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2019_2_CIL_AU_MONOGRAFIA_LOUREIRO_FLAVIO

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO 
CAMPO LIMPO 
 
 
 
FLAVIO HENRIQUE LOUREIRO 
 
 
 
 
 
 
EDIFÍCIO MISTO DE INTERESSE SOCIAL 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
 
 
FLAVIO HENRIQUE LOUREIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDIFÍCIO MISTO DE INTERESSE SOCIAL 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado 
ao curso de Graduação em arquitetura e 
Urbanismo do Centro Universitário 
Anhanguera de São paulo – Campo 
Limpo, com requisito parcial à obtenção 
do título de Bacharel em Arquitetura e 
Urbanismo. 
 
 
Orientador: Prof. Arqui.: Hamilton Carraro 
Junior 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
 
 
FLAVIO HENRIQUE LOUREIRO 
 
 
EDIFÍCIO MISTO DE INTERESSE SOCIAL 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado ao 
curso de Graduação em arquitetura e 
Urbanismo do Centro Universitário 
Anhanguera de São paulo – Campo Limpo, 
com requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. 
 
 
 
 
Aprovado em: / / 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Profº Hamilton Carraro Junior 
Centro Universitário Anhanguera de São Paulo – Campo Limpo 
 
 
 
 
 
Professor interno convidado 1 
Centro Universitário Anhanguera de São Paulo – Campo Limpo 
 
 
 
 
 
Professor externo convidado 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho, às pessoas cоm 
quem convivi nesses espaços ао longo 
desses anos. А experiência dе υmа 
produção compartilhada nа comunhão 
cоm amigos nesses espaços foram а 
melhor experiência dа minha formação 
acadêmica. 
. 
 
AGRADECIMENTOS 
A todos que de uma maneira ou outra me auxiliaram com incentivo e 
motivação, sem os quais jamais conseguiria superar inúmeras barreiras, sendo 
talvez a pior delas a falta de tempo, por ter que dividi-lo entre trabalho, atividades do 
cotidiano familiar e outras tarefas acadêmicas que se desenvolveram paralelamente 
a este trabalho. 
Ao meu orientador, Professor Hamilton, que com seu amplo conhecimento 
acerca do assunto aqui abordado me prestou grande auxílio no que se refere ao 
levantamento dos dados necessários ao bom desenvolvimento deste trabalho, além 
de ter sido muito importante em termos motivacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos 
méritos.” 
 
Albert Einstein 
https://www.pensador.com/autor/albert_einstein/
 
RESUMO 
LOUREIRO, Flavio. Habitação de uso misto: Habitação Popular, Comercial e 
Edifício Garagem. 2019. 97 folhas. Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e 
urbanismo (Monografia para Especialização em Arquitetura e Urbanismo) - Centro 
Universitário Anhanguera de São Paulo – Campo Limpo. 2019. 
O atual governo federal tem como política o incentivo de grandes investimentos 
públicos na área da construção, apoiados principalmente pelos programas "Plano 
de Aceleração do Crescimento” (PAC) e "Programa Minha Casa Minha Vida” 
(PMCMV). A construção de habitações com o objetivo de diminuir o déficit 
habitacional no país é uma das prioridades destes programas, o qual é estimado 
em 5,9 milhões de domicílios (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2012). Este trabalho 
analisa a uma área de 22.643,23 m² localizado entre a Avenida Francisco Matarazzo 
e Rua Tagipuru no bairro da Barra Funda em São Paulo, para a produção de 
Habitação de Mercado Popular (HMP), na subprefeitura da Lapa, baseado no Plano 
Diretor Estratégico (PDE), Lei 16.050/14, ZEIS 5, que determina o uso do solo de 
40% da construção deve atender famílias que ganham de 3 a 6 salários mínimos e 
outros 60% atender quem ganha até 10 salários mínimos, sendo que desses últimos 
pode-se destinar até 20% para fazer área comercial no térreo. 
O bairro da Barra funda possuem características socioculturais e econômicas, 
próprias, voltadas à produção industrial e o comércio, e o terminal rodoviário que 
veio a ser referência aos demais da cidade; o Terminal Intermodal Palmeiras-Barra 
Funda. 
O projeto, proposto Barra Parque visa a melhoria da moradia popular no bairro 
proposto assim como aproximando a população do centro onde localiza a maior 
parte da oferta de trabalho e minimizar o acumulo de veículos no centro com o 
edifício garagem junto ao centro habitacional. 
 
