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Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Anatomia do nariz e seios da face
- É a parte do trato respiratorio acima do palato duro e contem o 
órgão periférico do olfato.
- Septo nasal: divide o nariz em cavidades direita e esquerda.
Nariz externo
- É a porção do nariz que surge da face.
- Formado por esqueleto osteofibrocartilaginoso.
 
▪
 Parte óssea: ossos nasais, processos frontais das maxilas e 
parte nasal e espinha nasal do osso frontal.
 
▪
Parte cartilaginosa: 2 cartilagens laterais e 2 alares (formato 
de U) e uma cartilagem do septo nasal.
 
Pirâmide nasal
- BASE: formada pela abertura piriforme.
- VÉRTICE: pela ponta nasal.
- MARGENS: correspondem aos sulcos formados pelos encontros dos 
processos frontais e alveolares da maxila com as faces laterais do 
nariz externo e as asas do nariz. 
Septo Nasal: ósseo e cartilagíneo 
1. Lâmina perpendicular do etmoide 
2. Vômer: osso achatado e fino
3. Cartilagem do septo nasal
Fraturas do nariz
- Comuns em esportes e acidentes 
devido à proeminência do nariz.
- Força lateral: epistaxe 
- Fraturas graves: luxação 
- Golpe direto: lâmina cribriforme 
do etmoide pode sofrer fatura. 
 
Rinorreia de liquido cerebrospinal 
- Resulta da fratura da lâmina 
cribriforme, dilaceração das meninges 
cranianas e extravasamento de liquido 
no nariz. 
- O liquido drena a partir do nariz 
dentro de 48 horas
- Rinorreia persistente aumenta o risco 
de meningite. 
Desvio de septo nasal 
- Por lesão no nascimento/ trauma
- Desvio da linha mediana.
- Desvio muito acentuado: pode colar na 
parede lateral da cavidade nasal, podendo 
obstruir a respiração. 
Rinite 
-Túnica mucosa inflamada durante infecções 
do TRS e reações alérgicas; devido sua alta 
vascularização pode se espalhar para orelha 
media, seios paranasal, aparelho lacrimal, 
túnica conjuntiva.
Epistaxe 
- Maioria dos casos: trauma e área de 
Kiesselbach.
- Associada com infecções e hipertensão 
- Jatos de sangue no nariz: ruptura de 
artérias 
Cavidades nasais 
- Se abrem posteriormente na parte nasal da faringe através das coanas. 
- A túnica mucosa reveste as cavidades nasais, exceto o vestíbulo que é 
revestido com pele, vibrissas crescem a partir desta pele 
 1/3 superior: área olfatória
 2/3 inferior: área respiratória (umidificador)
Limites da cavidade nasal: 
1. Teto: curvo e estreito, dividido em frontonasal, etmoidal e esfenoidal.
2. Assoalho: mais largo, formado por processo palatino da maxila e lamina 
horizontal do palatino.
3. Parede medial: formada pelo septo nasal.
4. Parede lateral: é irregular, por tres elevações enroladas (conchas nasais).
5. Meato: passagem na cavidade formada pelas conchas nasais. 
Conchas nasais: 
1. Recesso esfenoetmoidal: supero-posterior à concha superior.
2. Meato nasal superior: entre as conchas superior e media.
3. Meato nasal médio: infundibulo etmoidal
4. Meato nasal inferior: ínfero-lateral à concha inferior 
Vascularização 
- A irrigação das paredes medial e lateral da cavidade nasal é feita 
através dos ramos das arterias esfenopalatina, etmoidais anterior e 
posterior, palatina maior, labial superior e ramos nasais laterais da arteria 
facial.
* Zona de Kiesselbach: onde as cinco arterias se anastomosam na parte 
anterior do septo nasal
- Drenagem venosa: feita pelo plexo venoso submucoso, que drena para 
as veias esfenopalatina, facial e oftálmica.
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Inervação 
- É feita pelos nervos nasopalatino (septo nasal), palatino maior 
(parede lateral) e nervos etmoidais anteriores (parede anterossuperior 
da túnica mucosa).
Seios Paranasais
- São extensões cheias de ar da parte respiratoria da cavidade nasal 
no interior dos seguintes ossos do crânio.
 1. Frontal
 2. Etmoide
 3. Esferoide 
 4. Maxila
 
Seios Frontais
- Localizados entre as laminas externa e interna do frontal, posterior 
aos arcos super ciliares e raiz do nariz.
- Inervação: ramos dos nervos supra-orbitais. 
 * Cada seio drena pelo ducto frontonaso para o infundíbulo, que se 
abre no hiato seminular do meato medio.
Seios Etmodais: 
- Compreendem diversas cavidades: 
 1. Células etmoidais anteriores: drenam para o meato medio
 2. Células etmoidais medias: se abrem no meato medio
 3. Células etmoidais posteriores: se abrem no meato superior.
- Inervação: ramos dos nervos nasociliares. 
Seios Esfenoidais: 
- Encontram-se no corpo do esfenoide, por isso o corpo do esfenoide é 
frágil.
- Derivam de células etmoidais que invadem o esfenoide.
- Inervação: arterias etmoidais posteriores e nervo etmoidais posteriores.
Fisiologia 
Respiração 
- As cavidades nasais auxiliam a respiração por meio da purificação, do 
aquecimento e umidificação do ar inspirado.
- Indivíduo normal em repouso realiza 12 a 24 movimentos respiratorios 
por minuto -> 30 L de ar por minuto.
Filtragem
- Realizado pelas vibrissas, pelo reflexo esternutatório, pela ação de adesão 
e bactericida do muco e pelos cilios do epitelio de revestimento da mucosa 
nasal.
Aquecimento
- Feito por meio da vascularização da mucosa nasal.
Umidificação 
- É feita por meio das secreções nasais, da transdução serosa dos vasos 
da mucosa nasal e da secreção lacrimal.
Sinusite
- Inflamação e tumefação da túnica mucosa dos seios.
- TC: padrão ouro para sinusite (Não se pede em pct abrem-se 
caminhos na parede medial da orbita -> cegueira 
-> neurite óptica. 
Seios maxilares:
- São os maiores dos seios paranasais.
- Ocupam os corpos das maxilas.
* Seio maxilar -> óstio maxilar -> meato medio.
- Inervação: arteria maxilar e palatina maior, nervos alveolares e maxilar.
Transiluminação dos seios
- É realizada em um quarto 
escuro -> luz brilhante -> palato 
duro -> brilho opaco 
crescenteforme abaixo da orbita.
* Se seio com liquido, massa - 
brilho diminui.
* Seios etmoidais e esfenoidais nao 
podem ser examinados 
Infecção dos seios maxilares
- Sao os mais comumente infectados
- Cabeça ereta = os seios nao drenam 
- Resfriado, alergia.
Relação dos dentes com o seio maxilar
- Dentes molares -> remoção -> fratura raiz -> 
cria uma comunicação entre a cavidade bucal e 
seio maxilar -> infecções + dor de dente molar
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Anatomia da laringe
- É um órgão musculocartilaginoso que desempenha uma série de 
atividades fisiológicas. Dentre elas, podem-se destacar a esfincteriana 
(protetora da via aérea), a respiratória e a fonatória. 
- Está situado na região infra-hióidea, no nível das vértebras C3 a C6. 
Ou seja, localiza-se a partir da porção laríngea da faringe até a margem 
inferior da cartilagem cricóidea
Formação esquelética 
- O esqueleto da laringe é constituido por 9 cartilagens ao todo (3 
impares e 3 pares) que se articulam através de membranas, ligamentos 
e pregas.
- Cartilagens principais: epiglote, tireoidea e cricóidea.
- A maior cartilagem chama-se tireoidea.
Região posterior da laringe 
- EPIGLOTE
 · Cartilagem impar, elástica, revestida por mucosa.
 · Localizada no orifício superior da laringe.
 · Protetor das vias aéreas inferiores durante a deglutição. 
- CARTILAGEM TIREOIDEA
 · Constituída por 2 laminas, que formam a proeminência laríngea 
(pombo de Adão). 
 · Músculo cricotireóideo.
 · Membrana tireo-hioidea.
- CARTILAGEM CRICOIDE
 · Possui um anel completo (anel de sinete)
 · Situado abaixo da tireoide.
- CARTILAGEM ARTEINOIDEAS
 · Sao pares, forma de pirámide triangular.
 · Estão apoiadas sobre a cricoidea.
 · Tem um processo vocal que se liga ao ligamento vocal e um 
processo lateral e posterior - muscular. 
- CARTILAGEM CORNICULADA
Membranas 
Membrana quadrangular
- Entre arotenoides e epiglote
Membrana triangular
- Forma ligamento vocal (parte das pregas vocais)
Glotesque desencadeia a contração do músculo 
estapédio
Via do reflexo contralateral
- Estímulo dado na orelha direita, segue pela cóclea, segue pelo nervo coclear, segue pelo núcleo 
coclear e cruza a linha média e segue pelo complexo olivar superior e núcleo motor do facial e 
causa a contração do músculo estapédio do outro lado
Ausência do reflexo
1- Lesão da aferência (PNS severa/profunda) 
2- Lesão da eferencia (VII) ou patologia da OM 
3- Lesão de tronco (presença ipsilateral e ausência contralateral) - cruza do tronco
Audiologia basica 
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
?
Caso clinico 1
- Idoso de 77 anos trazido pelos filhos com história de zumbido bilateral, dificuldade de 
compreensão da fala, embotamento afetivo e uso da televisão em volume muito alto em casa.
✓ Média tritonal = (30 + 30 + 35) / 3 = 31,66 → perda leve;
a) Considerando a imitanciometria tipo A bilateral e a otoscopia normal, qual o diagnóstico 
audiológico e médico? Qual a possibilidade de tratamento você imagina possível?
- Diagnostico audiológico:n Perda auditiva neurossensorial bilateral leve, por isso que ele escuta e 
tem dificuldade em entender, não há surdez. 
- Diagnóstico médico: Presbiacusia
- O tratamento é feito com aparelho auditivo, e pode haver encaminhamento para psiquiatria 
devido ao embotamento afetivo.
B) Se na otoscopia o idoso estivesse com cera bilateral e dificuldade de ouvir, qual a conduta? 
- Remoção do cerúmen e solicitação de exames audiológicos.
Caso clinico 2
- Larissa é uma criança de 3 anos de idade, sem doenças prévias crônicas, e vem ao 
consultório com a mãe que diz que a filha troca as letras quando fala. Ronca alto à noite, e tem 
um sono incomodado. No exame físico, você percebe amígdalas grau III, com discreta rinorreia 
mucoide posterior. O teste da orelhinha era normal ao nascimento. A otoscopia que você fez e 
os exames médicos audiométricos trazidos pela mãe são os seguintes:
A) Qual o diagnóstico audiológico?
- Perda condutiva bilateral de grau moderado.
- Condutiva porque a via óssea está normal e a via aérea rebaixada, e moderado porque a 
média tritonal = (40 + 45 + 45) / 3 = 43,33.
B) Qual o diagnóstico médico otorrinolaringológico?
- Otite média por efusão ou otite média serosa.
C) Quais as causas para essa doença?
- Presença de adenoide, histórico familiar de otite média por efusão, sexo feminino, crianças 
abaixo de 4 anos de idade em creches, doença do refluxo gastroesofáfigo, instabilidade da tuba 
auditiva, fendas palatinas e malformação craniofacial.
- Principal suspeita para essa criança é obstrução das tubas auditivas devido às adenoides 
(ronca alto, sono incomodado, tonsila hipertrófica grau III).
D) Qual a possibilidade de tratamento você imagina possível?
- Timpanotomia para colocar tubo de ventilação para drenagem da secreção, e remoção
das adenoides.
Audiologia basica 
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
?
; M-='9'4-! 1-4=N,-.! ;O%2 criança deve estar quieta/calma, dormindo
?21'9!PV'" .%,&01-7!4'09%""',"%9-!2
Caso clinico 
- Criança com 30 dias de nascimento comparece na 1a consulta com médico da ESF:
a) A criança possui fatores de risco para perda auditiva? Se sim, quais?
- Sim, criança abaixo de 1,5kb, prematuridade, passagem pelo CTI, ventilação mecânica 
(possibilidade), alteração no teste.
b) Concorda com a conduta da triagem auditiva? Se não, o que faria de diferente?
- Não, como a criança tem fatores de risco, seria necessário fazer o PEATE e repeti-lo em 1 
mês, ao invés de EO.
A criança, por morar no interior do Amazonas, não conseguiu fazer nenhum seguimento. 
Aparece aos três anos, sem fala inteligível, com a avó que busca saber o que pode ser feito 
para este caso do neto.
a) Qual o diagnóstico?
- Perda auditiva neurossensorial profunda bilateral.
b) O que você diria para esta avó quanto à fala da criança?
- O desenvolvimento da linguagem oral depende da audição. Ele não fala porque ele não escuta.
c) Qual a possibilidade de tratamento você imagina possível?
- Implante coclear, fonoterapia, acompanhamento psicológico e social, desenvolvimento de 
linguagem não verbal (libras).
Triagem Auditiva Neonatal Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Obs: o ideal é fazer o diagnóstico até 3 meses de idade, e até 6 meses estabelecer a intervenção (tratamento).
Introdução
- Lembrar que na orelha interna ocorre a transdução de energia 
mecânica em energia elétrica.
- Qualquer alteração nesse trajeto causa perda auditiva 
neurossensorial. 
- As doenças da cóclea e do nervo são tratáveis com aparelho, 
porém são irreversíveis.
Vertigem: qualquer ilusão de movimento corporal, geralmente 
rotatório podendo ser espontânea ou desencadeada por algo.
Tontura: percepção errônea de alteração do equilíbrio corpóreo sem 
ilusão de movimento
Etiologia
- Transtorno no desenvolvimento, hereditárias, sindrômicas e não 
sindrômicas:
 L Síndrome de Alport
 L Síndrome de Usher
 L Síndrome do Arqueduto Vestibular Alargado 
 L Síndrome de Pendred
 L Síndrome de Treacher-Collins (malformação craniofacial)
 L Síndrome de Stickler.
- Infecciosos:
 L Otite média labirintizada
 L Sífilis 
 L CMV (citomegalovírus) 
 L Parotidite epidêmica (caxumba).
- Toxicidade farmacológica:
 L Aminoglicosídeos (gentamicina, vancomicina)
 L Diuréticos
 L Salicilatos
 L Antimaláricos
 L Cisplatina- Trauma:
 L Traumatismo encefálico
 L Induzido por ruído
 L Barotrauma e irradiação.
- Doenças de origem neurológica:
 L Esclerose múltipla.
- Doenças vasculares e hematológicas:
 L Enxaqueca
 L Crioglobulinemia
 L Anemia falciforme
 L Discrasias sanguíneas.
- Distúrbios imunes:
 L Poliarteritenodosa
 L HIV.
· Simbologia ~> específica para poder diferenciar:
A) orelha direita da orelha esquerda
B) condução aérea de condução óssea
C) limiares mascarados de limiares não mascarados 
D) presença de reposta e ausência de resposta
- Transtornos ósseos:
 L Otoesclerose 
 L Doença de Paget
 L Osteossíntese imperfeita
 L Acromegalia.
- Neoplasias:
 L Schwanoma vestibular
 L Meningioma.
- Etiologia desconhecida:
 L Presbiacusia 
 L Doença de Menière
 L Surdez súbita.
 Tratamento:
- Programa multiprofissional;
- AASI (aparelho de amplificação sonoraindividual):
 L Dispositivos eletrônicos que captam os sons ambientes e 
os amplificam de maneira que aumentam o sinal sonoro, 
permitindo sua percepção pelo usuário;
 
- IOM (implantes de orelha média):
 L Amplificam o sinal sonoro e mantém o CAE livre;
 L Inseridos cirurgicamente, podem ser totalmente ou 
parcialmente implantáveis: Vibrant soundbridge, Carina, Esteem; 
 L Perdas neurossensoriais de grau moderado a severo
- IC (implante coclear):
 L As ondas sonoras são captadas e convertidas em um 
sinal elétrico, transmitido á cóclea por um feixe de eletrodos;
 L São transmitidos ao nervo auditivo e interpretados como 
som;
 L Porção externa: microfone, e porção interna: eletrodos 
estimulam diretamente a cóclea;
 L Indicações: perda auditiva neurossensorial severa ou 
profunda bilateral
 * Se não houver código linguístico bem estabelecido, não 
há indicação, por exemplo: criança com 5 anos de idade e que 
nasceu com surdez não deve usar.
 ** Ideal é realizar o implante coclear até 2 anos 
 L Resultado ≤ 50% de reconhecimento de sentenças em 
formato aberto com uso de AASI em ambas as orelhas.
 
- Terapia medicamentosa;
- Terapias genéticas e de células tronco.
Resultado audiológico (tipo, grau, configuração e lateralidade da perda auditiva.)
A) Quanto ao tipo da perda auditiva:
 
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Prevenção
- Vacinas: H.influenzae e S. pneumoniae (meningite é uma causa de 
perda auditiva);
- Protetores auriculares (EPIs) em atividades de alto risco para PAIR
 L Trabalho com metal, equipamentos elétricos, caça, motores de 
combustão, motores de POPA, e serras elétricas.
Fisiología do equilibrio 
- Transformar as forças de aceleração e da gravidade em um sinal 
biológico (feito no labirinto posterior)
- Informar aos centros nervosas sobre a velocidade e posição no 
espaço
- Iniciar alguns reflexos necessários para a estabilização do olhar, da 
cabeça e do corpo.
- Informações sensórias: 
 L Sistema vestibular
 L Sistema visual – percepção espacial 
 L Sistema proprioceptivo
- As células despolarizam conforme movimento de aceleração
- O movimento da cabeça faz com que a otoconia (na região da 
ampola) se movimente, esticando os estereocilios → influxo de sódio 
e efluxo de potássio → despolarização do VIII par;
- Ocorre pelo VIII par com interação cerebelar e também relação 
com equilíbrio com movimentação dos olhos, vestíbulo cerebelar e 
fascículo longitudinal medial (responsáveis pelo trato do equilíbrio)
- O equilíbrio tem 2 principais reflexos: 
 L Reflexo Vestíbulo Ocular (RVO) – reflexo de estabilização do 
olhar; quando caminhamos, conseguimos ler informações, o olho fica 
estabilizado (não treme) – esse reflexo é realizado pelo labirinto, que 
mantém essa estabilidade ocular
 L Reflexo Vestíbulo Espinhal (RVE) - o ato de ficar em pé e 
movimentar-se é percebido pela cabeça, sistema vestibular e 
cerebelo; estabiliza a coluna e o cordão cervical; 
Tríade do equilibrio: (propriocepção) + OLHO + LABIRINTO + CEREBELO 
- Canais semicirculares (anterior, lateral e posterior): são responsáveis 
pela interpretação da posição da cabeça (eles que despolarizam e 
mandam a informação ao cérebro). Dentro do vestíbulo, existe o 
utrículo e o sáculo, que são perpendiculares; o utrículo dá informação 
sobre o deslocamento no plano horizontal (para frente e para trás) e 
o sáculo dá informação sobre o deslocamento vertical (subir e 
descer).
 Exames Vestibulares:
No exame ORL:
1. Motricidade ocular: 
- III (oculomotor) 
- IV (troclear)
- VI (abducente) 
2. Sensibilidade da face: 
- V (trigêmio); 
3. Motricidade da face: 
- VII (facial);
4. Audiometria.
Exame do equilíbrio:
1. Estático:
- Teste de Romberg;
2. Dinâmico:
- Teste de Unterberger;
3. Coordenação: 
- Testes: index-index, index-nariz, index-joelho; 
4. Eletronistagmografia
5. Provas calóricas;
6. Provas metabólicas.
Vestibulopatias
- O sistema de equilíbrio utiliza os estímulos sensoriais e as 
respostas motoras inatas e adquiridas;
- Há um equilíbrio entre as respostas labirínticas. Deste modo, 
as assimetrias serão sempre sentidas como transtorno do 
equilíbrio;
- A compensação central exerce papel importante de modo que 
a supressão labiríntica, mesmo que terapêutica, pode retardar a 
melhora (o paciente deve fazer uso de medicamento, mas esse 
deve ser suspenso após um tempo, pois é necessário que o 
cérebro aja de maneira a compensar).
- A anamnese e o exame clínico devem estabelecer a hierarquia 
dos diagnósticos das possíveis localizações das lesões e, em 
seguida, confirmadas pelas imagens; exame físico e testes 
auxiliares;
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Avaliação de nistagmo
- Nistagmo de vertigem central é espontâneo e não obedece a um padrão.
- Nistagmo de vertigem periférica é provocado (através de manobras) e 
ocorre dentro de alguns padrões;
W0!2W0'9 !21'9!P/%
=%&' =9%7%.!9
&'"'W0-2>T9-%
Vertigem:
 L Origem periférica–labirinto;
 L Origem central – vias aferentes, nervo vestibular, cerebelo, 
tálamo, córtex vestibular, vias aferentes, visão, propriocepção e 
sistema motor
Duração da vertigem (sensação de rotação)
- Segundos: 
 L Vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) – relacionada 
com o movimento da cabeça;
- Minutos a hora: 
 L Hidropsia endolinfática idiopática (doença de Menière)
 L Hidropsia endolinfática secundária (sd. De Menière);
- Dias a semanas: 
 L Neurite vestibular;
- Duração variável: 
 L Vestibulopatias metabólicas e hormonais
 L Físitula de orelha interna
 L Trauma e outras.
Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)
- 75% dos casos de vertigem 
- É caracterizada pelo aparecimento de vertigem rotatória com 
duração de segundos, desencadeada pela movimentação da cabeça, 
principalmente na hiperextensão cervical e lateralização.
- Crises transitórias bruscas;
- Associado a nistagmo posicional paroxístico;
- Ocorre principalmente em idosos (aumenta risco de queda)
Etiopatogenia
- Teoria da canalolitíase: otocônicas se desprendem da mácula do 
utrículo, flutuam em um canal semicircular e desviam a cúpula 
ampular, causando excitação ou inibição, o que causa a vertigem
 
 
 
- Teoria da cupololitíase: otólitos se aderem à cúpula e à tornam 
mais pesada que a endolinfa, tornando-a sensível a gravidade, o 
estímulo provocado pela alteração na cúpula causa contração dos 
músculos oculares extrínsecos (nistagmo)
Manobras de posicionamento que auxiliam no diagnóstico
- Manobra de Dix-Hallpike: testa os canais verticais posterior e 
anterior. A duração do nistagmo indica a forma da VPPB -> até 
60 segundos é canalolitíase e maior que 60 segundos é 
cupulolitíase. 
- Manobra de girar a cabeça: testa os canais horizontais. 
Tratamento:
* Manobras liberatorias e/ou de reposicionamento que dependem 
do canal acometido e do subtipo de VPPB.
1. Manobra de eplay
- O tratamento é feito pela manobra de Epley, que visa oreposicionamento dos otólitos:
- A partir da última posição da manobra de Dix-Hillpike, vira-se 
a cabeça do paciente para o lado contralateral (mantendo 
angulação de 30º) por cerca de 30 a 60 segundos.
- O paciente vira-se para decúbito lateral, mantendo a rotação 
da cabeça, e permanece nesta posição por 30 a 60 segundos.
- O paciente é levantado e mantido sentado na maca, ainda com 
a rotação da cabeça em 30o para a esquerda, por mais 30 a 
60 segundos.
 
