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TRANSCRIÇÃO DE AULA – MARCADORES TUMORAIS Câncer é uma doença causada por divisão descontrolada de células anormais em uma parte do corpo. Características: Crescimento irrestrito de células. Imortalidade celular. Invasão local e metástase à distância. Tipos de câncer: Benigno: Massa de tecido bem definida. Demarcado do tecido normal. De crescimento lento. Principalmente células diferenciadas. Sem invasão. Sem metástase à distância. Maligno: Crescimento de tecido mal definido. Sem demarcação de tecido normal. Pode estar crescendo rapidamente. Células mal diferenciadas. Invasão local. Metástases à distância são comuns. Tipos de espalhamento: Invasão local: Estágio inicial da doença. Propagação local de uma neoplasia maligna por infiltração ou destruição de tecido adjacente. Ocorre através da infiltração ou destruição da membrana basal do epitélio. Um tipo de velocidade local, uma vez que so invade tecido próximos. Menos ameaçador. Metástase: Estágio posterior da doença. Transferência direta ou indireta de células em um tumor maligno de um órgão ou parte para outro não diretamente conectado a ele. Ocorre através do sistema circulatório ou linfático Leva a invasão de tecido em locais distintos ao tumor maligno Um evento de rico à vida *As células tumorais conseguem se ‘’mascarar’’ para que as células de defesa não a reconheça. *O melanoma é um câncer extremamente maligno, porque ele já desenvolve uma rápida metástase, e invade rapidamente os tecidos. Causas do câncer? Exatamente não se sabe! Encontra-se associada a vários fatores, tanto internos quanto externos: Fatores externos são chamados carcinogênicos: o Físico: radiações prejudiciais (UV,X e Y) o Químico: estilo de vida (álcool e cigarro), dieta (aflatoxinas-toxinas produzidas por fungos) etc o Fatores biológicos: vírus oncogênicos (Epstein barr, HPV, hepatite B, etc) Fatores internos estão associados à alterações genéticas herdadas. Marcadores Tumorais: Fatores liberados pelas células tumorais, detectados no sangue e outros fluidos corporais e potencialmente indicam a presença de tumor no corpo. Existem vários órgãos que podem ser estudados quanto à origem do tumor: fígado, vesícula, tireóide, intestino, estômago, bexiga, próstata, etc. Ex: foi detectada muita calcitonina no plasma, então pode predizer que tem algum problema na tireoide. Usos: Diagnostico: a mera presença pode ser um sinal de tumor, mas cauteloso quanto a condição não malignas. Localização: certos marcadores tumorais são sugestivos de tumores em certos órgãos específicos ou parte deles. Terapêutico: uma vez iniciado o tratamento, a determinação progressiva dos níveis séricos pode refletir a remissão do tumor. Prognostico: os níveis séricos podem indicar aproximadamente a carga do tumor, que pode predizer o efeito do tratamento. Rotina para identificação de marcadores tumorais: Proteomica do tecido e correlação com morfologia para capturar a origem celular das proteínas de interesse (marcadores tumorais): Imunohistoquimica (IHC) Citometria de fluxo Dessorção/ionização a laser assistida por matriz (MALDI) Microarranjo de proteínas Western blot Espectrometria de massa PAGE 2D Análise dos marcadores tumorais correlacionada aos estudos IHC para capturar a origem exata das proteínas das células de interesse: PRODUTOS ONCOFETAIS: Alfa-fetoproteína (AFP): Importante glicoproteína do plasma fetal encontrada na região alfa-1 na eletroforese. Aumentado: carcinoma hepatocelular, carcinoma embrionário, teratocarcinoma, coriocarcinoma e monitora a terapia antineoplástica, casos não malignos (gravidez,aborto e cirrose). Importância clinica: Auxilia no diagnostico do câncer de fígado Estadiamento e prognostico (resposta ao tratamento) Resposta ao tratamento de tumores de células germinativas Concentração séria propicia estimativa de tempo de crescimento tumoral Quando elevada no soro materno (16 e 18 semanas) detectam defeitos do tubo neural (ex:espinha bífida) – acompanhar a idade gestacional. Antígeno carcinoembrionário (CEA): Glicoproteína não órgão especifica produzida pelo feto (2 a 6 meses) e secretada pelas células do epitélio do tubo digestivo durante a vida fetal. Aumentado: principalmente no câncer colorretal associados ou não à metástases ósseas e hepáticas. Outras neoplasias como câncer de