Buscar

Teoria Marxista do Estado;Estado, Nação e Governo;Estrutura do Estado Brasileiro e Formas Históricas do Estado Moderno

Prévia do material em texto

Teoria Marxista do Estado
Marx e Engels propõem que o Estado foi concedido por causa da crise das sociedades gentílicas e a ascensão gradual das cidades-Estado na Grécia.
O Estado é um produto da própria sociedade, e se coloca acima dela a fim de intervir no conflito de classes (que surge conforme a sociedade se desenvolve). Esta desigualdade faz do Estado um instrumento da classe dominante, e atende aos seus interesses.
A existência desse poder é embasada na ideia de características comuns a todos os Estados, necessárias para sua sustentação. São elas: Divisão Territorial, que difere da divisão por vínculo familiar comum nas sociedades gentílicas; Organização da violência, que ocorre com a criação de instituições coercitivas e a força armada; Impostos e Tributos, cobrada dos cidadãos com o intuito de manter essa organização. Por fim, há a necessidade da imposição do domínio, que se cumpre através da influência exercida pelos funcionários do Estado.
É na República Democrática que a classe abastada (favorecida) domina de forma indireta e sutil, por meio do direito ao voto dado à maioria.
O proletariado só conseguirá se ver representado na esfera política quando passar por um processo de auto-emancipação.
Por fim, o Estado só se faz necessário com a existência da desigualdade entre as classes e, uma vez erradicada, a figura do Estado se tornará dispensável.
Estado, Nação e Governo
Estado: Organismo político-administrativo que ocupa determinado território, submetido à autoridade do Governo.
Nação: Conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de idioma, religião, costumes, histórias. Resumindo, ligados pela CULTURA,
Governo: Instituição transitória do Estado. Formas distintas de governo que mantêm os princípios fundamentais do Estado.
Formas de Governo:
Monarquia: "chefe de Estado" membro de uma dinastia. Mandato vitalício.
República: "chefe de Estado" eleito pelo público. Tem prazo de mandato.
Sistemas de Governo:
Parlamentarismo
Presidencialismo
Estrutura do Estado Brasileiro
O Brasil é uma República Federativa, onde os entes federados (municípios, estados e união) possuem relativa autonomia em relação ao governo central (união), estando submetido à ele apesar disso.
Sistema vigente: Presidencialismo, onde o "chefe de Estado" e o "chefe de Governo" são representados por um mesmo governante. O prazo de mandato de um presidente no Brasil é de 4 anos, podendo haver reeleição.
Regime: Democracia representativa pluripartidária*
*Quando vários partidos políticos podem assumir o controle de um governo, independentemente ou em coalização.
Divisão de Poderes (nasce da necessidade de se dividir o poder absoluto e cncentrado):
Executivo: responsável pela execução das leis. Na união, é representado pela figura do Presidente. Em esfera estadual, pelo Governador. Em esfera municipal pelo Prefeito.
Legislativo: elabora as leis. Na união, é representado no Congresso Nacional (Câmara: Deputados; Senado: Senadores). Na esfera estadual, a Assembleia Legislativa (Deputados Estaduais). E na esfera municipal, representado pela Câmara de Vereadores. 
Judiciário: responsável pela interpretação das leis. Na união, está representado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e na esfera estadual pelo TJ (Tribunal de Justiça).
OBS: Não há representação do judiciário na esfera municipal.
Formas Históricas do Estado Moderno
Absolutismo
Foi a primeira manifestação histórica do Estado Moderno. É caracterizado pela unidade territorial e pela concentração do poder na figura do rei. Originado pelas mudanças ocorridas no continente europeu ao final da Idade Média, auxiliado pela classe burguesa.
Ocorre inicialmente em Portugal, no fim do século XIV, que possuía características históricas que facilitaram essa experiência (economia voltada para o comércio marítimo). Logo, também na França, tendo seu auge no reinado de Luis XIV e seu declínio na Rrevolução Francesa.
Liberalismo
Foi inspirado pelos ideais da Revolução Francesa. Os fundamentos do Estado Liberal são a soberania popular e a representação política. "O poder emana do povo". De acordo com a teoria liberal, a função do Estado é manter ordem de tal forma que todos possam desenvolver livremente suas atividades, mas sem intervir na relação entre os indivíduos, tendo como finalidade a garantia da liberdade civil e política, a igualdade jurídica e a ordem pública. Estabelecia-se, então, a separação entre esfera pública e privada. Era a idéia de que as atividades econômicas se autorregulariam por meio da oferta e da demanda. Começou a ser questionado devido às constantes crises.
Totalitarismo
Foi uma resposta à crise do sistema capitalista (1929)
Fascismo: Movimento antiliberal e anticomunista. Via totalitária do capitalismo. Estado estava acima de todas as demais organização, públicas ou privadas. Buscou nacionalizar a economia, se afastar de grupos financeiros e industriais estrangeiros. Toda oposição era proibida. O Nazismo se diferenciava do fascismo em função do seu programa racista (pregava a supremacia ariana). Havia adesão da massa ao projeto. 
Seu fim se dá com o término da Segunda Guerra Mundial.
Stalinismo: Degeneração do "Estado Operário". Ao contrário do fascismo, este era de Extrema Esquerda. Havia a violência política, onde os opositores eram combatidos. Campos de concentração. Culto da Personalidade.
Fim: Morte de Stalin em 1953.
Estado de bem-estar-social
Modelo emergencial adotado pelas grandes economias liberais, como "oposição" à crise capitalista. Fundamenta-se na ideia de que o Estado deveria intervir no domínio Economico para garantir pleno emprego, estimular a produção e o consumo, mediar as relações de trabalho e ampliar a política de assistência.
Estado Neoliberal
É a reestruturação do modelo de Estado Liberal. As mudanças tiveram por base valores como livre mercado e livre iniciativa, além de estabelecer o consumo e a riqueza como metas primordiais. Desvinculação entre economia e política. Progressiva diminuição da participação estatal na economia.

Continue navegando