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O passo a passo para
uma avaliação funcional
efetiva no idoso.
Naura Gomes
Fisioterapeura 
PRODUZIDO POR:
Naura Gomes Fabrício 
Instagram: @nauragomes
AVISO LEGAL:
Este e-book é protegido por direitos autorais. Todo o conteúdo aqui
presente, incluindo textos, imagens, estruturas e ideias é de propriedade
exclusiva da autora. É proibida a reprodução, cópia, distribuição ou
comercialização, total ou parcial, por qualquer meio, sem autorização. O uso
indevido constitui violação da lei (Lei nº 9.610/98) e está sujeito às
penalidades legais.
É um prazer ter você aqui!
Este guia foi pensado especialmente para profissionais de saúde que
desejam oferecer ainda mais qualidade, segurança e resultado aos
seus atendimentos. Aqui, você encontrará testes funcionais
detalhados, com instruções claras e ilustrações, tabela comparativa
para acompanhar a evolução dos resultados e ficha de
encaminhamento para outros profissionais da saúde, promovendo um
cuidado integrado.
Que este material seja uma ferramenta útil na sua rotina e contribua
para o cuidado e evolução dos seus pacientes.
Antes de iniciar qualquer exercício com o idoso, a avaliação física é
essencial. Ela nos mostra como está a força, o equilíbrio, a mobilidade
e até mesmo a autonomia da pessoa. Mais do que números, a
avaliação permite entender a realidade de cada idoso e personalizar os
cuidados com mais segurança, respeito e eficácia.
Bem-Vindo!
ILU
STR
ADO
U m m a t e r
 i a l 
Cuidar da funcionalidade do paciente idoso vai muito além de aliviar dores
ou tratar doenças já instaladas. Envolve olhar para sua autonomia,
segurança, qualidade de vida e independência nas atividades do dia a dia.
Pensando nisso, desenvolvi este material prático, objetivo e baseado em
evidências, para auxiliar fisioterapeutas e profissionais da saúde na
realização de uma avaliação funcional completa e bem-sucedida em idosos.
Aqui você encontrará:
Anamnese 
Teste Timed Up and Go 
Teste da Caminhada de 6min
Teste de Velocidade de Marcha
Teste sentar e levantar - 30s 
Flexão de braço - 30s 
Alcance Funcional frontal 
Marcha estacionária - 60s 
Equilíbrio unipodal 
Sentar e alcançar 
Toque de mãos atrás das costas 
Força de preensão manual 
Testes ilustrados 
Tabela comparativa 
Que este ebook seja uma ferramenta no seu dia a dia, ajudando a
transformar números e resultados em mais autonomia e bem-estar para
seus pacientes!
Apresentação
 
A Autora
Prazer, me chamo Naura Gomes, sou fisioterapeuta e pós-graduanda em Geriatria
e Gerontologia. Atuo principalmente com o público idoso, sempre buscando unir
conhecimento técnico com uma prática humanizada e focada na autonomia dos
pacientes.
No meu dia a dia, percebi o quanto é importante ter materiais práticos e objetivos
para organizar a rotina de atendimentos e entregar um cuidado mais seguro e
eficiente. Por isso, comecei a desenvolver ebooks, fichas de avaliação, cartilhas de
exercícios e outros materiais que ajudam fisioterapeutas a oferecerem um
atendimento ainda mais profissional e bem estruturado.
Meu propósito é facilitar o seu trabalho e, principalmente, contribuir para uma
fisioterapia que realmente transforma a vida dos nossos pacientes.
O envelhecimento é um processo natural e inevitável, que faz parte do ciclo da vida.
Com o passar dos anos, o corpo passa por diversas transformações fisiológicas
que, muitas vezes, impactam diretamente na funcionalidade, na mobilidade e na
independência das pessoas.
