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Patologia RUBIN

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Capítulo 5
Neoplasia
Perguntas
Escolha a melhor resposta.
1. Um homem de 25 anos de idade procura ajuda médica 1 se-
mana após descobrir que o testículo esquerdo está com o dobro 
do tamanho normal. O exame físico revela massa testicular sem 
sensibilidade que não pode ser transiluminada. Os níveis séri-
cos de alfa-fetoproteína (AFP) e gonadotrofi na coriônica humana 
(hCG) são normais. Realiza-se uma hemiorquiectomia e o exame 
histológico do espécime cirúrgico revela carcinoma embrionário. 
Comparada com as células somáticas normais do adulto, essa 
neoplasia de células germinativas mais provavelmente apresenta 
níveis altos de expressão de qual das seguintes proteínas?
(A) Citocromo c
(B) Desmina
(C) Distrofi na
(D) P-selectina
(E) Telomerase
2. Uma mulher de 25 anos é submetida a exame ginecológico. O 
exame preventivo revela “atipia coilocítica” caracterizada por ha-
los perinucleares e núcleos enrugados (ver fotografi a). A biopsia 
da cérvice revela carcinoma escamocelular invasivo. Provas mo-
leculares para papilomavírus humano (HPV) nas células tumo-
rais são positivas. Qual dos seguintes mecanismos de doença ex-
plica mais adequadamente a participação do HPV na patogenia 
da neoplasia dessa paciente?
(A) Ativação de oncogenes celulares
(B) Aumento da transcrição de gene da telomerase
(C) Inativação de proteínas de supressão tumoral
(D) Mutagênese de inserção
(E) Replicação viral epissômica
3. Uma mulher de 62 anos de idade apresenta um nódulo na 
mama, percebido 6 dias antes. A biopsia da mama revela carci-
noma lobular in situ. Comparadas com as células epiteliais nor-
mais do lóbulo mamário, essas células malignas mais provavel-
mente revelam diminuição da expressão de qual das seguintes 
proteínas?
(A) Desmina
(B) E-caderina
(C) Lisil hidroxilase
(D) P-selectina
(E) Telomerase
4. Uma mulher de 50 anos de idade apresenta um nódulo na 
mama. Observa-se uma massa fi rme e fi xa de 4 cm durante o 
exame da mama. A biopsia excisional revela células malignas for-
mando estruturas semelhantes a glândulas e ninhos sólidos, cir-
cundados por denso estroma colagenoso. Uma coloração para 
tecido conjuntivo (tricrômico) da biopsia é mostrada na fotogra-
fi a. Qual dos seguintes termos descritivos classifi ca mais adequa-
damente as áreas azuis observadas nesse espécime?
(A) Alteração desmoplásica
(B) Carcinoma colóide
32 Capítulo 5
(C) Carcinoma medular
(D) Comedocarcinoma
(E) Papilomatose 
5. Um homem de 65 anos de idade queixa-se de fraqueza muscu-
lar e tosse seca durante 4 meses. Ele fumou dois maços de cigar-
ros por dia durante 45 anos. A radiografi a de tórax revela massa 
pulmonar esquerda central, de 4 cm. Os exames laboratoriais 
revelam hiperglicemia e hipertensão. A biopsia transbrônquica é 
diagnóstica para carcinoma de células pequenas. Metástases para 
o fígado são detectadas por TC. Qual das seguintes alterações 
pode contribuir para o desenvolvimento de hiperglicemia e hi-
pertensão nesse paciente?
(A) Adenoma hipofi sário
(B) Metástases adrenais
(C) Metástases hipofi sárias
(D) Síndrome paraneoplásica
(E) Trombose da artéria renal
6. Um homem de 60 anos de idade apresenta história de 4 meses 
de perda de peso crescente, sibilos e falta de ar. Ele fuma dois 
maços de cigarros por dia há 40 anos. Sua história clínica pre-
gressa é sugestiva de enfi sema e bronquite crônica. A radiografi a 
de tórax revela massa de 10 cm no pulmão esquerdo. A broncos-
copia revela obstrução do tronco brônquico principal esquerdo. 
Realiza-se uma biopsia (ver fotografi a). Os exames imunoisto-
químicos dessa amostra de biopsia mais provavelmente revelarão 
a expressão de qual dos seguintes marcadores tumorais?
(A) Alfa-fetoproteína
(B) Antígeno carcinoembrionário
(C) Calretinina
(D) Citoqueratinas
(E) Sinaptofi sina
7. Uma mulher de 33 anos de idade descobre um nódulo na 
mama esquerda durante auto-exame. Sua mãe e sua irmã tive-
ram câncer de mama. A mamografi a revela densidade mal defi ni-
da no quadrante externo da mama esquerda, com microcalcifi ca-
ções. A aspiração com agulha revela presença de células epiteliais 
ductais malignas. O rastreamento genético identifi ca uma mu-
tação em BRCA1. Além do controle do ciclo celular, a proteína 
BRCA1 promove qual das seguintes funções celulares?
