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DIMENSIONAMENTO DE AERONAVES Passo fundo2019 DOUGLAS PEREIRA ANHANHA DIMENSIONAMENTO DE AERONAVES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à faculdade anhanguera de Passo Fundo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia mecânica Passo fundo 2019 DOUGLAS PEREIRA ANHANHA DIMENSIONAMENTO DE AERONAVES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em (Engenharia Mecânica). BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12) Substitua as palavras em vermelho conforme o local e data de aprovação. RESUMO O homem, desde que avistou o primeiro pássaro em voo teve o desejo de realizar o mesmo feito, por isso, o objetivo deste trabalho é apontar com clareza ao leitor os pontos fundamentais que fazem uma aeronave voar, tendo como base de esclarecimento a resistência dos materiais de confecção das aeronaves, juntamente com a mecânica dos fluidos, aerodinâmica e forças atuantes que envolvem o voo, demonstrar-se-á formatos das partes de um avião para um bom projeto aerodinâmico. Está aqui descrito os fundamentos da aerodinâmica, pois foi com isso que os pensadores e aviadores se depararam ao construir os primeiros protótipos de aviões, um bom perfil aerodinâmico é criado pensando nas qualidades que a aeronave terá, foi descrito neste trabalho as principais partes de uma aeronave. A sua estrutura é de fundamental relevância, pois dos modelos antigos com estrutura de madeira fabricados em massa para a primeira grande guerra, até os dias atuais em que estruturas com materiais tecnológicos conseguem sair da orbita da terra ou alcançar velocidades acima da velocidade do som, há um grande avanço na engenharia aeronáutica, por isso descreveu-se neste trabalho projetos de grandes avanços no que tange a história, para tanto foi exemplificado tipos de aeronaves, com seus perfis aerodinâmicos correspondentes. Foi elucidado como um aparelho mais pesado que o ar consegue voar, para isso foi mostrado as forças atuantes em uma aeronave em voo reto e nivelado. A leitura deste trabalho é imprescindível para as pessoas que possuem dúvidas sobre o mundo da aviação em geral. Desde o início a aeronave foi pensada para ser um meio de transporte seguro para os seres humanos, que viram no avião a realização do sonho de voar como os pássaros, por tanto, o tema deste trabalho foi escolhido devido ao mundo da aviação estar explicito a todos, porém a parte técnica do voo ainda ser pouco divulgada. Com uma leitura clara e agradável, neste trabalho você se deparará com temas físicos como, mecânica dos fluidos, resistência dos materiais e as forças da natureza que atuam em uma aeronave em voo, após a leitura você ficara embasado para discutir sobre o assunto não só de partes técnicas sobre o voo como também estará cercado de referências históricas sobre o mundo da aviação. Palavras-chave: Aeronave 1; voo 2; estrutura 3; ANHANHA, Douglas Pereira. 41Folhas,Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) – Faculdade Anhanguera, Passo Fundo, 2019. ABSTRACT Since seeing the first bird in flight, the man had the desire to do the same, so the aim of this paper is to clearly point out to the reader the fundamental points that make an aircraft fly, based on the resistance of the Aircraft construction materials, along with fluid mechanics, aerodynamics, and acting forces involving flight, will demonstrate the shapes of airplane parts for good aerodynamic design. This describes the fundamentals of aerodynamics, because that's what thinkers and aviators came up with when building the first prototypes of airplanes. A good aerodynamic profile is created by thinking about the qualities the aircraft will have. aircraft. Its structure is of fundamental importance, since from the old mass-produced wooden-framed models for the first great war, to the present day when structures with technological materials can get out of orbit or reach speeds above the speed of sound, There is a great advance in aeronautical engineering, so it was described in this work projects of great advances in terms of history, for this was exemplified types of aircraft, with their corresponding aerodynamic profiles. It was elucidated as a device heavier than air can fly, for this was shown the forces acting on an aircraft in straight and level flight. Reading this paper is essential for people who have doubts about the aviation world in general. From the beginning the aircraft was thought to be a safe means of transport for humans, who saw the dream of flying like birds on the plane, so the theme of this work was chosen due to the aviation world being explicit to all, but the technical part of the flight is still little known. With a clear and pleasant reading, in this paper you will come across physical topics such as fluid mechanics, material strength and the forces of nature that act on an aircraft in flight, after reading you will be able to discuss not only the subject. technical parts of the flight as well as historical references about the aviation world. Key-words: Aircraft 1; Flight 2; Structure 3. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – PARTES DO AVIÃO 13 Figura 2 – LITOPLANOS..................................................................................15 Figura 3 – HIDROAVIÃO................................................................................. 16 Figura 4 – AVIÃO ANFÍBIO............................................................................. 17 Figura 5 – AVIÃO AUTOGIRO.........................................................................18 Figura 6 – PLANADOR.....................................................................................19 Figura 7 – AVIÃO ME 262 DELTA....................................................................20 Figura 8 – ASA..................................................................................................21 Figura 9 – CONJUNTO DE CALDA..................................................................22 Figura 10 – CONJUNTO MOTO-PROPULSOR...............................................23 Figura 11 – FUSELAGEM................................................................................24 Figura 12 – ESCOAMENTO.............................................................................34 Figura 13 – ESCOAMENTO SOBRE UMA ASA...............................................36 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................10 1 ESTRUTURAS GERAIS.................................................................................13 2 CLASSIFICAÇÃO GERAL NA HISTORIA ...................................................1Erro! Indicador não definido. 2.1 LITOPLANIOS ............................................. 1Erro! Indicador não definido. 2.1.1 Hidroavião .............................................................................................. 