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Prof. Dr. Flávio Buratti UNIDADE II Parasitologia Clínica Giardíase Agente etiológico: Giardia lamblia G. lamblia = G. duodenalis = G. intestinalis Transmissão: ingestão de cistos em água e alimentos. Sintomas: diarreia, esteatorreia (gordura), flatulência, mal-estar. Profilaxia: saneamento básico, higiene pessoal, cuidados com água e alimentos. Protozoários Ciclo da giardíase (oral-fecal) Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx Diagnóstico Clínico Crianças de 8 meses a 10-12 anos Diarreia com esteatorreia Irritabilidade, insônia Náuseas e vômitos, dor abdominal Anorexia, perda de peso *Adultos maioria assintomáticos Giardia lamblia Em sua outra forma evolutiva, o cisto mede de 8 a 14 μm de comprimento por 7 a 10 μm de largura. Apresenta uma estrutura ovoide, com quatro núcleos e uma membrana externa espessa que torna o cisto resistente à ação de produtos químicos, variações de temperatura e umidade (BOGITSH, 2005). Cistos Fonte: acervo pessoal. O trofozoíto mede de 10 a 20 μm de comprimento por 5 a 15 μm de largura, apresenta uma simetria bilateral, com dois núcleos, oito flagelos e duas faces: ventral e dorsal. Na face ventral, o trofozóito traz uma estrutura denominada disco suctorial, que é responsável pela aderência do parasita à mucosa intestinal. Ainda na face ventral, aparecem estruturas paralelas em forma de vírgula que servem para a distinção das espécies, que são os corpos medianos. Trofozoíto Fonte: acervo pessoal. Agente etiológico: Entamoeba histolytica Transmissão: ingestão de cistos em água e alimentos. Sintomas: disenteria, anemia, ulcerações na parede intestinal, necroses hepáticas, pulmonares e cerebrais. Profilaxia: saneamento básico, higiene pessoal, cuidados com água e alimentos. Amebíase ou disenteria amebiana Transmissão Ingestão de cistos tetranucleados presentes na água e alimentos (verduras cruas e frutas mal lavadas ou alimentos contaminados). Locais de aglomeração humana (creches, orfanatos, enfermarias pediátricas etc.). De pessoa a pessoa. Cistos são viáveis por até 30 dias no meio externo. Entamoeba histolytica Ciclo Evolutivo Entamoeba histolytica Fonte: https://www.cdc.gov/parasites/amebiasis/pathogen.html 1 2 5a 5b 7 6 4 3 5 multiplicação Patogênico: Ingestão via oral de cistos tetranucleados através de água e alimentos contaminados. Desencistameno (estômago, intestino). Trofozoítos (forma invasiva ou virulenta) adesão e invasão da mucosa intestinal; alimenta-se de sangue. Processo de destruição tecidual (nome – histolytica) ação de enzimas (hialuronidase) – formação de úlcera. Dispersão: o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado ou outros órgãos via sistema porta. Ciclo biológico Não Patogênico: Ingestão via oral de cistos tetranucleados através de água e alimentos contaminados. Desencistameno (estômago, intestino). Multiplicam-se e originam novos cistos no ambiente. Ciclo biológico Amebíase – ciclo Trofozoítos invasão mucosa intestinal Adesão fígado Ruptura abscesso hepático cérebro pulmões fígado intestino Pericárdio, pulmões, cérebro Fonte: https://www.cdc.gov/dpdx/amebiasis/index.html Doença → Disenteria amebiana ou amebíase Causador → Entamoeba histolytica Sintomas → Diarreias com sangue e muco Transmissão → DIRETA. Ingestão de alimentos contaminados por cistos do protozoário Principais Parasitoses 1- Amebíase Fonte: acervo pessoal. água e alimentos contaminados vacúolo digestivo com hemácias Formas ativas principalmente no intestino núcleos de reprodução cistos nas fezes trofozoíto 1 núcleo, pleomórfico (forma invasiva) multiplicação: (Assexuada) divisão binária simples 1-4 núcleos esféricos/ovais forma de resistência eliminado nas fezes cisto E. histolytica Fonte: acervo pessoal. Amebíase Fonte: acervo pessoal. Cisto de Entamoeba histolytica/dispar (1000X) corado pelo lugol, mostrando dois núcleos (1) com cariossoma central (2) e cromatina periférica regular. Fonte: acervo pessoal. 