Prévia do material em texto
Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre -01.08.2024- Bases do treinamento esportivo • Demanda suprafisiológica = Demanda > que a fisiológica • Macro e micronutrientes: É a partir deles que temos energia biologicamente utilizável. A redução dessa energia pode afetar a contração muscular, diminuindo o desempenho físico. • Toda lesão musculoesquelética tem mecanismos pelos quais se desenvolvem, que podem ser por contato direto (trauma), overuse ou insuficiência de partes moles. • Toda lesão tem fatores predisponentes; extrínsecos (colhidos na história do paciente: o quanto ele corre, ambiente, onde malha, que equipamentos usa, etc) ou intrínsecos (colhidos na avaliação funcional) • A mesma disfunção pode levar a várias patologias (ex: disfunção lombo pélvica pode levar a tendinopatia do calcâneo, bursite trocantérica, etc) e vice versa (a mesma patologia pode ter diferentes disfunções de origens diferentes); Por esse motivo, uma avaliação detalhada se faz necessária; • Uma deficiência pode ser de etiologia congênita ou adquirida • Paraplegia não é deficiência, é uma sequela de uma deficiência física (exemplo: trauma raquimedular), bem como a cegueira (decorrente de uma retinopatia, por exemplo) Dimensões do treinamento esportivo: • Multiprofissional (cada um no seu canto) → multidisciplinar → interdisciplinar e translacional (em determinada parte do processo de recuperação, cada profissional terá sua maior importância, sem relações verticais e hierarquizadas, mas sim uma relação horizontal) • Em um atleta sem deficiência, a gente espera que numa reabilitação alcancemos a recuperação plena das funções; Já para uma pessoa com deficiência devemos buscar o seu potencial funcional, e não a reabilitação da função, por isso tem-se a ideia de que a pessoa com deficiência não pode ser reabilitada • O que é mais importante saber ao participar de provas esportivas: a Epidemiologia das lesões, para a fisioterapia principalmente entender o gesto esportivo e o que geram as lesões, bem como o que poderemos fazer para resolver - Bandagem funcional, eletroterapia, terapia manual são fundamentais - Saber tudo o que faz (e o porquê) • O modelo biomecânico nos ajuda a entender a gênese das lesões e entender como as forças atuam no corpo • A parametrização (volume, tempo, zona cardíaca atingida, cansaço relatado e também determinado por essas variáveis, etc) é o que define se uma atividade é exercício físico (não necessariamente tem preocupação com demanda *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 1 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre suprafisiológica, como alguém que tem lesão), atividade física e exercício terapêutico devem ser planejados de acordo com as variáveis e objetivos a serem atingidos • Midríase: dilatação da pupila, sinal neurológico importante que sugere gravidade (comentários aleatórios durante a aula - relato de caso) A importância da Fisioterapia no esporte • Muitas vezes o fisioterapeuta se torna um administrador da lesão, porque o atleta precisa retornar antes que esteja completamente recuperado; Para tanto, os conceitos de fases observados na disciplina de Aparelho Locomotor não ocorrem da mesma forma • Recuperação acelerada - nem sempre vale a pena, normalmente só quando vai competir por uma medalha, quando atleta tem muito suporte, como no caso de atletas de alto rendimento - “Tão rápido quanto possível, tão lento quanto necessário…” • Compreender que a performance máxima é tempo-dependente; • Maximizar rendimento e minimizar risco de lesões; • Prevenir lesões específicas do esporte; Treinamento esportivo • Definição: conjunto de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta à sua plenitude física, técnica e psicológica dentro de um planejamento racional, visando a execução de uma performance máxima num período determinado • Modelo biomecânico da prevenção: É um equilíbrio entre capacidade e demanda; nosso papel é entender se estão em harmonia • Dimensões do treinamento esportivo (Tubino): pirâmide Atividade física Qualquer atividade muscular, SEM sistematização ou parametrização, que envolva mais gasto energético do que em repouso Exercício físico/terapêutico Subgrupo da atividade física que envolve planejamento e parametrização, com objetivo de desenvolver, manter ou aprimorar o condicionamento físico. Em outras palavras, melhorar as capacidades para as suas necessidades, sendo algo que devemos sempre buscar, guardadas as necessidade de cada pessoa Importante: - Parâmetros/parametrização: volume, intensidade, FC, Borg, carga, repetições, repouso, etc Condicionamento físico Estado em que as pessoas possuem ou atingem condicionamento em relação às suas capacidades motoras, como capacidade aeróbia e anaeróbia, força e resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Esporte *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 2 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Práticas corporais que envolvem competição, institucionalizada, podendo também ter finalidade lúdica, bem como na promoção da saúde e em âmbito educacional. • Omúsculo é a principal estrutura do corpo que atenua e dissipa as forças internas, diminuindo o impacto durante o movimento, e isso ocorre especialmente pela sua ação excêntrica • Salutogênese: a busca das razões que levam alguém a estar saudável Comprometimento da saúde gera: ● Limitação ou perda da função (órgãos e sistemas) ● Restrição dos movimentos/ performance, que gera alterações nas suas capacidades motoras: força, flexibilidade, equilíbrio, e também pode gerar dor e medo (cinesiofobia) - que também pode gerar movimentos estereotipados Como surgiu o esporte? - Associado à guerra pela necessidade de domínio e manipulação de objetos de guerra - Hipocinetose (falta de movimentos que ameaçam a saúde) Importância do condicionamento físico na sociedade atual: pontos principais Razão de saúde Os sistemas orgânicos devem ser exigidos conforme suas possibilidades para que haja adaptação. Em especial coração, circulação, metabolismo e sistema musculoesquelético. Por exemplo: paciente com prótese total de quadril quer voltar a correr, precisamos convencê-lo a realizar outras atividades que ele seja capaz, como um elíptico, mas sem causar desconforto a ele. Razões de conveniência O organismo treinado facilita o desempenho de AVDs e AVPs e atividades laborais. - Na infância/ adolescência: desenvolvimento e amadurecimento. - Adulto: “equipamento” físico e espiritual. - Idosos: reação às perdas impostas pela idade. Exemplo: faz fisio pois quer voltar andar na praia Manifestações do esporte Esporte popular: exemplo, corrida A Tribuna, onde vão desde amadores a profissionais Esporte para a saúde: Contexto: profilático, terapêutico ou reabilitativo Esporte de rendimento: Desempenho com prazer pelo esporte e competição, com o objetivo de alcançar o melhor desempenho pessoal. - Vigorexia - obsessão pela prática esportiva Esporte de alto rendimento: atletas de nível regional, nacional ou internacional; esporte de sucesso; records, títulos, cobranças maior necessidade de interação da equipe técnica (interprofissional) no planejamento da periodização para maximizar o rendimento e minimizar o risco de lesões *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 3 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Os atletas têm estado, cada vez mais, sujeitos a cobrança por melhor desempenho e, na maioria das vezes, ultrapassam seus limites físicos e emocionais. - Atletas de elite são casos à parte em relação a seus equivalentes esportistas recreacionais, pois atuam dentro do esporte no seu limite fisiológico, entre o máximo da performance atlética e a lesão. Atraente em especial para a mídia, principalmente televisão; Mídia: ditacom cautela para evitar danos. Aula 22.08.2024 - Recapitulando: Grau de deformação em função do estresse aplicado na estrutura Toda estrutura musculoesquelética possui propriedades viscoelásticas, onde a elasticidade está relacionada a materiais sólidos e a viscosidade a materiais fluídicos. Quando uma força é aplicada sobre uma estrutura viscoelástica, ocorrem deformações, que podem ser elásticas ou plásticas. O fluido presente nessas estruturas atenua o movimento de retorno após a deformação. - Para iniciar qualquer alongamento, é necessário tirar a estrutura da região linear e aplicar uma força suficiente para provocar uma deformação plástica. - Do mesmo modo, uma lesão estrutural, como no caso de um entorse, também envolve uma deformação plástica. - No entanto, nem toda deformação plástica é prejudicial. Por exemplo, após exercícios físicos, os músculos sofrem pequenas lesões que causam dor, sinalizando a ruptura de alguns componentes, o que chamamos de deformação plástica benéfica. ● Componentes viscoelásticos dos músculos: o endomísio e o perimísio desempenham esse papel, enquanto o disco Z, assim como os filamentos de actina e miosina, são estruturas rígidas que transferem energia de forma semelhante a um cabo de aço. -Os tendões, por serem mais rígidos, transmitem força para o músculo, gerando a contração. - A ação muscular excêntrica é a que mais dissipa energia, enquanto as ações concêntricas e isométricas transferem mais força e energia, como no salto com agachamento. Assim, o comportamento viscoelástico varia conforme o tipo de ação muscular. - Dessa forma, alongamentos prévios em treinos predominantemente concêntricos e isométricos NÃO têm caráter preventivo, pois essas ações envolvem mais transmissão de energia do que dissipação. - Entretanto, o alongamento pode ter efeito preventivo em atividades onde predominam desaceleração e amortecimento. - A deformação elástica é inofensiva, enquanto a deformação plástica gera algum tipo de lesão, que pode ser microestrutural (dentro da tolerância) ou macroestrutural (quando ultrapassa o limite e leva à falência do tecido), de forma instantânea ou cumulativa. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 32 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre *Obs: Ciclo Alongamento-Encurtamento (CAE) O CAE é um mecanismo fisiológico que aumenta a eficiência mecânica e o desempenho motor em gestos atléticos. Ele ocorre quando uma ação muscular excêntrica é seguida imediatamente por uma ação concêntrica explosiva. - Durante a fase inflamatória de uma lesão, podemos realizar deformação elástica (inócua/inofensiva), como na mobilização passiva de Maitland grau II, dentro de um limite confortável para o paciente. - Na fase crônica, uma dor até nível 3-4 é aceitável, como em alongamentos ativos após uma lesão de dois meses. Contudo, em um paciente com apenas duas semanas de lesão, como ainda não está na fase de remodelação, deve-se evitar alongamentos ativos, realizando apenas passivos, sendo a dor um importante parâmetro para limitar o alongamento. - O calor aumenta a viscoelasticidade, enquanto o frio inicialmente a reduz, mas depois também aumenta → Por isso, intervenções com calor, ultrassom, correntes e terapia manual são indicadas antes do início da conduta, para facilitar a viscoelasticidade. Exemplo prático - Caio: Sentado realizando extensão de joelho com variações de angulação do quadril - Quando o quadril está mais estendido (tronco inclinado para trás), o reto femoral está em comprimento ideal para exercer maior força. - Já com o quadril mais flexionado (tronco inclinado para frente), o comprimento reduzido do reto femoral diminui a eficiência da força muscular. Isso é observado em máquinas de cadeira extensora inclinadas nas academias. - Assim, o comprimento muscular durante a excursão influencia a força gerada. Quando há insuficiência ativa, o resultado não é otimizado. - No entanto, se o objetivo é enfatizar o trabalho dos vastos medial e lateral, a flexão do quadril é indicada para reduzir a ação do reto femoral durante o exercício. CARGAS IMPOSTAS AO CORPO • Forças externas: Todo tipo de forças que atuam externamente ao corpo. Ex: gravidade, forças de reação, forças de impacto, resistência do ar, da água, fricção, resistência elástica, pesos, polias, etc. Resistência variada: bola, elástico, resistência manual - A resistência dinâmica variada tende a gerar menos dor muscular tardia e produzir menos dano estrutural (deformação plástica) Resistência invariada: peso corporal, aparelhos de musculação A viscoelasticidade respeita o ciclo circadiano (alterações biológicas que interferem no nosso ciclo de sono e vigília, determinando o momento de dormir e *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 33 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre acordar, noite e dia, de forma cíclica e não linear), stress e fatores externos (ex: temperatura, época do ano); por isso, para alongar com segurança é importante respeitar a variabilidade dessa capacidade Ex: Paciente que faz flexão de tronco e alcança os pés em uma condição normal (ex: após uma aula à tarde), mas foi fazer a sessão num dia muito frio de inverno e acordou mais rígido → o alongamento deve ser feito em menor amplitude e não devendo tentar alcançar sua ADM de costume, pois para chegar nesse resultado, seria necessário uma deformação plástica, o que pressupõe uma lesão após esse alongamento • Forças internas: São um conjunto de forças geradas por dois tipos de estruturas/forças: - Forças ativas: produzidas por músculos em ação. - Forças passivas: originadas de estruturas como tendões, ligamentos, fáscias musculares, além de fatores como pressão arterial, ventilação, funções hemodinâmicas, fluidos corporais, mediastino derrames articulares, edemas, e o conteúdo gastrointestinal. As forças internas podem ser influenciadas por forças externas, mas também podem ser intrínsecas, geradas dentro do próprio corpo. A magnitude das forças internas depende das forças externas que atuam sobre o corpo. - Um exemplo disso é o motivo pelo qual desmaiamos quando a pressão arterial (PA) cai: o corpo busca alcançar uma posição horizontal para reduzir a ação das forças externas, facilitando o retorno venoso e, consequentemente, restaurando a PA ao seu nível fisiológico. • Efeitos fisiológicos e biomecânicos: A hipertrofia muscular e o efeito piezoelétrico são exemplos de efeitos fisiológicos e biomecânicos. O efeito piezoelétrico, por ser mecanodependente, ocorre em resposta a forças aplicadas ao corpo. Em ambientes sem gravidade, como no espaço, ou em pacientes acamados, onde há pouca ou nenhuma força agindo sobre os músculos, ocorre a sarcopenia (perda de massa muscular). Deformações também podem ocorrer em músculos, tendões, ligamentos e fáscias. • Forças de Impacto: As forças de impacto são interativas e atingem seu valor máximo em menos de 50 ms após o primeiro contato com o solo, equipamentos, objetos sólidos, etc. - Toda força de impacto é uma força de reação, mas nem toda força de reação é uma força de impacto. Por exemplo: empurrar uma parede gera uma força de reação, mas não um impacto, assim como o uso de equipamentos como o elíptico. - A força de impacto requer uma ação externa, como o contato com uma bola, raquete ou o impacto de um salto. - O pico de impacto e o tempo de resposta muscular estão diretamente relacionados: quanto menor o controle muscular nesse tempo de reação, maior a sobrecarga em outras estruturas, como ossos, ligamentos e tendões. Isso pode resultar em lesões, como entorses ou *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 34 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre problemas no joelho, comuns em saltos mal controlados. Treinamento Esportivo Conjunto de procedimentos e meios utilizados paraconduzir um atleta à sua plenitude física, técnica e psicológica, dentro de um planejamento racional, com o objetivo de alcançar um desempenho máximo Objetivo é maximizar o desempenho e minimizar os riscos de lesões Relembrar: Modelo biomecânico da prevenção: Equilíbrio entre capacidade e demanda; nosso papel é entender se estão em harmonia. Paradigmas atuais do treinamento Esportivo Incorporação de atividades profiláticas e terapêuticas com o objetivo de melhorar a função: • Exercícios de controle neuromuscular; Como por exemplo o apoio unipodal para gerar essa instabilidade e aumentar a capacidade dos músculos reagirem rapidamente ao impacto • Exercícios de estabilização segmentar; • Exercícios de reequilíbrio muscular; * Entender como as forças atuam no corpo Modelo da integridade dos sistemas - modelo cinesiológico: Abordagem que considera a inter-relação entre diferentes componentes do corpo humano durante o movimento. Essa perspectiva é essencial para entender como a integridade física, técnica e psicológica de um atleta contribui para seu desempenho. Trauma: Toda lesão instantânea (entorse, fratura, lesão muscular) ou não (fascite, entesopatia, tendinopatia, periostite) que é produzida por agente mecânico, físico, químico ou biológico sobre os tecidos humanos. - Exemplo: paciente com lesão de manguito que nega ter caído, batido, etc → nega trauma; ou seja, é uma lesão insidiosa Lesão: Dano ao tecido ou outra perturbação da função física normal devido à participação em esportes, resultante de/ou transferência repetitiva de energia cinética (forças impostas ao corpo). Doença: Queixa ou distúrbio experimentado por um atleta, não relacionado a lesões. Incluem doenças relacionadas à saúde/problemas do bem estar físico (por exemplo, gripe), mental (por exemplo, depressão) ou social, ou remoção ou perda de elementos vitais (ar, água, calor) Classificação dos mecanismos de lesão • Contato direto: de caráter interativo; levam diretamente ao problema de saúde/lesão de forma imediata e proximal. - Exemplo: contusão; escoriação; corto-contusão • Contato indireto: também derivam do contato com outros atletas/pessoas ou um objeto. A força não é aplicada diretamente na área lesada, mas contribui para a cadeia causal que leva ao problema de saúde. - Exemplo: Um atleta de modalidade coletiva “pisa no pé” do adversário e sofre queda com lesão articular. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 35 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Exemplo: Um atleta salta e o impacto da gravidade lesiona o joelho, ou seja: não foi o contato do joelho com o chão que gerou a lesão, mas as forças que incidem sobre o corpo e foram transmitidas • Sem contato: são aqueles que levam a lesões sem qualquer contato direto ou indireto de outro “agente externo”. As lesões de início gradual (insidioso), por sua natureza, são sem contato SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Toda estrutura do corpo pode sofrer lesão, incluindo: Ossos, cartilagem (hialina/fibrocartilagem), cápsula articular, músculo, ligamento, tendões, fáscias, bursa, nervos, pele e entésio* ● Ponto no qual uma estrutura mole se fixa em um osso; exemplo: epicondilite lateral é uma entesopatia, ou seja: lesão de estrutura mole no local onde ela se fixa ao osso ● Por isso, é importante pedir raio x em lesões de entorse mais graves, assim podemos verificar se há lesão por avulsão (pela tensão aumentada do músculo, que traciona o osso e pode fraturá-lo) MODELO DA ALTERAÇÃO DOS SISTEMAS POR “OVER USE” - Trata-se de um modelo cinesiopatológico no qual as demandas impostas ao corpo superam sua capacidade de adaptação, geralmente de forma gradual e insidiosa. - O processo começa com comprometimentos biomecânicos e, com o tempo, pode afetar outros sistemas. Essa condição pode evoluir para uma síndrome de disfunção motora, que limita a capacidade funcional e está associada a lesões estruturais. Exemplo: Uma pessoa com dor no joelho que, ao realizar uma ressonância magnética, apresenta tendinopatia patelar. MECANISMO DE LESÃO - MODELO BIOMECÂNICO • Uso excessivo (Overuse): microtraumas repetitivos, sem manifestações clínicas imediatas, que gerammacro traumas. • Forças Friccionais: Envolvem fricção constante, como a de um tendão passando por um túnel ou um sulco, resultando em condições como tendinopatias, tenossinovites, bursites, fasceítes (ex: trocantéricas e da banda iliotibial), sinovites e degenerações. • Forças Tracionais: Ocorrem quando o tendão é submetido a uma força maior do que o músculo pode suportar, levando a tendinopatias, fasceítes (ex: plantar), entesopatias e o desenvolvimento de exostoses ósseas (como esporões e osteófitos). • Forças de Sobrecarga Cíclica: Envolvem fraturas por estresse e periostites. PROVA !!!!! GRAVIDADE DA LESÃO - Lesões Por “Overuse”: • Classificação da dimensão da dor: - Tipo 1: Dor após a atividade. Geralmente não relatada pelo paciente; é necessário perguntar ativamente - Tipo 2: Dor durante a atividade, sem restrição da performance/desempenho. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 36 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Tipo 3: Dor durante a atividade, com restrição da performance/limitação do desempenho.* - Tipo 4: Dor contínua, presente em repouso. *Um atleta com dor de grau 3 deve restringir a atividade para reduzir a demanda imposta e consequentemente o agravamento da lesão por “overuse”, ao invés de continuar forçando. Modelo da alteração dos sistemas: lesões instantâneas Modelo patocinesiológico - uma patologia que afeta a biomecânica Mecanismo de lesão - Modelo Biomecânico • Contato direto/indireto: contusões, luxações, entorses, fraturas, feridas, etc. • Insuficiência de partes moles: estiramentos, avulsões, rupturas musculares e/ou tendinosas.; Quando essas estruturas são insuficientes para a demanda solicitada PROVA !!!!! GRAVIDADE DA LESÃO - Lesões instantâneas: - Grau 1: dor na hora da lesão ou no 1° dia, mas não interrompe a atividade (prejudicou pouco ou não prejudicou a performance); Pode haver hipersensibilidade no local; edema; Possibilita continuidade na atividade. - Grau 2: dor na hora da lesão; Pode haver equimose ou hematoma após; Pode ter edema ou derrame; limitação funcional, ou seja, NÃO é possível continuar a atividade. - Grau 3: muita dor na hora da lesão; Pode haver falha à palpação (gap) (ex: ruptura de tendão que deixa o ventre muscular encurtado); Incapacidade funcional importante. Pode apresentar: ● Dor contínua ● Dor muscular em atividade: - Aguda: metabólitos (por exemplo, no exercício intenso o sistema glicolítico anaeróbio leva ao acúmulo de ácido lático gerando dor aguda) - Tardia: micro rupturas ● Hemartrose: derrame hemorrágico - Se derrame foi imediato, supõe-se que foi hemartrose ● Hidrartrose: se edema tardio pois é um derrame sinovial, e a membrana sinovial não tem capacidade de secretar líquido tão rápido. OBS: Teste de Thompson → gera tensão passiva no músculo pela pressão que é transferida pro tendão causando a flexão plantar. Se não ocorrer o movimento é porque houve ruptura. Mesmo se o pcte fizer a flexão plantar em cadeia aberta, já que outros músculos, tibial posterior e fibulares que fazem também a flexão plantar estão atuando ali. Mas em cadeia fechada, com carga, o pcte não é capaz de realizar o movimento. É essencial entendermos quais as funções e adaptações do sistema musculoesquelético ao exercício físico ou terapêutico. Toda célula do sistema musculoesquelético é mecanodependente, por isso perderíamos massa óssea e muscular, bem como a *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 37 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre resistência dos tendões se estivéssemos no espaço, ou muito tempo imobilizado. Ao mesmo tempo que exercícios com carga aumentam estas células, devolvendoas capacidades às estruturas Ou seja, o exercício devolve capacidade a essas estruturas que promovem o movimento direta ou indiretamente. E a cinesioterapia pressupõe estímulos mecânicos. Plasticidade do tecido músculo esquelético Mecanócitos: são células que têm a capacidade de responder a estímulos mecânicos, com mecanismos locais para crescimento, remodelamento e reparação celular (mecanotransdução). Toda sobrecarga mecânica produz respostas celulares que pode produzir mudança estrutural. Seja ela positiva (ex: atividade física) ou negativo (ex: lesão da Gisele). Estas respostas têm relação com o colágeno, que as sinaliza. Tendinopatia x Tendinose - A tendinose é degeneração, muda as propriedades do colágeno e portanto muda as propriedades biomecânicas da estrutura Tipos de colágeno ● Tipo 1: colágeno mais abundante no corpo humano. Está presente nos tendões, na fibrocartilagem, no tecido conjuntivo frouxo comum, no tecido conjuntivo denso (onde é predominante sobre os outros tipos), sempre formando fibras e feixes, ou seja, está presente nos ossos, tendões e pele. ● Tipo 2: encontrado na cartilagem articular, nos discos intervertebrais e no corpo vítreo do olho. ● Tipo 3: o segundo tipo mais abundante de colágeno no corpo humano. É encontrado nas paredes intestinais, fibras reticulares, útero, músculos, vasos sanguíneos e combinado com o tipo 1. • O colágeno muscular desempenha uma variedade de funções mecânicas, imunológicas e de reparação tecidual. Exerce, ainda, um papel importante na transmissão da força produzida pela contração muscular ativa em músculos com diferentes funções. Qualquer tecido com colágeno é passível de atividade piezoelétrica, campo vibratório que pode produzir efeitos mecânicos. OSSOS • Forma: é macanodependente, são produzidas pelos estresses e tensões causados pelas descargas de peso e forças musculares, tendinosas e ligamentares. • Remodelação: modificação da forma e ajuste da massa óssea para resistir aos estresses mecânicos. - Efeito piezoelétrico que promove um efeito osteogênico (formação óssea) a partir de cargas elétricas; - Crescimento ósseo aposicional: é estimulado pela indução de íons no osso. - Atividade piezoelétrica: resulta de forças que causam deformações, originadas no colágeno. - Nós precisamos de estresse adequado: essencial para a resistência óssea (ex: carga). - Osteossínteses: podem causar reabsorção óssea por aumento da *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 38 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre tensão ou redução do suprimento de sangue. • Organização: Existem dois sistemas principais: - Sistema trabecular (esponjoso - ossos que surgem a partir de uma cartilagem preexistente). - Sistema harvesiano (compacto, ex diáfises de ossos longos, formações a partir de uma membrana preexiste). A consolidação de um osso compacto é diferente da de um osso esponjoso. O “turn over”(remodelação) ósseo mostra que o osso trabecular tem atividade metabólica cerca de oito vezes maior que a do osso cortical, por isso a evolução de uma consolidação de um osso esponjoso tende a ser mais rápida que de um osso compacto. • Modelo Biomecânico, Gould III (1993): Fixador externo é a que mais facilita a remodelação porque a estrutura fica livre para ter atrito; a pior é a fixação com placas e parafusos pois ela não permite a modelação óssea limitando o efeito piezoelétrico pois não há movimento, restringe a deformação óssea, com isso o osso fica rarefeito (mais escuro na imagem do raio-x pela diminuição de massa óssea). Mas o uso desses fixadores mais estáveis se faz necessário para fraturas que precisam de estabilidade. O fixador deve ter um comprimento adequado para garantir a estabilização do osso; caso contrário, a recuperação do paciente pode ser comprometida. Um exemplo é o caso do Marquinhos, cujo paciente apresentava uma prótese curta, que levantava a pele e aumentava a tensão em uma área reduzida. A envergadura do osso é influenciada por forças compressivas na concavidade (parte interna) e forças de tensão na convexidade (parte externa). Quando a carga é removida, o osso retorna ao seu comprimento original, criando uma alternância que ocorre a cada ciclo de carga e descarga. Essa movimentação resulta em adaptações sistêmicas e favorece o efeito piezoelétrico, que é osteogênico e promove a formação óssea. Gênese da fratura por estresse: ocorre por uma fadiga muscular que não neutraliza as forças de tensão, não dissipa as forças *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 39 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Exercício forçado → músculo fadigado → perda de reserva de energia, não dissipa as cargas nas estruturas contráteis corretamente, levando a maior carga nas estruturas não contráteis como o osso, gerando lesão por stress. O treinamento da excentricidade, como os exercícios pliométricos, é fundamental para dissipar as forças aplicadas ao corpo e prevenir lesões por estresse, especialmente em esportes de alto impacto. • Adaptação do osso ao exercício - Estresses por exercícios físicos são importantes como estímulo para crescimento e remodelação ● Caminhada: gera forças de 2 a 4x o peso corporal na articulação coxo-femoral. ● Corrida: forças de até 9 vezes o peso corporal na mesma articulação acima ● Salto: podem gerar impactos de até 24x o peso corporal. O treinamento adequado pode aumentar a espessura da cortical óssea, tornando o osso mais resistente, além de incrementar o teor mineral geral. Exemplo: Dois indivíduos que possuem mesmas condições antropométricas; o corredor tem espessura da cortical maior e tem maior atividade piezoelétrica por maior adaptação, tornando esse osso mais resistente, quando comparada a um nadador por exemplo, que vai ter mais tecido medular. - Dos 25 aos 35 anos: osteopenia fisiológica, podendo ser aumentados pela genética, alimentação, prática de exercícios, etc Por exemplo, o fortalecimento do glúteo médio é crucial para reduzir a deformação do colo do fêmur durante a marcha. Um complexo póstero-lateral fraco absorve menos carga, sobrecarregando o osso. O glúteo médio, ao se inserir no trocânter maior, exerce uma força de tensão que minimiza a deformação no fêmur, sendo vital para a saúde do quadril e na prevenção de problemas como prótese de quadril e sd trocantérica RESUMO: Ações musculares produzidas nos ossos são fundamentais para controlar as deformações que ocorrem no osso. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 40 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Lesões ósseas ● Overuse: - Periostite - Fratura por estresse (mais comum na tíbia, no compartimento medial) - Exostose (como exemplo, o esporão ósseo) ● Lesões instantâneas: - Fratura - Contusão - Fratura por avulsão Consolidação de fratura: O que indica a consolidação de uma fratura é a presença do canal medular. - Inicialmente, observamos apenas o calo ósseo, com uma imagem borrada, e o canal medular pode não ser visível, processo que pode levar até 2 anos. - Além disso, a ausência de evolução clínica, especialmente se houver dor ao aplicar deformação no osso, também sugere que a fratura não está completamente consolidada, como no caso de um paciente com fratura de fíbula em que o osso foi envergado, mesmo sem ser detectado claramente na imagem. CARTILAGEM ARTICULAR HIALINA É uma estrutura nobre que reveste os ossos nas articulações, substituindo o periósteo nessas áreas. - O periósteo, que possui a função de criar o calo ósseo, não está presente nas peças articulares, sendo esta a função desempenhada pela cartilagem hialina. Da mesma forma, no SNC, a dura-máter exerce a função do periósteo. • Componentes principais da cartilagem hialina: colágeno, proteínas, polissacarídeos e água. • Composição: - Condrócitos em lacunas, rodeados porfibrilas de colágeno e uma substância-base, composta por polissacarídeos sulfatados, proteínas, e eletrólitos em solução aquosa. - Colágeno: confere resistência mecânica. - Polissacarídeos (glicosaminoglicanos): Viscosos e hidrófilos, proporcionam elasticidade e lubrificação sob cargas de compressão. • Características da cartilagem hialina: - Avascular e aneural. - Na OSTEOARTRITE, a dor ocorre devido à exposição do osso subcondral, altamente vascularizado. - Viscossuplementação: Embora haja efeito comprovado de condroitina, *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 41 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre queratina e colágeno (via oral), o impacto é relativo, não sendo garantido que esses suplementos alcancem a cartilagem. Já o ácido hialurônico melhora a viscoelasticidade articular de forma mais consistente. FUNÇÕES BIOMECÂNICAS: - A cartilagem hialina é viscoelástica, agindo como uma "esponja" que recobre o osso subcondral, compensando incongruências/asperezas e reduzindo o estresse das cargas dinâmicas sobre o osso. - Reduz o coeficiente de fricção (atrito) nas articulações. - Adapta-se de forma aguda (inchaço funcional pelo aquecimento articular) ou crônica (hipertrofia). O líquido sinovial nutre a articulação, com difusão intensificada durante o movimento. ● Exemplo: Antes de correr ou realizar exercícios de impacto, é fundamental realizar aquecimento articular (preferencialmente ativo) para aumentar o gradiente de difusão do líquido sinovial e induzir o inchaço funcional. Estresse na cartilagem articular hialina e osteoartrite: ● Cargas torcionais ● Aceleração/desaceleração ● Alto impacto ● Participação esportiva em nível elevado (ex: corrida em descida, que gera forças de cisalhamento) Aula 29.08.2024 Lesões por Overuse na Cartilagem Articular Hialina Ocorrem por: - Amolecimento (condromalácia) - Degeneração (osteoartrite) - Condropatias. Lesões Instantâneas: - Ruptura parcial ou total da cartilagem articular hialina. FIBROCARTILAGEM Fibrocartilagem (Elementos Acessórios): - Exemplos: menisco no joelho, disco da articulação temporomandibular (ATM), esterno-clavicular, fibrocartilagem triangular do punho (ulna, pisiforme e piramidal), e labrum glenoumeral. As fibrocartilagens do joelho e o labrum são as mais frequentemente afetadas. Funções da Fibrocartilagem: - Aumentar a congruência articular - Estabilizar a articulação - Facilitar os movimentos fisiológicos e restringir movimentos acessórios - Distribuir os estresses na articulação - Absorver impacto Lesões Mais Comuns: ● Degeneração e ruptura. Lesões por Overuse: - Degeneração: discopatia, prolapso discal, hérnia, desidratação discal. ● Discopatias afetam discos intervertebrais, meniscos e o labrum. ● A zona periférica do menisco, chamada de "zona vermelha", tem potencial de cicatrização devido à sua pequena vascularização. ● Zona rosa ou vermelho-branca: menos vascularizada, no meio. ● Zona branca: parte mais central, sem vascularização. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 42 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre **Se a lesão causar instabilidade e não houver melhora com tratamento conservador após 3-4 meses, a cirurgia pode ser necessária, principalmente em casos refratários. Lesões Instantâneas: ● Fratura (solução de continuidade) ● Ruptura (termo mais comum para fibrocartilagem) ● Avulsão Lesões SLAP (Lesão Superior Labral Anterior e Posterior): Causada pela tração da cabeça longa do bíceps braquial, que pode avulsionar o labrum glenoidal. Lesão de Bankart: Lesão labral na articulação glenoumeral. Tendão, Ligamento e Cápsula Articular: - O arranjo das fibras de colágeno difere entre tendões e cápsulas/ligamentos. - Nos tendões, as fibras de colágeno são organizadas de forma paralela, permitindo o controle de altas cargas tensionais unidirecionais. - Nos ligamentos e cápsulas articulares, as fibras estão dispostas para suportar cargas tensionais predominantes em uma direção, mas também em outras de forma secundária, o que justifica sua organização menos paralela. Por isso, é importante conhecer a morfologia dos tendões e ligamentos, e saber a direção das fibras, para mobilizar da melhor forma. Tensão no Tendão Calcâneo: - A força imposta durante o exercício deve seguir o alinhamento paralelo ao tecido-alvo, respeitando a orientação natural do tendão. Exemplo: Entorse do Talofibular Anterior (caso de paciente com entorse) 16min ● Os tendões envolvem, conectam e estabilizam as articulações, atuando como estabilizadores estáticos. ● São estruturas passivas (não produzem força ativa), mas têm um papel crucial na estabilidade e movimento. ● Compostos por tecido colagênico com fibras organizadas de forma paralela. ● Devido à baixa vascularização, apresentam uma recuperação mais lenta, com um turnover celular reduzido em comparação aos músculos, onde o turnover é mais rápido. ● São estruturalmente semelhantes em várias espécies, permitindo extrapolar dados de estudos com animais para humanos. ● Órgão tendinoso de Golgi (proprioceptor): sinaliza a tensão ocorrida no tendão, contribuindo para o controle motor e prevenção de lesões. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 43 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre CÁPSULA ARTICULAR E LIGAMENTOS: - Formados por tecido conjuntivo fibroso denso e elástico, compostos por feixes de colágeno e elastina. - Apresentam baixa vascularização, mas são altamente inervados, com presença de proprioceptores e nociceptores. - O órgão tendinoso de Golgi também está presente nos ligamentos, monitorando a tensão e contribuindo para a propriocepção. - A cápsula articular é revestida internamente por uma membrana sinovial, responsável pela produção do líquido sinovial. Funções Biomecânicas da Cápsula Articular e dos Ligamentos: - Unir os ossos da articulação. - Estabilizar a articulação. - Facilitar os movimentos fisiológicos. - Controlar movimentos acessórios, restringindo movimentos indesejados. - Essas estruturas são submetidas a forças de tração e tensão, adaptando-se a estresses mecânicos por meio de hipertrofia ou modificação de suas propriedades estruturais. - Toda lesão articular provoca instabilidade mecânica, tanto por questões estruturais quanto neurais, alterando o ciclo sensório-motor. Lesões por OVERUSE na Cápsula Articular/Ligamentos: - Ocorrem devido ao estresse contínuo em articulações consideradas "insuficientes", sem histórico prévio de trauma. Lesões INSTANTÂNEAS na Cápsula Articular e Ligamentos: - Incluem estiramentos e rupturas (parciais ou totais). - Movimentos repetitivos ou mudanças de posição (como mexer o joelho após longos períodos sentado ou mobilizar a coluna) ajudam a aliviar a tensão nessas estruturas. TENDÃO - FUNÇÕES BIOMECÂNICAS: - Conectar o músculo ao osso. - Estabilizar a articulação. - Facilitar movimentos fisiológicos. - Absorver e transmitir energia entre músculos e ossos. • É submetido a forças de tração e tensão, capazes de suportar pelo menos o dobro da força máxima do músculo ao qual estão conectados. • Adapta-se aos estresses por meio de hipertrofia e hiperplasia de colágeno. • No entanto, a ruptura de um tendão ocorre quando a carga excede a capacidade do músculo de absorver essas forças, resultando em uma transmissão de energia maior do que o músculo pode assimilar (relação transmissão x assimilação) - Exemplo: Correr em descida aumenta o cisalhamento nos tendões, sendo mais adequado descer caminhando. Saltos verticais, como os realizados no vôlei próximo à rede, produzem menos cisalhamento do que saltos horizontais, como os de ataques de fundo de quadra. Os exercícios devem gerar tensões passivas nas cápsulas e ligamentos, decorrentes da deformação muscular, *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorizaçãodas autoras! 44 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre promovendo resistência e remodelação tecidual pela deformação. Colágeno Tipo I - 60% do peso seco do tendão e 95% do total de colágeno do tendão - Obs: Em casos de tendinose, ocorre uma mudança no tipo de colágeno. Esse processo degenerativo no tendão é, muitas vezes, irreversível, levando a uma perda de resistência biomecânica. * Deformações: Para melhorar a resistência do tendão, é necessário submetê-lo a tensões adequadas, promovendo deformações que estimulam sua remodelação. Obs: A avaliação das amplitudes de movimento (ADM) deve ser feita em cadeias cinéticas abertas e fechadas. - Exemplo: Teste de dorsiflexão (Lunge Test) em cadeia cinética fechada (CCF) — com a tíbia sobre o tálus — pode revelar repercussões que não são visíveis em cadeia cinética aberta (CCA). Lesões por overuse no TENDÃO • Tendinopatia; • Tendinose (“tendinite”); • Entesopatia (lesão na conexão tendão/músculo). Lesões instantâneas no TENDÃO • Ruptura (parcial/total); • Contusão. Os tendões mais frequentemente afetados no esporte incluem: calcâneo, patelar, tendões do manguito rotador (principalmente o supraespinhal e cabeça longa do bíceps), e os tendões do glúteo médio e mínimo são os • Tenorrafia: Procedimento cirúrgico e sutura do tendão • Kager: Gordura que se interpõe ao tendão do calcâneo - TC • Ho�a: Gordura que se interpõe ao tendão patelar - TP TERMINOLOGIAS Classificação - Insercional: A maioria das tendinopatias ocorrem aqui - Não-insercional: Menos comum. Histopatologia • Tendão Normal: - ↑ Celularidade; - ↑ Substância amorfa. • Tendinopatia: - Desarranjo das fibras de colágeno; - Neovascularização (angiogênese) desordenada -> dor. • Tendinopatia Crônica: - Não há células inflamatórias (por isso, o termo “TENDINITE" é inadequado); - Causa da dor: Presença de nervos nos vasos sanguíneos que sinalizam *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 45 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre dor através de substâncias como Substância P, Calcitonina e Glutamato. - Tratamento: Exercícios excêntricos que geram tensão adequada no tendão são fundamentais para a recuperação. Excursão de conforto no início, preferencialmente com tensão isométrica. BURSA SINOVIAL: - Saco achatado de membrana sinovial, sustentado por tecido conjuntivo, cuja função é reduzir forças friccionais e facilitar o movimento entre estruturas dos tecidos moles e ossos ou entre tecidos moles. - Está submetida a forças de fricção que podem estar aumentadas pela baixa elasticidade de estruturas moles adjacentes. Pode sofrer sobrecarga (crônica/overuse ou instantânea), levando à bursite NERVO - Lesões por “overuse: Neuropraxia (ex: síndrome do piriforme; síndrome do nervo supraescapular) - Lesões instantâneas: Estiramento ou ruptura PELE - Lesões por “overuse”: Calosidades - Lesões instantâneas na pele: Escoriações, corte e bolhas. FÁSCIA - Membrana de tecido conjuntivo que envolve e sustenta todo o corpo, transmitindo forças entre grupos musculares. Exemplo: Peritônio, pericárdio, pleura. Piezoeletricidade “Net Fascial”: - Os mecanorreceptores, ao serem deformados, geram cargas elétricas (efeito piezoelétrico), liberando neurotransmissores que chegam às células pela malha fascial. Em pontos onde há mais fáscias, haverá mais sinalização de tensão Transmissão miofascial de força - A tensão ocorre de dentro para fora do músculo, desde as suas estruturas mais internas até chegar ao macro. - Tensão começa no sarcômero → passa pelo endomísio perimísio e epimísio → segue para tendões → intramuscular → músculos adjacentes → intermuscular → cápsulas e ligamentos → fáscias → tatos neuromusculares → extramuscular. - Os músculos não agem isoladamente. A força gerada em um músculo pode “fluir” para outros grupos musculares, ligamentos e tendões, facilitando a transmissão de força. Estabilidade-Integridade-Tensegridade Transmissão Miofascial de Força e estabilização: Exercícios como supino reto e flexão de braço diferem na estabilização do corpo. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 46 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - SUPINO RETO: O corpo se estabiliza com o apoio no banco. - FLEXÃO DE “BRAÇO”: As cadeias musculares (principalmente a cadeia anterior) geram maior estabilização e transmissão miofascial de forças. O mesmo conceito se aplica ao uso de barra versus puxador. Tipos de Fáscia: ● Superficial: Transmite forças em várias direções, semelhante a uma teia de aranha. ● Profunda e Visceral: Mais específicas e internas. Fáscias Relevantes: ● Fáscia Lata: Transmite forças do glúteo para o joelho. ● Aponeurose/Fáscia Toracolombar: Importante na transmissão de força na região lombar e torácica. Consequências de Alterações na Fáscia: ● Diminuição da mobilidade entre pele, fáscia superficial e profunda; ● Alterações no tônus muscular, com bandas tensas; ● Presença de pontos de tensão, como os pontos-gatilho, que podem ser ativos ou inativos. DESLIZAMENTO POR INTERFACE TECIDUAL: Se houver fibrose, o movimento dos tecidos é comprometido (perde funcionalidade), ocorrendo deslocamento em bloco. Para evitar isso, é importante mobilizar as estruturas. Comportamento do músculo após lesões estruturais importantes: Lesões severas alteram a função muscular, requerendo reabilitação e cuidados específicos. Lesões por Overuse da Fáscia: ● Fasceíte (tóraco-lombar, plantar, fáscia lata). ● Exemplos: SABIT (joelho) e síndrome trocantérica. Estas lesões raramente são primárias. Lesões instantâneas da fáscia: ● Síndrome miofascial (dor miofascial). ASPECTOS BIOMECÂNICOS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO O QUE É MÚSCULO? Definição: É uma estrutura especializada na produção de movimento dinâmico e estrutural. TÔNUS: ● POSTURAL: Controlado pelo SN, principalmente o cerebelo, influenciando a ativação muscular. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 47 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Pode ser hipotônico, normotônico ou hipertônico, e dificilmente se reverte. ● MUSCULAR (REPOUSO): Relacionado às propriedades viscoelásticas do músculo (proteínas contráteis e estruturais, organelas, vascularização, hidratação, etc). - Pode ser hipotrófico ↔ normotrófico ↔ hipertrófico e é reversível. FUNÇÕES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Estabilidade dinâmica das articulações; Geração de força para postura (contração isométrica) e movimento (contração dinâmica); Dissipação de forças (contração excêntrica); Produção de calor; Composição de aproximadamente 40% do peso corporal. Plasticidade do músculo esquelético • O músculo se adapta aos estímulos ou à falta deles, respondendo ao exercício físico de forma significativa. • Para que as adaptações aconteçam, o estímulo tem que ser adequado conforme o objetivo que se pretende. • Estímulos fracos não produzem respostas adequadas e estímulos muito fortes (acima da capacidade do músculo), podem produzir lesões. Essas adaptações podem ser: • Morfológicas: O exercício físico pode levar ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Da mesma forma, o desuso do músculo pode levar à diminuição da massa muscular (hipotrofia). A adaptação morfológica é a mais lenta de desenvolver, porque exige síntese proteica • Metabólicas: O exercício físico melhora o potencial metabólico do músculo, otimizando reações químicas e ações enzimáticas inerentes a cada tipo de metabolismo (anaeróbio alático, lático e aeróbio). • Neurais: O exercício físico, conforme o tipo, melhora a capacidade do sistema nervoso no controle neuromuscular, principalmente o controle em nível cortical inferior (cerebelo e núcleos da base) e medular (reflexos). É a adaptação mais rápida de se adquirir. BIOMECÂNICA • Tensão ativa: Quando há contração muscular. • Tensão passiva:Representada pelos componentes viscoelásticos, onde assume-se que este músculo está relaxado, com aumento do comprimento do músculo sem contração (por exemplo, no alongamento) ou, ainda, na contração excêntrica ou isométrica em grande excursão (tensão passiva e tensão ativa). • Alongamento passivo: Apenas tensão passiva. • Alongamento ativo: Tensão ativa e passiva. Aspectos cinesiológicos do músculo esquelético • Excursão do músculo: não há movimento se não houver excursão do músculo; • Assim, qualquer movimento pressupõe a variação do comprimento do músculo, de forma ativa ou passiva, em menor ou maior amplitude • Distância entre o encurtamento e o alongamento permitido pelas articulações: • É a variação do comprimento do músculo, na relação agonista x antagonista, para permitir o movimento. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 48 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Quando adicionamos grau de liberdade, aumentamos a transmissão de força (exemplo Bia no alongamento e contração, envolvendo outras articulações vizinhas), somando cadeias musculares - Esse conceito nos permite trabalhar dando ênfase em grupos musculares ou ainda em cadeias musculares • Relação agonista-antagonista: Acomodação e alteração do comprimento, passiva ou ativa, para permitir o movimento. Para “afastar” origem da inserção: usar grau de liberdade para aumentar a excursão do músculo. Implicações para a prática: • Amplitude parcial X amplitude total (permite aumentar a excursão do mm); • As UM que iniciam o movimento não são as mesmas que terminam, por isso, a ativação das unidades motoras funcionam por “faixa” de amplitude; - Na isometria com joelho em extensão total, não ativamos todas as UM do quadríceps; para isso, devemos usar várias angulações do movimento para atingir maior quantidade de UM, mas na prática não se utiliza desse conceito. • “Explorar” os graus de liberdade, ex: flexão de joelho com rotação neutra, medial e lateral; alongar isquiotibiais com quadril e em rotação neutra, medial e lateral; diagonais espiraladas, etc. • “Explorar” (ou não) a percepção dos movimentos/postura. Ex: Se eu quero controle neural voluntário, a percepção é muito importante; Se eu quero automatismo, a percepção não é importante (nesse caso, eu quero tirar o foco) Nos exercícios de flexibilidade: - Estática: maior tensão passiva e ativa pelo tempo maior na posição - Dinâmica: inversão das ações musculares (excursão), relação agonista/antagonista. Ex: Alongamento para bíceps na parede com rotação interna e extensão de ombro, bíceps braquial está em grande excursão de forma passiva quando em pronação, extensão de cotovelo e extensão de ombro; já o tríceps estará em menor excursão de forma ativa; Quando volta o movimento inverte a ação muscular, mas isso exige a PERCEPÇÃO do movimento; - Adicionando uma bola na mão e solicitando que ela seja apertada, ocorre uma co-contração entre bíceps e tríceps durante o movimento. Essa co-contração otimiza a estabilização, pois os músculos atuam em conjunto para envolver a estrutura óssea de forma mais eficaz. Relação comprimento-tensão Quando um músculo é contraído em baixa excursão, ocorre insuficiência ativa. Nessa situação, o sarcômero está em um comprimento ótimo, mas a sobreposição das pontes cruzadas é excessiva, resultando na perda de força do músculo. Ex: Extensão do joelho com flexão de