É comum que, com o avanço da idade, surjam limitações físicas, dores crônicas,
perda de força muscular, equilíbrio reduzido e o desenvolvimento de doenças como
osteoartrite, osteoporose, hipertensão, entre outras condições associadas ao
envelhecimento.
Nesse contexto, o papel da fisioterapia é fundamental. Através de condutas bem
planejadas e, principalmente, da prescrição de exercícios físicos adequados, é
possível preservar a capacidade funcional, reduzir riscos de quedas, aliviar dores e
proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes idosos, para isso é primordial
que seja realizada uma avaliação bem elaborada.
Este guia foi criado justamente com esse objetivo: ser um recurso prático para
fisioterapeutas que atuam com o público idoso, oferecendo os principais testes
funcionais utilizados na prática clínica, tabelas comparativas para acompanhar a
evolução dos pacientes e ferramentas de comunicação entre profissionais. O
objetivo é facilitar o seu trabalho e, acima de tudo, contribuir para um atendimento
mais humanizado, eficiente e focado no que realmente importa: a qualidade de vida
dos nossos idosos.
Acreditamos que avaliar é um ato de cuidado, de escuta e de prevenção. Um guia
como este te ajuda a entender melhor o ponto de partida do idoso e a tomar
decisões com mais segurança e clareza. Que ele te acompanhe em muitos
atendimentos e te ajude a transformar vidas com consciência, empatia e técnica. 
1-Introdução 
A avaliação física tem como principal finalidade compreender como está a
funcionalidade do idoso no momento presente, permitindo ao profissional
planejar um cuidado individualizado, seguro e eficiente.
Por meio dela, é possível identificar:
Dificuldades de mobilidade;
Alterações na força muscular;
Comprometimentos no equilíbrio e na flexibilidade;
Riscos de quedas ou perda de independência;
E acompanhar a evolução ao longo do tratamento.
Mais do que números, a avaliação é uma forma de enxergar o idoso em sua
totalidade — respeitando seus limites e estabelecendo metas reais e
relevantes para sua saúde e bem-estar.
Com base nessas informações, o profissional pode prescrever intervenções
com mais precisão, promovendo segurança, prevenção de complicações e
incentivo à autonomia.
Clique aqui para baixar uma ficha Gerontológica!
1.1 Objetivo da Avaliação Física no Idoso
https://www.canva.com/design/DAGuS2htrkg/s6fI1PNWEm0lgHl6cNAVlQ/view?utm_content=DAGuS2htrkg&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=publishsharelink&mode=preview
Com o avanço da idade, o corpo passa por mudanças naturais — algumas
acontecem de forma sutil, outras de maneira mais acelerada. Por isso,
realizar avaliações físicas periódicas é essencial para acompanhar essas
transformações e ajustar o plano de cuidado sempre que necessário.
Avaliar regularmente permite:
Detectar precocemente perdas de força, equilíbrio ou mobilidade;
Prevenir quedas e limitações funcionais;
Acompanhar os efeitos dos exercícios e adaptar a conduta conforme a
resposta do paciente;
Estimular o idoso ao evidenciar sua evolução de forma concreta e
motivadora.
Mais do que um procedimento técnico, a reavaliação fortalece a relação
entre profissional e paciente, reforça o compromisso com a saúde e
assegura que o atendimento continue sendo seguro, individualizado e eficaz.
Envelhecer com autonomia e qualidade de vida exige acompanhamento
contínuo — e a avaliação periódica é uma aliada indispensável nesse
caminho.
1.2- Importância da Avaliação Periódica
no Envelhecimento
Recomenda-se que a avaliação física do idoso seja realizada a cada 3
meses ou, no mínimo, a cada 6 meses — levando em consideração o
estado de saúde, o grau de funcionalidade e a frequência dos atendimentos.