2 1 São esféricos ou ovais, medindo 8-20 micrômetros. Quando corados com lugol os núcleos tornam-se bem visíveis e variam de um a quatro, tomando a cor castanho-escuro; a membrana nuclear é mais escura devido ao revestimento da cromatina, que é um pouco refringente; o cariossoma é pequeno. Os corpos cromatoides, quando presentes nos cistos, têm a sua forma de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas. Cistos Mede 20-40 micrômetros. Geralmente tem um só núcleo, bem nítido nas formas coradas e pouco visível nas formas vivas; costuma imprimir movimentação direcional, parecendo estar deslizando na superfície, semelhante a uma lesma. O citoplasma apresenta-se diferenciado em ectoplasma, que é claro e hialino, e endoplasma, que é finamente granuloso, com vacúolos, núcleos e restos de substâncias alimentares. O Trofozoíto, quanto fixado e corado pela hematoxilina férrica, apresenta diferenças entre ecto e endoplasma; o núcleo é bem visível e destacado, geralmente esférico. A membrana nuclear é bastante delgada e a cromatina justaposta internamente a ela é formada por pequenos grânulos, uniformes no tamanho e na distribuição, dando ao núcleo um aspecto de anel (aliança brilhante). Trofozoíto Tratando-se de amebas, em específico Entamoeba histolytica, quais as formas evolutivas (multiplicação e infecção) e as formas de resistência ao meio ambiente? Interatividade Tratando-se de amebas, em específico Entamoeba histolytica, quais as formas evolutivas (multiplicação e infecção) e as formas de resistência ao meio ambiente? Formas de multiplicação são os trofozoítos e as formas de resistência são os cistos. Resposta Patogenia – Amebíase – Formas clínicas - Forma assintomática - Forma intestinal (não invasiva) - dores abdominais (cólicas) - diarreias - Forma intestinal invasiva - colite amebiana aguda, disenteria grave (fezes líquidas) - úlceras intestinais, abscessos - Forma extraintestinal - fígado - pulmão - cérebro E. histolytica O processo de invasão tecidual é iniciado pelo reconhecimento de moléculas do epitélio intestinal pelo parasito. Em seguida, no processo de adesão celular há formação de um espaço intercelular denominado foco de adesão, no qual ocorre a secreção de proteínas necessárias ao processo de invasão tecidual. Além das proteínas mais importantes relacionadas com o processo de invasão, como as cisteína-proteinases e as lectinas específicas, a proteína quinase C exerce importante função, tanto no processo de citólise quanto na adesão trofozoítica à superfície celular, favorecendo a liberação de maior quantidade de cisteína-proteinase no foco de adesão e maior dano à célula-alvo, em que desenvolve uma rápida resposta inflamatória aguda, com presença de leucócitos polimorfonucleares e macrófagos, podendo ocasionar ulcerações profundas em forma de frasco com pescoço estreito e uma base ampla. Amebíase Intestinal Invasiva Amebíase intestinal: evacuação de fezes muco-sanguinolentas (disenteria) +/- 10 a 12 vezes ao dia; Desidratação; debilidade geral; náuseas e vômitos. Amebíase extraintestinal: Pulmão: insuficiência respiratória; Fígado: abscesso amebiano hepático (febre e dor no quadrante superior direito, calafrios, náuseas, mal-estar; S.N.C: abscessos cerebrais amebianos são escassos e fatais. Sintomas Profilaxia e Controle E. histolytica 1. Saneamento básico 2. Educação sanitária 3. Tratamento de água 4. Controle de alimentos (lavar frutas e verduras) 5. Tratamento das fontes de infecção – tratar os doentes 6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos) Parasitas não patogênicos: Endolimax nana; Entamoeba coli; Entamoeba dispar; Entamoeba hartmanni; Entamoeba gingivalis; Iodamoeba butschlii; Trichomonashominis; Chilomastix mesnili; Blastocystis hominis (usualmente não patogênico). Amebas Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx Agente etiológico: Endolimax nana Transmissão: ingestão de cistos em água e alimentos. Sintomas: diarreia, dor abdominal. Profilaxia: saneamento básico, higiene pessoal, cuidados com água e alimentos. Endolimax nana Fonte: acervo pessoal. Agente etiológico: Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni. Transmissão: ingestão de cistos em água e alimentos. Sintomas: diarreia, dor abdominal, não mostram invasão da mucosa. Profilaxia: saneamento básico, higiene pessoal, cuidados com água e alimentos. Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni Cistos esféricos medindo entre 10 e 35µm Cariossoma excêntrico Membrana nuclear grosseira com grânulos cromáticosirregulares Corpos cromatoides finos – não visualizados em cistos maduros Fonte: acervo pessoal. O cisto apresenta-se como uma pequena esfera medindo 15-20 micrômetros, contendo até oito núcleos, com corpos cromatoides finos, semelhantes a feixes ou “agulhas”. O trofozoíto mede cerca de 20 a 50 micrômetros, o citoplasma não é diferenciado em endo e ectoplasma; o núcleo apresenta a cromatina grosseira e irregular e o cariossoma grande e excêntrico. Cisto Fonte: acervo pessoal. Agente etiológico: Iodamoeba butschlii Transmissão: ingestão de cistos em água e alimentos. Sintomas: diarreia, dor abdominal, não mostram invasão da mucosa. Profilaxia: saneamento básico, higiene pessoal, cuidados com água e alimentos. Iodamoeba butschlii Cisto de Iodamoeba butschlii (1000X) corado pelo lugol, mostrando vacúolo de glicogênio intensamente corado e bem delimitado (1). Fonte: acervo pessoal. 1 Diferença entre os principais cistos Protozoário (cistos) Tamanho µm Qtde Núcleos (cistos) Cariossoma Cromatina periférica Corpos cromatoides E.coli 10 a 35 1 a 8 excêntrico irregular finos E. histolytica/ dispar 10 a 20 1 a 4 central regular bastonete E. hartmanni 5 a 12 1 a 4 central Regular e fina Extremidade quadrada E. nana 5 a 7 1 a 4 grande e irregular ausente ausente I. butschilii 10 a 12 1 grande e central ausente T. vaginalis Protozoário causador da tricomonose Morfologia – Célula polimorfa em hospedeiros e meios de cultura – Podem ser elipsoides ou esféricas – Medem em média 9,7 µm x 7,0 µm – Capacidade de emissão de pseudópodes para alimentação e não locomoção – Possuem somente a forma trofozoítica Trofozoítos - piriformes - 4 flagelos livres anteriores - 1 posterior com membrana ondulante - divisão binária - habitat: trato urogenital T. vaginalis Fonte: acervo pessoal. T. vaginalis Habitat: – Trato genitourinário feminino e masculino – Não sobrevive fora do sistema urogenital – Não se instala em cavidade bucal ou no intestino Transmissão: – Relação sexual – Parasito sobrevive por uma semana sobre prepúcio do homem sadio – Podem ser levados à vagina pela ejaculação – Fraca transmissão através de fômites Não há formação de cistos! Fonte: https://search.cdc.gov/search/?query=trichomoniasis Diagnóstico Clínico: quadro muito variável, leucorreia pode ter outras causas (~70% casos – Tricomoníase) laboratorial direto mulher: secreção vaginal homem: sedimento urinário, secreção uretral ou prostática Cultura PCR Trichomonas vaginalis ciclo de vida direto T. vaginalis Sinais e sintomas femininos: – Período de incubação: 20 dias – Vaginite caracterizada por: Leucorreia abundante Coloração amarelo-esverdeada Odor fétido Prurido e irritação vulvovaginal pH alcalino Dor e dificuldade de manter relações sexuais Disúria e frequência miccional Fonte: acervo pessoal. A julgar pela forma de transmissão e patogenia, qual seria a melhor forma de diagnosticar a infecção pelo T. vaginalis? Interatividade A julgar pela forma de transmissão e patogenia, qual seria a melhor forma de diagnosticar a infecção pelo T. vaginalis? O melhor método para diagnóstico é através do exame de papanicolau para as mulheres e de secreção prostática ou espermática para os homens. Resposta Agente etiológico: Cryptosporidium ssp. Criptosporidiose Fonte: acervo pessoal. Transmissão Os oocistos eliminados com as fezes são a principal fonte direta de infecção, a qual é adquirida por ingestão de oocistos que estejam contaminando água potável, alimentos, água de piscina, rios e lagos (águas para recreação). Outro modo seria o contato pela via fecal-oral de pessoa para pessoa ou entre pessoas e animais contaminados. Oocistos – são resultados da junção dos gametas masculinos