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Universidade Federal Fluminense
Curso: Ciências Econômicas
Matéria: Economia do Trabalho
Professor: Eduardo
Alunos: Lucas Dantas e Roberta Fernandes
 Resenha 
 Postone, Necessidade , Tempo e Trabalho
 O texto tem por objetivo fazer uma reavaliação da análise do marxismo tradicional sobre o capitalismo e a concepção sobre o socialismo de forma crítica.
 O marxismo tradicional define o capitalismo como propriedade privada dos meios de produção e socialismo como propriedade coletiva dos meios de produção. Sendo o capitalismo dentro dessa concepção, capaz de criar uma riqueza como nunca havia se esperado, porém de forma desigual, com concentração dos meios de produção, acumulação e competição como base , isso foi capaz de gerar um grande desenvolvimento industrial.
 Verifica-se que o processo de desenvolvimento industrial é independente do capitalismo, e o socialismo dentro do marxismo tradicional seria uma continuação do capitalismo , mantendo o mesmo modo industrial de organização da produção, mas com uma nova política de distribuição, ou seja, de acordo com o marxismo tradicional o socialismo tem por objetivo um novo modo de distribuição na sociedade mais igualitário, sem a disparidade de classes sociais presentes no capitalismo.
 O marxismo tradicional inviabiliza uma série de análises, já que o modo de produção é o ponto chave da investigação , pois a partir dele pode-se ter uma análise crítica das relações que as pessoas têm com o trabalho, assim identificando e analisando aspectos culturais, movimentos sociais, entre outros.
 A Noção de Socialismo em Marx e a Crítica da Produção
 Na obra de Grundrisse, Marx diz que a apropriação do excedente de trabalho é um aspecto da forma de distribuição. Marx critica o capitalismo não somente pela propriedade e formas de distribuição, mas indica uma análise a uma nova forma de produção.
 A relação valor e troca já explícita que Marx não apenas analisa o modo de distribuição ,mas o modo de produção. O valor é dado pela quantidade de trabalho utilizada na produção de um bem, para Marx é a partir do trabalho que se constrói a riqueza.
 A medida que a indústria se desenvolve, a riqueza passa a não ser somente criada pelo tempo de trabalho e quantidade, mas pelo avanço tecnológico e da ciência. Com o passar do tempo o valor dito por Marx perde o sentido como riqueza.
 A partir daí o trabalho não se inclui no processo de produção e o ser humano passa a não ser mais o principal elemento produtivo, e passa a observar e regular o processo de produção , utilizando sua capacidade de pensar, observar e seu domínio.
 Os fatores de produção são propriedade do capitalista e por isso o proletariado se torna alienado, sendo ele o principal criador do capital, nesta análise Postone observa que o ser humano trabalha no sistema capitalista com um único objetivo, o de receber seu salário a fim de trocá-lo por mercadorias.
 Marx diz que o trabalhador deve apropriar-se do eu excedente, isso quer dizer que ele deve trabalhar de forma racional, humana e eficiente, não é apenas o fato de desapropriar o capital. Na análise de Postone, o trabalho proletariado é alienante e ele deveria não existir , pois o modo de produção capitalista fez com que as pessoas trabalhassem apenas para consumir e isso deve ser superado. A criação de riqueza da sociedade se dá pelo indivíduo empregar seu tempo em trabalho, porém isso leva a sua própria degradação como ser social.
 Logo, superar o capitalismo não é apenas continuar seu modo de produção e mudar o de distribuição, porque neste modo de produção o indivíduo apenas serve para criar riqueza, na verdade ele precisa se tornar um ser social desenvolvido em que o trabalho constitua a si próprio que agregue a sociedade em geral, com um pensamento mais social e menos individualista. A sociedade dividida em classes somente será superada a partir do momento em que o modo de produção seja superado. A base marxista tradicional deixa a desejar , em relação a analisar as sociedades capitalistas atuais, e superar seus problemas gerados pelo modo de produção do sistema.