Manter essa regularidade é essencial, pois:
O organismo do idoso tende a sofrer alterações mais rápidas do que o
de adultos jovens;
Pequenas perdas de força, equilíbrio ou mobilidade podem aumentar
significativamente o risco de quedas;
A reavaliação permite adaptar o plano terapêutico de forma segura e
personalizada;
Mostrar a evolução ao idoso fortalece sua motivação, reforça o vínculo e
estimula a continuidade do tratamento.
Para idosos mais frágeis ou com doenças crônicas em progressão, o ideal é
reavaliar a cada 3 meses.
 Já em casos mais estáveis e com boa capacidade funcional, a reavaliação
pode ser realizada semestralmente, sempre com acompanhamento próximo
e atento.
1,3- Frequência Ideal: a cada 3 ou 6 meses
A anamnese é o primeiro passo de qualquer atendimento com o idoso. Mais
do que um simples levantamento de informações, elaoferece ao profissional
a chance de conhecer a história de vida, o estado de saúde e a rotina
daquela pessoa de forma integral.
É por meio desse momento de escuta que se identificam:
Doenças pré-existentes e medicamentos em uso;
Dores, limitações físicas e queixas principais;
Histórico de quedas, cirurgias ou hospitalizações;
Grau de autonomia nas atividades diárias, além de medos, expectativas
e objetivos em relação ao cuidado.
Uma anamnese bem conduzida proporciona segurança, favorece a empatia
e permite uma prescrição mais precisa e individualizada.
 Mais do que avaliar, é acolher. É mostrar ao idoso que ele será tratado com
respeito, consideração e sensibilidade.
Esse cuidado inicial evita riscos, fortalece o vínculo entre profissional e
paciente, e dá início a um atendimento mais humano e eficaz.
2- Anamnese
O TUG é um teste rápido e prático, amplamente utilizado para avaliar a
mobilidade funcional e o risco de quedas em idosos.
Por que aplicar?
Identifica possíveis limitações de mobilidade;
Avalia o equilíbrio em movimentos do dia a dia;
Ajuda a prever riscos de quedas;
É simples, rápido e não exige equipamentos sofisticados.
É especialmente recomendado para ser aplicado de forma periódica,
sobretudo em idosos com queixas de desequilíbrio, fraqueza muscular ou
histórico de quedas.
Como aplicar o TUG:
1.O idoso deve estar sentado em uma cadeira firme, com as costas
apoiadas e os braços nos apoios laterais.
2.Ao comando do avaliador, ele deve:
Levantar da cadeira;
Caminhar 3 metros em linha reta;
Fazer o retorno;
Sentar novamente na cadeira.
3.Todo o percurso é cronometrado, do início do movimento até o momento
em que o idoso volta a se sentar.
Interpretação dos resultados:
Até 10 segundos: mobilidade funcional preservada;
Entre 11 e 20 segundos: mobilidade moderada, com possível risco
funcional;
Acima de 20 segundos: desempenho reduzido e maior risco de quedas.
📌 Importante: o idoso deve realizar o teste com os dispositivos de auxílio que
já utiliza no dia a dia, como bengalas ou andadores, garantindo segurança e
realismo na avaliação.
3.1 Timed Up and Go - Tarefa Cronometrada
3- Teste de Mobilidade e Funcionalidade
Timed Up and Go 
Tarefa Cronometrada
Esse é um teste prático e eficaz que avalia a força e resistência dos membros
inferiores, com foco nos músculos das pernas e do quadril.
Por que aplicar?
Com o envelhecimento, é comum ocorrer perda de massa muscular
(sarcopenia), o que pode comprometer a autonomia e a segurança do idoso
nas atividades diárias.
Este teste é útil para identificar dificuldades em ações básicas como se
levantar da cama, do vaso sanitário ou de uma cadeira — tarefas simples,
mas essenciais para a independência.
O que o teste avalia:
Nível de força muscular dos membros inferiores;
Capacidade funcional para atividades cotidianas;
Risco de quedas ou perda de autonomia;
Evolução do desempenho com o passar dos atendimentos.
