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1 ACIDENTES NA AVIAÇÃO AGRÍCOLA: FATORES CONTRIBUINTES1 Isaias Fortunato Junior2 Raphael bento mariano3 Victor Dias Silva4 RESUMO O Brasil possui a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, possuindo 2194 aeronaves, dentre elas aeronaves a pistão, turbo hélice e turbo eixo, perdendo para os Estados Unidos da América, que possui cerca de 3.600 aeronaves. De acordo com os dados extraídos do CENIPA, órgão responsável pela investigação dos acidentes e incidentes da aviação no Brasil, a média de acidentes, no período de 2014 até 2017, é de 28 acidentes ao ano. Se compararmos esse mesmo período a média de acidentes com a média de incidentes graves, 3.25 incidentes ao ano, notamos que o risco dessa operação é muito elevado. Através dos dados retirados do CENIPA, notou-se que a aviação agrícola possui diversos tipos de ocorrências, sendo a mais comum à perda de controle em voo. Este artigo tem como propósito informar sobre os fatores envolvidos por trás destes elevados números de acidentes/incidentes. Palavras-chave: Aviação Agrícola, Gerenciamento de Risco, Acidente, Incidente Grave, CENIPA. __________________________ 1 Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi. 2 Graduando em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: isaiasfortunatojr@gmail.com. 3 Graduando em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: raphaelmarianob@gmail.com 4 Graduando em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: vdias201313@gmail.com mailto:raphaelmarianob@gmail.com mailto:vdias201313@gmail.com 2 ACIDENTES NA AVIAÇÃO AGRÍCOLA: FATORES CONTRIBUINTES1 Isaias Fortunato Junior2 Raphael bento mariano3 Victor Dias Silva4 ABSTRACT Brazil has the second largest fleet of agricultural aircraft in the world, with 2194 aircraft, including piston, turbo-prop and turbo-axis aircraft, losing to the United States, which has about 3,600 aircraft. According to data extracted from CENIPA, the body responsible for the investigation of aviation accidents and incidents in Brazil, the average of accidents in the period from 2014 to 2017 is 28 accidents per year. If we compare this same period the average of accidents with the average of serious incidents, 3.25 incidents per year, we notice that the risk of this operation is very high. From data taken from CENIPA, it was noted that agricultural aviation has several types of occurrences, the most common being loss of control in flight. This article aims to inform you about the factors behind these high numbers of accidents/ incidentes. Key-words: Agriculture Aviation, Risk Management, Acidentes, Serious Incidents, CENIPA. __________________________ 1 Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi. 2 Graduando em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: isaiasfortunatojr@gmail.com. 3 Graduando em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: raphaelmarianob@gmail.com 4 Graduando em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: vdias201313@gmail.com mailto:raphaelmarianob@gmail.com mailto:vdias201313@gmail.com 3 1. INTRODUÇÃO No Brasil, a aviação agrícola teve seu início no ano de 1947, em Pelotas no Rio Grande do Sul. Após uma grande infestação de gafanhotos na região sul do Brasil, o piloto Clóvis Candiota, do Aeroclube de Pelotas, e o Engenheiro Agrônomo do Ministério da Agricultura, Leôncio Fontelles realizaram o primeiro voo agrícola em território brasileiro. (AGRONAUTA, 2015) No dia 19 de agosto, após alguns dias de preparativos, o piloto Clovis Candiota e o engenheiro Fontelle, voaram pela primeira vez a aeronave, pulverizando o veneno BHC sobre os insetos, através de uma polvilhadeira adaptada, comandada por Fontelle. Por conta deste feito que o dia da aviação agrícola é comemorado no dia 19 de agosto. (AGRONAUTA, 2015) A Aviação Agrícola foi normatizada, pelo Decreto-Lei 917, de outubro de 1969, sendo reconhecida como atividade especializada e com normas específicas estabelecidas no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil [RBAC 137], Resolução ANAC n°516, de 08 de maio de 2019. (ANAC, 2019) O Brasil possui 332 empresas de aviação agrícola (ANAC, 2017). Em relação à frota de aeronaves agrícolas, houve crescimento de 3,74% passando de 2115 para 2194 aeronaves de 2017 para 2018, com idade média de 23 anos. (SINDAG, 2018) A aviação agrícola possui uma vasta gama de serviços, utilizada para aplicação de fungicidas, inseticidas, fertilizantes, e inclusive para semeadura. (AGRONAUTA, 2015) 4 Dos benefícios deste tipo de operação, destacam-se a rapidez e a uniformidade na aplicação, e a rentabilidade. (I.Riedie N.30) Apesar da importância para o desenvolvimento econômico no Brasil, as atividades da aviação agrícola foram responsáveis por mais de 20% dos acidentes ocorridos no ano de 2018, de acordo com as informações obtidas no relatório anual de segurança operacional, fornecido pela ANAC. (RASO 2018) O fator humano representa um percentual entre 70% a 80% como consequência dos acidentes ocorridos dentro da aviação agrícola. (SIMÃO, 2010) Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi relacionar os acidentes da aviação agrícola e suas causas principais, como os fatores humanos, e apontar as técnicas e métodos disponíveis para mitigá-los, utilizando as ferramentas que fazem parte do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional, que pode ser definido como: ‘... Um padrão em toda a aviação mundial, estendendo, inclusive, a gestão da segurança além do ambiente da aviação. Sistemas semelhantes são usados na gestão de áreas críticas nas organizações que utilizam sistema complexo nas suas atividades cotidianas, requerendo um alto nível de qualidade em áreas que envolvem segurança, saúde ocupacional, meio ambiente, etc. ‘. (ANAC, 2019) 5 2. AS OCORRÊNCIAS NA AVIAÇÃO AGRÍCOLA As ocorrências aeronáuticas registradas no Brasil são disponibilizadas pela ANAC, e a partir desses dados, é possível comparar as variações em relação à quantidade de acidentes nas aviações sujeitas ao Regulamento Brasileiro de Aviação Civil ‘’Requisitos operacionais: operações domésticas, de bandeira e suplementares’’, ‘’Requisitos operacionais: operações complementares e por demanda’ ’Certificação e requisitos operacionais: operações aeroagrícolas ’’, ‘’Certificação e requisitos operacionais: Centros de Instrução de Aviação Civil’’, e a aviação geral sob o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica ‘’Regras gerais de operação para aeronaves civis’’. (RASO 2018) De acordo com essas ocorrências registradas entre os anos de 2014 a 2018, foi possível acompanhar, além da quantidade de acidentes, as principais causas dessas ocorrências na aviação agrícola. (RASO 2018) Figura 1: Distribuição percentual das ocorrências aéreas no período 2013-2018 Os dados da figura 2 informam a percentagem dos modelos de aeronaves envolvidas em acidentes, entre o período de 2008 até 2017, onde pode ser RBAC 141 RBAC 135 RBAC 137 RBAC 121 RBHA 91 6 observado que os aviões convencionais motores a pistão, representando um percentual de 94.5% sobre os acidentes ocorridos nesse período: Figura 2: Comparação entre os modelos de aeronaves envolvidas em acidentes na aviação agrícola nos últimos 09 anos. 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% IPANEMA A188 PA25 AT8T AT5T AT3T Modelo de Aeronaves - Acidente Modelo deAeronaves - Acidente 7 O gráfico seguinte estabelece os acidentes de acordo com as principais ocorrências verificadas para a aviação agrícola entre os anos de 2014-2018: Figura 3: Distribuição quantitativa das principais causas de ocorrências aéreas, no período 2014-2018. Note que de acordo com a figura 3, as três primeiras ocorrências somadas, representam mais de 65% dentro da aviação agrícola. 