Aula 10 medição da produtividade HOC

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Gerenciamento da 
Construção Civil
Prof. Henrique Coelho
Medição de Produtividade 
Gerenciamento da 
Construção Civil
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•Produção: processo pelo qual se transforma a matéria prima (inputs) em 
produtos (outputs) (Koskela, 1992); 
•Produto: aquilo pelo que o cliente está disposto a realizar um esforço para 
adquiri-lo (Koskela, 1992); 
•Eficácia: capacidade de realizar a(s) tarefa(s) determinada(s)(Formoso, 
1999);
•Eficiência: capacidade de realizar a(s) tarefa(s) dada(s) otimizando os 
recursos disponíveis (Formoso, 1999);
•Desempenho: relação entre o grau efetivamente atingido e o grau 
estabelecido de um objetivo (Corrêa, 1987) 
•Objetivo: é um estado de determinado sistema que algum indivíduo, 
grupo ou classe tem interesse que seja atingido ou que nele se permaneça 
(Corrêa, 1987) 
Conceitos básicos
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•Produtividade: vários conceitos
•Engenheiro de produção Taylorista: “quantidade produzida por unidade de 
tempo”.
•Administrador de Empresas: “relação entre o lucro e o investimento total”.
•Câmara Brasileira da Indústria da Construção: “relação entre produtividade 
do trabalho e produtividade do capital”.
•Teorias gerenciais modernas: “relação entre produto e insumo, que envolve 
lucratividade, eficiência e valor, sendo vital para a sobrevivência das 
empresas em mercados cada vez mais competitivos”.
Conceitos básicos
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•Produtividade
•Segundo Souza (1998), produtividade é a eficiência em se transformar 
entradas em saídas num processo produtivo. 
Conceitos básicos
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•Produtividade
•Quando se trata do processo de produção da construção civil, a 
produtividade pode ser analisada em função do tipo de insumo de entrada:
�Físico – quando se trata de materiais, equipamentos e mão-de-obra;
�Financeiro – quando a análise recai sobre a quantidade de dinheiro 
demandada;
�Social - quando o esforço da sociedade como um todo é considerado um 
recurso inicial;
Conceitos básicos
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•Delimitações
�Construção Civil;
�Engenharia Civil;
“eficiência do processo de transformação 
dos insumos em produtos (parciais – finais)” 
�Uso intensivo de mão-de-obra e materiais;
�Baixa taxa de utilização de equipamentos;
“eficiência no consumo de materiais e mão-de-obra na 
transformação em produtos” 
Produtividade
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“eficiência no consumo de materiais e mão-de-obra na 
transformação em produtos” 
Produtividade
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•Para que medir? Não é um fim em si próprio.
Orçamentos: informação - investimento x lucro;
Planejamento: programação de recursos, estimar 
prazos;
Retroalimentação: Subsídios para tomada de 
decisão;
Melhoria: treinamento, qualificação, refinamento 
do processo, mudança de tecnologia; 
Produtividade
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•Para que medir? 
Conhecer a capacidade produtiva da empresa;
Melhorar os resultados da empresa; 
Produtividade
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•Avaliar a relação entre o consumo de insumos e 
produtos gerados 
�Insumos:
�mão de obra;
�material;
� produtos:
�Quantidade de serviço executado;
�Atividade concluída;
Medição de Produtividade
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•Como é a medição de produtividade na CC? 
�Coleta de dados não é sistematizada;
�Não são utilizados indicadores padrão;
�Os indicadores mais comuns são os financeiros;
�Os processos executivos não são padronizados 
(Programas da Qualidade – ISO);
� Utilização de indicadores de referência (TCPO e etc) 
Medição de Produtividade
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•Como medir a produtividade?
�Utilização de um sistema de coleta de dados para 
quantificação de serviços e consumo de insumos 
visando a identificação da produtividade;
�Utilização de indicadores ;
�Análise por serviço (ex. Alvenaria – montagem de forma)
Medição de Produtividade
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•Como medir a produtividade?