mama, pulmão, ovário, estômago, pâncreas, útero, tireoide e tumores de cabeça e pescoço. Fumantes, infecções, ulceras pépticas, pancreatite, doença inflamatória intestinal, cirrose hepática, enfisema pulmonar, pólipos retais e doença mamaria benigna. Importância clinica: Auxilia no estadiamento e prognostico, sendo o melhor marcador da resposta ao tratamento de adenocarcinomas gastrointestinais 65% dos paicientes com carcinoma colorretal Aumento pode preceder evidencias de metástases em exames de imagem CEA positivo 6 semanas pos-quimioterapia – recorrência local ou metástase Não diagnostico – pode ser encontrado em pacientes saudáveis. Carboidrato Antigênico (CA): Glicoproteína produzida, normalmente, pelo epitélio das serosas, trompas de falópio, endométrio e endocérvix, sendo utilizada para avaliação do câncer de ovários. Aumentado: principalmente no câncer de ovário, mas também em outras situações clinicas (endometriose, câncer de endométrio, câncer de mama, linfoma não-hodgkin, neoplasias de fígado, pâncreas, colon, pulmão, uroepiteliais, endocérvix, próstata, rabdomiossarcoma de útero, mesotelioma, carcinoma peritoneal primário, doenças hepáticas e do trato gastrintestinal, tumores benignos de útero, cistos ovarianos, síndrome de meigs, doença inflamatória pélvica, abcesso tubo-ovariano, peritonite, teratomas e gestantes normais.) Importância clinica: Auxilia no diagnostico, estadiamento e prognostico como melhor marcador tumoral disponível para avaliação do câncer de ovário. Sensibilidade de 80%-85% que aumenta com o estádio I 50%, II 90%, III 92%, IV94% 75% dos canceres ovarianos. CA15-3/CA27.29: Glicoproteínas sintetizadas pelo epitélio glandular, sendo utilizadas para o acompanhamento de pacientes com câncer de mama. O tecido mamário tem esses carboidratos antigênicos na superfície, quando tem o crescimento descontrolado, o tecido expressa muito esses antigênicos. Aumentados: principalmente câncer de mama, podendo ser encontradas também na maioria das células epiteliais glandulares e no soro, estando elevadas também em muitas neoplasias, incluindo adenocarcinomas e carcinomas escamosos. Importância clinica: Auxiliam no estadiamento e prognostico como melhores marcadores tumorais disponíveis para a avaliação do câncer de mama. Uso limitado pela sua baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença (15% a 35%) e falta de especificidade: 30% das hepatopatias benignas, 63% dos pacientes com câncer de pulmão e 80% dos casos de câncer de ovário, podem apresentar níveis elevados. CA19.9: Glicoproteína sintetizada pelas células epiteliais, marcador tumoral utilizado principalmente para avaliação do câncer de pâncreas e menos frequentemente no câncer de intestino grosso e hepático. Aumentado: principalmente no câncer de pâncreas, podendo ser encontradas também na insuficiência hepática, endometriose, síndrome de sjogren, fibrose pulmonar, cistos esplênico, cistadenoma de ducto hepático, pancreatite crônica, hepatite auto-imune e na colecistite xantogranulomatosa. Importância clinica: Auxiliam no estadiamento e prognostico como melhor marcador tumoral disponível para avaliação do câncer de pâncreas. Deve ser realizado em um mesmo laboratório com outros marcadores para fins de seguimentoe comparação. ANTIGENOS TECIDUAIS Antígeno Tissular Polipeptídico (TPA): Conjunto polipeptídico heterogêneo que não contém carboidratos nem lipídeos ou grupos prostéticos, que represente o reflexo da atividade proliferativa de uma colônia celular. Aumentado: Proliferações malignas de origem epitelial (principalmente no câncer de bexiga) mas sua taxa também se eleva nos tecidos em divisão ativa como o de células trofoblásticas e células hematopoiéticas, bem como outras condições benignas como hepatites, cirrose, infecções das vias biliares, diabetes, infecções das vias respiratórias (bronquite crônica, pneumonia, pleurisia), afecções benignas da bexiga, doença de crohn e insuficiência renal. Importância clinica: Marcador de crescimento tumoral (taxa proliferativa). Útil na avaliação de neoplasias da bexiga, do mesotelioma, na asbestose e do carcinoma pulmonar de não-pequenas células. Cyfra-21.1 – Fragmento de citoqueratina 19: Proteína encontrada no citoplasma de células epiteliais tumorais e liberada no soro sob a forma de fragmentos solúveis antigênicos. Aumentado: Carcinomas de células epiteliais, dentre