(A) Adesão celular
(B) Apoptose
(C) Reparação de DNA
(D) Sinalização transmembrana
(E) Transcrição gênica
8. Um homem de 60 anos de idade, que trabalhou durante 30 
anos em uma fábrica de produtos químicos, queixa-se de sangue 
na urina, cuja citologia revelou células displásicas. A biopsia da 
bexiga demonstra carcinoma de células de transição. Qual dos 
seguintes carcinógenos mais provavelmente está envolvido na 
patogenia do câncer da bexiga nesse paciente?
(A) Arsênico 
(B) Benzeno
(C) Cisplatina
(D) Cloreto de vinila
(E) Corantes de anilina
9. Um homem de 60 anos de idade apresenta um pequeno nódu-
lo no antebraço, observado por ele alguns meses antes. A biopsia 
do nódulo revela carcinoma escamocelular. O potencial metas-
tático desse tumor pode ser aumentado pela supra-regulação do 
gene para qual das seguintes proteínas?
(A) Ativador de plasminogênio
(B) Colágeno tipo IV
(C) Desmina
(D) E-caderina
(E) Glutationa peroxidase
10. Um homem de 45 anos de idade apresenta história de 9 me-
ses de nódulo avermelhado no pé. A biopsia do nódulo revela 
uma lesão mal demarcada, composta de fi broblastos e células 
semelhantes a endoteliais revestindo espaços vasculares. Estudos 
adicionais identifi cam lesões semelhantes nos linfonodos e no 
fígado. As células tumorais contêm seqüências de herpesvírus-8 
humano (HHV-8). Esse paciente mais provavelmente tem qual 
das seguintes doenças?
(A) Ataxia-telangiectasia 
(B) Imunodefi ciência adquirida
(C) Neurofi bromatose tipo I
(D) Síndrome de Li-Fraumeni
(E) Xerodermia pigmentar
Neoplasia 33
11. Um homem de 68 anos de idade e que trabalhou na indústria 
naval e de manufaturados durante toda a sua vida adulta queixa-
se de história de desconforto torácico, mal-estar generalizado, 
febre, sudorese noturna e perda de peso há 4 meses. A radiogra-
fi a de tórax revela um grande derrame pleural. O paciente morre 
5 meses depois de insufi ciência cardiorrespiratória. A fotografi a 
mostra o pulmão à necropsia. Essa neoplasia maligna está asso-
ciada à exposição ambiental a qual dos seguintes carcinógenos? 
(A) Afl atoxina B1
(B) Asbestos
(C) Berílio 
(D) Radiação ionizante
(E) Sílica 
12. Um homem de 68 anos de idade queixa-se de alterações re-
centes nos hábitos intestinais e fezes com sangue. A colonos-
copia revela uma massa de 3 cm no cólon sigmóide. A biopsia 
da massa revela adenocarcinoma. Essas células neoplásicas mais 
provavelmente adquiriram um conjunto de mutações que provo-
ca qual das seguintes mudanças no comportamento celular?
(A) Aumento da adesão intercélulas
(B) Aumento da susceptibilidade a apoptose
(C) Diminuição da mobilidade celular
(D) Estímulo da diferenciação de células-tronco
(E) Perda do controle do ponto de restrição do ciclo celular
13. Uma mulher de 35 anos de idade queixa-se de secreção do 
mamilo e menstruações irregulares nos últimos 5 meses. O exa-
me revela uma secreção leitosa oriunda dos dois mamilos. A RM 
mostra aumento da adeno-hipófi se. Qual das seguintes altera-
ções é o diagnóstico histológico mais provável do tumor hipofi -
sário dessa paciente?
(A) Adenoma
(B) Coristoma
(C) Hamartoma
(D) Papiloma
(E) Teratoma 
14. Estudos citogenéticos em uma mulher de 40 anos de idade 
com linfoma folicular demonstra uma translocação cromossômi-
ca t(14;18) envolvendo o gene bcl-2. A expressão constitutiva da 
proteína codifi cada pelo gene bcl-2 inibe qual dos seguintes pro-
cessos nos linfócitos transformados dessa paciente?
(A) Apoptose
(B) Fosforilação oxidativa
(C) Glicosilação de proteína (ligada a N)
(D) Progressãodo ciclo celular de G1 para S
(E) Reparo de excisão de DNA
15. Uma mulher de 59 anos de idade apresenta pigmentação cres-
cente da pele. O exame físico mostra hiperqueratose e hiperpig-
mentação da axila, do pescoço, das fl exuras e da região anoge-
nital. Exames endocrinológicos revelam níveis séricos normais 
de corticosteróides e glicocorticóides adrenais. Se a pigmentação 
cutânea nessa paciente representa uma síndrome paraneoplásica, 
o tumor primário mais provavelmente seria encontrado em qual 
das seguintes localizações anatômicas?
(A) Bexiga
(B) Cérvice
(C) Esôfago
(D) Estômago 
(E) Pleura 
16. Um homem de 65 anos de idade morre após uma luta pro-
longada contra carcinoma de cólon metastático. À necropsia, o 
fígado mostrou-se repleto de múltiplos nódulos de câncer, mui-
tos dos quais exibindo necrose central (umbilicação). Qual das 
seguintes alterações explica mais apropriadamente a patogenia 
da umbilicação tumoral nesse paciente?
