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Diabetes

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DIABETES MELLITUS
O DM é um importante problema de saúde pública uma vez que é freqüente, está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas complicações. 
Medidas de prevenção do DM assim como das complicações são eficazes em reduzir o impacto desfavorável sobre morbimortalidade destes pacientes. Tal impacto pode ser avaliado através de dados obtidos de fontes do Ministério da Saúde, levantamentos regionais e de outras associações:
DIABETES
Claudia Paulich
DIABETES MELLITUS
Diabetes mellitus como o diagnóstico primário de internação hospitalar aparece como a sexta causa mais freqüente e contribui de forma significativa (30% a 50%) para outras causas como cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial;
Pacientes diabéticos representam cerca de 30% dos pacientes que internam em Unidades Coronarianas Intensivas com dor precordial;
DIABETES MELLITUS
Diabetes é a principal causa de amputações de membros inferiores;
É, também, a principal causa de cegueira adquirida;
Cerca de 26% dos pacientes que ingressam em programas de diálise são diabéticos. 
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Conceito
O Diabetes Mellitus é um conjunto heterogêneo de doenças, com manifestações diversas, onde o denominador comum é o aumento da glicose, o açúcar circulante no sangue. Esta elevação da glicose ocorre, na maioria das vezes, por diminuição na produção de insulina ou por dificuldade na ação deste hormônio. Trata-se de um dos mais importantes processos metabólicos do organismo, a conversão de alimentos em energia e calor, dentro do corpo. 
DIABETES MELLITUS
No Diabetes Tipo 1, ou insulino-dependente, as células do pâncreas que normalmente produzem insulina, foram destruídas. Quando pouca ou nenhuma insulina vem do pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue; as células começam a "passar fome" e o nível de glicose no sangue fica constantemente alto. 
A solução é injetar insulina subcutânea (embaixo da pele) para que possa ser absorvida pelo sangue. Ainda não é possível produzir uma forma de insulina que possa ser administrada oralmente já que a insulina é degradada, pelo estômago, em urna forma inativa. 
O diabetes Tipo 1, responsável por aproximada-mente 10% dos casos. Parentes de primeiro grau de pacientes diabéticos Tipo 1 (irmãos, pais, filhos, etc) correm maior risco de se tornarem diabéticos (também Tipo 1) do que os demais.
O Diabetes Tipo 1 ocorre igualmente em pessoas do sexo masculino e feminino. O pique de incidên-cia é na infância (sobretudo entre 4 e 6 anos de ida-de) e na puberdade (especialmente entre os 11 e os 16 anos). Estas pessoas, em geral, necessitam de aplicação diária de insulina para sobrevivência. 
DIABETES MELLITUS
Embora não se saiba o que causa o Diabetes Tipo 2, sabe-se que neste caso o fator hereditário tem uma importância bem maior do que no Diabetes Tipo 1. Trata-se da forma mais comum, sendo responsável por aproximadamente 90% dos casos. Também existe uma conexão entre a obesidade e o Diabetes Tipo 2; embora a obesidade não leve, necessariamente ao diabetes. O Diabetes Tipo 2 é um distúrbio comum, afetando 2-10% da população. Neste caso o pâncreas produz insulina, mas o corpo não a utiliza de forma adequada. 