16 2.1.2 Anfibio ..................................................................................................... 17 2.1.3 Autogiro .................................................................................................. 18 2.1.4 PLANADOR ................................................ Erro! Indicador não definido. 2.1.5 Delta ............................................................Erro! Indicador não definido. 3 ASA................................................................................................................21 3.1 DIMENCIONAMENTO DA ASA...................................................................21 3.2 CONJUNTO DE CALDA..............................................................................22 3.2.1 Dimencionamento do Conjunto de Calda.................................................22 3.3 CONJUNTO MOTOPROPULSOR...............................................................23 3.3.1 Dimencionamento da Hélice.....................................................................23 3.4 FUSELAGEM...............................................................................................23 3.4.1 Monocoque...............................................................................................24 3.5 REBITES......................................................................................................24 4 ESFORÇOS E DEFORMAÇÕES...................................................................25 4.1 CARGAS......................................................................................................25 4.2 DEFORMAÇÕES ........................................................................................27 4.3 ADEQUAÇÃO DAS LIGAS METALICAS ....................................................28 5 FLUIDOS .......................................................................................................30 5.1 ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO...........................................31 5.1.1 Escoamento Compressível e Incompressível...........................................31 5.2 FENOMENOS DE INTERAÇÃO NO VOO..................................................31 5.3 QUANTIDADES FUNDAMENTAIS DE UM FLUIDO...................................32 5.3.1 Presão ......................................................................................................32 5.3.2 DENSIDADE ............................................................................................32 5.3.3 Temperatura ............................................................................................33 5.4 ANALISE DE UM FLUXO ...........................................................................33 6 AERODENÂMICA .........................................................................................34 10 INTRODUÇÃO Em algum momento da vida as pessoas terão a curiosidade de saber mais sobre os aviões, isso é normal, pois ao se deparar com um aeroporto ou avistar uma aeronave em voo, o pensamento de que algum tipo de força da natureza aliado a tecnologias é o que torna possível o voo, a curiosidade sobre a força da natureza em questão é brevemente sanada quando a pessoa interessada pelo assunto lembra dos paraquedistas que ao abrirem seu paraquedas diminuem drasticamente sua velocidade. Também é possível constatar tal força, ao botar a mão em forma de concha para fora da janela de um carro em movimento e sentir que a mão esta imersa em fluido, tal experimento é igualmente satisfeito ao dobrar uma folha de papel em forma de asa delta, para ver o seu movimento de flutuação quando arremessado no vento, isto já basta para perceber que os perfis das aeronaves são especialmente desenvolvidos para junto com o empuxo proporcionado pelos motores torne possível o voo. Outra indagação feita com frequência é de que tipo de material são feitas as aeronaves, pois é de fácil constatação que uma aeronave feita de um material muito pesado não só precisará mais força para levantar voo como também gastara mais combustível por consequência, tem se ainda que adicionar as forças de torção, compressão, tração, flexão e cisalhamento que a aeronave sofre durante o voo, desta forma é conclusivo, que desde o seu primeiro voo homologado por Alberto Santos Dumont em 1906 na França até hoje, muita tecnologia foi aplicada aos aviões e este trabalho irá afundo em questões específicas sobre as aeronaves detalhando estruturas, conjuntos, modelos de aviões e explicará a mecânica do voo. É importante ressaltar, para quem não voou, pode chegar o dia que você precisará ser passageiro de algum avião, então imagine que já comprou a passagem, constatou que irá voar em uma aeronave turboélice com capacidade para 80 passageiros, fez o check-in, embarcou na aeronave sentou em sua poltrona, afivelou o sinto de segurança, então a comissária de bordo começa a falar para todos na aeronave os procedimentos de segurança, (em caso de despressurização, máscaras individuais cairão automaticamente dos painéis 11 acima de seus lugares), então você se pergunta, o que pode sair de errado com essa aeronave? Despressurização? O nervosismo vai aumentando, a aeronave vai se alinhando a pista de decolagem a velocidade vai aumentando quando surge mais uma pergunta tendo como companheira um frio gelado na espinha, como é que um aparelho mais pesado que o ar vai conseguir decolar? Depois de alguns momentos o avião sai do chão e você tem um alivio momentâneo, a aeronave vai subindo a plenos motores, ao virar para o lado, pela janela, é possível ver um dos motores funcionando e você se pergunta novamente, como funciona o empuxo destes motores? E se eles pararem de funcionar? Qual é o combustível usado neles? Será que tem o suficiente? Seguramente a aeronave alcança os 20000 pés de altitude, nivela, todos respiram fundo quando o piloto rompe o silencio e com uma voz tranquila não só diz que estão em velocidade de cruzeiro, como também fala que já podem desafivelar o cinto, libera aparelhos não eletromagnéticos, entre outras coisas deseja uma boa viagem, você aprecia 30 minutos de voo, quando sente um pequeno balanço, e depois mais outro, sente um mais forte e desconfortável, e bruscamente lhe é apresentado a turbulência, após outra forte turbulência o comandante da aeronave novamente rompe o silêncio com o aviso de turbulência, (senhores passageiros permaneçam em suas poltronas com o cintos afivelados, a aeronave está atravessando uma área de turbulência), mais uma pergunta resplandece, o que é turbulência? Passam-se 1:30 de voo a turbulência já sessou o piloto avisa que a aterragem ocorrerá em alguns minutos e em seguida o avião começa a perder altitude, ao olhar pela janela é possível ver o chão se aproximando, a velocidade vai baixando, o trem de pouso já baixou, mas a aeronave não está alinhada com a pista de aterragem então bruscamente a velocidade aumenta, a aeronave começa a subir novamente quando vem o aviso do piloto (senhores passageiros tive que arremeter a aeronave em detrimento de forte ventos laterais, em seguida faremos o procedimento de aterragem novamente, obrigado.), o avião da algumas voltas e depois de 20 minutos aterra com sucesso, todos respiram aliviados, porém as dúvidas sobre o mundo das aeronaves foram muitas, este trabalho vem elucidar estas e outras dúvidas sobre a aviação, utilizando-se, de fundamentos da engenharia aeronáutica, aerodinâmica, projetos de aeronaves e mecânica dos 12 fluidos, além disso o trabalho também ressaltará contextos históricos para melhor entendimento da cronologia sobre o avião. 