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% CFIT OUTROS TIPOS SAÍDA DE PISTA POUSO SEM TREM INDETERMINADA PERDA DE CONTROLE NO SOLO COLISÃO EM VOO COM OBSTACULO FALHA DO MOTOR EM VOO PERDA DE CONTROLE EM VOO OCORRENCIAS OCORRENCIAS 8 2.1 PERDA DE CONTROLE EM VOO A perda de controle em voo ou loss of control in flight, é definida como uma ocorrência onde o piloto em comando não consegue controlar a aeronave por conta da falha dos comandos de controle, sendo definida como o período entre a decolagem até o toque no solo. (RASO 2018) No dia 23 de fevereiro de 2019, a aeronave, modelo EMB-202ª, sob a marca PT-VUU, decolou as 10horas e 35 minutos (UTC), com a finalidade de pulverizar a plantação de soja com defensivos agrícolas. (CENIPA, 2019) Após seu voo de aplicação, retornou para pouso, às 11 horas e 05 minutos (UTC), onde perdeu o controle da aeronave, chocando se contra o solo de forma violenta. (CENIPA, 2019) De acordo com a analise, o piloto realizou uma curva com grande inclinação a esquerda e aumentou seu ângulo de ataque, consequente perdendo velocidade, o que levou ao STOL. (CENIPA, 2019) Outro ponto a ser levado em conta é que o piloto em comando, de acordo com a sua experiência, encurtou a final, visto que julgou que a aeronave não necessitava de toda a extensão da pista. (CENIPA, 2019) 9 Figura 4: Simulação do acidente. Notou-se também que o piloto em comando não conhecia os parâmetros operacionais da aeronave, já que se encontrava muito abaixo na altura ideal e muito próximo da pista lateral, definindo como uma condição de pouso não padronizada. (CENIPA, 2019) 10 2.2 FALHA DE MOTOR EM VOO A falha de motor em voo ou system component failure-power plant, pode ser definida como uma situação em que há uma falha no motor, ou redução inadvertida do motor, excluindo F.O. D, pane seca e fenômenos meteorológicos. (RASO 2017) Foi apontada como a segunda maior causa nas ocorrências da aviação agrícola no período avaliado. (CENIPA, 2018) No dia 16 de março de 2018, a aeronave sob a marca PT-UGA, modelo EMB-201ª, se acidentou no município de Avanhandava, SP (CENIPA, 2018). Segundo a investigação, a aeronave foi convertida para operação etanol (Álcool Etílico Hidratado Combustível – AEHC), conforme estabelecido na IS- 137.201-001, Revisão B. (CENIPA, 2018) Conforme a evolução das verificações encontrou-se um componente do motor na aeronave, que conforme a descrição era para uso em motores a diesel, não aplicável a aviação. (CENIPA, 2018) Figura 5: Filtro para motores a diesel 11 Figuras 6: Modelo de filtro impróprio para ser utilizado em aeronaves 12 2.3 COLISÃO EM VOO COM OBSTÁCULOS A colisão em voo com obstáculos ou mid-air colission é a colisão com aves, redes elétricas, plantações, ou tudo aquilo que se encontram no caminho do voo. (ANAC, 2017) Segundo analise do acidente ocorrido com a aeronave, marcas PT-UPW, modelo EMB-202, realizou a decolagem às 10 horas e 30 minutos (UTC), para um voo de aplicação de defensivo agrícola. Após a decolagem, o piloto não ascendeu à altitude mínima de segurança para ganhar velocidade, pois área a ser aplicada se encontrava logo após o fim da pista, sentido pouso, quando colidiu com a plantação, resultando na queda. (CENIPA, 2019) Figura 7: Simulação do acidente. Constatou-se também que a aeronave estava com limite de peso acima (1862 kg) do recomendado pelo fabricante (1800 kg), podendo ter influenciado na recuperação da aeronave após o toque. (CENIPA, 2019) 13 3. OS FATORES HUMANOS A International Civil Aviation Organization – ICAO, órgão das Nações Unidas, responsável pela ordenação da aviação internacional, classifica o elemento humano como a parte mais flexível, adaptável e valiosa dentro do sistema aeronáutico, mas é também a que está mais vulnerável às influências externas que poderão vir a afetar negativamente seu desempenho. (ICAO, 2005) O fator humano se relaciona com o aspecto médico e então envolvendo aspecto psicológico com informações individuais, como: atitude (visando os atos e execução de manobras), estado emocional e motivação (o que levou o piloto a executar tal manobra). Colocando também como grande causa dos acidentes, a questão das informações psicossociais, que envolve a cultura do grupo de trabalho, mostrando os aspectos da cultura de alguns pilotos da aviação