em sequência; a 
incoerência aparece quando esses sentidos não combinam, ou 
quando são contraditórios. Exemplos:“... ouvem-se vozes exaltadas para onde acorreram muitos 
fotógrafos e telegrafistas para registrarem o fato.” 
 
O uso do vocábulo ‘telegrafista’ é inadequado nesse 
contexto, pois o fato que causa espanto será documentado 
por fotógrafos e, talvez, por cronistas, que, depois, poderão 
escrever uma crônica sobre ele, mas, certamente, 
‘telegrafistas’ não são espectadores comuns nessas 
circunstâncias. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
 
 
Coerência Sintática. Refere-se aos meios sintáticos 
usados para expressar a coerência semântica: conectivos, 
pronomes, etc. 
 
“João foi à festa, todavia porque não fora convidado.” 
(Koch e Travaglia, 2001:38) 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
Coerência Estilística. Esse tipo de coerência não chega, na 
verdade, a perturbar a interpretabilidade de um texto: é uma 
noção relacionada à mistura de registros linguísticos. É 
desejável que quem escreve ou lê se mantenha num estilo 
relativamente uniforme. Entretanto, a alternância de registros 
pode ser, por outro lado, um recurso estilístico. 
Piadas podem ser elaboradas a partir de incoerências: 
 
No balcão da companhia aérea, o viajante perguntou à 
atendente: 
A - A senhorita pode me dizer quanto tempo dura o vôo do Rio 
a Lisboa? 
B - Um momentinho. 
A - Muito obrigado. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
Coerência pragmática - podemos dizer que esse tipo de 
coerência é verificado através do conhecimento que 
possuímos da realidade sociocultural, que inclui também 
um comportamento adequado à conversa. 
 
 
Duas pessoas conversando em uma festa: 
- Você viu com quem o Paulo chegou ? 
- Quero mais um pedaço de torta de amoras silvestres. 
 
O que acontece com a sequência desta conversa? 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
FATORES REPONSÁVEIS PELA COERÊNCIA: 
 
- CONHECIMENTO DE MUNDO 
 
Aquele proveniente de nossas experiências com o 
mundo, conhecimento sociocultural. Através dessa 
interação armazenamos esse conhecimento, 
constituindo modelos cognitivos. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
CONHECIMENTO PARTILHADO 
 
Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem 
estabelece uma interação. Essa interação se torna possível 
graças à experiência comum dos envolvidos. 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
INFERÊNCIAS 
 
São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de 
determinado texto. Incluem as deduções, conclusões que 
construímos juntamente com quem conta ou escreve uma 
história, um fato etc. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
COMO ENTENDEMOS O TEXTO A SEGUIR ? 
 
O motorista entra num bar de beira de estrada e 
pergunta: 
- Quanto custa um cafezinho?- 
R$ 0,50 - responde o balconista.- 
E o açúcar?- 
Ah, o açúcar é de graça!- Então me vê 3 quilos. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
FATORES DE CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
São elementos que compõem uma história, um 
texto: data, local, elementos gráficos etc. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
SITUACIONALIDADE 
 
CONHECIMENTO DE ONDE A HISTÓRIA SE SITUA, COM TODOS 
OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS. 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
INFORMATIVIDADE 
 
A informatividade diz respeito ao grau de previsibilidade (ou 
expectabilidade) da informação contida no texto. É a 
informatividade que vai determinar a seleção e o arranjo das 
alternativas de distribuição da informação no texto, de modo 
que o receptor possa calcular o sentido com maior ou menor 
facilidade, dependendo da intenção do produtor de construir 
um texto. 
 