 
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
VERTIGEM
Anamnese 
Exame clinico
Testes labirínticos 
Sinais 
otológicos 
Sinais 
neurológicos
Orelha media Orelha interna Central Periférico 
RNMTomografia
O objetivo do médico generalista é identificar e diferenciar os 
comprometimentos centrais (SNC) e periféricos (labirinto)
;
2. Manobra de Lempert
- Nos casos de presença de debris nos CSC laterais, a manobra 
terapêutica utilizada é denominada de Lempert, onde o paciente 
deita-se em decúbito dorsal com a orelha afetada para baixo. Em 
seguida, realiza-se a seguinte seqüência: girar a cabeça de modo que 
o nariz permaneça para cima, orelha intacta para baixo, nariz para 
baixo e por último a orelha afetada para baixo novamente. Cada 
posição deve ser mantida por 15 segundos consecutivos.
 
3. Manobra de Brandt-Daroff 
- Deve ser realizada repetidas vezes, por dias consecutivos, até a 
melhora do quadro de vertigem
4. Manobra de Semont 
- Tratamento da VPPB de canal posterior
Doença de Menière
- É uma alteração da orelha interna caracterizada por dois grupos
de sintomas: os sintomas vestibulares e sintomas auditivos.
- 25% dos casos de vertigem
Fisiopatologia:
- Hidropsia endolinfática 
Quadro clinico 
- Hipoacusia flutuante;
- Vertigem recorrente;
- Zumbidos (tinitus) 
– “Pressão no ouvido” geralmente unilateral.
- Perda auditiva neurossensorial
 
 
 
Diagnostico clinico 
- Doença de Menière definida: 
 L Síndrome de vertigem episódica associada à perda auditiva 
neurossensorial de baixa a média frequência 
 L Sintomas auditivos flutuantes (ouvido, zumbido e/ou 
plenitude) na orelha afetada. 
 L Episódio de vertigem é limitado de 20 min á 12 horas
- Doença de Menière provável: 
 L Sintomas vestibulares episódicos (vertigem ou tontura) 
associados a sintomas flutuantes de aural que ocorrem num 
período de 20 minutos a 24 horas.
Tratamento
1. Medicamentoso:
- Crise 
 L Internação 
 L Uso de depressivos vestibulares;
- Manutenção 
 L 1ª linha – baixa ingesta de sal ( exercícios para diminuir a sensibilidade 
do labirinto
Metabólicas:
- Transtornos dos carboidratos;
- Transtornos dos distúrbios hidroeletrolíticos.
Hormonais:
- Tireoide.
Infecciosas.
 
4. Manobra de Semont 
- Tratamento da VPPB de canal posterior
Doença de Menière
- É uma alteração da orelha interna caracterizada por dois grupos
de sintomas: os sintomas vestibulares e sintomas auditivos.
- 25% dos casos de vertigem
Fisiopatologia:
- Hidropsia endolinfática 
Quadro clinico 
- Hipoacusia flutuante;
- Vertigem recorrente;
- Zumbidos (tinitus) 
– “Pressão no ouvido” geralmente unilateral.
- Perda auditiva neurossensorial
 
 
 
 
 
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
CASO 1
CASO CLÍNICO
Um paciente do sexo masculino, 42 anos, branco, vem ao consultório devido a tontura
intensa com duração de cinco dias. O paciente apresenta história de hipertensão arterial,
diabetes e dislipidemia. Ele relata que passa por episódios nos quais sente o ambiente girar
e sua duração varia entre minutos e poucas horas. Ele afirma que ocorrem náuseas e
sudorese associadas. Não há piora ou alívio com mudanças de posição da cabeça. Relata
também ter apresentado infecção de vias respiratórias altas recentemente. O paciente
utiliza as seguintes medicações: captopril, sinvastatina, ácido acetilsalicílico e metformina.
O exame físico evidencia nistagmo horizontal com componente rápido à esquerda e mais
intenso ao olhar para esse lado, além de perda auditiva à direita. Os sinais vitais verificados
em decúbito são pressão arterial de 130/90 mmHg e 70 pulsos. Após 2 minutos de
ortostatismo, a pressão arterial é de 130/85 mmHg e a frequência cardíaca é de 90 bpm.
Qual o diagnóstico ?
Neurite Vestibular secundária à infecção viral de vias respiratórias.
Cite 3 diagnósticos diferenciais.
1. Doença de Meniére
2. AVE
3. Neurite vestibular
Como você trataria este caso no PS?
1. Corticoides orais: prednisona ou prednisolona: 1 mg/Kg, via oral, de 24 em
24 horas, por 5 dias. Seguido de redução gradativa da dose por mais 15 dias.
2. Sedativos labirínticos ou antieméticos como o Dimenidrinato + Piridoxina,
50 mg, via oral, de 6/6 horas por 3 a 5 dias.
3. Encaminhamento para Reabilitação Vestibular: exercícios de reabilitação
vestibular devem ser iniciados quando o estágio agudo com náuseas e
vômitos tiver acabado.
CASO 2
Estudante, 17 anos, vindo do Interior do Estado do Amazonas, 4 dias de evolução
de hipoacusia esquerda aguda ao despertar pela manhã, com vertigem subjetiva
intensa e sem zumbido. Sem comorbidades Otoscopia: normal RNM normais
/Laboratório normal.
Qual o diagnóstico ?
Doença de Meniére: Provável
Cite 3 diagnósticos diferenciais.
1. Shwanoma
2. Fístula perilinfática
3. VPPB
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4fQ-! ;Z'"='91!9 ='2! 4!,para cima com a orelha direita voltada para baixo, assim como náuseas e
tonturas leves. Os sintomas diminuíram quando a paciente se sentou na posição
vertical. • A paciente foi por fim diagnosticada com vertigem posicional paroxística
benigna (VPPB).
Qual das seguintes afirmações sobre a epidemiologia e o fardo para a saúde da
VPPB é verdadeira?
a) Menos de 1% das pessoas com uma queixa primária de vertigem são
diagnosticadas com VPPB.
b) Em comparação com as mulheres, os homens são mais frequentemente afetados
pela VPPB.
c) A causa mais comum de VPPB é a enxaqueca.
d) A VPPB de canal posterior é mais comum do que a VPPB de canal lateral/
horizontal.
e) A maioria dos pacientes com VPPB se recupera espontaneamente dentro de um
mês.
CASO 4
Um carteiro de 43 anos de idade visitou uma clínica de atenção primária com queixa
de tontura intermitente e instabilidade postural durante o mês anterior. Ele relatou
que às vezes a tontura acontecia quando ele saía da van para entregar as
correspondências e outras vezes enquanto estava separando cartas no escritório.
Excetuando esta descrição, ele foi incapaz de determinar com precisão o que
desencadeava o sintoma. Ele descreveu a tontura como intensa, embora
geralmente durasse apenas alguns segundos. No entanto, a sensação de
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Q2010!
desequilíbrio frequentemente persistia por vários minutos ou mais. • O paciente
negou outros sintomas otológicos ou neurológicos, como perda de audição ou de
visão, cefaleia ou fraqueza facial. Fazia uso de uma única medicação para
hipertensão, mas não apresentava outros problemas médicos. Relatou não ter
alergias ou histórico de cirurgia. Também informou que jogava basquete e flagbol
com os amigos regularmente. • Ao exame físico, demonstrou estar aparentemente
bem, sem distúrbios, e com sinais vitais normais. Não foi notado nada no exame
geral, além do teste de Dix-Hallpike positivo ao virar a cabeça para a esquerda. O
médico estava avaliando o que mais seria necessário para diagnosticar a VPPB.
Qual das seguintes afirmações sobre o diagnóstico da VPPB é verdadeira??
a) Um teste positivo de Dix-Hallpike é caracterizado por vertigem associada ao
nistagmo torsional que bate para baixo
b) Não existe latência entre a conclusão da manobra de Dix-Hallpike e o
aparecimento de vertigem e nistagmo na VPPB de canal posterior
c) O teste de rotação da cabeça em supino é a técnica preferida para o diagnóstico
da VPPB de canal lateral
d) A RM cerebral ou dos canais auditivos internos é rotineiramente indicada para o
diagnóstico de VPPB
e) A videonistagmografia é necessária para o diagnóstico da VPPB
+C
Conceito
- A Paralisia Facial Periférica (PFP) é uma afecção clínica decorrente 
de uma lesão do nervo facial em seu trajeto a partir do tronco 
encefálico até chegar à musculatura da mímica facial.
- Pode causar uma deformidade facial, em maior ou menor grau. 
Nervo facial
- É o sétimo nervo craniano
- Responsável pela atividade motora dos músculos da mímica facial, 
pela estimulação das glândulas lacrimais e salivares (sublingual e 
submandibular), e pela gustação dos 2/3 anteriores da língua.
Fisiopatologia
- Na maioria das PFP ocorre uma lesão no trajeto intratemporal do 
nervo facial, durante o processo inflamatório ou traumático, 
apresentando edema, o que determina um bloqueio na transmissão 
elétrica neural e a paralisia das fibras musculares.
- Se a agressão ao nervo for maior, o edema torna-se mais intenso, 
e o fluxo sanguíneo vascular reduz, levando a uma síndrome 
compartimental, devido a isquemia. 
- Quanto maior e por mais tempo for a agressão neural, mais fibras 
axonais sofrerão danos, consequentemente menor a possibilidade de 
regeneração e maior a possibilidade de sequelas.
Etiologia
- Paralisia de Bell (50% a 80%), diagnóstico por exclusão.
- Em seguida aparece a causa traumática e, depois, tumores ou 
outras causas infecciosas.
Causas congênitas: 
- Podem ser isoladas como agenesia de nervo facial ou sindrômicas 
quando associada a outras alterações (sequência de Möebius).
Causas infecciosas:
- Viral: Herpes simples tipo I (VHS), varicela zoster, Epstein-Barr, 
CMV, vírus da caxumba, sarampo e HIV.
- Família herpes: reativação viral que ocasionara um processo 
inflamatório no nervo facial, sendo etiologia da paralisia de Bell.
- SIDA: Causa neurite viral ou reativação de outros agentes
Causas bacteriana: 
- Otite média aguda, otite externa necrotizante, otite média 
suprida, Doença de Lyme, Hanseniase, Otite média tuberculosa.
Causas traumáticas (30% dos casos): 
- Fraturas do osso temporal e da mandíbula, lesões por arma de 
fogo ou arma branca e iatrogênicas) ou por calor (queimaduras) 
ou radiação nuclear.
- Traumatismos cranioencefálicos decorrentes, de acidentes 
automobilísticos, agressão física ou quedas podem determinar 
lesões do nervo facial intratemporal, por contusão ou secção 
parcial ou total.
Causas Vasculares: 
- Inflamação dos vasos que nutrem o nervo facial.
- Granulomatose de Wegener (vasculite necrotizante), 
poliarterite nodosa, crise hipertensiva arterial.
Causas metabólicas 
- Diabetes melito (desmelienização e degeneração das células de 
Schwann), hipotireoidismo (mixedema), gestação (edema).
Causas neurológicas: 
- Síndrome de Guillain-Barré (principal causa de paralisia facial 
bilateral), miastenia gravis e esclerose múltipla.
Causas neoplasicas: 
- Tumor de nervo facial: Schwannoma, lento e progressivo.
- O nervo facial pode ser afetado por infiltração de tumores 
malignos como: carcinomas das orelhas externa e média; 
tumores malignos de parótida (carcinoma adenoide cístico, 
carcinoma indiferenciado, tumor mucoepidermoide); linfomas, 
rabdomiossarcomas, leucemias agudas; metástases de tumores 
de pulmão, mama, próstata, entre outros. 
- Tumores benignos afetam o nervo tardiamente quando há 
comprometimento da vascularização.
Síndrome de Ramsay Hunt 
- Causada pelo varicela zóster (VVZ)
- Corresponde a PFP e lesões cutâneas (vesículas e bolhas na 
concha auricular), podendo ainda estar associada a zumbido e 
vertigem. 
- Apresenta-se de forma clínica mais grave nos idosos e pode 
deixar sequelas faciais em torno de 50% dos casos
Paralisia facial periferica 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
; ?8i
Paralisia de Bell 
- Caracteriza-se por paralisia da hemiface, aguda, não contagiosa, 
isolada ou acompanhada, eventualmente, de dor retroauricular em 
hemiface, disgeusia, cefaleia, alteração da sensibilidade da faringe, 
redução ou aumento do lacrimejamento e hiperacusia.
- É mais frequente dos 20 a 60 anos. 
 
Quadro clinico 
- A paralisia pode aparecer de forma súbita, com evolução em 
poucas horas e piorando em alguns dias.
- Em alguns casos a paralisia é de instalação insidiosa e está 
frequentemente relacionada a lesões tumorais benignas ou doenças 
degenerativas.
- Outros sintomas: sensação de olho seco e irritado devido à 
redução da produção lacrimal e pela incapacidade de oclusão ocular; 
redução da gustação; dor retroauricular e algiacusia.
- Podemos ter sintomas auditivos como perda da audição, tonturas 
e zumbidos, em casos de tumores de orelha interna e média; 
sintomas gerais como perda de peso e fraqueza na leucemia e; 
cefaleia, nos casos de tumores cerebrais de ângulo pontocerebelar.
Exame fisco 
Determinar se a paralisia é periférica ou central. 
- Paralisias centrais: paralisia apenas na parte inferior da hemiface 
contralateral à lesão.
- Paralisias periféricas: toda a hemiface homolateral à lesão é 
afetada.
Movimentação da musculatura facial na PFP 
- No repouso observam-se: abolição das rugas frontais da testa; 
rebaixamento da ponta da sobrancelha; olho mais aberto ou pálpebra 
inferior caída do lado afetado; nariz desviado em vírgula para o lado 
são; abolição do sulco nasolabial; desvio e depressão da comissura 
labial; lábio superior e inferior desabados e bochecha flácida pendendo 
em saco.
- Em movimento, solicita- se paraque o paciente tente elevar as 
sobrancelhas, fechar os olhos, sorrir e fazer bico com os labios.
Sinal de Bell
- Examinador pede para o paciente fechar os olhos e, como há uma 
redução na oclusão palpebral, nota-se a rotação do globo ocular para 
cima, ação motora comandada por outros nervos cranianos.
- Na evolução, pacientes podem apresentar sinais de contratura 
muscular e/ou sincinesias. 
Classificação de House-brackmann 
adaptação visual por larizini
Avaliação topográfica 
- O diagnóstico topográfico visa identificar o local da lesão no 
nervo facial. Essa avaliação baseia-se no resultado de três 
exames principais: teste de Schirmer, pesquisa do reflexo 
estapediano e avaliação da gustação.
Teste de Schirmer 
- Pesquisa do lacrimejamento. 
- Avalia-se a função das glândulas lacrimais através da colocação 
de papel-filtro posicionada no fórnice conjuntiva inferior 
bilateralmente por 5 minutos e mede-se a extensão de papel 
úmido. 
- Diferenças maiores que 27% entre os olhos apontam disfunção 
do nervo petroso superficial maior e, portanto, que o local da 
lesão é proximal ao gânglio geniculado, local de sua emergência.
Paralisia facial periferica 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
; ?8i
Reflexo estapediano ou do reflexo do músculo estapédio 
- Na paralisia facial, a presença do reflexo estapediano sinaliza lesão 
distal ao ponto de surgimento do nervo do músculo estapédio.
Avaliação da gustação 
- Realizada pela estimulação das duas metades anteriores da língua.
- Indica-se a utilização de cotonetes embebidos em sal (salgado), 
açúcar (doce), limão (azedo) e café.
- Em situações em que o paciente não percebe o estímulo gustativo, 
admite -se disfunção do nervo corda do tímpano e, por conseguinte, 
lesão do nervo facial proximal à sua emergência.
 
