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Prova II – Algas
1. Descreva detalhadamente o ciclo de vida de uma orelha de pau ou de um cogumelo.
O ciclo de vida dos fungos Basidiomycota, conforme ilustrado na imagem, envolve várias etapas principais, incluindo plasmogamia, cariogamia e meiose. As hifas, que são filamentos multicelulares dos fungos, desempenham um papel essencial nesse ciclo. Vamos seguir a imagem passo a passo:
O ciclo inicia com a germinação dos basidiósporos (haploides, n), que dão origem a um micélio primário monocariótico (com apenas um núcleo por célula). O micélio primário é constituído por hifas septadas haploides, que crescem no substrato e se espalham, mas ainda não são capazes de formar estruturas reprodutivas complexas. Quando duas hifas de diferentes tipos de acasalamento se encontram, ocorre a plasmogamia (fusão do citoplasma, mas não dos núcleos). Isso leva à formação do micélio secundário dicariótico (n + n), onde cada célula das hifas agora contém dois núcleos geneticamente distintos, um de cada parental. Esse micélio dicariótico é composto por hifas septadas, nas quais existe um clamp connection (ou conexão de grampos), uma estrutura especializada que facilita a divisão nuclear e mantém a dicariontia em cada compartimento. O micélio secundário dicariótico cresce e se desenvolve, formando um basidioma (basidiocarpo), que é a estrutura reprodutiva do fungo (ex: cogumelo). Dentro do basidioma, ocorre a diferenciação dos basídios, que são células especializadas para a reprodução. As hifas do basidioma continuam sendo septadas e dicarióticas, organizando-se para sustentar a estrutura do cogumelo. Nos basídios localizados nas lamelas do basidioma, os dois núcleos haploides (n + n) dentro de cada célula finalmente se fundem (cariogamia), formando um núcleo diplóide (2n). O basídio é uma célula diferenciada que se desenvolve na extremidade das hifas férteis. O basídio jovem sofre meiose, que ocorre em duas divisões: Primeira divisão meiótica, reduzindo o número de cromossomos (2n → n). Segunda divisão meiótica, resultando em quatro núcleos haploides. Esses núcleos haploides se diferenciam em basidiósporos (n), que são projetados para fora do basídio por meio de esteres (estruturas em forma de pequenos pedúnculos). As hifas dentro do basidiocarpo continuam sustentando a estrutura do cogumelo até que os esporos sejam dispersos. Os basidiósporos liberados germinam e formam novos micélios primários haploides, reiniciando o ciclo. As hifas do micélio primário se espalham até encontrar um parceiro compatível para iniciar um novo ciclo reprodutivo.
Resumo das Etapas com Enfoque nas Hifas
· Basidiósporos (n) germinam, originando hifas septadas monocarióticas que formam o micélio primário (n).
· Plasmogamia → fusão do citoplasma entre duas hifas compatíveis, formando o micélio secundário dicariótico (n + n) com hifas septadas e conexões de grampos.
· Desenvolvimento do basidioma (n + n), com hifas especializadas formando a estrutura do cogumelo.
· Cariogamia → fusão dos núcleos dentro dos basídios, formando um núcleo diplóide (2n).
· Meiose → formação de basidiósporos haploides (n) dentro dos basídios.
· Dispersão dos basidiósporos e reinício do ciclo, com o crescimento de novas hifas monocarióticas.