agrícola, ultrapassando os limites operacionais, e muitos outros pilotos segue esse tipo de cultura, aumentando a chance de futuros acidentes. (CENIPA, 2011) Todo o avanço da tecnologia foi com um principal objetivo: o de diminuir drasticamente o erro humano, e com isso veio consigo a comodidade e automação, assim, problematizando a segurança, pois os procedimentos e manobras foram se tornando confiadas à tecnologia da aeronave. Então a procura pela segurança na Aviação, que por bastante tempo foi apoiado na individualidade, passou a se mostrar por todo sistema aeronáutico. (Ribeiro, 2005) De acordo com Ribeiro (2001), a atenção do piloto tem variação de como está o estado de alerta, e então, com fatores que determinam como está a rotina de sono e vigília, atenção a sua atividade e expectativa com os resultados da tarefa, por isso umas das grandes causas de acidentes: é a colisão com obstáculos. 14 Os maiores problemas que tem potencial para que ocorra um acidente, são, quando é necessário tomar uma decisão sem que necessite de esforço para pensar o que fazer, sendo feita uma situação de rotina, que se torna automática. (REASON, 1990) É tido que em relação ainda com colisões com obstáculos, que 34% dos acidentes resultaram da colisão do trem de pouso com a própria copagem das plantações que estavam lá, sendo o erro de um vôo extremamente baixo e a não possibilidade do erro ser corrigido a tempo antes de um acidente. (CENIPA, 2010) Na aviação agrícola, 60% dos acidentes acontecem devido à indisciplina de voo, falha na aplicação dos comandos da aeronave, aspectos psicológicos, planejamento da missão, julgamento e supervisão do voo, além de outros aspectos. (ANAC, 2013) 15 3.1 FADIGA A fadiga significa um estado fisiológico de redução de capacidade de desempenho físico e/ou mental resultante do débito de sono, vigília estendida, desajustes dos ritmos circadianos, alterações do ciclo vigília-sono e/ou carga de trabalho (mental e/ou física) que podem prejudicar o nível de alerta e a habilidade de uma pessoa executar atividades relacionadas à segurança operacional. (RBAC117, EMD00) ‘’A fadiga de voo é um estado que resulta na diminuição das habilidades no trabalho e prejuízo do estado de alerta, em função, entre outros fatores, de atividades profissionais longas e cansativas, esgotamento físico e mental, sendo uma ameaça à segurança operacional, por degradar o desempenho dos tripulantes (MONTANDON, 2007, p.127-140). ’’ Para a aviação, a fadiga pode interferir na tomada de decisão, dificultando o seu foco e concentração nas manobras realizadas em voo, podendo levar a erros acidentes e incidentes graves. A fadiga pode ser prevenida e tratada. Para a prevenção, deve-se observar o planejamento da jornada de trabalho. Os períodos de descanso devem ser respeitados. Os fatores operacionais podem ser mitigados e controlados, bem como os fatoresindividuais. O tratamento pode ser feito por meio da recuperação do sono durante a jornada de trabalho, pela prática de pequenos cochilos ou o afastamento temporário das atividades, e, em casos mais graves, o acompanhamento psiquiátrico e o uso de medicamentos. (Kanashiro, 2013) 16 3.2 PERDA DA CONSCIÊNCIA SITUACIONAL Pilotos contam com, e dependem de múltiplas fontes de informações, dentro e fora da cabine, a fim de manter o controle da aeronave e navegar com segurança e para que o voo seja seguro, estes devem ser eficientes em direcionar e redirecionar sua atenção. De acordo com um estudo publicado na Flight Safety Australia Magazine, em 85% das ocorrências na aviação, a perda da consciência situacional é mencionada. (Edwards, 1998). A consciência situacional possui níveis que se deve manter diante da atividade aérea (ENDSLEY,1996): Nível 1- Percepção: Todo piloto deve ter a máxima percepção de tudo que está ao redor, como outras aeronaves, função dos sistemas de informação, aproximação do solo, navegação, entre outras questões. Nível 2 - Entendimento: É necessário haver o entendimento todo da situação, ter uma avaliação rápida do que está