tronco, ocorre essa insuficiência. A insuficiência passiva ocorre quando o aumento excessivo do comprimento de um *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 49 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre músculo provoca o escorregamento das pontes cruzadas, resultando em fraqueza muscular. Quando um músculo está em uma grande excursão, sua capacidade de gerar tensão como agonista é limitada devido a esse escorregamento. Por exemplo, ao realizar a flexão do quadril com o joelho estendido, os músculos isquiotibiais podem estar relaxados ou encurtados. Se os isquiotibiais estiverem encurtados, a tensão passiva deles pode diminuir a capacidade de flexão do quadril. Ajustar amplitude à carga (ex deixar deltoide maior) e carga à amplitude (ex: treino para escapulotorácica, abdução lateral até ADM máxima) A variação do comprimento do músculo produz diferentes tensões; A tensão máxima de um músculo é gerada quando ele é contraído em um comprimento que varia entre 80% e 120% do seu comprimento de repouso. Comprimento do sarcômero: Influência na força muscular; Posicionamento das articulações é importante para deixar os mm num comprimento ótimo para gerar FM. FOTO: co contração voluntária, ativando mais IQTB Curva comprimento-tensão (Neumann) Toda força produzida por um mm pode ter um componente ativo e também um passivo, grande parte da força é componente ativo (actina e miosina), conforme vamos ganhando comprimento, vai gerando menos tensão ativa e aumentando a tensão passiva pelo escorregamento de pontes cruzadas e pela deformação do músculo Sendo assim, dificilmente ganharíamos hipertrofia com pequena ou grande excursão, pq faz o escorregamento ou sobreposição das pontes cruzadas Exemplo: Braço over head, os extensores produzem mais força pois estão em um comprimento ótimo; já com o MS na posição anatômica os flexores produzem mais força pois estão agora em um comprimento melhor; Classificação do músculo conforme a sua interação no movimento • Agonista ação para produzir movimento (concêntrica ou excêntrica) ou manter postura (isométrica, concêntrica, exc). • Antagonista: encurta ou alonga passivamente (relaxado) permitindo o movimento, o mm está relaxado quando o agonista se contrai. Qualquer músculo pode produzir no mínimo dois movimentos, concêntrico e excêntrico. Dois músculos são antagonistas entre si quando na mesma articulação e no mesmo tipo de contração eles produzem movimentos diferentes. Ex: Quando o bíceps se contrai no cotovelo com ação concêntrica é flexor e quando tríceps se contrai na mesma articulação também concentricamente é extensor. O bíceps braquial em ação excêntrica pode fazer extensão do cotovelo por exemplo no retorno da rosca direta. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 50 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre • Sinergista: ação conjunta com o agonista auxiliando o movimento ou excluindo uma ação indesejada. Exemplo: Ao sentar na cadeira flexão de quadril, agonista é o quadríceps em ação excêntrica (desaceleração), IQTB é antagonista e glúteo máximo em ação sinergista (vai impedir a ação de extensão do quadril) * Mudança do comportamento dos mm nos exercícios; por exemplo, de sinergista a agonista ou o contrário (exemplo: gangorra, deslocando a transferência de peso e apertando o pé contra o chão na hora da descarga, sem a percepção os mm serão sinergistas, se pedimos a intenção de empurrar o chão, os mm passam a ser agonistas) - Na remada na academia, pensando em aduzir a escápula, os adutores passar a ser agonistas, sendo, portanto, mais ativados Um mm. pode produzir no mínimo dois movimentos, como por exemplo: o supinador na radio ulnar faz a supinação em ação concêntrica e pronação em ação excêntrica. - Ao levantar da cadeira, extensão do joelho agonista é quadríceps e os IQTB são sinergistas - Na flexão de quadril ao sentar na cadeira, o agonista é o extensor do quadril em ação excêntrica, quem desacelera uma ext é um flex e isso vale para os outros movimentos Ações musculares invertidas Inverte-se a direção das fibras - inversão da direção das fibras no sentido do alongamento ou encurtamento) Dependendo da massa (quantidade de matéria em um corpo), se a massa for menor que o componente contrátil, o movimento será da massa em relação ao componente, como ocorre no geral na CCA. Como na flexão do quadril em CCA, a coxa é quem vai em direção do tronco. Exemplo do abdominalcom elevação de pernas e a anteversão lombar: quem está ativando para manter os MMII são os flexores do quadril, o principal é iliopsoas, se os abdominais são fracos entramos em anteversão porque o psoas maior puxa o abdômen para frente, tendo dessa forma uma ação invertida do psoas maior. Para evitar devemos fazer pré ativação do abdômen para evitar a hiperlordose por meio da retroversão pélvica. Plasticidade: CONTROLE HORMONAL A plasticidade muscular refere-se à capacidade dos músculos de se adaptar a diferentes estímulos, e o controle hormonal desempenha um papel crucial nesse processo. • Células satélites: são células miogênicas quiescentes, localizadas entre a lâmina basal e o sarcolema; • Diferenciam-se em mioblastos, sendo importante na regeneração após lesão e no crescimento muscular ● GH: ação via IGF-I nos músculos: O GH estimula a produção do IGF-I (Fator de Crescimento Similar à Insulina Tipo 1), que é fundamental para a promoção do crescimento muscular, ajudando na hipertrofia (aumento do tamanho das fibras musculares). *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 51 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre ● GH: ação direta nas células satélites; O GH também atua diretamente nas células satélites, que são células-tronco musculares que ajudam na regeneração e no crescimento do tecido muscular. ● MGF (mechano growth factor): Expresso em músculos submetidos a aumento da tensão (exercícios excêntricos e resistidos); Ao contrário do IGF sua síntese é independente do GH; Responsável pela interação entre o sinal mecânico e a regulação do rescimento muscular; Fator de crescimento produzido pelo músculo submetido à tensão. Nenhum músculo será hipertrofiado e ganhar sarcômeros em série se não houver tensão adequada; Todo exercício deve ter um estímulo adequado para uma resposta adequada Lesões musculares por “over use” As lesões por uso excessivo são funcionais e ocorrem devido a atividades repetitivas - Ponto gatilho: Áreas hiper irritáveis no músculo que causam dor e desconforto. - Miogelose (nódulos): Nódulos palpáveis que se formam nos músculos, resultantes de tensão e contração muscular excessiva. Eles podem causar dor local e rigidez. - Dor miofascial/Sd postural. Condição onde o músculo entra num estado de tensão, com diminuição da perfusão e da variação do comprimento Lesões musculares instantâneas - Estiramento; - Ruptura (parcial/total); - Contusão “Cascata” da Regeneração muscular Dura em média 21 dias para recuperação Dor muscular pós exercício IL-6 → Interleucina 6: é uma citocina produzida em resposta ao dano muscular. Ela está envolvida na resposta inflamatória e contribui para a dor muscular de início tardio (DOMS). Fisio ajuda reduzindo a resposta inflamatória à esse dano; Com intervenções de recovery, como piscina de gelo. Teorias para DMIR (Armstrong, 1984) • Tensão elevada do sistema contrátil-elástico resultando em dano estrutural. • Lesão da membrana celular altera a homeostase do cálcio (reduz) na � mm, com necrose celular (> 48 hs); • Produtos da atividade dos macrófagos acumulam-se fora da célula e estimulam TNL (dor). Consenso de Munique: propõe a classificação em lesões funcionais e estruturais, direta ou não (sem contato) Aula 03/10/2024 Osteocinemática • Movimentos articulares fisiológicos - Ocorrem em função dos graus de liberdade da articulação. ex: flexão, abdução, supinação, etc - Podem ser ativos ou passivos • Grau de liberdade de uma articulação: Relacionado com os planos e eixos nos quais as articulações possuem movimentos *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 52 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre fisiológicos (dependem da morfologia óssea) Durante o processo de cicatriz, mesmo que haja uma cirurgia, é necessário evitar movimentos que causem stress ou tensão e que comprometam a cicatrização, ex: lesão no colateral medial, durante a fase inicial, deve-se evitar tensões que geram stress na estrutura, como stress em valgo no joelho. Necessário proteger a estrutura comprometida Num segundo momento, para remodelar o tecido, eu preciso por forças que ajudem a remodelar esse tecido Relembrar: • ESFERÓIDES: 3 GL; • CONDILARES: 2 GL; • GÍNGLIMO: 1 GL; • TROCÓIDE: 1 GL; • SELAR: 2 GL; • SÍNFISE: 3 GL. 58As únicas articulações que falando o movimento já sabemos o planos são as esferoides e a coluna vertebral Movimentos acessórios articulares: Em geral, toda lesão articular está relacionado com o movimento acessório, fora do plano do qual a articulação tem liberdade Ou seja, dificil ter uma lesao de LCM com um movimento de flexão de joelho; normalmente vai ser com um valgo associado à rotação interna Entender esse raciocínio ajuda a entender o mecanismo de lesão Exemplo do cara que chegou com entorse de joelho e tava com o pé caído, normalmente quando o membro cai é pq tem lesão nervosa; nesse caso provavelmente foi um varo recurvatum Isso é importante para entender a topografia da lesão,no primeiro momento evita-se o stress e após precisamos impor stress e tensão para recuperação da lesão • Podem ocorrer em planos nos quais a articulação não tem liberdade, ou ainda no próprio, mas em uma ADM maior; • Podem ser translatórios ou angulares, e são passivos • “Distendem” o complexo cápsulo-ligamentar • OBS: COMENTAR # ENTRE FROUXIDÃO E INSTABILIDADE Frouxidão é um sinal que podemos observar (ex: presença do stress em valgo ou varo, sem queixa), já a instabilidade é um sintoma/queixa (questionar o pcte se dor, se falseia, impressão de que vai sair do lugar) Avaliação: stress em valgo presente sem queixas de dor; stress em valgo presente com queixas de dor... Se pessoa tem geno recurvatum - LCA em risco Exemplo puxador: existe movimentação acessória no cotovelo na hora de devolver o aparelho, sem tanto controle muscular Movimentos acessórios x lesões articulares Tipos de lesões articulares • Entorse: sem perda da congruência articular. • Luxação: perda da congruência articular. - Subluxação grave que precisa de correção cirúrgica: ex do vídeo slide - Joelho em extensão a patela fica na parte mais rasa *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 53 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre da tróclea, durante flexão ela se encaixa na tróclea tendo portanto uma contenção óssea neste momento, não depende da musculatura e nem do complexo cápsulo-ligamentar Displasia troclear - se uma patela subluxa com o joelho em flexão, ele tem essa displasia, ou seja, a tróclea femoral é rasa, então vai subluxar (sair para outro lugar) Quando a patela entra na tróclea, a contenção é óssea e não muscular, os mm vasto medial, lateral etc são estabilizadores só nos últimos graus de extensão, então a estabilidade da patela em flexão não depende destes componentes cápsulo-ligamentares Instabilidade articular Patela lateralizada, mas sem queixa (assintomático); Nos atletas paralímpicos, muitas condições que parecem trágicas não necessariamente causam danos, mas são adaptações Instabilidades no ombro podem ser: TUBS: T - traumática U - unidirecional B - bankart S - cirurgica AMBR A - atraumática - instabilidade M - multidirecional B - bidirecional R - reabilitação • Instabilidade Mecânica Testes de lesão ligamentar positivos; Lesão anatômica. Instabilidade mecânica pela lesão estrutural Essas estruturas são inervadas, então altera o controle sensório motor em decorrência da instabilidade neural, pois os proprioceptores não irão conseguir agir da forma adequada, tendo em grande parte dos casos aferências inibitórias no músculo. Podendo gerar ainda, cinesiofobia. Por isso é necessário expor a estrutura gradativamente aos stress e fazer o treinamento sensório motor para recuperá-la • Instabilidade Funcional Instabilidade durante um movimento funcional;Déficit sensório-motor. + frequenteem ombro e tornozelo, mais crônicas • Instabilidade Funcional e Mecânica Estabilidade articular Elementos passivos que garantem a estabilidade: morfologia óssea (ex: do cotovelo garante >, ), complexo capsulo ligamentar e elementos acessórios em alguns casos 1:12 anotar que sempre vai ter elsão de passivo e deve melhorar o ativo • Componentes ou elementos ativos: deverão ser otimizados para reduzir/compenar o impacto do ligamento, cápsula ou menisco, ou seja, depende dos: Músculos - Componente metabólico - Componente neuromotor (níveis hierárquicos). Voluntário (deve ser o primeiro a ser recrutado quando houver lesão)→ Medular (deve ser o último a ser recrutado durante um processo de recuperação); *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 54 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Deve-se começar pelos movimentos fisiológicos que essa articulação realiza, com a percepção do movimento. Tipos de contração • Isométrica; • Dinâmica: concêntrica e excêntrica; • Auxotônica: ação muscular “concêntrica” para controle do movimento (tensão “contínua”). Quando ativa-se um grupo muscular para controlar o movimento, muito importante para estabilidade articular Importante para o ganho de força “inicial” quando há alguma condição relacionada à lesão: controle neuromotor VOLUNTÁRIO ● Importância do modelo educacional: Exercício + educação (orientação, conscientização do paciente quanto à sua rotina, dia a dia, adequações, o que deve e não deve fazer para continuar melhorando) têm mais eficácia do que os exercícios isolados Ex: Legpress não é indicado para quem tem lesão em joelho, coluna ou quadril pq o stress não compensa o benefício, pode ser trocado por haltere na mão e um agachamento livre por exemplo. Chamamos de lesão suprafisiológica Hipervigilância: no primeiro momento pode auxiliar e ser boa, mas com o tempo pode ser ruim, pois impede que a pessoa faça movimentos que ela é capaz e que deveriam ser feitos; privando o potencial funcional da pessoa “Desuso aprendido” - a pessoa aprende a não usar, e faz com que o seu mapa cortical mude (a sua cinestesia), e muitas vezes, no processo de recuperação, o que demora mais é reestruturar esse mapa cortical, ou seja, a pessoa aprender a fazer os movimentos dentro do que é adequado Isso acontece muito com a coluna lombar, onde as pessoas são erroneamente instruídas a não rodar a coluna em processos de recuperação Exemplo de educação no exercício - Sti� com extensão de joelho não usa o ritmo lombopélvico, deve ser feito utilizando desse conceito com a flexão de joelho durante o movimento. Exemplo: paciente piorou a dor lombar após natação porque usa pé de pato - aumentou braço de alavanca na lombar Adaptações neurais são muito mais rápidas, por exemplo por esse mecanismo no incio pode estar com grau de força 2 e ir paa grau 3 Diagnósticos - Anatômico - Topográfico - Etiológico - Patológico - Sindrômico Exemplos: - LCA: anatômico e topográfico - entorse de tornozelo: entorse: patológico; tornozelo- topográfico; lig talofibular ant: anatômico - fx no joelho: fx: patológico joelho: topográfico; seria o osso: anatômico: -03/10/2024- *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 55 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Unidade motora É o conjunto de fibras musculares inervadas por um único axônio; • A unidade motora possui apenas um tipo de fibra muscular; • Podem ter poucas fibras musculares por axônio (músculos “finos”); para ativar usar todos os movimentos possíveis das articulações em maior amplitude; exemplo prevenção de epicondilite lateral: trabalhar os mm que se originam ali tbm(como ext punho e supinador) , então não interessa a carga, é mais interessante trabalhar padrões de movimentos, pois os mm da mão possuem poucas fibras mm por axônio • Podem ter muitas fibras musculares por axônio (músculos “grosseiros”) Eficiência neuromuscular Mecanismos: - Maior número de UM recrutadas; - Maior frequência de estímulos para cada UM; - Maior sincronismo da UM. Como o SN modula o grau de força muscular? para gerar mais força o sn identifica uma carga maior e recruta mais UM (somação espacial) e aumenta a freq de(somação ….) e com maior sincronia 1:32 O nível de controle para estimular isso é o nivel voluntário Provas de função: subjetiva; concordância intra-avaliador Teste de forma mm: pode tirar esses graus • Grau 0 (zero): nenhum “vestígio” de ação muscular • Grau 1 (traço): “vestígio” de ação muscular • Grau 2 (precário): ação muscular com movimento em ADM incompleta (sob ação da gravidade). Obs: mensurar ADM • Grau 3 (regular): ação muscular com ADM completa sob ação da gravidade • Grau 4 (bom): ação muscular com movimento em ADM completa contra uma “determinada” resistência • Grau 5 (normal): ação muscular com movimento em ADM completa contra “resistência” máxima Considerações: • Avalia ação concêntrica, mas no esporte por exemplo é importante avaliar a força na Ação excêntrica (controle sensóriomotor); • Ação isométrica (se for o caso em várias ADM; facilita a comparação intra e inter segmentos; em alguns grupos musculares é importante o “toque cinestésico”) se n sustenta a isometria tende a etrar em ação exceêntrica 1:35 Controle sensório motor • De acordo com os estudos atuais, existem dois Homúnculos de Penfield: um sensorial e um motor; temos + neuronios motores do que sensoriais Níveis de controle neuromotor - Voluntário - Automático - Medular INTEGRAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA: FACILITA A PERCEPÇÃO E EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO; quem ferece a integração *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 56 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre sensorio motora as ferencias são todas as aferências, que contribuem p que as eferências sejam adequadas PROPRIOCEPTORES E VIAS NEURAIS DO MÚSCULO; PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE E INCONSCIENTE ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI NÍVEIS HIERÁRQUICOS DE CONTROLE NEUROMOTOR • MEDULA ESPINAL: controla a maioria dos mecanismos reflexos. • REGIOES BASAIS DO ENCÉFALO (núcleos da base e cerebelo):controlam as funções automáticas complexas como equilíbrio, marcha, ventilação, etc. • CORTEX CEREBRAL: processos mais complexos do pensamento, alem de atividades mais finas e delicadas. CONTROLE NEUROMUSCULAR É a capacidade do sistema neuromuscular e da unidade motora produzir força. É a resposta eferente dos músculos que transformam informações neurais em energia mecânica. O ganho inicial de força está relacionado a fatores neurais (melhora na eficiência neuromuscular). 