(A) Estimulação da angiogênese
(B) Infl amação crônica
(C) Infl amação granulomatosa
(D) Isquemia e infarto
(E) Tumor bifásico
17. Um homem de 59 anos de idade queixa-se de fraqueza pro-
gressiva. Ele afi rma que suas fezes encontram-se muito escuras. 
O exame físico revela preenchimento no quadrante inferior di-
reito. Exames laboratoriais mostram anemia ferropriva com nível 
sérico de hemoglobina de 7,4 g/dL. Amostras de fezes são posi-
tivas para sangue oculto. A colonoscopia revela uma lesão ulce-
rativa no ceco. Qual dos seguintes marcadores tumorais séricos 
provavelmente é o mais útil para acompanhar esse paciente após 
a cirurgia?
(A) Alfa-fetoproteína
(B) Antígeno carcinoembrionário
(C) Cromogranina 
34 Capítulo 5
(D) Fator VIII da coagulação 
(E) Gonadotrofi na coriônica
18. Exames laboratoriais de um espécime cirúrgico obtido do pa-
ciente descrito na questão anterior demonstram hipermetilação 
do gene p53. Qual dos seguintes aspectos caracteriza mais apro-
priadamente essa alteração bioquímica nas células neoplásicas?
(A) Amplifi cação gênica
(B) Modifi cação epigenética
(C) Mutagênese de inserção
(D) Mutação de proto-oncogene
(E) Translocação não-recíproca
19. Uma menina de 8 anos de idade, com numerosas placas hipo-
pigmentadas, ulceradas e com crostas, na face e nos antebraços, 
desenvolve um nódulo cutâneo sem sensibilidade, semelhante a 
cratera, no dorso da mão esquerda. A biopsia desse nódulo cutâ-
neo revela carcinoma escamocelular. Os estudos de biologia mo-
lecular revelam que essa paciente apresenta mutações na linha-
gem germinativa no gene que codifi ca uma enzima de reparação 
de excisão de nucleotídeo. Qual é o diagnóstico apropriado?
(A) Albinismo hereditário
(B) Ataxia-telangiectasia
(C) Neurofi bromatose tipo I
(D) Síndrome de Li-Fraumeni
(E) Xerodermia pigmentosa
20. Uma mulher de 59 anos de idade queixa-se de “sentir a cabeça 
zonza” e de perder 5 kg no último mês. O hemograma comple-
to revela anemia normocítica normocrômica. A paciente subse-
qüentemente morre de câncer metastático. Com base nos dados 
epidemiológicos correntes para mortalidade em mulheres asso-
ciada a câncer, qual dos seguintes locais é o sítio mais provável 
para a neoplasia maligna dessa paciente?
(A) Bexiga 
(B) Cérebro
(C) Cólon
(D) Mama
(E) Pulmão
21. Os pais de uma menina de 6 meses de vida palpam uma mas-
sa no lado esquerdo do abdome da criança. A urinálise revela 
níveis altos de ácido vanililmandélico. A TC revela um tumor 
abdominal e metástases ósseas. O tumor primário é ressecado ci-
rurgicamente. O exame histológico do espécime cirúrgico revela 
neuroblastoma. A avaliação do proto-oncogene N-myc no tumor 
dessa criança demonstrará mais provavelmente qual das seguin-
tes alterações genéticas?
(A) Amplifi cação gênica
(B) Deleção de exon
(C) Expansão de uma repetição de trinucleotídeos
(D) Mutação frameshift
(E) Translocação cromossômica
22. Um menino africano de 8 anos de idade apresenta tumefação 
na mandíbula e desfi guração facial maciça. A biopsia revela um 
tumor invadindo a medula óssea da mandíbula. A patogenia des-
sa neoplasia maligna está associada a um vírus que exibe tropis-
mo por qual das seguintes células?
(A) Condrócitos
(B) Fibroblastos
(C) Linfócitos
(D) Macrófagos
(E) Osteócitos 
23. Uma mulher de 58 anos de idade é submetida a colonosco-
pia de rotina. Um nódulo de 2 cm na submucosa é identifi ca-
do no apêndice. A biopsia do nódulo mostra ninhos de células 
com núcleo uniforme e redondo. A microscopia eletrônica revela 
numerosos grânulos neuroendócrinos no citoplasma. A doença 
neoplásica dessa paciente está associada a qual das seguintes ma-
nifestações clínicas?
(A) Distrofi a muscular
(B) Embolia pulmonar
(C) Esclerose sistêmica progressiva
(D) Insufi ciência cardíaca congestiva
(E) Ruborização e sibilo
24. Uma mulher de 55 anos de idade apresenta perda de peso 
crescente e fadiga e subseqüentemente morre de câncer metas-
Neoplasia 35
tático. A coluna vertebral à necropsia é mostrada na fotografi a. 
Qual é o diagnóstico?
(A) Condrossarcoma
(B) Melanoma
(C) Mieloma múltiplo
(D) Osteossarcoma
(E) Rabdomiossarcoma 
25. Uma mulher de 45 anos de idade apresenta dor abdominal e 
sangramento vaginal. Realiza-se uma histerectomia que mostra 
um tumor benigno do útero derivado de célula de musculatura 
lisa. Qual o diagnóstico adequado?