 Fundamentos Categóricos da Crítica ao Marxismo Tradicional
 A concepção de valor e mais valia em Marx , não se refere apenas ao modo de distribuição e sim o modo de produção. Postone identifica que a mais valia é produzida de forma particular por trabalho social, as pessoas realizam um tipo de trabalho concreto dentro do capitalismo porém esse trabalho poderia ser utilizado de forma diferente, para libertar de uma “prisão” de seu próprio trabalho.
A mudanças no capitalismo devem partir não na distribuição, mas mudanças qualitativas no modo de produção, substituir o mercado pelo Estado não resolve o problema.
 O Problema do Não Idêntico no Capitalismo
 Marx consegue observar que existe uma forma de reorganização do trabalho , porém isso seria impossível no capitalismo. O socialismo precisa ter como objetivo uma forma de superar o trabalho alienado, não apenas para superar a propriedade privada , e sim levando em consideração o social.
 O objetivo é encontrar uma forma de trabalho satisfatória ao indivíduo e mais rica, havendo uma consciência de negação do capital e criando uma necessidade que traga uma realização pessoal pois o ser humano por natureza necessita se auto-realizar e se satisfazer.
 O ponto de partida no momento não idêntico será o valor de uso no processo de produção capitalista. Torna-se inviável uma busca por revolução sem que haja uma mudança estrutural no modo de produção devido as contradições internas da sociedade.
 Necessidade Histórica , Tempo e Trabalho
 Há uma diferenciação entre necessidades naturais, como produzir valor de uso, é uma necessidade da existência humana e independe do social. Na visão de Postone para superar o trabalho alienado é necessário atribuir uma forma de mediação entre o homem e a natureza para haver um equilíbrio, e não uma liberdade em relação a ela.
 O capitalismo estabelece o valor como forma social da riqueza, eu está intrínseca ao tempo de trabalho direto, ou seja, a riqueza da sociedade é constituída as custas de um indivíduo. O tempo de trabalho tem por objetivo dinheiro, mercadoria e capital. Acumular tempo de trabalho não gera uma diminuição de trabalho e sim um aumento de produtividade, porque o tempo de trabalho permanece o mesmo, um exemplo é a criação das máquinas que na verdade não vão fazer o indivíduo trabalhar menos tempo, ela eleva a produtividade aumentando a parcela apropriada pelo capitalista. Então precisa haver uma distinção entre o que é necessário para sociedade sem o capitalismo e o que é necessário para uma sociedade capitalista. Podemos distinguir o quanto o trabalhador trabalha para sua reprodução e o quanto é para apropriação do capitalista, esse tempo de trabalho excedente que é apropriado pelo capital.
 A partir daí ,nasce uma necessidade de uma nova forma de produção, uma nova definição do tempo de trabalho pela sociedade, aplicando o tempo de trabalho necessário pelo individuo de forma social. O objetivo é buscar uma nova forma de trabalho social e uma tecnologia, que possa superar a alienação e ser mediadora entre o homem e a natureza, libertando as forças produtivas dessa relação de produção que mantém o indivíduo alienado , vem existência de compulsões externas e abstratas que a forma anterior exercia sobre o trabalhador, trazendo uma harmonia entre o homem e a natureza, não seria produzir por produzir, mas para um consumo social de forma diferente do modo de produção capitalista, sem degradação da natureza, havendo uma relação consciente.
 Não necessidade Histórica e Consciência Revolucionária
 Marx pensava que uma revolução proletariada seria suficiente para transformação capitalista da sociedade, mas essa revolução teria queser contra o modo que o capitalismo desenvolveu de produção e não só seu modo de distribuição. Um pensamento revolucionário só é possível a partir do momento que se percebe a necessidade depois reconhece o que impede sua realização.
 Para acontecer um movimento ecológico é necessário levar em conta o que é necessário para sua reprodução e qual trabalho é apenas produzir por produzir, as pessoas são movidas pelo trabalho o que pode ser prejudicial ao indivíduo e a sociedade, porém as pessoas têm medo de perder seu modo de reprodução, provavelmente irão impedir qualquer tipo de ação revolucionária mantendo a destruição da natureza e sua forma alienada de produzir , sem um objetivo e auto-realização.

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