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REVISÃO ACELERADA
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Prof. Jefferson França
GLOSSÁRIO DE SIGLAS 
SIGLA SIGNIFICADO 
ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
ADM Administração / Administrativo / Administrador 
ADMD Administração Direta 
ADMI Administração Indireta 
ADMP Administração Pública 
ADMPF Administração Pública Federal 
ADMT Administração Tributária 
AMF Anexo de Metas Fiscais 
ARO Antecipação de Receita Orçamentária 
AUT Autarquia 
BRA Brasil 
C&T Ciência e Tecnologia 
CA Créditos Adicionais 
CASP Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
CD Câmara dos Deputados 
CF Constituição Federal 
CMPOF Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização 
CN Congresso Nacional 
CS Capital Social ou Contribuições Sociais 
CTN Código Tributário Nacional 
DA Dívida Ativa 
DC Demonstrações Contábeis 
DK e DC Despesa de Capital e Despesa Corrente, respectivamente 
DOCC Despesa Obrigatória de Caráter Continuado 
DP Defensoria Pública 
DRU Desvinculação das Receitas da União 
EC Emenda Constitucional 
EP/SEM Empresa Pública / Sociedade de Economia Mista 
FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador 
FPE Fundo de Participação dos Estados e DF 
FPM Fundo de Participação dos Municípios 
FUNDEF 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do 
Magistério 
FUP Fundação Pública 
i.e. Id Est = "Isto é" (ou seja, em outras palavras...) 
LC Lei Complementar 
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias 
LET Legislação Tributária 
LO Lei Ordinária 
    
SIGLA SIGNIFICADO 
LOA Lei Orçamentária Anual 
LOAS Lei Orgânica da Assistência Social 
LRF Lei de Responsabilidade Fiscal 
LTN Letras do Tesouro Nacional 
MP Ministério Público 
MPV Medida Provisória 
OF Orçamento Fiscal 
OI Orçamento de Investimento 
ORC Outras Receitas Correntes 
OS Orçamento da Seguridade Social 
P.A.R.T Program Assessment Rating Tool 
PAC Programa de Aceleração do Crescimento 
PCPR Prestação de Contas do Presidente da República 
PEC Proposta de Emenda Constitucional 
PGFN Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
PL Patrimônio Líquido / Projeto de Lei Ordinária 
PLC Projeto de Lei Complementar 
PLEN Plenário 
PPA Plano Plurianual 
PR Presidente / Presidência da República 
RAP Restos a Pagar 
RCL Receita Corrente Líquida 
RGF Relatório de Gestão Fiscal 
RGPS Regime Geral de Previdência Social 
RK Receita de Capital 
RPPS Regime Próprio de Previdência Social 
RREO Relatório Resumido da Execução Orçamentária 
SF Senado Federal 
SI Sistema(s) de Informação(ões) 
SL Sessão Legislativa 
SOF Secretaria de Orçamento Federal 
STN Secretaria do Tesouro Nacional 
TC / TCM / TCE / TCU Tribunal de Contas (Municipal, Estadual e da União, respectivamente) 
TN Tesouro Nacional 
U, E, DF e M União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
VPA Variações Patrimoniais Aumentativas 
VPD Variações Patrimoniais Diminutivas 
 
 
 
 
     
AÇÃO PENAL (AP) 
CONCEITO 
É o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direito público 
subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir (jus puniendi), de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação 
do direito penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva. 
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL 
Atenção! Pela literalidade do CPP, a justa causa (lastro probatório mínimo) NÃO é condição da AP, sendo considerada 
apenas por parte da doutrina. 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO 
Para que esteja configurada essa condição da ação, basta que AP tenha sido ajuizada com base em conduta que se amolde em 
fato típico (AP deve possuir respaldo legal). A denúncia deverá ser rejeitada quando o fato narrado evidentemente não 
constituir crime (absolvição sumária). 
Cuidado! Não necessariamente a conduta foi típica, ilícita e o agente culpável, já que isso será decidido pelo juiz ao fim 
do processo. Analisa-se o fato tal qual narrado na inicial, sem avaliação de mérito. 
INTERESSE DE AGIR 
Materializa-se no trinômio necessidade, adequação e utilidade. Deve haver NECESSIDADE para bater as portas do judiciário no 
intuito de solver a demanda, através do meio ADEQUADO, e este provimento deve ter o condão de trazer algo de relevo, ÚTIL 
ao autor. 
LEGITIMAÇÃO PARA AGIR ( LEGITIMATIO AD CAUSAM ) 
É a pertinência subjetiva da ação. Geralmente, no polo ATIVO, está o MP, titular exclusivo da AP pública, ou o particular 
(querelante); já no polo PASSIVO figura o réu (AP pública) ou querelado (AP privada). 
• Inimputáveis: não há ilegitimidade na proposição de ação contra inimputável, salvo menor de 18 anos (afinal, antes de 
propor a ação é completamente possível saber a idade do agente). 
 
• Pessoa Jurídica: 
a) pode figurar no polo ATIVO, inegavelmente; 
b) STF e STJ entendem que podem figurar no polo PASSIVO no caso de crime ambiental. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
S
U
B
JE
T
IV
O
S
 Juiz 
a) Investidura: juiz deve ser um agente oficial do Estado; 
b) Competência: poder de exercer a jurisdição nos limites da lei; 
c) Imparcialidade: própria do sistema acusatório, daí vem as causas de impedimento, suspeição e 
incompatibilidade do juiz; 
Partes 
a) Capacidade de ser parte: aptidão genérica para ser autor ou réu. No BRA, > 18 anos 
b) Capacidade processual: condição de exercer seus direitos 
c) Capacidade postulatória: aptidão para representar a parte – exceção: HC 
O
B
JE
T
IV
O
S
 
Extrínsecos Inexistência de fatos impeditivos, como litispendência e coisa julgada 
Intrínsecos Procedimento adequado, citação válida, intervenção do MP e da defesa, inexistência de nulidades, etc. 
 
