Ponte dos Remedios

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ESTUDO DE CASO 
CONJUNTO PONTE DOS REMÉDIOS – SP 
LOCALIZAÇÃO 
 
 
A área fica na Rua Major Paladino, no Jardim Humaitá à margens do rio Tietê e junto à ponte dos 
Remédios. Está localizado na Subprefeitura da Lapa, na porção Oeste da cidade de São Paulo, no 
Distrito da Vila Leopoldina. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), o terreno foi 
desapropriado para construção do Conjunto Habitacional em 2010. 
O Conjunto Ponte dos Remédios encontra-se a 1,5 km do equipamento cultural mais próximo, o 
Teatro Popular do SESI (Serviço Social da Indústria) Vila Leopoldina. A UBS (Unidade Básica de 
Saúde) encontra-se localizada a 1 km do Empreendimento ao Norte. 
A escola mais próxima é um EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) e encontra-se a 250 m 
do Conjunto. As demais escolas e creches ou se localizam a uma distância maior que 600 m ou 
estão dispostas na margem oposta do Rio Tietê. 
Como não há passarelas exclusivas para pedestres destinadas a cruzar o Rio Tietê, a única rota 
disponível é a "Ponte dos Remédios", de alto fluxo de veículos. Sendo assim, a única alternativa 
para acessar os equipamentos públicos localizados ao Norte do conjunto é através do transporte 
público ou individual. 
Em contrapartida o Projeto do Conjunto prevê um ponto de ônibus, entre o conjunto e a Marginal 
Tietê. 
A apenas 700 m encontra-se uma estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) 
denominada Estação Imperatriz Leopoldina. Além destas, também é possível acessar outras 
estações como Estação Domingos de Morais, Estação Ceasa e Estação Presidente Altino, contudo, 
estão localizadas a 1 km do Empreendimento. 
O conjunto também apresenta duas praças nas quadras localizadas ao Sul e ao Norte do 
Empreendimento. Na margem oposta do rio Tietê, a aproximadamente 900 m, encontra-se o 
Parque Vila dos Remédios, maior área verde do Entorno. 
 
 
SITUAÇÃO EDIFÍCIOS EXISTENTES 
A área já foi utilizada pelo Lanifício Lapa, de 1945 a 1964, depois Cotonifício Nossa Senhora dos 
Remédios, uma fábrica de Lonas para o Exército, 1964, e por último pela Siderúrgica Barra Mansa, 
que fabricava cabo de aço, desativada em 1990. Na área havia entulhos que eram acumulados, 
que totalizavam mais de 30 mil metros cúbicos, mas que já foram removidos. 
 
 
 
SITUAÇÃO EDIFÍCIOS MANTIDOS 
 
Entre os edifícios que foram mantidos optou-se pela preservação do antigo portal de entrada da 
siderúrgica. Essa opção permitiu criar um pórtico de entrada claro e distinto do Conjunto 
Habitacional Ponte dos Remédios, que celebra e valoriza a identidade do bairro. 
 
 
 