1:38 - anotar não conseguimos produzir ação mm sem que tenha havido uma aferência prévia, pode ser visual, auditiva, vestibular, ex PORTANTO: INICIAR EXERCÍCIOS ATIVOS COM CONTROLE MOTOR VOLUNTÁRIO E EVOLUIR PARA O CONTROLE REFLEXO. EFICIÊNCIA NEUROMUSCULAR • Coordenação Intramuscular: Sincronismo das UM • Coordenação Intermuscular: - Relação agonista/antagonista; - Co-contração; - Descontração diferencial. 1:42 banheiro anotar facilitar descontração CONTROLE NEUROMUSCULAR • envolve propriocepção e cinestesia com 2 mecanismos de interpretação das aferências e coordenação das eferências (feedback e feedforward). - Feedback: atividade muscular reativa. - Feedforward: atividade muscular preparatória.; para ter isso o modelo de tarefa a ser executado deve ser automatizado, precisa ter um engrama sensório motor, então não tem memória antecipatória; sudorese antes domov ´para deixar o mov mais seguro IMPORTANTE: PRÉ ATIVAÇÃO “VOLUNTÁRIA”. antes do exercícios, exemplo jogar carga de um pé para outro , orientar forçar o pé contra o chão DIRETRIZES PARA CONTROLE NEUROMOTOR • Estabelecer o nível hierárquico de controle neuromuscular: • Iniciar com controle voluntário; • Contrações isométricas; • Posições articulares de conforto e seguras; • Facilitar a “visão” da pessoa (feedback); *É PROIBIDOcompartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 57 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre • Evoluir para contrações dinâmicas com aumento da velocidade de deslocamento do membro ou segmento corporal; • Mudar o nível de controle neuromuscular (cortical inferior e medular) Exercícios de equilíbrio estático e dinâmico: • Parâmetros para evolução: • Duplo apoio -> Apoio simples • Superfície estável -> Superfície instável • Auto desequilíbrio -> Desequilíbrio provocado • Reforço de aferências -> Redução das aferências periféricas (visão) Importantíssimo..... • Variáveis que devem ser consideradas na prescrição dos exercícios: • Carga [intensidade e tipo de resistência (variada/invariada)] • Amplitude (parcial/total); • Velocidade; • Séries; • Repetições; • Repouso; • Tipo de cadeia; • Posição do segmento/corpo; • Tipo de ação muscular; • Modulação dos gp musculares (agonista/antagonista/sinergista); • Por plano/eixo ou em “diagonais”... • Nível hierárquico; • Variabilidade....lembrar do conceito de “unidade funcional”.. Artigo: os exercícios foram muito restritivos, não trabalhando os componentes rotacionais, devem ser feitos exercicios muklti TREINO SENSÓRIOMOTOR VARIÁVEIS: Descargade peso (parcial/total) Apoio(bipodal/unipodal) Solo (estável/instável) Estímuloexterno (S/N) Posiçãodocorpo(MMSS) Feed-backvisual (S/N) Movimentação O grupo mm que estiver em maior tensao deve deflagrar POR COMPARTIMENTO : imagens Diagramas da estabilidade articular: supinação abrupta ativa os fusos para reposicionar o pé, se o músculo está mais rigido sem viscoelasticidade não terá boa resposta pois a sensibilidade do fuso é diminuida Muito ou pouca rigidez: a capacidade reativa do mm diminui Toda resposta eferente depende uma eferencia: imagem sistema sensório motor Treino: colocar imagem TIPOS DE AÇÕES MUSCULARES (CONTRAÇÃO) • Ação concêntrica (F>R) • Ação isométrica (F=R) • Ação excêntrica (Fregras, estabelece herois, "cria" gênios e vilões, forma opiniões, estabelece comportamentos, estabelece o "comércio do esporte" (quanto custa/vale) Atleta: ser biopsicossocial (termo guarda-chuva); não é só físico, é mente, bem estar, saúde; É importante entender a condição que tem a pessoa e a pessoa que tem a condição Periodização: é como a posologia do medicamento - Não é o número de sessões, mas o tempo total da intervenção e tratamento Ex: 10 sessões convênio - as vezes é melhor fazer duas sessões por semana por 5 semanas do que fazer 3x por semana por 3 semanas * Considerar o deslocamento do paciente até o lugar de atendimento para ajudar na padronização Treinamento esportivo Todo o treinamento e estratégias devem ser importantes para o atleta Capacidades motoras: - As capacidades condicionantes são pré-requisitos para as capacidades coordenativas - Nós como fisio devemos trabalhar as capacidades que o atleta não faz, por exemplo se já treina força fazer outra capacidade como agilidade, equilíbrio, etc - Para cada capacidade temos intervenções específicas Ex: equilíbrio - para treinar precisamos perturbar o corpo no espaço Preparação esportiva Compreende todos os fatores relacionados com a preparação do atleta e que podem levá-lo ao desenvolvimento de uma performance ótima. Composta por 3 sistemas: • Sistema de competições: todas as formas de manifestação da competição; • Sistema de treinamento: está relacionado com o desenvolvimento e com o aperfeiçoamento de capacidades motoras, conforme as particularidades de cada modalidade; • Sistema de fatores complementares: todos os meios que auxiliam a preparação do atleta. Estão inseridas a medicina, fisioterapia, psicologia, nutrição, fisiologia, etc. Preparação técnica Conjunto de procedimentos e conhecimentos capazes de propiciar a execução de uma atividade específica, de complexidade variável, com o mínimo de desgaste e o máximo de sucesso. Outros tipo de preparações: *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 4 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Preparação tática: dispor de recursos para explorar os pontos fracos dos adversários - Preparação psicológica: considerar aspectos processos cognitivos, emocionais, psicomotores e sociais; Tabus: entram na cabeça dos atletas, como por ex: cruzeiro não ganha do são paulo no mineirão - Preparação médica: atividades profiláticas e terapêuticas de medicina geral Competições desportivas podem ser: - Preparatória - De controle - Simulada - Seletiva - Principal Princípios científicos do treinamento esportivo Princípio da individualidade biológica: GENÓTIPO + FENÓTIPO = PESSOA Princípio da adaptação - Homeostase: equilíbrio estável das substâncias orgânicas em repouso; ● Variabilidade circadiana: influência do ambiente na homeostase - Estado estável: equilíbrio estável das substâncias orgânicas em atividade - Stress (estímulos necessários para gerar adaptações no organismo; saudável) - Strain (exagero, stress ruim, que ultrapassa os limites) Todo estímulo precisa produzir uma resposta e estímulos minimamente fortes são necessários para produzir uma adaptação No treino de força a adaptação é crescente primeiro depredamos o sistema, aí repousamos, e depois o corpo assimila e vai ganhando; Se atleta entra em platô (não está evoluindo/ melhorando a capacidade) às vezes é necessário um maior repouso para melhor adaptação. Diversificar também os estímulos para evitar ainda o efeito platô no treinamento, desmotivação e monotonia. Diferença entre fazer panturrilha como exercício físico vs no dia a dia correndo: A diferença é nível hierárquico de recrutamento muscular, pois sai do automatismo para o voluntário. Princípio da sobrecarga Treino, alimentação e repouso; Devemos sempre aplicar carga no período sucedente ao repouso. Princípio da interdependência volume-intensidade Aspectos metabólicos e neuromusculares conforme características do desporto. - Aeróbio: volume grande e baixa intensidade - Anaeróbio: é o contrário força: intensidade alta e pouco volume - Resistência muscular localizada: maior volume Princípio da continuidade - Aplicação de cargas crescentes progressivamente. tempo adequado; *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 5 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Continuidade do trabalho ao longo do tempo mínimo necessário para se obter efeito de treinamento; - Determina a interrupção do treinamento e a duração do treinamento. Não permitir quebra de continuidade, ou seja, começar o treino seguinte durante o estado de recuperação do treino anterior. Entretanto, isso não quer dizer trabalhar o mesmo grupo muscular; essa continuidade deve ocorrer na frequência do treinamento em si. Princípio da especificidade: - O treino é montado especificamente, em termos de capacidade motora e sistemas energéticos: considerar os aspectos metabólicos e neuromusculares. - Não ficar só na especificidade, treinar corpo todo, para prevenção *A lesão pode comprometer uma periodização - Bioenergética - • Pode ser considerada como a conversão dos nutrientes alimentares (no caso, macronutrientes) em energia biologicamente utilizável/disponível; • Por ex: A diminuição da energia para contração mm diminui o desempenho físico; Temos dois metabolismos: - Anaeróbio: 2 vias metabólicas de ATP: ● ATP-CP: músculo ● Glicólise anaeróbica: sarcoplasma - Aeróbio: mitocôndria Nós temos três sistemas energéticos 1. Nutrientes 2. Macronutrientes: gorduras, carboidratos - mais utilizados e proteínas - utilizadas em situações mais extremas, como o turnover; compostos orgânicos. 3. Micronutrientes: vitaminas, sais minerais, água - participam do processos, mas não fornecem energia Controle do ambiente interno • Estado de equilíbrio estável ao longo do dia em repouso - homeostasia (Walter Cannon, 1932). • Manutenção de um meio interno constante ou inalterado (na média), sem condições de estresse, resultante das respostas reguladoras. • Estado estável (controle das variáveis durante o exercício físico) é diferente de homeostasia (pressupõe o equilíbrio em repouso): ● O ambiente interno não se encontra completamente normal/linear o tempo todo, mas apenas que não está se alterando → Equilíbrio entre as demandas impostas ao organismo e as respostas a essas demandas ● Ciclo circadiano: eventos alternados que acontecem e variam ao longo do dia, como as variações de pressão arterial, frequência cardíaca, etc, influenciado por fatores internos e externos Por que ocorre hiperventilação durante uma atividade física? *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 6 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Pois aumentamos a demanda de energia muscular e a sua capacidade de contração diminui; quando a hiperventilação ocorre, indica que utilizamos mais o sistema anaeróbio, que irá formar mais CO2 e reduzir o O2 no organismo, então começamos hiperventilar e aumenta a FC, para remover o CO2 mais rapidamente e manter o equilíbrio estável. ● Ou seja, o aumento da atividade muscular sinaliza essas reações metabólicas Sistemas de controle do corpo • Temos vários sistemas de controle no corpo: intra e extracelular (sendo este o mais complicado) • A respiração é o evento celular de entrada e saída de componentes metabólicos, diferente de ventilação, que é a entrada e saída de ar no sistema respiratório • Controle biológico: série de componentes interconectados para manter variáveis fisiológicas e metabólicas num valor “quase” constante. • Componentes: receptor; centro de integração; efetor. • A maioria dos sistemas trabalha com retroalimentação negativa (feedback negativo), que minimizam estímulos após uma resposta de controle. Exemplos: 1. Gelo durante um processo inflamatório, que reduz o processo inflamatório e a dor 2. Tôcom fome, me alimento, esse alimento gera sinais que enviam estímulo para o SN e a sensação de fome passa, ou seja, a maioria dos sistemas trabalha com retroalimentação negativa para cessar um estímulo Ganho do sistema: é a precisão relacionada com a capacidade do sistema de controle em manter a homeostasia, calculado a partir dos itens abaixo. Ex: Ambiente passa de 22º para 0ºC por 20 min; t de 37º para 36ºC; DC de +/- 6 L sg para 18 L de sg (FC ???) Uma pessoa idosa não tem muitas manifestações durante um processo infeccioso (por exemplo: infecção urinária), como a febre, pois o sistema imune não consegue combater com uma velocidade adequada para ter as respostas esperadas. • Sendo assim, um sistema mais eficiente corrige melhor as alterações da homeostasia. Exercício físico: “desafio” para os sistemas de controle; pode haver incapacidade dos sistemas de controle levando a distúrbios importantes (ex: necrose de extremidades pelo frio, rabdomiólise (stress absoluto do músculo), infarto, hipertermia maligna, etc...) Fisiologia do exercício Bioenergética • Reações químicas: Ocorrem a cada momento durante o dia; E são catalisadas por enzimas que determinam o metabolismo chamadas vias metabólicas Vias metabólicas *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 7 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - Anabólicas: Resultam na síntese de moléculas; Ex: hipertrofia muscular; regeneração de tecidos lesionados ou não. - Catabólicas: Resultam na degradação de moléculas - mecanismo de destruição de tecido; Ex: necrose de tecidos; lesões induzidas por sobrecarga Tipos de energia: - Mecânica (30% de uma atividade muscular em repouso) - Elétrica (ex: potencial de ação) - Outras: térmica; química; luminosa e nuclear Questões: 1. Dê um exemplo de cada forma de energia 2. Numa contração muscular, quais são as formas de energia envolvidas? Mecânica, química, térmica e elétrica 3. Qual a eficiência mecânica da contração muscular? 