 
 
   
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA 
INCONDICIONADA 
Titular: MP, privativamente – única exceção é quanto à privada subsidiária 
Obrigatoriedade: MP está obrigado a propô-la sempre que presentes materialidade + indícios de autoria. 
A obrigatoriedade foi mitigada pela possibilidade de transação penal para infrações de menor potencial ofensivo. 
Indisponibilidade: oferecida a AP, o MP não pode desistir. 
Novamente, regra mitigada para infrações de menor potencial ofensivo, caso em que MP pode propor suspensão 
condicional do processo (de 2 a 4 anos). 
Oficialidade: AP pública será ajuizada por ORGÃO OFICIAL, no caso o MP, mas caso não seja intentada no prazo, pode ser ajuizada 
pela via privada. 
Divisibilidade: havendo +1 infrator, MP pode ajuizar a demanda somente em face de um ou algum deles, reservando para os 
outros o ajuizamento em momento posterior. 
CONDICIONADA 
A regra é a AP pública INCONDICIONADA, sendo CONDICIONADA se a lei expressamente dispuser neste sentido, portanto a 
representação é condição imprescindível. 
Representação do Ofendido 
• Prazo para representação: 6 meses da data que ofendido souber quem é autor; 
• A quem pode ser oferecida representação? Ao MP, Juiz ou autoridade policial; 
• Pode haver retratação da representação? SIM, somente até oferecimento da denúncia. 
• Pode haver retratação da retratação? SIM. 
• Representação pode ser dividida? NÃO, é “8 ou 80”, o que não impede MP de denunciar alguns e não outros. 
• AP sem representação; nulidade pode ser sanada? SIM, caso a vítima apresente em juízo (no prazo de 6 meses) 
• Ofendido faleceu, quem poderá representar? NESTA ORDEM: cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI) 
• Há forma específica p/ representação? NÃO, desde que se exponha claramente a intenção de representar (oral, reduzida a 
termo, ou escrita). Simples registro do BO, com intenção de representar já basta. 
 
• Legitimidade: ofendido, maior de 18 anos; se menor incapaz, seu representante legal; pode juiz nomear curador, estando 
este obrigado a representar. 
 
 
Ação Penal
Pública
(titular: MP)
Condicionada
Representação do 
Ofendido
Requisição do Ministro 
Justiça
Incondicionada
Privada
(titular: ofendido)
Exclusiva
Personalíssima
Subsidiária da Pública
     
Requisição do Ministro da Justiça 
o Apenasdeterminados crimes, nos quais há juízo político de conveniência, como contra a honra do Presidente; 
o NÃO há prazo de decadência para oferecer a requisição; 
o NÃO cabe retratação da requisição; 
o Requisição vincula MP? NÃO. MP não está obrigado a ajuizar AP. 
AÇÃO PENAL PRIVADA 
EXCLUSIVA 
Oportunidade: compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder a análise da conveniência do ajuizamento; 
Disponibilidade: titular da AP (ofendido) PODE DESISTIR; 
Indivisibilidade: IMPOSSÍVEL fracionar o exercício da AP em relação aos infratores; 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela 
sua indivisibilidade. 
Prazo: decadencial de 6 meses; STF/STJ entendem que ajuizada no prazo, mas em juízo incompetente, ainda assim haverá 
interrompido o prazo, já que autor demonstra não estar inerte. 
Legitimados: ofendido ou via procurador com poderes especiais; caso ofendido venha a falecer (podem iniciar ou dar 
seguimento) → NESTA ORDEM: cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI) 
Renúncia X Perdão X Perempção 
Atenção! RENÚNCIA: trata-se de ato unilateral ANTES do ajuizamento da demanda, podendo ser expressa ou tácita. Sendo 
oferecida a um dos infratores, estende-se aos demais. 
Atenção! PERDÃO: pode ser expresso ou tácito; judicial ou extrajudicial 
o APÓS ajuizamento, aproveitando os demais querelados. 
o Ato bilateral – querelado deve aceitar, em 3 dias, extinguindo a punibilidade 
Atenção! PEREMPÇÃO: perda do direito de prosseguir na ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no 
processo. Hipóteses (art. 60): 
I – Iniciada AP, querelante deixar de promover o andamento durante 30 dias seguidos – várias vezes, mas por períodos 
inferiores a 30 dias não configura perempção. 
II - Falecendo querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do 
prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo; 
III - Querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar 
de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - Quando, sendo o querelante PJ, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
CF, Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal (geralmente 
15 dias, se indiciado solto | 5 dias, se preso). 
Art. 29. [...] cabendo ao MP aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar 
a ação como parte principal. 
 
Prazo: o particular tem prazo de 6 meses para oferecer a AP, contados do dia que se esgota prazo do MP para o fazer. 
o Durante esses 6 meses, tanto MP quanto particular podem ajuizar (legitimidade concorrente); 
o Ao final do prazo, o particular perde a legitimidade, entretanto, MP continua podendo ajuizar. 
Não configura inércia do MP: pedido de arquivamento do IP; MP realizar novas diligências; outras providências. 
  
PERSONALÍSSIMA 
Única diferença para a Exclusiva é que, nesse caso, SOMENTE O OFENDIDO poderá ajuizar (não há “CADI”). Único caso: 
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não 
seja casamento anterior; 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ART. 28 -A) 
Basicamente o acordo de não persecução é firmado entre MP e investigado para que, cumpridas determinadas condições, não seja 
feita a denúncia e assim iniciada a iniciada a ação penal. Visa, assim, dar celeridade à resolução de casos menos graves. 
 
 
Acordo proposto pelo MP1 e firmado, por escrito, entre: 
• MP 
• Acusado 
• Defensor 
1Caso MP se recuse a propor o acordo, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior (instância de revisão 
ministerial), após 30 dias da comunicação. 
Condições possíveis (cumulativas e alternativas) 
▪ Reparar dano ou restituir a coisa; 
▪ Renunciar voluntariamente a bens e direitos (produto ou proveito do crime), propostos pelo MP 
▪ Prestar serviços à comunidade pelo período mínimo correspondente à pena, diminuída de 1/3 a 2/3 
▪ Pagar prestação pecuniária a entidade pública ou de interesse social 
▪ Outra condição indicada pelo MP, desde que proporcional e compatível com a infração 
 
HIPÓTESES DE NÃO CABIMENTO DO ACORDO 
 Quando cabível transação penal pelo JECrim 
 Investigado reincidente ou criminoso habitual / profissional, salvo se insignificantes as infrações passadas 
 Agente beneficiado nos 5 anos anteriores por acordo, transação ou suspensão condicional 
 Crimes de violência doméstica, familiar ou contra mulher 
 
CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTO DO ACORDO 
Quais as consequências do DESCUMPRIMENTO das condições do acordo? 
MP comunica ao juiz para fins de rescisão e posterior oferecimento da denúncia. O descumprimento também pode 
ser usado pelo MP como justificativa para não oferecimento de suspensão condicional do processo. 
Quais as consequências do CUMPRIMENTO das condições do acordo? 
Juiz competente decreta EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, sendo que sua celebração e cumprimento NÃO constarão 
de certidão de antecedentes criminais. 
 