13 1 ESTRUTURAS GERAIS Os principais componentes de uma aeronave estão a mostra na figura 1. Na parte frontal em vermelho na figura são as asas, na parte traseira das asas encontra-se os flapes e aileron. Segundo John D. Andersom (2015, p.51). Os ailerons são superfícies de controle que regulam o movimento de oscilação do avião em torno da fuselagem, quando o ailerom esquerdo é desviado para baixo e o da direita é desviado para cima, a sustentação aumenta na asa esquerda e diminui na direita, fazendo o avião oscilar paraa direita. Na parte traseira do avião encontra-se a empenagem, ou conjunto de cauda, na parte traseira da empenagem encontra-se o leme e os profundores. A empenagem tem função de proporcionar estabilidade no avião em voo, e mudanças de direção e altitude, o conjunto da cauda deve ser construído de material leve, robusto e rígido para suportar as deformações causadas pelas cargas, geralmente usa-se ligas de alumínio, a figura 1 na parte traseira em amarelo postado verticalmente, o leme, que é uma superfície de controle do avião. O leme direcional é uma superfície que pode variar o nariz do avião para esquerda ou para direita em um movimento chamado de guinada. Figura 1 - Partes do Avião FONTE: ENGBRASIL.ENG.BR (2014) No conjunto de cauda em vermelho encontra-se os profundores que também são superfícies de controle da aeronave, são responsáveis pelo 14 movimento de arfagem para cima e para baixo do nariz da aeronave “quando o profundor é desviado para baixo, a sustentação da cauda aumenta, puxando a cauda para cima e o nariz do avião para baixo”, (pagina 84). 15 2 AERONAVES CLASSIFICAÇÃO GERAL NA HISTORIA De acordo com Suzano (2011, p.32), Foi batizado de 14-Bis o primeiro aparelho mais pesado que o ar a alçar voo, tal feito foi realizado e homologado pelo Brasileiro Alberto Santos Dumont em 23 de outubro de 1906 em Paris França, diante de muitos expectadores e imprensa local, o 14-Bis, aeronave com motor de propulsão de 50cv, voou por 60 metros a uma altura de 3 metros do solo, realizando assim o antigo sonho de voar com um aparelho mais pesado que o ar. Desde então o avião tem muitos feitos históricos, e veio se desenvolvendo ao longo do tempo, depois de sua criação as principais evoluções foram nos períodos de guerras, e agora que se conhece a anatomia principal básica de uma aeronave, será feito a ilustração de alguns projetos aerodinâmicos, com sua respectiva história. 2.1 LITOPLANOS Aeronave capaz de decolar e pousar em superfícies sólidas equipadas com trem de pouso, (SUZANO,2011). Figura 2 – Litoplano Fonte: ANAC.COM.GOV (2012) De acordo com Newdick, (2008, p.12). As primeiras aeronaves a serem utilizadas e aprimoradas na guerra foram litoplanos, em 1913 apenas sete anos após a sua criação, a aeronave já estava sendo usada como aparato militar. 16 Dia 30 de maio de 1913 foi registrado o primeiro combate aério do mundo, quando Phillip Rader e Dean I. Lamb, cada um voando por uma facção mexicana, atiraram com seus revólveres contra o outro sem êxito. O caça VICKERS F.B.5 foi um dos primeiros projetos de litoplanos militar com modificações feitos em 1914 para a primeira guerra mundial, criado pela RAF (força aérea real), O vickers portava uma metralhadora 7.7 milímetros. 2.1.1 Hidroavião Segundo Suzano, (2011, p.28). Aeronave capaz de decolar e pousar em superfícies líquidas, a fuselagem deste tipo de aeronave é projetada para flutuar e são equipadas com aéro-botes, O primeiro voo bem sucedido de hidroavião ocorreu em 1910, em Marselha, na França. Henri Fabre pilotou uma invenção que ele chamou de Hydravion (francês para hidroavião / hidroavião). A aeronave da Fabre era equipada com flutuadores de compensado que permitiam que o avião leve decolasse da água, voasse aproximadamente meio quilômetro e pousasse com segurança na água, o hidroavião que se destaca por sua importância é o catalina. Figura 3 - Hidroavião Fonte:pt.123RF.COM (2008) De acordo com Newdick, (2008, p.35). O catalina ainda é, sem dúvida, o modelo de avião hidro e anfíbio de maior sucesso fabricado. Hidroavião bimotor de uso militar, durante a Segunda Guerra Mundial, desenhado para transporte e 17 vigilância aérea nas missões antissubmarino do Atlântico e do Pacífico, foi reproduzido, por 10 anos consecutivos, com grande variedade de modelos, desde o hidro PBY-1 até os anfíbios PBY-6 e CANSO, operando em várias partes do mundo. Vários países se dedicaram à fabricação de hidroaviões, com destaque para os EUA, Inglaterra, Itália e a França. 2.1.2 Anfíbio Conforme Suzano, (2011, p.32). Aeronave capaz de decolar e pousar em superfícies sólidas e líquidas, a fuselagem deste tipo de aeronave é projetada para flutuar, porém a aeronave vem equipada com trem de aterragem, a necessidade de ter uma aeronave que tanto pudesse pousar em superfícies solidas quanto em liquidas, resultou no projeto do avião anfíbio, no contexto histórico. Figura 4 - Avião Anfíbio Fonte: AVIAÇÃOEXPERIMENTAL.PRO.BR (2013) De acordo com Newdick, (2008, p.39). Em 1911, o pioneiro da aviação americana Glenn Curtiss desenvolveu o Curtiss Model D, que era um avião terrestre equipado com um flutuador central e patrocinado pela flutuabilidade. Este primeiro avião anfíbio foi premiado com o primeiro troféu Collier Trophy para conquista de vôo dos EUA. Curtiss continuou a projetar várias versões de barcos voadores, que se mostraram atraentes durante a Primeira Guerra Mundial devido 18 à falta de pistas em todo o mundo. No início da guerra, a série Curtiss Model H foi amplamente produzida para a Marinha Real Britânica. 