30% é de energia mecânica quando em repouso 4. Quais intervenções fisioterapêuticas são baseadas em formas de energia? Luminosa - fotobiomodulação Mecânica - ultrassom Térmica - calor (ondas curtas, ultrassom), gelo (crioterapia) Elétrica - eletroterapia Metabolismo Funções: - Manter a saúde e a vida - Permitir o crescimento e o desenvolvimento - Permitir a reprodução Reações químicas • Endergônicas: há necessidade de adicionar energia aos reagentes para que a reação prossiga. • Exergônicas: as reações liberam energia; • Reações acopladas: muitas reações químicas que ocorrem no nosso corpo; • A energia liberada por uma reação exergônica é utilizada para desencadear uma reação endergônica; Ou seja, as reações que liberam energia estão acopladas às reações que exigem energia Exemplos: 1. Subida e descida de bicicleta 2. Nos alimentamos para ter macronutrientes para dar energia, mas para fazer o processo de metabolização e digestão alimentar, é necessário energia • Energia de ativação: energia necessária para iniciar uma reação química. A velocidade das reações químicas celulares é regulada por catalisadores chamados de enzimas. • Enzimas: são proteínas que têm papel importante na regulação das vias metabólicas da célula. - Reduzem a energia de ativação, mas não alteram a natureza nem o resultado final da reação; - Regulam a velocidade das reações; *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 8 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre - As enzimas se ligam a sítios específicos na molécula (como se fossem chave e fechadura); - Normalmente possuem sufixo “ase” Fatores que alteram a atividade enzimática: ● Temperatura - As enzimas, em geral, possuem uma temperatura ideal na qual são mais ativas. - Aumento na temperatura: aumenta a atividade da maioria das enzimas (é importante no exercício físico, considerando que o metabolismo muscular aumenta a temperatura); Levando, desta forma, ao aumento do metabolismo. - O contrário também ocorre, a redução da temperatura diminui atividade enzimática, ou seja, diminui o metabolismo. Exemplo: Hipóxia secundária ao trauma → crioterapia Após um entorse, colocamos gelo para diminuir o edema (efeito vascular), diminuir a dor (efeito sensitivo), diminuir a temperatura e a atividade metabólica que, quando aumentada após uma lesão, pode causar hipóxia secundária ao trauma (e o frio evita este processo) ● pH: Potencial hidrogeniônico - As enzimas, em geral, possuem um pH ideal no qual são mais ativas; - Se houver alteração além do ideal a atividade enzimática é reduzida; Exemplo: No exercício físico de alta intensidade há aumento da concentração de ácido lático e íons H+ (acidose metabólica, metabolismo anaeróbio lático), o que diminui o pH e consequentemente a capacidade de gerar energia necessária à contração muscular Atividade física intensa que gera dor imediata→ metabolismo lático Dor após atividade física (dia seguinte) → DOMS: Damage on set muscles soreness (dano muscular de início tardio): demanda exercida foi maior que a capacidade muscular - deformação plástica, lesão funcional • A energia necessária para a contração muscular provém do ATP (adenosina trifosfato, importante para todas as funções celulares, não apenas de contração muscular); - O estoque de ATP é pequeno no músculo; Desta forma, há necessidade de mecanismos para sintetizar ATP e possibilitar a contração muscular. Portanto, a reposição de ATP no músculo durante e após o exercício é de extrema importância. Músculo A célula muscular estoca uma quantidade limitada de ATP, o suficiente para uma atividade de alta intensidade e curta duração (ex: salto, corrida com explosão, etc); É fonte direta e exclusiva de energia Repouso X Exercício Os músculos são responsáveis pelo consumo de 30 % do oxigênio consumido em repouso; Este consumo pode chegar a *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 9 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre 90 % do consumo de oxigênio durante o exercício exaustivo Gordura essencial: é utilizada para sintetizar hormônios, bainha de mielina, etc; Então pouca gordura corporal também é problema Corredor e nadador - corredor tem maior cortical óssea, pela carga imposta ele “ganha” mais Questões: 1. Como ocorre a síntese de ATP? A síntese de ATP pode ocorrer de 2 formas; Primeiro na presença de O2 na qual após o processo de glicólise, o ácido pirúvico na presença de O2 formam ATP pelo ciclo de Krebs. A segunda forma é sem a presença de O2, o ácido pirúvico a partir de processos metabólicos, tem-se a formação de ATP, agora em menor quantidade pelo metabolismo anaeróbio. 2. Qual a diferença entre metabolismo aeróbio e anaeróbio? O metabolismo aeróbio utiliza O2 para produção de energia, e produz em média 38 ATPS para cada molécula de glicose. Já o anaeróbio é a produção de energia sem a presença de O2, produz pouco ATP e para esse processo ocorrer ele produz ácido lático 3. Qual a diferença entre o ATP sintetizado nos tipos de fibras musculares? Nas tipo I o ATP vem do metabolismo aeróbio, não tendo a formação de ácidos como produto final. Já nas tipo II, o ATP vem do metabolismo anaeróbio, podendo ter deste modo o acúmulo de ácido lático Reações de oxi-redução Envolvem a transferência de elétrons entre dois substratos. ● Redução – ganho de elétrons. ● Oxidação – perda de elétrons. Fosfagênios São moléculas que contém ligações fosfatos de alta energia: ATP é um fosfagênio, formado por: 1. Molécula de ribose. 2. Molécula de Adenina. 3. Grupos fosfato. Precisamos de ATP tanto para contrair, quanto para relaxar e fazer troca iônica • Energia para: - formar as pontes cruzadas; - desfazer as pontes cruzadas; - facilitar o transporte de íons na membrana celular Hidrólise do ATP • A energia armazenada é liberada pela quebra da ligação de alta energia (enzimahidrolítica); • Produto final da hidrólise do ATP é a formação do ADP + fosfato inorgânico + energia. → este processo depende de água, portanto uma pessoa desidratada pode ter problemas na execução de liberação de energia; Esse processo é contínuo, em maior e menor grau no processo metabólico *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 10 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Estoque de ATP-CP na célula muscular é pequeno (mesma coisa que fosfagênio ou mecanismo anaeróbio/lático), por isso não conseguimos fazer atividade de altíssima intensidade por muito tempo Exemplo: Se realizar várias flexões de cotovelo sem peso → sistema nervoso recruta fibra muscular do tipo I → metabolismo aeróbio → se aumentar carga → recruta fibra tipo II→ metabolismo anaeróbio Ou seja, o que vai influenciar o tipo de metabolismo são as cargas externas impostas ao músculo Ressíntese de ATP • O produto final da hidrólise é recombinado para formar ATP; • É formada nova molécula de ATP com ligação de alta energia; • Requer enzima ATP - “Moeda corrente” • O ATP ofertado é como “dinheiro no banco”. Ou seja, rende pouco. • Quando ocorre a hidrólise do ATP a energia liberada move os miofilamentos(processos contráteis) e facilita o transporte dos íons. • A energia estocada é limitada e dura poucos segundos. • Entretanto, em condições adequadas, o nosso ATP nunca vai ficar zerado (pensar em como funciona o volume residual funcional nos pulmões, que sempre está ali mesmo se fizer uma expiração forçada) Suprimento de ATP Quando o suprimento é baixo, a síntese adicional de ATP ocorre de 3 formas, em nível hierárquico 1. Hidrólise da CP *CP: composto orgânico na célula mm com energia prontamente disponível mas de curta duração. Para usar o sistema ATP/CP, a intensidade da atividade é alta, por isso não costuma se aplicar às condutas terapêuticas iniciais de reabilitação. SISTEMA ATP / CP Esse processo é dependente desta enzima fosfocreatina As reações anaeróbias acontecem no citoplasma e as aeróbias nas mitocôndrias 2. Glicose Armazenada nas células, é a maior fonte de energia para sintetizar ATP: - Pode entrar na célula diretamente do sangue (hormônio insulina); - Ou pode ser obtida pela hidrólise do glicogênio, um polímero de glicose *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 11 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre (glicogenólise) armazenado na célula muscular. A glicose realiza a formação de ATP pela glicólise; cada molécula de glicose forma 2 ATPs Sistema anaeróbio Glicólise - Processo metabólico envolvendo uma série de enzimas e reações para “quebrar” a glicose em ácido pirúvico; - Produz 2 ATP por molécula de glicose; - Não requer O2; - O produto final deste processo é o ácido pirúvico; - Sem O2, o ácido pirúvico se transforma em ácido lático. Exemplo: Como isso aconteceria num paciente pneumopata, que tem comprometimento do pulmão: - Músculo: componente periférico - Coração e pulmão: componentes centrais - Paciente tá com FC e FR em repouso, se ele dá um pique e aumenta a atividade muscular, o componente periférico (músculo) vai sinalizar o aumento da atividade metabólica no componente central (coração e pulmão) para fazer os ajustes, entretanto, se não houver atividade muscular, não irá ocorrer estes ajustes, o que prejudica não só a atividade pulmonar, mas também a função cardíaca. Por isso é importante fazer atividade muscular de MMSS e MMII, não somente manobras passivas para melhorar a função pulmonar Capacidade aeróbia: capacidade de captar (hematose) e utilizar oxigênio nas células; Sistema aeróbio Ciclo de Krebs - É o ciclo do ácido cítrico e fosforilação oxidativa, maior via metabólica; Forma 36 ATP’s para cada molécula de glicose + 2 da glicólise - Ocorre na mitocôndria, libera CO2, com co-enzimas que entram na fosforilação oxidativa; - Ocorre com O2: O O2 provém do estoque das células (mioglobina armazenada no músculo) e da circulação Fosforilação oxidativa - Processo de síntese de ATP que envolve a cadeia de transporte de elétrons. Junto com o ciclo de Krebs forma 36 ATP por molécula de glicose; - Nesse processo o H+ combina com o O2 e forma H2O (água); - O ácido pirúvico na presença de O2 entra no ciclo de Krebs por meio da Acetil Coenzima A (Acetil CoA). RESUMO → - Sistema ATP-CP ou sistema do fosfagênio/anaeróbio/lático: gera 1 molécula de ATP; - Glicólise anaeróbia (da glicose ofertada pela circulação e pela mioglobina) ou da glicose obtida *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 12 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre pela glicogenólise (do glicogênio muscular): forma 2 moléculas de ATP por molécula de glicose, forma ácido pirúvico e, sem a presença de O2, forma ácido lático. - Com a presença de O2 o ácido pirúvico entra no ciclo de Krebs - O ciclo de Krebs junto com a fosforilação oxidativa forma 36 ATP. Com os 2 ATP provenientes da glicólise forma um total de 38 ATP Exemplos: 1. Maratonista (B) - usa metabolismo misto x Velocista (A) - usa ATP-CP e talvez glicólise 2. Indivíduo A 100m rasos (ATP-CP não deu tempo de glicólise, metabolismo anaeróbio) x Indivíduo B maratona (metabolismo misto pois para entrar no ciclo de krebs precisa de glicólise e metabolismo anaeróbio) O sistema anaeróbio utiliza muita energia por unidade de tempo, enquanto o sistema aeróbio utiliza pouca energia por unidade de tempo; Fibras tipo I ou vermelha: maior quantidade de mioglobina, utiliza sistema oxidativo, fibras finas, de contrações lentas e menos vigorosas, com baixo limiar de contração/excitabilidade Fibras tipo II ou brancas: menor quantidade de mioglobina (predominantemente anaeróbio), também chamadas de glicolíticas; fibras grossas, rápidas e com alto limiar de excitabilidade Capacidade aeróbia É a capacidade máxima de captar, transportar e utilizar O2 pela célula. Sendo um importante indicador da aptidão física cardiovascular; Consumo de oxigênio (VO2) • Componente central: débito cardíaco (Q= FCxVS); • Componente periférico: diferença entre sg art/ven; • Artéria: todo vaso que sai do coração; Veia: todo vaso que entra no coração • VO2 depende do sangue bombeado pelo coração e do O2 extraído do sangue pelos tecidos para ressíntese de ATP. • A microcirculação pressupõe os eventos que ocorrem na célula e são dependentes da pequena e da grande circulação VO2 máx - Capacidade máxima do sistema de transporte de O2 e da ressíntese aeróbia de ATP; É expresso em mililitros de O2 por Kg de peso corporal por min (ml/Kg/min); litros por minuto (l/min). - Mensuração: via direta (análise de gases) com a ergoespirometria (teste ergométrico com a máscara); E via indireta (testes de pista) Aptidão cardiorrespiratória Capacidade de realizar exercícios dinâmicos de intensidade moderada a alta envolvendo grandes grupos musculares por períodos longos, necessitando de grandes grupos musculares de forma cíclica ou contínua, por um tempo não menor que 20 min, como corrida, natação, pedalar, ou exercícios em estações. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 13 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Essa realização depende da função dos sistemas: Respiratório, Cardiovascular e Músculoesquelético Aptidão cardiorrespiratória e saúde Baixos níveis de aptidão CR estão relacionados a maior risco de morte por todas as causas, mas principalmente por doenças cardiovasculares; • A melhora da aptidão cardiorrespiratória (CR) está associada a redução de morte por todas as causas; • Altos níveis de aptidão CR estão associados a exercícios físicos, que por sua vez estão associados com muitos benefícios à saúde. Volumes e capacidades pulmonares • O metabolismo anaeróbio aumenta os volumes e capacidades pulmonares • A hiperventilaçãonão ocorre somente de forma automatizada, mas também pode ser feita voluntariamente Volumes: - Volume residual (VR): quantidade de ar que permanece nos pulmões após expiração máxima; - Volume corrente (VC): quantidade de ar presente numa inspiração e expiração “normais”; - Volume de reserva inspiratório (VRI): quantidade de ar inspirado após uma inspiração “normal”; - Volume de reserva expiratório (VRE): quantidade de ar expirado após uma expiração “normal” Capacidades: - Capacidade Inspiratória (CI): VRI + VC, corresponde (aprox. 3.500 ml). - Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR, (aprox. 2.300 ml) - Capacidade Vital (CV): VRI + VRE + VC, (aprox. 4.600 ml). - Capacidade Pulmonar Total (CPT): VC + VRI + VRE + VR, (aprox. 5.800 ml). • O treinamento aeróbio está associado a adaptações em várias das capacidades funcionais relacionadas com o transporte e utilização do oxigênio, por isso tem participação na melhora da capacidade pulmonar. Modificações no sistema cardiovascular e pulmonar com o treinamento aeróbio: - Diminuição da FC de repouso; pelo aumento do volume das cavidades do coração; Concêntrico aumenta a espessura e excêntrico aumento em tamanho; Coração do atleta precisa bater menos vezes para manter o mesmo DC; - Aumento do volume cardíaco; - Aumento do volume plasmático; - Aumento do volume de ejeção; aumento da eficácia da função do coração - Aumento do débito cardíaco; - Melhora da eficiência dos músculos ventilatórios, pois no exercício *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 14 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre respira-se com um volume > que o VC, utilizando os volumes de reserva; (São MME); Bradicardia de repouso no atleta: aumento do volume sistólico e aumento do tônus vagal (alterações morfológicas) Evidências sobre benefícios da atividade física e/ou do exercício regular - Melhora na função cardiovascular e respiratória: captação máx de O2 aumentada como uma adaptação; - Maior perfusão tecidual/mm. pelo aumento da densidade capilar que passam a ser perfundidos; - Tolerância > ao lactato no sangue durante exercício; - Aumento do limiar do exercício aumentado para sinais/sintomas de doença (por isso deve-se avaliar o pcte também em exercício e não só em repouso) - Redução nos fatores de risco para DAC: pois o exercício aeróbio protege os vasos e diminui probabilidade de doenças, já que quando o sangue passa pelo tecido epitelial dos vasos, gera um atrito chamado shear stress que facilita liberação de óxido nítrico minimizando e/ou evitando a agregação plaquetária, pois o fluxo sangue aumenta com o DC elevado; - Aumenta colesterol bom e reduz o ruim; - Gordura corporal total reduzida e intra-abdominal. - PA reduzida em repouso - Morbidez e mortalidade reduzidas: pois é considerado uma prevenção primária e também secundária (pós evento cardíaco por exemplo) Existem muitos outros benefícios, como por exemplo: - Redução da ansiedade e depressão, pois o exercício promove atividade metabólica que faz com que cascata neuroimunoendócrina seja ativada ; - Função física aprimorada e maior independência em pessoas idosas; - Sensações aumentadas de bem-estar, pois libera substâncias/hormônios chamadas opioides endógenos, ; - Melhor execução do trabalho e de atividades recreativas OBS: Sons de Korotko�: não se escuta nada ao aferir a pressão quando insufla o manguito pois tem restrição do fluxo, quando liberamos o manguito, o fluxo fica turbilhonado, significa que a pressão sistólica foi maior do que a do manguito; E paramos de ouvir de novo quando isso normaliza tornando o fluxo laminar novamente; Resumo da programação geral do exercício Frequência, duração, intensidade e atividades necessárias para alcançar componentes como treinamento cardiorrespiratório, de resistência ou de flexibilidade por exemplo *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 15 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Zona alvo de treinamento: entre limite superior e inferior da intensidade Tempo: Para o uso da gordura como substrato energético é necessário um tempo maior que 20 min para se iniciar esse uso e auxiliar nos benefícios da atividade física Fadiga volicional: um estado de fadiga onde o indivíduo interrompe o exercício de acordo com sua motivação intrínseca, mas que é inferior a fadiga máxima real e não reproduz os resultados de acordo com os obtidos através da medida direta; Exemplo: Para realizar um teste de esforço máximo a ponto de chegar à exaustão total, o indivíduo deve chegar ao ponto de fadiga volicional, ou seja, até onde a sua determinação ou motivação permitem, considerando o cansaço como obstáculo. Flexibilidade Exercícios de excursão muscular, usando maior ADM sem produzir dor; Alongamento: deformação elástica, se chegar na dor é deformação plástica ; Tempo de