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ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DA UFRJ Linguagem Gráfica Andréia Resende andreia.resende@eco.ufrj.br Referências bibliográficas DONDIS, Donis A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991. LUPTON, Ellen e PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2008. GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto. São Paulo: Escrituras, 2000. Páginas 51 a 83 Páginas 8-11; 13-14; 16; 18-19; 29-35; 41-44; 50-56 Páginas 17 a 38 Leituras para a prova [ janeiro 2013 ] LAYOUT Os elementos gráficos/visuais interagem entre si, em um espaço determinado. O layout é a forma como organizamos os elementos nesse espaço, seja ele impresso ou virtual. É, portanto, uma composição visual, que obedece a princípios estéticos e funcionais. 1950 Análise dos elementos gráficos dispostos na capa da revista: 1919 1924 1930 1940 1965 2003 1929 1945 LAYOUT e CONCEITO Para uma ideia se materializar, ela precisa de uma proposta visual. Essa proposta diferencia cada ideia e dialoga com um determinado público. O processo de criação do design começa pelo entendimento do conteúdo e sua relação com esse público. A proposta visual parte de um conceito, uma ideia, que deve “construir uma comunicação que é maior que a soma de suas partes”. SAMARA, Timothy. Guia de design editorial: manual prático para o design de publicações. Porto Alegre: Bookman, 2011. p.10-19. Grande parte do que sabemos sobre a interação e o efeito da percepção humana sobre o significado visual provém das pesquisas e dos experimentos da Gestalt. Como percebemos FORMAS? Por que percebemos algumas formas como FIGURA e outras como FUNDO? Fabio D'Altilia Princípios da Gestalt Combinação de vários elementos para formar um todo, como acontece na criação de um layout. O cérebro tende a agrupar as várias unidades de um campo visual para formar um todo. É impossível modificar qualquer unidade do sistema sem que, com isso, se modifique também o todo. estímulos sensoriais forma sensação Há várias maneiras de se organizar esses estímulos. Fazemos isso elegendo (percebendo) uma forma em detrimento da outra. Princípios da Gestalt • Figura-fundo: através do contraste, a percepção da figura alterna-se entre o branco e o preto (fig.1). Os elementos menores tendem a ser percebidos como figura (fig.2). fig.1 fig.2 M.C.Escher Princípios da Gestalt • Proximidade • Alinhamento • Semelhança ou Similaridade • Continuidade Lee Fuhr Gabriela Isaias Nota Alinhamento Gabriela Isaias Nota Semelhança Gabriela Isaias Nota Continuidade Gabriela Isaias Nota Proximidade Gabriela Isaias Nota Principal: semelhançanullProximidadenullContinuidade Gabriela Isaias Nota SemelhançanullProximidadenullQuebra no alinhamento e na continuidade Princípios da Gestalt • Fechamento: tendência para perceber formas fechadas, dependendo do contexto. Exemplos de Fechamento: Noma Bar Segundo Luli Radfahrer: EMERGÊNCIA: O rosto aparece por inteiro, depois identificamos suas partes. Ao contrário de um texto escrito, não se vê pedaços de uma imagem que, aos poucos, compôem um todo. REIFICAÇÃO: O rosto é construído pelos traços que se formam nos espaços entre as linhas e letras (repare a franja). Eis um excelente exemplo da importância dos espaços em branco (vazios) no desenho de uma página. Eles dão suporte para os outros elementos. PERCEPÇÃO MULTI-ESTÁVEL: Em uma composição bem-feita, a visão não “pára” em um lugar. Perceba como você olha para o rosto, o nome, o fundo. ISSO é interatividade, muito mais interessante que um pop-up ou qualquer outra chatice publicitária. INVARIÂNCIA: As letras são reconhecidas e podem ser lidas, pouco importa seu tamanho, distorção ou escala. FECHAMENTO: Tendemos a “completar” a figura, ligando as áreas similares para fechar espaços próximos. É fácil ver as bochechas, a língua (escrita “soul”, genial) etc. É o mesmo princípio que nos permite compreender formas feitas de linhas pontilhadas. SIMILARIDADE: Agrupamos elementos parecidos, instintivamente. Perceba que, por mais que você tente evitar, o rosto se destaca do fundo, mesmo sendo da mesma cor. PROXIMIDADE: Elementos próximos são considerados partes de um mesmo grupo. SIMETRIA: Imagens simétricas são vistas como parte de um mesmo grupo, pouco importa sua distância. É o que forma o fundo – e o separa do rosto. CONTINUIDADE: Compreendemos qualquer padrão como contínuo, mesmo que ele se interrompa. É o que nos faz ver a “pele” do sr. Brown como algo contínuo, mesmo com todos os “buracos” das letras. DESTINO COMUM: Elementos em uma mesma direção são vistos como se estivessem em movimento e formam uma unidade, como se percebe na “explosão” que acontece no fundo do cartaz. Gabriela Isaias Realce Gabriela Isaias Realce Gabriela Isaias Realce Victor Vasarely O sistema (ou objeto, acontecimento, etc.) como um todo é formado por partes interatuantes, que podem ser isoladas e vistas como inteiramente independentes, e depois reunidas no todo. Numa imagem bidimensional, podemos utilizar diversas técnicas para "enganar o olho", produzindo a ilusão da textura, da dimensão e do movimento. http://www.optical-illusion-pictures.com/art.html Numa composição visual, os elementos gráficos estão diretamente relacionados ao espaço no qual estão inseridos. ... Há uma interdependência entre tamanho, posição, objetivo e significado. Julian Beever John Pugh O olho explora continuamente o meio ambiente em busca de seus inúmeros métodos de absorção das informações visuais. ... Também se move em resposta ao processo inconsciente de medição e equilíbrio através do “eixo sentido” e das preferências esquerda-direita e alto-baixo. Best optical illusions in the world Curiosidades Op-Art.co.uk Gestalt Psychology Presentation Optical Illusions - Michael Bach Illusion of the year
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