2.1.3 Autogiro É uma aeronave que apresenta características de helicóptero e avião convencional. Figura 5 - Avião Autogiro Fonte: BLOG.HANGAR33.COM.BR (2015) 2.1.4 Planadores São aeronaves sem motor, que voam por arremesso no espaço ou necessitam de reboque para decolagem, somente voam com condições climáticas favoráveis 19 Figura 6 - Planador Fonte: WWW.HOBBYMODELISMO.COM.BR (2012) Conforme Newdick, (2008, p.42). Os planadores foram utilizados com êxito na segunda guerra mundial em um caso que ficou conhecido como assalto a fortaleza ebem-emael. Construída entre 1932 e 1935, está a 24 Km de Liege e a 4 Km de Maastricht. Um grupo alemão, de codinome Granit (Granito),No total eram 86 homens em 11 planadores. Os planadores foram soltos a 1800 metros de altura para voar 20 km até o objetivo. por conta do silêncio derivado da ausência de motor, os planadores foram usados com êxito na tomada do forte ebem-mael, pois 86 soldados alemães venceram contando com o fator surpresa 1200 soldados belgas. 2.1.5 Delta É um avião com formato de um triângulo equilátero. http://www.hobbymodelismo.com.br/ 20 Figura 7- Avião Me 262 Delta Fonte: WWW.HOBBYMODELISMO.COM.BR (2011) De acordo com Newdick, (2008, p.60). O primeiro avião a entrar em serviço foi o alemão Messerschmitt Me 262, que já estava em estudos antes mesmo da segunda Guerra mundial. Problemas com o motor, a metalurgia e a burocracia, atrasaram o programa em vários anos. O Me 262 só passou a ser operado pela Luftwaffe, a força aérea alemã, em meados de 1944. O jato era não só muito mais rápido, como também melhor armado do que a maioria dos caças aliados. As asas enfrechadas do Me 262 surgiram algum tempo depois de iniciado o projeto. o desenho da nova aeronave alemã conta com deslocamento do centro de gravidade mais para trás do que fora inicialmente previsto (um dos primeiros desenhos mostrava os motores montados nas junções das asas com a fuselagem), e as asas tiveram que ser inclinadas ligeiramente para trás para compensar este deslocamento; só mais tarde é que se descobriu que isso tinha fortuitamente melhorado o comportamento aerodinâmico do aparelho. http://www.hobbymodelismo.com.br/ 21 3 ASA A principal função das asas é de criar, através das reações aerodinâmicas, a força de sustentação que suporta o avião, as asas servem também como alojamento do trem de pouso, tanques de combustível, máquina fotográfica, metralhadoras, misseis, berço dos motores, etc....Figura 8 - Asa Fonte: HTTPS HYPERLINK "HTTPS://FORMACAOPILOTO.BLOGSPOT.COM/"(2005). 3.1 DIMENSIONAMENTO DA ASA Conforme Suzano, (2011, p. 68) A estrutura principal da asa é constituída por uma viga ao longo da sua envergadura com a capacidade de resistir tanto a momento fletor e torsor como também a cargas pontuais. A maioria tem como base a utilização de nervuras verticais e de um revestimento formando uma estrutura com forma de caixa a longarina ao longo da envergadura deve ser continua desde a raiz da asa até a ponta se possível. A estrutura da asa, além de providenciar a resistência e rigidez requeridas, também tem que funcionar muitas vezes com depósito de combustível de preferência o espaçamento entre nervuras deve ser determinado de maneira a evitar a curvatura à análise de flexão em uma asa representa uma das avaliações mais importantes na análise estrutural de uma asa. Essa avaliação pode ser realizada por meio de uma solução analítica com aplicações das equações fundamentais da resistência dos file:///C:/Users/gilnei.cunha/Downloads/https%20HYPERLINK%20%22https:/formacaopiloto.blogspot.com/%22 22 materiais, pode ser uma análise numérica por elementos finitos, o então pela aplicação de um ensaio de carregamento sobre a estrutura. 3.2 CONJUNTO DE CALDA De acordo com Susano (2011, p. 72) . É formado pelos estabilizadores e superfícies de controle, o conjunto de calda é presa à parte superior da fuselagem e tem por finalidade não só proporcionar estabilidade ao avião como também dar mudança de direção e altitude, e pode variar o seu formato de acordo com o objetivo do projeto, um ponto importante com relação à superfície horizontal da empenagem é relacionado ao seu alongamento, pois esta superfície pode ser considerada uma asa de baixo alongamento, e, portanto, uma asa de menor eficiência. Figura 9 - Conjunto da calda Fonte: PT.DREAMSTIME.COM (2001) 3.2.1 Dimensionamento do Conjunto de Calda Segundo Miranda, (2014 p.112). Se o alongamento da superfície horizontal for menor que o alongamento da asa da aeronave, quando ocorrer um estol na asa a superfície horizontal da empenagem ainda possui controle sobre a aeronave, pois o seu estol ocorre para um ângulo de ataque maior que o da asa. A estrutura da empenagem deve ser dimensionada para suportar principalmente os esforços de flexão. 23 3.3 CONJUNTO MOTOPROPULSOR Segundo Miranda (2014 p.18) "o grupo moto-propulsor é formado pelo motor e hélice. A função primaria do motor é fornecer a potência necessária para colocar a hélice em movimento de rotação, por sua vez a hélice possui a função de gerar tração para impulsionar o avião para frente. Os principais componentes para a montagem do grupo moto-propulsor são o motor, a hélice, a carenagem, o spiner e a parede corta-fogo". Figura 10 - Conjunto Moto-Propulsor Fonte: FONTE:AVIAÇÃOEXPERIMENTAL.PRO.BR (2015) 3.3.1 Dimensionamento da Hélice De acordo com Anderson JR (2015 p.754). Ao contrário de uma asa onde as cordas das seções horizontais estão todas na mesma direção, uma hélice é torcida de modo que a corda passe quase paralela a velocidade na raiz, para quase perpendicular na ponta, este movimento de rotação da hélice é o que torna possível o empuxo de força horizontal, responsável por vencer as forças estáticas da aeronave, que por consequência ganha movimento. 3.4 FUSELAGEM Segundo Suzano (2011 p.79). É o corpo principal do avião, cuja finalidade é conter no seu interior, carga tripulação e os diversos instrumentos e equipamentos de controle, as principais cargas impostas sobre a fuselagem em 24 voo são flexão e torção, de modo geral a fuselagem é o que está envolvendo a estrutura da aeronave, também é a parte responsável por receber o contato de escoamento dos fluidos que envolvem em um voo. Figura 11 – Fuselagem Fonte: DOCPLAYER.COM.BR (2006) 3.4.1 Monocoque Segundo Miranda (2014 p.98). Estrutura monocoque: na estrutura monocoque o formato aerodinâmico é dado pelas cavernas. As cargas atuantes em voo são suportadas por essas cavernas e também pelo revestimento. Por esse motivo este tipo de fuselagem deve ser revestido com um material resistente aos esforços atuantes durante o voo, geralmente usam-se ligas de alumínio. 3.5 REBITES Segundo Suzano (2011 p.23). As ligas de alumínio não são facilmente soldadas, as soldas enfraquecem o material próximo a solda mais especificamente na ZTA (zona termicamente afetada) pois devido ao calor criado pela solda, o material muda de estado, gerando com o resfriamento tensões internas que podem ocasionar trincas, rupturas, deformações elásticas e algumas vezes plásticas logo após a solda. 25 Para contornar este as aeronaves utilizam em suas estruturas rebites parafusos porcas e arruelas, soldas somente são usadas em partes que possam ser removidas e tratadas termicamente separadas. 