Acordo de Não 
Persecução Penal
Investigado CONFESSA formal e circunstancialmente
SEM violência ou grave ameaça
Penal mínima inferior a 4 anos
Consdera as causas de aumento e diminuição de pena
CUMULATIVAS 
   
HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO 
Como é feita a análise? 
Juiz realiza audiência, com investigado e seu defensor, para verificar VOLUNTARIEDADE e LEGALIDADE. 
Juiz concorda com a proposta? 
Acordo homologado, e os autos devolvidos ao MP para sua execução perante o juiz de execução penal. 
E se o juiz considerar inadequada, insuficiente ou abusiva as CONDIÇÕES do acordo? 
Autos devolvidos ao MP para reformulação da proposta, com a concordância do investigado e seu defensor. 
Quando o juiz pode RECUSAR a homologação da proposta? 
Sim, caso não atenda requisitos legais ou não for feita a adequação da proposta no caso de considera-la inadequada, 
insuficiente ou abusiva. 
Recusada a homologação, o juiz devolverá autos ao MP p/ análise da necessidade de complementação das 
investigações OU oferecimento da denúncia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
    
SUJEITOS DO PROCESSO PENAL 
 
JUIZ 
Aqui não tem muito para onde fugir, temos que decorar as hipóteses de impedimento e suspeição. Em regra as questões são 
simples, tentando confundir uma causa de impedimento com uma de suspeição e vice-versa. 
Impedimento: são hipóteses em que ensejam a incapacidade ABSOLUTA do juiz de participar do processo. Trata-se de um rol 
TAXATIVO. Ocorrendo uma das situações o juiz DEVE se declarar impedido, mas se não o fizer, as partes podem argui-la. 
Suspeição: são hipóteses SUBJETIVAS, que podem ser que afetem a imparcialidade do juiz. Nestes casos o juiz PODE se declarar 
suspeito (não é uma obrigação), e não o fazendo as partes podem argui-la. Um último detalhe: 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz OU de propósito der 
motivo para criá-la. 
 
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IM
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 Ele próprio ou seu cônjuge ou parente [...] até o 3º grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 
 Nos juízos coletivos (Tribunais), não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes [...] 
até o 3º grau, inclusive. 
 Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o 3º grau, inclusive, 
como defensor ou advogado, órgão do MP, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; 
- Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; 
- Tiver funcionadocomo juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; 
 
S
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P
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 Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo 
caráter criminoso haja controvérsia – Cuidado! Aqui não fala de “consanguíneo até 3º grau...” 
 Se ele, seu cônjuge, ou parente [...] até o 3º grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha 
de ser julgado por qualquer das partes; 
- Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
- Se tiver aconselhado qualquer das partes; 
- Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
- Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
 Nesses casos, a suspeição / impedimento cessará pela dissolução do casamento, SALVO sobrevindo descendentes; 
mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o 
genro ou enteado de quem for parte no processo. 
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for 
aplicável. 
 
Sujeitos 
Processuais
Essenciais
(DEVEM participar)
Juiz MP / Querelante
Acusado e seu 
Defensor
Acessórios
(PODEM participar)
Assistente de 
acusação
Peritos Etc.
       
MINISTÉRIO PÚBLICO 
Quais as funções do MP no processo penal? 
1. Promover, privativamente, a AÇÃO PENAL PÚBLICA 
2. Fiscalizar a execução da lei (custo legis) 
Cuidado! Apesar do que muitos pensam, o papel do MP 
não é sempre de buscar a condenação, pois há hipóteses 
em ele poderá opinar pela absolvição (art. 385) 
Impedimento e Suspeição: aplica-se os mesmos casos dos juízes e também quando o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, 
ou parente [...] até o 3º grau, inclusive. 
STJ (Súmula 234): A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou 
suspeição para o oferecimento da denúncia. 
ACUSADO E SEU DEFENSOR 
ACUSADO 
Pessoa Jurídica pode figurar no polo passivo (ser acusado)? SIM (atualmente STF entende que apenas em crimes ambientais). 
A impossibilidade de identificação do acusado (ex: nome verdadeiro) retarda a AP? NÃO, desde que certa sua identificação física 
Atenção! Condução coercitiva (art. 260): Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou 
qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 
STF (APDF 395/2018): [...] pronunciar a não recepção da expressão "para o interrogatório", constante do art. 260 do 
CPP, e declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de investigados ou de réus para 
interrogatório, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das 
provas obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
DEFENSOR 
A participação do defensor é obrigatória? SIM, pois nenhum acusado será processado ou julgado sem quem o defenda. 
STF (Súmula 523): No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade ABSOLUTA, MAS a sua deficiência só o 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu. 
Defensor pode abandonar processo? NÃO, salvo justo motivo, previamente comunicado ao Juiz, sob pena de responder por 
infração disciplinar perante o órgão correicional competente (art. 265). 
E se o defensor abandonar processo? Acusado será intimado para constituir novo defensor, se assim o quiser, e, na hipótese de 
não ser localizado, deverá ser nomeado defensor público ou advogado dativo para a sua defesa (art. 265, §3º) 
Defensor não compareceu, audiência pode ser adiada? SIM, desde que ausência justificada. Caso não justifique, o Juiz NÃO adiará 
ato algum e nomeará defensor substituto, ainda que provisoriamente para determinado ato. 
STF (HC 165.534): A ausência de defensor, devidamente intimado, à sessão de julgamento não implica, por si só, 
nulidade processual. 
 
D
E
F
E
N
S
O
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Autodefesa
(próprio acusado)
Próprio acusado se defende. Para tanto precisa estar devidamente 
habilitado
Constituído
(acusado nomeia)
É necessário apresentar procuração (mandato)? SIM, salvo se nomeado no 
interrogatório
Dativo
(juiz nomeia)
Defensor dativo pode recusar nomeação? NÃO, salvo motivo relevante
Acusado pode, A QUALQUER TEMPO, nomear defensor ou defender-se
Se não for pobre, o acusado DEVERÁ pagar honorários arbitrados pelo juiz
Defensoria Pública
(manifestadamente pobres)
   
ASSISTENTES (DE ACUSAÇÃO) 
Quem é? Trata-se do ofendido (vítima) ou seu representante legal, que, em uma AÇÃO PÚBLICA pode assistir o MP. Para atuar 
ele deve estar assistido por advogado ou defensor público. 
O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público 
Quando ele pode ser admitido? Em qualquer fase, enquanto não passar em julgado a sentença, ouvido previamente o MP. 
Do despacho que concede ou não a admissão cabe recurso? NÃO, devendo apenas constar dos autos o pedido e a decisão. 
Como se dá a atuação do assistente? 
• Propor meios de prova – juiz decide, ouvido o MP 
• Requerer perguntas às testemunhas 
• Aditar os articulados 
• Participar do debate oral 
• Arrazoar recursos interpostos pelo MP e por ele mesmo 
• Atenção! Requerer prisão preventiva 
PERITOS E INTÉRPRETES 
Para o CPP, peritos e intérpretes são equiparados e devem ser IMPARCIAIS, portanto são aplicáveis a eles as mesmas regras de 
impedimento e suspeição dos juízes. 
• Quem nomeia perito? O juiz, sendo que as partes não intervêm. 
• Perito pode recusar nomeação? NÃO, sob pena de multa, salvo motivo relevante. 
• Pode condução coercitiva de perito? SIM, no caso de não comparecimento sem justa causa 
NÃO PODEM SER PERITOS 
 Quem prestou depoimento ou opinou anteriormente sobre o objeto da perícia 
 Analfabetos e menores de 21 (essa é a literalidade; hoje a regra é 18) 
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA 
 
