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Vitamina D Fontes: Peixes marinhos de águas profundas (atum, sardinha e salmão), ovas de peixes, óleo de peixe (fígado de bacalhau), leite e laticínios & fígado. Ação Calcêmica: Homens até 25 anos e mulheres até 20 anos são capazes de acrescentar mais peso a sua massa óssea. A perda começa aos 50/60 anos e se acelera aos 70 anos. Criança: Principal doença associada – RAQUITISMO Adolescência: Principal doença associada – OSTEOMALÁCIA Efeito poupador de cálcio: ↑ Aumenta a absorção intestinal (aumenta a capacidade de absorver o cálcio da dieta); ↓ Reduz a excreção urinária. Com aumento do cálcio na circulação sanguínea a tireoidea fica estimulada a secretar o hormônio calcitonina, este hormônio faz com que o cálcio seja depositado nos ossos (aumenta a atividade dos osteoclástos), logo há uma diminuição de cálcio no sangue então o paratormônio (PTH) promove a desmineralização que retira o cálcio do osso para circulação sanguínea. Em algumas fases da vida pode ocorrer uma metabolização mais acelerada, então quando o cálcio aumenta no sangue ele já começa a ser perdido pelo Rim, quando temos bons níveis de Vitamina D no sangue ela atua de forma que o cálcio permaneça mais tempo no sangue, isso faz com que o PTH não precise realizar com tanta frequência a desmineralização. Ação Não-Calcêmica: Aumenta sensibilidade a insulina; Reduz a secreção de citocinas inflamatórias (Ex.: sintetizadas pelo tecido visceral); Regula a diferenciação celular (prevenção de câncer e ação imunomoduladora).* Concentração normal de cálcio sanguíneo: 2,0 – 2,5 mml *Ciclo celular e neoplasias: o complexo 1,25(OH)2 D- -VDR participa do controle de várias etapas do ciclo celular por meio da modulação da ativação ou repressão de genes envolvidos na sinalização dos processos de parada do ciclo em G0/G1, diferenciação, multiplicação e apoptose celular. Níveis baixos da 1,25(OH)2 D levariam à desregulação desses processos, promovendo proliferação celular e inibindo a apoptose). Estudos epidemiológicos mostram associação entre baixos níveis de 25(OH)D e risco aumentado para o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, sendo os mais estudados nesse contexto os de mama, colorretal e próstata (41), cujas células expressam a CYP27B1. Como a 1,25(OH)2 D também tem ação inibitória na angiogênese (provavelmente pela inibição do fator de crescimento endotelial vascular – VEGF), que é um processo fundamental para o crescimento de tumores sólidos, acredita-se que essa atividade antiangiogênica seja um dos mecanismos responsáveis por sua capacidade tumoral-supressiva (41). IDR de Vitamina D é complementar a síntese: 0- 50 anos – 10 mcg/dia 50-70 anos – 15 mcg/dia > 70 anos – 20 mcg/dia Quanto mais velho ficamos mais ficamos dependente da dieta, o envelhecimento dificulta a síntese de vitamina D por conta de menor exposição solar, envelhecimento dos tecidos etc. Biossíntese: A derme precisa estar exposta sem qualquer tipo de proteção (física ou química), o 7-Dehdrocolesterol (7-DHC) contido na derme sofre uma reação de fotólise através radiação UVB e se transforma em Colecalciferol. Indivíduos com pele mais escura precisam de mais tempo de exposição ao sol para sintetizar Vitamina D. A melanina compete pelo fóton da radiação UVB, diminuindo a disponibilidade de fótons para a fotólise de 7-DHC. Colecalciferol é lançado na circulação sanguínea e é levado até o fígado através da proteína de transporte DBP, o fígado então capta essa substância, ele possui uma enzima do citocromo P450, 25-Hidroxilase, que transforma o colecalciferol em 25-Hidroxicalciferol (25- OHD). O fígado acopla a 25-OHD na DBP e o lança na corrente sanguínea até que ela chegue ao rim e seja transformado pela enzima 1-hidroxilase em 1,25 OHD (forma metabolicamente ativa). Etapas: Derme – Hepática – Renal Mecanismo de ação da 1,25 OHD A célula intestinal tem um lado da membrana borda escova que entra em contato com alimento, tem o núcleo e tem a membrana base lateral por onde o nutriente é lançado na corrente sanguínea. A vitamina D atua diretamente na expressão gênica, ou seja, age diretamente no DNA, toda célula tem em seu DNA um elemento responsivo a Vitamina D (uma parte reservada a informação que precisa da Vitamina D para ser traduzida a célula), neste seguimento há varias informações contidas, porém essas informações só são passadas a célula quando a Vitamina D se liga ao seu receptor. Quando a Vitamina D se liga ao VDR (receptor) ele vai percorrer todo o elemento, quando isso acontece há transmissão de informação para o RNA-ribossômico que recebe essa informação e sintetiza aminoácidos que vão formar proteínas. Para o cálcio ser absorvido são necessárias três proteínas como CaAT1 na membrana borda escova, Calbindina que fica dentro da célula e que se liga ao cálcio e o transporta para a CaAT2 que o lança para fora da célula na circulação sanguínea. A vitamina D pode aumentar em até 40% a absorção de cálcio. A Vitamina D age da mesma maneira no Rim, fazendo com que ele reabsorva o cálcio da urina nos túbulos distais e devolva a circulação sanguínea, na medula óssea ela age da mesma maneira regulando a diferenciação celular. Os diferentes fenótipos que os indivíduos podem apresentar em relação à homeostase da vitamina D podem resultar também de particularidades genéticas, como polimorfismos nos genes que regulam a expressão dos vários componentes do eixo hormonal da vitamina D (VDR, DBP, enzimas do complexo do citocromo P450). Estudos de associação genômica ampla (GWAS – genomic wide association study) encontraram associação significativa na análise genômica entre níveis de insuficiência de 25(OH)D e variantes genéticas em locci próximos aos genes envolvidos na síntese do colesterol (DHCR7, que codifica a 7-DHC redutase) e na hidroxilação da vitamina D (CYP2R1 e CYP24A1) e em regiões do gene que codifica a DBP (GC) . Outras abordagens de estudos de análise gênica sugerem que os níveis de 25(OH)D possam estar também relacionados à ancestralidade, com níveis mais baixos em indivíduos com maior grau de ancestralidade africana.
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