Já se contiver informação inesperada ou imprevisível, o 
texto terá um grau máximo de informatividade, podendo, à 
primeira vista, parecer até incoerente por exigir do receptor 
um grande esforço de decodificação. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
FOCALIZAÇÃO 
 
Constitui-se no próprio foco do texto, no assunto a ser 
tratado. Esse conceito tem a ver com a concentração dos 
usuários (produtor e receptor) em apenas uma parte do seu 
conhecimento que enfatizam. Koch e Travaglia (2002:82) citam 
os seguintes exemplos fornecidos por Grosz: 
 
uma construção pode ser considerada uma maravilha da 
arquitetura, uma casa ou um patrimônio cultural. 
 
um evento pode ser visto como uma compra ou uma venda. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
INTERTEXTUALIDADE 
 
Interação com outros textos, mecanismo importante para 
entendimento de determinadas mensagens.O texto faz 
alusão a outros textos, exigindo do leitor uma busca de 
informações fora do universo do texto em questão. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 4 – TIPOS E FATORES DE COERÊNCIA 
VAMOS UTILIZAR TODOS ESSES FATORES RESPONSÁVEIS 
PELA COERÊNCIA NO ENTENDIMENTO DO TEXTO A 
SEGUIR ? 
O policial do 190 atendeu o telefone e foi anotando o pedido 
de socorro: - Por favor, mandem alguém urgente, entrou um 
gato em casa !! - Mas como assim? Um gato em casa? - Um 
gato!!! Ele invadiu minha casa e está caminhando em minha 
direção!!! - Mas como assim? Você quer dizer um ladrão? - 
NÃO ! Estou falando de um gato mesmo, desse que faz 'miau, 
miau', e ele está vindo em minha direção!!! - Vocês têm que 
vir agora !!!! - Mas o que tem de mais um gato ir na sua 
direção ? - Ele vai me matar, ora bolas !!! E vocês serão os 
culpados !!! - Quem está falando? - O papagaio. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia textual 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
Após a noção de texto discutida em aula anterior, chega o momento de 
entrarmos em contato com os tipos de texto, os seus propósitos e sua 
funcionalidade. 
Vamos considerar a produção do texto baseada em fatores como: 
- o propósito da mensagem - para quê? 
- a organização das informações - como ? 
- o público leitor - para quem ? 
A partir daí focalizaremos a coerência da organização textual, que 
necessita estar presente nas partes em que o texto se divide. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
ORGANIZAÇÃO BÁSICA 
TEXTO : INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO 
 
INTRODUÇÃO - A introdução deve conter a proposta do 
texto, a idéia principal. Normalmente é construída por um 
parágrafo. 
 
DESENVOLVIMENTO - o desenvolvimento deve trazer os 
desdobramentos do que foi proposto na Introdução. 
Este desenvolvimento pode conter quantos parágrafos forem 
necessários. Pode trazer exemplos, comparações com 
outros autores, citações sobre o caso etc.... 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
 CONCLUSÃO - trata do fechamento do texto, pode 
deixar a ideia em aberto, pode apresentar um ponto de 
vista coerente com o que foi desenvolvido, mas precisa 
trazer um fechamento. Para isso retoma a ideia 
apresentada na introdução. Este é um ponto importante, 
porque reforça a coerência do texto: o que foi anunciado 
no início foi desdobrado, desenvolvido, retomado e 
concluído, segundo quem o escreveu. Esta é uma boa 
estratégia paranão fugirmos do assunto. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
LEMBRETE 
É bom perceber que o trabalho do texto é encadeado, é 
“tecido” mesmo, pois tudo vai ser organizado a partir 
do que for apresentado na introdução. A partir daí, 
temos que desenvolver a ideia e depois concluir, 
baseados no que apresentamos e desdobramos. De modo 
que, seguindo esta organização, a tendência é termos um 
texto coerente. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
NARRAÇÃO OU NARRATIVA 
Narrar é contar histórias; em textos, contos, novelas, 
filmes etc... 
Se a narrativa compreende contar histórias, deve conter 
elementos como: 
Personagens, local, tempo, espaço . 
Normalmente são muito utilizados verbos de ação. Estes 
proporcionam “movimento” à história. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
Situa seres e objetos no tempo (história). 
 
Estrutura: 
- Introdução: Apresenta as personagens, localizando-as no 
tempo e no espaço. 
 
- Desenvolvimento: Através das ações das personagens, 
constrói-se a trama e o suspense que culmina no clímax. 
 