(A) Angiomiolipoma
(B) Leiomioma
(C) Leiomiossarcoma
(D) Mixoma
(E) Rabdomioma
26. Estudos citogenéticos em uma mulher de 70 anos de idade 
com leucemia mielógena crônica (LMC) demonstra uma translo-
cação cromossômica t(9;22). Qual dos seguintes aspectos explica 
mais adequadamente a participação dessa translocação na pato-
genia da leucemia nessa paciente?
(A) Ativação de proto-oncogene
(B) Aumento da expressão do gene de telomerase
(C) Expansão de uma repetição de trinucleotídeos
(D) Inativação de proteína de supressão tumoral
(E) Status de metilação de DNA alterado
27. Uma mulher de 33 anos de idade apresenta erupção cutâ-
nea descamativa difusa com 4 semanas de duração. A biopsia 
da lesão cutânea revela um linfoma cutâneo de células T (mico-
se fungóide). Qual dos seguintes marcadores imunoistoquími-
cos seria mais útil para identifi car células malignas na pele dessa 
paciente?
(A) Calcitonina
(B) CD4
(C) Desmina
(D) HMB-45
(E) S-100
28. Uma mulher de 66 anos de idade apresenta abdome muito in-
chado. A paciente recebeu o diagnóstico de cistadenocarcinoma 
seroso papilar do ovário 3 anos antes. Ela morre em uma insti-
tuição para pacientes terminais 1 mês depois. À necropsia, o pe-
ritônio está salpicado de tumores, e há 10 L de ascite. Qual das 
seguintes vias de metástase tumoral contribui para esses achados 
microscópicos?
(A) Disseminação hematógena
(B) Disseminação linfática
(C) Disseminação venosa
(D) Extensão tumoral direta
(E) Semeadura da cavidade corporal
29. Um menino de 2 anos de idade é diagnosticado com tumo-
res bilaterais retinianos. Estudos moleculares demonstram uma 
mutação na linhagem germinativa em um alelo do gene Rb. Qual 
dos seguintes eventos genéticos explica mais adequadamente o 
mecanismo de carcinogênese nesse paciente?
(A) Amplifi cação gênica
(B) Expansão de repetição de trinucleotídeo
(C) Não-disjunção materna
(D) Perda de heterozigosidade
(E) Translocação balanceada
30. Um homem de 60 anos de idade apresenta história de 6 meses 
de perda de peso crescente e fadiga. O exame físico revela hepa-
tomegalia. A TC do abdome mostra múltiplos nódulos no fígado, 
e uma biopsia guiada por TC revela adenocarcinoma secretor de 
muco. O câncer metastático desse paciente mais provavelmente 
originou-se em qual das seguintes localizações anatômicas?
(A) Bexiga 
(B) Cérebro
(C) Medula adrenal
(D) Medula óssea
(E) Pâncreas
Respostas
1. A resposta é E-telomerase. As células somáticas normalmente não 
expressam telomerase, que é uma enzimaque acrescenta se-
qüências repetitivas para manter o comprimento do telômero. 
Por conseguinte, a cada rodada de replicação celular somática, 
o telômero sofre encurtamento. O comprimento dos telômeros 
pode agir como um “relógio molecular” e governar o ciclo de 
vida de células em replicação. Como células cancerosas e células 
embrionárias expressam níveis altos de telomerase, a reativação 
dessa enzima pode ser importante para manter a proliferação de 
células-tronco. A maioria dos cânceres de seres humanos mos-
tra ativação do gene para a subunidade catalítica de telomerase: 
transcriptase reversa da telomerase humana. A P-selectina (op-
ção D) é uma molécula de adesão celular que medeia a margina-
ção de neutrófi los durante a infl amação aguda. As outras opções 
não estão envolvidas na transformação maligna. 
Diagnóstico: Carcinoma embrionário
2. A resposta é C-inativação de proteínas de supressão tumoral. Diferente-
mente dos vírus tumorais de RNA, cujos oncogenes apresentam 
contrapartes celulares normais, os genes de transformação de ví-
rus de DNA não são homólogos a quaisquer genes celulares. Esse 
enigma foi elucidado com a descoberta de que produtos gênicos 
de vírus de DNA oncogênicos inativam proteínas de supressão 
tumoral. Por exemplo, proteínas codifi cadas pelos genes E6 e E7 
de HPV16 ligam p53 e pRb. As outras opções estão envolvidas 
na patogenia de neoplasia, mas não são específi cas para HPV.
Diagnóstico: Neoplasia intra-epitelial cervical, infecção por HPV
3. A resposta é B-E-caderina. As caderinas são glicoproteínas trans-
membrana dependentes de Ca2+ que medeiam a adesão entre as 
células. A E-caderina é expressa na superfície de todos os epité-
lios e medeia a adesão celular por meio de interações “semelhan-
tes a zíper”. Em geral, as caderinas suprimem a invasão e a me-
tástase. Por conseguinte, talvez não surpreenda a expressão de 
36 Capítulo 5
E-caderina estar reduzida na maioria dos carcinomas. A desmina 
(opção A) é uma proteína fi lamentosa intermediária encontrada 
em células de origem mesenquimatosa. A lisil hidroxilase (opção 
C) está envolvida na modifi cação pós-tradução do colágeno. A 
P-selectina é uma molécula de adesão celular que medeia a mar-
ginação de neutrófi los durante infl amação aguda. A telomerase 
(opção E) encontra-se elevada em certos processos malignos.