Mão-de-obra x Materiais; 
�Materiais: 
�análise própria;
�Envolve a comparação entre as quantidades previstas 
em projeto e o efetivamente adquirido ou o 
efetivamente incorporado;
�será abordado nas próximas aulas;
Mão-de-obra
Medição de Produtividade
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•Principais Métodos (Souza, 1996)
�Expedita;
�Cartão de Produção;
�Amostragem do Trabalho/Observação 
instantânea; 
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Medição Expedita
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•Medição expedita
�Utiliza valores globais:
�Fixa-se o tamanho da equipe
�Quantidade total do serviço / Tempo Total Gasto
Exemplo:
equipe composta por 2 pedreiros e um servente
50 m2 de alvenaria
tempo total gasto: 16 horas
Equipe: Produtividade: 0,32 h/m2
Pedreiro: Produtividade: 0,16 hh/m2
Servente: Produtividade: 0,32 hh/m2
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•Não confundir produção unitária do operário com 
produtividade 
Produtividade
Equipe: Produtividade: 0,32 h/m2
Pedreiro: Produtividade: 0,16 hh/m2
Servente: Produtividade: 0,32 hh/m2
Produção unitária
Equipe: produção: 3,12 m2/h
Pedreiro: Produtividade: 1,56 m2/h
Servente: Produtividade: 3,12 m2/h
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Medição utilizando 
Cartão de Produção
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•Cartão de Produção
Objetivo: medir a produção de cada operário ou de uma 
equipe em um determinado período ou por conclusão de 
etapas;
�Mede a produção da M.O. em atividades específicas;
�Deve ser aplicado em períodos relativamente longos;
�É simples e de baixo custo;
�Pode ser utilizado para o pagamento de prêmios;
�Não identifica causas, no caso de períodos de 
alta/baixa produtividade; 
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•Cartão de Produção
Controle por período
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•Cartão de Produção
Controle por conclusão de evento
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•Cartão de Produção
�O que é necessário?
�Observador/anotador;
�Cartões de produção
�Croquis
�Mapa de acompanhamento;
�Gráfico de controle;
Medição de Produtividade
O Cartão de 
Produção
Ciclos de produção;
Cada cartão = 1 
medição;
Cabeçalho;
Medições anteriores;
Croqui;
% executado;
Serviços não 
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•Exemplo de Cartão de Produção
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•Exemplo de mapa de acompanhamento
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•Exemplo de Gráfico de Controle
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•Exemplo de Gráfico de Controle
Medição de Produtividade
Dados de produção diária.
Identificação de anomalias;
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Prof. Henrique Coelho•Comparação de resultados (mesma obra - características do 
processo)
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•Comparação de resultados por serviços (entre empresas)
�Alvenaria e revestimento de fachada
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Medição por amostragem do 
trabalho
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•Amostragem do Trabalho
Objetivo: avaliar como são gastos os tempos da M.O.
�Baseado em observações instantâneas;
�É simples e de baixo custo;
�Necessita de pequeno treinamento do observador;
�Adapta-se a situações variáveis e a equipes 
espalhadas; 
�Não avalia o desempenho global da equipe.
