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Reconhecimento Facial como Prova Atípica em Áreas

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O uso de tecnologias de reconhecimento facial em áreas de confronto urbano tem gerado
intenso debate no Direito brasileiro, especialmente após a edição do Pacote Anticrime �Lei
13.964/2019) e da LGPD �Lei 13.709/2018�. A tecnologia, embora eficaz para identificação de
suspeitos em contextos de alta criminalidade, colide com garantias fundamentais como
privacidade, proteção de dados e presunção de inocência . Este artigo analisa a validade
jurídica dessa prova atípica e seus limites constitucionais, considerando a tensão entre
segurança pública e direitos individuais.
A pesquisa adotou abordagem qualitativa e exploratória, com revisão bibliográfica de artigos
científicos, jurisprudência e legislação. Foram analisados:
Tabela 1� Requisitos para Validação da Prova
Reconhecimento Facial como Prova Atípica em Áreas de Confronto Urbano:
Validade Jurídica e Limites Constitucionais à Luz da LGPD e do Pacote Anticrime
Introdução
�1� �2�
Metodologia
���Legislação: LGPD, Pacote Anticrime e artigos 5º �CF/88) e 226 �CPP�.
���Jurisprudência: decisões do STF e STJ sobre reconhecimento facial .�3� �4�
���Doutrina: estudos sobre viés algorítmico e proteção de dados .�5� �6�
���Projetos de Lei: PL 5889/2023, que propõe restrições ao uso da tecnologia pelo Estado .�7�
Desenvolvimento
1. Validade Jurídica do Reconhecimento Facial como Prova Atípica
Fundamento Legal: O art. 369 do CPC admite meios de prova não previstos em lei, desde
que lícitos e moralmente legítimos . Sistemas de reconhecimento facial enquadram-se
como "prova digital", desde que atendam aos requisitos de:
�8� �4�
Rastreabilidade: registro do algoritmo e base de dados utilizada .�4�
Transparência: acesso à metodologia de análise pelo acusado .�9�
Pacote Anticrime: Criou o Banco Nacional de Dados Biométricos (art. 5º, LVIII, CF�,
permitindo o armazenamento de dados faciais para investigações criminais .�8� �9�
Critério LGPD Pacote Anticrime
Finalidade Específica e legítima Segurança pública
Consentimento Dispensável (art. 7º) Não exigido
Controle de Qualidade Auditorias periódicas Regulação pendente
O reconhecimento facial como prova atípica é juridicamente válido, mas sujeito a limites
constitucionais rígidos. A LGPD e o Pacote Anticrime estabelecem parâmetros antagônicos:
enquanto a primeira prioriza a proteção de dados, o segundo amplia o poder investigativo do
Estado. Para evitar abusos, sugere-se:
2. Limites Constitucionais
Privacidade e Proteção de Dados �Art. 5º, X, CF�: A coleta de dados biométricos em
espaços públicos sem consentimento viola a LGPD, exceto nas hipóteses do art. 7º, IV
(interesse público) .�10� �5�
Viés Algorítmico: Estudos apontam taxas de erro de até 34% para pessoas negras, ferindo
o princípio da igualdade .�3� �5�
Presunção de Inocência �Art. 5º, LVII, CF�: O monitoramento massivo trata todos como
suspeitos, conforme criticado no PL 5889/2023 .�7� �6�
3. Casos Concretos e Jurisprudência
Casos de Invalidação:
São Paulo �2023�: O TJ�SP anulou reconhecimento facial por falta de auditoria no
algoritmo .�3�
Rio de Janeiro �2024�: O STF proibiu o uso em protestos públicos por violar a liberdade
de reunião .�2�
Casos de Validação:
Salvador �2022�: Aceitação como prova complementar em homicídios, desde que
acompanhada de perícia técnica .�1� �4�
4. Propostas de Regulação
Modelo Europeu �AI Act�: Proíbe reconhecimento facial em tempo real, exceto para crimes
graves .�5� �6�
PL 5889/2023: Exige autorização judicial prévia e proíbe uso em manifestações públicas .�7�
Conclusão
���Regulamentação Específica: Definir padrões técnicos e casos de uso permitidos.
A tecnologia não deve substituir a análise humana, mas servir como ferramenta auxiliar,
equilibrando inovação e direitos fundamentais .
⁂
���Controle Judicial: Exigir autorização para coleta em áreas urbanas de risco.
���Transparência: Publicar relatórios de precisão dos algoritmos por grupo étnico .�3� �5�
�4� �6�
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���https://lopescastelo.adv.br/reconhecimento-facial-seguranca-publica-e-o-direito-a-privacidade/
���https://eventos.pgsscogna.com.br/anais/trabalho/21140
���https://www.periodicos.unc.br/index.php/acaddir/article/download/5587/2405/25598
���https://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/download/1751/732/
���https://repositorio.unesp.br/items/c34debb0�9646�4dec-9cad-cc2442328e17
���https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2370996&filename=PL�588
9%2F2023
���http://site.conpedi.org.br/publicacoes/w7dsqk3y/7m7qi5sg/mdc8noS7L8m36CQo.pdf
���https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/c8922b87�1871�4a9b-a324�2705e08e2c2c/dow
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����https://legale.com.br/blog/monitoramento-facial-e-implicacoes-juridicas-no-brasil/
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