4 ESFORÇOS E DEFORMAÇÕES Segundo Marcio Alves Suzano (2011). Quando uma aeronave alça voo muitos fenômenos físicos acontecem, e o que acontece com a estrutura da aeronave pode ser dividida em cargas e esforços, cargas são forças externas que atuam sobre a aeronave, já os esforços é a capacidade de resistência da estrutura da aeronave oferecida à carga. 4.1 CARGAS Segundo Miranda, (2014), A análise das forças que atuam em uma aeronave em voo reto e nivelado com velocidade constante, será justamente a partir das condições de equilíbrio da estática, asso possibilita uma análise mais completa e aprimorada das verdadeiras condições de desempenho do avião. Para uma condição de voo reto e nivelado de uma aeronave, quatro são as forças atuantes: a força de sustentação, a força de arrasto, a força de tração originada pela hélice e o peso da aeronave. A força de sustentação representa a maior qualidade da aeronave e é a responsável por garantir o voo. Esta força é originada pela diferença de pressão existente entre o intradorso e o extradorso da asa e sua direção é perpendicular à direção do vento relativo. Basicamente a força de sustentação deve ser grande o suficiente para equilibrar o peso da aeronave e desse modo permitir o voo seguro da mesma. A força de arrasto se opõe ao movimento da aeronave e sua direção é paralela à direção do vento relativo. O ideal seria que essa força não existisse, porém em uma situação real é impossível eliminá-la, e, dessa forma, o maior desafio de um projetista é reduzir o quanto possível essa força como forma de se melhorar a eficiência aerodinâmica da aeronave. 26 A força de tração, é oriunda da conversão do torque fornecido pelo motor em empuxo através da hélice e está direcionada na direção de voo da aeronave. Esta força é a responsável por impulsionar a aeronave durante o voo e uma escolha adequada para a hélice pode propiciar um aumento significativo da tração disponível. A seleção da hélice é de extrema importância, uma forma de se aumentar a tração disponível é através da escolha otimizada de uma hélice que possa propiciar as qualidades de desempenho desejadas. A finalidade principal da força de tração é vencer a força de arrasto e propiciar subsídios aerodinâmicos para a geração da força de sustentação necessária para vencer o peso da aeronave. Ainda em Miranda (2014). A força peso da aeronave representa uma força gravitacional direcionada verticalmente para baixo existente em qualquer corpo nas proximidades da Terra. No caso de uma aeronave, a única forma de se obter o voo é garantir uma força de sustentação igual ou maior que o peso. Como está especificado que para esta condição de voo a velocidade da aeronave é constante, a formulação matemática para relacionar as quatro forças existentes pode ser obtida a partir das equações de equilíbrio da estática.A força de tração na estrutura ocorre quando duas forças na mesma direção e em sentidos opostos atuam na aeronave, a tração tende a provocar o alongamento da estrutura, uma forma de analisar a força de tração é o exemplo da conversão do torque fornecido pelo motor, em empuxo através da rotação da hélice, o empuxo ocorre a favor da direção de voo da aeronave, esta força de empuxo precisa vencer a força peso do avião para movimenta-lo, A força de compressão é o esforço causado quando forças congruentes atuam na aeronave, esta força tende a esmagar a aeronave para o seu centro, o exemplo desta força pode ser notado ao mergulhar na água e notar que quanto mais profundo o mergulho, mais pressão se sente no corpo, o mesmo ocorre com a aeronave, só que o fluido de imersão em questão é o ar. Por atuarem ao mesmo tempo, a força de flexão é facilmente confundida com a força de compressão, a flexão ocorre quando uma ou mais forças atuam no sentido de dobrar a estrutura da aeronave e dependendo do quão elástico for o material de construção da estrutura, tal esforço pode ser visto a olho nu, e um exemplo pode ser um arco que ao inserir uma flecha e esticar sua corda para 27 armazenar força de elasticidade pode-se ver as pontas do arco dobrando-se na mesma direção isto é, esforço de flexão. A torção é o esforço mais fácil de se imaginar em uma aeronave, pois é o momento gerado quando há duas forças de flexão atuando em extremidades diferentes da aeronave, quando uma força estiver em sentido horário e na outra extremidade a segunda força estiver em sentido anti-horário tem-se o momento torsor. O cisalhamento é o esforço também obtido quando a aeronave está parada, todo peso entre eixos traseiros e dianteiros exercem uma força em direção ao solo, esta força peso que pode ser calculada através da massa multiplicada pela gravidade, é contraposta não só pela rigidez do engastamento dos eixos postados ao solo, como também pelas propriedades mecânicas do material da estrutura em si. 4.2 DEFORMAÇÕES Segundo Marcio Alves Suzano (2011) Os resultados normais causados pelos esforços sofridos pela aeronave em voo é a deformação no material de construção da estrutura da aeronave, existem as deformações elásticas, plásticas e rupturas, o que determinará o quão suscetível será a estrutura da aeronave a estas deformações, será o material utilizado na sua construção, e os materiais que respondem na contensão de tais deformações devido a boas propriedades mecânicas como elasticidade, ductilidade, maleabilidade, dureza, fusibilidade, condutividade e densidade são as ligas de alumínio. Segundo Marcio Alves Suzano (2011). A deformação elástica é obtida através da força exercida sobre a aeronave e está deformação do nome a capacidade que o material tem de se deformar aumentando de tamanho, porem após o encerramento da força exercida sobre a estrutura o material volta a ter o tamanho original a que foi dimensionado. Já a deformação plástica nomeia a ação da força que exercida sobre o material ultrapassa o limite elástico da propriedade mecânica de sua composição, isto é, o material aumenta de tamanho devido a força, porém não volta a ter o tamanho original após o encerramento da força. 28 Ultrapassando os limites elástico e plástico devido ação da força exercida sobre o material da estrutura da aeronave, acontece o rompimento do material, o modo para evitar que o material se rompa em pleno voo é o teste do material em ensaios destrutivos em laboratórios, obtendo assim as tensões máximas que cada composição de material para estrutura aguenta até romper, o material é aprovado ou não comparando o resultado do teste de ruptura com as tensões máximas que uma aeronave enfrenta na pior condição de voo, um dos testes feitos é teste de rupturas por estática, que se dá através do aumento continuo da carga, outro teste é o de ruptura por impacto que se dá através de cargas repentinas, já o teste de ruptura por fadiga se dá através de cargas cíclicas e variações de temperatura. Estes testes tem o intuito de avaliar as propriedades mecânica tais como elasticidade que é a capacidade que o material tem de se deformar e voltar a forma original, avalia também a ductilidade que é a propriedade física que o material tem de se reduzir a fios, a maleabilidade é a avaliação da propriedade mecânica que o material possui de se reduzir a chapas, já a dureza é testado para avaliar a resistência a riscos cortes e penetração, também é avaliado nos testes a fusibilidade que é a propriedade mecânica que o material possui de passar para outro estado. 