Como aplicar:
1.O idoso deve se sentar em uma cadeira firme, com os braços cruzados
sobre o peito.
2.Ao comando do avaliador, ele deve levantar e sentar o maior número de
vezes possível em 30 segundos, sem o uso das mãos.
3.O profissional conta e registra o total de repetições corretas.
📌 Atenção: Se o idoso utilizar as mãos durante o movimento, isso pode
indicar fraqueza muscular ou compensações posturais, e deve ser observado
com atenção.
3.2 Sentar e Levantar da Cadeira 30 segundos
 Sentar e Levantar da Cadeira 30 segundos
Esse é um teste simples, seguro e de rápida aplicação, que mede até onde o
idoso consegue alcançar à frente do corpo, sem sair do lugar nem perder o
equilíbrio.
Como aplicar:
1.Posicione o idoso em pé, ao lado de uma parede, onde deve haver uma
régua ou fita métrica fixada na altura do ombro.
2.Peça que ele estenda o braço dominante para frente, com a mão fechada
e os dedos estendidos, mantendo-o na altura do ombro.
3.Marque a posição inicial da ponta do dedo médio.
4.Oriente-o a se inclinar lentamente para frente, sem dar passos nem se
desequilibrar, tentando alcançar a maior distância possível com o braço.
5.Registre a distância entre o ponto inicial e o ponto final alcançado com o
dedo.
6.Faça duas ou três tentativas e anote o melhor resultado em centímetros.
Por que aplicar:
Avalia o equilíbrio estático e dinâmico do paciente;
Ajuda a identificar limitações funcionais que podem aumentar o risco de
quedas;
É um ótimo indicador de evolução com os exercícios de equilíbrio e força;
Pode ser aplicado com segurança em diferentes níveis de funcionalidade.
📌 Atenção:
 Resultados abaixo de 15 cm podem indicar
 baixo controle postural e maior risco de quedas.
3.3 Alcance Funcional Frontal
Alcance Funcional Frontal
Este é um teste funcional simples que avalia a resistência física, o
condicionamento geral e o equilíbrio dinâmico do idoso. Durante o teste, ele
deve marchar no lugar por 1 minuto, elevando os joelhos o máximo que
conseguir — de preferência, até a altura do quadril.
Como aplicar:
1.Marque no corpo do idoso a altura média entre a crista ilíaca e a patela –
esse será o ponto de referência para a elevação dos joelhos.
2.Posicione o idoso em pé, com apoio próximo (como uma cadeira), caso
seja necessário.
3.Oriente-o a marchar no mesmo lugar durante 60 segundos, tentando
elevar os joelhos até a linha de referência.
4.Conte apenas o número de vezes que um dos joelhos (direito ou
esquerdo) atinge a altura marcada.
5.Registre o total de elevações do mesmo lado ao final do teste.
Por que aplicar:
Avalia o condicionamento físico geral;
Mede resistência muscular, coordenação e ritmo;
Permite observar o equilíbrio durante o movimento dinâmico;
Indica a capacidade aeróbica funcional e a tolerância a atividades leves.
Importância do teste:
Fácil de aplicar, seguro e adaptável para diferentes níveis funcionais;
Excelente ferramenta para monitorar progressos e detectar queda de
rendimento físico precocemente;
Contribui na prevenção de quedas e na promoção da autonomia
funcional.
📌 Ideal para ser incluído na rotina de avaliação de 
fisioterapeutas e profissionais da saúde 
que atuam com o público idoso.
3.4 Marcha Estacionária por 60 segundos
Marcha Estacionária por 60 segundos
3.5 Teste da Caminhada de Seis Minutos (TC6M)
O TC6M é um teste funcional submáximo que avalia a capacidade
cardiorrespiratória, a resistência física e o nível de autonomia funcional do
idoso. É simples, seguro, de baixo custo e reflete de maneira eficaz as
atividades do dia a dia.