Diagnóstico: Câncer de mama
4. A resposta é A-alteração desmoplásica. Descritores secundários são usa-
dos para se referir a características morfológicas e funcionais de um 
tumor. A papilomatose (opção E) descreve estruturas semelhantes 
a frondes. Medular (opção C) signifi ca um tumor celular mole, ao 
passo que cirroso ou desmoplásico implica estroma fi broso denso. 
Carcinomas colóides (opção B) secretam muco em abundância. Co-
medocarcinoma (opção D) é uma neoplasia intraductal na qual o 
material necrótico pode ser expelido pelos ductos. 
Diagnóstico: Câncer de mama
5. A resposta é D-síndrome paraneoplásica. Os cânceres podem produ-
zir efeitos remotos, coletivamente denominados síndromes para-
neoplásicas. Por exemplo, a secreção de corticotrofi na (ACTH) 
por um tumor leva às manifestações clínicas da síndrome de 
Cushing. A produção de corticotrofi na é vista mais comumente 
associada a cânceres do pulmão, particularmente carcinoma de 
células pequenas. Metástases na glândula supra-renal e na hipó-
fi se (opções B e C) levariam à perda de função adrenal (doença 
de Addison). Embora o adenoma hipofi sário (opção A) seja uma 
possível causa de síndrome de Cushing, essa opção seria impro-
vável em uma pessoa com câncer de pulmão.
Diagnóstico: Carcinoma de células pequenas do pulmão, síndrome paraneo-
plásica
6. A resposta é D-citoqueratinas. Marcadores tumorais são produtos 
de neoplasias malignas que podem ser detectados em células ou 
em líquidos corporais. Marcadores tumorais úteis incluem imu-
noglobulinas, fetoproteínas, enzimas, hormônios e proteínas ci-
toesqueléticas. Os carcinomas expressam de modo uniforme ci-
toqueratinas, que são fi lamentos intermediários. A alfa-fetopro-
teína (opção A) é um marcador para carcinoma de saco viteli-
no e carcinoma hepatocelular. A calretinina (opção C) fornece 
um marcador para mesotelioma. O antígeno carcinoembrionário 
(opção B) é um marcador para carcinoma do cólon e muitos ou-
tros processos malignos. A sinaptofi sina (opção E) é um marca-
dor para tumores neuroendócrinos, inclusive carcinoma de célu-
las pequenas do pulmão.
Diagnóstico: Carcinoma escamocelular do pulmão
7. A resposta é C-reparação de DNA. Os genes de susceptibilidade para 
câncer (CA) de mama (BR [de breast, mama]) (BRCA1 e BRCA2) 
são as proteínas supressoras tumorais envolvidas nas funções de 
verifi cação relacionadas com a progressão do ciclo celular para a 
fase S. As proteínas BRCA1 e BRCA2 também promovem a repa-
ração de DNA por ligarem-se a RAD51, uma molécula que me-
deia reparação de quebras de DNA de duplo fi lamento. As outras 
opções podem ser anormais em neoplasia, mas não são afetadas 
primariamente por BRCA1.
Diagnóstico: Câncer de mama
8. A resposta é E-corantes de anilina. O carcinoma de células de tran-
sição é o tumor maligno mais comum da bexiga, e a incidência 
de câncer da bexiga é elevada entre trabalhadores que lidam com 
corante de anilina. Esses corantes azo são convertidos a carcinó-
genos hidrossolúveis no fígado. São excretados na urina, onde 
afetam basicamente o epitélio de transição da bexiga. A exposi-
ção a benzeno (opção B) está associada a leucemia. A exposição 
a cloreto de vinila (opção D) foi associada a angiossarcomas he-
páticos. 
Diagnóstico: Carcinoma de células de transição da bexiga
9. A resposta é A-ativador de plasminogênio. Células malignas e células 
estromais associadas a cânceres elaboram diversas proteases que 
degradam componentes da membrana basal. Tais enzimas in-
cluem o ativador de plasminogênio do tipo uroquinase (u-PA) e 
metaloproteinases da matriz (MMPs). O u-PA converte plasmi-
nogênio sérico em plasmina, uma serina protease que degrada 
lamina e ativa procolagenase tipo IV. Alterações na expressão de 
u-PA, o receptor u-PA, e inibidores de PA foram relatados em 
diferentes cânceres. Esperar-se-ia que células metastáticas mos-
trassem expressão reduzida de colágenos (opção B) e caderinas 
(opção D). A desmina (opção C) é encontrada em células de ori-
gem mesenquimatosa.
Diagnóstico: Carcinoma escamocelular da pele
10. A resposta é B-imunodefi ciência adquirida. O sarcoma de Kaposi é a 
neoplasia mais comum associada a imunodefi ciência adquirida 
(AIDS). As células neoplásicas contêm seqüências de um novo 
vírus, HHV-8, também conhecido como herpesvírus associado 
a sarcoma de Kaposi. Além de infectar as células fusiformes do 
sarcoma de Kaposi, o HHV-8 é linfotrópico e foi arrolado em dois 
processos malignos linfóides de células B raros, a saber, linfoma 
com derrame primário e doença de Castleman multicêntrica. As-
sim como outros vírus de DNA, o genoma do HHV-8 codifi ca 
proteínas que interferem com as vias de supressão tumoral p53 
e pRb.