ocorrendo e tomar a atitude devida para aquilo. Nível 3 - Projeção Futura: O modo de antecipar possíveis ocorrências, isso voltando para os treinamentos e experiências profissionais, assim, se preparando caso ocorra algo que não seja esperado em casos normais de voo. A elevada consciência situacional se vai conquistando com atos práticos, como: desenvolvendo o trabalho em equipe, fazer a distribuição adequada da carga de trabalho, ter o gerenciamento da segurança das operações, e então, com todas essas ações, também há uma melhora em possíveis casos de fadiga e estresse em vôo. 17 Qualquer lapso na concentração ou imprecisão em alguma manobra, que leva à perda da orientação espacial, pode levar a consequências catastróficas que podem ser observadas nos acidentes de aviação agrícola envolvendo colisões com redes de alta tensão, onde na maioria dos casos a existência dessas redes é conhecida. 3.3 ANTIAUTORIDADE A atividade aérea é algo objetivo, tendo que ser seguido todas as questões técnicas, principalmente envolvendo o checklist, sendo também uma obrigação o acompanhamento dos manuais e publicações das fabricantes, relatando algo sobre a aeronave que possa comprometer a segurança. Em relatórios do CENIPA, um destacado fator contribuinte, é o de não cumprir o checklist, podendo assim ser a causa de um problema operacional, que leva a um acidente. A antiautoridade é citada no ''Advisory Circular'' 60-22 do FAA como a ''resistência em seguir ordens e regras'' (Simão, 2010). 3.4 EXIBICIONISMO Essa é uma questão, infelizmente, bem rotineira na aviação, sendo algo que não tem nada relacionado com operacional, pois muitas vezes, é quando a operação já foi concluída, que alguns pilotos decidem ''se mostrar'' fazendo manobras. Essa atitude compromete a segurança, pois muitas das manobras, se forem consultar o manual, são prejudiciais a aeronave, tendo assim, no futuro, podendo ter um prejuízo material ou uma ocorrência por causa disso. (Simão, 2010) 18 3.5 EXCESSO DE CONFIANÇA Esse tipo de confiança, que é acompanha do excesso, não é bem vinda em toda aviação, tendo casos de atitudes tomadas que não foram bem pensadas, manobras executadas, tudo movido por esse sentimento que acaba levando ao erro. O piloto, em hipótese alguma, pode ter esse tipo de sentimento, podendo assim prejudicar toda operação, como confiar muito no equipamento e em suas habilidades, e na aviação agrícola, onde há muito disso, é uma das grandes causas de ocorrências. (AGROLINK, 2012) 3.6 IMPULSIVIDADE O comportamento de um piloto impulsivo pode acabar em consequências sérias, sendo assim, essas atitudes devem ser evitadas, pois às vezes acaba ocorrendo de ser executado algo que não foi planejado, e agindo por impulso, sendo alguma manobra que não foi praticada. Sendo necessário ser feito toda prévia da operação, sobre o que serão realizados e possíveis desvios, mas em alguns casos acaba acontecendo uma situação que ter que ser tomada uma atitude rápida, e então entrando a parte de inteligência emocional do piloto, para tomar uma providência rápida e eficaz, que não prejudicará toda atividade aérea. (Simão, 2010) 19 4. FATOR MATERIAL É um dos Fatores contribuintes da área de segurança de voo, referido aos aspectos de projeção, fabricação e de manuseio do material, engloba a aeronave e o complexo de engenharia aeronáutica (ANAC / CENIPA). Conduzida por profissionais formados pelo CENIPA (EC-FM), onde encarregado desta área de investigação é responsável pela elaboração do relatório factual do fator material ao final da fase de coleta de dados, suas investigações são feitas de formas sistemáticas buscando averiguar os fatores contribuentes relacionados às condições de aeronavegabilidade das aeronaves, nos seus aspectos relativos ao projeto, fabricação e manuseio do material. A fim de pesquisar a origem de falhas identificadas, sua averiguação é feita em oficina ou laboratório que busca explorar informações por meio da realização de exames de partes da aeronave. São realizados pesquisas de ocorrência similares junto ao fabricante e às autoridades certificadoras. (MCA 3-6 2017). Em uma investigação realizada sobre um acidente ocorrida na Fazenda Porteira Velha– MS, no dia 17 de Janeiro de 2011, matrícula PT-GHP, modelo EMB- 201. A aeronave decolou para um voo, e após dois minutos de sua decolagem, a aeronave acidentou-se na lavoura onde seria aplicado o produto, por conta do rompimento da asa esquerda, causada por uma falha no componente. 