- Conclusão: Existem várias maneiras de se concluir uma 
narração. Esclarecer a trama é apenas uma delas. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
Utiliza o recurso dos verbos de ação, dos discursos direto, 
indireto e indireto livre. 
 
A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, 
respondendo às seguintes perguntas essenciais: 
O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(n) a história; 
QUEM? - a personagem ou personagens; 
COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos; 
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência 
QUANDO? - o momento ou momentos em que se 
passam os fatos; 
POR QUÊ? - a causa do acontecimento. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
Observe como se aplicam no texto de Manuel Bandeira esses 
elementos: 
 Tragédia brasileira 
 Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu 
Maria Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, 
uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. 
 Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no 
Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto 
ela queria. 
 Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo 
um namorado. 
 Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna 
facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos 
assim. 
 Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de 
casa. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
Viveram três anos assim. 
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de 
casa. 
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General 
Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de 
Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, 
Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... 
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos 
e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontra-la 
caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. 
Manuel Bandeira 
http://www.algosobre.com.br/redacao/narracao-com-
exemplos.html 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
DESCRIÇÃO 
Situa seres e objetos no espaço (fotografia) 
Estrutura: 
Introdução – A perspectiva do observador focaliza o ser ou 
objeto e distingue seus aspectos gerais. 
Desenvolvimento – Capta os elementos numa ordem 
coerente com a disposição em que eles se encontram no 
espaço, caracterizando-os objetiva e subjetivamente, física 
e psicologicamente. 
 Conclusão – Não há um procedimento específico para 
conclusão. Considera-se concluído o texto quando se 
completa a caracterização. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
DISSERTAÇÃO 
 
I. Expor um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, 
discutindo a problemática que nele reside; 
II. Defender princípios, tomando decisões 
III. Analisar objetivamente um assunto através da sequência lógica 
de ideias; 
IV. Apresentar opiniões sobre um determinado assunto; 
V. Apresentar opiniões positivas e negativas, provando suas 
opiniões, citando fatos, razões, justificativas. 
A dissertação é uma série concatenada de ideias, opiniões ou 
juízos. 
 
Adaptado de: 
http://www.algosobre.com.br/redacao/dissertacao.html 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
EXEMPLO DE DISSERTAÇÃO 
Páscoa é a festa espiritual da libertação, simbolizada por objetos 
incorporados em nossas vidas como o ovo de páscoa, que está ligado a um 
ritual egípcio e, por conveniências comerciais, ganhou seu lugar nas 
festividades do Domingo de Páscoa assim como outra tradições que 
surgiram do anseio popular (a malhação do Judas em Sábado de Aleluia). 
Mas, a verdadeira Páscoa está narrada em Exodus e depois a Nova Páscoa 
está descrita no Evangelho de Jesus Cristo como a vitória do Filho do 
Homem. A primeira Páscoa da História foi celebrada pelos hebreus no 
século 13 a.C. para que todos lembrassem que Moisés, com a ajuda do 
Senhor, salvou o seu povo das mãos do Faraó. Assim, o cordeiro foi o sinal 
de aliança e o anjo podia saber quem estava com Javé ou Jeová. (....) 
http://www.mundovestibular.com.br/articles/1266/1/EXEMPLOS-DE-
REDACAO/Paacutegina1.html 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 5: Tipologia Textual 
ARGUMENTAÇÃO 
Argumentar é defender um ponto de vista, posicionar-se 
diante de determinado assunto e tentar persuadir o leitor/ 
ouvinte para que aceite seu ponto de vista como correto e 
concorde com o que você propõe. 
Para defender sua ideia você precisa de muitos argumentos, 
pois as pessoas não vão aceitar prontamente seu ponto de 
vista. Podemos dizer que a argumentação é uma dissertação 
que contém explicitamente um ponto de vista, uma posição 
clara do autor diante do assunto, o que nem sempre 
acontece com a dissertação. 
Argumentar, então, é persuadir o interlocutor através do 
raciocínio 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 6 – TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
Conto 
Ali os alicerces de Alice 
 
Ali os alicerces de Alice: sapatos altos de agulha fincada na pele branca-
baba dos clientes que ela repelia como os sapatos catapultados agora às 
4h48 da manhã contra a parede 2 X 1,7m da quitinete do Baixo Augusta. 
 
