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PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO PRINCÍPIOS DA CARTULARIDADE PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE Título de crédito é documento de apresentação Só é possível executar o título apresentando- o, nem mesmo a cópia autenticada Transformou o crédito em dinheiro CÓPIA: se no decorrer da execução, o documento original se extraviar CÓPIA: se não for possível o original porque apreendido em outro processo CÓPIA: por motivos de segurança (valor elevado) e a vara não puder custodiar Só é possível protestar o título apresentando-o Título com o devedor induz presunção de seu pagamento • Necessidade de apresentação do título para exercício do direito. • Exceção: títulos eletrônicos. • Ex.: não posso cobrar cheque sem apresentá-lo. PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. INADIMPLEMENTO DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO GARANTIDO POR ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. DETERMINADA A EMENDA À INICIAL PARA A JUNTADA DO ORIGINAL DO TÍTULO. INÉRCIA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 1. Ação de busca e apreensão, tendo em vista o inadimplemento de contrato de financiamento para aquisição de veículo com garantia de alienação fiduciária. 2. Ação ajuizada em 19/01/2016. Recurso especial concluso ao gabinete em 29/06/2021. Julgamento: CPC/2015. 3. O propósito recursal é definir a necessidade de juntada do original do título de crédito a fim de aparelhar ação de busca e apreensão, ajuizada em virtude do inadimplemento de contrato de financiamento garantido por alienação fiduciária. 4. A juntada da via original do título executivo extrajudicial é, em princípio, requisito essencial à formação válida do processo de execução, visando a assegurar a autenticidade da cártula apresentada e a afastar a hipótese de ter o título circulado, sendo, em regra, nula a execução fundada em cópias dos títulos. PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE 5. A execução pode, excepcionalmente, ser instruída por cópia reprográfica do título extrajudicial em que fundamentada, prescindindo da apresentação do documento original, principalmente quando não há dúvida quanto à existência do título e do débito e quando comprovado que o mesmo não circulou. 6. O documento representativo do crédito líquido, certo e exigível é requisito indispensável não só para a execução propriamente dita, mas, também, para demandas nas quais a pretensão esteja amparada no referido instrumento representativo do crédito, mormente para a ação de busca e apreensão que, conforme regramento legal, pode ser convertida em ação de execução. 7. Por ser a cédula de crédito bancário dotada do atributo da circularidade, mediante endosso, conforme previsão do art. 29, § 1º, da Lei 10.931/04, a apresentação do documento original faz-se necessária ao aparelhamento da ação de busca e apreensão, se não comprovado pelas instâncias ordinárias que o título não circulou. PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE 8. A parte recorrida, ademais, instada a promover a juntada do original do título, permaneceu-se inerte à determinação judicial, não apresentando justificava hábil a amparar a sua atitude de não apresentar a cédula de crédito bancário, motivo pelo qual mostra-se inviável afastar o indeferimento da petição inicial, com a consequente extinção do processo, sem resolução do mérito. 9. Ressalva-se que o referido entendimento é aplicável às hipóteses de emissão das CCBs em data anterior à vigência da Lei 13.986/20, tendo em vista que a referida legislação modificou substancialmente a forma de emissão destas cédulas, passando a admitir que a mesma se dê de forma cartular ou escritural (eletrônica). A partir de sua vigência, a apresentação da CCB original faz-se necessária ao aparelhamento da execução somente se o título exequendo for apresentado no formato cartular. 10. Recurso especial conhecido e provido”.