Diagnóstico: Sarcoma de Kaposi, AIDS
11. A resposta é B-asbestos. O tumor característico associado a expo-
sição a asbestos é o mesotelioma das cavidades pleural e perito-
nial. Esse câncer ocorre em cerca de 2 a 3% dos trabalhadores in-
tensamente expostos. Encanadores em indústria naval foram os 
mais expostos. Muitos desses operários desenvolveram mesote-
liomas 20 a 30 anos após a exposição. É razoável pressupor que 
os mesoteliomas tanto da pleura quanto do peritônio refl itam o 
contato direto dessas membranas com fi bras de asbestos trans-
portadas até essas estruturas por canais linfáticos. Assim como 
os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, a afl atoxina B1 (op-
ção A) pode estabelecer ligação covalente com DNA e está entre 
os carcinógenos hepáticos mais potentes reconhecidos. O berílio 
(opçãoC) e a sílica (opção E) provocam doença pulmonar, mas 
não são carcinogênicos.
Diagnóstico: Mesotelioma
12. A resposta é E-perda do controle do ponto de restrição do ciclo celular. As 
células cancerosas freqüentemente exibem perda do controle do 
ponto de restrição do ciclo celular através de mecanismos como 
hiperexpressão de ciclina D1, perda de inibidores de Cdk ou 
Neoplasia 37
inativação das proteínas pRb ou p53. O gene p53 sofre deleção 
ou mutação em 75% dos casos de câncer colorretal e freqüente-
mente sofre mutação em muitos outros tumores. A proteína p53 
é um regulador negativo da divisão celular. Mutações inativado-
ras de p53 provocam a perda do controle do ponto de restrição 
do ciclo celular e permitem que células com DNA lesado pro-
gridam através do ciclo celular. As células malignas apresentam 
motilidade celular maior (ver opção C), diferenciação de células-
tronco reduzida (ver opção D), adesão celular diminuída (ver op-
ção A) e susceptibilidade a apoptose diminuída (ver opção B).
Diagnóstico: Câncer do cólon
13. A resposta é A-adenoma. Tumores benignos que surgem de epi-
télio glandular são denominados adenomas. As pacientes com 
adenoma hipofi sário secretor de prolactina apresentam amenor-
réia e galactorréia. Ilhotas ectópicas de tecido normal são deno-
minadas coristomas (opção B). Diferenciação desordenada, lo-
calizada, durante o desenvolvimento resulta em um hamartoma 
(opção C). Os papilomas (opção D) não ocorrem na hipófi se. Os 
tumores benignos que surgem de células germinativas e contêm 
todas as três camadas germinativas são denominados teratomas 
(opção E).
Diagnóstico: Adenoma hipofi sário, prolactinoma
14. A resposta é A-apoptose. Muitos cânceres humanos demonstram 
anormalidades no controle da apoptose. Por exemplo, os linfo-
mas foliculares de células B exibem uma translocação cromossô-
mica característica na qual o gene bcl-2 é levado para o controle 
de transcrição do promotor do gene de cadeias leves de imuno-
globulina, dessa maneira provocando a hiperexpressão de bcl-2. 
Como conseqüência das propriedades antiapoptóticas de bcl-2, o 
clone neoplásico acumula-se nos linfonodos. Desde sua demons-
tração em linfomas foliculares, a expressão de bcl-2 tem sido ob-
servada em diversos outros cânceres em seres humanos. 
Diagnóstico: Linfoma folicular
15. A resposta é D-estômago. A acantose nigricans é um distúrbio cutâ-
neo marcado por hiperceratose e hiperpigmentação da axila, pes-
coço, fl exuras e região anogenital. É de particular interesse por-
que mais de metade dos pacientes com acantose nigricans apre-
senta câncer. Mais de 90% dos casos ocorrem associados a carci-
nomas gastrointestinais (primariamente câncer do estômago). 
Diagnóstico: Síndrome paraneoplásica, acantose nigricans
16. A resposta é D-isquemia e infarto. A angiogênese é uma exigência 
para o crescimento continuado dos cânceres, sejam primários ou 
metastáticos. Se não houver novos vasos para suprir os nutrientes 
e remover produtos de degradação, os tumores malignos não cres-
cem além de 1 a 2 mm de diâmetro. Em geral, as causas de morte 
de células tumorais in situ incluem (1) morte celular programada 
(apoptose); (2) suprimento sangüíneo inadequado, com decorren-
te isquemia; (3) escassez de nutrientes; e (4) vulnerabilidade a de-
fesas específi cas e inespecífi cas do hospedeiro. Nenhuma das ou-
tras opções é causa provável de necrose tumoral. 