Exames complementares 
Depende da investigação etiológica 
- Audiometria tonal e vocal para função auditiva
- Exame vestibular 
- Hemograma.
- Eletroneurografia e eletromiografia
- Solorogia 
- RM na investigação tumoral
Tratamento Farmacológico 
Antiinflamatórios 
– Os corticoides são os mais utilizados na fase aguda da doença, em 
especial a prednisona na dose de 1 mg/kg/dia com redução gradativa 
a cada três dias.
Drogas antivirais 
– O Aciclovir é recomendado na dose de 200 a 400 mg via oral a 
cada 4 horas, cinco vezes ao dia, por 7 a 10 dias. 
- Nos casos de Síndrome de Ramsay Hunt a dosagem pode ser 
dobrada.
Antibióticos 
– Utilizados nos casos de otites agudas ou crônicas.
Medicamentos oculares 
– Colírios à base de metilcelulose e pomadas oftálmicas para 
aplicação noturna são utilizados para evitar lesões da córnea.
Toxina botulínica 
– Utilizada na fase tardia, de sequela, aplicada do lado normal de 
forma a obter simetria na face. Também utilizada nos casos com 
contratura muscular e/ou sincinesias no lado da hemiface afetada.
Tratamento cirúrgico 
Descompressão do nervo facial 
– Aliviar a compressão neural dentro do canal ósseo intratemporal, 
de forma a melhorar a circulação sanguínea do nervo e criar 
condições para sua regeneração. 
Anastomose do nervo facial
 – Realizada quando há perda de substância do nervo facial, na 
fase aguda da paralisia. Pode ser realizada anastomose término-
terminal ou por interposição de enxerto neural.
Derivação neural 
– Utiliza fibras de outro nervo para anastomose. Na derivação 
hipoglosso-facial utilizam-se fibras do nervo hipoglosso. Na 
técnica cross-face ou contralateral, utilizam-se ramos do nervo 
facial da hemiface normal.
Diferença entre paralisia facial 
central e periférica 
- As fibras axonais motoras seguem via trato corticonuclear, 
cruzam a linha média, chegam aos núcleos faciais contralaterais 
no tronco encefálico. De lá, os axônios seguem para toda a 
musculatura da mímica facial da hemiface oposta. Mas existem 
fibras neurais oriundas de cada córtex cerebral que não cruzam 
a linha média do tronco encefálico e vão estimular parte do 
núcleo facial responsável pela inervação da porção superior da 
hemiface homolateral.
- Os músculos dos quadrantes superiores da face têm dupla 
inervação cortical, enquanto os quadrantes inferiores têm 
inervação apenas do hemisfério cortical contralateral.
- Em função dessas características anatômicas, as lesões que 
ocorrem no córtex cerebral como o AVC determinam paralisia 
apenas do quadrante inferior da hemiface contralateral. Por 
outro lado, após o nervo facial emergir do tronco encefálico, as 
lesões do nervo comprometerão toda a hemiface homolateral ao 
lado lesado, resultando a PFP.
- A PFC é decorrente de lesões supranucleares e, resulta na 
imobilidade apenas do terço inferior da face (orbicular da boca, 
bucinador e platisma), pois, a musculatura dos dois terços 
superiores permanece recebendo inervação do córtex ipsilateral. 
- Na paralisia facial periférica, como as lesões são nucleares ou 
infranucleares, ou seja, dos motoneurônios inferiores do nervo 
facial, ocorre imobilidade de toda a hemiface.
Paralisia facial periferica 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
; ?8i
Caso clinico 1
- Identificação: VCCT, 52 anos, natural e procedente de São Paulo, 
sexo feminino 
- HPP: nega comorbidades ou uso regular de medicações e cirurgias.
- Alergia medicamentosa: nega
- Hábitos de vida: tabagismo + e etilismo +. Prática atividade física 
2x na semana
- QP: otalgia intensa esquerda e ardor local 
- Paciente com 3 dias de otalgia esquerda, início súbito. Nega 
hipoacusia, nega mergulhos. 
- Exame físico: PA: 120x60 mmHg, Tax: 36,5º C, FC: 82 bpm, 
ansiosa.
- ORL: palpaçao cervical , oroscopia e rinoscopia. 
Qual hipótese diagnostica?
- SÍNDROME DE RAMPSAY-HUNT
 L Paralisia facial periférica de etiologia Herpética
Qual seria o tratamento prescrito?
- AINE (corticoide)
- Antiviral (acicovlir)
- Colírio (cuidados oftalmológicos)
- Analgesia 
- Fisioterapia
O tratamento será ambulatorial ou hospitalar?
- Ambulatorial
A paciente tem indicação cirúrgica?
- Nao
 