4.3 ADEQUAÇÃO DAS LIGAS METALICAS Conforme Marcio Alves Suzano (2011). Para obter a liga metálica ideal para construção da aeronave alguns tratamentos são necessários, estes tratamentos visão alterar propriedades mecânicas, tais como: dureza, flexibilidade, ductilidade, etc. São modificações feitas sem que sua massa sofra alteração, essas modificações são feitas conforme a necessidade das estruturas, pois as propriedades mecânicas das ligas das asas são diferentes das necessidades da liga do monocoque. Os tratamentos podem ser mecânicos a frio ou térmicos a quente, o endurecimento por trabalho a frio (encruamento), é o processo por martelagem, laminação, extrusão ou roletagem que a liga passa com o intuito de modificar a estrutura cristalina, aumentando a dureza do metal devido a seus cristais ficarem mais compactados. 29 Alguns tipos de trabalho nos materiais modificam a sua estrutura, o material que sofre um trabalho a frio por exemplo, fica com tensões internas que podem causar falhas, o processo de recozimento consiste em aquecer o material até o ponto crítico sem chegar ao ponto de transformação de fase, cujo valor da temperatura muda de acordo da liga metálica escolhida, e depois resfria-lo lentamente para obter uma granulação mais homogênea e uniforme de seus cristais. Outro tratamento térmico que algumas ligas metálicas passam é a têmpera que consiste em aumentar a temperatura da liga acima da temperatura da zona crítica, e em seguida resfria-se rapidamente em água, óleo ou soluções salinas para conseguir um material mais duro do que o recozimento, o resfriamento repentino evita a transformação da estrutura austenítica em estrutura mais macia (cementita, perlita, martensita). Como a têmpera tem um resfriamento rápido, e esse processo deixa a liga metálica com tensões internas, faz-se o revenimento nas peças já temperadas, o revenimento é feito para aliviar tais tensões e consiste em reaquecer a liga a uma temperatura abaixo do ponto de mudança de fase e resfria-la lentamente, isso reduz não só a dureza ocasionada pela têmpera como também a sua fragilidade. Quando o material a ser usado na aeronave precisa de uma dureza para prevenir ações de danificação por contato com outras peças, é feito a carbonetação do material, que consiste em aumentar a temperatura do liga até o ponto de transformação, com o aquecimento a liga tem aumento de volume por conta do gradiente de dilatação do grãos, isso cria espaços dentre os grãos, e este espaço é preenchido com carbono, que é provido por gás, solido ou liquido posto no forno junto com a liga, esse processo deixa somente a camada exterior da liga mais dura, por isso é geralmente utilizado nas peças que sofrem atrito. 30 5 FLUIDOS Segundo Fox Mc Donald (1995 p.15). Estudar o que é um fluído, qual o tipo do escoamento e como ele atua na superfície da aeronave é essencial para entender a interação entre fluido e aeronave. O fluido é uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de cisalhamento (tangencial), não importa quão pequena ela possa ser, desta forma, é preciso quantificar tal fluido quando em ação de voo, essa quantificaçãoé dada por um número adimensional, o número de Reynolds. Segundo Miranda José Rodrigues (2014), O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade, o número de Reynolds se dá a partir da multiplicação da densidade do ar, velocidade e corda media aerodinâmica dividido pela viscosidade dinâmica do ar. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O número de Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos reduzidos. Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta natureza em modelos de asas de aviões. Pode-se dizer que dois sistemas são dinamicamente semelhantes se o número de Reynolds, for o mesmo para ambos. Geralmente elevados números de Reynolds são obtidos para elevados valores de corda média aerodinâmica, alta velocidade e baixas 31 altitudes, ao passo que menores números de Reynolds são obtidos para menores cordas, baixas velocidades e elevadas altitudes. A determinação do número de Reynolds representa um fator muito importante para a escolha e análise adequada das características aerodinâmicas de um perfil aerodinâmico, pois a eficiência de um perfil em gerar sustentação e arrasto está intimamente relacionada ao número de Reynolds obtido. Geralmente no estudo do escoamento sobre asas de aviões o fluxo se torna turbulento para números de Reynolds da ordem de 1x10^7, sendo que abaixo desse valor geralmente o fluxo é laminar. Escoamento externo, se dá em torno de corpos imersos em um fluido não contido, levando em consideração o dimensionamento de aeronaves, tomar-se- á por base o escoamento externo com a viscosidade absoluta aproximadamente de 14,64 *10^-6 pa seg, para uma temperatura de -50C, pois ainda há algumas considerações para os fluidos, como: escoamento laminar ou turbulento, escoamento compressível e incompressível, (FOX MC DONALD, 1995). 5.1 ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO O regime de escoamento viscosos são classificados em laminar ou turbulento, tendo por base a sua estrutura, no regime laminar, a estrutura é caracterizada pelo movimento suave em camadas, a estrutura do escoamento em regime turbulento é caracterizada por movimentos aleatórios tridimensionais, de partículas fluidas, adicionais ao movimento principal, (FOX MC DONALD, 1995). 5.1.1 Escoamentos Compressível e Incompressível Os escoamentos em que as variações em massa específicas são desprezíveis são denominadas incompressíveis, quando as variações de massa não são desprezíveis, o escoamento é chamado de compressível, (FOX MC DONALD, 1995). 5.2 FENOMENOS DE INTERAÇÃO NO VOO 32 Segundo John D. Andersom (2015) os fenômenos que envolvem o avião em voo serão melhor compreendidos ao conhecer a definição das unidades inerentes a tais fenômenos, a pressão é a força por unidade de área normal exercida em uma superfície devido à taxa temporal de mudança de quantidade de movimento das moléculas de gás que impactam em tal superfície, já a densidade é a massa da substância pela unidade de volume, tem-se ainda que a temperatura é uma medida da energia cinética média das partículas no gás, a velocidade de fluxo e linhas de corrente é a velocidade em qualquer ponto fixo em um fluido, é a velocidade de um elemento infinitesimalmente pequeno a medida que este passa pelo material imerso no fluido. 