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* * * Transição Demográfica e Epidemiológica - As diferenças no Brasil - GILMOR JOSÉ FARENZENA ELABORAÇÃO: MARCELO MÜLLER * * * DINÂMICA POPULACIONAL Crescimento Populacional nº de nascimentos e de imigrantes menos o nº de óbitos e emigrantes Dados para o cálculo demográfico: - tamanho da população em um dado momento (recenseamento) - nº nascimentos, óbitos e migração ocorridos a partir do recenseamento * * * POPULAÇÃO MUNDIAL Explosão demográfica Grande decréscimo da mortalidade em relação à fecundidade em épocas recentes Países de Primeiro Mundo: baixas taxas de fecundidade Países Subdesenvolvidos: altas taxas de fecundidade * * * TEORIA DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: CONSIDERAÇÕES GERAIS: Populações primitivas: altos índices de mortalidade e natalidade - Embora em níveis próximos, a natalidade costumava permanecer em níveis superiores aos da mortalidade por certos períodos, gerando aumento populacional - Catástrofes como epidemias ou fome aumentavam o número de óbitos, estagnando o crescimento populacional * * * História demográfica recente: - as taxas de mortalidade tendem a declinar bem antes das de natalidade - a população cresce enquanto houver diferenças entre as taxas de natalidade e de mortalidade - quando a natalidade começa a declinar, é sinal de que o fim do período de crescimento demográfico está próximo e pode ser previsto - taxas de natalidade e mortalidade próximas indicam estabilidade demográfica * * * FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: Os países tendem a percorrer, progressivamente, quatro estágios na sua dinâmica populacional: Fase ‘pré-industrial’ ou ‘primitiva’, na qual há coexistência de altas taxas de mortalidade e natalidade Fase ‘intermediária de divergência dos coeficientes’, quando a mortalidade reduz e a natalidade mantém-se em nível mais alto, resultando em crescimento acelerado da população * * * 3. Fase ‘intermediária de convergência dos coeficientes’, quando a natalidade passa a diminuir em ritmo mais acelerado que o da mortalidade e, como conseqüência, há limitação progressiva no ritmo de crescimento populacional 4. Fase ‘moderna’ ou ‘pós-transição’, na qual há nova aproximação de ambos os coeficientes, só que em níveis muito mais baixos do que os iniciais * * * TEORIA DA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: A transição demográfica permite associar suas fases a padrões predominantes de morbidade, já que os agravos à saúde, prevalentes na população, alteram - se com as mudanças demográficas. * * * CONSIDERAÇÕES GERAIS: Etapa inicial da vida de um povo: predomínio de Doenças Infecciosas e Parasitárias, que com o tempo, cedem lugar às Condições Crônico – Degenerativas, principalmente em idosos. Modificação do estado de saúde da população: desenvolvimento sócio – econômico instrução, estado nutricional, planejamento familiar, saneamento ambiental, higiene, contribuições das ciências da saúde. * * * SOCIEDADES PRIMITIVAS: Primeira fase da transição demográfica, com altas taxas de natalidade e mortalidade DIP, Causas Externas, Carências Elevados níveis de mortalidade perinatal, infantil e pré – escolar Baixa esperança de vida ao nascer, poucos sobrevivem até a velhice Condições sociais adversas, como a pobreza e o analfabetismo * * * SOCIEDADES MODERNAS: Quarta fase da transição demográfica, com baixas taxas de natalidade e mortalidade Menor papel de DIP Obesidade, em crianças e adultos Doenças Crônico – Degenerativas e suas complicações, como aterosclerose, diabetes, IAM, enfisema e artrite Elevada esperança de vida ao nascer Altos gastos com saúde e atenção social * * * TRANSIÇÃO DE SOCIEDADES PRIMITIVAS PARA MODERNAS: Espaço intermediário entre as duas situações, onde se luta contra o subdesenvolvimento almejando o nível de vida das regiões mais avançadas Segunda e Terceira Fases da transição demográfica Combinação de agravos à saúde, com diminuição das DIP e aumento das DCD * * * SITUAÇÃO DO BRASIL Transição demográfica no Brasil início na década de 1940 com a queda da mortalidade, com diminuição das DIP Aumento relativo das causas de óbito por DCV, Neoplasias e Causas Externas Aumento de óbitos por DCV reflete o envelhecimento da população * * * * * * 1960 consolidação do processo de transição demográfica com o início da queda de fecundidade Redução de 50% da taxa de fecundidade em 30 anos Métodos anticoncepcionais, esterilização “compulsória” e práticas abortivas Repercussões dos métodos na população feminina * * * * * * Rápido crescimento populacional, devido à queda da mortalidade após a década de 1940 e da natalidade após 1960. Após 1960, com a queda da natalidade, diminui o ritmo de crescimento e acelera o processo de envelhecimento da população. Estreitamento da base da pirâmide populacional A partir de 1970 aumento da população idosa e diminuição relativa da população jovem * * * * * * * * * * * * * * * DIFERENÇAS REGIONAIS BRASILEIRAS: A proporção da população com 60 anos ou mais cresceu em ritmos diferentes nas grandes regiões do Brasil, aumentando as diferenças regionais Após 1980: dois grupos regionais distintos - Nordeste, Sudeste e Sul maiores proporções de idosos - Norte e Centro – Oeste menores proporções de idosos * * * Região Norte Região Norte Região Sul * * * * * * De acordo com o envelhecimento da população em diferentes proporções em cada região, também a mortalidade proporcional por idade mostra diferenças regionais As regiões que mais “envelheceram” mostram uma maior percentagem de óbitos de 60 anos ou mais do que as regiões que menos envelheceram; estas, mostram uma maior percentagem de óbitos entre 0 e 19 anos * * * As DIP, apesar de serem mais facilmente evitáveis, ainda são responsáveis por cerca de 15% da mortalidade nas regiões Norte e Nordeste, enquanto nas regiões Sul e Sudeste esta proporção é menor que 5% As Neoplasias e as DCV são as causas de aproximadamente 50% dos óbitos nas regiões Sul e Sudeste As regiões Norte e Centro – Oeste possuem 20% de óbitos por Causas Externas, regiões de imigração recente e conflitos por posse de terra * * * * * * Como controle da natalidade, a população feminina utilizou métodos anticoncepcionais, a esterilização e técnicas abortivas Quando comparados os dados sobre anticoncepção e esterilização, percebe-se também as diferenças regionais * * * * * * São muitas as diferenças regionais no Brasil, tanto no processo de transição demográfica e epidemiológica, quanto nos fatores sociais e econômicos. Essas diferenças influenciam diretamente o estado de saúde das populações regionais, sendo necessário o seu entendimento para uma adequada política de saúde voltada à prevenção e tratamento dos agravos e ao bem estar social.
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