�É inadequado para tarefas concentradas 
(concretagem);
�Possibilita análise qualitativa;
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•Amostragem do Trabalho
Classificação das atividades:
�Tempos produtivos: são aqueles em que a atividade 
agrega valor ao produto (atividades de conversão);
�Tempos auxiliares: não agregam valor , mas são 
necessários para permitir a realização das atividades 
produtivas;
�Tempos improdutivos: não agregam valor e nem apóiam 
as atividades produtivas; 
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•Amostragem do Trabalho
�A divisão de tempos está intimamente ligada a atividade 
executada;
�Em geral, 1/3 do tempo para cada atividade;
�Deve-se definir antecipadamente os intervalos de 
observação
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•Amostragem do Trabalho
Atividades improdutivas:
�Evitáveis – ocasionadas por falta de domínio do processo;
�Falhas de plan. Dimensionamento inadequado de equipes;
�Inevitáveis – ocasionadas por causas imprevisíveis;
�Chuvas;
�Ociosas – inatividade dos operários (intencional ou não);
�Cigarro, “cera”;
�Necessidade de descanso;
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•Amostragem do Trabalho
�Número de observações mínimas:
�Depende de tratamento estatístico;
�Quanto maior o intervalo de confiança desejado, maior o 
número de observações necessárias;
�Quanto menor a margem de erro admissível, maior o 
número de observações necessárias; 
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•Exemplo de planilha
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•Análise dos dados quantitativos/qualitativos
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•Resumindo: 
�São três as principais técnicas utilizadas:
�Medição expedita;
�Medição utilizando cartão de produção;
�Medição por amostragem de trabalho;
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•Características desejáveis de um sistema de 
quantificação de serviços: 
�simplicidade;
�padronização dos dados (entrada e saída);
�detalhamento compatível com o controle da obra; 
�seleção de atividades a observar;
�registros claros e objetivos;
�Uso de indicadores;
Medição de Produtividade
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Por quê a produtividade varia
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Por quê a produtividade varia
•Quanto a Hierarquia dos fatores: 
�Intra Canteiro – tamanho da equipe, temperatura, 
umidade relativa, fornecimento de materiais, posição;
�Inter Canteiros – tamanho e tipo da obra, grau de 
mecanização, requisitos de qualidade, tipo de contratos;
�Regionais – habilidade da força de trabalho, nível de 
emprego;
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Por quê a produtividade varia
•Ligados ao conteúdo: 
�Alvenaria– tamanho dos componentes, peso do 
componente, altura da parede, forma da parede;
�Formas – material, tamanho, peso; sistema de fixação, 
sistema de escoramento;
�Armação – diâmetro, comprimento, e número de 
dobras;
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Por quê a produtividade varia
•Ligados ao contexto da obra
�Condições meteorológicas – (estação);
�Formação e tamanho das equipes;
�Motivação do pessoal;
�Forma de pagamento;
�etc
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Por quê a produtividade varia
•Anormalidades
�Chuva torrencial;
�Falta de material;
�Falta de equipamento;
�Absenteísmo;
�Etc;
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Por quê avaliar a produtividade?
•Conhecer o desempenho e os fatores que 
influenciam o desempenho, proporcionando 
oportunidade de:
�Identificação de perdas
�Melhoria dos processos;
�Escolha da melhor tecnologia;
�Previsão de desempenhos futuros;
�Melhores possibilidades de planejamento;
�Ganhos Gerais
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Para próxima aula...
Ler e preparar resumo para discussão do artigo:
“Operacionalização da Medição de 
Produtividade na Construção Civil através da 
técnica de observação instantânea”
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Nas próximas aulas...
•Como medir produtividade em atividades de 
fluxo?
•Como melhorar os processos produtivos;
•Como reduzir perdas;
•Como escolher tecnologias;
•Introdução à Gestão da Qualidade.
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•FORMOSO, C. T. termo de Referência para o Planejamento e Controle da Produção 
em Empresas Construtoras. Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil, 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1999.
•KOSKELA, L . Application of the New Production Philosophy to Construction. Salford: 
Center for Integrated Facility Engineering, 1992 (CIFE Technical Reporte, n. 72)
•CORRÊA, A. C.; FLEURY, N. V. . Organização do Trabalho. São Paulo: Atlas, 1987.
•COSTA, D. B. Diretrizes para concepção, implementação e uso de sistemas de 
indicadores de desempenho para empresas de Construção Civil. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia Civil) Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil, 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. 
•SOUZA, U.E.L. de. Metodologia para o estudo da produtividade da mão-de-obra no 
serviço de fôrmas para estruturas de concreto armado. São Paulo 280p. Tese 
(Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 1996.
•SOUZA, U.E.L. Produtividade e custos dos sistemas de vedação vertical . Tecnologia 
e gestão na Produção de edifícios: vedações verticais. PCC-EPUSP, São Paulo. Pp. 237-
48 (1998).
Bibliografia