Diagnóstico: Câncer do cólon metastático
17. A resposta é B-antígeno carcinoembrionário. O câncer colorretal é 
assintomático nos seus estágios iniciais. À medida que o tumor 
cresce, o sinal mais comum é sangue oculto nas fezes, especial-
mente quando o tumor encontra-se na porção proximal do có-
lon. Sangramento assintomático crônico tipicamente provoca 
anemia ferropriva. Os adenocarcinomas do cólon em geral ex-
pressam antígeno carcinoembrionário (ACE), uma glicoproteína 
liberada na circulação e que funciona como um marcador soro-
lógico para esses tumores. O ACE também é encontrado asso-
ciado a tumores malignos do pâncreas, pulmão e ovário. A AFP 
(opção A) é expressa por carcinoma hepatocelular e tumores do 
saco vitelino. A cromogranina (opção C) é expressa por tumores 
neuroendócrinos. A gonadotrofi na coriônica (opção E) é secreta-
da por coriocarcinoma. 
Diagnóstico: Câncer do cólon
18. A resposta é B-modifi cação epigenética. A hipermetilação de muitos 
supressores tumorais e de genes de reparação de DNA foi de-
monstrada em tumores de seres humanos. As vias controladas 
por esses genes são, por conseguinte, suprimidas. Por exemplo, 
o gene p53 normal pode ser inativado por hipermetilação. Des-
se modo, a metilação aberrante de genes supressores tumorais 
pode ser um mecanismo epigenético para “um segundo ataque” 
(“second hit”), levando à perda da heterozigose. Diferentemente 
de alterações genéticas no câncer, as alterações epigenéticas são 
reversíveis, e estão em andamento pesquisas para a descoberta 
de drogas que infl uenciem a metilação do DNA. As outras op-
ções não estão relacionadas com a metilação de DNA.
Diagnóstico: Câncer do cólon
19. A resposta é E-xerodermia pigmentosa. A xerodermia pigmentosa é 
uma doença autossômica recessiva na qual o aumento da sensi-
bilidade à luz solar é acompanhado por alta incidência de cân-
ceres de pele, incluindo carcinoma basocelular, carcinoma esca-
mocelular e melanoma maligno. Diversos genes para xeroder-
mia pigmentosa estão envolvidos na excisão de nucleotídeos de 
DNA lesado por radiação ultravioleta. A síndrome de Li-Fraumeni 
(opção D) refere-se a uma predisposição herdada para o desen-
volvimento de cânceres em muitos órgãos devido a mutações 
na linhagem germinativa de p53. Ataxia-telangiectasia (opção B) 
manifesta degeneração cerebelar, anormalidades imunológicas e 
predisposição ao câncer. O gene que sofre mutação codifi ca uma 
fosfoproteína nuclear envolvida na regulação do ciclo celular e 
no reparo de DNA. Os pacientes com albinismo hereditário (op-
ção A) também correm risco de desenvolver carcinoma escamo-
celular da pele, mas não apresentam um defeito na reparação da 
excisão do DNA. Os pacientes com neurofi bromatose (opção C) 
desenvolvem neurofi bromas cutâneos benignos. 
Diagnóstico: Xerodermia pigmentosa
20. A resposta é E-pulmão. O carcinoma do pulmão é a causa de mui-
tas mortes relacionadas com o câncer nos Estados Unidos e na 
Europa Ocidental. A segunda outra causa mais comum de morte 
devida a câncer em mulheres é o câncer de mama (opção D). Um 
dos achados mais comuns em pacientes com câncer é anemia, 
mas o mecanismo para essa síndrome paraneoplásica não está 
claro. Em geral, a anemia é normocítica normocrômica, embora 
anemia ferropriva seja comum em cânceres que sangram para o 
trato gastrointestinal. 
Diagnóstico: Câncer do pulmão
38 Capítulo 5
21. A resposta é A-amplifi cação gênica. Alterações cromossômicas que 
resultam no aumento do número de cópias de um gene foram 
encontradas primariamente em tumores sólidos. Essas aberra-
ções são reconhecidas como (1) regiões de coloração homogê-
nea (HSRs [homogeneous staining regions]); (2) regiões de faixas 
anormais em cromossomos; ou (3) minúsculos duplos, que são 
visualizados como pequenos corpúsculos citoplasmáticos parea-
dos. Em alguns casos, a amplifi cação gênica mostrou envolver 
proto-oncogenes. Por exemplo, HSRs podem ser encontradas em 
neuroblastomas e todas derivam do proto-oncogene N-myc. A 
presença de N-myc está associada a amplifi cação de até 700 ve-
zes desse gene e é um marcador de doença avançada com prog-
nóstico sombrio. 
Diagnóstico: Neuroblastoma
22. A resposta é C-linfócitos. Quatro vírus de DNA (papilomavírus hu-
mano, vírus de Epstein-Barr, vírus da hepatite B e herpesvírus-8) 
estão incriminados no desenvolvimento de cânceres humanos. 
O EBV foi o primeiro vírus a ser inequivocamente associado ao 
desenvolvimentode um tumor humano. Em 1958, Burkitt des-
creveu uma forma de linfoma infantil em um cinto geo gráfi co 
na África Equatorial, e ele sugeriu que poderia ter uma etiologia 
viral. Alguns anos depois, Epstein e Barr descobriram partículas 
virais em linhagens celulares cultivadas de pacientes com lin-
foma de Burkitt. O linfoma de Burkitt africano é um tumor de 
células B no qual linfócitos neoplásicos invariavelmente contêm 
EBV no seu DNA e manifestam antígenos relacionados com EBV. 