2. Diferencie os 4 filos: Quitridea x Zigomicetos x Gloremomycota x Ascomycota.
	Característica
	Quitrídeas (Chytridiomycota)
	Zigomicetos (Zygomycota)
	Glomeromicetos (Glomeromycota)
	Ascomicetos (Ascomycota)
	Habitat
	Ambientes aquáticos e úmidos, mutualistas no rúmen e patógenos
	Solo, restos de animais e vegetais, parasitas
	Solo e raízes de plantas (endomicorrízicos)
	Solo, matéria orgânica, plantas, animais e ambientes aquáticos
	Importância ecológica
	Decompositores de queratina, quitina, celulose e hemicelulose
	Saprófitos e parasitas
	Formação de micorrizas arbusculares, essenciais para a absorção de nutrientes pelas plantas
	Decomposição, simbiose com plantas, produção de antibióticos
	Patogenicidade
	Patógenos de plantas e de anfíbios 
	Patógenos de plantas (podridão mole) e causadores de mucormicose
	Não patogênicos
	Algumas espécies são patógenas para plantas e animais (Candida albicans, Aspergillus)
	Estrutura celular
	Unicelulares ou filamentosos (hifas cenocíticas)
	Filamentosos (hifas cenocíticas), alguns dimórficos
	Hifas cenocíticas
	Hifas septadas ou leveduras unicelulares
	Reprodução assexuada
	Esporângios que produzem zoósporos móveis com flagelo
	Esporângios globulares que liberam esporos sem flagelo
	Esporos de parede grossa (Glomerósporos)
	Conidiósporos (formação de conídios)
	Reprodução sexuada
	Alternância de gerações (isomórfica)
	Formação de zigosporângios de parede espessa
	Não há reprodução sexuada conhecida
	Formação de ascosporos dentro de ascos
	Destaques do ciclo de vida
	Presença de células móveis (zoósporos e gametas com flagelo único posterior)
	Ciclo haplonte, com fusão de linhagens + e – formando zigósporos
	Associação simbiótica obrigatória com raízes de plantas
	Formação de corpos de frutificação como ascocarpos (trufas, leveduras e mofos)
	Flagelo
	Sim, zoósporos e gametas têm flagelo posterior
	Não possui flagelo
	Não possui flagelo
	Não possui flagelo
3. V ou F sobre liquens.
a) ( ) Os líquens são associações mutualísticas entre um fungo (micobionte) e uma alga ou cianobactéria (fotobionte).
b) ( ) A associação dos líquens é considerada um caso de parasitismo, onde a alga é prejudicada pelo fungo.
c) ( ) A maioria dos fungos associados aos líquens pertence ao filo Ascomycota.
d) ( ) Os líquens podem colonizar ambientes extremos, como desertos e regiões polares.
e) ( ) Os líquens são organismos autotróficos e não dependem de nenhum outro organismo para obter energia.
f) ( ) Os líquens podem ser utilizados como bioindicadores ambientais devido à sua sensibilidade à poluição do ar.
g) ( ) A reprodução dos líquens pode ocorrer tanto de forma sexuada, através dos esporos do fungo, quanto de forma assexuada, por estruturas como sorédios e isídios.
h) ( ) Os líquens sempre ocorrem em substratos orgânicos, como madeira e folhas de plantas.
i) ( ) Os diferentes tipos de líquens incluem foliosos, crostosos, fruticosos e filamentosos.
j) ( ) A taxonomia dos líquens é baseada no tipo de alga presente na associação, e não no fungo.
4. V ou F sobre fungos.
a) ( ) Todos os fungos são organismos autotróficos.
b) ( ) Os fungos possuem digestão externa e absorvem os nutrientes do meio.
c) ( ) A parede celular dos fungos é composta principalmente de celulose.
d) ( ) Os fungos podem ser unicelulares ou pluricelulares.
e) ( ) As hifas podem ser septadas ou cenocíticas.
f) ( ) Os fungos armazenam glicogênio como substância de reserva.
g) ( ) Os fungos podem atuar como decompositores, simbiontes e predadores.
h) ( ) Os esporos dos fungos são produzidos apenas dentro de esporângios.
i) ( ) A reprodução dos fungos pode ser tanto assexuada quanto sexuada.
j) ( ) O maior organismo do mundo é um fungo do gênero Armillaria.
5. Perguntas básicas e do cotidiano sobre fungos.
a) No livro de biologia vegetal do Raven tem fungos. Por que eles estão lá? Os fungos estão no livro de biologia vegetal porque já foram classificados como plantas, mas hoje sabemos que são mais próximos dos animais.
b) Quando voltei de viagem encontrei fungo crescendo no armário. Como isso pode ter acontecido se deixei a minha casa fechada? Fungos podem crescer no armário fechado porque seus esporos estavam no ambiente e encontraram umidade suficiente para se desenvolver.
c) Por que o pão embolora depois de alguns dias? O pão embolora porque os esporos de fungos presentes no ar encontram no pão um ambiente úmido e nutritivo para crescer.
d) O que faz os cogumelos aparecerem na grama depois da chuva? Os cogumelos aparecem na grama depois da chuva porque a umidade estimula o crescimento do corpo de frutificação dos fungos presentes no solo.
e) Por que algumas pessoas têm alergia a mofo? Algumas pessoas têm alergia a mofo porque inalam esporos de fungos, que podem causar reaçõesalérgicas no sistema respiratório.
f) Se um fungo cresce na minha fruta, eu posso só tirar a parte estragada e comer o resto? Não, porque os fungos podem liberar toxinas e hifas invisíveis que se espalham pela fruta.
g) Como os fungos ajudam a fazer pão crescer? Os fungos produzem gás carbônico durante a fermentação, o que faz a massa crescer.