Não podia calçá-los: a louca de baixo fez abaixo-assinado pra escorraçá-la 
de lá e afundar mais sua depressão. 
 
Lá: prédio “de família” onde não se toleram moças assim, mesmo com 
suas boas-tardes de elevador, condomínios em dia e cabeça baixa diante 
de olhares superiores. 
 
Aqui: redoma no 18° andar pra esquecer de si e do mundo e se sentir 
menos suja nos banhos 40 minutos de conta de luz cara pra tentar 
acender sua moral apagada e ascender sua baixa-estima. 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
 
 Do alto, via as vias e a vida que não queria. 
De baixo, olhava pro teto que a oprimia como os gordos casados 
do próprio prédio baforando a desculpa da reunião externa. 
Rosto colado no chão, mirava os sapatos: só eles a sustentariam 
a trabalhar de novo e impedir que ela fizesse algo para que 
tudo ali cesse. 
 
http://miniconto.blogspot.com.br/ 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
 RECONHECEMOS O CONTEÚDO DO TEXTO COMO UM 
CONTO, UMA NARRATIVA, PORQUE RECONHECEMOS 
PERSONAGENS, FATOS, LOCAL E TEMPO. 
 
UM ASPECTO CARACTERÍSTICO TAMBÉM É O FATO DE 
PODERMOS CONTAR ESTA HISTÓRIA EM QUALQUER ÉPOCA. 
OTEMPO DE OCORRÊNCIA JÁ ESTARÁ INSCRITO NA 
NARRATIVA, NÃO É PRECISO RECORRERMOS A UM TEMPO 
REAL. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
CRÔNICA 
Almoço de domingo. 
 No último domingo o povo aqui em casa me pediu pra fazer 
nhoque. Então vamos a ele! Estava passando as batatas pelo 
espremedor e me lembrei da primeira vez que fiz nhoque pra 
minha filha. Ela era ainda bem pequena, ainda nem falava direito. 
E foi uma farra. Ela achou muito divertido esse negócio de fazer 
rolinhos finos e compridos e depois cortá-los em umas quase 
"boinhas". 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
 
 
Eu cortava e ela espalhava sobre a mesa bem 
enfarinhada, matracando o tempo todo. 
 Quando acabamos cobri tudo com um pano bem limpo e 
fui fazer sei lá o quê. Depois de um tempinho me toquei 
que a Beatriz tava muuuuito quieta: 
 - Biaaaa....que tá fazendo? 
 - Tô bincando! 
 Segui a vozinha que vinha da cozinha e quando lá 
cheguei: 
 - Jesus! Que que 'ce tá fazendo...? 
 - To amassando as boinhas.... 
 Comemos espaguete! 
 
Kássia C 
Publicado no Recanto das Letras em 01/10/2009 
Código do texto: T1841911 
 http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/1841911 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
 
CRÔNICA - ESTRUTURA SIMILAR AO CONTO, A CRÔNICA CONTA 
FATOS REAIS, QUE NECESSITAM QUE O TEMPO, AS PERSONAGENS, O 
LOCAL, SEJAM ESCLARECIDOS, PORQUE NÃO TRAZ UM CONTEXTO 
PRONTO, PRECISA DO CONTEXTO DA SITUAÇÃO. 
AS CRÔNICAS TAMBÉM APRESENTAM OUTRO ASPECTO, COMO O DE 
ANALISAR, COMENTAR, ARGUMENTAR, CRITICAR DETERMINADAS 
SITUAÇÕES 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
ESTRUTURA DO TEXTO 
RESUMO DO TRABALHO 
INTRODUÇÃO 
DESENVOLVIMENTO 
CONCLUSÃO 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
ARTIGO CIENTÍFICO 
Na escrita acadêmica 
precisamos ter: 
 
CLAREZA 
CONCISÃO 
IMPESSOALIDADE 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
TEXTO JURÍDICO - PETIÇÃO 
APRESENTAÇÃO DAS PARTES 
 
