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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS PROF. Me. BRENO MACEDO 1 ‘’ANSIEDADE NORMAL X PATOLÓGICA’’ • A ansiedade é uma emoção humana normal; • Ansiedade patológica: sentimentos de medo ou temor que estão fora de foco ou fora de escala se comparado com a ameaça percebida. 2 ANSIEDADE X MEDO • O medo é uma emoção, uma reação subjetiva à experiência e está associado a mudanças fisiológicas e comportamentais; envolve uma resposta adaptativa a uma ameaça real e geralmente transitória (PAPALIA; FELDMAN, 2013).013, 3 ANSIEDADE X MEDO • A ansiedade é uma experiência complexa que envolve estados fisiológicos e cognitivos relacionados à situação de ameaça, expectativa e antecipação de eventos negativos (RAMOS, 2007). 4 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • DSM-5 : os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade adaptativos por serem excessivos ou persistirem além de períodos típicos de desenvolvimento. 5 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • Estão vinculados a importantes comorbidades; • Podem ser compreendidos como uma família de transtornos relacionados, embora sejam distintos. 6 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • Transtorno de ansiedade generalizada (estado permanente de ansiedade excessiva em que falta uma razão ou um foco definido); • Transtorno de ansiedade social (medo de estar e de interagir com outras pessoas); 7 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • Transtorno de estresse pós-traumático (ansiedade desencadeada pela recordação de experiências prévias estressantes); • Transtorno de pânico (ataques súbitos de medo); • Entre outros. 8 NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE • O locus coeruleus, estrutura do tronco encefálico, é um centro importante para atenção e, portanto, para muitas funções cognitivas. • Maioria dos neurônios noradrenérgicos do encéfalo está agrupada nesse pequeno núcleo. 9 NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE • Assim, supõe-se que a hiperatividade dos neurônios noradrenérgicos esteja estreitamente relacionada aos estados de ansiedade. 10 NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE • O hipocampo e a amígdala são estruturas cerebrais que estão diretamente envolvidas com o aprendizado, com as memórias e com as emoções. 11 NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE • A amígdala apresenta grande diversidade de neurotransmissores (NA, 5- HT, ACh, GABA...) 12 NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE • Um dos neurotransmissores-chave implicado na ansiedade e na ação ansiolítica de muitas medicações utilizadas para tratar os transtornos de ansiedade é o GABA. 13 NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE • GABA exerce importante papel na regulação da redução da atividade de diversos neurônios. 14 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • Tratamento não farmacológico: - Psicoterapia; - Atividades físicas; - Adequada alimentação. 15 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • Tratamento farmacológico: - Benzodiazepínicos (agudo); - Buspirona; - Antidepressivos; - Entre outros. 16 TRATAMENTO AGUDO DA ANSIEDADE • Os fármacos mais usados são agentes ansiolíticos ou sedativos, por via oral; • Exemplos: benzodiazepínicos (BDZ). 17 FÁRMACOS SEDATIVOS-HIPNÓTICOS • Um fármaco sedativo diminui a atividade, modera a excitação e acalma a pessoa que o recebe; • Fármaco hipnótico produz sonolência e facilita o início e a manutenção do sono. 18 BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ) • Utilizados para o tratamento agudo da ansiedade. 19 Clonazepam (Rivotril®) Diazepam (Valium®) Alprazolam (Frontal®) MECANISMO DE AÇÃO • Os benzodiazepínicos atuam seletivamente nos receptores GABAA, que medeiam a transmissão sináptica inibitória através do sistema nervoso central. 