no min 20s com deformação para promover essa função; estático para ganhar flexibilidade, alongamento dinâmico usado + para aquecimento; Parâmetros para atividade física Evidências sobre intensidade Usamos na prática a FCmáx e de FCreserva Recomendações ACMS - Capacidade aeróbia Nível de aptidão FC máx (%) FCR(%) VO2 máx (%) Não condicionado 60 a 70 50 a 65 50 a 65 Intermediário 70 a 80 65 a 75 65 a 75 Condicionado 80 a 90+ 75 a 85+ 75 a 85+ *Nível de aptidão: como a pessoa se considera por meio de questionários FC reserva: FC alvo: OBS: FCR: FC de repouso FCr: FC de reserva Exemplo: Indivíduo A e B , 20 anos, FCR individuo A: 50; FCR indivíduo B: 70; Ambos não condicionados FCmax de ambos: 200 bpm Zona alvo 60 a 70% da FCmáx Zona alvo = 120 a 140 bpm FCr: indivíduo A 0,5 (200-50) + 50 = 125 bpm FCr: indivíduo B 0,5 (200-70) + 70 = 135 bpm *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 16 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Para obter VO2 máx precisa de ergoespirometria, mas existem trabalhos que indicam que assemelha ao comportamento da FCr Recomendação: - Frequência 3 a 5 dias/semana - Duração: 20 a 60 minutos - Intensidade: • 60 a 90% da FC máx; • 50 a 85% do VO2 máx • 50 a 85% da FC de reserva máxima - Modo: Exercícios com grandes grupos mm; contínuo ou circuitos de exercícios intervalados A frequência cardíaca é utilizada como parâmetro para estimar intensidade do exercício; A relação entre a FC e o volume de oxigênio consumido na atividade/exercício (VO2) é linear; Ou seja, quanto maior a FC maior o VO2, o contrário também é verdadeiro. Intensidade A intensidade é o grau de esforço necessário. - Normalmente, quanto maior a intensidade maior é a FC, respiratória, do gasto energético e da percepção de esforço; - Podemos estimar a intensidade pela mensuração da frequência cardíaca: FC máx = 220 – idade - Desejável estar entre 60 a 70 % da FCMáx Capacidade aeróbia - É possível determinar utilizando a frequência cardíaca máxima; - Calcula-se a FCmáx e multiplica-se pelo percentual conforme nível de condicionamento Exemplo: pessoa com 30 anos, não condicionado, com FC de repouso=70bat/min trabalhando a 70%: Fcmáx = 220 – idade (220 – 30) = 190 bat/min 70% de 190 = 133 bat/min - É possível determinar também utilizando-se a frequência cardíaca de reserva ou Método de Karvonen: considera FC de repouso Exemplo: pessoa com 30 anos, não condicionado, com FCR =70bat/min trabalhando a 50% FC alvo= 50% (FCmáx – FCR) + FCR FC alvo= 50% (190-70) + 70 = = 0,5. 120 + 70 FC alvo = 130 bat/min Relação entre FC no exercício físico e VO2Máx: Exemplo: Indivíduo 20 anos; FC máx = 220 – 20 =200 BPM; FCR = 60 BPM; I = 170 BPM %VO2MÁX= 170–60 = 110 = 0,78 X 100 =78% 200–60 140 Chegou no 170 e sentiu muito cansaço e precisa parar atividade por exaustão Escala de percepção de esforço (RPE) Demonstra a relação com o % VO2 máx e ao limiar de lactato, independentemente do *É PROIBIDO compartilhar esteconteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 17 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre tipo de exercício e condicionamento do indivíduo Percepção subjetiva do esforço Leve: Esforço mínimo e leve aumento da FC e FR Moderado: Mais esforço que o anterior, aumento moderado da FC e FR Intenso ou Vigoroso: Grande esforço físico, e maior aumento da FC e FR Como avaliar a capacidade aeróbia? Ergoespirometria Determina variáveis respiratórias, metabólicas e cardiovasculares pela medida das trocas gasosas pulmonares durante o exercício. O consumo máximo de oxigênio (que a ergoespirometria avalia) e o limiar anaeróbio (transição do aeróbio para anaeróbio) são os principais indicadores de aptidão cardiorrespiratória, sendo utilizados na prática para diagnóstico e prognóstico de desempenho esportivo e de condições de saúde Duração do teste • A avaliação não deve ser longa, para evitar efeitos de desidratação, durando em média 12 minutos. Normalmente é interrompido pela exaustão. • Carga inicial pelo lastro fisiológico individual/ de segurança: - Sedentários jovens: 7 Km/h - Treinados : 9 a 10 Km/h - Cardiopatas /pneumopatas: 3Km/h • Médias para grupos específicos - Cardiopatas /pneumopatas: abaixo de 25 ml.Kg.min - Sedentários: de 26 a 36 ml.Kg.min - Ativos: acima de 36 ml.Kg.min - Atletas: maratonista de 80 a 90 ml.Kg.min OBS: No exercício tende aumentar a PA sistólica, isso é comum; Entretanto, não é comum, e não se espera grande variação na diastólica Forma Direta: Analisador de gases – detectar o ponto de descompensação e o consumo máximo de oxigênio, utilizando-se de análise criteriosa de proporção dos gases. Limiares anaeróbios Limiar anaeróbio: quando não consegue manter atividade somente com O2; Começa usar glicólise anaeróbica, gerando fadiga. ● Limiar anaeróbio (LV1 – limiar ventilatório) É quando a intensidade do exercício aumenta e exige a necessidade de produção anaeróbia por meio da glicólise (acelerada) para suplementar (sem substituir) a produção aeróbia de energia ● Ponto de compensação respiratória (LV2): É quando começa a haver hiperventilação; Que pode ocorrer por queda do pH arterial(acidose met); hipercalemia (+ K no sg, altera trocas iônicas); ↑ temperatura; E ↑ níveis *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 18 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) Transição do repouso para o exercício físico Repouso para exercício físico: - Consumo de O2 aumenta rapidamente e alcança estado estável em 1 a 4 min; - Inicialmente: sistema ATP-CP = 1ª via; glicólise anaeróbia = 2ª via; sistema aeróbio = 3ª via. - O “não aumento” imediato na captação de O2 no início do exercício sugere que vias anaeróbias estão contribuindo para produção de ATP nessa fase; - Após atingir o estado estável, a necessidade de ATP é suprida pelo metabolismo aeróbio. - Cansaço inicial diz que o corpo precisa entrar na glicólise anaeróbia e depois que entra reduz o cansaço. - Resumo: Podemos passar primeiro pelo met anaeróbio e depois retornar para o aeróbio, quando o corpo atinge o estado estável, não acumulando mais ác lático e reduzindo portanto a fadiga Déficit de O2: é a diferença entre a captação de O2 nos primeiros minutos do exercício e um período de tempo igual ao estado estável ter sido atingido, ou seja, caracteriza um retardo na captação de O2. *Indivíduos treinados: passam rápido pela glicólise anaeróbia, tem uma ativação mais precoce na produção aeróbia de ATP e menor produção de ácido lático. Recuperação do Exercício Físico: respostas metabólicas - O termo débito de O2 é considerado termo inadequado, atualmente sugerem o uso do termo EPOC (“excess post-exercise oxygen consumption”) - Consumo excessivo de oxigênio pós-exercício - Como o EPOC não é utilizado para conversão do ácido lático em glicose, parte desse O2 é utilizado para restaurar estoques de CP no músculo e O2 no sangue e tecidos (2 a 3 min) de recuperação (coerência com a porção rápida). - As FC e FR podem se manter elevadas após o exercício físico e requerem O2 adicional acima dos níveis de repouso; - Pós exercício tem-se o aumento da temperatura aumenta a taxa metabólica (efeito Q); Bem como, o aumento na liberação de adrenalina ou noradrenalina - Resumo: Exercício anaeróbio gasta pouco O2 durante o exercício, mas para repor estoques de ATP-CP e glicogênio depredados, o organismo vai precisar consumir O2 depois da atividade. - Porção rápida e lenta do débito de O2 ocorre na fase de recuperação Fatores que podem contribuir para excesso do consumo de O2 pós exercício: ↑ hormônios, ↑ FC e FR pós; ↑ temperatura corporal; níveis de remoção do lactato; ressíntese de CP no mm *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 19 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Respostas metabólicas ao exercício físico Exercícios de alta intensidade: • Entre 10 a 20 seg e 10 min: obtido o ATP por meio da combinação das vias anaeróbias e aeróbias; • 2 a 20 seg: sistema ATP-CP; • Mais de 20 seg: glicólise anaeróbia; • Mais de 45 seg: 3 sistemas, + anaeróbio que aeróbio • Em geral no ex fís intenso de +/- 1 min = 70% anaeróbio e 30% aeróbio; > 2 min anaeróbio +/- aeróbio Exercícios prolongados de baixa intensidade (> 10 min): energia predominante do sistema aeróbio; • Em intensidade sub-máx ( 75% do VO2máx: sem estado estável; lentidão na captação de O2, pelo aumento da tº, > nível sanguíneo de adrenalina, noradrenalina que estimulam metabolismo glicolítico e aumentam a taxa metabólica Transição do metabolismo aeróbio para o anaeróbio - Limiar de lactato: definido como “início do acúmulo de ácido lático no sangue”. Ponto do exercício físico onde o se inicia a transição do metabolismo aeróbio para o anaeróbio, acumulando ácido lático; - Indivíduos não treinados ocorre quando a intensidade é por volta de 50 a 60% do VO2máx; - Nos treinados ocorre por volta de 65 a 80% do VO2máx; Causas de aumento do limiar do lactato: O2 muscular baixo, glicólise acelerada, recrutamento de fibras mm. rápidas e taxa de remoção do lactato reduzida Repouso ativo Pressupõe intervenções com exercícios de baixa intensidade (leve e contínuo) para remoção do ácido lático; Na fisioterapia é o que chamamos de recovery, mas aqui geralmente se faz por formas passivas (bota pneumática, gelo, etc), pois costuma ser a preferência do indivíduo/atleta. • Os níveis sanguíneos de adrenalina e noradrenalina começam a aumentar de 50 a 65% do VO2máx durante o exercício progressivo e estimulam a taxa glicolítica; • O aumento da glicólise aumenta a taxa de produção de NADH; • A falha do sistema em “mover” o H+ do sarcoplasma para a mitocôndria faz com que o ácido pirúvico “aceite” o H+ com a produção de ácido lático, independentemente do músculo ter ou não O2 para a produção aeróbia de ATP Enzima lactato desidrogenase (LDH) Converte o ácido pirúvico em ácido lático ou o contrário; Nas fibras do tipo I, a LDH vai converter o ác lático em ác pirúvico; E nas do tipo II ocorre o oposto, a LDH converte o ácido pirúvico em lático É uma reação reversível pois o ácido lático pode ser reconvertido em pirúvico sob condições adequadas; *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 20 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Quando o exercício físico fica mais intenso, o recrutamento de fibras tipo II aumenta com maior formação de ácido lático; • Outra explicação: Enquanto os músculos produzem ácido lático, outros tecidos fazem a sua remoção (por exemplo o fígado). Se a remoção não é adequada há acúmulo de ácido lático. Avaliação metabólica: correlaçãocom desempenho Exemplo: Quantidade de ácido lático no sangue em atletas; O ác lático é formado no mm e identificado pelo sangue; No exemplo acima, o atleta 7 tem excelente capacidade de remover o ácido lático do mm para o sg, ou seja, ele tem uma recuperação melhor, pela taxa de redução de ác lático dentro do músculo. Questionário subjetivo que aplicam nos atletas sobre a percepção deles em relação ao sono, fadiga, estresse e dor; Normalmente feito por fisiologistas em uma equipe, mas é considerado por todos os outros profissionais. Fatores que controlam a seleção do substrato energético Contribuição para energia: ● Proteínas: Preservadas para fazer síntese de tecidos; Desaminação: Quando no pcte desnutrido corpo lança mão das proteínas, como nas crianças raquíticas por isso; Contribuem pouco para geração de energia - 20 min): as gorduras são o substrato mais predominante; - Exercício físico de alta intensidade e pequeno volume (>70 % VO2máx): os carboidratos são mais utilizados como substrato energético Importante lembrar que o consumo de energia não tem só relação com intensidade, mas também com volume, como por exemplo um indivíduo A correndo 10k em 1,5h pode ter mesmo gasto energético do que um B que fez 10k em 25min; *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 21 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre • Lipólise: - Processo de metabolização das gorduras; - Processo lento que leva minutos e envolve hormônios como adrenalina, noradrenalina e glucagon; - A mobilização de ácidos graxos livres no sangue é inibida pela insulina e pelo nível elevado de ác lático; - A insulina inibe a lipólise por meio da inibição direta da atividade da lipase. - Normalmente o nível de insulina cai em exercícios prolongados; - Consumo de carboidrato 30 a 60 min antes do exercício físico aumenta a glicemia e mais insulina é liberada pelo pâncreas podendo diminuir a lipólise e por consequência o metabolismo das gorduras. Desvio do metabolismo Dois fatores podem levar ao desvio do metabolismo: 1. Recrutamento de fibras tipo II: possuem enzimas glicolíticas que metabolizam mais carboidratos do que gorduras; 2. Aumento da adrenalina no sangue; Que aumenta a degradação de glicogênio, aumenta o metabolismo dos carboidratos, aumenta a produção de ácido lático, que inibem o metabolismo das gorduras. Interação entre o metabolismo das gorduras e dos carboidratos Exercício físico de curta duração Os estoques musculares de glicogênio e da glicose sanguínea não são totalmente depletados; Exercício físico com mais de 2 horas O estoque muscular e hepático de glicogênio podem atingir níveis muito baixos o que predispõe a fadiga muscular; Com pouco carboidrato a glicólise é reduzida e também a concentração de ác pirúvico o que diminui a produção aeróbia de ATP; Ou seja: ↓ carboidrato ↓ glicólise ↓ ác pirúvico ↓ metabolismo aeróbio do ATP O ácido pirúvico é um composto intermediário para o ciclo de Krebs. Se a glicólise é reduzida pela falta de substrato energético, os níveis de ácido pirúvico no sarcoplasma diminuem o que diminui a atividade do ciclo de Krebs, tendo como resultado final a diminuição da produção aeróbia de ATP (como substrato as gorduras); Quando os estoques de carboidrato são depletados (reduzidos) a taxa de metabolismo das gorduras também é reduzida. Fontes durante o exercício físico Carboidratos São armazenados como glicogênio nos músculos e fígado; O glicogênio muscular serve como fonte direta de carboidrato para o metabolismo; Já o glicogênio hepático faz a reposição da glicose sanguínea; *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 22 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Carboidratos utilizados para o metabolismo são originários do estoque muscular e da glicose sanguínea. Quando o nível de glicemia diminui no exercício físico prolongado, a glicogenólise hepática é estimulada e a glicose liberada para o sangue que pode ser transportada para os músculos e utilizadas como substrato energético; A glicose sanguínea desempenha papel importante no exercício físico de baixa intensidade enquanto que o glicogênio muscular é a principal fonte no exercício físico de alta intensidade; O uso do glicogênio está relacionado com o recrutamento de fibras do tipo II e dos níveis elevados de adrenalina. Gordura A maior parte da gordura é estocada sob a forma de triglicérides nos adipócitos; Para serem metabolizadas precisam ser degradadas em ácidos graxos livres e glicerol. Os ác graxos são convertidos em acetil CoA e entram no ciclo de Krebs; No início do exercício físico de baixa intensidade a contribuição dos triglicérides musculares e dos ác graxos livres plasmáticos (adipócitos) é semelhante; Com maior duração do exercício físico de baixa intensidade a principal fonte de gordura são os ác graxos livres Perda de massa gorda: adipócitos → exercícios de baixa intensidade com volume adequado Para perder massa gorda é interessante realizar exercícios aeróbios que não ultrapasse o limite superior, porque precisamos usar mais a gordura como substrato energético, então não necessariamente o exercício precisa ser intenso para redução de massa gorda. Proteína Para serem utilizadas como fonte de energia precisam ser degradadas em aminoácidos; Papel como substrato energético no exercício físico é pequeno; Depende principalmente dos BCAA; As enzimas (proteases) capazes de degradar as proteínas musculares são ativadas durante o exercício prolongado (> 2 hs) acarretando um pequeno aumento de aminoácidos como substrato energético Substratos e intensidade do exercício físico Intensidade do exercício (VO2máx) *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 23 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Ácido lático Pode servir como substrato para o fígado sintetizar glicose ou como fonte direta para o músculo e o coração; O lactato removido do sangue pode ser convertido em piruvato, o qual pode se transformar em acetil-CoA e entrar no ciclo de Krebs e contribuir para o metabolismo oxidativo; O ciclo do lactato à glicose entre os músculos e o fígado é chamado de Ciclo de Cori; O ác lático importante pois acidose metabólica protege do exercício, e depois é transformado em glicose pelo fígado