h) Por que os pés podem ficar com frieira em locais úmidos? A frieira ocorre em locais úmidos porque os fungos que causam micose se proliferam facilmente na umidade e no calor.
i) Se eu guardar comida na geladeira, ainda pode crescer fungo? Sim, mas o crescimento é mais lento, pois o frio apenas desacelera o metabolismo dos fungos, sem eliminá-los.
a) Por que os fungos são classificados como heterotróficos? Porque não produzem seu próprio alimento e precisam absorver nutrientes do ambiente.
b) Qual é o principal papel ecológico dos fungos na natureza? A decomposição da matéria orgânica, reciclando nutrientes no ecossistema.
c) Que tipo de digestão os fungos realizam? Digestão externa, liberando enzimas no ambiente e depois absorvendo os nutrientes.
d) Os fungos podem ser unicelulares e pluricelulares. Qual é o exemplo mais comum de fungo unicelular? Leveduras, como Saccharomyces cerevisiae.
e) Qual é o nome das estruturas filamentosas que formam o corpo dos fungos pluricelulares? Hifas, que juntas formam o micélio.
f) Do que é composta a parede celular dos fungos? Quitina, um polímero de N-acetilglicosamina.
g) Qual substância os fungos armazenam como reserva energética? Glicogênio, assim como os animais.
h) Os fungos podem viver de diferentes formas. Quais são as três principais formas de vida dos fungos? Decompositores, simbiontes ou predadores.
i) Por que os fungos podem se espalhar facilmente pelo ambiente? Os fungos se espalham facilmente porque produzem esporos em grande quantidade, que são dispersos pelo ar e podem viajar longas distâncias.
O ciclo inicia com a germinação dos basidiósporos (haploides, n), que dão origem a um micélio primário monocariótico (com apenas um núcleo por célula). O micélio primário é constituído por hifas septadas haploides, que crescem no substrato e se espalham, mas ainda não são capazes de formar estruturas reprodutivas complexas. Quando duas hifas de diferentes tipos de acasalamento se encontram, ocorre a plasmogamia (fusão do citoplasma, mas não dos núcleos). Isso leva à formação do micélio secundário dicariótico (n + n), onde cada célula das hifas agora contém dois núcleos geneticamente distintos, um de cada parental. Esse micélio dicariótico é composto por hifas septadas, nas quais existe um clamp connection (ou conexão de grampos), uma estrutura especializada que facilita a divisão nuclear e mantém a dicariontia em cada compartimento. O micélio secundário dicariótico cresce e se desenvolve, formando um basidioma (basidiocarpo), que é a estrutura reprodutiva do fungo (ex: cogumelo). Dentro do basidioma, ocorre a diferenciação dos basídios, que são células especializadas para a reprodução. As hifas do basidioma continuam sendo septadas e dicarióticas, organizando-se para sustentar a estrutura do cogumelo. Nos basídios localizados nas lamelas do basidioma, os dois núcleos haploides (n + n) dentro de cada célula finalmente se fundem (cariogamia), formando um núcleo diplóide (2n). O basídio é uma célula diferenciada que se desenvolve na extremidade das hifas férteis. O basídio jovem sofre meiose, que ocorre em duas divisões: Primeira divisão meiótica, reduzindo o número de cromossomos (2n → n). Segunda divisão meiótica, resultando em quatro núcleos haploides. Esses núcleos haploides se diferenciam em basidiósporos (n), que são projetados para fora do basídio por meio de esteres (estruturas em forma de pequenos pedúnculos). As hifas dentro do basidiocarpo continuam sustentando a estrutura do cogumelo até que os esporos sejam dispersos. Os basidiósporos liberados germinam e formam novos micélios primários haploides, reiniciando o ciclo. As hifas do micélio primário se espalham até encontrar um parceiro compatível para iniciar um novo ciclo reprodutivo.
Resumo das Etapas com Enfoque nas Hifas
· Basidiósporos (n) germinam, originando hifas septadas monocarióticas que formam o micélio primário (n).
· Plasmogamia → fusão do citoplasma entre duas hifas compatíveis, formando o micélio secundário dicariótico (n + n) com hifas septadas e conexões de grampos.
· Desenvolvimento do basidioma (n + n), com hifas especializadas formando a estrutura do cogumelo.
· Cariogamia → fusão dos núcleos dentro dos basídios, formando um núcleo diplóide (2n).
· Meiose → formação de basidiósporos haploides (n) dentro dos basídios.
· Dispersão dos basidiósporos e reinício do ciclo, com o crescimento de novas hifas monocarióticas.

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