O PROJETO 
 
 
O projeto foi incentivada pela Prefeitura de São Paulo (Fernado Haddad, PT) e tem o objetivo de 
atender famílias que moram em áreas de risco ao redor da Vila Leopoldina e do Distrito Jaguaré 
além de dar moradia a parte das famílias desocupadas da favela do Moinho (na região central, 
afetada por um incêndio). O projeto foi feito entre a parceria de Marcos Acayaba e Eduardo 
Ferroni da H+F Arquitetos. 
Serão construídos 1.300 unidades habitacionais em 10 edifícios ao todo, sendo 350 unidades 
construídos primeiramente e depois serão construídos mais 950 apartamentos em quatro prédios. 
Será um investimento de R$ 220 milhões na área. 
As obras começaram em 2012. 
O terreno já era propriedade da prefeitura, uma vez que essa o adquiriu da Rossi. O projeto está 
sendo executado pela Schahin Engenharia, além do projeto de suprimentos e planejamento 
executará também obras de infraestrutura, como implantação de redes elétricas, de distribuição 
de água e coletora de esgoto, drenagem e pavimentação. O projeto arquitetônico segue o padrão 
definido pela Sehab: fachadas com massa e pintura, caixilhos de alumínio, piso cerâmico na área 
de serviço, cozinha, banheiro, pia de inox e caixilhos de alumínio. Na área comum, quadra, 
playground, entre outros espaços para lazer. 
Uma das características do projeto será a construção de prédios mais altos em conjunto com 
edifícios de meia altura, não havendo risco nenhum em fazer o projeto baseado em uma 
verticalização do local, pois no seu entorno já possui diversas torres construídas. O plano de 
construção também conta com vias que são integradas com o sistema viário local, onde os ônibus 
passarão dentro da área a ser construída, fazendo com que as ruas fossem todas públicas, não se 
transformando em mais um condomínio fechado ou um bolsão residencial. Esse novo sistema 
viário também conta com 300 vagas. Por ser um local que possui o entorno isolado (não tem 
comércio, padaria, entre outros estabelecimentos), eles tiveram que buscar incorporar ao projeto 
o máximo de instalações urbanas que fosse possível, para evitar que o local virasse um bolsão 
residencial. Então além das moradias, o projeto prevê a construção de duas creches, uma unidade 
básica de saúde, padaria, escola, centro de reciclagem, vila para idosos, um lugar que poderá ser 
uma lanchonete um bar e um clube-escola. Terá esquinas, com farmácia e padaria. Será um 
ponto de encontro tipicamente urbano, para que o conjunto habitacional esteja bem integrado 
com a cidade. 
 
 
Os espaços dispostos no térreo dos edifícios habitacionais são de uso coletivo, mas exclusivo dos 
moradores do conjunto habitacional e são equipados com espaços multifuncionais de uso 
condominial. Além disso, os condomínios F e D possuem grandes embasamentos que abrigam 
usos institucionais de uso dos moradores do conjunto e do bairro. 
Previu-se também, no programa do Conjunto Ponte dos Remédios, creches, equipamentos sociais, 
postos de saúde, padaria/escola, vila para idosos, gibiteca / lan-house, áreas comerciais, de lazer 
e recreação no térreo do conjunto. 
ESTUDO DA ÁREA 
 
 
Observando a implantação do conjunto, podemos analisar a forma como os prédios residenciais 
estão dispersos no terreno, com o intuito de integrar o conjunto com a urbanização do entorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como pode se analisar, os prédios possuem tipologias deferentes, tem prédios mais altos em 
conjunto com edifícios de meia altura, o que contribui para dar um caráter bem mais urbano ao 
conjunto, o integrando com o entorno. Sem consulta prévia aos órgãos ambientais do município e 
do Estado, a Prefeitura de São Paulo constrói um conjunto habitacional em uma área da zona 
oeste sob suspeita de contaminação. O terreno já foi ocupado pela antiga Usina Barra Mansa, 
recebeu atividades industriais durante mais de cinco décadas e está sob ‘’investigação’’, segundo a 
Cetesb, a agência ambiental paulista. 
A usina fabricava cabos, arames e cordoalhas de aço. A suspeita se deve aos resíduos industriais. 
A área recebeu ainda uma central de processamento de entulho antes de ser desapropriada. 
Estudos preliminares indicam contaminação, mas, enquanto a análise não é concluída e os 
resíduos não são revelados, não é possível saber eventuais riscos aos operários ou futuros 
moradores. A Secretaria Municipal de Habitação afirma que um estudo encaminhado à Cetesb no 
mês passado indicou que não haveria problemas em uma quadra do terreno por onde a 
construção começou. Ela admite, porém, haver impeditivos em outro pedaço que precisará 
aguardar ‘’ um sistema de remediação’’.