20 21 MECANISMO DE AÇÃO • Os benzodiazepínicos aumentam a resposta do GABA ao facilitar a abertura dos canais de cloro ativados pelo GABA; • Eles se ligam especificamente a um ponto regulador do receptor, distinto dos pontos do GABA para aumentar a afinidade do GABA pelo receptor. 22 MECANISMO DE AÇÃO • Ácido gama-aminobutírico (GABA): principal neurotransmissor inibitório do SNC; • O neurotransmissor GABA diminui a função neural; • Ao ligar-se ao seu receptor (receptor ionotrópico GABAA),o GABA promove abertura dos canais para cloreto aos quais se liga; • A entrada de cloreto nos neurônios dificulta a transmissão neuronal. 23 BDZ – EFEITOS FARMACOLÓGICOS • Os principais efeitos dos benzodiazepínicos são: - Redução da ansiedade; - Indução do sono; - Redução do tônus muscular; - Efeito anticonvulsivante; - Amnésia. 24 BDZ – USOS TERAPÊUTICOS • Transtornos de ansiedade; • Insônia; • Pré-medicação anestésica; • Distúrbios convulsivos; • Entre outros. 25 BDZ – EFEITOS ADVERSOS • Sonolência e confusão mental são os mais comuns; • Podem ocorrer comprometimento cognitivo e motor; • Os benzodiazepínicos são fármacos seguros. 26 BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ) • O uso prolongado de BZD pode causar risco de tolerância e dependência! • Tolerância (o aumento gradual da dose necessária para produzir o efeito desejado). 27 28 PRINCIPAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Álcool (!); • Antidepressivos; • Outros depressores do SNC. 29 BDZ - FARMACOCINÉTICA • Os benzodiazepínicos são bem absorvidos quando administrados oralmente, atingindo normalmente o pico de concentração plasmática em cerca de 1 hora. • Vias de adm: oral, intravenosa, intramuscular. 30 BDZ - FARMACOCINÉTICA • Os benzodiazepínicos são todos metabolizados CYP hepáticas e eventualmente excretados na urina. 31 CONTRAINDICAÇÕES • Todos os benzodiazepínicos atravessam a barreira placentária e podem deprimir o SNC do feto se administrados durante a gravidez; • Os lactantes também são expostos aos benzodiazepínicos pelo leite materno; • Etilistas e dependentes químicos de outros depressores do SNC. 32 BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ) • Medicamentos de controle especial: Portaria nº 344/98 ANVISA. 33 BARBITÚRICOS 34 Fenobarbital (Gardenal®) Tiopental (Thiopentax®) BARBITÚRICOS • Já foram extensamente usados como sedativo-hipnóticos. • Foram em grande parte substituídos por benzodiazepínicos (muito mais seguros).. 35 MECANISMO DE AÇÃO • Assim como os benzodiazepínicos, os barbitúricos intensificam a ligação do GABA com os receptores GABAA. 36 FARMACOCINÉTICA • Para uso sedativo-hipnótico, os barbitúricos são habitualmente administrados por via oral; • A via intravenosa habitualmente é reservada para o tratamento do estado epiléptico (fenobarbital sódico) ou para a indução e/ou manutenção de anestesia geral (p. ex., tiopental ou metoexital). 37 FARMACOCINÉTICA • Os barbitúricos distribuem-se amplamente e cruzam prontamente a placenta; • Exceto pelos menos lipossolúveis aprobarbital e fenobarbital, o metabolismo quase completo no fígado precedem a sua excreção renal. 38 INDICAÇÕES • Devido à existência de fármacos mais seguros, não são usados como ansiolíticos; • Eventualmente podem ser usados como anestésico. 39 CONTRAINDICAÇÕES • Gestantes e lactantes; • Etilistas e dependentes químicos de depressores do SNC. 40 EFEITOS ADVERSOS • Em baixas doses: sedação; • Doses elevadas: hipnose, anestesia, coma e morte; • Sonolência, depressão respiratória, diminuição da frequência cardíaca; • Também causa dependência. 41 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Álcool (!); • Antidepressivos; • Anti-histamínicos; • Outros depressores do SNC. 42 FÁRMACOS HIPNÓTICOS • Os hipnóticos nessa classe são comumente chamados de “compostos Z”. • Eles incluem zolpidem, zaleplona, zopiclona. 