20 Figura 8: Região fraturada na longarina Após dois anos deste acidente, em 22 de Fevereiro de 2013, o mesmo modelo de aeronave, matrícula PT-GZM, no Município de Chapada – RS ocorreu a mesma falha, que caso foi um desprendimento da asa esquerda em voo, causada pela falha do componente. (CENIPA, 2013) Com base nesses semelhantes acidentes, a ANAC elaborou uma Diretriz de Aeronavegabilidade, Nº 2013-05-02, com a finalidade de realizar inspeções detalhadas na asa, nos elementos de junção e fixação com a fuselagem a fim de identificar possíveis corrosões. Em aspecto de projeto sobre investigação do fator material é de suma importância, documentos que forneçam informações como, Relatórios de Cumprimento de Requisitos, Relatórios de Avaliação de Segurança Operacional, Manuais de voo, Master Minimum Equipament List, etc. Por mais criteriosa que seja a análise do fator material, nem sempre será possível identificar esse aspecto como causa raiz de determinada falha, caso não haja outras fontes de informação. É importante diferenciar que o foco no âmbito do fator material está relacionado com a parte conceitual e de planejamento dos serviços de manutenção, enquanto que esse 21 aspecto no âmbito operacional está relacionado com a execução dos serviços de manutenção e aderência aos manuais. Procedimentos de manutenção de aeronaves é um aspecto muito importante a ser ressaltado, pois provocam ou contribuem que ocorram acidentes, como o uso de peças não certificadas, descumprimento de diretrizes de aeronavegabilidade e execução incorreta proposital de práticas de manutenção. Esses casos são mais comuns quando o operador não cumpre corretamente a vistoria de segurança operacional. 22 5. SEGURANÇA OPERACIONAL PARA AEROAGRICOLAS Toda empresa aeroagrícola portadora do COA (Certificado de Operador Aéreo) deve apresentar a Agência Nacional de aviação civil, um documento chamado MGSO (Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional), conforme preconizado no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil, 137.117ª,contendo informações a respeito da organização, como descrição do ambiente da empresa, politica e objetivos, garantia da segurança operacional, promoção da segurança operacional. (RBAC 137EMB03) Realizado tal documento, e sendo aprovado pela Agência Nacional de aviação civil, a organização em questão é responsável por seguir fielmente o que é escrito em tal manual, assegurando a Agência Nacional de aviação civil, fiel cumprimento. (RBAC 137EMB03) Normalmente o responsável pela elaboração deste manual é o Gerente de Segurança Operacional, com o objetivo de implementar o Sistema de Gerenciamento de Segurança Organizacional, que são um conjunto de ferramentas utilizadas para mitigar os riscos relativos a operação diária. (RBAC 137EMB03) A tabela 1 é uma das ferramentas utilizadas a favor do Gerente de segurança operacional, onde ele utilizará para descobrir possíveis brechas em sua operação, consequentemente, realizando uma melhoria continua em sua operação agrícola, podendo, portanto mitigar (suavizar) alguns dos acidentes mencionados acima. 