As prescrições sobre suspeição dos juízes ESTENDEM-SE aos serventuários e funcionários da justiça, no que 
Ihes for aplicável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
      
PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
MEDIDAS CAUTELARES DIFERENTES DA PRISÃO 
 
A medida cautelar deve observar a ADEQUAÇÃO à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do 
indiciado ou acusado, podendo ser aplicadas ISOLADA ou CUMULATIVAMENTE. 
São DECRETADAS pelo juiz [Atenção! Não há mais decretação de cautelar de ofício] 
1) A requerimento das partes 
2) No curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial (delegado) ou a requerimento do MP; 
São REVOGADAS ou SUBSTITUÍDAS pelo juiz: 
1) De OFÍCIO 
2) A pedido das partes 
PRISÃO 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária 
competente, em decorrência de PRISÃO CAUTELAR ou em virtude de condenação criminal TRANSITADA EM JULGADO1. 
 
1STF (ADCs 43, 44 e 54/2019): Foi julgado constitucional o art. 283 do CPP, portanto, o cumprimento da pena somente pode 
ter início com o esgotamento de todos os recursos. Assim, é proibida a execução provisória da pena, salvo nas hipóteses de 
prisão preventiva. 
1STJ (Súmula 643): A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. 
PRISÃO CAUTELAR
Prisão em 
FLAGRANTE
Prisão
PREVENTIVA
Somente em ÚLTIMA hipótese (não for cabível outra medida cautelar)
Prisão 
TEMPORÁRIA
(Lei 7.960)
NÃO é punição, mas medida 
de natureza cautelar 
   
PRISÃO EM FLAGRANTE 
FLAGRANTE 
Art. 301. Qualquer do povo PODERÁ e as autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO prender quem quer que seja 
encontrado em flagrante delito. 
Flagrante Delito (expresso no CPP): 
Flagrante 
Próprio 
• Está cometendo a infração penal 
• Acaba de cometê-la 
Flagrante 
Impróprio 
• É perseguido,logo após, em situação que faça presumir ser autor da infração 
Flagrante 
Presumido 
• É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam PRESUMIR ser ele 
autor da infração 
OUTROS TIPOS DE FLAGRANTE 
CRIMES 
Habituais NÃO cabe prisão em flagrante 
Permanentes Flagrante realizado em QUALQUER momento da execução 
Continuados Flagrante pode ocorrer em QUALQUER dos crimes 
Flagrante 
Esperado 
Autoridade sabe que ocorrerá crime e 
vai até o local onde acontecerá 
VÁLIDO 
Flagrante 
Forjado 
Não há nem fato típico. A autoridade 
“planta” provas para incriminar. 
ILEGAL 
Flagrante 
Diferido 
Autoridade aguarda para ver se obtém 
mais informações antes de prender 
ADMITIDO EM DETERMINADOS CASOS 
Flagrante 
Provocado 
Autoridade incita ao infrator a cometer 
crime (cria todo um ambiente para tal) 
INVÁLIDO 
STF (Súmula 145): Não há crime, quando a preparação do 
flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
     
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
1 
Caso não haja testemunhas: NÃO há impedimento do auto de prisão em flagrante, bastando que o condutor e mais 2 
pessoas assinem que testemunharam a apresentação do preso à autoridade. 
2 
Acusado se recusa / não sabe / não pode assinar o auto de prisão: o auto será assinado por 2 testemunhas que tenham 
ouvido a leitura do auto na presença do acusado 
3 
STF (ADI 6298/23): o preso será encaminhado à presença do juiz das garantias, no prazo de 24h, salvo 
impossibilidade fática, cabendo, excepcionalmente (urgência), o emprego de videoconferência. 
Agente reincidente ou integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito? Juiz 
DEVERÁ denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. 
4 
O que ocorre caso não seja realizada audiência de custódia, sem motivação idônea, no prazo de 24h? 
1) Autoridade que deu causa responde administrativa, civil e penalmente 
2) A autoridade judiciária deverá avaliar se estão presentes os requisitos para a prorrogação excepcional do prazo 
ou para sua realização por videoconferência, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão 
preventiva (STF, ADI 6298). 
 
 
    
PRISÃO PREVENTIVA 
JUIZ 
pode decretar, 
sempre motivada 
 • Requerimento do MP 
• Requerimento do querelante 
• Requerimento do assistente 
• Representação da autoridade policial 
 
Em QUALQUER fase 
da investigação policial 
OU do processo penal 
Muito Cuidado! NÃO cabe mais a prisão preventiva DE OFÍCIO, entretanto: 
STJ (RHC 136.708/21): O POSTERIOR REQUERIMENTO da autoridade policial pela segregação cautelar OU 
manifestação do MP favorável à preventiva SUPREM o vício da inobservância da formalidade de prévio requerimento. 
PRESSUPOSTOS, REQUISITOS E HIPÓTESES 
PRESSUPOSTOS 
MATERIALIDADE 
+ 
INDÍCIOS DE AUTORIA 
REQUISITOS (art. 312) 
a) Garantia da ordem pública, 
b) Garantia da ordem econômica, 
c) Por conveniência da instrução criminal 
d) Para assegurar a aplicação da lei penal 
e) Perigo gerado pelo estado de liberdade 
do imputado 
f) Descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de 
outras medidas cautelares 
HIPÓTESES (art. 313) 
a) Crimes dolosos com pena máx. superior a 4 
anos – crime culposo não tem preventiva! 
b) Condenado por outro crime doloso 
(transitada em julgado), SALVO art. 64, I, CP. 
c) Crime envolve violência doméstica e familiar 
contra mulher, criança / adolescente, idoso, 
enfermo, deficientes 
d) Dúvida sobre a identidade civil, sendo posto 
em liberdade imediatamente após 
identificação, salvo uma das hipótese acima 
A decisão de decretar a preventiva deve ser MOTIVADA e FUNDAMENTADA em receio perigo E existência concreta de FATOS 
NOVOS ou CONTEMPORÂNEOS que a justifiquem. 
NÃO será admitida a preventiva: 
 Com finalidade de antecipação de cumprimento de pena 
 Como decorrência imediata de investigação criminal, ou da apresentação ou recebimento da denúncia 
Art. 314. A prisão preventiva em NENHUM CASO SERÁ DECRETADA se o juiz verificar pelas provas constantes dos 
autos ter o agente praticado o fato nas condições de excludente de ilicitude. 
MOTIVAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a preventiva será MOTIVADA e FUNDAMENTADA. 
Motivação: juiz deverá indicar concretamente a existência de FATOS NOVOS ou CONTEMPORÂNEOS que a justifiquem. 
Fundamentação: NÃO serão consideradas fundamentas as decisões que: 
 Se limita a indicar ato normativo, sem explicação relação com a causa ou questão decidida 
 Emprega conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar motivo concreto no caso 
 Invoca motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão (= genérica) 
 NÃO enfrente todos os argumentos capazes de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada pelo julgador 
 Limita-se a invocar precedente / súmula sem indicar a sua adequação ao caso 
 Deixa de seguir precedente / súmula / jurisprudência invocada pela parte, sem demonstrar a existência de distinção 
no caso em julgamento ou a superação do entendimento 
REVOGAÇÃO 
COMO 
OFÍCIO ou a 
requerimento 
das partes 
QUANDO 
Não há mais 
motivo para que 
ela subsista 
REVISÃO1 
[Novidade 2019] Decretada a preventiva, deve-se revisar 
sua necessidade a cada 90 dias, por decisão fundamentada, 
de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. 
 