(STJ, RE 1.946.423-MA. 3ª Turma. Relatora: Ministra Nancy Andrighi. Julgamento: 09/11/2021. Publicação: 12/11/2021) PRINCÍPIO DA LITERALIDADE “O título de crédito é a expressão literal de uma obrigação, pois o que não está no título não está no mundo (quod non est in cambio non est in mundo). Literal no sentido de que a obrigação, em todo o seu contorno, está expressa na face, por escrito (litteris)”. (Edilson Enedito das Chagas) PRINCÍPIO DA LITERALIDADE LITERALIDADE POSITIVA: tudo o que se escreve no título será incorporado no documento como obrigação cambial, e que vinculará o signatário, legitimando, inclusive, a discussão de tal obrigação em eventual demanda judicial. Súmula 258 do STJ: “A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou”. PRINCÍPIO DA LITERALIDADE LITERALIDADE NEGATIVA: engloba informações que vincularão os personagens iniciais (sacador ou emitente, sacado e beneficiário) e os demais personagens eventuais (avalistas, endossantes e endossatários), sendo que as tratativas que não tenham sido escritas no título, a favor ou contra tais personagens, não poderão ser opostas ou mesmo discutidas judicialmente e nem mesmo testemunhas poderão suprir eventual ausência de quitação. Até mesmo quitação parcial deverá constar do título cártula. PRINCÍPIO DA LITERALIDADE EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LITERALIDADE: ▪ Juros de mora: ainda que não escritos no título, são exigíveis (art. 48, alínea 2, da LUG e art. 52, II da Lei nº 7.357/85). ▪Outros encargos: podem ser cobrados sempre que inseridos no contexto da boa-fé, pois o devedor conhece o que pactuou e não pode invocar as estritas letras que constam do título para se esquivar de cumprir a obrigação completa. PRINCÍPIO DA LITERALIDADE NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO DE MÚTUO. AVALISTA. PRINCÍPIO DO TANTUM DEVOLUTUM QUANTUM APPELATUM. PRELIMINARES REJEITADAS . TAXA DE JUROS. ABUSIVIDADE NÃO DEMONSTRADA. CAPITALIZAÇÃO ANUAL. O Tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (art. 515, § 3º, do CPC, na redação introduzida pela Lei nº 10.352, de 26.12 .2001). Precedente do STJ. O fato de ser a dívida acrescida de encargos, cujo valor final é suscetível de ser demonstrado mediante simples operação aritmética, não torna ilíquido o débito representado pela nota promissória. Estando a nota promissória vinculada a contrato de empréstimo pessoal e fazendo-se acompanhar deste último, a taxa de juros é aquela estabelecida na avença. A circunstância de o contrato estipular a taxa de juros remuneratórios acima de 12% não significa, por si só, vantagem exagerada ou abusividade. Necessidade de que se evidencie, em cada caso, o abuso praticado pela instituição financeira. Precedentes. O art. 4º do Decreto nº 22.626, de 7.4.1933, permite a capitalização anual dos juros . Recurso especial não conhecido. (STJ - REsp: 167707 RS 1998/0019159-3, Relator.: Ministro BARROS MONTEIRO, Data de Julgamento: 07/10/2003, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: --> DJ 19/12/2003 p. 466) PRINCÍPIO DA LITERALIDADE ▪ Sacado da letra de câmbio informar que é “ao portador” ou a outro signatário em outro documento, que aceita a letra, em outro documento e por escrito (art. 29, alínea 2, da LUG). ▪A duplicata, uma vez apresentada para aceite, poderá ser devolvida com aceite, sem aceite, ou com documento explicativo da recusa de aceite (art. 7º da Lei nº 5.474/68) ▪ Súmula 387 do STF: cambial emitida ou aceita com omissões ou em branco pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto (art. 891 do CC) PRINCÍPIO DA LITERALIDADE ▪ Analfabeto e deficiente visual: somente se obrigam em título de crédito se o fizerem por meio de procuração pública e com poderes especiais. ▪ Assinatura não identificada e frontal no título de crédito (anverso), corresponderá a um aval (art. 31, alínea 3 da LUG) ▪ Assinatura no dorso do títulode crédito corresponderá a um endosso (art. 13, alínea 2 da LUG) ▪ Súmula 26 do STJ: “o avalista do título de crédito vinculado ao contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato configurar como devedor solidário”. PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Literalidade Positiva O que está no título de crédito OBRIGA Negativa O que NÃO está no título de crédito NÃO OBRIGA Em branco ou com omissões Obrigará por aquilo que o portador lançar no título (SUB)PRINCÍPIO DO FORMALISMO Art. 887 do CC: “O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei”. Imposição de duplo requisito para sua eficácia: ▪ Reserva Legal: necessidade que o título de crédito tenha sido criado por lei. Não há título de crédito sem lei anterior que a defina. ▪ Documento Formal: o título de crédito deve conter requisitos formais mínimos exigidos por lei. (SUB)PRINCÍPIO DO FORMALISMO Art. 888 do CC: “A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem”. A ausência dos requisitos legais apenas subtrai do documento sua característica de título de crédito, sem prejuízo ao negócio jurídico que lhe deu origem. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA “A autonomia deve ser associada à possibilidade de existência de coobrigados na relação cambial, de forma que cada relação possui independência”. (Edilson Enedino das Chagas) Cada signatário de um título de crédito (que apuser sua assinatura na cártula) tem uma obrigação própria que independe da dos demais. Art. 7º da LUG: “Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas”. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Abstração do título de crédito ≠ Autonomia A abstração diz respeito ao negócio subjacente, básico, mas deste serão desvinculadas as obrigações cambiais decorrentes da circulação. O negócio jurídico primitivo (causa debendi) será para o terceiro que portar o título e assumiu a condição de credor uma coisa passada entre outros (res inter alios acta) ao qual apenas vincular-se-á em 4 hipóteses: ▪ Se dele participou; ▪ Se tem conhecimento de seus vícios e, ainda assim, aceitou receber o título; ▪ Se devia ter, por sua condição pessoal ou negocial, conhecimento dos vícios; ▪ Se o título estiver ligado a negócio jurídico de origem, como a nota promissória vinculada a contrato de compra e venda. (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ “[...] manifestação do princípio da autonomia entre as obrigações, e significa dizer que aquele que for regularmente demandado por um terceiro, pela obrigação resultante de um título, não pode alegar uma situação pessoal com outrem, a fim de furtar-se ao seu cumprimento”. (Edilson Enedino das Chagas) Art. 17 da LUG: “As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.”. (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Art. 916 do CC: “As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé”. As exceções são INOPONÍVEIS ao terceiro de boa-fé. A boa-fé é presumida, logo, quem alega a má-fé deverá prova-la. (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Exemplo prático ▪ João emite uma nota promissória para Maria, mas Maria não cumpriu com a entrega da mercadoria. ▪ João, portanto, teria uma exceção pessoal contra Maria (falta de causa do título). ▪ Contudo, Maria endossa o título para Pedro, que o recebe de boa-fé (sem saber do problema). ▪ João não pode recusar o pagamento a Pedro alegando que Maria não entregou a mercadoria. Nesse caso, o título cumpre sua função de circular como se fosse “dinheiro”. . (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Possibilidade de oposição da exceção pessoal: ▪ Endosso com efeito de cessão civil de crédito: aqui não ocorre a transferência do crédito em si, mas apenas o direito ao crédito. Será possível opor a exceção pessoal: ▪ Endosso póstumo ou tardio: ocorre após o protesto ▪ Endosso nos título grafados com a cláusula não à ordem ▪ Habilitação do credor cambiário no processo de falência: proteção contra fraudes, a lei determina a apresentação do título de crédito e a comprovação da origem. ▪ Títulos causais: o título é casual quando a lei que o tenha instituído estabelece a causa autorizadora de sua emissão. Ex.: duplicata. (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ ▪ Título de crédito vinculado a um contrato. ▪ Vícios que caracterizam a nulidade absoluta ou a inexistência do título ou da obrigação. ▪ Título prescrito: ocorre a perda da cambiaridade do título. ▪ Cheques pós-datado emitido por consumidor: Art. 54-F do CDC (alterado pela Lei do Superindividamento). CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto ao modo de circulação: ▪Títulos ao Portador: não mencionam o nome do favorecido, de modo que a circulação ocrre com a simples tradição do documento. ▪Títulos nominais ou nominativos: sempre que o nome do beneficiário for mencionado expressamente na cártula. Os títulos nominais se subdividem em: ▪À ordem: são títulos nominais que podem ser transferidos via endosso; ▪Não à ordem: veda-se a possibilidade de transmissão do título por meio do endosso. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto ao conteúdo: ▪Títulos de crédito propriamente ditos: conferem ao titular o direito a uma prestação de coisas fungíveis. ▪Títulos destinados à aquisição de direitos reais sobre coisas determinadas: na aquisição de um direito real sobre mercadoria depositada. ▪Títulos que atribuem a qualidade de sócio: permitem ao seu titular exercer determinadas funções ou praticar certos atos. ▪Títulos impropriamente ditos (ou “de legitimação): conferem ao titular o direito de reclamar certos serviços. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Características de título de crédito Anotação da obrigação unilateral no título Representação em papel - cártula Declaração unilateral da obrigação Obrigação limitada à letra do título e à lei Requisitos mínimos Forma Prescrita Data e local de emissão Precisão dos direitos conferidos Assinatura CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à natureza: ▪Abstratos: excluem a causa que lhes deu origem de sua circulação. Existe uma causa determinante de sua emissão, contudo o exercício do direito mencionado no título independe dessa causa. ▪Casuais: estão ligados à relação que lhe deu origem. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à estrutura: ▪Ordens de pagamento: promessas que um terceiro efetuará o pagamento. O emitente ou sacador apenas emite uma ordem a um terceiro (sacado) para que pague determinada quantia ao tomador ou beneficiário. ▪Promessas de pagamento: o próprio emitente do título assume diretamente a obrigação de pagar ao beneficiário. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto ao modelo: ▪Títulos Vinculados: existe um padrão exigido para a emissão do documento, sem o que não terá valor de título de crédito. ▪Títulos Livres: não possuem um modelo aprovado a ser seguido, bastando que se amoldem à forma legal. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à pessoa que emite: ▪Públicos:emitidos por pessoas jurídicas de direito público. ▪Privados: emitidos por pessoas jurídicas de direito privado. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à prestação: ▪Públicos: emitidos por pessoas jurídicas de direito público. ▪Privados: emitidos por pessoas jurídicas de direito privado. ▪Quanto ao prazo: ▪à vista (ou contra-apresentação): o vencimento do título é indeterminado, sendo a obrigação exigível mediante a apresentação do devedor. ▪a prazo: há uma data de vencimento escrita no documento ou a certo prazo dela. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à complexidade: ▪Simples: conferem ao titular apenas um direito, como de receber determinada quantia em dinheiro. ▪Complexos: conferem mais de um direito ao titular, como o direito de reaver um valor emprestado e o de receber juros periódicos. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à completude: ▪Completos: são aqueles autossuficientes, na medida em que tudo o que é relevante está contido no próprio documento. ▪ Incompletos: dependem de outros documentos, pois o título não é suficiente para determinar todo o conteúdo dos direitos e obrigações ali incorporados. Aplica-se o princípio da literalidade aos títulos incompletos? ▪CCB + extrato da conta corrente CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à quantidade de beneficiários: ▪Singulares: são emitidos por decorrência de uma operação realizada entre particulares, em favor de pessoa determinada, como o cheque. ▪Em série: são emitidos em massa (títulos múltiplos) em favor de um grupo de pessoas, como os títulos da dívida pública. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto ao regime legal aplicado: ▪Natureza Mercantil: em virtude da sua forma, ainda quando não seja um comerciante a assumir as obrigações neles contidas. ▪Natureza Civil: por expressa disposição legal, como o título de crédito rural. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à definitividade: ▪Definitivos ▪Provisórios Os provisórios estão destinados a ser, tão logo, substituídos pelos definitivos. Art. 5º do Decreto-lei nº 1.364/23: “cautelas” destinadas a serem substituídas pelos títulos das ações ou das obrigações. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à cambiariedade: ▪Cambiários: são os títulos perfeitos, abstratos (aplicam-se todas as características dos títulos de crédito, os atributos estão presentes, incorporam uma operação de crédito e a cártula será tida como documento-direto, ou seja, um direito em si mesma). ▪Cambiariformes: títulos de crédito com “problemas”. Por vezes são casuais ou dispensam requisitos, ou não incorporam operação de crédito. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ▪Quanto à previsão em lei: ▪Típicos: previstos, regulados e nominados por lei. ▪Atípicos: não tem previsão em lei específica. Art. 889 do CC: requisitos para confecção de títulos de crédito não especificados em lei: ▪ Data da emissão; ▪ Descrição precisa dos direitos que confere; ▪ Assinatura ATOS CAMBIÁRIOS ATOS CAMBIÁRIOS O título de crédito é constituído por um ato unilateral, e a partir daí, poderá manter-se com apenas esse ato até o pagamento, ou poderá ter uma série de atos unilaterais que poderão, a um só tempo, fazer circular e garantir o pagamento do título. PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS ▪ SACADOR: É quem emite a letra de câmbio, ordenando que outra pessoa (sacado) pague determinada quantia a um beneficiário. Na prática, é o criador do título. ▪ SACADO: é a pessoa a quem o sacador ordena o pagamento. Só se torna devedor cambiário se aceitar a ordem, assinando o título (passando então a ser chamado de aceitante) ▪ BENEFICIÁRIO OU TOMADOR: É aquele em favor de quem o título é emitido (quem recebe o crédito inicialmente). Pode ser o próprio sacador ou um terceiro. PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS ▪ ENDOSSANTE: É o credor que transfere o título a outra pessoa por meio do endosso. Com isso, transfere o crédito e, ao mesmo tempo, garante o pagamento perante os posteriores titulares. ▪ ENDOSSATÁRIO: É quem recebe o título endossado, tornando- se novo credor. ▪ ACEITANTE: Quando o sacado aceita a ordem de pagamento do sacador, assume a obrigação principal no título. É o devedor principal na letra de câmbio. PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS ▪ EMITENTE: É quem cria e assina outros títulos que não dependem de aceite, como nota promissória e cheque. Nesse caso, ele já nasce como devedor principal. ▪ AVALISTA: É aquele que presta garantia pessoal no título, assegurando o pagamento caso o devedor principal não pague. DICA SOBRE OS PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS ▪Sacador: “quem manda” (ordena o pagamento). ▪Sacado: “quem deve” (se aceitar, vira aceitante). ▪Tomador: “quem recebe” (o credor originário). ▪Endossante/Endossatário: “quem passa / quem pega”. ▪Emitente: “quem cria e assina” (já nasce devendo). ▪Avalista: “quem garante” (entra como fiador de luxo). PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS Sacador (quem emite) Sacado → Aceitante (quem paga) Tomador / Beneficiário (quem recebe) Endossante (transfere) Endossatário (recebe) Avalista (garante) Slide 37: PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 38: PRINCÍPIOS DA CARTULARIDADE Slide 39: PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE Slide 40: PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE Slide 41: PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE Slide 42: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 43: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 44: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 45: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 46: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 47: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 48: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 49: PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Slide 50: (SUB)PRINCÍPIO DO FORMALISMO Slide 51: (SUB)PRINCÍPIO DO FORMALISMO Slide 52: PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Slide 53: PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Slide 54: (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Slide 55: (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Slide 56: (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Slide 57: (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Slide 58: (SUB)PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Slide 59: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 60: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 61: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 62: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 63: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 64: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 65: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 66: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 67: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 68: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 69: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 70: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 71: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 72: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 73: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 74: CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Slide 75: Atos cambiários Slide 76: ATOS CAMBIÁRIOS Slide 77: PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS Slide 78: PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS Slide 79: PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS Slide 80: DICA SOBRE OS PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS Slide 81: PERSONAGENS DOS ATOS CAMBIÁRIOS