eles o carcinoma pulmonar não-pequenas células (NSCLC-atinge brônquios e bronquiolos), principalmente com histologia de carcinoma de células escamosas. Também pode estar elevado em carcinoma pulmonar de pequenas células (SCLC-alveolos), câncer de bexiga, de cérvice e de cabeça e pescoço. Aumenta inespecificamente em algumas patologias benignas pulmonares, gastrintestinais, ginecológicas, urológicas e de mama. Importância clinica: A sensibilidade deste marcador para NSCLC varia de 23 a 70%. Relacionado à resposta terapêutica e ao prognostico dos pacientes como também é bastante útil na detecção de recidiva da doença. Antígeno de células escamosas (SCC): Proteína estrutural citoplasmática cuja concentração circulante pode estar elevada em carcinomas de células escamosas. Aumentado: Carcinomas de células escamosas (cérvice, câncer de pele-células escamosas da pele, uterinos), NSCLCS, principalmente com histologia de carcinoma de células escamosas. Níveis elevados também são encontrados em doenças dermatológicas, doenças pulmonares inflamatórias, doenças renais e hepáticas. Importância clinica: 70% dos pacientes com câncer cervical uterino avançado possuem SCC elevado. Útil no acompanhamento das pacientes com câncer cervical, durante a terapia, pois tem uma sensibilidade de 83% e uma especificidade de 95%. Útil no monitoramento de carcinomas de células escamosas de cabeça, pescoço, pulmão, boca, mandíbula, rosto, esôfago e canal anal. As concentrações séricas de SCC são mais elevadas em pacientes com metástases. Proteína do epidídimo humano 4 (HEA4): Glicoproteína expressa em tumores ovarianos de linhagem epitelial, exceto mucinoso. Aumentado: câncer de ovário. OBS: combinação do teste com a dosagem de CA-125, resulta em maior acurácia no diagnostico, sendo possível a determinação de massa pélvica benigna ou maligna em mulheres pré e pós-menopausa com sensibilidade de 78,6% e 95% de especificidade no carcinoma ovariano vs.cistos endometriais. Importância clinica: Útil no planejamento do tratamento do câncer, avaliação da progressão da doença e monitoramento da recorrência. Eleva-se em 80% dos casos de câncer de ovário, mais sensível que o CA 125 nos estágios iniciais da doença. OVA1 (Assinatura de 5 proteinas): Teste sérico qualitativo que combina os resultados de cinco imunoensaios em um único resultado numérico (índice de malignidade). Indicado para mulheres que atendem aos seguintes critérios: acima de 18 anos, massa anexial ovariana presente para qual a cirurgia está planejada e ainda não encaminhada a um oncologista. Aumentado: câncer de ovário. Importância clinica: Útil para avaliar ainda mais a probabilidade de malignidade estar presente quando a avaliação clinica e radiológica independente do medico não indica malignidade. ENZIMAS Antígeno prostático específico (PSA): Glicoproteína/proteases produzida exclusivamente pelas células epiteliais e ductos da glândula prostática, presente em altas concentrações no liquido seminal. A maioria do PSA é ligada a um inibidor de protease e o PSA livre aumenta na hiperplasia prostática benigna. Aumentado: câncer de próstata, na hiperplasia prostática benigna e na prostatite. Elevações podem também ser encontradas após o exame retal digital, massagem prostática, instrumentação uretral, ultra-som transretal, biopsia prostática por agulha, retenção urinaria, infarto ou isquemia prostáticas e relaçao sexual. Importância clinica: Útil na detecção de tumor prostático e no seguimento do seu tratamento. 25% a 46% dos homens com hiperplasia prostática benigna tem concentração elevada de PSA. Identificação, diferenciação, classificação, estadiamento e localização dos tumores. Valores variam de acordo com a idade. Lactato desidrogenase (LDH): Enzima que catalisa a conversão de lactato a piruvato, sendo liberada na ocorrência de dano celular. Aumentado: leuceminas, linfomas não-Hodgkin e outras neoplasias (fígado, testículo, mama, esôfago, estomago, colon, pulmão e neuroblastoma)> outra condições como hipoxia, cardiopatias, anemia hemolítica, anemia megaloblástica, mononucleose, inflamações, hipotireoidismo, pneumopatias, hepatites, etilismo, pancreatite, colagenoses, trauma e obstrução intestinal também elevam os níveis de LDH. Importância clinica: O nível sérico da enzima se correlaciona com a massa tumoral e é útil como indicador prognostico