5.3 QUANTIDADES FUNDAMENTAIS DE UM FLUIDO De acordo com John D. Andersom, (2015). É a pressão que o fluxo de ar exerce sobre a superfície de um avião é a fonte básica da força de sustentação que permite que os aparelhos mais pesados que o ar, consigam voar, o avião é sempre pensado em ideia de projeto, para ter o melhor formato aerodinâmico de forma a encorajar o fluxo de ar sobre sua superfície, desse modo é tem-se que analisar as quatro quantidades fundamentais no linguajar aerodinâmico que são: pressão, densidade, temperatura e velocidade. 5.3.1 Pressão Quando você estende a mão para fora de um automóvel em movimento com a palma perpendicular ao fluxo de ar, é possível sentir a pressão de ar exercendo uma força e tendendo a empurra-la para trás, na direção do fluxo, a força por unidade de área da palma de sua mão denomina-se pressão, a pressão existe porque as moléculas de oxigênio e nitrogênio, ar, estão batendo na sua mão e transferindo parte da sua quantidade de movimento para a superfície da mão, tecnicamente pode se dizer que a pressão é a força por unidade de área normal exercida em uma superfície devido à taxa temporal de mudança da quantidade de movimento das moléculas de gás que impactam em tal superfície. 33 A pressão é uma das variáveis mais fundamentais para aerodinâmica e um exemplo de quantificação de sua unidade é Newtons por metro quadrado, N/m^2, isto é força sobre área. 5.3.2 Dessidade Segundo John D. Andersom, (2015). A densidade de uma substância incluindo os gases, é a massa de tal substância pela unidade de volume, a unidade da densidade mais comum é kg/m^3. 5.3.3 Temperatura Considere que um gás é um conjunto de átomos e moléculas, com movimento constante, e está vagando pelo espaço e ocasionalmente chocando- se umas contra as outras, por conta do movimento agrega-se ao gás energia cinética, que é dada pela massa vezes a velocidade ao quadrado dividido por dois, se observado uma única partícula de gás durante um espaço de tempo, no qual ela sofre várias colisões, é possível denominar uma quantidade de energia cinética média para esta partícula, como a temperatura do gás é diretamente proporcional à energia cinética molecular média, isso quer dizer que quanto mais rápido for o movimento das partículas de gás mais elevada será sua temperatura, a temperatura de um gás ganha mais importância na aerodinâmica quando o voo torna-se supersônico ou hipersônico, as unidades comuns da temperatura são Kelvin (K), Celsius (°C) e graus Fahrenheit (°F). 5.4 ANALISE DO FLUXO DE AR SOBRE UM AEROFÓLIO O conceito de rapidez é elementar, a velocidade é representada pela distância percorrida de algum objeto dividida pela unidade de tempo, desse modo o conceito de velocidade dos fluidos é um pouco mais sutil, no entanto. Primeiro, a velocidade de fluxo implica em direção não apenas em rapidez, diferentemente de um automóvel em movimento que tem todo seu conjunto na mesma velocidade e direção, o fluido em analise com movimento está atuando 34 em várias direções com velocidades diferentes para cada partícula, desse modo a velocidade de um fluido é pontual. 6 AERODINÂMICA A aerodinâmica é o estudo do movimento de fluidos gasosos, relativo às suas propriedades e características, é o estudo das forças que exercem em corpos sólidos neles imersos, a aerodinâmica só passou a ganhar notoriedade acadêmica com o surgimento dos carros e automóveis, com a industrialização o estudo dos perfis aerodinâmicos e aerofólios foram fundamentais para a criação de projetos cada vez mais sofisticados, pois estes precisavam se locomover tendo o menor atrito possível com o ar, pois assim seriam mais rápidos e gastariam menos combustível. Neste início o desenvolvimento da aerodinâmica esteve intimamente ligado ao desenvolvimento da hidrodinâmica que apresentava problemas similares com algumas facilidades experimentais, pois havia tanques de água circulantena época, embora não houvesse túneis de vento. O estudo dos fenômenos que envolvem a aerodinâmica é de fundamental importância para o projeto de uma aeronave, bem como o cálculo estrutural da mesma. A força de sustentação representa a maior qualidade que uma aeronave possui em comparação com os outros tipos de veículos e define a habilidade de um avião se manter em voo. Basicamente, a força de sustentação é utilizada como forma de vencer o peso da aeronave e assim garantir o voo. Quando uma asa se desloca através do ar, o escoamento se divide em uma parcela direcionada para a parte superior e uma para a parte inferior da asa como mostra a Figura 12. 35 Figura 12 – Escoamento Fonte: WWW.FGA.UNB.COM (2011) Se existir um ângulo positivo entre a asa e a direção do escoamento, o ar é forçado a mudar de direção, assim, a parcela de escoamento na parte inferior da asa é forçada para baixo e em reação a essa mudança de direção do escoamento na parte inferior da asa, a mesma é forçada para cima, ou seja, a asa aplica uma força para baixo no ar e o ar aplica na asa uma força de mesma magnitude no sentido de empurrar a asa para cima. Essa criação da força de sustentação pode ser explicada pela terceira lei de Newton, ou seja, para qualquer força de ação aplicada existe uma reação de mesma intensidade, direção e sentido oposto. O ângulo pelo qual o escoamento é defletido por uma superfície geradora de sustentação é chamado de ângulo de ataque induzido. A criação da força de sustentação também pode ser explicada através da circulação do escoamento ao redor do aerofólio. Para se entender essa definição, deve-se compreender o princípio de Bernoulli, que é definido pela velocidade de uma partícula de um fluido que aumenta enquanto ela escoa ao longo de uma linha de corrente, a pressão dinâmica do fluido deve aumentar e vice-versa. Esse conhecimento permite entender por que os aviões conseguem voar. Na parte superior da asa a velocidade do ar é maior (as partículas percorrem uma distância maior no mesmo intervalo de tempo quando comparadas à superfície inferior da asa), logo, a pressão estática na superfície superior é menor do que na superfície inferior, o que acaba por criar uma força de sustentação de baixo para cima, a figura 13, mostra as direções do escoamento e velocidades para a criação da força de sustentação. http://www.fga.unb.com/ 36 Figura 13 – Escoamento sobre uma Asa. Fonte: WWW.FISICA .ORG.BR (2005) Tecnicamente, o princípio de Bernoulli prediz que a energia total de uma partícula deve ser constante em todos os pontos de um escoamento. O termo pressão dinâmica significa a pressão que será exercida por uma massa de ar em movimento que seja repentinamente forçada a parar. A diferença de pressão criada entre a superfície superior e inferior de uma asa geralmente é muito pequena, porém essa pequena