Por que aplicar:
Avalia a capacidade funcional geral.
Detecta limitações respiratórias, cardíacas ou musculares.
Auxilia no acompanhamento de pacientes com doenças crônicas.
Permite avaliar o progresso do tratamento fisioterapêutico.
Apoia decisões sobre uso de oxigenioterapia, reabilitação e outras
condutas clínicas.
Como aplicar:
1.Garanta que o idoso esteja com roupas e calçados confortáveis.
2.Posicione-o em um corredor plano, preferencialmente com 30 metros de
comprimento.
3.Oriente o paciente a caminhar o máximo possível durante 6 minutos,
podendo parar e retomar se necessário.
4.O ritmo deve ser autodeterminado, ou seja, o paciente caminha no
próprio ritmo.
5.Utilize frases motivadoras padronizadas durante o teste para encorajar o
idoso, como:
6."Você está indo muito bem, continue!" ou "Tente andar mais um pouco."
7.Ao final do tempo, meça a distância total percorrida (DMP).
O que observar e medir:
Distância total percorrida (em metros)
Frequência cardíaca (FC)
Frequência respiratória (FR)
Saturação de oxigênio (SatO₂)
Pressão arterial (PA)
Escala de esforço (Escala de Borg) – antes, durante e após o teste
Interpretação dos resultados:
A DMP de idosos saudáveis costuma variar entre 400 e 700 metros.
Valores inferiores a 300 metros podem indicar maior risco de
complicações e baixa capacidade funcional.
O teste também pode ser classificado em níveis:
Nível 1: 450m
Fórmulas preditivas (opcional):
Homens: (7,57 × altura cm) – (5,02 × idade) – (1,76× peso Kg) – 309
Mulheres: (2,11 × altura cm) – (2,29 × peso Kg) – (5,78 × idade) + 667
Essas fórmulas ajudam a calcular a distância esperada para a faixa etária e
perfil físico do paciente.
Cuidados e contraindicações:
Evite aplicar o teste se o idoso apresentar:
Angina instável
Hipertensão descontrolada
Infarto recente
Hipoxemia em repouso
Taquicardia em repouso (>120 bpm)
Anemia severa ou tonturas
Sempre observe sinais de desconforto durante a caminhada. Caso o idoso
sinta dor, tontura ou dificuldade respiratória intensa, o teste deve ser
interrompido imediatamente.
Esse teste avalia a velocidade habitual de caminhada, sendo um importante indicador
da funcionalidade, autonomia e risco de fragilidade no idoso. É simples de aplicar,
rápido e muito sensível para detectar alterações sutis na mobilidade.
Por que aplicar:
É um forte preditor clínico, usado até em triagens geriátricas;
Ajuda a identificar reduções funcionais discretas que nem sempre são percebidas
em testes mais amplos;
É rápido, seguro e fácil de aplicar, podendo ser feito até em espaços pequenos.
Como aplicar:
1.Marque uma distância de 4 metros em linha reta, com pontos de início e fim
visíveis.
2.Oriente o idoso a caminhar no ritmo habitual (nem rápido, nem devagar demais),
como se estivesse andando normalmente.
3.Cronometre apenas o tempo necessário para percorrer os 4 metros,
desconsiderando aceleração inicial ou desaceleração final.
4.Repita duas vezes e registre a melhor média de velocidade em metros por segundo
(m/s).
5. Fórmula: velocidade = distância (m) ÷ tempo (s)
Referência para interpretação:
> 1,0 m/s – Mobilidade preservada
0,8 a 1,0 m/s – Leve comprometimento funcional
e o risco de fragilidade em idosos.
Como aplicar:
1.O idoso deve segurar o dinamômetro com a mão dominante, mantendo o
cotovelo flexionado a 90°, o braço junto ao corpo e o punho em posição neutra.
2.Solicite que ele aperte o mais forte possível por 3 segundos.