para progressão da doença. Útil para avaliar estagio, prognostico e resposta ao tratamento de tumores. Níveis séricos da isoenzima LDH-5 está associada com metástases hepáticas, a sua elevação no liquor pode ser uma indicação precose de metástases no SNC. Enolase neuronal específica (NSE): Isoenzima glicolítica neuroespecifica da enolase, produzida no sistema nervoso central e periférico e em tumores malignos de origem neuroectodermica. Aumentado: Câncer pulmonar de pequenas células (SCLC) e também em NSCLC. NSE também e encontrada em uma variedade de células circulantes, como eritrócitos e plaquetas, e pode estar aumentada em caso de hemólise, doenças inflamatórias e desordens neuroendócrinas. Importância clinica: Instrumento valioso para o diagnostico (74%) de SCLC. Aceitável sensibilidade e alto grau de especificidade. Presença consistentemente mais elevada na doença extensa do que na localizada. Sensibilidade fortemente correlacionada com o estagio da doença. A queda dos valores após tratamento primário é indicativo de resposta terapêutica e melhor prognostico. A NSE não é suficientemente sensível e especifica patra diferenciar SCLC de NSCLC e não substitui a avaliação histológica. HORMÔNIOS E SEUS METABÓLITOS B-HCG: Hormonio secretado pelo trofoblasto (que irá formar a placenta). Aumentado: coriocarcinoma e neoplasias de células germinativas dos ovários e testículos, como também em doenças trofoblasticas (mola hidatiforme). Tem que casar com exame de imagem. Importância clinica: Para avaliar estagio, prognostico e resposta ao tratamento. Calcitonina: Hormônio produzido pelas células C parafoliculares da tireoide. Sua secreção é estimulada pelo cálcio e pela pentagastrina. A calcitonina diminui a reabsorção óssea osteoclastica. Aumentado: carcinoma medular da tireoide, em alguns pacientes com câncer (pulmão, mama ou pâncreas), nas pancreatites, tireoidites, falência renal, síndrome de zollinger-ellison, anemia perniciosa, gestação e recém-natos. Importância clinica: Seguimento dos pacientes com carcinoma medular da tireoide: Diagnostico, resposta a tratamento e recorrência da doença. Tireoglobulina: Glicoproteína produzida pelas células tioidianas, sendo o maior componentedo coloide infrafolicular da glândula tireoide. Aumentados: carcinomas da tireoide (papilífero, folicular e misto) mas também em processos ainflamatorios tireoidianos (tireoidites), hipertireoidismo ou após palpação vigorosa da glândula. Importância clinica: Útil após cirurgia de câncer da tireoide, como marcador da recorrência ou persistência do mesmo após a tireoidectomia total. Resposta a tratamento e recorrência. Cromogranina A: Proteína secretora do hormônio I. está localizada em vesículas secretoras de neurônios e células endócrinas, como grânulos secretores de células beta das ilhotas no pâncreas. Aumentado: tumores neuroendócrinas, tumores carcinoides, tumores de ilhotas, carcinoma medular da tireoide, feocromocitomas, carcinoma neuroendócrino de pele (câncer de células de merkel) SCLG, carcinoma neuroendócrino de células grandes. Importância clinica: Está elevada nos feocromocitomas, câncer de pâncreas e próstata, e síndrome carcinoide: Útil no diagnostico, resposta a terapia e recorrência. B2-Microglobulina: Proteína de baixo peso molecular presente na superfície de todas células nucleadas. É o componente de cadeia leve do complexo MHC classe I (HLA). Aumentados: mieloma múltiplo, leucemia linfocitica crônica e alguns linfomas. Esá elevada também em um grande numero de doenças, incluindo insuficiência renal (de qualquer etiologia), inflamação crônica, amiloidose e imunodeficiências com complicações granulomatosas. Importância clinica: Útil para determinar o prognostico e seguimento da resposta ao tratamento. IMUNO-HISTOQUIMICA GERAL: Imuno-histoquimica (IHQ): Nessa técnica, tem o anticorpo primário que vai identificar o antígeno com um marcador tumoral no tecido, ai quando expresso em grande quantidade, ai esse antígeno primário vai se ligar ao antígeno no tecido, depois vem o antígeno que secundário que vai servir como um anticorpo para o antígeno primário, so que o anticorpo secundário vem ligado a uma molécula repórter (enzima, etc) que vai reagir e forma um precipitado(marrom) com o anticorpo. Método de localização de antígenos em tecidos, explorando o principio da ligação especifica de