diferença pode propiciar a força de sustentação necessária ao voo da aeronave, (MIRANDA,2014). De acordo com John D. Andersom, (2015). Os aerodinamicistas teóricos e experimentais trabalham para calcular e medir campos de fluxo variados, isso porque a consequência mais prática do fluxo de ar sobre um objeto é que este sente a mesma força que se sente quando se estende a mão para fora da janela de um carro em movimento, isso mostra que há duas fontes naturais geradoras da aerodinâmica pelo fluxo de escoamento em um objeto que são: Distribuição de pressão sobre a superfície e tensão de cisalhamento (fricção) sobre a superfície. A pressão exercida sobre a superfície de um solido sempre atua de forma normal, essa força normal de pressão atua de modo variável dependendo do local sobre a superfície, esse desequilíbrio líquido da distribuição de pressão variável sobre a superfície cria uma força aerodinâmica. A segunda fonte, tensão de cisalhamento que atua na superfície, se deve ao efeito ficcional do fluxo contra a superfície solida. Por fim pode-se afirmar que a função teórica e experimental de um aerodinamicista é prever e mensurar as forças aerodinâmicas sobre um corpo, http://www.fisica/ 37 que são dadas pelas duas fontes naturais, a Distribuição de pressão sobre a superfície e tensão de cisalhamento (fricção) sobre a superfície. 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho foi redigido com o intuito de desmistificar as aeronaves e suas funções, e só foi possível devido ao fato de grandes pessoas como Otto Lilienthal, pioneiro no estudo da aerodinâmica, aos irmãos wrights que se utilizaram dos estudos do Otto Lilienthal para desenvolver os seus primeiros planadores, também o Brasileiro Alberto Santos Dumont que em 23 de outubro de 1906 em Paris França, homologou o primeiro voo de um aparelho mais pesado que o ar, ao Sir George Cayley que foi o primeiro a produzir um aparelho aviônico não motopropulssado no ano de 1804, e tantos outros que dedicaram uma vida de estudos em cima das aeronaves que por vezes catastroficamente os faziam de vítimas de seus próprios projetos, este trabalho tem um profundo apreço pelo trabalho de Cayley, pois considera o seu trabalho como indispensável para a guinada histórica fundamental nos projetos de aviões, Cayley projetou e fez voar um pequeno planador de configuração igual ao que se conhece hoje, assim em 1804, o avião de Cayley, representava o primeiro avião de configuração moderna da história, sendo a primeira pessoa a sair da ideia de projetos baseados em aves, projetos mais conhecidos como ornitoporos, para projetos baseados na aerodinâmica, assim Cayley gravou em um disco de prata o desenho do avião que criara, do outro lado do disco gravou um diagrama de força aerodinâmica resultante em uma asa fixa, o disco de prata se encontra atualmente no Museu de Ciência de Londres, sendo assim considerando os primeiros passos por volta de 1800 até a presente data, este trabalho não só teve por ideia explicar como uma aeronave se comporta em voo para pessoas sem muito contato com a aviação, como também citou alguns pontos históricos fundamentais sobre a aviação. Este trabalho aprofundou de maneira a ser compreendido partes de estruturas de uma aeronave, com o intuito de esclarecer o efeito que cada parte sofre em voo, pois somente entendendo como cada parte funciona é que foi possível ter uma ideia de como se projeta uma aeronave, tendo em vista que primeiro vem o objetivo a que se destina o projeto, para depois ter uma ideia de perfil aerodinâmico, após ter esses dois itens bem definidos, é que se começa os cálculos estruturais, pois um perfil de um avião de carga se difere muito de um perfil de uma aeronave de guerra por exemplo. 39 Do início ao fim, esse trabalho pontificou estruturas de aeronaves que entraram para história baseada em seus usos, como o projeto alemão Messerschmitt Me 262 que subiu consideravelmente a velocidade das aeronaves na segunda guerra mundial, por conta de ter sido o primeiro projeto a não só usar motores de reação, mais comumente conhecido como motor a jato, como também ser o primeiro projeto com asas enfeixadas. O trabalho também aprofundou nas funções de cada parte estrutural como por exemplo as asas, cuja principal função é de criar, através das reações aerodinâmicas, a força de sustentação que suporta o avião, as asas servem também como alojamento do trem de pouso, tanques de combustível, máquina fotográfica, metralhadoras, misseis, berço dos motores, etc.... No que corresponde à parte de fenômenos em voo o trabalho explicou por exemplo que quando uma aeronave alça voo o que acontece com a estrutura da aeronave pode ser dividida em cargas e esforços, cargas são forças externas que atuam sobre a aeronave, já os esforços é a capacidade de resistência da estrutura da aeronave oferecida à carga. . Na parte do fluido foiexplicado que fluido é uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de cisalhamento (tangencial), não importa quão pequena ela possa ser, desta forma, é preciso quantificar tal fluido quando em ação de voo, essa quantificação é dada por um número adimensional, o número de Reynolds, também foi apresentado fenômenos correspondentes ao fluido como escoamentos, pressão, densidade e temperatura. Por último foi apresentado o conceito de aerodinâmica que é o estudo das forças que exercem em corpos sólidos neles imersos, essa força de sustentação representa a maior qualidade que uma aeronave possui em comparação com os outros tipos de veículos e define a habilidade de um avião se manter em voo. Basicamente, a força de sustentação é utilizada como forma de vencer o peso da aeronave e assim garantir o voo. Por fim este trabalho garante ao leitor um primeiro aprofundamento do que é mais importante no que tange o voo de uma aeronave, explicando de forma a incentivar o mergulho de estudos em tal assunto, pois é fato reconhecível ao termino da leitura deste trabalho que é possível aprofundar ainda mais em cada título descrito aqui, contudo ao ler este trabalho o leitor conseguirá voar mais 40 tranquilo, pois entenderá os principais fenômenos atuantes em uma aeronave e sanará dúvidas inertes ao voo. 41 REFERÊNCIAS NEWDICK, Thomas Newdick. Aviões de grerra editora Amber Books ltd, São Paulo/SP 2008. SUZANO, Márcio Alves Suzano Conhecimentos Gerais de Aeronaves 2ª edição, editora Interciência, Rio de Janeiro/RJ 2011. ANDERSOM, John D. Andersom JR. Fundamentos de Engenharia Aeronáutica 7ª edição, editora AMGH ltda Porto Alegre/RS 2015. MIRANDA, Luiz Eduardo Miranda José Rodrigues. Fundamentos de Engenharia Aeronáutica com Aplicações ao Projeto Sae-aero Desining, Aerodinâmica e Desempenho 1ª edição do autor, Salto/SP 2014. FOX, Robert W. Fox; MCDONALD, Alan T. McDonald, Introdução à mecânica dos fluidos editora LTC, Rio de Janeiro 1995. 42