43 FÁRMACOS HIPNÓTICOS • Durante a última década, os compostos Z substituíram amplamente os benzodiazepínicos no tratamento da insônia; • Em comparação com os benzodiazepínicos, os compostos Z são menos eficazes como anticonvulsivantes ou relaxantes musculares. 44 ZOLPIDEM • O zolpidem é um fármaco sedativo-hipnótico não benzodiazepínico. 45 ZOLPIDEM • Suas ações se devam a efeitos agonistas sobre os receptores GABAA; • Ele é tão eficaz quanto os benzodiazepínicosem diminuir a latência do sono e em prolongar o tempo de sono total em pacientes com insônia. 46 ZOLPIDEM - FARMACOCINÉTICA • O zolpidem é prontamente absorvido a partir do trato gastrintestinal; • O metabolismo hepático de primeira passagem resulta em uma biodisponibilidade oral de cerca de 70%. 47 ZOLPIDEM - FARMACOCINÉTICA • O zolpidem tem uma meia-vida de cerca de 2 h, suficiente para cobrir a maior parte de um período típico de 8 h de sono e é atual mente aprovado apenas para uso ao deitar. • Metabolismo hepático e excreção renal. 48 BUSPIRONA 49 BUSPIRONA • A buspirona é usada para tratar os distúrbios de ansiedade generalizada. • É menos eficaz no controle dos ataques de pânico ou nos estados de ansiedade graves. 50 BUSPIRONA - MECANISMO • A buspirona é um agonista parcial dos receptores serotoninérgicos 5-HT1A. 51 52 53 MECANISMO DE AÇÃO • Buspirona inibe a atividade dos neurônios noradrenérgicos do locus coeruleus e assim interfere nas reações de excitação. 54 BUSPIRONA • Assim como os ISRSs, a buspirona requer tratamento crônico para sua eficácia. o desempenho psicomotor ou resulta em dependência. 55 BUSPIRONA – EFEITOS ADVERSOS • Tonturas; • Náuseas; • Cefaleias; • Mas não sedação ou perda de coordenação. 56 Slide 1: FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS Slide 2: ‘’ANSIEDADE NORMAL X PATOLÓGICA’’ Slide 3: ANSIEDADE X MEDO Slide 4: ANSIEDADE X MEDO Slide 5: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Slide 6: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Slide 7: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Slide 8: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Slide 9: NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE Slide 10: NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE Slide 11: NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE Slide 12: NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE Slide 13: NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE Slide 14: NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE Slide 15: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Slide 16: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Slide 17: TRATAMENTO AGUDO DA ANSIEDADE Slide 18: FÁRMACOS SEDATIVOS-HIPNÓTICOS Slide 19: BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ) Slide 20: MECANISMO DE AÇÃO Slide 21 Slide 22: MECANISMO DE AÇÃO Slide 23: MECANISMO DE AÇÃO Slide 24: BDZ – EFEITOS FARMACOLÓGICOS Slide 25: BDZ – USOS TERAPÊUTICOS Slide 26: BDZ – EFEITOS ADVERSOS Slide 27: BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ) Slide 28 Slide 29: PRINCIPAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Slide 30: BDZ - FARMACOCINÉTICA Slide 31: BDZ - FARMACOCINÉTICA Slide 32: CONTRAINDICAÇÕES Slide 33: BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ) Slide 34: BARBITÚRICOS Slide 35: BARBITÚRICOS Slide 36: MECANISMO DE AÇÃO Slide 37: FARMACOCINÉTICA Slide 38: FARMACOCINÉTICA Slide 39: INDICAÇÕES Slide 40: CONTRAINDICAÇÕES Slide 41: EFEITOS ADVERSOS Slide 42: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Slide 43: FÁRMACOS HIPNÓTICOS Slide 44: FÁRMACOS HIPNÓTICOS Slide 45: ZOLPIDEM Slide 46: ZOLPIDEM Slide 47: ZOLPIDEM - FARMACOCINÉTICA Slide 48: ZOLPIDEM - FARMACOCINÉTICA Slide 49: BUSPIRONA Slide 50: BUSPIRONA Slide 51: BUSPIRONA - MECANISMO Slide 52 Slide 53 Slide 54: MECANISMO DE AÇÃO Slide 55: BUSPIRONA Slide 56: BUSPIRONA – EFEITOS ADVERSOS