Cité 3 diagnósticos diferenciais:
- AVE
- Tumores na parótida 
- OMA
Cite prováveis complicações:
- Neuralgia pós-herpética, persistência da paralisia facial periférica, 
pericondrite (se for uma infecção bacteriana)
Como classificar os graus de paralisia facial?
- Grau III 
Paralisia facial periferica 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Fluxograma
d
Eletromiografia
; ?8i
Introdução 
- É uma Emergência
- 6% necessita de atenção médica
- Tem baixo risco de Mortalidadehereditária ou Síndrome de Osler - 
Weber (95%) e de tumores nasais benignos e malignos.
Manejo 
- ABCDE (ATLS)
- Materiais utilizados (hemostatico): gelfoam, xeroform, ponteiras 
para cauterização química ou cauterização elétrica
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Epistaxe
Sangramentos nasais
Epistaxe grave: aquela com 2 origens distintas e 
irrigadas por sistemas artérias diferentes,
Abordagem inicial 
- Localização do sangramento
- Gravidade e repercussão clínica 
- Comportamento e evolução
- Idade e estado geral prévio do paciente
Tratamento
- Na ausência de um especialista para a avaliação em casos de 
sangramento ativo, pode-se proceder a algumas manobras, como 
orientar o paciente a apertar as narinas contra o septo de 10 a 20 
minutos na tentativa de estancar o sangramento, visto que a maior 
parte das epistaxes se origina na parte anterior do septo.
Cauterização química
- Algodão
- Nitrato de prata ou acido tricloroacético ATA ou ácido crômico
- Ao redor do sítio sangrante
- Efeitos adversos : rinoreia e crostas 
- Complicações: lesões, rotura do vaso, piora do sangramento
Cauterização elétrica 
- Unipolar ou bipolar
- Sangramento pontual e localizado
- Indicações: Persistente ou recorrente a cauterização química
- Complicações: Ulceração e perfuração septal
Cauterização endoscópica
- Controle de epistaxes: eficácia de 82-92%
- Endoscópio flexível ou rígido
- Localização da região e cauterização
- Vantagens: seletivo, atraumático, rápido, efetivo
- Menor tempo de internação
Cuidados após cauterização
- Não manipular o local
- Não assoar o nariz
- Espirrar com a boca aberta 
- Evitar esforço físico por 7 dias 
- Elevar cabeceira
- Evitar salicilatos
- Usar creme lubrificante
Drogas hemostáticas
- Ácido tranexâmico (transamim)
- Ácido épsilon aminocapróico (ípsilon)
- Desmopressina
- Estrógeno
Epidemiologia
- Estima-se que ocorre em 60% das pessoas.
- Apenas 6% necessitam de tratamento médico
Distribuição bimodal:
- Antes dos 10 anos de idade (raro em nariz > faringe > laringe
Manipulação prévia
- Presente em cerca de 20 a 60% dos casos.
- 11 a 50% das complicações são decorrentes de manipulação 
prévia.
- 19 a 38% mencionaram manipulação previa do CE.
- 15 a 78,9% foram manipulações por leigos
- 4 a 21,1% por médicos não especialistas.
Corpo estranho na orelha
- O CE tem maior prevalência em orelha externa mas também 
pode acometer média e, mais raramente, interna.
Classificação
- Orgânicos/inorgânicos 
- Animados/inanimados
- Metálicos/não metálicos
- Higroscópicos (absorve água) ou não
Motivação para introdução de CEs nas orelhas: 
- Crianças: curiosidade
- Adultos: sintomas irritativos de prurido e/ou hábito que leva à 
manipulação do meato auditivo.
Epidemiologia
- 35 a 66,6% não são suspeitados pelo fato de não haver 
sintomatologia.
- É mais prevalente na infância
- Maior incidência no sexo masculino.
Quadro clínico
- Maioria das vezes assintomático ou oligossomático
- Pode iniciar com hipoacusia, otorragia, otorréia ou zumbido
- Outros: disacusia, autofonia, dor, incomodo e percepção 
exacerbada de sons corpóreos (mastigação, pulsação de vasos 
sanguíneos).
Sinais e sintomas que alertam para um possível agravamento do 
quadro
- Zumbido intenso, tontura ou vertigem e teste de weber 
sugestivo alertam para a ocorrência de perda neurossensorial –> 
avaliação emergencial com audiometria
- Otorragia –> sugere lesão de MT e outras estruturas da OM
- Otorreia e edema –> complicação infecciosa secundaria; 
mastoidite
Diagnóstico
- Otoscopia
- Não há necessidade de exames complementares
CE animados
- Pode haver otalgia intensa de início súbito, desesperadora, 
frequentemente durante o sono, barulho intenso e algumas 
ferroadas
- Pode evoluir para miíase, principalmente pacientes com otorreia 
previa.
CE inanimados
- Sementes, borrachas, correntes, espumas, botão, baterias, 
espinha de peixe.
Diagnostico diferencial 
- Coleasteatoma
- Otite Média Supurativa
Abordagem geral
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
sucesso
!; L'1
Tratamento
- A retirada de corpo estranho de orelha exige experiência e 
material adequado.
- Iatrogenias podem levar a traumas da membrana timpânica, 
lacerações da pele do canal e traumatismo psicológico da criança.
- Remoção cuidadosa: lavagem e/ou manipulação instrumental, com 
ou sem sedação.
- A remoção pode ser feita por via transcanal (geralmente) ou com 
acesso retroauricular em casos que possuem grande edema da pele 
do meato.
- O istmo do canal externo representa o maior desafio na remoção.
Uso de irrigação do Conduto Auditivo Externo:
- Método de escolha para quase todos corpos estranhos;
- Contraindicado: em caso de perfuração timpânica e grãos e 
sementes vegetais.
Uso de ganchos rombos e pinças 
- Indicado para sementes e suspeita de perfuração timpânica.
- Em 5 a 10% há necessidade de remoção sob anestesia geral
Animados (Insetos)
- Remoção após aimobilização por afogamento em óleo mineral 
(vaselina) ou vegetal para evitar o desconforto do paciente pela 
movimentação do inseto.
- Remover com lavagem, pinça de Hartman, ganchos, alças, jacaré 
ou aspiração
- Lavagem (irrigação): seringa com água morna, de 20 ml
Inanimados (Baterias)
- Baterias elétricas devem ser removidas o mais rápido possível, sem 
a lavagem 
– Risco de oxidação; o extravasamento de substâncias químicas que 
compõem as baterias podem gerar uma inflamação no meato e 
dificultar sua remoção.
Cerúmen oclusivo
- Removido por lavagem otológica ou manipulação instrumental 
precedida de emolientes.
Miíase
- Larva de insetos, sobretudo moscas e pode ser primária ou 
secundária.
- Primária: a larva invade o tecido saudável, considerada parasita – 
berne
- Secundária: as larvas são parasitas ocasionais, pois se desenvolvem 
em tecidos necróticos e/ou cavidades corpóreas (“bicheira”) – situação 
favorecida em casos de OMC supurativa e/ou neoplasias de orelha 
externa.
- Tratamento: 
 L Livro: Ivermectina (Dose única VO, 6mg a cada 30kg de 
peso) + e/ou aplicações tópicas repetitivas de iodofórmio em pó
 L Aula: remoção das larvas sob otomicroscopia, Ivermectina VO 
– 6 mg, a cada 30 kg de peso (repete em 1 semana) + 5ml 
hipoclorito de sodio (solução que injeta na orelha, tampa e no outro 
dia remove). 
Complicações:
- Sangramento e lacerações de Conduto Auditivo Externo;
- Perfuração Timpanica;
- Otite externa e otomicoses;
CE na orelha média
- Pode gerar reação inflamatória crônica, inclusive com formação 
de granuloma 
- Comum em casos de ferimentos por arma de fogo no osso 
temporal, onde resíduos do projétil alojados na fenda e/ou 
mastoide podem acarretar surgimento de colesteatoma.
- Dispositivos implantáveis como próteses de estapedotomia e 
implantes cocleares ou substâncias inorgânicas utilizadas em 
procedimentos cirúrgicos (hidroxipatita) também podem atuar 
como CE na OM e devem ser removidos para o controle de 
status inflamatório.
Corpos estranhos nasais 
- Qualquer CE na cavidade nasal e seios paranasais que 
dependendo da localização e do tipo são tratados como 
emergência otorrinolaringológica.
Epidemiologia
- São mais comuns na faixa etária pediátrica, entre 2 e 8 anos. 
- Em adultos os casos podem ser voluntários ou acidentais.
- Os acidentais são causados principalmente por insetos.
Complicações
- Epistaxe
- Asma 
- Infecções broncopulmonares decorrentes da aspiração do CE
Locais frequentes
- Frequentemente encontrado no assoalho nasal, logo abaixo da 
concha inferior. 
- Outra localização comum é a anterior à concha nasal média.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
Sempre fazer profilaxia tópica com antibiótico.
Quando os pais presenciam a colocação do CE, é importante 
definir tipo, forma e então planejar a melhor maneira de 
remove-lo com o mínimo de trauma.
Classificação 
- Inanimados: fragmentos de espuma, objetos de plásticos, feijão, 
papel.
- A maioria provoca congestão da mucosa com possibilidade de 
causar necrose, ulceração e/ou epistaxe.
- Animados: miiase, áscaris e insetos
Tipos de CE
Rinólito
- CE bem aderido e impactado, pode ser incrustado, parcial ou 
completamente, por tecido de granulação e envolvido por cálcio, 
fosfato de magnésio e carbonato. Geralmente se forma no assoalho 
nasal e tem seu núcleo formado por diversos materiais (animal, 
vegetal ou mineral) e é radiopaco.
Baterias
- A liberação de metais pesados ocasiona vários tipos de lesão por 
pressão exercida sobre determinada área ou queimadura com reação 
tecidual intensa e necrose, evoluindo para perfuração septal, sinéquias 
e estenose de cavidade nasal.
CE animados
- Larvas são as mais comuns, produzindo graus variados de reação 
inflamatória – desde infecção localizada, até destruição óssea e 
cartilaginosa, com formação de cavernas com supuração.
Quadro clinico 
- Espirros, coriza serosa e obstrução nasal, evoluindo em alguns dias 
para rinorréia unilateral fétida e purulenta
- Rinólitos podem ser encontrados apenas anos depois por serem 
indolores. Nesses casos, a obstrução torna-se queixa quando o 
rinócito toma dimensões maiores dentro do nariz. No exame, 
observa-se massa endurecida irregular acinzentada no assoalho da 
fossa nasal.
- Pacientes com CE animado: os sintomas tendem a ser bilaterais, 
obstrução nasal, cefaleia, espirros com descarga serossanguinolenta. 
O exame de cavidade pode revelar extensa destruição da mucosa, 
osso e cartilagem.
Exames complementares 
- A rinoscopia anterior é capaz de evidenciar a maioria dos CEs. 
- Quando não, pode-se realizar uma videoendoscopia nasal com 
nasofaringoscópio flexível (especialmente na pediatria).
- Radiografia simples pode ser útil em CEs metálicos ou calcificados.
- TC de seios paranasais serve para confirmação diagnóstica em 
casos de rinolitíase, com identificação de lesão de superfície irregular 
e com atenuação de partes osseas. Também serve para a definição 
exata da anatomia nasal para exploração cirúrgica.
Abordagem geral
Tratamento
- O CE deve ser removido com cooperação do paciente, 
instrumental adequado e com visualização.
- Caso o CE esteja em posição mais difícil e paciente pouco 
colaborativo, opta-se por um ambiente hospitalar com sedação.
- Instrumentos que podem ser utilizados: ganchos rombos, 
sondas de itard, pinças tipo baioneta/Hartmann e Aspiração.
- Consistência dura: uso de sonda ou ganchos;
- Consistência mole: preensão direta por pinças.
- A técnica e o instrumental utilizado dependem da localização 
do objeto, forma e composição. O processo de remoção deve ser 
cuidadoso para que o CE não caia em rinofaringe e seja aspirado, 
principalmente por crianças com choro intenso.
- Pode ser feita a lavagem com soro fisiológico a 0,9% ou 
aspiração da secreção.
- Após a retirada, ambas as fossas nasais devem ser 
examinadas.
Complicações
- Fatores que favorecem: o tempo de permanência do CE, 
manipulação prévia e não cooperação do paciente.
- Lesões na mucosa, sangramento, infecção, aspiração, 
perfuração septal e deformidade nasal.
- Rinussinusite, broncoaspiração
- Evolução para Rinólito no futuro.
Corpo estranho na orofaringe 
- Usualmente são espinhas de peixe ou ossos delgados de 
galinha.
- Locais mais comuns: parede posterior da faringe, tonsilas 
palatinas, base da língua, hipofaringe e valécula;
- Podem levar a dor, disfagia e sialorréia.
- Diagnostico fácil com visão direta do corpo estranho na 
orofaringoscopia;
- Remoção é simples com retirada por pinças apropriadas com 
ou sem anestesia tópica.
Epidemiologia
- Predomínio de casos na infância, especialmente de 0-3 anos
Hipofaringe e laringe
- São menos frequentes que os de esôfago.
- O acidente agudo de aspiração está presente na história;
- Aparição imediata de disfonia e obstrução respiratória alta 
como dispneia e estridor;
- Algumas vezes, necessário traqueostomia de urgência.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
 Característica clinica do CE = rinorreia unilateral 
purulenta ou serossanguinolenta, associada ou não a 
obstrução nasal unilateral e vestibulite ipsilateral
Nariz Sonda com balão 
Pressão positiva 
Aspiração 
Tumoração suspeita 
Remoção sem 
sucesso
Edema, destruição 
óssea, tecido de 
granulação, CE 
crônico/rinólito 
baterias, 
botões, 
miçangas, etc 
ZCd j
+!7!4%%%% 4%P!
,!
Diagnostico 
- No momento da aspiração, a principal queixa é de engasgos, 
reflexos nauseosos e dor na faringe, seguidos de tosse. 
- Na orofaringe, o sintoma mais frequente é a odinofagia.
- Obstrução parcial da laringe costuma causar rouquidão, afonia, 
estridor e dispneia;
- Quando o CE migra distalmente na arvore respiratória, o paciente 
tende a apresentar sintomas respiratórios como dispneia, sibilos e 
tosse. Podem evoluir com pneumonias, atelectasias.
Exame físico 
– Oroscopia 
- Se o paciente apresentar reflexo nauseoso muito exacerbado, pode 
ser utilizada solução de lidocaína em spray na concentração de 10%. 
Contraindicado emcasos de miastenia gravis e em história de reação 
alérgica.
- CE na hipofaringe ou laringe
 L Laringoscopia indireta com espelho de Garcia
 L Videolaringoscopia com endoscópio rígido – primeira escolha. 
 L Se não houver laringoscópio → TC de pescoço partes moles.
- CE passou do esôfago: endoscopia digestiva alta
Exames de imagem
- TC em casos de suspeita de CE na faringe e laringe.
- TC é indicada também em suspeitas de abscesso parafaríngeo e 
penetração do CE nas estruturas mais profundas do pescoço.
Diagnostico diferencial 
- Estenose esofágica
- Divertículo
- Hérnia de hiato
- Tumores na faringe ou laringe 
- Doença do refluxo faringolaríngeo.
Abordagem geral
Tratamento
- O manejo clínico deve focar na preservação da via aérea, remoção 
do CE e tratamento de eventuais complicações;
- Situações de emergencia: pacientes inaptos a manejar 
adequadamente secreções com alto risco de aspiração, CE pérfuro-
cortantes ou baterias em esôfago (tolerância de até 6 horas para 
remoção).
- CE na faringe: retirada com pinça hemostática ou Hartmann (caso 
seja detectado na observação pelo exame orofaríngeo);
- Se o CE não for detectado, realizar laringoscopia indireta para 
guiar a retirada do CE de hipofaringe ou laringe utilizando-se pinças 
anguladas específicas tipo jacaré, saca-bocado, dente de rato. 
- É indicado cirurgia quando o CE não é passível de retirada por 
métodos conservadores ou quando existem lacerações teciduais, 
formação de abscesso, hemorragias ou injúrias de órgãos 
adjacentes. Associar antibioticoterapia, nessas situações, para 
minimizar chance de complicações graves.
Complicações
- Fatores de risco para complicações: tentativa de remoção por 
curiosos ou profissionais não habilitados, inexperiência do médico 
na remoção do CE, falta de infraestrutura e longa permanência 
do CE.
- Obstrução total da via aérea por CE na laringe ou que 
progride até a traqueia (uma das principais causas de 
mortalidade em crianças entre 1-4 anos).
- Complicações: abscesso retrofaríngeo, celulites craniofaciais, 
mediastinites, pneumopatias de aspiração e migração para órgão 
vizinho.
Abordagem geral
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
baterias, 
botões, metal, 
ossos, moedas, 
dentes, 
miçangas, etc 
Orofaringe Frequentemente 
precisam de 
endoscopia.
- Podem requerer 
sedação.
Necessidade de sedação 
- Visualização difícil 
- VAS comprometidas
 Recomendação. Evidência 
CE diretamente visível, preensável, em orelha ou nariz, 
pode ser conduzido sem especialista.
CE remoção difícil, não-preensável, esféricos, no CAE com 
possível contato com a MT, deve requerer especialista.
CE nariz, ouvido ou garganta, não diretamente visualizável, 
ou se as tentativas forem sem sucesso, deve requerer 
especialista.
CE em orofaringe devem ser sempre referenciados ao 
especialista, a menos que estejam facilmente visíveis
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Introdução 
- Faringotonsilites (FT) são infecções autolimitadas que se 
desenvolvem nas tonsilas, faringe posterior, palato mole, órgãos 
linfoides, e representam uma das infecções mais frequentes de vias 
aéreas superiores, principalmente na população infantil.
- As faringotonsilites clinicamente podem ser classificadas em 
inespecíficas (virais e bacterianas), quando não há especificidade 
entre o agente etiológico e o quadro clínico; e as específicas (sífilis, 
leishmaniose, tuberculose, mononucleose, difteria, angina de plaut–
vicent ou fusoespiralar), quando há correlação entre a clínica e o 
agente etiológico.
- São comumente de origem viral mas também podem ser 
causadas por bactérias, especialmente o estreptococo β-hemolítico 
do grupo A (EBHGA) que pode levar a sequelas supurativas e não 
supurativas.
- Na maioria das vezes, as crianças e os adultos se recuperam 
rapidamente (3 a 4 dias) de uma infecção faringotonsilar, mas, 
ocasionalmente, podem desenvolver complicações.
Principais funções das tonsilas
1) Secretar imunoglobulinas: atua como tecido imunocompetente 
local, secretando IgA, IgG, IgM, IgD e IgE, que impedirão a replicação 
bacteriana e viral no trato respiratório superior - representando a 
primeira linha de defesa contra doenças infecciosas na região.
2) Produzir cadeias J: responsáveis por completar a estrutura 
moleculares das imunoglobulinas A e que posteriormente migrarão 
para outras áreas do trato superior.
Epidemiologia 
- Predominante em crianças e adolescentes em contato muito 
próximo, como nas escolas. 
- Transmissão: gotículas de saliva 
- Período de incubação: 1 a 4 dias
Etiologias 
- Vírus: adenovírus, influenza, parainfluenza, Coxsackie, sincicial 
respiratório e Epstein-Barr.
- Bactérias: EBHGA (20-30%), hemofilos (15%), moxarela 
(15%), estafilococo dourado (20%), pneumococo (1%).
- Outros: fungos, refluxo gastro-faringeo, obstrutivas/tumorais 
(carcinoma, ou aumento do tamanho causando apneia do sono).
Classificaçao
Classificação clínica: 
- Aguda
- Recorrente (critérios Paradise)
- Crônicas (>3meses)
- Crônica caseosa (formação de massinhas)
Apresentação clinica: 
1. Eritematosa e eritematopultáceas
- Bacterianas.
- Virais.
2. Vesiculosas
- Herpes simples.
- Herpangina (várias “aftas” no palato e faringe)
3. Ulcero–necrosante
- Angina de Paut-vicent
- Sífilis
- Agranulocitose
Faringotonsilites agudas inespecificas 
Faringotonsilites Virais 
- Correspondem a 75% dos casos em crianças menores de 2 
anos e diminuem após a puberdade,
- O principal vírus é o adenovírus (20%), mas rhinovírus, 
coronavírus, influenzae, parainfluenzae e vírus sincicial respiratório 
também podem estar envolvidos.
- Pacientes apresentam febre, exsudato na faringe e tonsilas, 
mialgia, coriza e obstrução nasal.
- Alguns vírus como o Herpes simplex e Epstein-Barr também 
podem se manifestar como faringotonsilite e/ou estomatite.
- Geralmente têm evolução benigna.
- Tratamento: cuidados com estado geral, hidratação, medicação 
analgésica e antitérmica.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Faringotonsilites
Anginas cervicais
As anginas cervicais são classificadas em: 
- Faringites
- Tonsilites (amigdalites)
- Tonsilite lingual
- Adenoidites
Mononucleose Infecciosa
- Pode ser causada por Epstein-Barr vírus (EBV), Citomegalovírus 
(CMV), toxoplasma, adenovírus ou vírus da hepatite.
- O principal é o EBV vírus, da família Herpesviriadae, que pode 
causar tonsilite aguda, recorrente ou hipertrofia tonsilar.
- Transmissão: troca de saliva por beijo ou contato próximo.
- É caracterizada por um pródromo de mal-estar e fadiga, seguido 
de febre e dor de garganta.
- Exame físico: 
 L Tonsilas aumentadas, eritematosas, em muitos casos com 
exsudato branco-amarelado, edema de úvula e palato. Há adenopatia 
cervical envolvendo nódulos cervicais posteriores.
- Entre a segunda e quarta semanas, cerca de 50% dos pacientes 
apresenta esplenomegalia, e 30% a 50%, hepatomegalia, rash, 
petéquias palatais e dor abdominal. A febre e a faringite costumam 
durar até duas semanas, enquanto adenopatia, hepatoesplenomegalia 
e mal-estar podem se prolongar por até seis semanas.
- A infecção por EBV pode ser preditora de futuros episódios de 
tonsilites recorrentes e abscesso peritonsilar.
- Diagnóstico: 
 L Hemograma (atipia linfocitaria > 10%), pesquisa de anticorpos, 
aumento discreto das transaminases TGO e TGP, sorologia IgM e 
IgG IgM e IgG contra antígenos do capsídeo viral (Anti- VCA). IgM 
positivo após 10-20 dias tem alta sensibilidade e especificidade.
- Tratamento: 
 L Suporte, hidratação e analgésicos. 
 L Repouso é importante pelo risco de ruptura esplênica.
 L Obs: evitar ampicilina e tratar infecções secundarias.
Bacterianas inespecificas 
- A FT bacteriana inespecífica pode desencadear sintomatologia com 
duração de 3 a 6 dias no adulto, e 6 a 10 dias nas crianças.
- Etiologia pelo Streptococus pyogenes do grupo A (GAS), pode 
levar a complicações supurativas ou não supurativas. O GAS é 
responsávelpor cerca de 20% das faringotonsilites agudas em 
crianças e adolescentes, começando a partir dos 2 ou 3 anos, com 
prevalência maior entre 5 e 15 anos. 
- Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae podem ser 
causa de FT, afetando preferencialmente a população entre 9 e 19 
anos, e costumam ser acompanhadas por outros sinais de infecção 
respiratória, especialmente tosse.
- Bactérias como Staphylococcus aureus, Haemophilus spp, Moraxella 
catarrhalis são, por vezes, responsáveis por recaídas de infecções 
estreptocócicas. 
- Quadro clínico:
 L Dor de garganta, disfagia, febre, gânglios submandibulares 
aumentados de volume e dolorosos à palpação, achados mais 
frequentes, além de eventualmente, náuseas e vômitos, dor 
abdominal e cefaleia.
- Exame físico: 
 L Orofaringe hiperemiada, mucosa edemaciada, tonsilas palatinas 
com exsudato e criptas com pontos purulentos ou recobertos por 
secreções. A palpação cervical revela gânglios submandibulares 
aumentados e dolorosos.
- Hemograma: 
 L Nas infecções bacterianas haverá leucocitose, com desvio à 
esquerda e neutrofilia. 
 Diagnostico de faringotonsilites estreptocócicas
- Principais sinais clínicos: início súbito da dor de garganta, febre 
acima de 38,5ºC, cefaleia, nauseas, vômitos e dor abdominal, 
inflamação das tonsilas e faringe, exsudato faringotonsilar em 
placas, petequias no palato, adenite cervical anterior, historia de 
exposição à faringite estreptocócica e exantema escarlatiniforme.
- Exame laboratorial: cultura (padrão ouro) ou detecção 
antigênica (teste rápido). 
- Os testes rápidos para identificação do GAS são: imunoensaio 
enzimático (ELISA), imunoensaios ópticos (OIA) e sondas (probes) 
de DNA.
- Os testes sorológicos são úteis para saber se ocorreu uma 
infecção estreptocócica, mas não para o diagnóstico inicial da 
doença.
- A elevação nos títulos de ASLO geralmente pode ser 
demonstrada uma semana após a infecção, com pico entre 3 e 
6 semanas. O declínio subsequente ocorre entre 6 e 8 semanas, 
porém, em alguns casos, isto só ocorre depois de meses.
Criterios Centor Modificado:
- A soma dos pontos é usada para estimar a possiblidade de 
faringotonsilite estreptocócica por GAS e a conduta.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Faringotonsilites
Anginas cervicais
Principais sinais e sintomas clínicos da 
faringotonsilite por GAS
• Início súbito da dor de garganta 
• Idade: 5 a 15 anos
• Febre acima de 38,5ºC
• Cefaleia
• Náuseas, vômitos e dor abdominal 
• Inflamação das tonsilas e faringe
• Exsudato faringotonsilar em placas 
• Petéquias no palato
• Adenite cervical anterior
• História de exposição à faringite estreptocócica 
• Exantema escarlatiniforme
Tratamento
- Sintomático: analgésico, antitérmico, hidratação, alimentação 
adequada. 
- Penicilina G (antibiótico de escolha) pode ser administrada na 
dosagem de 600.000 UI para crianças com peso 20 kg.
- Alternativa: Amoxicilina VO, 40mg/kg/dia, 3x ao dia durante 10 dia
- Em recaídas (mesmo agente infeccioso que não foi totalmente 
debelado), Amoxicilina associada ao ácido clavulânico; cefalosporinas e 
macrolídeos ou clindamicina.
Complicações:
1. Supurativas (abscessos periamigdaliano e parafaríngeo)
 a. Abscesso periamigdaliano/peritonsilar 
 L O abscesso é quando há coleção purulenta entre a tonsila 
e o tecido do palato fibroso. 
 L Ocorre abaulamento do pilar e do palato. 
 L Paciente apresenta febre alta, dor intensa, disfagia a 
sólidos e líquidos, desidratação, trismo, queda do estado geral, 
abaulamento do pilar anterior (palato fibroso).
 b. Abscesso parafaríngeo 
 L Paciente refere odinofagia, disfagia, queda do estado geral 
e sem muitas alterações à oroscopia. Frequentemente apresenta 
rigidez de nuca. 
 L Pode, ainda, apresentar: recusa de ingesta oral, trismo 
(menos frequente que o peritonsilar), sialorréia, cefaleia, distúrbios da 
voz, letargia e rinorreia. 
 L O exame a ser solicitado é a TC com contraste, pois é a 
única forma de dar o diagnóstico.
 L Opções de tratamento: clindamicina, ampicilina/sulbactam 
ou cefalosporina + metronidazol.
2. Não supurativas
 a. Escarlatina: as endotoxinas causam rash cutâneo finamente 
papular e eritematoso. 
 b. Febre Reumática: 2-3 semanas após a faringite 
estreptocóccica.
 c. Glomerulonefrite: geralmente presente 1-2 semanas após 
infecção faríngea ou de pele.
 d. Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico: após infecção de 
qualquer sítio.
PANDAS – Pedia!ic autoimmune neuropsychia!ic dis"d#s 
a$ociated with s!eptococcal infections 
- Doença autoimune pediátrica que ocorre como complicação da 
infecção estreptocócica.
- Os fatores de risco são sexo: masculino e histórico familiar.
- O tratamento das exacerbações é feito com antibiótico e 
tratamento neuropsiquiátrico. 
Quadro diferencial de bacteria e 
virus 
Faringotonsilite recorrente
- A recorrência caracteriza-se por agente infeccioso diferente 
daquele que causou a infecção precedente, independente do 
intervalo entre os episódios;
- Fatores predisponentes: 
 L Uso abusivo e incorreto de antibióticos, alterações da 
microbiota locorregional, mudanças estruturais no epitélio das 
criptas, algumas infecções virais; alergias, refluxo faríngeo-
laríngeo, anemia, redução da imunidade.
Tratamento:
- Broncho-vaxom por 3 meses (lisado bacteriano – fragmentos 
de bactéria que estimulam a imunidade do paciente), vacinas 
(pneumococo), antibioticoterapia por 10 dias, cirurgia;
- Penicilina/Amoxicilina;
- Nos casos refratários, utilizar antibióticos que tenham ação 
contra bactérias produtoras de betalactamases;
- Tonsilectomia pode ser indicada quando o tratamento se 
mostrar ineficaz, de acordo com os critérios de Paradise.
Criterios Centor Modificado:
- A soma dos pontos é usada para estimar a possiblidade de 
faringotonsilite estreptocócica por GAS e a conduta.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Faringotonsilites
Anginas cervicais
Sinais e sintomas de PANDAS
• Transtorno obsessivo-compulsivo
• Início pré-puberal
• Aparecimento ou exacerbações abruptas
• Associação com outras alterações neurológicas (p. ex., 
hiperatividade motora nas crises)
• Associação temporal com infecção pelo GAS
Criterios de Paradise - indicação de 
amigdalectomia em FT recorrente 
• Sete episódios agudos em um ano
• Cinco episódios por ano, em dois anos 
consecutivos
• Três episódios de infecção aguda, em três 
anos consecutivos
PFAPA
- Quadro clínico: febre periódica, estomatite, faringite e adenite 
cervical.
- Início antes dos 5 anos e resolução na adolescência, mas pode 
persistir na vida adulta.
- Os episódios febris ocorrem a cada 3 a 8 semanas, com duração 
de 3 a 6 dias.
- Autolimitada e benigna.
- Tratamento: 
 L Prednisona (1-2 mg/kg) ou betametasona (0,1-0,2 mg/kg), 
com resposta rápida dos sintomas. 
 L Colchicina pode ser usada como profilático entre as crises. 
 L Considerar amigdalectomia em pacientes com pequenos 
intervalos entre as crises, que não respondem ou têm 
contraindicação ao corticoide.
Tonsilite Crônica 
- Faringotonsilite crônica caseosa
- Infecção persistente das tonsilas 
– Dor de garganta > 3 meses, associada a inflamação tonsilar;
- Pode estar associada a halitose, presença de caseum nas criptas, 
eritema peritonsilar e adenopatia cervical persistente;
- Repercussões sistêmicas: febre recorrente, odinofagia, dificuldade de 
deglutição, enfartamento ganglionar submandibular e cervical, halitose, 
respiração bucal, alterações gerais na disposição física, aprendizado, 
apetite, humor e até palidez cutânea;
- Flora bacteriana mista: anaeróbios, GAS e outros estreptococos;
- Tratamento: 
 L Gargarejo, expressão para remoção, e encaminhamento para 
especialista para verificar interesse de cirurgia;
 L A cirurgia pode ser considerada nas tonsilites crônicas com 
manifestações locorregionais e/ou sistêmicas bem evidentes;
- Complicações: abscesso periamigdaliano, parafaringeo,retrofaringeo, 
escarlatina, FR/STILL/wissler fanconi, angina de Ludwig, e 
glomerulonefrite.
Abscesso peritonsilar
- Complicação supurativa de tonsilites, quando o processo infeccioso 
atinge o espaço peritonsilar.
- Complicações: ruptura espontânea e aspiração para a via aérea 
inferior, ou extensão ao espaço lateral da faringe (abscesso 
parafaríngeo).
- Mais frequentes em adultos jovens ou adolescentes;
- Quadro clínico: 
 L Dor intensa unilateral, com irradiação para a orelha, sialorreia,
dificuldade para deglutir, voz anasalada, trismo, febre, mal-estar e 
calafrios. Abaulamento unilateral, que desloca a tonsila em direção à 
linha média, com edema, hiperemia e exsudato purulento.
- TC com contraste pode auxiliar na diferenciação entre celulite e 
abscesso peritonsilar.
- A cultura costuma mostrar flora polimicrobiana (anaeróbios e 
aeróbios) com aumento de bactérias gram-negativas. 
 L Anaeróbios: Prevotella, Porphyromonas, Fusobacterium e 
Peptostreptococcus spp.
 L Aeróbios: GAS, Staphylococcus aureus e H. influenzae;
Tratamento:
- Internação.
- Punção com drenagem
- Hidratação
- Analgésicos e anti-inflamatórios.
- Antibioticoterapia EV: Penicilina associada a metronidazol, 
Amoxicilina com Clavulanato, Clindamicina associada ou não a 
Ceftriaxone.
- Tonsilectomia (na vigência do abscesso), a depender da história 
pregressa.
Faringotonsilite especificas 
Difteria:
- Doença infecciosa aguda grave causada pelo Corynebacterium 
diphteriae, bacilo gram + anaeróbio (porém é rara devido à 
cobertura vacinal).
- Doença de notificação compulsória imediata diante da suspeita.
- Comum em crianças de até 10 anos.
- Transmissão por contato direto com doentes ou portadores, 
por meio de gotículas respiratórias (tosses, espirros);
- Período de incubação varia de 1 a 6 dias.
- Quadro clínico: 
 L Dor de garganta pouco intensa, febre baixa, sinais de 
toxemia, prostração e palidez. Placas pseudomembranosas 
aderentes às tonsilas, pilares e úvula, além de linfadenopatia 
cervical e submandibular; placas, falsas membranas, obstrução de 
vias aéreas, febre moderada, hipotensão, palidez e toxemia;
- Tratamento: 
 L Administrar soro antidiftérico, antibiótico penicilina ou 
eritromicina.
- O padrão ouro para o diagnóstico é a cultura do C. diphtheriae 
coletado das lesões; baterioscopia, cultura dos exsudados em 
meio de klebseffler.
- O prognóstico depende da precocidade do diagnóstico e do 
início do tratamento (pior se > 3 dias).
- Complicações: exotoxina, miocardite, sistema nervoso, arritmia, 
hipotensão, diplopia, paralisia do véu palatino.
- Medidas de prevenção: vacinação antidiftérica para os 
contactantes e quimioprofilaxia para os contactantes com cultura 
positiva.
Angina de Plaut-Vincent (Tonsilite ulcero necrotizante)
- Associação do espirilo e fusobacterium, UNILATERAL, antecedente de 
manipulação dentária.
- Quadro clínico: 
 L Lesão ulceronecrótica unilateral, recoberta por exsudato 
pseudomembranoso, fétida, disfagia e odinofagia. 
 L Febre pode não estar presente;
- Diagnóstico: avaliação clínica, exame físico e confirmação com exame 
bacteriológico que evidencia a natureza fusoespiralar do agente.
- Cultura de secreção obrigatória. 
- Tratamento: 
 L Penicilina ou cefalosporina associado a metronidazol higine bucal 
com soluções antissépticas.
 L Tratar com clindamicina ou metronidazol, pois não há resposta 
com amoxicinila.
- Diagnostico diferencial: lesão tumoral
Criterios Centor Modificado:
- A soma dos pontos é usada para estimar a possiblidade de 
faringotonsilite estreptocócica por GAS e a conduta.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Faringotonsilites
Anginas cervicais
Angina Luética (Sífilis)
- Doença infectocontagiosa sistêmica bacteriana causada pelo 
Treponema pallidum.
- Considerar em pacientes com ulceração tonsilar UNILATERAL, 
pouco dolorosa, de aspecto tumoral e endurecida à palpação;
- A boca é o local extragenital mais acometido (10% dos casos).
- Diagnóstico laboratorial é feito por microscopia de campo escuro 
ou sorologia (VDRL, FTA-abs).
- Tratamento: 
 L Penicilina benzatina – 2.400.000 UI IM, em dose única nos 
casos de sífilis primária. 
 L Penicilina ou cefalosporina associado a metronidazol, higiene 
bucal com soluçoes antissépticas.
Faringite gonocócica:
- Doença infectocontagiosa causada por Neisseria gonorrheae 
(diplococo gram-negativo) de transmissão sexual.
- Acometimento primário se dá nas mucosas do trato urogenital, 
mas pode acometer reto, orofaringe e conjuntiva;
- Maior incidência entre os 15-30 anos, com predomínio nos homens.
- Período de incubação de 2 a 5 dias;
- Manifestacao faríngea acomete 10-20% dos indivíduos que 
praticam sexo oral em portadores de uretrite gonocócica.
- Pode ser assintomática, ou provocar odinofagia e mal-estar local;
- Tratamento: Ceftriaxone IM ou Doxiciclina VO por 7 dias.
Faringite herpética:
- O vírus Herpes simplex (HSV) tipo 1 é o mais associado a 
manifestações orais.
- A infecção primária geralmente aparece como gengivoestomatite, e 
15-30% dos pacientes podem ter faringite herpética concomitante;
- Transmissão por meio de saliva ou secreções, com período de 
incubação de 2 a 12 dias.
- Sintomas: mal-estar, febre e dor de garganta. Vesícular sangrantes 
ao toque ou ulceras com exsudato acinzentado e linfadenopatia 
cervical.
- A fase aguda dura 7 a 10 dias, com regressão espontânea dos 
sintomas e desenvolvimento de anticorpos.
- O vírus fica latente e pode ser reativado (fadiga, estresse, trauma, 
febre e imunodeficiências).
- Tratamento: 
 L Sintomático com anti-inflamatórios não esteroidais e 
analgésicos. 
 L Anti-retrovirais em pacientes com deficiências imunológicas.
Herpangina
- Causada pelo vírus Coxsackie tipos 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 10 ou 
Enterovírus, por transmissão fecal-oral ou disseminação respiratória.
- Acomete geralmente crianças entre 1 e 7 anos e se inicia com 
febre alta acompanhada de anorexia e dor de garganta, além de 
vômitos e diarreia, podendo durar de 2 a 4 dias.
- Na orofaringe observam-se lesões hiperemiadas com vesículas ao 
centro, principalmente nos pilares de tonsilas, palato mole e úvula. 
Após o rompimento das vesículas formam-se úlceras rasas.
- O tratamento é essencialmente sintomático.
Leishmaniose
- Infecção por protozoários do gênero Leishmania. A transmissão 
se dá por picada de inseto, geralmente Flebótomos.
- A leishmaniose mucosa é causada geralmente pela Leishmania 
braziliensis e tem como alvo principal a mucosa nasal, além de 
faringe, cavidade oral e laringe. Há infiltração edematosa intensa, 
principalmente na úvula, pilares amigdalianos e parede posterior 
da faringe. 
- Observa-se tecido fibroso misturado a tecido de granulação 
com aspecto vegetante e pode ocorrer destruição tecidual, 
inclusive no anel linfático de Waldeyer.
- O diagnóstico se baseia em biópsia. Como diferencial deve-se 
pensar em outras granulomatoses (p. ex., Hanseníase, 
Tuberculose e Paracoccidioidomicose). Após o tratamento pode-se 
observar a formação de cordões esbranquiçados cicatriciais com 
deformação das estruturas anatômicas do véu palatino e da 
parede posterior da faringe, inclusive com estenoses.
- O tratamento indicado é o uso de Antimoniais pentavalentes
(Glucantime®).
Hipertrofia das Tonsilas Palatinas e 
Faríngea 
- O maior aumento de volume das tonsilas palatinas ocorre dos 
4 aos 10 anos, e o das faríngeas, dos 3 aos 7.
- A hiperplasia tonsilar exuberante e excessiva pode levar a 
distúrbios respiratórios, como respiração oral, distúrbios 
fonoarticulatórios, de mastigação e de deglutição, e anomalias do 
desenvolvimento craniofacial;
- Relação entre respiração oral e distúrbio respiratório do sono;
- A principal causa de apneia obstrutiva do sono é a hipertrofia 
tonsilar.
- São sintomas comuns da apneia obstrutiva do sono: sonolência, 
voz hiponasal, irritabilidade, roncos noturnos, apneia, respiração 
oral, engasgos, sono sem descanso, terror noturno, enurese 
noturna. 
Diagnóstico:
- Avaliar o tamanhoSupraglote (vestíbulo)
- Ácima das pregas vocais 
Glote (ventrículo)
- Ao nivel das pregas vocais
Subglote
- Abaixo das pregas vocais. 
Pregas vocais
- São estruturas que se projetam bilateralmente para o interior da 
cavidade laringea.
- Tem com função: produzir sons.
- As pregas vocais (verdadeiras) consistem em:
 
▪
Ligamento vocal -> borda medial livre do cone elástico.
 