Todos os diabéticos tipo 2 produzem insulina quando diagnosticados e, a maioria, continuará produzindo insulina pelo resto de suas vidas. 0 principal motivo que faz com que os níveis de glicose no sangue permaneçam altos está na incapacidade das células musculares e adiposas de usar toda a insulina secretada pelo pâncreas. Assim, muito pouco da glicose presente no sangue é aproveitado por estas células 
Esta ação reduzida de insulina é chamada de "resistência insulínica". Os sintomas do Diabetes Tipo 2 são menos pronunciados e esta é a razão para considerar este tipo de diabetes mais "brando" que o Tipo 1. O Diabetes Tipo 2 deve ser levado a sério; embora seus sintomas possam permanecer desapercebidos por muito tempo, pondo em sério risco a saúde do indivíduo
Ele aparece mais após os 40 anos de idade e em cerca de 90% das vezes a pessoa é obesa. É cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e por fim, a combinação destes com a insulina. No caso de um paciente com diabetes do tipo 2 ter de usar insulina no tratamento, não o transforma em paciente com diabetes tipo 1. As mulheres têm discreto predomínio no número de casos deste tipo de diabetes, talvez justificado pela maior prevalência de obesidade neste sexo 
DIABETES GESTACIONAL
Diabetes Gestacional significa que durante a gravidez a futura mãe começa a apresentar elevadas taxas de glicose (açúcar) no sangue. Uma vez tenha aparecido, o diabetes gestacional dura até o final da gravidez. Ele afeta até 14 por cento de todas as mulheres grávidas em todo o mundo. 
O Diabetes acontece durante a gravidez porque certos hormônios produzidos durante a gravidez (por exemplo o GH - hormônio do crescimento) fazem com que o corpo fique resistente aos efeitos da insulina. Estes hormônios são essenciais a uma gravidez saudável e ao feto, mas eles podem bloquear parcialmente a ação de insulina. Na maioria das mulheres, o pâncreas reage a esta situação produzindo insulina adicional o bastante para superar a resistência à insulina. 
DIABETES GESTACIONAL
Normalmente é diagnosticado durante a o exame de rotina do tratamento pré-natal. Numa gravidez normal, os níveis de glicose estão aproximadamente 20% abaixo do que é visto em mulheres que não estão grávidas porque o feto em desenvolvimento absorve uma parte da glicose do sangue da mãe. O Diabetes é evidente se os níveis de açúcar no sangue forem mais altos que o esperado para a gravidez. 
Para a mulher que é está acima do peso, que tem uma história familiar de diabetes ou tem sintomas que sugerem o diabetes, é recomendável fazer o teste de tolerância à glicose já na primeira visita pré-natal. A maioria das mulheres que não se enquadram nesta categoria devem fazer o teste entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez. 
Fatores de risco para o diabetes mellitus
As doenças mais freqüentes têm a sua origem familiar, através da transmissão genética. Mas o início do diabetes, em geral, requer associação dos fatores genéticos com fatores ambientais e com o estilo de vida da pessoa. 
Entre os mais conhecidos encontramos a obesidade, o sedentarismo e as infecções. 
O diabetes não genético pode surgir após destruição das células betas pancreáticas, produtoras e secretoras de insulina, como por exemplo no alcoolismo crônico que pode causar pancreatite crônica e numa virose descontrolada. 
Fatores de risco para o diabetes mellitus
Idade >= 45 anos
História familiar de DM (pais, filhos e irmãos) 
Excesso de peso (IMC >= 25 kg/m2) 
Sedentarismo 
HDL baixo
Hipertensão arterial 
Doença coronariana 
DM gestacional prévio 
História de abortos de repetição ou mortalidade perinatal 
SINAIS E SINTOMAS
		Os mais comuns são: 
sede excessiva, 
excesso de urina, 
muita fome, 
cansaço e 
emagrecimento. 
		Mas muitas pessoas adultas tem diabetes e não sabem. Os sintomas muitas vezes são vagos como formigamento nas mãos e pés, dormências, peso ou dores nas pernas, infecções repetidas na pele e mucosas. 