anticorpos a antígenos no tecido biológico. As reações imuno-histoquimicas podem ser utilizadas nas mais diferentes situações dentro de um laboratório de patologia cirúrgica, como: o Elucidação do tecido de origem de uma neoplasia morfologicamente indiferenciada. o Determinação do órgão de origem de uma neoplasia diferenciada. o Subtipagem de neoplasias (linfomas) o Pesquisa de fatores prognósticos, terapêuticos e índices proliferativos de algumas neoplasia (por exemplo, hormônios) o Identificação de estruturas, organismos e materiais secretados pelas células. o Detecção de células neoplásicas metastasicas. o Diferenciação entre uma proliferação celular maligna e benigna. PD-L1 (ligante de morte celular programada): As células tumorais expressam esse marcador, ele é um receptor para a molécula de morte celular programada. As células T possuem um receptor de morte celular programada que é o PD1, e ele reconhece esse PD-L1 na superfície da célula tumoral, mas quando ocorre o reconhecimento pelo complexo e a célula T reconhece a célula tumoral, ela também reconhece o marcador de morte celular programada, ocorre uma ligação, isso acaba impedindo que a célula T mate a célula tumoral. Expresso em células normais liga-se a proteína de morte programada 1 (PD-1) presente em células T e causam inibição da resposta imune (citotóxica à célula tumoral) o bloqueio da via PD-L1/PD-1 pode reestabelecer a ação de células T, possibilitando ao organismo estabelecer uma resposta antitumoral. Aumentado: NSCLC Importância clinica: A expressão de PD-L1 por imuno-histoquimica em amostrar tumoral tem sido o principal fator a ser associado com resposta positiva a terapia com inibidores de PD-L1/PD-1. A expressão de PD-L1 vem sendo utilizado para determinar elegibilidade de um paciente para imunoterapia logo ao diagnostico ou em estágios posteriores de progressão da doença. Atualmente, existem apenas 5 anticorpos (clones) aprovados para testar expressão de PD-L1 para seleção de pacientes para imunoterapia. A escolha do clone mais adequado depende da localização do câncer e da droga que se pretende utilizar para tratar aquele câncer. *Células normais não expressam PDL-1. *Usa-se uma droga para impedir a ligação. Receptor de estrogênio (RE): Principal regulador das funções celulares, incluindo crescimento e proliferação celular, e pode servir como meio de diferenciação intracelular. Desempenha um papel essencial no desenvolvimento e função normal da mama, bem como em situações cancerosas. A crescente exposição do epitélio mamário ao estogenio esta relacionada ao risco de câncer de mama, pois a ligação do estrogênio ao HERH2 nas células mamarias causa um aumento na divisão e síntese celular. Aumentado: câncer de mama. Importância clinica: Monitoramento da progressão de canceres de mama. 70% dos casos diagnosticados de câncer de mama, a atividade do RE é elevada. Preditor para as respostas clinicas de um paciente aos tratamentos. RE-positivo tem maior probabilidade de responder aos tratamentos de câncer por meio de terapia endócrina. Receptor de androgênio (RA): Receptor nuclear que funciona como um fator de transcrição de ligação ao DNA após a ligação de testosterona e diidroxitestosterona. Importante no desenvolvimento urogenital masculino e está fortemente expresso na maioria dos adenocarcinomas prostáticos. Aumentado: adenocarcinoma prostático, carcinoma urogenital da bexiga e carcinoma do trato urinário superior. Importância clinica: Monitoramento da progressão de canceres de próstata. 95% dos casos diagnosticados de câncer de próstata, a atividade do RA é elevada. Determinar se o tratamento com terapia hormonal e algumas terapias diferenciadas é apropriada. CD20: Encontrado nos linfócitos B servindo como um marcador de diferenciação e atividade para este tipo celular. Sua presença aumenta conforme a célula se diferencia, sendo portanto observado desde os linfócitos B imaturos até as maduras, exceto no plasmócitos. Aumentado: leucemias e linfomas de linfócitos B (não-Hodgkin) Importância clinica: Aplicável no diagnostico por imunofenotipagem de leucemias e linfomas. Útil na monitorização de tratamento anti-CD20. C-KIT/CD117: Glicoproteína transmembrana que faz parte do receptor celular KIT. Encontrado em condições normais em muitos tipos de células do corpo, incluindo células-tronco da medula óssea, melanócitos