O EBV não infecta as outras opções.
Diagnóstico: Linfoma de Burkitt, vírus de Epstein-Barr
23. A resposta é E-ruborização e sibilo. A síndrome carcinóide é uma 
doença paraneoplásica sistêmica causada pela liberação de hor-
mônios a partir de tumores carcinóides (por meio de grânulos 
neuroendócrinos) no sangue venoso. Os sintomas de ruboriza-
ção, sibilo brônquico, diarréia aquosa e cólica abdominal são 
causados pela liberação de serotonina, bradicinina e histamina. 
Os carcinóides são tumores neuroendócrinos de baixo potencial 
maligno e que se localizam com maior freqüência na submucosa 
dos intestinos (p.ex., apêndice, íleo terminal e reto). As outras 
opções não estão associadas a essa síndrome paraneoplásica.
Diagnóstico: Tumor carcinóide, síndrome paraneoplásica
24. A resposta é B-melanoma. A fotografi a mostra células pigmentadas 
nos corpos vertebrais em uma pessoa que morreu de melanoma 
maligno. Esse achado de necropsia ilustra o ponto que a identifi -
cação precisa de um tumor depende da semelhança morfológica 
com tecido normal. Êmbolos tumorais nesse caso provavelmente 
alcançarão o osso após sobreviverem à passagem através da mi-
crocirculação pulmonar. Nenhum dos outros tumores relaciona-
dos mostra pigmentação. 
Diagnóstico: Melanoma
25. A resposta é B-leiomioma. O leiomioma é o tumor benigno mais 
comum do útero, em geral surgindo em mulheres em idade re-
produtiva. Origina-se de células da musculatura lisa do miomé-
trio. Nenhuma das outras opções constitui tumor benigno de 
músculo liso.
Diagnóstico: Leiomioma do útero
26. A resposta é A-ativação de proto-oncogene. O exemplo mais bem co-
nhecido de uma translocação cromossômica adquirida em um 
câncer humano é o cromossomo Filadélfi a, encontrado em 95% 
dos pacientes com leucemia mielógena crônica. O proto-onco-
gene c-abl no cromossomo 9 é translocado para o cromossomo 
22, é colocado em justaposição com a região de agrupamento do 
ponto de quebra (bcr [breakpoint cluster region]). O gene c-abl e a 
região bcr unem-se, produzindo um oncogene híbrido que codi-
fi ca uma proteína aberrante com níveis altos de atividade de tiro-
sina quinase, que gera sinais mitogênicos e antiapoptóticos. 
Diagnóstico: Leucemia mielógena crônica, cromossomo Filadélfi a
27. A resposta é B-CD4. O CD4 é um antígeno de diferenciação de 
agrupamento [cluster-differentiation] de linfócitos T auxiliares. 
HMB-45 e S-100 (opções D e E) são marcadores de melanoma 
maligno, dentre outros tumores. A calcitonina (opção A) é um 
hormônio peptídico. A desmina (opção C) é uma proteína fi la-
mentosa intermediária encontrada em células de origem mesen-
quimatosa.
Diagnóstico: Micose fungóide
28. A resposta é E-semeadura da cavidade corporal. Os tumores malignos 
que se originam em órgãos adjacentes a cavidades corporais (p.ex., 
ovários, trato gastrointestinal ou pulmão) podem descamar células 
malignas nesses espaços. Essas cavidades corporais incluem prin-
cipalmente as cavidades peritoneal e pleural, embora a semeadura 
ocasional da cavidade pericárdica, do espaço articular e do espa-
ço subaracnóide seja observada. As células tumorais nessas áreas 
crescem em massas e freqüentemente produzem líquido (p.ex., as-
cite ou líquido pleural), algumas vezes em quantidades maciças.
Diagnóstico: Câncer de ovário, carcinomatose
29. A resposta é D-perda da heterozigosidade. Os retinoblastomas são 
tumores oculares malignos de crianças pequenas. Em casos de 
retinoblastoma hereditário, uma criança afetada herda um alelo 
Rb anômalo junto a um gene normal. Esse estado de heterozigose 
não está associado a alterações observáveis na retina porque 50% 
do produto do gene Rb são sufi cientes para prevenir o desenvol-
vimento de retinoblastoma. No entanto, se o alelo remanescente 
normal do Rb for inativado por mutação ou deleção, a perda da 
função supressora leva ao aparecimento de uma neoplasia. Esse 
processo genético é referido como perda de heterozigose. 
Diagnóstico: Retinoblastoma
30. A resposta é E-pâncreas. Secreções visíveis de células tumorais 
(p.ex., mucina ou líquido seroso) conferem suas característi-
cas para a classifi cação do tumor. Epitélio glandular secretor de 
mucina e adenocarcinoma secretor de mucina são esperados no 
pâncreas. Nenhum dos outros órgãos relacionados como opções 
compõe-se de células epiteliais glandulares.
Diagnóstico: Câncer de fígado metastático

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