DIAGNÓSTICO
O diabetes pode ser detectado através de testes simples que pesquisam a presença de açúcar na urina ou que avaliam a quantidade de açúcar no sangue. Mas o diagnóstico deve ser comprovado através do exame laboratorial de sangue (glicemia), que pode ser realizado em três condições:
Com glicemia pela manhã em jejum de pelo menos 8 horas (uma noite) e o resultado igual ou superior a 126mg/dl é sugestivo de diabetes; 
Com glicemia 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (a glicose é ingerida com água, apósjejum de uma noite e o sangue é colhido 2 horas após para dosagem da glicose), o resultado igual ou superior a 200mg/dl é sugestivo de diabetes;
DIAGNÓSTICO
Com glicemia casual (o sangue deve ser colhido em qualquer horário do dia, sem relação com alimentação) esta glicemia deve ser realizada apenas nas pessoas que estão apresentando quadro clínico sugestivo de diabetes (muita fome, muita sede e muita urina) e o resultado igual ou superior a 200mg/dl é sugestivo de diabetes. 
Um resultado positivo por qualquer critério acima, deverá ser referendado nos dias subsequentes por uma nova glicemia de jejum ou 2 horas pós-sobrecarga. 
Hipoglicemia ou crise insulínica
Causas 
Excesso de exercícios físicos; Falta de uma refeição regular ou fora do horário; Pouca quantidade de alimentos; Vômito ou diarréia; Administração de alta dose de insulina ou ingestão de maior quantidade de hipogliceminantes orais; Consumo de bebidas alcoólicas. 
Hipoglicemia ou crise insulínica
Sintomas 
Fome súbita; Fadiga; Tremores; Tontura; Taquicardia; Suores; Pele fria, pálida, e úmida; Visão turva ou dupla; Dor de cabeça; Dormência nos lábios e língua; Irritabilidade; Desorientação; Mudança de comportamento; Convulsões; Perda do conhecimento. 
Hipoglicemia ou crise insulínica
Tratamento 
Ingestão de algum alimento como um copo de leito, suco de frutas ou refrigerante. Se, após 10 minutos, os sintomas não melhorarem, beber água com açúcar, comer chocolate, uma bala ou tabletes de glicose. Seu médico pode ainda indicar para estas situações o medicamento Glucagen injetavel; O Glucagen libera glicose no sangue; o alimento deve ser dado quando o diabético estiver consciente e for capaz de engolir, nunca quando estiver inconsciente. 
Hiperglicemia 
Causas
Excesso de alimentos; Medicação insuficiente; Doença ou infecção; Tensão emocional; Pouco exercício físico.
Hiperglicemia 
Sinais / Sintomas 
Muita sede, garganta seca; Urina freqüente; Visão turva; Muito cansaço e sonolência; Cetonúria; Inconsciência, nos casos graves. 
Cuidados com os pés
Os diabéticos têm motivos muito especiais para cuidar de seus pés. Níveis elevados de glicose no sangue por um longo tempo podem levar à perda de sensibilidade e dificuldade na circulação do sangue nos pés do diabético. Com isso, o diabético pode não sentir queimaduras, cortes e machucados, facilitando o aparecimento de infecções. As infecções, por sua vez, interferem no bom controle do Diabetes. O cuidado diário e meticuloso dos seus pés e a escolha de um calçado adequado podem ajudar a prevenir esses problemas. 
TRATAMENTO
A insulina só pode ser administrada por injeção porque ela é destruída no estômago se administrada oralmente. Embora a insulina administrada subcutaneamente seja tão boa quanto a insulina produzida pelo pâncreas, ela é mais difícil de ser regulada. O pâncreas normal sente o aumento da glicose no sangue depois de uma refeição e, imediatamente, ajusta o suprimento de insulina. A insulina injetada, porém, é absorvida pelo sangue independente das quantidades de glicose presentes. 
Os diabéticos devem aprender como ajustar refeições e administrações de insulina, para evitar extremos de muita glicose no sangue (hiperglicemia) e muito pouca glicose no sangue (hipoglicemia). 
O diabetes tem tratamento e pode ser controlado. Hoje temos evidências que a manutenção da glicemia normal ou próximo do normal, leva ao desaparecimento dos sintomas e previne as complicações. Assim a qualidade de vida da pessoa é restabelecida e sua produtividade no trabalho é normal. A cura está sendo fomentada através de varias linhas de pesquisas com resultados preliminares promissores. 