3.Realize 3 tentativas e registre o melhor valor obtido, em quilogramas (kg).
📌 O teste também pode ser feito com ambas as mãos, permitindo a comparação
entre os lados.
Por que aplicar:
A preensão manual está diretamente associada à capacidade funcional,
autonomia e risco de mortalidade em idosos;
Avalia a habilidade para realizar tarefas simples do cotidiano, como abrir uma
garrafa, segurar talheres, apoiar-se para levantar, entre outras;
Ajuda a identificar sarcopenia (perda de massa e força muscular) de forma
precoce.
Importância do teste:
A perda de força nas mãos afeta diretamente a independência nas atividades
diárias;
O teste é rápido, prático e seguro, podendo ser 
 aplicado em qualquer ambiente;
É uma ferramenta confiável para acompanhar
 a evolução do tratamento e planejar intervenções 
 específicas.
6.2 Força de Preensão Manual - Dinamômetro
Força de Preensão Manual - Dinamômetro
Durante a avaliação física do idoso, é fundamental observar não apenas os
resultados dos testes, mas também os sinais corporais e comportamentais que
surgem ao longo do processo. Esta etapa serve para guiar o profissional no
registro de três aspectos essenciais: limitações, riscos identificados e necessidade
de encaminhamento.
Limitações
As limitações referem-se às dificuldades motoras, cognitivas ou emocionais
percebidas durante a avaliação. Elas podem ser relatadas pelo próprio idoso ou
observadas pelo profissional durante os testes.
Exemplos comuns:
Dor ao realizar determinados movimentos;
Medo ou insegurança diante de tarefas específicas;
Dificuldade para manter o equilíbrio ou levantar-se;
Presença de rigidez ou fraqueza muscular.
📌 Por que registrar?
 Essas informações são fundamentais para personalizar o plano de exercícios,
prevenir lesões e oferecer um atendimento mais seguro, humanizado e eficaz.
Riscos Identificados
Os riscos englobam condições que aumentam a probabilidade de eventos
adversos, como quedas, perda funcional ou complicações clínicas.
Exemplos comuns:
Marcha instável;
Histórico de quedas recentes;
Tonturas frequentes durante os testes;
Pressão arterial alterada ou sinais clínicos preocupantes.
📌 Por que registrar?
 A identificação precoce desses riscos permite ações preventivas imediatas,
monitoramento mais próximo e adaptações no plano terapêutico para preservar a
segurança do idoso.
Sugestão de Encaminhamento
Caso sejam observadas alterações mais complexas ou fora do escopo da
fisioterapia, é essencial que o profissional indique o encaminhamento para
avaliação médica ou especializada.
7- Observações Finais
Exemplos de encaminhamento:
Ortopedista: dores persistentes, alterações estruturais;
Geriatra: sinais de fragilidade avançada ou comorbidades associadas;
Psicólogo: indícios de depressão, apatia ou medo excessivo.
📌 Por que encaminhar?
 Encaminhar é um ato de responsabilidade e cuidado. Isso mostra que o
profissional está atento aos limites da sua atuação e comprometido com um
atendimento integrado, seguro e centrado no bem-estar do paciente.
Agradecimentos
Muito obrigada por confiar e adquirir este
Passo a Passo para uma Avaliação
Funcional no Idoso.
É uma alegria saber que meu material fará
parte da sua prática profissional,
contribuindo para um cuidado mais seguro,
eficaz e humano com seus pacientes.
Espero que os testes apresentados aqui
sejam ferramentas úteis no seu dia a dia,
ajudando a promover mais força, equilíbrio,
autonomia e qualidade de vida para quem
mais precisa.
Se surgir qualquer dúvida ou se precisar de
suporte, saiba que estou por aqui e terei o
maior prazer em ajudar.
Conte sempre comigo!
Com carinho,
Naura Gomes
Fisioterapeuta | Pós-graduanda em
Geriatria e Gerontologia

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