▪
Músculo vocal -> se origina das fibras mediais do músculo 
tireoaritenóideo.
Pregas vestibulares
- Pregas vocais falsas
- Recobrem os ligamentos vestibulares que se encontram logo acima das 
pregas vocais verdadeiras, protegendo-as.
- Se estendem entre as cartilagens tireóidea e aritenóideas. 
Laringite
- É uma patologia muito comum que ocorre quando a mucosa da 
laringe e as cordas vocais se tornam inflamadas.
- Perda temporaria parcial ou completa da voz do paciente.
- Rouqidão.
- Aguda ou crônica.
- Origem infecciosa ou nao infecciosa. 
Pólipo laríngeo benigno
- “nódulo dos cantores”
- Causados pelo uso excessivo das cordas vocais verdadeiras.
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Inervação 
- Feita pelo nervo vago (X)
- Inervação sensitiva e motora da laringe
Ramo laríngeo superior
Ramo interno (sensitivo)
- Base da língua
- Supra glote
- Face superior das pregas vocais
Ramo externo (motor)
- Músculo cricotireoideo
- Músculo constritor inferior da faringe
Ramo laríngeo recorrente (inferior)
Inerva todos os músculos INTRÍNSECOS, exceto o cricotireoideo
Musculatura
Divisão da musculatura:
- Musculatura supraioiteia
- Musculatura infraioiteia
- Musculatura intrínseca (som)
- Musculatura extrínseca (suspendem a laringe)
Músculos intrínsecos 
Músculo tireoaritenoideo
- Corpo das pregas vocais
- Adutor das pregas vocais
- Inervado pelo nervo laríngeo recorrente
Músculo interaritenoideo
- Feixe transverso e oblíquo
- Adução porção cartilaginosa da prega vocal
- Inervado pelo laríngeo recorrente
Músculo cricoaritenoideo lateral
- Adutor das pregas vocais (porção membranosa)
- Inervado pelo laríngeo recorrente
Músculo cricoaritenoideo posterior 
- Abdutor das pregas vocais 
- Inervado pelo laríngeo recorrente
Músculo cricotireoideo
- Principal músculo tensor da prega vocal
- Abdutor e adutor
- Controle da frequência da voz (sons agudos) 
- Inervado pelo nervo laríngeo superior
Músculo ariepiglotico 
Músculo tireoepiglotico
Músculos extrínsecos 
Levantadores:
- Músculo tireoioideo
- Músculo estiloioideo
- Músculo mioioideo
- Músculo digástrico
- Músculo estilofaringico - Músculo palatofaríngeo
Depressores:
- Músculo omoioideo
- Músculo esternoioideo
- Músculo esternotireoideo
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Anatomia da glandula tireoide
Anatomía 
- Glândula única
- Situa-se anteriormente à traqueia, entre a cartilagem cricóidea e a 
incisura supraesternal, entre a 5ª vértebra cervical e a 1ª torácica. 
- Possui dois lobos conectados por um istmo, e quatro glândulas 
paratireoides na região posterior, produtoras do paratormônio. 
Funções da glândula tireoide 
- Crescimento e desenvolvimento 
- Aumento do ganho muscular
- Redução do armazenamento de gordura
- Produção hormonal 
- Aumento do metabolismo .
Vascularização Arterial 
- Artérias tireóideas superiores 
 · Ramos da carótida externa
- Arterias tireóideas inferiores
 · Ramos do tronco tireocervical, colateral da artéria subclávia. 
- Artéria tireóidea ima
 · Proveniente do tronco braquicefálico ou do próprio arco aórtico.
Drenagem venosa 
- Veia tiroideia superior 
- Veia tiroideia média
- Veia tiroideia inferior
Inervação
- É inervada pelo nervo vago (X) 
- Derivam dos gânglios simpáticos cervicais superior, médio e inferior.
Anatomia das glândulas salivares
GLÂNDULAS PARÓTIDAS
- São as maiores glândulas salivares;
- Massas irregulares, lobuladas, amareladas e flexíveis;
- Situadas no leito parotídeo, anteroinferiormente ao meato acústico 
externo;
- Inseridas entre o ramo da mandíbula e o processo mastóide;
- Revestidas pela cápsula parotídea, derivada da lâmina superficial da 
fáscia cervical;
- A superfície superior se relaciona com a parte cartilaginosa do meato 
acústico externo e com a articulação temporomandibular.
Inervação 
- Nervo auriculotemporal inerva a glândula;
- Nervo auricular magno inerva a fáscia (cápsula) parotídea;
A estimulação das fibras parassimpáticas do nervo auriculotemporal 
produz saliva fina e aquosa. Já as fibras simpáticas derivam do plexo 
nervoso carotídeo externo da artéria carótida externa, e sua atividade 
vasomotora reduz a secreção da glândula.
Artéria carótida externa, veia retromandibular e nervo facial (NC VII) 
atravessam a glândula. Em sua superfície se encontram os ramos faciais 
do nervo auricular magno, os linfonodos parotídeos e a margem 
posterior do músculo platisma.
 A inflamação aguda da glândula 
da parótida (sialadenite aguda) 
pode causar dor cortante na 
região pré-auricular como 
resultado de um estiramento da 
cápsula e estimulação do nervo 
auricular. As causas de sialadenite 
aguda incluem obstrução do ducto 
parotídeo (cálculos, tampões de 
muco e estreitamento de ducto) e 
caxumba.
GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES 
- Situam-se ao longo do corpo da mandíbula, em sua metade posterior.
- Os linfonodos submandibulares estão em contato com a glândula. 
- O ducto submandibular origina-se da parte da glândula situada entre 
os músculos milo-hióideo e hioglosso e abre-se em uma pequena papila 
sublingual ao lado da base do frênulo da língua. 
- Os óstios dos ductos submandibulares são visíveis, e pode-se ver o 
gotejamento da saliva.
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Inervação
- Gânglio submandibular (do nervo facial NC VII) e pelo nervo lingual.
As glândulas submandibulares são supridas por fibras secretomotoras 
parassimpáticas pré- ganglionares que são conduzidas, pelo nervo corda 
do tímpano, do nervo facial para o nervo lingual, e fazem sinapse com 
neurónios pós-ganglionares no gânglio submandibular. As últimas fibras 
acompanham artérias para chegar à glândula, juntamente com fibras 
simpáticas pós-ganglionares vasoconstritoras do gânglio cervical superior.
Vestíbulo 
- Lábios
 · Músculo orbicular oral
 · Inervado pelos nervos infraorbitário e mental.
- Bochechas
 · Músculo bucinador
 · Inervado pelo ramo bucal da divisão mandibular do nervo trigêmeo.
Cavidade oral
- Delimitada pelos arcos alveolares da mandíbula.
- Assoalho é ocupado pela língua.
- Os músculos milo-hióideos constituem o assoalho muscular.
- Teto é formado pelos palatos duro e mole e a úvula.
- O istmo da garganta (abertura da boca na faringe), tem, lateralmente, 
os arcos palatoglossos (pilar anterior) e, inferiormente, o dorso da língua.
GLÂNDULAS SUBLINGUAIS 
- São as menores e mais profundas das principais glândulas salivares.
- Situadas no assoalho da boca, entre a mandíbula e o músculo 
genioglosso.
As glândulas de cada lado se unem para formar massa em formato de 
ferradura ao redor do centro de tecido conectivo do frênulo da língua. 
Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao 
longo das pregas sublinguais.
Inervação:
- Gânglio submandibular;
Os nervos das glândulas sublinguais acompanham os nervos da glândula 
submandibular. As fibras secretomotoras parassimpáticas pré-
ganglionares são conduzidas pelos nervos facial, corda do tímpano e 
lingual e fazem sinapse no gânglio submandibular.
Anatomia da cavidade oral
- Tonsilas palatinas
- Mucosa jugal
- Freio lingual
- Dorso da língua
- Arcada dentária
- Pilares amigdalianos - Amígdalas
- Úvula
Anatomia da Língua 
Extrínsecos
• Músculo estiloglosso
• Músculo hipoglosso
• Músculo genioglosso
• Músculo palatoglosso
Intrínsecos
• Músculo longitudinal superior
• Músculo longitudinal inferior
• Músculo vertical
• Músculo transverso
Os dois terços anteriores são inervados por:
- Ramos sensitivos do nervo lingual (par craniano V/III – Nervo trigêmeo, 
ramo mandibular) e pelo ramo da corda do tímpano do par craniano VII – 
nervo facialdas tonsilas – radiografias laterais da 
nasofaringe, ou radiografia de cavum (para a tonsila faríngea); 
endoscopia nasal ou fibronasofaringoscopia é o método de 
escolha para a avaliação da nasofaringe (visualização direta da 
tonsila).
- Oroscopia: identificação da hiperplasia de amígdalas e 
classificação de Brodsky (graus III e IV são obstrutivos);
- Polissonografia é o padrão ouro para identificação e diagnóstico 
do grau de apneia obstrutiva do sono. Critérios para solicitação: 
crianças menores de 3 anos, crianças obesas, com comorbidades 
como síndrome de Down e doenças neuromusculares.
Tratamento:
- Adenoidectomia indicação absoluta
 L Síndrome da apneia obstrutiva do sono
 L Deformidade da face
 L Otites recorrentes, otite média secretora
 L Sinusites recorrente
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Faringotonsilites
Anginas cervicais
- Diferencial de hipertrofia da tonsila faríngea: angiofibroma 
nasofaringe, cisto de thornwaldt, linfoma, hemangioma, adenoma 
papilífero, HIV (fazer sorologia)
Hipertrofia da tonsila palatina
- Amigdalectomia se
 L Síndrome da apneia obstrutiva do sono
 L Deformidade da face
 L Tonsilites recorrente, (critério Paradise)
 L Tonsilite crônica indicação relativa diferencial:
- Diagnostico diferencial: linfoma, carcinoma, tuberculose, abscesso, 
tumores parafaríngeos
Classificação em graus da Hiperplasia 
amigdaliana
Caso clinico 1
- Identificação: VCCT, 15 anos, natural e procedente de 
Manaus, sexo feminino 
- HPP: nega comorbidades ou uso regular de medicações e 
cirurgias.
- Alergia medicamentosa: nega
- Hábitos de vida: nega tabagismo ou etilismo. Prática atividade 
física 2x na semana
- QP: dor para engolir
- Paciente com grande dificuldade em articular as palavras, 
comparece em unidade de pronto atendimento referindo historia 
que há 15 dias atrás iniciou um quadro de dor de garganta, 
febre e mal estar, onde procurou um PS e foi prescrito 
Amoxicilina 500mg (8/8 hrs) e Ibuprofeno 500 mg (8/8h) 
durante 7 dias. Entretanto, não houve melhora dos sintomas ao 
final da medicação. Novamente procurou OS e foi receitado 
Levofloxacino durante 5 dias, mas os sintomas se intensificaram, 
evoluindo com trismo, dificuldade de deglutição e na fala, 
sialorreia e dor intensa. Está muito ansiosa e aflita.
- Exame físico: PA: 100x60mmHg, Tax: 38,5oC, FC: 110 bpm, 
ansiosa.
- ORL: presença de abaulamento do pilar amigdaliano anterior 
bilateralmente, não visualizada úvula.
Qual hipótese diagnostica?
- Faringotonsilite aguda bacteriana com complicação peritonsilar
Bilateral
- Comentário: A progressão da doença em 15 dias, sialorreia, 
trismo e febre sugerem o abscesso periamigdaliano. Obs: caso 
fosse necessário solicitar um exame de imagem – TC de pescoço 
partes moles com contraste.
Qual seria o tratamento prescrito?
- Internação 
- Antibiótico: Amoxicilina-clavulanato 1g 8/8h EV, Metronidazol 
500 mg 8/8h EV 
 L Outra opção: Ceftriaxone 1g 2x ao dia + clindamicina 
600mg 3x ao dia
- Drenagem 
- Analgesia e corticoide: Dexametasona 0,15mg/Kg
O tratamento será ambulatorial ou hospitalar?
- Hospitalar - internar o paciente
A paciente tem indicação cirúrgica?
- Sim, drenagem de abscesso; pode-se indicar
amigdalectomia.
 
Cité 3 diagnósticos diferenciais:
- Abscesso bilateral, linfoma agudo e infecção viral.
Cite prováveis complicações:
- Trombose de veia jugular interna, mediastinite, insuficiência 
respiratória aguda e sepse.
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Faringotonsilites
Anginas cervicais
Anatomia 
- É uma glândula, localizada na região cervical anterior,
- É dividida em três lobos, piramidal, direito e esquerdo, unidos por 
um istmo, recobertos por uma capsula.
- Os lobos sao divididos em dois pólos, superior e inferior.
- Grupos celulares: 
 L Células foliculares (elemento funcional da glândula da tireoide), 
dentro dele tem o coloide que armazena a tireoglobulina, principal 
precursor da formação dos hormônios tireoidianos. 
 L Células parafoliculares secretam a calcitocina. 
Introdução 
- A frequência de nódulos detectados por USG é maior em idosos, 
principalmente mulheres acima de 60 anos;
- A importância clínica do nódulo de tireoide se resume em excluir a 
presença de um câncer.
- 90% dos carcinomas da tireoide correspondem ao carcinoma 
diferenciado da tireoide, papilífero e folicular.
- Nódulos maiores que 1 cm necessitam de punção aspirativa por 
agulha fina (PAAF) – maiores chances de serem malignos.
- Nódulos menores com achados suspeitos à US, principalmente em 
pacientes com fatores de risco associados, precisam ser avaliados.
Conceitos
- Bócio: clinicamente é qualquer aumento do volume da tireoide, que 
histopatologicamente podem ser de origem neoplásica benigna, 
maligna ou coloide.
* O bócio coloide, mais comum na nossa região.
Fisiologia 
- Lembrar da fisiologia, do hipotálamo, que inibe T3 e T4 por 
feedback; o TRH que estimula a hipófise a liberar TSH e o TSH que 
estimula a tireoide a liberar os hormônios T3 e T4. Qualquer 
desregulação pode levar a transtornos tireoidianos.
Diagnostico 
- Anamnese
- Exame físico
Exames de imagem 
1. USG 
- Método de escolha 
- Serve para avaliar alterações de forma (com ou sem Doppler).
- USG com Doppler: identificar a vascularização, quanto mais 
central, mais chances de malignidade.
2. Tomografia
- Realizada na suspeita de câncer ou presença de metástase 
(para a realização do estadiamento).
- Pode ajudar a verificar invasão de tecido.
3. Ressonância magnética
- Raramente utilizada.
4. Cintilografia Iodo-131 
- Quando tem alteração de função (pensar quando tem lesão 
nodular e o TSH suprimido).
- Saber se é hipercaptante (quente) ou hipocaptante (frio).
- Alterações na forma, função e histologia 
 L Para avaliar forma: exame físico, USG (método de 
escolha), TC, RNM
 L Para avaliar função: T3, T4 livre, T4 total, TSH e 
Cintilografia lodo-131
Dosagens dos hormônios 
1. T3, T4 Livre, T4 total, TSH.
- Dosagem de TSH primeiro exame laboratorial a ser solicitado
- Na presença da hiperfunção ou hipofunção, vamos precisar dos 
hormônios tireoidianos.
Otorrinolaringologia
Doencas da Glandula Tireoide
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Hipoecogenicidade
Aumento da vascularização intranodular
Limites imprecisos
Margens irregulares
Ausência de halo
Presença de microcalcificações 
Formato mais alto que largo.
Achados ultrassonográficos que sugerem malignidade:
[
m
[[[ [[[
[
n
$%T%o-,.-1% p I$%T%qQ'"W0',&%
Exame da histopatologia 
1. Procedimentos e cirurgias para a obtenção do material a ser 
examinado
 L PAAF (citologia).
 L Biópsia a céu aberto.
 L Tireoidectomias parciais e total.
2. Técnicas para o diagnóstico histopatológico
 L Hematoxina-eosina.
 L Corantes específicos. 
 L Imuno-histoquímica.
~> Temos a tireoidite de Hashimoto, que é uma lesão inflamatória; o 
hipertireoidismo Basedow-Graves; o bócio coloide; carcinoma 
papilífero, com alterações de invasão, e o adenoma, que é uma lesão 
benigna.
 
-> Paciente com nódulo tireoidiano, para avaliar a chance de se 
tornar maligno, é preciso avaliar a presença de fatores de risco 
(risco para malignidade).
Abordagem 
- Se a USG cervical mostra nódulo menor do que 1 cm e nao 
houver qualquer fator de suspeita, o paciente poderá ser seguido 
apenas clinicamente. Nódulos > 1 cm ou suspeitos à clinica e/ou USG 
devem ser puncionados.
Indicação de PAAF 
- Deve ser realizada após confirmação de nódulo sólido pela US. 
- É recomendação de rotina para 1) nódulos maiores ou iguais a 
1cm no seu maior diâmetro com características US altamente 
suspeitas; 2) nódulos maiores ou iguais a 1cm no seu maior 
diâmetro com aspectos US e suspeita intermediária; 3) nódulos 
maiores ou iguais a 1,5cm no seu maior diâmetro com baixa 
suspeição US.
- O PAAF pode te dar uma origem de suspeita de malignidade 
ou benignidade. Se for um nódulo benigno pequeno, que não 
esteja comprimindo nenhuma estrutura adjacente, é só fazer 
acampamento, mas se houversuspeita de malignidade, é 
cirúrgico
 Bethesda para resultado de PAAF
- O PAAF não é diagnóstico, classificamos pelo BETHESDA, que 
é uma classificação que vai de I – VI. 
- A classificação I é “não diagnóstica” (p.ex.: celularidade 
insuficiente, só veio sangue na amostra), você precisa repetir a 
USG e se esta for inadequada, fazemos acompanhamento 
rigoroso; se maligno, fazemos cirurgia. 
- A tipo III (provavelmente benigno) a maioria é indeterminado e 
deve ser realizado outra PAAF, e o tipo IV (provavelmente 
maligno) faz o controle cirúrgico. 
Otorrinolaringologia
Doencas da Glandula Tireoide
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
RISCO PARA MALIGNIDADE
• %escimento rapido do nodulo.
• Fixacao a es!uturas adjacentes.
• Nodulo pe!eo.
• P&alisia de 'ega vocal ipsilat#al ao nodulo.
• Adenomegalia regional ipsilat#al.
• Hist"ia de (radiacao local ou total.
• Hist"ia famili& de canc# de t(eoide.
• Hist"ia famili& de neoplasia endo)ina multipla.-
Padrões Ultrassonograficos e risco 
estimado de malignidade para nódulos 
da tireoide 
Classificação quanto ao risco de malignidade:
1. Benignos (risco 70 a 90%), nódulo sólido hipoecoico com uma ou 
mais das seguintes características: margens irregulares (infiltrativas 
ou microlobulada), microcalcificações, altura maior que a largura, 
margens calcificadas com pequena área de extrusão, evidencia de 
extensão extratireoidiana. Se ≥ 1 cm ou linfonodos suspeitos → 
PAAF.
Classificação de BETHESDA 
Doença Nodular
Bócios coloides ou adenomatosos: 
- Estimulação desordenada da tireoide
1. Endêmico - 10% da população 
2. Simples - Eutireoidismo
3. Multinodular
4. Multinodular tóxico
5. Bócio de grande volume
Bócio de grande volume
- Compressão traqueal 
- Podem ser 300 a 400 g, geralmente que vão para o tórax, às 
vezes desviando a traqueia, compressivas, e que precisam de 
cirurgias.
- Incompetência da incisão infraioidea em colar de Kocher.
————————————————————————————————————— Questions
∙ O que modula o crescimento tireoidiano?
 L Variáveis genéticas, hormônios, alimentação
• Há diferença entre a expressão nos diferentes pontos da 
glândula tireoide?
 L Vários pontos da glândula têm expressões diferentes 
(regiões mais ou menos carcinogênicas).
• A heterogeneidade das apresentações do bócio pode ser 
explicada molecularmente?
 L Há pacientes com bócio pequeno e com bócio grande; 
bócios pequenos que nunca irão crescer; bócio de grande volume 
que pode ou não se tornar maligno, etc.
Tumores malignos bem 
diferenciados
- Originados nas células foliculares
- Os tumores bem diferenciados são aqueles que ainda mantém 
uma arquitetura celular com alguns marcadores específicos.
Carcinoma papilífero 
- É o mais comum
- Sexo feminino
- Idade: 30 a 40 anos 
- Excelente prognostico
- Associado à radiação
- Disseminação: 
 L Linfática (local e mediastino)
 L Pulmões, esterno e base do crânio
 
