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Avaliação discursiva Saúde da mulher [Laboratório virtual – Sistema Reprodutor Feminino] O diafragma da pelve ou assoalho pélvico possui um formato de funil. É a região responsável pela sustentação dinâmica do útero. Cite os músculos componentes do diafragma da pelve. O diafragma da pelve é composto pelos músculos: Músculo Isquiococcígeo, um músculo de formato triangular que ajuda na formação do assoalho pélvico, sustenta as vísceras e estabiliza a articulação sacroíliaca, e localiza-se na parte posterior ao levantador do ânus e anterior ao ligamento sacroespinhal; Músculo Levantador do Ânus, composto por três músculos principais puborretal, pubococcígeo e iliococcígeo, que formam a base do assoalho pélvico e desempenham um papel importante na sustentação das vísceras pélvicas e na continência; Músculo Pubococcígeo, é um músculo que se estende desde o osso púbico até o cóccix, tem um papel importante na sustentação dos órgãos pélvicos no controle da micção e defecação, e na função sexual; Músculo Puborretal é importante na continência fecal e na sustentação das estruturas pélvicas, age como um esfíncter, fechando o canal anal evitando a saída das fezes, auxilia também na evacuação intestinal, pois facilita o fluxo fecal quando se encontra relaxado; Músculo Iliococcígeo, é um músculo do assoalho pélvico que tem a função de suporte das vísceras pélvicas e na continência vai da fáscia do músculo obturador interno até o cóccix, compondo parte do diafragma pélvico, que ajuda a sustentar órgãos como a bexiga, o útero e o reto. Esses músculos trabalham em conjunto para manter a posição dos órgãos pélvicos e permitir funções como a continência urinária e fecal. As modificações anatômicas e físicas que ocorrem durante o período do climatério, não obrigatoriamente implicam na diminuição do prazer da mulher, mas podem influenciar sua resposta sexual, que pode ser mais lenta. Nesse contexto, disserte sobre as alterações que ocorrem no sistema genital feminino durante o climatério e que podem estar relacionadas com o surgimento de disfunções sexuais, e como o fisioterapeuta pode atuar nesses casos. Durante o período do climatério ocorrem diversas alterações físicas e fisiológicas como consequência da irregularidade dos níveis de progesterona e estrogênio. Alguns sintomas como redução do desejo sexual, redução da libido e pouca lubrificação vaginal podem surgir com maior ou menor intensidade. Além dessas mudanças ocorrem também fatores psicológicos, nos quais a mulher pode apresentar medo de envelhecer, problemas de afetividade, autoestima e libido. A diminuição hormonal associada às condições psicológicas pode levar a disfunções sexuais graves como vaginismo e dispareunia, afetando o desempenho sexual e a sexualidade. As principais alterações associadas ao sistema genital feminino e que podem levar ao aparecimento de disfunções sexuais são: redução do fluxo sanguíneo vaginal; redução dos pelos pubianos; redução do tecido adiposo que recobre os grandes e pequenos lábios; ressecamento vaginal; aparecimento de prurido; irritação e ardência na mucosa. Esses sintomas surgem a partir da hipotrofia genital como consequência do hipoestrogenismo, e podem ter influência sobre a sexualidade feminina. Durante essa fase, o fisioterapeuta pode fazer um diagnóstico funcional e atuar a fim de diminuir os efeitos prejudiciais do climatério. Como recursos para o tratamento das disfunções sexuais no climatério, o fisioterapeuta pode utilizar a Cinesioterapia, que ajuda as mulheres através de exercícios de consciência corporal e fortalece os músculos do assoalho pélvico contribuindo nas diferentes fases do ciclo do desejo sexual, como excitação e orgasmo. Esses músculos agem como estabilizadores dos órgãos como útero e bexiga, localizados na cavidade pélvica, ajudando também na melhora da continência urinaria e fecal. Outro método utilizado na fisioterapia é o Biofeedback,, equipamento que mede, avalia e trata disfunções sexuais através de estímulos táteis, esse aparelho estimula a contração ajudando a melhorar o funcionamento dos músculos que fazem parte da região perineal, melhorando a consciência corporal e diminuindo os sintomas causados pelas disfunções sexuais. O Fisioterapeuta utiliza também a Massagem Perineal, que é feita na região intima feminina e ajuda a alongar e relaxar os músculos vaginais, diminuindo a dor da musculatura do assoalho pélvico nos casos de dispareunia, cujo conceito é dor intensa durante as relações sexuais e vaginismo. A massagem é feita em toda pele e adjacências da entrada do canal vaginal. Os Exercícios de Kegel são utilizados pelos fisioterapeutas para auxiliar na reeducação comportamental a fim de normalizar funções sexuais, a partir da contração dos músculos do assoalho pélvico com o objetivo de fortalecer, melhorar a lubrificação vaginal, controlar os esfíncteres e melhorar a consciência perineal. Além desses recursos, o uso de lubrificantes e hidratantes vaginais podem ser recomendados pelos médicos para melhorar os sintomas de dispareunia e vaginismo.