-FATOS (PASSÍVEIS DE SEREM 
RESOLVIDOS PELA ÁREA JURÍDICA) 
 
-FUNDAMENTOS (ARGUMENTAÇÃO 
FAVORÁVEL AO PEDIDO, COM 
CITAÇÕES LEGAIS) 
 
-VALOR DA CAUSA 
 
- FECHAMENTO 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
 A ESCRITA ACADÊMICA 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
PARÁFRASE - ESCREVER COM OUTRAS PALAVRAS (AS PRÓPRIAS) 
AS PRINCIPAIS IDEIAS DE OUTRO AUTOR, DE OUTRO TEXTO. 
 
RESUMO - EXTRAI AS PRINCIPAIS IDEIAS DE UM TEXTO, É FIEL AO 
CONTEÚDO ORIGINAL E TAMBÉM AO ORDENAMENTO DO ASSUNTO, 
NÃO SE EMITE OPINIÃO NO TEXTO DO RESUMO. O RESUMO É 
ELABORADO COM AS PRÓPRIAS IDEIAS DE QUEM O ESTÁ 
ORGANIZANDO. 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
RESENHA- É UMA ESPÉCIE DE RESUMO EM QUE SÃO 
EMITIDOS JULGAMENTOS, COMENTÁRIOS (RESENHA 
CRÍTICA). 
PARÓDIA- UMA FORMA CÔMICA DE SE REMETER A UM 
OUTRO TEXTO. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
 QUAL O TIPO DO TEXTO DESTE GÊNERO TEXTUAL? 
ANÁLISE TEXTUAL 
Aula 6: Tipologia e gêneros textuais 
Tipos de organização discursiva nos gêneros textuais 
 
Gêneros: 
Notícia de jornal 
Receita culinária 
Texto de horóscopo 
Bula de remédios ........ 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
. § - Temos dois s unidos, abreviação do latim signum 
seccione. Indica, como o nome diz, um sinal de corte, 
fragmentação, secção. Essa é a ideia do parágrafo: ele 
contem uma unidade, que é parte de um todo. 
 
O parágrafo estabelece a necessidade de demarcar, na 
construção de nosso texto, a mudança de enfoque em 
relação ao assunto. Nesta sinalização, auxilia a leitura, 
pois indica ao leitor que estamos trabalhando posições, 
idéias sobre o assunto. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
O parágrafo é uma unidade de texto 
composta por um ou mais de um período, em 
que se desenvolve determinada ideia central 
ou nuclear, a que se agregam outras, 
secundárias, intimamente relacionadas pelo 
sentido e logicamente decorrentes dela. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Organização do texto 
 
Os parágrafos auxiliam no processo de leitura, de não cansar 
o leitor. 
De modo geral, dizemos que o “bom parágrafo” tem 
introdução e desenvolvimento. Isto é, traz uma síntese do 
assunto que será abordado, de preferência no início. 
Denominamos essa síntese: TÓPICO FRASAL. 
 
Funciona o tópico frasal como um resumo daquilo que vai ser 
dito ao longo do texto ou ainda como um recurso para 
introduzir uma ideia. Geralmente se constitui em uma frase 
ou duas no início do parágrafo. Existem diferentes tipos de 
tópicos. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Estrutura do parágrafo 
• Segundo Garcia (idem: 206), o parágrafo-padrão 
é composto por: 
• a) Introdução ou tópico frasal. Um ou dois 
períodos curtos iniciais, em que se expressa de 
maneira sucinta a idéia-núcleo. 
• b) Desenvolvimento. Explanação da idéia-núcleo. 
• c) Conclusão. Mais rara, principalmente em 
parágrafos curtos. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Análise 
a) Tópico frasal: Os candidatos são assim 
denominados porque na antiga Roma aqueles 
que se apresentavam a cargos públicos vestiam-
se de branco. 
b) Desenvolvimento: Suas vestes semelhavam a 
toga dos sacerdotes. Com isso, queriam 
demonstrar que eram puros, sobretudo em suas 
intenções. 
c) Conclusão: A palavra candidato veio de 
candidatus, vestido de branco. 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Como a maneira de começar um 
parágrafo pode influenciar o sentido 
do texto 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Este homem pegou uma nação destruída. Recuperou sua 
economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro 
primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 
6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto 
interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar. 
Aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões 
de marcos e reduziu uma hiperinflação a no máximo 25% ao 
ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem 
imaginava seguir a carreira artística. 
 