Otorrinolaringologia
Doencas da Glandula Tireoide
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Até 30% das PAAFs são indeterminadas. 
Até 10% de falsos negativos CAT II.
-
Carcinoma folicular
- 2ª forma mais comum.
- Mulheres 3 : 1 homens.
- Idade > 50 anos.
- Locais deficientes em iodo.
- Células oxifílicas e de Hürthle > 60 anos.
- Disseminação:
 L Vascular: pulmão, ossos, fígado (33%);
 L Linfático: rara (maior agressividade).
Carcinomas não diferenciados/ 
indiferenciados 
- Bem menos comuns.
- Originados nas células parafoliculares
- Carcinomas das células parafoliculares são geralmente associados a 
Neoplasia endocrina múltipla (NEM).
Carcinoma medular da tireoide (CMT) 
- Esporádicos: 80% (5ª e 6ª décadas de vida/unilateral).
- Familiares: 20% (entre 21 e 34 anos).
 * Alta penetrancia do gene PTEN
 * Mutações no gene RET são responsáveis pela forma 
hereditaria da neoplasia. 
- Bem mais agressivo que os bem diferenciados.
- Taxa de sobrevida: 60 – 80% (idade, sexo, estágio).
- Sobrevida em 10 anos:
 L 90% Doença confinada a glândula; 
 L 70% Presença de linfonodos; e
 L 20% Metástases.
- NEM 2A: melhor prognóstico.
- Esporádico: pior prognóstico 
- Calcitonina estimulada: > 10.000 pg/cc (cura: 40%).
- ↑ Somatostatina: bom prognóstico.
- Marcador sorológico CEA: metástases.
Neoplasia endócrina múltipla (NEM): 
- NEM 2A: paciente com carcinoma de células parafoliculares 
associado ao feocromocitoma e o hiperparatireoidismo. 
- NEM 2B: paciente com CMT associado ao feocromocitoma, 
neuromas mucosos e os hábitos marfanoides (alterações da 
síndrome de Marfan / alteração de colágeno).
Carcinoma anaplásico
- Extremamente agressivo
- 5% dos carcinomas
- Mulheres idosas
- Ocorre por indiferenciação de tumor pre-existente
- Sobrevida baixa
- Disseminação: linfática e hematogenica
- Metástases comuns
Diagnóstico Diferencial
- Lipoma
- Cisto tireoglosso 
- Bolsa faringea
Observação:
- Retirada de cisto tireoglosso —> ter cuidado, pois pode haver 
tireoide abaixo da língua
- Tireoidectomia parcial —> as vezes é necessário repor 
hormônio, mas em doses menores
Otorrinolaringologia
Doencas da Glandula Tireoide
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
A tireoidectomia total é o procedimento cirúrgico de 
escolha no tratamento do câncer diferenciado de tireóide -para o paladar;
- Ramos motores do nervo hipoglosso (par craniano XII), um dos nervos 
cranianos. 
O terço posterior é inervado por:
- Ramos sensitivos do nervo glossofaríngeo (par craniano IX), para 
sensações e paladar.
- Ramos motores do nervo hipoglosso (par craniano XII)
O nervo hipoglosso (par craniano XII) fornece inervação motora para todos 
os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua, exceto o músculo 
palatoglosso, que é inervado pelo nervo vago (par craniano X).
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Anatomia das orelhas
- Órgão vestibulococlear
- Dividido em orelha externa, orelha média e orelha interna 
- Funções: audição e equilíbrio
Orelha Externa 
Composto por:
1. Pavilhão auricular (orelha) 
2. Meato acústico externo.
Pavilhão auricular 
- A maior parte consiste em cartilagem elástica recoberta com pele.
- É formado por:
 · Hélice 
 · Escafa
 · Anti-hélice
 · Fossa triangular
 · Concha 
 L depressão mais profunda
 · Trago
 · Incisura intertrágica
 · Antitrago
 · Lóbulo 
 L destituído de cartilagem 
- Função: coletar e conduzir o estimulo sonoro para o meato acústico 
externo.
- Vascularização: arteria auricular posterior e temporal superficial.
- Inervação: nervos auricular magno e auriculotemporal. 
Meato acústico externo: 
- 1/3 cartilaginoso
- 2/3 ósseos
- Tem aproximadamente 25 mm
- Função: proteger a membrana timpânica e conduz as ondas sonoras 
para a orelha média.
Orelha media 
Composto por:
1. Membrana timpânica
2. Ossículos (martelo, bigorna e estribo) 
3. Músculos tensor do tímpano e estapédio 
4. Cavidade timpanica 
5. Tuba auditiva
Cavidade timpanica 
- É o espaço interno à membrana timpanica. 
Paredes da cavidade timpânica
 1. Teto (tegmental): limite com com a fossa craniana media.
 2. Assoalho (jugular): limite com a fossa jugular.
 3. Parede medial (labiríntica): proeminência do VII.
 4. Parede lateral (membranócea): membrana timpânica.
 5. Parede anterior (carótida): limite com a arteria carótida interna.
 6. Parede posterior (mastóidea): limite com a mastoide. 
Membrana timpânica 
- Porções: tensa e flácida
- Funções: separar a orelha media da externa e transmitir vibrações 
sonoras para cadeia ossicular.
- Umbigo do tímpano: projeção da extremidade do cabo do martelo no 
tímpano
- Triângulo luminoso: se forma quando a luz é refletida na membrana 
timpanica (quadrante ântero-inferior)
As partes externa e media estão relacionadas com 
a transferencia de som para a orelha interna, 
que contem o órgão do equilibrio e da audição.
A membrana timpanica separa a orelha externa 
da orelha media.
A tuba auditiva conecta a orelha media à parte 
nasal da faringe.
Lesão à orelha externa
- Hematoma auricular
- Não tratado -> interrompe o suprimento 
sanguíneo.
- Orelha “couve-flor”
 * Boxeadores 
Otite externa 
- Infecção bacteriana do meato acústico 
externo
- Coceira e dor na orelha externa
Perfuração da 
membrana timpanica 
- Pode resultar de uma Otite 
media 
- Causa de surde da orelha 
media 
- Rupturas menores: cicatrizam 
espontaneamente.
- Rupturas grandes: reparo 
cirúrgico.
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
O!ículos da audição 
- Martelo: se fixa na membrana timpanica.
- Bigorna: entre o martelo e o estribo.
- Estribo: ocupa a janela do estribo
Tuba auditiva 
- Conecta a cavidade timpânica com a parten nasal da faringe.
- 1/3 ósseo
- 2/3 cartilaginosos
- Função: equilibrar as pressões entre a orelha média e a orelha externa
 * Viagens e pousos de avião podem gerar um comprometimento da 
função da tuba auditiva de equilibrar as pressões.
- Irrigação: arteria faríngea ascendente, ramo da carótida externa e 
meningea média e do canal pterigóideo.
Orelha interna 
- Contém o órgão vestibulococlear.
 L recepção do som e manutenção do equilibrio.
Subdivisão 
- Labirinto anterior (cóclea)
- Labirinto posterior (vestíbulo - sáculo e utrículo e canais 
semicirculares)
- Labirinto ósseo (perilinfático - revestido pela perilinfa): 
 · Cóclea 
 · Vestíbulo 
 · Canais semicirculares. 
- Labirinto membranoso (endolinfático - revestido pela endolinfa): 
 · Ducto coclear 
 · Ductos semicirculares 
 · Vestíbulo membranoso
Cóclea
- Contém o ducto coclear + Canal espiral.
- Ramos do nervo coclear (ramo coclear do VIII par craniano)
Cóclea (internamente)
- Rampa vestibular (superior)
- Rampa timpânica (inferior)
- Rampa média (dúctio coclear)
Órgão de Corti (ducto coclear) 
- Membrana tectória
- Membrana basilar
- Células ciliadas
O ramo coclear do VIII par inerva as células ciliadas
Helicotrema: orifício de comunicação entre a rampa vestibular e rampa 
timpânica.
Órgão de corti
Constituição:
- Esteriocilios
- Células ciliadas externas e internas 
- Células de sustentação
Diferença da célula ciliada interna x externa
Inervação 
- Ouvido interno é inervado pelo nervo craniano VIII, que sai da ponte e entra no conduto 
auditivo interno -> chega no labirinto e se divide em:
1. Ramo anterior: inerva a cóclea 
2. Ramo posterior: inerva os canais semicirculares e vestíbulo.
- O nervo facial sai do angulo pontocerebelar e entra pelo conduto auditivo interno -> 
relação com a orelha media, canais semicirculares laterais, bigorna e parede posterior do 
conduto externo. Divide-se em:
1. Nervo estapédio: ativa o músculo estapédio e protege a orelha interna de trauma 
acústico.
2. Nervo corda do tímpano: inervação gustativa da língua. 
 
 
Células ciliadas externas
3-5 fileiras
Esterocilios mais longos
Recebem menos fibras do nervo coclear
Células ciliadas internas
Fileira única
Esterocilios curto 
Recebem mais fibras do nervo coclear
Orelha interna
Anatomia cabeça e pescoço
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Fisiologia da audição 
 Orelha média 
1. Contração dos músculos tensor do tímpano e estapédio
2. Tensor do tímpano
- Quando som muito intenso, puxa o cabo do martelo para dentro da 
cavidade timpânica.
3. Estapédio 
- Puxa o estribo para fora da janela oval
4. Transformador de impedâncias -> permite que o som seja 
transmitido de um meio aéreo para um meio líquido endococlear
.
5. Amplificação do som (mecanismo hidráulico da OM)
- O som é conduzido pelo CAE, chega na MT, passa pela cadeia 
ossicular, chegando na janela oval
- A pressão sonora que atinge a janela oval é muito maior, pois ela é 
pequena comparada a MT (pressão na platina do estribo)
6. Articulação entre os ossiculos
Orelha interna. 
1. Estímulo sonoro chega na membrana timpânica
2. Passa pela cadeia ossicular 
3. Estribo passa a vibração para a rampa vestibularca
- Movimentação da perilinfa
4. Abaulamento da janela redonda, com isso
- Vibração da membrana basilar do órgão de Corti
5. Movimentação das células ciliadas externas
- Abertura dos canais iônicos, ocorrendo uma despolarização das células 
ciliadas externas.
6. Movimentação das células ciliadas internas
- Abertura dos canais ionicos e consequentemente despolarização das 
células ciliadas internas
7. Estímulo elétrico passa das células ciliadas internas para o nervo 
coclear.
Resumindo ... A vibração das ondas sonoras 
serão conduzidas para o CAE, fazendo vibrar 
a membrana timpânica, sendo encaminhada 
a onda sonora pela cadeia ossicular, 
movimentando fluidos intracocleares e no 
órgão de corti vai haver a transdução 
elétrica, tranformando estímulos mecânicos 
em elétrico, que será transmitido pelo nervo 
coclear para o cerebro. 
@Sinapsesdalore
Propedêutica Bucofaríngeo 
Oroscopia
- Inspeção da cavidade oral
- Língua e tonsilas
- Palato duro e mole
- Tórus e mucosa jugar.
 
Avaliação da língua 
- Verificar a cor, as papilas, os frênulos linguais, a lateral da língua, 
palpar a língua.l
- Freio lingual
- Dorso da língua
- Base da língua: rânula (cistos)
- Freio: anquiloglossia (língua presa)
Avaliação das gengivas 
- Observar áreas de hiperemia, sangramentos, tumorações ou 
ulcerações.Avaliação da arcada dentaria 
- Ao iniciar o exame físico, é necessário solicitar ao paciente que retire 
todas as próteses dentárias removíveis e verificar se a higienização 
esta adequada.
- Mordida aberta ou cruzada
- Estado de conservação dos dentes
- Cáries
- Abaulamentos ósseos
Avaliação das tonsilas
- Verificar tamanho e simetria
- Presença de exsudato, ulcerações, tumores ou abaulamentos 
_ Observar a presença de caseum e o tamanho das criptas
- Clinicamente, as tonsilas podem ser avaliadas usando as classificações 
de Brodsky e Mallampati.
 
Pirâmide nasal
- BASE: formada pela abertura piriforme.
- VÉRTICE: pela ponta nasal.
- MARGENS: correspondem aos sulcos formados pelos encontros dos 
processos frontais e alveolares da maxila com as faces laterais do 
nariz externo e as asas do nariz. 
Septo Nasal: ósseo e cartilagíneo 
1. Lâmina perpendicular do etmoide 
2. Vômer: osso achatado e fino
3. Cartilagem do septo nasal
Classificação de Brodsky (grau de obstrução da tonsila)
- Grau 0: tonsilas situadas na fossa tonsilar sem causar obstrução da via
aérea e orofaringe.
- Grau 1: tonsilas situadas levemente fora da fossa tonsilar, com saudação alérgica 
Palpação tátil
- Detectar sinais flogisticos como calor local, dor à palpação, flutuações 
e mudanças na espessura, consistência e dureza da pele. 
- História de trauma nasal ou em face devem-se procurar traços de 
fratura, crepitações e dor. 
- Abaulamentos, avaliar à sua extensão, aderências aos planos 
profundos, presença de dor e flutuação, que sugerem lesões expansivas.
Rinoscopia
- Com auxílio do espéculo nasal, de tamanho adequado para cada 
paciente, promove-se a lateralização da asa do nariz. 
- A rinoscopia anterior deve primeiramente ser realizada com o 
paciente olhando de frente para o examinador. Assim é possível ver:
 · Inferior: o assoalho da cavidade nasal e verificar a presença de 
secreções ou lesões anormais.
 · Lateral: a cabeça da concha inferior, observar a coloração da sua 
mucosa, que pode variar desde o róseo (normais), passando pelo pálido-
violáceo (atópicos), até a vermelha (processos infecciosos agudos). A 
hipertrofia e/ou degeneração polipoide da concha inferior.
 · Medial: a presença de deformidades, perfurações (traumas, doenças 
granulomatosas) e abaulamentos (abscessos) no septo.
 
Pirâmide nasal
- BASE: formada pela abertura piriforme.
- VÉRTICE: pela ponta nasal.
- MARGENS: correspondem aos sulcos formados pelos encontros dos 
processos frontais e alveolares da maxila com as faces laterais do nariz 
externo e as asas do nariz. 
Septo Nasal: ósseo e cartilagíneo 
1. Lâmina perpendicular do etmoide 
2. Vômer: osso achatado e fino
3. Cartilagem do septo nasal
- Solicitar que o paciente recline a cabeça para trás, é possível examinar a 
porção alta das cavidades nasais. Pode-se ver:
 · Lateralmente: a cabeça do corneto médio e o meato médio. No nível 
do meato médio, escoam as secreções provenientes dos seios frontal, 
maxilar e etmoidal anterior. Hipertrofias e conchas bolhosas dos cornetos 
médios, assim como abaulamentos, edemas, secreções anormais, pólipos ou 
lesões expansivas nos meatos médios, são sugestivos de comprometimento 
secundário dos seios paranasais correspondentes.
 · Medialmente: o septo, observar presença ou ausencia de desvio.
Endoscopia nasal
- Consegue ver a porção posterior do nariz
- Não visualiza os seios da face.
Radiografía 
- Principalmente para fraturas
- Ex: fratura de adenoide (trata com corticoide ou cirurgia)
Tomografia computadorizada
- Deve ser somente utilizada em casos de suspeita de complicações 
orbitárias e intracranianas das rinossinusites, casos crônicos, confirmação 
de diagnóstico (alterações de mucosa, tipo de secreção nos seios, variantes 
anatômicas, etc.) 
- Padrão ouro para rinossinusites
- Só visualiza seios da face com tomografia 
- Menor que 5 anos não tem sinusite, tem etmoidite
Propedeutica e exames 
otorrinolaringologicos 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
O diagnostico de Sinusite aguda é CLÍNICO e não 
precisa de exames de imagem
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@Sinapsesdalore
Propedêutica do pescoço 
Palpação cervical
- Palpação submentoniana temos os músculos milo-hióideo, digástrico, 
glândula salivar, linfonodos. Os linfonodos podem ser submentonianos 
(abaixo do queixo) ou submandibulares. 
- Palpar a tireóide, cartilagem tireóide (pomo de adão), embaixo tem 
uma depressão que é a cartilagem cricotireóidea. E próximo a fúrcula, 
tem-se o istmo da tireoide.
- É possível palpar também o músculo esternocleidomastóideo. Sua 
palpação é importante porque ele será o ponto de referência para 
classificar os linfonodos cervicais. 
Abordagem posterior:
· Paciente na frente do examinador com pescoço levemente estendido
· Examinador colocara as duas mãos ao redor do pescoço do paciente
· Pedir para o paciente deglutir, examinando a cartilagem tireoide
Cla!ificação dos linfonodos cervicais
- Na região submentoniana, temos:
 L Região I -> entre o osso hioide e o músculo milo-hióideo. 
 L Região II -> da base do crânio à borda inferior do osso hioide, 
posteriormente à glândula submandibular, anteriormente ao músculo 
esternocleidomastóideo e acima do bulbo carotídeo.
 L Região III é a região média. 
 L Região IV -> da margem inferior da cartilagem cricóide (istmo da 
tireoide) à clavícula, lateralmente às artérias carótidas
 L Região V é a região posterior ao esternocleidomastoideo, acima do 
trapézio. 
 L Região VI é a região anterior, entre os esternocleidomastóideos, 
entre o osso hioide e a fúrcula. 
.
 