e femininos que acontece na reprodução sexuada. Comparada ao ovo das aves e dos mamíferos, mas em protozoologia chamamos oocisto. Cryptosporidium ssp Ciclo biológico: Fonte: https://search.cdc.gov/search/?query=cryptosporidiosis Ao ingerir os oocistos maduros → ocorre o desencistamento no interior do intestino delgado → penetram nas células epiteliais → liberam merozoitas na mucosa intestinal → alguns invadem novas células (reprodução assexuada) → outros novos merozoitos são liberados (reprodução sexuada) → invadem outras novas células → diferenciam-se em: macrogametas/microgametas › zigoto → oocisto (estágio diagnóstico) → liberados nas fezes → solo (oocisto com 2 ou 4 esporozoitos) → estágio infectante. Ciclo biológico Imunocompetentes: Assintomáticos Sintomáticos Diarreia: Autolimitada: cura espontânea. Intensa: ~20 evacuações/dia. Outros sintomas: dor abdominal, náuseas e vômitos, perda de peso, desidratação. Patogenia e Sintomatologia Imunocomprometidos: Apresentam diarreia crônica e intermitente acompanhada de cólicas abdominais, perda de peso acentuada, febre alta e vômitos. A intensidade e duração da diarreia está diretamente relacionada ao número de células T CD4+. Manifestações extraintestinais podem ocorrer em pacientes com Aids (hepatite, pancreatite e criptosporidiose respiratória). Patogenia e Sintomatologia As medidas de controle gerais incluem educação sanitária, saneamento básico, lavagem de mãos após o manuseio de animais com diarreia, filtrar ou ferver, por alguns minutos, a água utilizada para beber, lavar alimentos e para fazer gelo. Durante o período em que estiverem apresentando diarreia, indivíduos infectados devem evitar a manipulação de alimentos que serão utilizados por outras pessoas; crianças com criptosporidiose não devem frequentar escolas ou creches para evitar a disseminação do parasita. Profilaxia Agente etiológico: Isospora belli (WOODCOOK, 1915) Taxonomia: Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoea Ordem: Eucoccidiida Família: Eimeriidae Gênero: Isospora Isosporose/Isosporíase Fonte: acervo pessoal. Isosporíase Ciclo Biológico Fonte: https://search.cdc.gov/search/?query=isosporiasis Ao ingerir os oocistos contendo de 2 a 4 esporozoítas, por ação do suco gástrico liberam-se os merozoítas na mucosa intestinal → alguns invadem novas células (reprodução assexuada) → outros novos merozoítas são liberados (reprodução sexuada) → invadem outras novas células → diferenciam-se em: macrogametas/microgametas ›zigoto → oocisto → liberados nas fezes → solo. Ciclo Biológico Imunocompetentes: geralmente assintomática ou com diarreia autolimitada. Imunocomprometidos: quadro diarreico grave (>10 evacuações/dia), acompanhado de febre, cólicas intestinais, vômitos, má absorção e emagrecimento. Pode apresentar quadros de disseminação extraintestinal (linfonodos, fígado e baço). Patogenia e Sintomatologia Estima-se que a prevalência de infecção crônica varie de 10-75% na população de diversos países do mundo. A maioria das pessoas não apresenta sintomas ou somente sintomas benignos (dor de cabeça, dor de garganta, linfoadenite e febre). Três situações podem levar à doença severa: 1) transmissão congênita (toxoplasmose congênita).2) toxoplasmose ocular em adultos imunocompetentes. 3) neurotoxoplasmose (problemas no SNC). Toxoplasma gondii é um patógeno oportunista Felídeos – únicos animais em que o protozoário pode completar o ciclo – hospedeiros definitivos. Outros animais, homem, apenas podem manter a fase assexuada – hospedeiros intermediários. Felídeos são infectados ao ingerir o hospedeiro intermediário com Toxoplasma (rato) e isso faz com que eles eliminem oocistos imaturos nas suas fezes. 1) Taquizoítos – são formas que se multiplicam rapidamente (forma proliferativa), que se encontram nos órgãos, linfa, sangue e secreções de animais na fase aguda da doença. 2) Bradizoítos – são formas de lenta multiplicação, encontrados nos cistos teciduais, músculos, fígado, pulmão e cérebro que causam infecção latente ou crônica (forma cística). 