23 Tabela 1: Tabela baseada no Guia de gerenciamento de riscos da aviação Matriz de risco PROBABILIDADE DO RISCO SEVERIDADE DO RISCO A Catastrófica B Critico C Significativo D Pequena E Insignificante 5- Frequente 5 A 5 B 5 C 5 D 5 E 4- Ocasional 4 A 4 B 4 C 4 D 4 E 3- Remoto 3 A 3 B 3 C 3 D 3 E 2- Improvável 2 A 2 B 2 C 2 D 2 E 1-Muito Improvável 1 A 1 B 1 C 1 D 1 E FONTE: (ANAC,2019) A avaliação de risco é o processo onde se avalia a probabilidade versus a sua severidade, sendo o risco a consequência resultando no perigo (Potencial de causar dado ou perda). Um perigo é definido como qualquer condição real ou potencial que pode resultar em lesão, doença ou morte. São levadas em conta também, perda de um equipamento, sistema, ou danos ao meio ambiente. (IS119-002 D) Risco é a combinação da severidade com a probabilidade do efeito potencial de um perigo ocorrer, no pior cenário possível. (IS119-002 D) Para a análise da probabilidade de risco temos as seguintes denifições, de acordo com o documento 9859 da ICAO (2009): - Frequente (5): É provavel que ocorra muitas vezes (tem ocorrido frenquentemente). - Ocasional (4): É provavel que ocorra algumas vezes (tem ocorrido com pouca frenquencia). - Remoto (3): Improvavel, mas é possivel que venha a ocorrer (Ocorre raramente). - Improvavel (2): Bastante improvavel que ocorra (não se tem noticia de que tenha ocorrido). - Muito improvavel (1): Quase impossivel que o evento ocorra. 24 A severidade, de acordo com o documento da ICAO, tem como finalidade relacionar a gravidade do dano ou uma condição insegura, dentro da pior condição possivel, a qual pode ser atingida: A - Castastofica (Equipamento destruido, multiplas mortes). B - Crítica (Grande redução nas margens de segurança, danos físicos, danos graves ao equipamento). C - Significativo (Serio incidente, lesões a pessoas). D - Pequeno (Pequenas consequências, limitação operacional, usam de procedimento de emergência). E - Insignificante (Pequena consequência) Os campos vermelhos da Tabela 1 representam riscos inaceitáveis a operação, portanto necessário realizar um trabalho para mitiga-lo, reduzindo aos campos amarelos ou verdes, ou então elimina-los. Os campos amarelos representam riscos toleráveis, sendo necessária uma avaliação para decidir se vale a pena correr tal risco. Importante fazer com que tais riscos sejam reduzidos à região verde. Os campos verdes representam riscos aceitáveis, portanto não apresentam perigos a operação. Por mais que a organização trabalhe para mitigar os riscos, eliminar todos os acidentes ou incidentes graves torna-se impossível, visto que as falhas continuarão a ocorrer, mesmo utilizando as ferramentas de forma correta, pois todo ser humano está sujeitos a risco. (ANAC, 2008) 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com as análises fornecidas através dos relatórios do CENIPA, e relatórios disponibilizados pela ANAC, notou-se que a aviação agrícola é segunda aviação com mais índices de acidentes, perdendo para a aviação geral. As principais ocorrências representam mais de 65% dos acidentes ocorridos, sendo elas, à perda de controle em voo, falha do motor em voo e colisão em voo com obstáculo, assuntos abordados, de acordo com a análise dos relatórios do CENIPA. De acordo com os dados analisados, os principais fatores contribuintes nos acidentes são os fatores humanos, sendo eles, fadiga, perda da consciência situacional, antiautoridade, exibicionismo, excesso de confiança e impulsividade. Por conta desses tipos de ocorrências, entre outras influencias da aviação agrícola, que é necessário que o Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional, seja levado a sério pelos operadores aeroagrícolas, e não apenas como mais um manual solicitado pela agência fiscalizados, a fim de reduzir os elevados números de acidentes, ocorridos muitas vezes por conta do ser humano. 26 REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBAC N°137 – certificação e requisitos operacionais: operações aeroagrícolas. 2019. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbac/rbac137emd03.pdf>. Acesso em: 14 set. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBAC N°43 – Manutenção, manutenção preventiva, reconstrução e alteração. 2019. Disponível em: <https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e- rbac/rbac/rbac-043>. Acesso em: 16 set. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL [ANAC].Gerenciamento da segurança operacional. 2019. 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