Prévia do material em texto
Mecanismo de Interação entre Duodeno, Estômago e Esofágico O duodeno é a primeira porção do intestino delgado e recebe o conteúdo gástrico ácido. Quando há úlceras duodenais, pode ocorrer uma inflamação local que afeta a motilidade intestinal, resultando em retardo no esvaziamento gástrico. Esse retardo aumenta o tempo de contato do ácido com a mucosa gástrica, elevando o risco de úlceras gástricas secundárias. Além disso, a inflamação duodenal pode alterar os sinais hormonais e enzimáticos, como a secreção de colecistoquinina, secretina e gastrina, impactando indiretamente a secreção ácida do estômago. Essas alterações podem levar a um aumento da pressão intragástrica, favorecendo o refluxo gastroesofágico, que é a regurgitação de conteúdo ácido para o esôfago. Esse refluxo pode irritar a mucosa esofágica, resultando em esofagite. 📊 Prevalência e Impacto Clínico Estudos indicam que a prevalência de úlceras gástricas em potros neonatos varia de 25% a 50%, com risco elevado de desenvolvimento de úlceras perfurantes até várias semanas de idade, devido ao desenvolvimento incompleto da mucosa gástrica e secreção contínua de ácido gástrico. Embora úlceras esofágicas sejam menos comuns, podem ocorrer secundariamente ao refluxo ácido, especialmente em casos de úlceras duodenais graves. 🐴 Considerações Clínicas É fundamental monitorar potros com úlceras duodenais para sinais de alterações gástricas e esofágicas, como cólica, diminuição do apetite, perda de peso, salivação excessiva e alterações comportamentais. O manejo adequado inclui controle da secreção ácida gástrica, otimização da motilidade gastrointestinal e suporte nutricional adequado.