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* * SITUAÇÃO DA COLETA SELETIVA E DA RECUPERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO BRASIL HELIANA KÁTIA TAVARES CAMPOS ENGENHEIRA CIVIL E SANITARISTA MESTRE EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DIRETORA E COORDENADORA DO COMITÊ DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ABES DF ASSESSORA DA ASSEMAE * * Desafios e perspectivas para a sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental da coleta seletiva dos resíduos recicláveis e a sua recuperação. A QUESTÃO * * ARCABOUÇO LEGAL PARA A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * ARCABOUÇO LEGAL Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6938 / 1981) Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605 / 1998) Consórcios Públicos ( Lei 11.107 / 2005) Política Federal de Saneamento Básico – PFSB (Lei11.445 / 2007) Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 / 2010) Código Brasileiro de Ocupações – CBO – Profissão catador NR 24 MTE - Condições sanitárias das IRRs RESOLUÇÕES CONAMA NORMAS ABNTe * * COLETA, DESTINAÇÃO E GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * Taxa cobertura coleta RDO por região - Brasil Fonte: SNIS 2011 * * Quantidade RSU por tipo de destinação final - Brasil Fonte: PNRS 2012 * * Massa coletada per capita por região - Brasil Fonte: SNIS 2011 * * Redução de 3,8 (2000) para 3,3 (2010) hab/dom; Entrada da mulher mercado de trabalho - de 32,9% (1981) para 46,4% (2002); Aumento de domicílios com mulher trabalhando no mesmo período foi de 35 para 46,9%; Migração no sentido Sudeste/Nordeste, refluxo com mudanças de hábitos nas populações locais; ASPECTOS QUE PODEM INFLUENCIAR NA GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS * * - Aumento na proporção de domicílios com geladeira: de 71,5% (1992) para 93,9% (2009); - Coleta informal de catadores de materiais recicláveis; Recepção de resíduos volumosos, recicláveis PEVs; Instalação de LEVs pela iniciativa privada; Educação ambiental/Consumo sustentável; Agenda Ambiental na Administração Pública-A3P. ASPECTOS QUE PODEM INFLUENCIAR NA GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS * * GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS Modelo de desenvolvimento no Brasil / Aumento da renda da população mais pobre PMgC Aumento da geração per capita de resíduos Instrumentos econômicos para redução de resíduos * * A COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * Estimativa composição gravimétrica RSU Brasil Fonte: PNRS 2012 * * Consumo aparente de embalagens - Brasil Fonte: PNRS 2012 * * Geração de resíduos sólidos industriais no Brasil (parcial) Fonte: ABRELP (2007) * * Resíduos Sólidos Inorgânicos:atividades agrosilvopastoris segmentos: agrotoxicos, fertilizantes, farmaceuticos Fonte: IPEA 2012 * * A COLETA SELETIVADOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * Existência de coleta seletiva de RSU Secos Fonte: SNIS 2011 * * Programas Coleta Seletiva existentes por região - Brasil Fonte: PNSB 2002 e 2008 (IBGE 2002/2010) * * Média per capita coletada seletivamente por região - Brasil Fonte: SNIS 2011 * * Massa materiais recicláveis secos per capita por região - Brasil Fonte: SNIS 2011 * * Massa de resíduos per capita recuperados por região Fonte: SNIS 2011 * * Instalações de Recuperação de Resíduos por região - Brasil Fonte: PNSB 2002 e 2008 (IBGE 2002/2010)) * * Percentual de serviços de coleta seletiva por porte populacional - Brasil Fonte: SNIS 2011 * * Percentual de massa de RSU da coleta seletiva por agente executor Fonte: SNIS 2011 * * A EVOLUÇÃO DA RECICLAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * Evolução da reciclagem RSU Brasil Fonte: Figueiredo