Propedêutica da orelha
Queixas principais:
- Hipoacusia/perda auditiva associada a otorreia, otalgia e otorragia. 
- Tontura
- Zumbido
Exame físico
Otoscopia (Usar o otoscópio)
- Orelha externa, avaliar se há alterações como:
 L Anotia (sem pavilhão)
 L Microtia (pavilhão pequeno)
 L Poliotia (2 pavilhões)
 L Outros: edema, abaulamento, secreção, hiperemia.
- Conduto auditivo externo, avaliar: 
 L Coloração, edema, tumorações, secreções, cerume, sangue.
- Membrana timpânica 
 L Normal: arredondada, parece um cone, coloração cinza-translúcido 
ou perlácea, transparência.
 L Possível ver o triângulo luminoso de Politzer (anterior inferior) e o 
cabo do martelo
 L Alteração: hiperemiada,amarelada, opaca, placas esbranquiçadas, 
arroxeada, abaulada, retraída.
 L Importante ver se há perfuração ou não
- Cavidade timpânica, visualizar: 
 L Integridade dos ossículos e aspecto da mucosa
 L Depende se a MT está perfurada ou não
Palpação
- Pavilhão auricular
- Região mastoidea
- Procura de linfonodos, tumores, cistos....
Ausculta
- Para avaliação de fístulas, aneurismas e má formações arteriovenosas
Avaliação vocal
- Rouquidão
- Aspereza (fumante)
- Soprosidade (efeito de bernowilly)
- Tensão (força, dor)
- Tempo de instalação (usa muito a voz? estresse vocal - pólipo, cisto...)
- Abuso vocal
- Fatores de risco para carcinoma (tabagismo, álcool, radiação, idade e 
HPV)
Propedeutica e exames 
otorrinolaringologicos 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Ao identificar uma massa ou linfonodo, dizer a localização, o tamanho, o 
número, se é doloroso, móvel, sensível, aderido, consistente, duro ou mole
!"
#
@Sinapsesdalore
Testes com diapasão
- Testes por via óssea 
- Testes por via aérea 
- Testes mistos
Teste de Weber (via ó!ea)
- Sensível para perdas auditivas condutivas
- O diapasão deve ser colocado na linha média do crânio do paciente, na 
testa, na glabela e nos incisivos superiores ou inferiores.
_ O paciente deve informar se escutou o som na linha média, orelha 
direita ou esquerda.
 L Normal: vibrar nas 2 orelhas
 L Perda auditiva unilateral: lateralização para um dos lados
 · Neurosensorial: orelha sadia (ex: nervo)
 · Condutiva: orelha afetada (ex: cera)
Teste de Rinne (misto)
- Útil para diferenciar perda condutiva e neurossensorial
- O diapasão é colocado na apófise do mastoide do paciente ate o 
desaparecimento da percepção sonora, e depois na região anterior do 
trago, sem toca-lo. 
 L Normal: via aérea melhor que via óssea (Rinne +) 
 L Perda auditiva de percepção -> via aérea melhor que via óssea 
com percepção diminuída (rinne + patológico)
 L Perda auditiva de condução -> via óssea melhor que via aérea 
(rinne -)
Avaliação do equilibrio
- Teste de Roomberg
- Teste de Fukuda/Utemberg
- Dix Hallppike
- Avaliação da marcha
- Avaliação de coordenação (índex-nariz, índex- índex)
- Teste de Barany
Teste de Romberg
- O paciente é colocado em posição ortostática, com os calcanhares unidos 
e pontas dos pés separados em 30°, cabeça reta, braços ao longo do 
corpo na posição anatômica, olhos fechados durante um minuto. 
- O exame é considerado alterado se houver queda. 
- Quando o teste traz dúvidas, podemos sensibilizá-lo através de algumas 
manobras: 
 L Manobra de Jendrassik: mãos em oposição e cotovelos na 
horizontal. 
 L Romberg- Barre: colocando-se em pé um diante do outro, em 
linha reta, diminuindo a base de sustentação. 
- Nas afecções centrais, a queda ocorre geralmente para frente ou para 
trás (Romberg clássico) enquanto nos distúrbios do sistema proprioceptivo, 
não há lado preferencial para a queda. 
- Nas cerebelopatias o paciente procura manter a base alargada (abasia), 
caindo ao aproximar os pés, mesmo de olhos abertos. 
- Classicamente quando há queda com lateralização para direita ou 
esquerda pede-se ao paciente para girar a cabeça primeiro para a direita 
e depois para a esquerda para observar se há alteração na direção da 
queda, dependendo da posição do labirinto posterior (Romberg Vestibular).
Teste de Unterberger 
- Avalia o equilíbrio dinâmico.
- O paciente executa 90 passos, sem deslocar-se com os olhos fechados, 
como se estivesse “andando sem sair do lugar”.
- Estará alterado se o paciente realizar desvio do corpo maior que 45° 
para um dos lados ou deslocar-se por mais de um metro. Neste caso, o 
teste é positivo e, provavelmente tem uma lesão periférica. 
- Nas lesões vestibulares agudas unilaterais, o paciente desvia para o lado 
do labirinto hipoativo. 
- Indivíduos com lesões sérias do sistema vestibular podem ser incapazes 
de realizar o teste ou movimentar-se de maneira descostrolada.
- Quando há comprometimento do SNC, o corpo costuma oscilar durante 
a marcha, eventualmente com queda. 
Propedeutica e exames 
otorrinolaringologicos 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
!"
#
@Sinapsesdalore
Teste de Fukuda
- O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no 
chão, cujos raios têm 0,5m de diferença entre si. Estes círculos são 
divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, 
formando um ângulo de 30°. 
- O paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem 
deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os braços 
estendidos e os olhos fechados. 
- São considerados resultados patológicos se houver deslocamento 
maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°. 
- Este teste é útil no acompanhamento de pacientes com patologias 
periféricas durante o tratamento, pois fornece sinais de compensação 
vestibula
Manobra de Dix-Hallpike
- Para nistagmos posicionais.
- Paciente sentado sobre a maca, com a cabeça rodada 45º para o 
lado a ser avaliado; com a ajuda do examinador, o paciente assume 
rapidamente a posição de decúbito dorsal com hiperextensão cervical e 
cabeça pendente, mantendo a posição da cabeça rodada 45° para o 
lado. 
- O examinador observa os olhos do paciente à procura do nistagmo de 
posicionamento. Na presença de nistagmo, suspeitar de doença 
vestibular, provavelmente nos canais semicirculares lateral/anterior /
posterior. A doença se chama vertigem postural paroxística benigna 
(VPPB)
Avaliação da marcha
- Avaliar o equilíbrio dinâmico. 
- Consiste em fazer o paciente andar para a frente e para trás com 
os olhos fechados. 
- Portadores de disfunção vestibular unilateral -> marcha em estrela. 
- Nos pacientes periféricos crônicos, os desvios são raros. 
- Quando existe doença central -> marcha atáxica ou espástica. 
Babinski-Weil: Pede-se ao paciente para andar para a frente (5 a 6 
passos) e voltar de costas com os olhos fechados. Nos casos 
patológicos, ele desviará a marcha para o lado lesado.
Teste de Barany 
- Avalia o equilíbrio estático. 
- Paciente de olhos fechados e sentada, ergue os braços para a frente. 
 L Se os braços permanecem no mesmo local, o teste é negativo/
normal. 
 L Se mover os braços em alguma direção, o teste é positivo/
alterado.
 L Em doenças periféricas, desviará o braço para o lado afetado.
 L Doença central, desviará o braço para o lado contrário a lesão.
Teste do Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO) 
- O paciente permanece à frente do examinador com a cabeça rodada 
para a direita enquanto fixa o olhar em um ponto entre os olhos do 
examinador. O examinador move a cabeça do paciente rapidamente da 
direita para a esquerda, enquanto o movimento dos olhos do paciente é 
monitorado. 
- Quando o reflexo vestíbulo-ocular (RVO) está intacto, os olhos do 
paciente se mantêm fixos no alvo. Quando está comprometido, o reflexo 
ocular apresenta-se defasado em relação ao movimento da cabeça, 
obrigando o paciente a realizar movimento compensatório dos olhos, 
denominado sacada. 
- A positividade do teste sugere comprometimento vestibular ipsilateral ao 
lado testado. Assim, se o paciente apresenta sacada corretiva após o 
movimento da cabeça da direita para a esquerda, isso indica perda da 
função vestibular esquerda
Testes de coordenação 
Prova de índex-nariz/ index-índex 
- Paciente realiza movimento de elevação e abaixamento dos braços, com 
os olhos fechados, usando os dedos do médico como referência. Se o 
paciente tocar o ponto de partida a prova é negativa. 
- Índex-nariz: de braços estendidos ao lado do corpo, com os olhos 
fechados, o paciente deverá realizar manobras tocando com a ponta de 
seu indicador a ponta de seu nariz.
Propedeutica e exames 
otorrinolaringologicos 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
!"
#
@Sinapsesdalore
Tomografia Computadorizada das orelhas
Indicações:
- praticamente em todas as doenças, salvo casos agudos nas otites nao 
complicadas.
Quando nao pedir:
- otites agudas simples e otalgias inespecíficas.
Propedeutica e exames 
otorrinolaringologicos@SinapsesdaloreLorena Loureiro
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5
Lorena Loureiro
Doenças da orelha externa 
- Otite externa difusa aguda
- Otite externa necrotizante ou maligna
- Miringite granulosa ou otite externa granulosa
- Otite externa bolhosa/hemorrágica 
- Otomicose
- Otite externa aguda localizada ou furunculose
- Celulite e erisipela
- Pericondrite e condrite auricular 
- Dermatite de contato
Fatores predisponentes
- Ausência de cerume
- Traumatismos
- Supurações da OM
- Substâncias cáusticas
- Queimaduras
- Corpos estranhos
- Lavagens repetidas
- Alterações de temperatura e umidade do ambiente
Otite externa difusa aguda 
Conceito
- Inflamação difusa do conduto auditivo externo (CAE) podendo atingir 
o pavilhão auricular e a membrana timpânica.
- Conhecida como “orelha do nadador”
Quadro clinico 
- Início agudo (menor que 3 semanas)
- Associado a banhos de mar, piscina ou manipulação do CAE
- Frequente no verão (clima quente e úmido)
Sintomas principais
- Dor
- Prurido
- Plenitude auricular
- Perda auditiva
- Otorrreia
- Edema
- Dor palpação do trago desproporcional ao quadro inflamatorio
Estágios
- Pré-inflamatório: é retirada a camada lipídica pelo trauma local
- Inflamatório 
 · Leve: hiperemia e edema + otorreia clara, dor no trago. 
 · Moderado: dor e prurido e edema mais intensos, diminuição do 
lúmen do CAE e otorreia seropurulenta.
 · Grave: CAE obstruído com secreção cinza- esverdeada e 
descamação, pele edematosa, adenopatia, dor após mastigação/trago.
- Inflamatório crônico: prurido mais prolongado, CAE com pele atrófica, 
sem cerume, seco e espessamento do canal (parece dermatite).
Agentes etiológicos (bacterias) 
- Pseudomonas aeruginosa (gram -) (38%) 
- Staphylococcus epidermidis (9,1%)
- Staphylococcus aureus (7,8%)
Tratamento
- Analgésicos: Paracetamol, dipirona, opióides e AINES
- Antibiótico tópico local que cubra pseudomonas: Gentamicina
- Antibiótico Oral (casos de acometimento do pavilhão auricular, abscessso)
 1ª escolha: Ciprofloxacino - 3 gotas - 3x/dia - 8/8 hrs por 7 dias
 2ª escolha (infecção mais grave ou associado a doença sistêmica): 
Amoxicilina + clavulonato
- Corticoides tópicos: Dexametasona
- Limpeza do CAE em consultório
Prevenção
- Remover cerume obstrutivo
- Usar gotas auriculares ácidas
- Usar protetores auriculares ao nadar
- Evitar trauma ao CAE
- Durante o tratamento: evitar banhos de imersão por 10 dias e proteger 
o CAE durante o banho. 
Otite Externa Necrotizante ou Maligna
Conceito
- Infecção potencialmente letal que começa no CAE e se estende até a 
base do crânio.
- Mais comum em pacientes diabéticos, idosos e pacientes em estado de 
imunossupressã.o e pacientes HIV positivos.
Agentes etiológicos 
- Bactérias: Pseudomonas aeruginosa (96-98%), Proteus mirabilis, S. 
Aureus, Klebisiella sp., S. epidermidis
- Fungos: Cândida albicans e Aspergillus fumigatos.
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Em caso de perfuração timpânica, não usar drogas que contenham álcool 
ou baixo pH devido ao risco de dor e otoxicidade. 
6
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Lorena Loureiro
Quadro clinico 
Início:
- Semelhante a otite externa difusa aguda 
Evolução (pode ser bilateral)
- Otalgia lancinante (resistente a analgésicos) que irradia para região 
frontotemporal e parietal, com piora à noite
- Otorreia fétida e purulenta
- Hipoacusia condutiva leve
- Sensibilidade e edema periauricular com tecido de granulação
- Edema e hiperemia do CAE
- Membrana timpânica geralmente intacta
- Sem sinais sistêmicos (febre ou taquicardia)
Biópsia
- Importante para descartar carcinoma espinocelular
Diagnóstico
1. Otalgia persistente (+ 1 mês)
2. Otorreia purulenta persistente associada a tecido de granulação por 
várias semanas
3. DM mellitus, idade avançada ou estados de imunossupressão 
4. Envolvimento de pares cranianos - facial (7º), glossofaringeo (9º), 
vago (10º) e hipoglosso (12º).
Complicações
- Abscesso cerebral 
- Sinusite esfenoidal
- Aneurisma micótico 
- Parotidite
- Trombose de seio lateral e sigmoide 
Monitorização clinica 
- Hemograma
- Velocidade eritrossedimentação (VHS)
- Proteína C reativa (PCR) 
Exames de imagem 
- TC do osso temporal com contraste 
- RM (acometimento do SN)
- Cintilografia
Tratamento
- Internação + ATB intravenoso
- Controle da DM
- Limpeza frequente do CAE
Casos leves
- Ciprofloxacino oral 
- Tratamento ambulatorial por ates 6 meses.
Casos moderados
- Ceftazidime (cefalosporina de 3o geração) - 4 a 6 semanas - 2g a 
cada 8/8hrs
Otite externa difusa aguda 
Conceito
- Inflamação difusa do conduto auditivo externo (CAE) podendo atingir 
o pavilhão auricular e a membrana timpânica.
- Conhecida como “orelha do nadador”
Quadro clinico 
- Início agudo (menor que 3 semanas)
- Associado a banhos de mar, piscina ou manipulação do CAE
- Frequente no verão (clima quente e úmido)
Sintomas principais
- Dor
- Prurido
- Plenitude auricular
- Perda auditiva
- Otorrreia
- Edema
- Dor palpação do trago desproporcional ao quadro inflamatorio
Estágios
- Pré-inflamatório: é retirada a camada lipídica pelo trauma local
- Inflamatório 
 · Leve: hiperemia e edema + otorreia clara, dor no trago. 
 · Moderado: dor e prurido e edema mais intensos, diminuição do 
lúmen do CAE e otorreia seropurulenta.
 · Grave: CAE obstruído com secreção cinza- esverdeada e 
descamação, pele edematosa, adenopatia, dor após mastigação/trago.
- Inflamatório crônico: prurido mais prolongado, CAE com pele atrófica, 
sem cerume, seco e espessamento do canal (parece dermatite).
Prognóstico 
- 76% de sobrevida em 3 anos.
- Recorrência entre 9% a 27% 
Otite Externa Granulosa ou Miringite granulosa
Conceito
- Desepitelização da MT com formação de tecido de granulação sem 
envolvimento da orelha média 
Etiologia
- Secundária: otite externa ou cirurgias prévias 
- Inflamação refratária ao tratamento clínico.
Quadro clinico 
- Otalgia leve
- Sensação de plenitude aural
- Drenagem de secreção purulenta fétida 
- Lesão ulcerada rasa em CAE ósseo
- Tecido de granulação com MT integra
Otoscopia
- Área focal de desepitelização, granulação pólipos focal e formação de 
polipódio difusa sobre toda a MT
- Pode ocorre perfuração timpânica, que normalmente se fecha sem 
envolvimento da orelha media. 
Diagnóstico Diferencial
- Neoplasia
- OEN
É necessário realizar biópsia
Tratamento
- Remover tecido de granulação
- Uso de antibióticos tópico ou sistêmico
- Corticoides tópicos
- Curativo local ou Gelfoam com gotas tópicas
- Cauterização com nitrato de prata a 10% ou ácido ticloroacético a 70%
Otite Externa Bolhosa ou Otite Externa Hemorrágica 
Quadro clinico 
- História de infecção de vias aéreas superiores 
- Melhora da dor após a drenagem
- Otalgia intensa e súbita
- Otorreia sanguinolenta ou serossanguinolenta 
- Hipoacusia
- Perda auditiva condutiva
Otoscopia 
- Bolhas hemorrágicas vermelho-azuladas cobrindo a pele do CAE ósseo e 
da MT
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Associada a paralisia facial
Alta Mortalidade
6
Lorena Loureiro
Agente etiológico 
- Bactérias: Mycoplasma pneumoniae, Streptococcus pneumoniae, 
Haemophilus influenzae e Streptococcus B- hemolítico
- Vírus: Influenza, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório
Tratamento
- Analgésicos, corticoides, antibióticos tópicos e sistêmicos (como a 
ampicilina, sulfa e eritromicina).
- Paracentese das vesículas para descompressão e alívio da dor
Otomicose
Conceito
- Infecção causada por fungos na pele do CAE
Fatores de risco
- Regiões tropicais, calor e umidade 
- Uso constante de gotas otológicas
- Estenoses do CAE
- Perda da camada protetora de cerume
- Maior predisposição em DM mellitus e imunossuprimidos
Agente etiológico 
- Aspergillus
- Cândida
- Actinomyces 
- Phycomycetes 
- Rhizopus
- Penicillium
Clínica
- Prurido intenso
- Plenitude auricular pelo acúmulo de secreções 
- Otorreia e otalgia
Otoscopia
- Conduto hiperemiado com pouco edema, e com presença de micélios 
fúngicos comdiversas colorações
* Infecção por Cândida: massa esbranquiçada (semelhante a algodão)
Tratamento
- Remoção completa dos fungos e do macerado epitelial
- Evitar entrada de água
- Antifúngicos
 L Tópicos: Clotrimazol, Nistatina, Cetoconazol, Miconazol...
 L Sistêmicos: Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol e Terbinafina
- Imunossupressão (anfotericina B)
Otite Externa Aguda Localizada
Conceito
- Infecção dos pilos sebáceos no terço lateral do CAE, com foliculite, 
podendo evoluir para um abscesso ou furúnculo.
Agentes etiológicos 
- Staphylococcus aureus
Quadro clinico 
- Pequena pústula superficial até abscessos 
- Otalgia forte
- Hipoacusia nos casos de oclusão do CAE
- Secreção quando ocorre drenagem do abscesso
Tratamento
- Limpeza local
- Analgésicos/AINE
- ATB (antes da drenagem): Penicilina penicilinase-resistente, Cefalexina ou 
Clindamicina
- Drenagem
* Compressas quentes: podem drenar a lesão 
* Ponto de flutuação: incisado e drenado 
Celulite Auricular
Conceito
- Infecção da pele e do tecido subcutâneo que acomete a orelha externa e 
estruturas anexas
- Pode ser por trauma ou extensão de uma otite externa
Agente etiológico 
- Streptococcus ou Sthapylococcus
Clínica
- Dor
- Edema
- Hiperemia
- Podendo haver febre e calafrios
Tratamento
- Analgésicos 
- ATB Penicilina V/B Clindamicina Cefalexina
Erisipela
Conceito
- É uma celulite superficial causada pelo Streptococcus pyogenes, com 
envolvimento de vasos linfáticos.
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
6
Lorena Loureiro
Quadro clinico 
- Lesão endurecida, avermelhada, dolorosa, com bordas 
delimitadas e irregulares
- Pode haver vesículas e/ou bolhas
- Com envolvimento de vasos linfáticos
- Geralmente acompanha febre, calafrios e cefaleia
Tratamento
- Analgésicos 
- ATB Penicilina V/B Clindamicina Cefalexina
Pericondrite e condrite auricular
Conceito
- Processos inflamatórios do pericondrio e da cartilagem do pavilhão 
auricular, causados por extensão de processos infecciosos ou por 
trauma.
Agente etiológico 
- Pseudomonas aeruginosa
Quadro clinico 
- Hiperemia dolorosa
- Endurecimento
- Descamação da pele, com crostas e úlceras
- Pode causar deformidade total e permanente da orelha (orelha em 
couve flor/do boxeador)
 Abscessos: devem ser drenados e mandados a cultura
Tratamento
- Antibióticos orais 
- Colocação de drenos
- Cicatrização por segunda intensão
Dermatite 
Conceito
- São inflamações superficiais na pele
Dermatite de contato: inflamação aguda ou crônica causado por uma 
ação irritante ou alérgica
Dermatite atópica: inflamação crônica associada a asma e/ou rinite 
alérgica
Dermatite seborreica: afeta glândulas sebáceas (caspas, muita 
descamação...)
Quadro clinico 
- Prurido
- Edema
- Eritema
- Exsudação 
- Crostas
- Descamação
Tratamento
- Evitar agente estressor
- Corticoide tópico 
- Anti-histamínicos
Herpes 
Conceito
- O vírus varicela-zóster pode acometer o aparelho auditivo, ocasionando 
no pavilhão auricular e canal erupções vesiculosas típicas, unilaterais, 
extremamente dolorosas.  
- A infecção herpética pode determinar um quadro mais amplo, não 
restrito ao canal, denominado SÍNDROME DE RAMPSAY-HUNT, quando 
além das vesículas desenvolve-se paralisia facial e surdez neurossensorial
Otite Externa Eczematosa
Conceito
- Consiste em um processo alérgico, com reação de hiperssensibilidade da 
pele do MAE.   
- O quadro é em geral crônico, ou pelo menos recidivante.  
Fatores predisponentes 
- A alergia pode ser desencadeada por ingestão de alimentos, por 
medicamentos, e não raro por situações de conflito emocional ou stress.
- A contaminação das lesões eczematosas da pele por agentes bacterianos 
é muito frequente, desencadeando quadro de OEDA.  
Quadro Clinico:
- Prurido intenso de MAE
- Descamação furfurácea da pele
- Exudação de liquido seroso amarelado
                             
Tratamento:
- Evitar fatores desencadeantes
- Corticóides tópicos e antihistamínicos.
Doenças da orelha media 
- Otite media aguda (OMA)
- Otite média aguda recorrente 
- Otite média serosa ou de efusão
- Otites médias crônicas
- Complicações da otite média
Otite Média Aguda
Conceito
- Surgimento rápido de sinais e sintomas de inflamação do mucoperiosteo 
da orelha média, de etiologia viral ou bacteriana
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
6
Lorena Loureiro
Epidemiologia
- Predomínio em lactentes
- Pico de incidencia: 6-12 meses
Fatores de risco 
Fatores extrínsecos 
- Fator sazonal
- Infecção das vias aéreas superiores (IVAS)
- Baixo nível socioeconômico 
- Aglomerados (creches)
Fatores intrínsecos 
- Genética 
- Idade
- Hipertrofia de adenoides 
- Doença do refluxo gastro-esofágico 
- Fenda palatina
Fatores alérgicos 
- Fumaça de cigarro 
- Hiperplasia das células calciformes com hipersecreçao da mucosa e 
diminuição do transporte mucociliar.
Patogênese 
- A tuba auditiva da criança é mais e horizontalizada do que a do 
adulto, o que facilita a ocorrência de infecção para a orelha media.
- Frequentemente é precedida em 3-4 dias por IVAS. 
Agente etiológico 
- Vírus: vírus sincicial respiratório (15%), influenza A e B (5%), 
adenovírus (5%).
- Bactérias: S. pneumoniae (40%), H. influenzae (30%) e M. catarrhalis 
(10%) e S. pyogens (2-3%).
Sinais e sintomas 
- Otalgia (+ frequente e específica)
- Febre (presente ou não)
- Outros: irritabilidade, diminuição do apetite, vômitos, diarreia e fadiga
Otoscopia
Diagnóstico
- Principal: abaulamento da membrana timpânica (MT) associados a 
hiperemia
- Mudanças de translucidez, forma, cor (vermelha sugere fase inicial e 
viral; esbranquiçada/amarelada sugere secreção purulenta de OMA 
bacteriana), vascularização e integridade. 
- Nível hidroaéreo sugere fase de resolução.
Tratamento (maioria tem resolução espontânea)
- Analgésicos 
- Antibiótico empírico:
 L Amoxacilina + clavulonato - 850 mg - 7 dias 
 L Outros: Amoxacilina, Cefalosporina de 2o e 3o geração (ex: 
Ceftriaxona)
- Drenagem
Falha no tratamento: 
Ceftriaxona - IM - 50mg/kg/ dia por 3 dias
Otite Média Aguda Recorrente
Quadro clinico 
-  Quando os episódios se tornam frequentes:
- Presença de 3 ou mais episódios de OMA em um período de 6 meses
ou
- 4 ou mais episódios em um período de 12 meses
* Os episódios devem ter intervalo de tempo, devendo haver melhora da 
OM entre os episodios, ficando livre de efusão
Fatores de risco 
- 1º Episodio de OMA antes dos 6 meses
- Frequentar creche
- Tabagista passivo
- Ausência ou curta duração do aleitamento materno
- Outro filho com OMA.  
                             