na pele e células no epitélio mamário. O CD117 é superexpresso em certos tipos de câncer, particularmente no tumor do estroma gastrointestinal. Anticorpos anti-CD117 são usados em imuno-histoquimica para distinguir certos tipos de tumores malignos de outras variedades de câncer que tem uma aparência muito semelhante quando vistos sob o microscópio. Aumentado: tumor do estroma gastrointestinal, alguns carcinomas e leucemias. Importância clinica: Anticorpos anti-CD117 distinguem certos tipos de tumores malignos de outras variedades de câncer. Tumor do estroma gastrointestinal CD117 (+) e desmina (-) leiomiossarcoma intestinal CD117 (-) e desmina (+). Utio na monitorização de tratamento anti-CD117 (imatinibeque) ESTUDOS CITOGENÉTICOS: BRCA1 E BRCA2: Genes humanos pertencentes a classe dos genes supressores de tumor bem conservado nos mamíferos e responsáveis pela síntese das proteínas de mesmo nome BCRA1 e BCRA2. Mutações nos genes BCRA1 e BCRA2 em células germinativas tem sido associadas a um aumento significativo da predisposição ao câncer de mama e de ovário. Participam em processos de reparo de DNA, controle do ciclo celular, remodelamento de cromatina, ubiquitinização, etc. Mutações: câncer de mama e ovário, e risco aumentado de desenvolvercâncer de pâncreas, câncer de próstata, câncer das tubas uterinas, câncer pancreático, câncer colorretal, câncer endometrial e melanoma. Importância clinica: 30-40% dos canceres esporádicos estão associados a perda de expressão do gene BCRA1. Risco aumentado 10-15% de desenvolver câncer de mama e ovário a partir de 40 anos. Portadores de mutações em BCRA1 apresentam maior risco de desenvolver câncer de ovários que BCRA2. BRAF V600E: Oncogene que codifica uma proteína da família Raf com atividade de serina/treonina quinase que regula funções de proliferação, sobrevivência e metabolismo celular. Mutações: 50% dos melanomas cutâneos e 3-5% de NSCLC> câncer colorretal. Importância clinica: 75-80% do paciente com mutação em BRAF apresentam a mutação no códon V600E. Mutações no códon V600 do gene BRAF aumentam a sensibilidade aos inibidores de BRAF em pacientes portadores de melanoma. Receptor de crescimento epidérmico (EGFR): Gene que codifica uma proteína transmembrana com atividade quinase citoplasmática que exerce transdução de sinalização do fator de crescimento (EGF) do meio extracelular para a célula, uma via associada com crescimento e sobrevida celular. Mutações: 60% dos casos de NSCLC. Importância clinica: Útil na escolha do tratamento e prognostico da doença. Alvo terapêutico para inibidores da tiroquinase do receptor (TKI) a exemplo do gefitinibe. KRAS: Gene que codifica a proteína K-Ras, que faz parte da via de sinalização RAS/MAPK que instruem a célula a crescer e se dividir ou a amadurecer e assumir funções especializadas. Mutações: 45% dos tumores colorretais, 20% dos adenocarcinomas de pulmão e 85% dos carcinomas pancreáticos. Importância clinica: Mutação em KRAS é indicativa de resistência a terapias anti-EGFR especialmente em adenocarcinoma colorretal. Mutações nos códons 12,13,61, 117 e 146 nos principais genes da família de oncogenes RAS resultam na elevação dos níveis da proteína ativada RAS-GTP sendo considerada como biomarcador preditivo de resposta negativa a terapia com anticorpos anti-EGFR. Urovysion para câncer de bexiga (FISH): Kit para diagnostico do câncer de bexiga projetado para detectar aneuploidia nos cromossomos 3,7,17 e perda do locus 9p21 por meio da hibridização in situ fluorescente (FISH) em amostras de urina de pessoas com hematúria e suspeita do câncer. Mutações: câncer de bexiga. Linfoma anaplasico quinase (ALK): Gene que codifica a proteína ALK, um receptor que desempenha um papel central na comunicação celular no desenvolvimento e funcionamento normais do sistema nervoso. Mutações: ALCL e linfoma não-Hodgkin de células T. Ensaios de hibridização in situ por fluorescência (FISH) são realizados em cortes histológicos utilizando dupla coloração para o gene ALK e o gene EML4. Positivo: >15% das células analisadas apresentam sepração do sinal verde e vermelho maior que o controle ou é observado apenas o sinal vermelho. Negativo:>15% ou menos células apresentam distancia menor que o tamanho de dois sinais. ENSAIOS CLÍNICOS/DIAGNOSTICOS TERAPEUTICA:
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