O tratamento compreende dois conjuntos de medidas. As medidas não medicamentosas e as medicamentosas. O primeiro conjunto é representado por um plano alimentar, um plano de atividade física e um plano de educação com informações sobre saúde e diabetes. Todos devem ser individualizados. Quando após estas medidas, o controle adequado do diabetes não foi obtido, está indicado as medidas medicamentosas com os comprimidos orais e a insulina. Os portadores de diabetes tipo 1, já no início, devem usar insulina juntamente com as medidas não medicamentosas.
TRATAMENTO
Benefícios da prática de exercícios físicos
O exercício ajuda a diminuir e manter o peso adequado; 
Ajuda a manter os ossos fortes e o coração saudável; 
Ajuda a diminuir o stress e ter mais energia;
Além disso, os exercícios aumentam a sensibilidade do corpo à insulina e, portanto, tendem a diminuir o nível de glicose no sangue. 
Exercícios regulares e programados são melhores porque impactos súbitos, de exercícios mais intensos, podem trazer problemas para o controle da glicose no sangue. O diabético que pratica esportes, pode continuar a fazê-los com toda a segurança, desde que o seu diabetes esteja razoavelmente bem controlado e que tome as precauções necessárias para evitar níveis extremamente baixos de glicose no sangue. Durante os exercícios que não façam parte da sua rotina diária, especialmente exercícios pesados, ele provavelmente necessitará de um lanche prévio ou diminuir a dose de insulina injetada, sempre com a orientação do seu médico. 
Benefícios da prática de exercícios físicos
AVALIAÇÃO DO PACIENTE ANTES DO EXERCÍCIO
Antes de iniciar um programa de exercício, o indivíduo com diabete mellitus deve ser submetido a uma avaliação médica detalhada com estudos diagnósticos apropriados. Estes exames devem, cuidadosamente, investigar a presença de complicações macro e microvasculares que possam ser agravadas pelo programa de exercício. A identificação de áreas de interesse permitirá a elaboração de uma prescrição individualizada de exercício que pode minimizar o risco para o paciente. Uma boa anamnese e o exame físico devem enfocar os sinais e sintomas de doenças que afetam o coração e vasos sangüíneos, olhos, rins e sistema nervoso
1 - Todas as pessoas que estejam medicadas devem ter sempre à mão:
a) Um alimento rico em hidratos de carbono;
b) Alguma forma de identificação, avisando que é diabético.
2 - Verificar o nível de glicose no sangue antes e depois de concluir o seu exercício;
3 - Exercícios de longa duração ou intensidade deverão ser acompanhados pela ingestão de hidratos de carbono;
4 - Se não reduzir a sua dose de insulina, comer antes do exercício um 'snack' ou bebida com hidratos de carbono, na proporção de 10-15g de hidratos de carbono por cada 30 minutos de exercício físico;
5 - Se for freqüente ter níveis de glicose baixos, pedir orientação de um médico no sentido de ajustar a dose de insulina necessária antes do exercício;
REGRAS A SEGUIR AO FAZER EXERCÍCIO FÍSICO
6 - Evitar exercício vigoroso se estiver muito calor, muita umidade ou muito frio. 
7 - Para reduzir o risco de se ferir quando estiver a efetuar um exercício, deverá estar devidamente equipado;
8 - Antes de iniciar o exercício fazer um pré-aquecimento, utilizando alguns exercícios de alongamento;
9 – Estar alerta para o fato de que certos medicamentos podem esconder sintomas de hipoglicemia;
10 - Beber bastante água. É importante manter o nível de água no seu corpo, não ficando desidratado devido ao exercício; e
11 – Interromper o exercício caso o aluno comece a se sentir “desfalecendo", com dores ou com falta de ar.
REGRAS A SEGUIR AO FAZER EXERCÍCIO FÍSICO

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