1STF (ADI 6581/22): O transcurso do prazo nonagesimal (= 90 dias) NÃO ACARRETA, automaticamente, a revogação 
da prisão preventiva e, consequentemente, a concessão de liberdade provisória. 
1STJ (RHC 153.528/22): Quando o acusado encontrar-se FORAGIDO, NÃO HÁ o dever de revisão ex officio da prisão 
preventiva, a cada 90 dias. 
CONVERSÃO DA PREVENTIVA EM DOMICILIAR 
Para tanto basta um dos seguintes casos (art. 318 e 318-A): 
 Maior de 80 anos Gestante; 
 Extremamente debilitado por doença grave; MULHER com filho de até 12 anos incompletos; 
 Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa 
menor de 6 anos de idade ou com deficiência; 
 HOMEM, caso seja o único responsável pelos cuidados do 
filho de até 12 anos incompletos 
 
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por 
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: 
I - NÃO TENHA cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
II - NÃO TENHA cometido o crime contra seu filho ou dependente. 
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação 
concomitante de outras medidas cautelares. 
LIBERDADE PROVISÓRIA E FIANÇA 
AUSENTES os requisitos que autorizam a preventiva, o JUIZ deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, 
medidas cautelares (art. 319) – fiança é medida cautelar, prevista no inciso VIII e PODE ser acumulada com outras medidas. 
FIANÇA 
Hipótese Quem concede? Qual valor? Dependendo da situação econômica do preso a 
fiança pode ser: 
▪ Dispensada (só juiz, casos do art. 350) 
▪ Aumentada até 1000x 
▪ Reduzida em 2/3 
Infração cuja pena máxima 
não seja superior a 4 anos 
- Autoridade policial 
- Juiz 
1 a 100 salários 
mínimos 
Demais casos 
- Apenas o juiz 
(que decide em 48h) 
10 a 200 salários 
mínimos 
NÃO há necessidade de audiência do MP para concessão da fiança. 
NÃO CABE FIANÇA 
NÃO 
CABE 
FIANÇA 
  Racismo, inclusive “Injúria Racial” – equiparado pela Lei 14.532/23 
 Tortura 
 Tráfico 
 Terrorismo 
 Crimes hediondos 
 Grupos armados (civis ou militares) contra ordem constitucional 
 Prisão civil ou militar 
 Presentes motivos que autorizem a preventiva 
 Se anteriormente tiver havido quebra1 de fiança no mesmo processo 
 
Se concedida em uma 
dessas hipóteses ela 
deverá ser CASSADA 
1Quebra de Fiança 
 Regularmente intimado, deixar de comparecer, sem motivo justoDeliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo 
 Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; 
 Resistir injustificadamente a ordem judicial; 
 Praticar nova infração penal DOLOSA. 
Atenção! 
Como consequência, pode ocorrer 
1 – Perda da METADE do valor da fiança 
2 – Juiz fixa outra medida cautelar 
3 – Juiz determina preventiva 
4 – Impossibilidade de prestar nova fiança 
   
REFORÇO DE FIANÇA 
1) Quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; 
2) Quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, 
3) Quando houver depreciação dos metais ou pedras preciosas; 
4) Quando for inovada a classificação do delito. 
A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na conformidade dos itens acima, não for reforçada. 
DESTINAÇÃO DA FIANÇA 
 
LEI 7.960/89 – PRISÃO TEMPORÁRIA 
Trata-se de uma medida de natureza CAUTELAR, ou seja, não tem o objetivo de punir. Ela visa assegurar o bom andamento 
das investigações, por isso só pode ser decretada durante o INQUÉRITO POLICIAL e por TEMPO DETERMINADO. 
REQUISITOS 
 
Decidiu o STF, na ADI 4.109/2021: a decretação de prisão temporária somente é cabível quando: 
1) for imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
2) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado; 
3) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; 
4) for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado; e 
5) não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas. 
Réu 
ABSOLVIDO
Valor DEVOLVIDO a quem pagou
Réu condenado NÃO 
se apresenta para 
cumprir pena
Pagamento de custas do processo e indenizações. 
Se houver saldo, vai para o FUNDO PENITENCIÁRIO
Réu condenado SE 
APRESENTA para 
cumprir pena
Pagamento de custas do processo e indenizações. 
Se houver saldo, valor devolvido para quem pagou
Requisitos
Imprescindível para as investigações 
do IP
Indiciado sem residência fixa ou 
houver dúvidas quanto sua identidade
Fundadas razões de autoria ou 
participação em...
1. Homicídio DOLOSO
2. Sequestro ou cárcere privado
3. Roubo
4. Extorsão
5. Extorsão mediante sequestro
6. Estupro / Atentado violento ao pudor
9. Epidemia com resultado de morte
10. Quadrilha ou bando
11. Genocídio
12. Tráfico de drogas
13. Crimes contra o Sistema Financeiro
14. Crimes na Lei de Terrorismo
15. Envenenamento qualificado pela morte
OU 
    
PROCEDIMENTO 
 
 
BANCO NACIONAL DE MONITORAMENTO DE PRISÕES – BNMP 
FINALIDADES DO BNMP 
 
 
 
 
 