 É possível contar um monte de mentiras dizendo só a 
verdade. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com a 
informação e o jornal de você recebe. 
 
 Folha de São Paulo: o jornal que mais se compra e nunca 
se vende. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Ler é um ritual antropofágico. Sabia disso Murilo Mendes 
quando escreveu: “No tempo em que eu não era antropófago, 
isto é, no tempo em que eu não devorava livros - e os livros não 
são homens, não contém a substância, o próprio sangue do 
homem?” A antropofagia não se fazia por razões alimentares. 
Fazia-se por razões mágicas. Quem come a carne do sacrificado 
se apropria das virtudes que moravam no seu corpo. Como na 
eucaristia cristã, que é um ritual antropofágico: “Esse pão é a 
minha carne, esse vinho é o meu sangue...” Cada livro é um 
sacramento. Cada leitura é um ritual mágico. Quem lê um livro 
escrito com sangue corre o risco de ficar parecido com o 
escritor. Já aconteceu comigo...Ler pouco (Rubem Alves). Disponível em 
http://www.rubemalves.com.br/lerpouco.htm 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Tipos de tópico frasal: 
 
DECLARAÇÃO INICIAL - o autor declara uma opinião por 
meio de uma frase afirmativa ou negativa. 
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de 
comunicação. 
 
 
DEFINIÇÃO – trata-se de um bom recurso didático; defino 
algo quando delimito o seu significado dentro de um 
campo semântico. 
Exemplo: O jornal é um meio de comunicação feito com 
papel em que se imprimem textos. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
 
 
DIVISÃO – o parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, 
indicando como será tratado em seu desenvolvimento. 
 
EXEMPLO: as informações tomam dois caminhos para 
atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão.. 
 
INTERROGAÇÃO – o autor quer aguçar a curiosidade do 
leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, 
mediante uma pergunta. 
 
Exemplo: O crescente uso da internet provocará o fim do 
jornal? 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
ALUSÃO HISTÓRICA - o autor faz referência a um fato 
histórico, um exemplo, uma lenda ou,até mesmo, uma piada, 
com o objetivo da prender a atenção do leitor. É um recurso 
muito comum em início de texto. 
 
EXEMPLO: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, 
tomar leite tem como resultado morte certa. Assim é a 
política brasileira, votam-se em antigos nomes apenas porque 
são conhecidos, mesmo não havendo uma razão séria para 
perpetuá-los no poder. O medo da mudança assombra os 
eleitores. 
 
O parágrafo não se limita ao tópico. O texto que se segue ao 
tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. de 
fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Assim, o parágrafo do exemplo de alusão histórica foi 
desenvolvido mediante a apresentação de uma comparação 
com a crendice popular, no sentido de aproximar as duas 
ideias. Em outras palavras: as razões pelas quais mantemos 
os maus governantes no poder são históricas e sem 
fundamento. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
TIPOS DE DESENVOLVIMENTO 
 
EXPLANAÇÃO DA DECLARAÇÃO INICIAL: o autor esclarece a 
afirmação ou negação que fez no tópico. 
 
 
EXEMPLO: A violência foi banalizada pelos meios de 
comunicação. Somos bombardeados todo o tempo por 
relatos de agressões, via televisão, rádio e jornais. Parece 
até que o objetivo é tornar normal a barbaridade, repetindo 
os feitos dos bandidos vezes sem conta, até a exaustão. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
ENUMERAÇÃO DE DETALHES – Trata-se de um tipo de 
desenvolvimento muito específico, pois é bastante comum em 
parágrafos descritivos. É um tipo de texto em que o autor procura 
formar uma imagem mental de algo, um lugar ou alguém. Nesse 
sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação 
que foi feita de maneira mais genérica no tópico. 
 