para fornecer energia *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 24 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Pcte Yris, 22 anos, feminino, estudante de fisio, solteira, sem filhos, foi nadadora parou aos 14 anos; Iniciou corrida em março 23, treina sob controle do namorado que tem experiência, treina 2 a 3x p semana, 5 a 6 km ; Pace: 6:30 por km; Iniciou musculação em abril por conta; Corrida de rua, na ciclovia; “atleta recreacional” - quer melhorar o tempo pessoal Queixa: dor no tornozelo D desde 22 de junho/24; HMA: nega trauma; início pós corrida de rua com pace superior ao de costume 5:25; ou seja, com maior intensidade; Dor durante a corrida sem diminuir performance; Dor final: EVA 8/9(??) evoluiu com claudicação; (ou seja, teve limitação funcional); Relata sensação de falseio/instabilidade (por ser só no direito já nos faz pensar em fatores intrínsecos); Fez crioterapia, sono prejudicado, no outro dia: dificuldade em subir escada + dor + claudicação; Tentou correr há 2 semanasmas abortou corrida por dor; 14/15 Julho foi ao médico, fez rx sem alterações - NDN (nada de nota) pois não viu (SIC) HD: Tendinopatia dos fibulares pelo médico; OBS: Lesão por sobrecarga: insidiosa ou instantânea; demanda > que a capacidade Antecedentes pessoais: Ansiedade Exames de imagem: RNM 29/07 (nega) Conclusão: Fratura incompleta na diáfise distal da fíbula com extenso edema ósseo (lesão por stress), tenossinovite e tendinopatia do fibular posterior; Tendão do tibial posterior espessado; Edema subcutâneo na lateral da perna distal relacionado à sobrecarga Novo Rx: preservação da medula óssea, calo ósseo Exame físico: BEG, AAA (anictérica, acianótica, afebril), OCC, magra, sem postura antálgica Marcha sem claudicação; Nega falseios Observar se há discrepância de MMII - pela altura dos maléolos; ou fazer medida real (EIAS até maléolo medial) x aparente (da cicatriz onfálica até maléolo medial) Inspeção: sem edema; derrame (edema na articulação) presente Palpação fíbula: sem GAP Dor à palpação + nodulações à varredura do tibial posterior; Pode sugerir sd do stress do tibial medial (não tem relação com a fratura) Dor + aumento de volume à palpação no sítio da fx; onde no rx mostra calo ósseo Avaliação da mobilidade passiva (quadril, joelho, tornozelo e pé), já observa-se que não tem Thomas positivo; Ângulo poplíteo: 20-30° = em D e E; Tração em ajuste máximo para identificar jogo articular; Observamos que não tem alteração de mobilidade e nem cinesiofobia; Avaliação da FM, complexo póstero-lateral; força do quadríceps deprimindo a patela; Prova deficitária - o quanto ela consegue segurar uma isometria: o glúteo no lado E está menos ativo, complexo póstero lateral à E esta com “lag” - atraso na ativação, e isso possivelmente fez sobrecarregar o lado *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 25 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre D; na flexão do quadril E ela compensa com quadril e menor ativação do abdômen; Testes para abdômen: pede para fazer anteversão e palpa vertebrais e verifica se tem > volume; faz retroversão e contrai o abdômen; Teste em decúbito dorsal, quadril a 90° e pede para “colar” a lombar na mão do terapeuta na maca, solta a perna e pede pra descer a perna devagar, testando a força dos abdominais na estabilização da pelve; Teste ponte em antepé: pé em flexão plantar, empurra o pé contra mão do terapeuta e faz a ponte: ponte em antepé a Esquerda com déficit de sinergia, controle motor Após, ponte normal e observa o quadril; Teste para flexores de quadril/força de quadríceps: Com a mão na nuca, pcte sentado e impõe força no quadríceps e pede para fletir quadril Região lombo pélvica a E: abd, paravertebrais, mm do quadril tem grau 4+ ou 5- Teste para paravertebrais(pv): flexão de quadril com joelho estendido, os ppvv devem ter ativação; na flexão ombro com braço estendido palpa-se os ppvv lombares e tem que ter ativação; deve ter essa ativação por dois mecanismos: 1. Transmissão de força miofascial, pois deve ativar toda a cadeia; glúteo (complexo póstero-lateral) devia fazer essa transmissão, ele menos rígido que normal causa essa “fraqueza”; Nessa pcte, com o MMSS os ppvv contraíram normal, mas no de quadril não teve boa ativação; 2. Mecanismo neural: Medula, os núcleos motores dos mm axiais são + mediais, dos apendiculares são + laterais; Qnd pede para ativar a mm do MMSS (apendicular) os mm axiais precisam ser ativados para nos mantermos estáveis; Exemplo: Quando vamos fazer a flexão do ombro, antes de ativar os flexores, o SN ativa os mm. axiais para dar estabilidade ao movimento, pela estratigrafia do corno anterior da medula Como saber se a fraqueza encontrada no exame físico foi quem causou a lesão, ou se foi a lesão que gerou a fraqueza? Pela lesão ser aguda não devemos pensar que foi ela quem gerou a fraqueza; além disso, se fosse pela lesão, a disfunção seria homolateral à lesão Em pé: com mão na crista ilíaca e faz agachamento: observar se há distribuição de carga adequada (no caso da pcte: joga + para lado direito); Alinhamento do eixo mecânico: alinhamento quadril, joelho e tornozelo; Mini agachamento com o membro contralateral em abdução “valgo dinâmico”; anotar agachamento com aterrissagem Sobrecarga na sacroilíaca a D + queixa de dor a palpação; Diagnóstico cinético funcional: sobrecarga de região lombopélvica a E Rolamento do pé ou mata borrão: avalia controle neuromuscular *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 26 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Diagnóstico patológico, anatômico e topográfico: fx ⅓ distal fíbula, tendinopatia fibulares e edema Diagnóstico topográfico: perna D Diagnóstico anatômico: fíbula, tibial posterior Diagnóstico sindrômico: dor Diagnóstico etiológico: lesão por sobrecarga HD: Fx por demanda > que a capacidade, pode ser por não ter equilíbrio das forças. Testou força dos flex, ext e rot laterais de quadril Palpação glúteo, trocanter maior: dor referida a E Disfunção lombopélvica à E, por diferença de forças que levam a alt do equilíbrio, do eixo mecânico, do valgo fisiológico Avaliação capacidade de co contração: empurra pé direito contra chão com ele a frente; Mini squad - agachamento quadríceps-glúteo-panturrilha Pode voltar a correr quando estabilizar fx, sem dor, testes com melhores resultados OBS: Tibial posterior passa atrás do maléolo medial Tratamento Realizar entre 15/20 repetições e 2 séries: - Ponte c abd e add; - Mini agachamento quadríceps-glúteo unipodal; - Abd com add com bola no meio do joelho; - Ponte c abd; - Aperta mão e escápula na maca (p ativar pv); - Apertar almofada embaixo do calcanhar e rodar pelve; - Ostra: rotação lateral + abd horizontal do quadril; - Exercício para pé e tornozelo em pé pq ela não tem desconforto; Com apoios variados em ante, médio e retro pé - 5 exercícios tornozelo em pé - Treino de co-contração *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 27 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre -15.08.2024- Processo de reabilitação nas lesões do sistema musculoesquelético - Conceitos e aplicação O comprometimento do sistema musculoesquelético (por condições diretas ou indiretas) gera: ● Limitação ou perda da função (órgãos e sistemas) ● Restrição dos movimentos/performance: Alteração da força; flexibilidade e do equilíbrio; Dor; Medo, cinesiofobia; Incertezas PROCESSO DE REABILITAÇÃO • 1918: “reabilitação física” para os sequelados da 1a Guerra Mundial por meio da criação de escolas práticas, setores hospitalares e institutos, em função dos esforços de organizações. • Reabilitamos pessoas e não órgãos/sistemas; Exemplo de sucesso no processo de reabilitação: Ronaldo Fenômeno • Os programas de reabilitação com atividades físicas e/ou com exercícios terapêuticos devem levar em consideração os fatores anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e comportamentais, possibilitando efetividade e segurança para determinada capacidade motora, além de ser agradável para a pessoa (motivação/volição). PROCESSO DE RECUPERAÇÃO • Processo de plena restauração dos movimentos relacionados ao comportamento neuromotor (AVD, AVP, laboral, esporte, etc) envolvendo flexibilidade, força, resistência, agilidade e destreza, após lesão ou doença; Recuperação das capacidades motoras • A ausência de sinais e sintomas não pressupõe, necessariamente, condição ideal para retorno às atividades supra-citadas; Para isso é IMPORTANTE: - Voltar aos níveis anteriores (FOCO); Sempre que possível - Evitar recidivas (falha fisioterapêutica, do paciente, ou do sistema médico e fisioterapeuta de convênio); - Evitar cronicidade. • Iniciar o mais rápido possível dentro das limitações do processo de cura da lesão; • Retorno às atividades após a remodelação do tecido. • ARMADILHAS - Protocolos: cuidado; respeitar individualidadebiológica; - Progressão rápida; - Expectativa na recuperação – cobranças Importante: Lembrar dos conceitos de recuperação das capacidades motoras, condicionantes e coordenativas; para adquirir as capacidades coordenativas é necessário, primeiramente, ter as capacidades condicionantes. ● Exemplo: Para trabalhar a potência do quadríceps em um jogador de futebol, o treinamento neuromotor pode ser feito elástico, na água, no *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 28 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre ar, etc. Mas antes disso, é necessário compreender que, além de acelerar (chute) precisamos desacelerar o movimento, com a ação dos isquiotibiais ● Neste caso, o chute no ar seria melhor em termos de potência, pois une o comportamento neuromotor com a ação da gravidade + aceleração (a água e o elástico não permitiriam o movimento da mesma forma) ● Isso é chamado de Overspeed - exercícios que utilizam aceleração e desaceleração RECUPERAÇÃO DO CONDICIONAMENTO FÍSICO • Nível de condicionamento: relacionado com a fadiga central (mental) ou periférica. • A atenção e as funções cognitivas comprometidas pela fadiga resultam em maior tempo de reação e redução da coordenação neuromuscular, o que aumenta o risco de lesões. Esquema: Fadiga (central ou periférica) → Funções cognitivas (ex: atenção) prejudicadas → Maior tempo de reação → redução de coordenação neuromuscular → Maior risco de lesões COMPONENTES DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO • Flexibilidade: dinâmica (> ADM com exercícios ativos), estática, passiva/ativa, analítica/cadeia, deformação elástica/plástica, FNP. • Força: estática, dinâmica ou explosiva (potência); exercícios isométricos, concêntricos ou excêntricos, por planos e em diagonais (funcionais), em atletas, com simulação do gesto esportivo. • Resistência: capacidades metabólicas aeróbias e anaeróbias (muscular e cardiovascular). ● Um indivíduo pedalando com bicicleta utilizando só com um MI (o não comprometido), chegando a 80% da FCmáx → utilizando o MI comprometido, com mesmo tempo e carga → chegou a 90% da FCmáx, podemos inferir utilizar o MI comprometido aumenta o recrutamento das capacidades metabólicas e exige maior resistência • Controle neuromuscular: Para equilíbrio, coordenação motora; atividades básicas para recuperar a capacidade dos músculos e/ou articulações lesadas no sentido de “perceber” e “responder” às variações da posição no espaço. O controle neuromuscular compreende as respostas eferentes apropriadas às aferências proprioceptivas, visuais, auditivas, exteroceptivas e vestibulares. ● Propriocepção: Habilidade em detectar a posição dos membros no espaço. É uma aferência das articulações e músculos, por meio de receptores. *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 29 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre • Agilidade e destreza: Por exemplo, aperfeiçoamento do gesto esportivo. Fazer a atividade com menor gasto energético • EQUILÍBRIO: Exige muito controle neuromuscular COMPONENTES DO CONTROLE NEUROMUSCULAR - Andrews et al, 2005) Propriocepção: Informações aferentes incluindo noção de posição articular, cinestesia e sensação de resistência; - Noção de posição articular: capacidade de reconhecer a articulação no espaço; - Cinestesia: capacidade de perceber e reconhecer os movimentos e a mobilidade articular; - Sensação de resistência: capacidade de perceber e reconhecer as forças geradas na articulação; Exemplo: Banana com água: perturba o corpo no espaço e otimiza as respostas estimuladas IMPORTANTE NO RETORNO À PRÁTICA ESPORTIVA: Conhecimento dos fatores extrínsecos do esporte: Forças externas; Esporte de contato e não-contato (com adversário); Tipo de piso e tipo de calçado; etc Conhecimento do gesto esportivo: Velocidade do movimento, características do movimento (comportamento motor e sobrecarga biomecânica); Tipo de treinamento: intensidade, volume, local de treinamento, indumentária e material, etc. PROGRAMAS DE RECUPERAÇÃO • Ambiente clínico: na maioria das vezes não é suficiente; • Por mais que sejam criadas situações semelhantes ao gesto esportivo, ainda assim, existem peculiaridades que não conseguimos reproduzir no ambiente clínico; IMPORTANTE: desenvolvimento do processo de recuperação no próprio ambiente esportivo, controlando as variáveis de forma gradativa para retorno eficiente e seguro; • Ou seja: a prática do esporte propriamente dito deve preceder o retorno ao esporte com fins de performance e/ou competição. PARA ESTAR APTO AO RETORNO AO ESPORTE • Progressão funcional: - Sucessão de atividades e exercícios que simulam o gesto esportivo e, se possível, o ambiente esportivo, para que o atleta readquira as capacidades motoras inerentes ao esporte; - Deve estar integrada ao processo de recuperação como um todo, e não como uma “substituição” do processo de recuperação tradicional. - Contexto: Físico (melhorar capacidades motoras); Psicológico (minimiza a sensação de incapacidade). - O condicionamento do atleta depende mais das capacidades coordenativas - Perguntar se a pessoa esqueceu da região, como, por exemplo: “esqueceu o joelho?”; Se sim, ela está recuperada; se diz, por exemplo, *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 30 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre “ainda lembro”, significa que há pra onde evoluir ALGORITMO DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO FUNCIONAL - O ganho de força não está necessariamente ligado a exercícios resistidos, pois também pode ser influenciado por fatores neurais. Assim, desde o início é essencial trabalhar a função muscular (FM), já que diversos fatores, como dor, cinesiofobia e instabilidade, podem inibi-la. - É importante iniciar, mesmo com dor, exercícios passivos e ativos, desde que não comprometam o processo de recuperação. Não devemos ter pressa, mas também não podemos perder tempo. SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO: Sua função principal é a transmissão e dissipação de forças. A força gerada em um salto sem dissipação é a mesma de um com dissipação, sendo que os músculos em ação excêntrica são os principais responsáveis pela dissipação da força. - Modelo biomecânico do pé: Os arcos plantares são fundamentais para dissipar forças durante a pisada, pois sua deformação (retificação) acumula energia potencial, que se transforma em energia cinética, dando potência para o movimento - neste caso, o passo, para impulsionar o ato de caminhar. Relação entre cinemática, cinética e biomecânica nas disfunções Um exemplo é o agachamento no step lateral (step down lateral): O movimento envolve a cinemática, enquanto a força está relacionada à cinética e o funcionamento adequado à biomecânica. A presença de drop pélvico e aumento do valgo do joelho (imagem à DIREITA) pode indicar uma disfunção lombo-pélvica homolateral (relacionada ao compartimento póstero-lateral: glúteos, piriforme, obturadores internos e externos, sartório, etc) e predispondo a lesões, como a síndrome femoropatelar. Nesse caso, é fundamental um trabalho preventivo. Sistema Musculoesquelético e Propriedades Viscoelásticas: Combinação de características de viscosidade (comportamento fluídico) e elasticidade (comportamento sólido). - Isso permite que elas se deformem gradualmente sob tensão/compressão e retornem à forma original quando a tensão é removida. - A resposta a essas forças depende da magnitude/intensidade e da velocidade com que são aplicadas. Módulo de Young: *É PROIBIDO compartilhar este conteúdo com outras pessoas sem autorização das autoras! 31 Samara e Sarah | @fisios.tododia Fisi�t�a�ia es���i�a e es��te ada�tad� 8º semestre Ao sair da região de deformação linear, o corpo entra na fase de deformação plástica, onde o desconforto pode evoluir para dor e lesões, caso não haja cuidado. Remodelar um tecido exige tensão e pressão, mas deve ser feito