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Identificar, em tempo real e de forma individualizada, as pessoas privadas de liberdade, procuradas e
foragidas
Verificar se em diferentes comarcas, seções judiciárias ou unidades da Federação foram cumpridas ou
pendem de cumprimento ordens de prisão e se há outros documentos cadastrados em relação à mesma pessoa.
Identificar a natureza jurídica das prisões decretadas e em cumprimento, e o tipo penal atribuído na
investigação, acusação ou condenação
Possibilitar a produção de relatórios de gestão para os membros e servidores do Poder Judiciário
Permitir ao Judiciário a produção de estatísticas sobre o cumprimento das ordens de prisão e da população
prisional
Permitir o cadastramento das vítimas e dos familiares para que estes sejam cientificados do cumprimento
das ordens de prisão e de soltura da pessoa
Permitir a notificação por agente policial e penitenciário para que seja comunicado o cumprimento das ordens
de prisão
Permitir o monitoramento dos prazos da prisão provisória
Permitir a identificação das pessoas privadas de liberdade que devem ser recambiadas para outras unidades
da Federação
Promover a interoperabilidade entre os dados do BNMP 2.0 com o Documento Nacional de Identidade (DNI)
     
PROCEDIMENTO 
P
R
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O
 
1 Juiz expede mandado de prisão, providenciando IMEDIATO registro no BNMP (mantido pelo CNJ). 
2 
QUALQUER agente policial poderá efetuar a prisão, ainda que fora da competência territorial do juiz que expediu 
o mandado. 
A prisão pode ser efetuada por qualquer policial, ainda que não haja registro no CNJ, comunicando ao juiz 
que a decretou. O juiz, por sua vez deve, em seguida, providenciar o registro no BNMP. 
3 
A prisão deve ser IMEDIATAMENTE comunicada ao juiz do LOCAL DO CUMPRIMENTO DA MEDIDA (local da 
prisão). Ele, por sua vez, deve informar ao juízo que a decretou. 
Realizada a prisão, o preso será informado dos seus direitos. Caso não possua advogado, será comunicado 
à Defensoria Pública. 
ABRANGÊNCIA DO BNMP 
O BNMP.2.0 abrangerá TODAS as pessoas privadas de liberdade1 por ordem judicial proferida em procedimentos de natureza 
criminal e civil. Inclui também aquelas procuradas ou foragidas. 
Considera-se privada de liberdade a pessoa: 
1. O preso e o internado provisório 
2. O condenado cumprindo pena em regime fechado, semiaberto ou aberto 
3. Cumpridor de medida de segurança na modalidade internação 
 
O Banco NÃO ALCANÇA 
1. Pessoas que estiverem no cumprimento de medida cautelar diversa da prisão 
2. Condenados monitorados eletronicamente, sem recolhimento, ou prisão domiciliar 
3. Adolescentes apreendidos em razão de ato infracional 
CADASTRO DA PESSOA 
Toda pessoa privada de liberdade, procurada ou foragida será cadastrada no BNMP e receberá um número de registro único, 
denominado Registro Judicial Individual (RJI), no seguinte formato: 
A A N N N N N N N D V 
Ano 7 dígitos sequenciais 
2 dígitos 
verificadores 
A responsabilidade pelo cadastro de pessoa, expedição de documentos, classificação, atualização e exclusão de dados 
no sistema, é EXCLUSIVA dos tribunais e das autoridades judiciárias responsáveis pelo cadastro da pessoa e pela 
expedição de documentos. 
Autoridade Executora: cabe à autoridade responsável pelo cumprimento de mandado de prisão ou de internação, alvará de 
soltura, ordem de liberação e ordem de desinternação, averiguar a autenticidade do doc. e assegurar a identidade da pessoa. 
ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DO SISTEMA 
 
As informações NÃO SIGILOSAS ou RESTRITAS, constantes do BNMP 2.0, serão DISPONIBILIZADAS na 
internet a TODA PESSOA, independente de prévio cadastramento ou demonstração de interesse. Exemplo: 
O Portal de Consulta Pública deverá permitir, também, o cadastramento da vítima, sujeito à validação do órgão judicial, 
permitindo que receba informações relativas à prisão e soltura do agressor. 
      
Acesso por Entidades Públicas: o acesso à base de dados do BNMP deverá ser objeto de termo de cooperação técnica, sendo de 
responsabilidade das entidades públicas o cadastro de identificação de seus usuários e a proteção das informações recebidas 
de natureza sigilosa, reservada ou pessoal. 
Exemplo de consulta realizada: 
 
 
 É VEDADA a comercialização, total ou parcial, dos dados do BNMP 2.0 e a possibilidade de envios de informações NÃO 
CONSTANTES do Portal de Consulta Pública de acesso para bancos de dados geridos por entidades privadas. 
DO EMPREGO DE ALGEMAS (LEI 13.434/07 E LEI 7.210/84) 
LEI 13.434/07 – ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
Uso de algemas VEDADO em: 
• Mulher grávida durante ato médico preparatório para parto e durante o parto 
• Mulher durante o período de puerpério imediato 
LEI 7.210/84 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
No seu art. 199, a Lei de Execução Penal (LEP) diz que o emprego de algemas será disciplinado por DECRETO FEDERAL. Trata-
se do Decreto 8.858/16. Apesar de não ser diretamente citado no edital pela FGV, vou colocá-lo aqui por segurança, já que é um 
texto bem tranquilo e pequeno. 
 
O emprego de algemas terá como diretrizes: 
• O art. 1º, III (dignidade da Pessoa humana) da CF/88 
• O art. 5º, III (vedação ao tratamento desumano e degradante) da CF/88 
• A Resolução nº 2010/16 da ONU (tratamento de mulheres presas) 
• Pacto de SanJosé da Costa Rica (tratamento humanitário de presos) 
 
PERMITIDO o emprego de algemas APENAS em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou 
de perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, JUSTIFICADA 
a sua excepcionalidade por escrito. 
 
AUTO DE RESISTÊNCIA E RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 02/2015 
AUTO DE RESISTÊNCIA – ART. 292 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
 
Quando é aplicável? Na hipótese de haver, ainda que por parte de terceiros, RESISTÊNCIA à prisão em 
flagrante ou à determinada por autoridade competente. 
O que é? É o uso dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se 
lavrará auto subscrito também por 2 testemunhas. 
 
 
RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 02/2015 (CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA) 
A Resolução define os procedimentos internos a serem adotados pelas polícias judiciárias em face de ocorrências em que haja 
resultado lesão corporal ou morte decorrentes de oposição intervenção policial – basicamente disciplina o Auto de Resistência. 
 
 
Os dirigentes dos órgãos de polícia judiciária providenciarão para que as ocorrências sejam registradas com a 
classificação "lesão corporal ou homicídio decorrente de oposição à intervenção policial" – não pode haver 
genericamente o termo “Auto de Resistência”. 
PROCEDIMENTO BÁSICO 
Havendo resistência à legítima ação policial: 
 
DELEGADO verifica se houve uso MODERADO dos meios necessários para defender-se ou vencer a resistência. 
Os fatos serão noticiados preferencialmente ao delegado da “Delegacia de Crimes contra a Pessoa” ou repartição 
da polícia judiciária (federal ou civil) com atribuição assemelhada. 
 