Usando o exemplo anterior, imagine que façamos um novo 
desenvolvimento do parágrafo: 
 
Exemplo: a violência foi banalizada pelos meios de comunicação. 
Os jornais só falam de sangue e tragédia. a televisão prioriza as 
mazelas como forma de manter a audiência. Até a internet, embora 
seja um meio jovem, não se diferencia dos seus antecessores, pois 
é ela também meio de prática de crimes de pedofilia, por exemplo. 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
COMPARAÇÃO – Há quem faça distinção entre analogia e 
contraste, distinguindo as formas de comparação. Assim, a 
analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o 
contraste se configuraria pela aproximação de termos 
acentuando suas diferenças. 
 
Para nós, apenas vai interessar a comparação. Um bom exemplo 
foi aquele que usamos para desenvolver o tópico frasal do tipo 
alusão histórica. Lembra? 
 
Exemplo: conta a tradição que comer manga e, em seguida, 
tomar leite tem como resultado morte certa. Assim é a política 
brasileira, votam-se em antigos nomes apenas porque são 
conhecidos, mesmo não havendo uma razão séria para perpetuá-
los no poder. O medo da mudança assombra os eleitores. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
CAUSA E CONSEQUÊNCIA – o desenvolvimento apresenta 
uma relação de causas para a declaração feita no tópico, 
ou dela decorrentes, ou consequências, ou ambas. 
 
Exemplo: o crescente uso da internet provocará o fim 
do jornal? Algumas pessoas já fazem uma previsão disso, 
pois cada vez mais a utilização da internet invade nossas 
vidas, e como podemos ter acesso a várias informações, o 
jornal pode ser colocado de lado. 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Exemplos de tópico frasal: 
 
A ideia central ou tópico frasal geralmente vem no começo 
do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou 
detalham a ideia central. 
Exemplos: 
Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem 
maltratá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o 
vaqueiro jamais é cruel. ele sabe como o animal foi 
domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe 
onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro 
aprendeu que paciência e muitos exercícios são os 
principais meios para se obter sucesso na lida com os 
cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado. 
 RESUMINDO 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO POR ENUMERAÇÃO: 
EXEMPLO: 
 
A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido 
muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por 
meio de noticiários que mostram o que acontece de 
importante em qualquer parte do mundo; diversão, através 
de programas de entretenimento (shows, competições 
esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos. 
 
 
 
 
 
ANÁLISE TEXTUAL 
 AULA 7: PARÁGRAFO. ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
Os estudos sobre parágrafos que apresentamos e os exemplos 
de diferentes organizações de tópico frasal mostram as 
possibilidades de organização de textos. Claro que essas 
possibilidades envolvem as diferentes intenções que o autor 
possui ao organizar um texto: fazer suspense com um texto 
narrativo, descritivo. 
 
Exemplificar com textos dissertativos/ argumentativos etc.. 
Importante é perceber que o tópico frasal marca uma 
organização do assunto, e que, a partir dele, a ideia 
necessita ser desenvolvida. 
 
ANALISE TEXTUAL 
AULA 8: RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 8 – RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO 
 
ARGUMENTOS 
“Os argumentos são sustentados por 
dados, exemplos, experiências 
pessoais ou conhecimentos alheios 
a que atribuímos um valor 
indiscutível.” 
(Carneiro, Coletânea, 2001) 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 8 – RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
Como podemos montar um raciocínio 
argumentativo baseado na figura a seguir? 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 8 – RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO 
Os argumentos podem apoiar-se em 
dois métodos: 
MÉTODO INDUTIVO - parte do 
particular para o geral; 
MÉTODO DEDUTIVO - parte do geral 
para o particular. 
ANÁLISE TEXTUAL 
AULA 8 – RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO 
 
MÉTODO INDUTIVO 
O raciocínio indutivo parte de premissas para chegar 
a uma conclusão. 
 
Premissas = proposições, afirmativas que servem de 
base para

Continue navegando