a partir de dados do CEMPRE (2009), ABRELP (2008) e SNIS (2007). * * Percentual materiais reciclados Brasil Fonte: Campos 2013 - a partir de dados do CEMPRE 2012 * * Estimativa participação programas coleta seletiva formal na quantidade recuperada de resíduos Brasil Fonte: PNRS 2012 * * A MAGNITUDE DO DESAFIO DA RECUPERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * Metas de redução dos resíduos recicláveis dispostos em aterros sanitários Fonte: PNRS 2012 * * A EVOLUÇÃO DA RECUPERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL * * Estimativa da massa efetiva e potencialmente recuperada de recicláveis Fonte: SNIS 2011 * * INFORMALIDADE, PRECARIEDADE Prestam serviço público Transformam resíduos em matéria prima Estimativa de 400/600 mil catadores (PNSR, 2012) Potencial de reaproveitamento de resíduos: 32% (IPEA, 2012) 6,2 dos 112 kg/hab.ano de recicláveis são recuperados Projetos oficiais = 4% do total Estratégias para gestão de resíduos, com ampla articulação institucional e técnica * * I- Nominação proposta: “Instalações de Recuperação de Resíduos” II – Nominações usuais: “Galpões de Triagem”, “Centrais de Triagem”, “Centrais de Reciclagem”, “Centrais de Triagem e Processamento”, “Centrais de reciclagem”, “Usinas de triagem”, “Unidades de triagem para reciclagem”, “Usinas de Triagem e Compostagem” entre outras formas menos usuais. RESÍDUOS SÓLIDOS E SUSTENTABILIDADE: O PAPEL DAS INSTALAÇÕES DE RECUPERAÇÃO DE RESÍDUOS * * III - Definição proposta: “Instalação industrial que recebe e processa os resíduos sólidos urbanos domiciliares mistos provenientes da coleta convencional ou previamente separados oriundos da coleta seletiva, para triagem, prensagem, enfardamento, e comercialização dos resíduos sólidos secos e apresentação dos rejeitos para a coleta e disposição final em aterros sanitários. No caso de utilização da tecnologia de tratamento mecânico biológico– TMB realiza-se também a compostagem dos resíduos orgânicos úmidos” RESÍDUOS SÓLIDOS E SUSTENTABILIDADE: O PAPEL DAS INSTALAÇÕES DE RECUPERAÇÃO DE RESÍDUOS * * CARACTERIZAÇÃO DAS IRRs ATIVIDADES E COMPONENTES DE UMA IRR Recepção e estocagem Separação de resíduos volumosos, perigosos ou rejeitos, Alimentação do fluxo, Triagem dos diversos componentes, Prensagem, Enfardamento, Comercialização, Destinação dos rejeitos: Resíduos combustíveis sem valor no mercado como Combustível Derivado dos Resíduos – CDR, Disposição final em aterro sanitário. * * CARACTERIZAÇÃO DAS IRRs ITENS PARA O FUNCIONAMENTO DA IRR: - Recepção e manobra de veículos; - Estocagem dos resíduos recebidos (emergência/contingência); - Alimentador da linha de produção; - Estrutura de triagem dos resíduos; - Pátio de movimentação interna dos resíduos; - Instalação da prensagem e enfardamento; - Estocagem de resíduos sólidos secos para comercialização; - Compostagem dos resíduos sólidos orgânicos (TMB); Manobra de veículos para saída do material comercializado, do composto e dos rejeitos; - Infraestrutura administrativa, refeitório, sanitários, chuveiros. * * CARACTERIZAÇÃO DAS IRRs SISTEMA DE TRIAGEM DOS MATERIAIS RECONHECIMENTO DO TIPO DE MATERIAL A propriedade do material codificada por: Tamanho (pequeno ou grande), Espessura (grosso ou fino), Massa (leve ou pesado), Magnético ou não magnético, Cor (clara ou escura), Processo “binário” com apenas dois fluxos de saída, ternário, quaternário, e assim por diante. (WORREL 2011). * * CARACTERIZAÇÃO DAS IRRs SISTEMA DE TRIAGEM DOS MATERIAIS RECONHECIMENTO DO TIPO DE MATERIAL Separação positiva e separação negativa Triagem positiva retira do fluxo os materiais que se deseja aproveitar. Triagem negativa retira do fluxo os resíduos não desejáveis, que poderão causar danos ao