Ofensa à integridade corporal ou à vida? Instaura-se imediatamente inquérito policial, com tramitação prioritária. 
Resultado morte? Delegado deverá requisitar o exame periciado local, independentemente da remoção de pessoas e 
coisas. É obrigatória a juntada do laudo necroscópico aos autos do IP. 
 Comunica-se a instauração do IP ao Ministério Público e à Defensoria Pública, bem como à corregedoria da polícia 
 
O delegado poderá requisitar a apresentação dos policiais envolvidos, bem como de todos os objetos que possam 
interessar à investigação, sob pena de responsabilidade administrativa e criminal em caso de descumprimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
      
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
CITAÇÕES 
O que é citação? é o ato processual que dá ciência ao acusado de que houve uma denúncia ou queixa a ele endereçada e o chama 
a se defender. Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. 
 
Atenção! O comparecimento espontâneo do acusado sana eventual nulidade ou falta da citação, desde que não tenha 
havido prejuízo para a defesa. 
INTIMAÇÕES 
O que é intimação? São diversas ao longo do processo e ocorrem sempre que for necessário comunicar / dar ciência a alguém 
(acusados, testemunhas, etc.) da prática de um ato processual. Aplicam-se as mesmas regras das citações, no que couber. 
Intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente: feita mediante publicação em Diário Oficial. 
Atenção, pois o defensor nomeado e o MP serão intimados pessoalmente (pelo escrivão), dispensando-se publicação. 
Se na localidade não há Diário Oficial: intimação feita diretamente pelo escrivão, por mandado, OU via postal com 
comprovante de recebimento, OU por qualquer outro meio idôneo. 
 
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IT
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Citação por 
MANDADO 
(regra)
Réu localizado na 
jurisdição do juiz
Citação por Carta 
PRECATÓRIA
Réu localizado fora do 
território de jurisdição
Réu encontrado? Faz-se a citação e DEVOLVE-SE a 
carta ao juiz deprecante (= aquele que enviou a 
carta)
Verificou-se que o réu não reside na jurisdição: 
juiz NÃO devolve a carta, mas a remete ao juízo 
do local onde o réu de fato reside
Citação por Carta 
ROGATÓRIA
Réu no estrangeiro, com 
endereço CONHECIDO. 
Se não conhecido = edital
Citação 
PESSOAL
Réu PRESO
Funcionário público - data e 
hora comunicadas ao chefe
Citação por 
REQUISIÇÃO
Feita ao militar, por 
intermédio do superior
Citação por 
EDITAL
(prazo de 15 dias)
Réu NÃO 
ENCONTRADO
Réu foi citado, mas NÃO compareceu nem constituiu 
advogado? Processo e prazo prescricional suspensos. 
Além de determinar a produção antecipada das provas 
urgentes, pode-se decretar a prisão preventiva.
STF (Súmula 351): é nula a citação por edital de 
réu preso na mesma unidade da federação em 
que o juiz exerce a sua jurisdição.
STF (Súmula 366): não é nula a citação por edital 
que indica o dispositivo da lei penal, embora não 
transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os 
fatos em que se baseia
Citação com 
HORA CERTA
Réu se OCULTA 
para não ser 
citado
Réu foi citado, mas NÃO compareceu nem constituiu 
advogado? Nomeia-se um defensor dativo
       
RECURSOS EM ESPÉCIE 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 O Ministério Público NÃO PODERÁ DESISTIR de recurso que haja interposto. 
 Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. 
 O recurso será interposto por petição OU por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante. 
 Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos funcionários, não tiverem seguimento OU não 
forem apresentados dentro do prazo. 
 Concurso de Agentes: a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter 
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
 O recurso poderá ser interposto pelo MP, OU pelo querelante, OU pelo réu, seu procurador ou seu defensor. NÃO SE 
ADMITIRÁ, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. 
 Regra: recursos serão VOLUNTÁRIOS (exigem manifestação da parte) 
Exceção: casos em que deverão ser interpostos, de ofício, PELO JUIZ: 
• Da sentença que conceder Habeas Corpus 
• Da que absolver desde logo o réu, fundada na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena 
APELAÇÃO – ARTS. 593 A 606 
 
• Em REGRA, a apelação da sentença condenatória tem efeito suspensivo. 
• As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em relação a parte dele. 
• Prazos para oferecer razões após assinado o termo de apelação: 
a) Primeiramente 08 dias para o APELANTE – 03 dias se contravenção 
b) Depois 08 dias para o APELADO – 03 dias se contravenção 
c) Se houver assistente, 03 dias, após o MP 
C
A
B
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Caberá apelação no prazo de 5 dias
(Defensoria Pública tem prazo em dobro)
Contra a sentença de IMPRONÚNCIA ou de 
absolvição sumária
Sentenças definitivas de condenação ou 
absolvição proferidas por JUIZ SINGULAR
Decisões definitivas, ou c/ força de definitivas, 
por JUIZ SINGULAR quando não couber RESE
Decisões do 
TRIBUNAL DO JÚRI, quando
Ocorrer nulidade posterior à pronúncia
Sentença do juiz-presidente contrária à lei
ou à decisão dos jurados
Erro ou injustiça na aplicação da pena ou 
medida de segurança
Decisão dos jurados manifestamente 
contrária à prova dos autos
     
JURISPRUDÊNCIAS 
STJ (Súmula 347): O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão. 
STF (Súmula 705): A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o 
conhecimento da apelação por este interposta. 
STF (Súmula 708): É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o 
réu não foi previamente intimado para constituir outro. 
STF (Súmula 713): O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua 
interposição. 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE) 
 
C
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Decisão, despacho ou
sentença que:
NÃO receber a denúncia ou a queixa - da que recebe a denúncia cabe HC!
Concluir pela INCOMPETÊNCIA do juízo
Julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição
PRONUNCIAR o réu- Pegadinha! De impronúncia cabe Apelação
Conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança
Indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la1
Conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante
Denegar a apelação ou a julgar deserta
Decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade
Conceder ou negar a ordem de HC
Julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor
Conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena
Conceder, negar ou revogar livramento condicional
Anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte
Incluir / excluir jurado na lista
Ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial
Decidir sobre a unificação de penas
Decidir o incidente de falsidade
Decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado
Impuser medida de segurança por transgressão de outra
Mantiver ou substituir a medida de segurança
Revogar a medida de segurança
Deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei a admita
Converter a multa em detenção ou em prisão simples
Quando couber Apelação, 
NÃO se admite RESE, ainda 
que se recorra apenas de 
parte da decisão. 
Despenca! Prazo 
para interposição 
do RESE = 5 dias 
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CARTA TESTEMUNHÁVEL 
 
