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PRÁTICA DE ENSINO – GESTÃO Aluno(a): RGM: Polo: Tutor: Unidade 3: Pressupostos e Práticas da Gestão Escolar: o Papel dos Gestores na Organização Escolar e Educacional Introdução A gestão escolar é um elemento central para a qualidade da educação, uma vez que abrange diversas atribuições que visam a melhoria contínua do processo educativo. Segundo Orsolon (2003), o coordenador pedagógico desempenha um papel essencial na articulação entre a direção escolar e a prática pedagógica, promovendo um ambiente participativo e democrático. Essa interação é fundamental para que as mudanças necessárias no contexto escolar sejam implementadas de forma eficaz, considerando as especificidades e os desafios de cada instituição. A partir do entendimento das competências do coordenador pedagógico, é possível vislumbrar uma gestão que busca a transformação e a inovação, elevando a qualidade do ensino. Nesse sentido, a atuação do coordenador pedagógico deve ser permeada por uma série de práticas que favoreçam a colaboração entre docentes e alunos, bem como o investimento na formação contínua dos professores. A promoção de um trabalho pedagógico coletivo e reflexivo é uma das principais estratégias para garantir que todos os membros da comunidade escolar estejam alinhados em torno de objetivos comuns. Além disso, a supervisão de ensino, como articuladora das políticas educacionais, contribui para que as práticas pedagógicas sejam cada vez mais orientadas pelas necessidades e realidades das escolas, rompendo com a burocracia e valorizando a dimensão política da educação. Desenvolvimento O coordenador pedagógico deve atuar como um facilitador no processo de ensino-aprendizagem, promovendo a formação contínua dos professores e fomentando práticas inovadoras. Como destacado por Orsolon (2003), uma de suas atribuições é articular a competência docente, levando em conta as vivências e saberes dos educadores e alunos. Essa articulação é essencial para a construção de um ambiente educacional que estimule a reflexão crítica e a transformação das práticas pedagógicas. Além disso, a inclusão dos alunos no processo de construção do trabalho pedagógico é fundamental para garantir sua participação ativa, permitindo que expressem suas opiniões e contribuam com sugestões para a melhoria do ensino. A legislação brasileira também desempenha um papel crucial na definição das responsabilidades dos gestores educacionais. A Constituição de 1988 estabelece a gestão democrática do ensino público, determinando que a formação dos profissionais que assumem a gestão deve ser em nível superior, como por meio do curso de Pedagogia (BRASIL, 1988). Essa diretriz reflete a necessidade de que os gestores estejam preparados para lidar com as complexidades do ambiente escolar e para promover a inclusão e a equidade na educação. O supervisor de ensino, por sua vez, deve atuar como um mediador entre as políticas públicas e as práticas pedagógicas, contribuindo para que as diretrizes sejam implementadas de maneira eficaz nas escolas. Além disso, as novas demandas educacionais exigem uma revisão das práticas de supervisão de ensino. Medina (2005) propõe mudanças que priorizem a autonomia e a participação dos professores, transformando a supervisão em um processo colaborativo e reflexivo. Essa mudança de paradigma é necessária para que a supervisão de ensino não seja vista apenas como uma função burocrática, mas como uma ação política que busca a transformação social e a melhoria da qualidade do ensino. A supervisão deve, portanto, incentivar o diálogo e a troca de experiências entre os educadores, buscando soluções coletivas para os desafios enfrentados no cotidiano escolar. Considerações Finais Em conclusão, a gestão escolar é um processo complexo que envolve a articulação de diversas funções e a integração entre diferentes atores educacionais. O coordenador pedagógico, o diretor e o supervisor de ensino formam um trio gestor essencial para a construção de um ambiente escolar que valoriza a participação, a reflexão e a inovação. A atuação colaborativa entre esses profissionais é fundamental para enfrentar os desafios da educação e para promover uma prática pedagógica que atenda às necessidades dos alunos e da comunidade. A formação contínua dos professores e a inclusão dos alunos no processo pedagógico são estratégias indispensáveis para a construção de uma educação de qualidade. A legislação vigente, ao estabelecer diretrizes para a gestão democrática, fornece um importante marco para que os gestores atuem de maneira integrada e alinhada às necessidades sociais e educacionais. Portanto, é crucial que os gestores educacionais continuem a buscar inovações e a promover a formação reflexiva, garantindo assim uma educação que realmente transforme e empodere todos os envolvidos. Referências ALONSO, L. R. Supervisão Pedagógica: uma reflexão crítica sobre a prática educativa. São Paulo: Cortez, 2004. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. MEDINA, L. A. Supervisão e Práticas Pedagógicas: desafios e possibilidades. São Paulo: Editora Unesp, 2005. ORSOLON, M. A. Gestão e Coordenação Pedagógica: o papel do coordenador pedagógico na escola. São Paulo: Papirus, 2003. ZIEGER, L. Estágio Supervisionado em Gestão e Coordenação de Ensino: um olhar formativo na licenciatura. Curitiba: Editora UFPR, 2009.