Tratamento:
- Timpanotomia: para inserção de tubo de ventilação
- Adenoidectomia
Vacinação 
- Previne infecção pelos vírus e bactérias mais prevalentes da etiologia
- Pneumococo, Influenza e H. influenza não tipavel 
Otite Média Serosa ou OM com efusão 
Conceito
- Presença de fluido na orelha média, na ausência de sinais e sintomas de 
infecção otológica aguda.
- Efusão da orelha média: reduz mobilidade da MT, formando barreira na 
condução sonora
- Fluido: pode ser mucoide, seroso, sanguinolento, serossanguinolento, 
purulento ou combinação
Classificação
- Aguda: menos que 3 semanas 
- Subaguda: de 3 semanas a 3 meses 
- Crônica: maior que 3 meses
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
6
Lorena Loureiro
Epidemiologia
- Mais frequente entre 6 meses a 4 anos, após OMA ou IVAS
Sinais e sintomas 
- Falta de atenção
- Alterações comportamentais
- Dificuldade em acompanhar uma conversa em volume normal 
- Uso de aparelhos com som excessivamente elevado 
- Atraso na fala ou linguagem
- Problemas de equilíbrio
Otoscopia
- Bolhas de secreção e nível hidroaéreo sugere fase de resolução do 
processo. 
- A MT pode estar menos transparente/opaca e a efusão pode atingir 
tons azulados (blue ear drum) ou viscosa (glue ear), 
Testes
- Timpanometria confirma diagnóstico mostrando curva de Jerger tipo 
B 
- Miringotomia(padrão ouro)
- Teste auditivo (atraso de linguagem ou deficiência auditiva 
significativa por mais de 3 meses)
Tratamento
- Pode ter resolução espontânea (3 a 6 meses) 
- ATB (poucos efetivos)
 L Ciprofloxacino - 3 gotas - 3x/dia - 8/8hrs - 7 dias 
- Corticoesteroides
- Insuflação
- Anti-histamínico
- Descongestionante
- Cirúrgico
 L Timpanectomia para inserção de tubo de ventilação (1o escolha)
Otites Médias Crônicas 
Conceito
-  Condição inflamatória, infecciosa ou não, associada ou não a perfuração 
da membrana timpânica e otorréia
- Duração maior que 3 meses
- Inflamação e alterações teciduais irreversíveis
Etiologia
- OMA supurativa
- OMA necrotizante
- Disfunção tubária isolada
- Trauma
- Tumores
- Doenças sistêmicas (granulomatose de Wegenee, histiocitose X)
Classificação
Não específica
- Não coleosteatomatosas: perfuração central, perfuração marginal, 
retração timpânica
 * Perfuração bonitinha, retração = “tímpano sugado”
- Colesteatomatosas: colesteatoma primário, secundário e congênito
- Otite media crônica silenciosa (nao tem perfuração)
Específica
- TB, actinomicose, luética e outros....
Otite Média Crônica Não Colesteatomatosa 
Formas clinicas 
- Perfuração de membrana timpanica 
 · Perfuração permanente (LILLIE TIPO I)
 · Mucosite tubotimpânica (LILLIE TIPO II)
- Retração de membrana timpânica 
Tratamento
- Clínico (“secar orelhas”)
- Cirúrgico 
 · Timpanoplastia
 · Tímpanomastoidectomia: exérese dos tecidos de granulação e pólipos
 · Arejamento aticoantral 
 · Não obliterar a tuba auditiva 
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Diferença para a OMA: NÃO tem DOR!
6
Lorena Loureiro
Otite Média Com Efusão Crônica 
Conceito
- Quando a efusão permanece por mais de 3 meses, sem sinais 
inflamatórios agudos
- Essa efusão pode provocar hipoacusia condutiva de leve a moderada, 
flutuante ou persistente
- Pode ter repercussões na fala, linguagem e aprendizado
Diagnóstico diferencial entre OMA x OME
- OME: presença de líquido na orelha com ausência de dor e outros 
sintomas
- OMA: Abaulamento, hiperemia da MT, febre e otalgia
Formas
- Forma silenciosa
- Hipoacusia leve e não perceptível pelo paciente 
- Hipoacusia importante, acompanhada ou não de zumbido ou 
desequilíbrio
Otoscopia
- Secreção serosa: MT translúcida, que permite a visualização de um 
líquido na orelha média 
- Secreção mucoide: MT espessa, diminui translucidez e mobilidade e 
tem aumento da vascularização
Otite Média Crônica Colesteatomatosa 
Definição 
- Crescimento de pele em cavidade timpânica ou mastóide 
- Pode ser adquirido primario ou secundario 
- Ou congênito 
Tratamento
- Clínico 
- Cirúrgico 
 L Pré-operatorio -> Diminuir a otorreia 
 · Gotas otologicas 
 · Limpeza local
 · Antibiótico sistêmico 
Otite Média Crônica Silenciosa
Conceito
- São alterações teciduais inflamatorios irreversíveis na fenda auditiva 
associadas a uma membrana timpanica integra. 
- Situa-se entre estágios ativos, com aumento da vascularização da 
mucosa e submucosa, infiltrados inflamatórios agudos, ulcerações e tecido 
de granulação imaturo; e cicatriciais nos quais predominam a fibrose e a 
neoformação óssea.
Complicações das otites medias 
- Perfuração da MT
 L Qualquer quebra na integridade da membrana timpânica. 
 L Podem ser: centrais ou marginais; benignas ou malignas 
 —> Benigna: se restringe à doença tubotimpânica
 —> Maligno: patologia aticoantrais
 L Avaliação audiométrica completa é mandatória 
 L Perda auditiva é do tipo condutiva
 L Tratamento: cirúrgico —> miringoplastia
- Outros: Timpanoesclerose, atelectasia, erosão ossicular, perda auditiva 
condutiva ou neurossensorial
Complicações extracranianas .
- Abscesso Retroauricular é a forma mais frequente das complicações 
extracranianas das OM. Apresenta-se como um abaulamento 
retroauricular, febre, toxemia e dor intensa.
- Fístula Labiríntica: É a complicação extracraniana mais frequentemente 
associada a colesteatoma.
Complicações intracranianas 
- A complicação intracraniana mais frequente é a meningite, seguida de 
abscesso cerebral, tromboflebite do seio sigmoide, abscesso epidural, 
empiema subdural e hidrocefalia otogênica.
- Com exceção da meningite, que geralmente é uma complicação de um 
quadro de otite média aguda, as complicações intracranianas são, 
normalmente, decorrentes de OMC colesteatomatosa ou não.
- As vias de disseminação das complicações intracranianas podem ser:
por contiguidade (disseminação hematogênica ou via tromboflebite) ou por 
continuidade (através da parede óssea por osteíte).
- Sintomas predominantes nas complicações intracranianas são febre 
persistente, cefaleia e otorreia purulenta.
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
6
Lorena Loureiro
 Caso 1 
- Jovem mulher de 30 anos, comparece em consultório com queixa de 
otalgia leve direita e hipoacusia. Refere ter ido ao OS no 2º dia do 
quadro, onde fora prescrito ceruminolítico e ibuprofeno. Sem febre, 
sem comorbidades e sem alergias.
Descreva a otoscopia 
- CAE com edema, hiperemia e presença de vesículas e bolhas.
Qual o diagnostico? 
- Otite externa aguda herpetiforme 
Quais as etiologias mais comuns de!e quadro?
- HERPES
Você concorda com o tratamento prescrito? 
- Não, o certo seria iniciar um antiviral (aciclovir)
Compareceu no 5º dia no consultorio de ORL com a piora do quadro e 
esse aspecto.
Descreva a imagem
- Pavilhão auricular com hiperemia, edema e otorreia (pericondrite).
Qual o diagnostico? 
- Pericondrite
Quais as etiologias mais comuns de!e quadro?
- Pseudomonas aeruginosas
Exames complementares? 
- Hemograma, cultura, 
Tratamento
- Antibiótico oral devido à otorreia (amoxicilina + ácido clavulônico e 
gota otológica), antibiótico tópico (pomada – neomicina, ácido fusídico)
 
Caso 2 
- Mulher de 42 anos. Refere síndrome gripal com rinorreia persistente 
clara por 1 semana, seguida de início de hipoacusia e dor na orelha 
esquerda, intensa e lancinante. Sem comorbidades, sem uso de 
medicamentos, sem alergias.
Descreva a imagem
- Membrana timpânica abaulada com presença de secreção purulenta do 
lado direito (ambas as imagens são do lado direito)
Qual o diagnostico? 
- Otite media aguda 
Quais as etiologias mais comuns de!e quadro?
- Etiologias mais comuns: sazonalidade, gripes, IVAS, etc. 
- Agentes etiológicos mais comuns: Haemophilus influenzae, moraxella 
catharralis e streptococcus pneumoniae
Exames complementares 
- Não precisa
Qual tratamento prescrito?
- Antibiótico oral (amoxicilina + acido clavulônico), analgésicos, lavagem nasal 
e spray com corticoide nasal
A paciente não seguiu o tratamento de maneira adequada, retornou com 
alívio da dor, mas diz que agora tem secreção saindo da orelha. 
Recomendado seguir o tratamento prescrito, agora associado com gota 
otológica.
O que você acha que aconteceu aqui?
- A paciente não fez o tratamento e evoluiu com uma otite média aguda
supurativa/purulenta. Por isso, foi associada a gota otológica
Fez o tratamento e voltou 2 semanas depois para revisão do ouvido. A 
única queixa é que não escuta muito bem da orelha esquerda.
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Casos clínicos 
6
; .02!
Lorena Loureiro
Descreva a imagem 
- Perfuração timpanica 
Qual o diagnostico? 
- Perfuração timpanica 
O que você pensa como tratamento e seguimento? 
- Cirurgia é a indicação de tratamento – timpanoplastia
- Seguimento: avaliação audiológica completa 
Caso 3
Descreva esta otoscopia 
- Perfuração timpânica ampla com retração da membrana timpânica 
associada e presença de cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo). 
- Diagnóstico: otite média crônica.
@Sinapsesdalore
Doencas infecciosas da orelha 
@SinapsesdaloreLorena Loureiro
Casos clínicos 
6
Introdução
- A avaliação audiológica básica é composta por audiometriatonal liminar, audiometria vocal e 
imitanciometria.
- Para a realização do exame é fundamental a otoscopia: remoção prévia de qualquer obstáculo 
como cerume ou corpo estranho que possam interferir nos resultados
Objetivo
- Determinar a integridade do sistema auditivo, além de identificar tipo, grau e configuração da 
perda auditiva em cada orelha.
Tipos de testes
Subjetivos (necessitam de participação ativa do paciente para a realização)
- Audiometria tonal
- Audiometria vocal
Objetivos (não necessitam da participação do paciente, pois é eletroacústico)
- Imitanciometria (timpanometria e pesquisa dos reflexos estapedianos)
- EOA
- PEATE ou BERA
Audiometria tonal 
- Teste padrão-ouro na determinação de grau, tipo e configuração das perdas auditivas. 
- Pesquisa do limiar auditivo
- Auxiliar na localização da lesão (consegue ver se a perda é na orelha externa/média ou 
interna)
- A audiometria determina, para cada frequência sonora audível, a menor intensidade detectável 
em via aérea e via óssea. 
- São testadas frequências que vão de 250 a 8.000 Hz, e as intensidades são medidas em 
decibéis (dB).
- Os limiares auditivos tonais podem ser obtidos desde os seis meses de idade.
- Para indivíduos expostos ao ruído ocupacional, deve-se respeitar repouso auditivo de pelo 
menos 14 horas antes do exame.
Audiometria por via aérea
- O fone é colocado no canal auditivo e o som percorre, na sequência, conduto auditivo, 
membrana timpânica, cadeia ossicular, cóclea, nervo auditivo.
Audiometria por via óssea 
- O diapasão é colocado junto ao osso temporal, e a vibração sonora é transmitida diretamente 
à cóclea e, em seguida, ao nervo auditivo. Sem uso do complexo tímpano-ossicular.
Audiograma e Simbologia
· Audiometria tonal limiar ~> determina os limiares auditivos comparando os valores obtidos com 
os padrões de normalidade, usando como referência o tom puro
· Audiômetro -> da pra selecionar a frequência, intensidade, via aérea, via óssea e setor de 
orelha (D e E)
· Audiograma ~> é construído como uma grade, com as frequências em Hertz (Hz) e o nível de 
audição (NA) em decibel (dB)
· Simbologia ~> específica para poder diferenciar:
A) orelha direita da orelha esquerda
B) condução aérea de condução óssea
C) limiares mascarados de limiares não mascarados 
D) presença de reposta e ausência de resposta
Resultado audiológico (tipo, grau, configuração e lateralidade da perda auditiva.)
A) Quanto ao tipo da perda auditiva:
 
- Espaço entre via óssea e via área: GAP 
- Exemplos de perda condutiva: otites médias, otosclerose (fixação do estribo na janela oval 
decorrente de foco otosclerótico)
- Exemplos de perda neurossensorial: presbiacusia, PAIR, doença de Meniere.
B) Quanto ao grau da perda auditiva:
- 25 dB: não significativo
- 26-40 dB: leve 
- 41-70 dB: moderado
- 71-90 dB: severo 
- + de 91 dB: profundo
C) Configaração 
D) Lateralidade
- Bilateral
- Unilateral
- Simétricas
- Assimétricas
Audiometria Tonal Normal
- Todos os limiares menores que 25 dB
Audiologia basica 
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Grau: pegar 3 potências e 
dividir por 3 -> vai gerar o 
valor da perda auditiva
?
@
A
---* ---* ' ---*
BCD E FG(FG(H&4I)G) J FFK
F
F F 1L
:9!0"
$'7'
Audiologia basica 
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
?
@
Otosclerose
- Doença hereditária que provoca um crescimento ósseo em torno do ouvido médio, impedindo-
o de vibrar quando estimulado pelo som;
- Causa fibrose ao redor da platina do estribo (borda antifenestra da platina do estribo), 
alterando a vibração da cadeia ossicular e provocando, então, uma perda auditiva condutiva;
- Otoscopia normal;
- É uma doença comum em mulheres de meia idade, afrodescendentes;
Diagnóstico 
- É realizado com audiometria e TC para confirmar a esclerose;
- Curva AR na timpanometria;
Quadro clínico:
- Perda auditiva essencialmente condutiva ou mista, afetando jovens, de caráter progressivo;
- Pico máximo entre 30 e 45 anos;
- Uni ou bilateral;
- História familiar em cerca de 60% dos casos;
- Tinnitus;
- Sintomas vestibulares (curta duração e posicional); 
- Início precoce ( evolução rápida;
- Início tardio -> evolução lenta.
Tratamento 
- Clínico: bifosfonados 
- Cirúrgico: estapedotomia
Perda auditiva induzida por ruído – PAIR
- Perda auditiva induzida por ruido 
- São perdas auditivas neurossensoriais (cóclea) irreversíveis;
- São bilaterais e simétricas;
- Atingem preferencialmente as frequências altas (3, 4, 6 KHz) – fenômeno da gota
acústica (Curva configuração V).
Presbiacusia
- Paciente idoso, acima de 60 anos
- Perdas auditivas neurossensoriais
- Perda nas frequências agudas
- Curva com configuração descendente
Doença de ménière
- Perdas auditivas neurossensoriais 
- Geralmente apenas em uma orelha 
- Perda em frequências elevadas
- Curva em configuração ascendente. 
Audiometria Vocal
- É chamado também de Logoaudiometria 
- O examinador pronuncia palavras padronizadas em intensidades predeterminadas de 
acordo com a audiometria tonal e solicita ao paciente que as repita. 
- Função de confirmar o limiar audiométrico por via aérea e determinar a capacidade de 
discriminação da fala.
- Composta por: limiar de reconhecimento de fala (LRF), limiar de detecção de voz (LDV) e 
o índice percentual de reconhecimento da fala (IPRF).
Limiar de reconhecimento da fala (LRF ou SRT): 
- Valor mínimo de intensidade de bissílabos em que o indivíduo examinado consegue repetir 
com 50% de acertos. O valor normal é de até 20 dB;
Limiar de detecção de fala (LDFouSDT):
- Mede a menor intensidade com qual o paciente consegue detectar a presença de fala. 
- É realizado quando o paciente não consegue ou não quer repetir as palavras de SRT.
Índice percentual de reconhecimento da fala (IPRF) ou índice percentual de discriminação: 
- É o percentual máximo de reconhecimento correto de monossílabos apresentados na 
intensidade de máximo conforto auditivo para o indivíduo examinado. 
- O valor normal deve ser entre 92 e 100% de acertos.
- IPRF alterado: perda neurossensorial maior/ patologias retrococleares (nervo auditivo, 
tronco encefálico)
Impedanciometria
- A impedância acústica representa a oposição total que o sistema tímpano-ossicular
oferece ao fluxo de energia sonora, e a admitância acústica expressa a facilitação com que a 
energia flui através do sistema. 
- Timpanometria
- Pesquisa dos reflexos acústicos estapedianos
Feito através do Imitanciometro
Avalia a complacência da MT e do sistema timpano-ossicular
Timpanometria
- Mobilidade da membrana, funcionamento do ouvido médio
- Verifica a variação da complacência decorrente da mudança de pressão no conduto 
auditivo externo
Classificação de Jerger:
- Tipo A: ouvidos normais ou disacusia neurossensorial
- Tipo AS/AR: decréscimo da complascência – fixação ossicular; membrana espessada; 
timpanoesclerose.
- Tipo AD: complascência muito aumentada – membrana timpânica flácida; interrupção 
cadeia ossicular.
- Tipo B: curva achatada, complascência reduzida – efusão ouvido médio; perfuração na 
membrana; cerúmen.
- Tipo C: membrana intacta, pressão negativa no ouvido médio - obstrução da trompa de 
Eustáquio.
Audiologia basica 
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
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Reflexo Acústico Estapediano
- Estímulo provocado pelo som intenso – contração reflexa do músculo estapédico.
- Estímulo unilateral = contração bilateral;
- Altera a rigidez da cadeia ossicular;
- Produzida pelo estímulo entre 70 a 100 dB tom puro;
- Reflexo que vai pelo VIII e volta pelo VII par de NC;
- A presença de reflexos é esperada em todos os casos de audição normal e sem patologias da 
orelha média.
Via aferente
- Orelha no qual é dado o estímulo sonoro
Via eferente
- A orelha a qual a contração muscular é captada pela sonda do equipamento
Via do reflexo ipsilateral
- O som é dado na orelha, segue pela cóclea, segue pelo nervo coclear (ramo do 
vestibulococlear), segue para os núcleos cocleares, chega no plexo olivar superior e ao núcleo 
motor do facial (que inerva o músculo estapédio)

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