3) Esporozoítos – são encontrados nos oocistos, que se formam exclusivamente no intestino do gato e felinos silvestres (infectados). Morfologia Hospedeiros definitivos: classe felidae. Além do ciclo anterior, ocorre também o ciclo “sexual” no intestino, caracteriza o ciclo Entero-Epitelial. Após o gato ingerir tecidos contendo cistos, as paredes desses cistos são dissolvidos pelos “sucos digestivos” no estômago e intestino delgado. Os Bradizoítos liberados penetram nas células epiteliais do intestino delgado e iniciam uma série de gerações sexuadas, geneticamente determinadas. Após o gameta masculino fertilizar o gameta feminino uma parede é formada ao redor do gameta feminino fertilizado (ZIGOTO), a fim de formar um oocisto. Fisiopatologia do T. gondii T. gondii – Ciclo de vida Fonte: https://search.cdc.gov/search/?query=toxoplasmosis Alimentos, objetos contaminados 1) a ingestão de oocistos do solo, água, areia, alimentos contaminados e onde os gatos defecam, em torno das casas e jardins; 2) ingestão de carne crua ou mal cozida, contendo cistos teciduais, especialmente de porco e carneiro; 3) infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos, de mães que adquiriram a infecção durante a gravidez. Formas de Transmissão No caso da ingestão de oocistos, estas formas parasitárias são rompidas quando chegam ao estômago dos animais, liberando os parasitas que vão então invadir a mucosa intestinal, modularem-se em taquizoítos e atingir os mais diversos órgãos pelas circulações sanguínea e linfática. Nos órgãos os taquizoítos reproduzem-se rapidamente, provocando a necrose dos tecidos afetados. Com o desenvolvimento da resposta imune, os taquizoítos modulam-se em bradizoítos, formando cistos teciduais na musculatura e no sistema nervoso central. Ciclo biológico no hospedeiro intermediário (homem ou animais vertebrados) Hidrocefalia; Calcificação cerebral; Retardo mental; Miocardite aguda; Pneumonia; Hepatite; Retinocoroidite (10%); Estrabismo; Microftalmia. Patogenia Toxoplasmose congênita Forma congênita: Gestante em fase aguda; Primo-infecção; Marcador sorológico – IgM e IgA; Risco de transmissão aumenta com o tempo de gravidez; Primeiro trimestre – 25%(aborto); Segundo trimestre – 40%(aborto ou nascimento prematuro); Terceiro trimestre – 65%(normal ou sintomas após o parto); Gravidade da doença no feto é, inversamente, proporcional ao tempo de gestação. Patogenia Em se tratando de toxoplasmose, a preocupação toda incide-se, sobretudo, na transmissão congênita. Do ponto de vista do diagnóstico laboratorial, o que pode ser feito a fim de investigar, mais rapidamente, uma infecção congênita? Interatividade Em se tratando de toxoplasmose, a preocupação toda incide-se, sobretudo, na transmissão congênita. Do ponto de vista do diagnóstico laboratorial, o que pode ser feito a fim de investigar, mais rapidamente, uma infecção congênita? Testes sorológicos para a pesquisa de IgM e IgG, na gestante, e, sobretudo, o teste de avidez para IgG. Resposta Agentes etiológicos: Reino: Protista Filo: Apicomplexa Gênero: Plasmodium Plasmodium vivax (1890) – terçã benigna; Plasmodium falciparum (1897) – terçã maligna; Plasmodium malariae (1881) – quartã benigna; Plasmodium ovale (1922) – terçã benigna. Protozoários sanguíneos Malária Ciclo biológico Fonte: https://search.cdc.gov/search/?query=plasmodium Leishmaniose visceral (fígado, baço e medula óssea) – Leishmania donovani – calazar (nome popular). Leishmaniose tegumentar (cutânea) – Leishmania tropica – botão do oriente. Leishmaniose tegumentar (cutâneomucosa, nasobucofaríngea e orelha) – Leishmania braziliensis – úlcera de Bauru. Leishmaniose Ciclo biológico Fonte: acervo pessoal.. Trypanosoma cruzi – se é maligno causa a doença de Chagas. Trypanosoma rangeli – se é benigno não causa a doença. África: Trypanosoma brucei gambiense; Trypanosoma brucei rhodiense. Doença de Chagas Ciclo biológico Fonte: https://www.cdc.gov/dpdx/trypanos omiasisamerican/index.html Espero vocês em seguida no chat para discussão da aula. Orientação para atividade do chat ATÉ A PRÓXIMA!