Dar-se-á carta testemunhável: 
1. Da decisão que denegar o recurso 
2. Da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem 
A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, nas 48h seguintes 
ao despacho que denegar o recurso. 
REVISÃO CRIMINAL 
 
EMBARGOS 
 
REVISÃO 
CRIMINAL
Cabimento
Sentença condenatória CONTRÁRIA ao texto da lei penal ou à evidência dos autos
Sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos
COMPROVADAMENTE falsos
Quando, APÓS a sentença, se descobrirem novas provas de INOCÊNCIA ou de
circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena
Procedimento
Quando? A revisão poderá ser requerida em QUALQUER TEMPO, ANTES da extinção
da pena ou APÓS.
Obs: Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
Quem? A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu OU por procurador habilitado
OU, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
STF (Súmula 393): Para requerer revisão criminal, o condenado não é obrigado a
recolher-se à prisão.
Processo e julgamento:
STF: quanto às condenações por ele proferidas
Tribunal Federal de Recursos, TJ ou de Alçada: nos demais casos 
Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser revista, o
presidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
Resultado
Julgando PROCEDENTE, tribunal poderá: alterar a classificação da infração, absolver
o réu, modificar a pena ou anular o processo.
★ De qualquer maneira, NÃO PODERÁ ser agravada a pena.
O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa
indenização pelos prejuízos sofridos.
EMBARGOS
INFRINGENTES E 
DE NULIDADE
➤ Quando: não for unânime a decisão de segunda
instância, DESFAVORÁVEL AO RÉU
➤ Prazo para oposição: 10 dias, contados da publicação
Infringentes: sobre o MÉRITO
De Nulidade: sobre a FORMA processual
DE DECLARAÇÃO
➤ Opostos aos acórdãos dos Tribunais de Apelação,
câmaras ou turmas
➤ Quando: sentença ambígua, obscura, contraditória ou
omissa
➤ Prazo para oposição: 2 dias, contados da publicação
NÃO possui efeito suspensivo 
     
HABEAS CORPUS 
Velando sempre pela eficiência, ao analisar os recursos em espécie mais cobrados, fica muito claro que (e não poderia ser diferente) 
o Habeas Corpus é, DE LONGE, o que tem maior incidência. Os demais como o RESE, a Apelação, os Embargos Infringentes, etc. 
são bem menos cobrados, portanto não entrarei nos meandros destes. Uma leitura da lei seca é suficiente. 
O que é o HC? O habeas corpus é um sucedâneo recursal externo, ou seja, apesar de aparecer no capítulo referente aos recursos, 
ele NÃO É UM RECURSO, tratando-se de um meio de impugnação de uma decisão judicial. É, pois, uma AÇÃO AUTÔNOMA. 
Art. 5º, LXVIII, CF - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém SOFRER (HC repressivo) ou se ACHAR ameaçado 
de sofrer (HC preventivo) violência ou coação em sua LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO, por ilegalidade ou abuso de 
poder; 
TIPOS DE HC 
HC REPRESSIVO: é o HC liberatório, ou seja, a pessoa já se encontra presa sendo seu objetivo “soltá-la”. Conforme o art. 660 do 
CPP, terminadas as diligências e interrogado o paciente, o juiz decidirá em 24 horas. Se a decisão for favorável ao paciente, ele 
será posto em liberdade imediatamente, SALVO se por outro motivo dever ser mantido na prisão. 
HC PREVENTIVO: neste caso a pessoa não está “presa”, mas se acha ameaçada de ter seu direito tolhido. Para que a ação seja 
possível, é preciso que esse risco seja CONCRETO, ou seja, mero temor/suspeita não viabiliza a ação. Quando concedido o HC, 
diz-se que o juiz expediu um SALVO-CONDUTO. 
SUJEITOS 
IMPETRANTE 
Trata-se da pessoa (inclusive pessoa 
jurídica!) que ajuíza a ação em favor de 
alguém ou dela mesma. 
NÃO se exige capacidade postulatória, 
ou seja, literalmente QUALQUER 
pessoa pode impetrar (analfabeto, 
estrangeiro, Ministério Público, 
doentes, inimputáveis, etc.) 
PACIENTE 
É a pessoa (sempre pessoa FÍSICA) em 
favor da qual se impetra a ação. 
Em outras palavras, é aquele que está 
tendo sua liberdade de locomoção 
violada. 
COATOR 
É contra quem se impetra a ação. Pode 
ser uma autoridade (juiz por exemplo) 
e até mesmo um particular 
Obs: juízes e tribunais não impetram HC, mas podem concedê-lo de ofício. 
CABIMENTO 
Os casos em que se considera ilegal a privação da liberdade de locomoção são (art. 648): 
1) NÃO houver justa causa; 
2) Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; 
3) Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; 
4) Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; 
5) Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; 
6) Quando o processo for manifestamente nulo; 
7) Quando extinta a punibilidade. 
RECURSOS CABÍVEIS 
Conforme a CF/88, são cabíveis os seguintes recursos em habeas corpus: 
1. Decisão de Juiz de primeiro grau: cabe RESE para Tribunal 
2. Decisão de TJ ou TRF: cabe RO para STJ 
3. Decisão de Tribunal Superior ou do STF: cabe RO para o STF 
    
DA GRAÇA, DO INDULTO, DA ANISTIA E DA REABILITAÇÃO 
GRAÇA INDULTO ANISTIA 
Relacionado a PESSOAS Relacionado a PESSOAS Relacionado a FATOS 
Por DECRETO do Presidente da Rep. 
(delegável a outras autoridades) 
Por DECRETO do Presidente da Rep. 
(delegável a outras autoridades) 
Por LEI 
Extingue os efeitos primários da 
condenação, mantendo os efeitos 
secundários penais ou extrapenais 
Extingue os efeitos primários da 
condenação, mantendo os efeitos 
secundários penais ou extrapenais 
Extingue efeitos penais (primários e 
secundários), mantendo os efeitos civis 
Depende de provocação NÃO depende de provocação Pode ou não exigir condições pessoais 
Após o trânsito em julgado Após o trânsito em julgado 
Pode ser concedida antes ou depois do 
trânsito em julgado 
Individual Coletivo (não há destinatário certo) - 
Via de regra abrange crimes comuns Via de regra abrange crimes comuns Via de regra abrange crimes políticos 
 
Reabilitação: requerida ao JUIZ DA CONDENAÇÃO, após o decurso de 4 ou 8 anos, pelo menos, conforme se trate de condenado 
ou reincidente, contados do dia em que houver terminado a execução da pena principal ou da medida de segurança detentiva. 
• Da decisão que CONCEDE, haverá recurso de ofício; 
• Caso seja INDEFERIDA, o condenado NÃO poderá renovar pedido senão após 2 anos; 
• Condenações anteriores NÃO serão mencionadas na folha de antecedentes;

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