processo e que deverão compor os rejeitos da instalação. (WORREL 2011). * * CARACTERIZAÇÃO DAS IRRs SISTEMA DE TRIAGEM DOS MATERIAIS TRIAGEM LATERAL E FRONTAL Os triadores podem ficar situados em posição lateral ou frontal em relaçãoa posição da mesa de catação ou da esteira rolante. Triagem lateral os operadores se localizam em um ou nos dois lados da mesa ou esteira rolante para retirarem os materiais. Triagem frontal os operadores se colocam onde a mesa ou esteira termina e coleta o material antes de sua queda. * * CARACTERIZAÇÃO DAS IRRs SISTEMA DE TRIAGEM DOS MATERIAIS PROCESSO TRIAGEM CONTÍNUO E DESCONTÍNUO O processo contínuo em que os resíduos são transportados continuamente por uma esteira rolante e o triador deve recolher o material previsto na velocidade da mesma. O processo intermitente ou descontínuo, a mesa ou esteira rolante se movimenta e interrompe o movimento para que o triador tenha o tempo hábil para fazer a retirada do material necessário ao processo. * * Tipos de Instalações de Recuperação de Resíduos - IRRs * * Área de trabalho : ACAPAS e RECICLA BRASÍLIA Sob o céu de Brasília e sob toldo Fotos: Leonardo Campos – DF / 2012 TRATAMENTO MANUAL NO SOLO – TMA AS IRRs Geração 0 * * TRATAMENTO MANUAL COM MESA ESTÁTICA – TMA IRR – CONTRAMUB – RJ, 2012 IRR da CORTRAP – DF, 2012 Fotos: Kátia Campos AS IRRs Geração 1 * * TRATAMENTO MANUAL MECANIZADO/SEMI MECANIZADO – TME IRR COOP RECICLÁVEL - Guarulhos IRR Instituto Recicla Cidadão - Guarulhos Fotos: Kátia Campos – 2012 AS IRRs Geração 2 * * TRATAMENTO MANUAL MECANIZADO/SEMI MECANIZADO – TME IRR SOCITEX/Doe seu Lixo - RJ IRR de Brazlândia - DF Fotos: Kátia Campos – 2012 AS IRRs Geração 3 * * TRATAMENTO MECÂNICO E BIOLÓGICO – TMB – FLUXO CONTÍNUO SEM RETORNO IRR BARRACOOP – RJ Foto: COMLURB IRR APCORB – DF Foto: Kátia Campos /2012 AS IRRs Geração 3 * * TRATAMENTO MECÂNICO E BIOLÓGICO – TMB – FLUXO CONTÍNUO COM RETORNO IRR APCORC - Ceilândia – DF – Foto: Kátia Campos IRR da COOPTRANS – RJ -Foto: COMLURB/2012 AS IRRs Geração 4 * * TRATAMENTO MANUAL – TMA AS IRRs Geração 1 * * TRATAMENTO MANUAL MECANIZADO/SEMI MECANIZADO – TME AS IRRs Geração 2 * * TMB – FLUXO CONTÍNUO SEM RETORNO - DANO AS IRRs Geração 3 * * TMB – FLUXO CONTÍNUO COM RETORNO - RSSE AS IRRs Geração 4 * * TMB – FLUXO CONTÍNUO COM RETORNO - RSO AS IRRs Geração 4 * * INDICADORES DE EFICÁCIA * * INDICADORES DE EFICIÊNCIA * * INDICADORES DE EFETIVIDADE * * INDICADORES DE EFETIVIDADE * * MUDANÇA DE PARADIGMA CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Insustentabilidade e baixos indicadores de eficácia, eficiência e de efetividade impõem novo desafio: * * CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES NOVO PARADIGMA Radical profissionalização da Gestão dos RSU Foto: Léo Campos * * CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Gestão dos RSU Modelo teconológico sustentável Desenvol-vimento institucional Envolvimento setores sociais e população Recuperação dos custos dos serviços * * CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Aprovação e implantação da PLANSAB e do PNRS; PGIRSU estaduais, intermunicipais e municipais; Pacto federativo no cumprimento das metas; Viabilidade técnica, econômica, social e ambiental; A abordagem intersetorial; A adoção de eficientes modelos de gestão; Adoção logística reversa de embalagens; Formação de pessoal técnico; Universalização da integralidade do manejo RSU; Fóruns democráticos de controle social; Fórum nacional Lixo e Cidadania. * * Muito obrigada pela atenção Heliana Kátia Tavares Campos Engenheira Civil, Especialização em Saneamento Básico - UFMG Mestra em Desenvolvimento sutentável - UnB ktcampos@gmail.com
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