 
 
Palavras-chave: Habitação Popular, Barra Parque, Reabilitação Urbana, 
Sociocultural 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
LOUREIRO, Flavio. Housing for mixed use: Housing, Commercial and Building 
Garage. 2019. 97 sheets. Final Degree in Architecture and Urbanism (Monograph for 
Specialization in Architecture and Urbanism) - Centro Universitário Anhanguera de 
São Paulo - Campo Limpo. 2019. 
 
The current government has as its policy the incentive of large public investments in 
the construction sector, supported mainly by the "Growth Acceleration Plan" (PAC) 
and "Minha Casa Minha Vida" (PMCMV) programs. The construction of housing with 
the aim of reducing the housing deficit in the country is one of the priorities of these 
programs, which is estimated at 5.9 million households (JOÃO PINHEIRO 
FOUNDATION, 2012). This work examines an area of 22,643.23 m² located between 
Francisco Matarazzo Avenue and Tagipuru Street in the neighborhood of Barra 
Funda in São Paulo, for the production of Popular Market Housing (HMP), in the 
Lapa subprefeitura, based on the Master Plan Strategic Plan (PDE), Law 16,050 / 14, 
ZEIS 5, which determines the land use of 40% of the construction should meet 
families who earn from 3 to 6 minimum wages and another 60% to meet those who 
earn up to 10 minimum wages, the latter can be allocated up to 20% to make 
commercial area downstairs. 
The neighborhood of Barra Funda has its own socio-cultural and economic 
characteristics, focused on industrial production and commerce, and the bus terminal 
that came to be a reference to the rest of the city; the Palmeiras-Barra Funda 
subway. 
The Barra Parque project aims to improve the popular housing in the proposed 
neighborhood as well as approaching the population of the center where it locates 
most of the labor supply and minimize the accumulation of vehicles in the center with 
the garage building next to the housing center. 
 
 
 
 
 
Keywords: Popular Housing, Park Barrage, Urban Rehabilitation, Sociocultural 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Planta Baixa do Edifício COPAN com detalhes da divisão dos Blocos. ... 65 
Figura 2 – Brascan Century Plaza – planta da implantação do térreo ...................... 71 
Figura 4 – Localização em São Paulo da área da intervenção para o projeto Barra 
Parque – Vista aérea ................................................................................................. 77 
Figura 5 - Área da intervenção para o projeto Barra Parque – Vista aérea ............... 77 
Figura 6 – Topografia do terreno ............................................................................... 78 
Figura 7 – Topografia do terreno vista pelo sketchup ............................................... 80 
Figura 8 – Orientação solar no terreno ...................................................................... 80 
Figura 9 – Orientação solar da maquete volumétrica vista pelo sketchup ................ 81 
Figura 10 – velocidade predominante por direção .................................................... 82 
Figura 11 – direção do vento no edifício ................................................................... 83 
Figura 12 – direção do vento no edifício ................................................................... 84 
Figura 13 – Direção do vento no terreno – Vista aérea ............................................. 84 
Figura 14 - Zonas ZEPCs BIR e BIR APPa – Vista aérea ......................................... 85 
Figura 15 - Área da intervenção para o projeto Barra Parque – Vista aérea ............. 86 
Figura16 – Bairro onde se encontra a área da intervenção para o projeto Barra 
Parque – Vista aérea ................................................................................................. 87 
Figura 17 - Tecido Urbano – Vista aérea .................................................................. 88 
Figura 18 - Transporte público malha viária – Vista aéria ......................................... 89 
Figura 19 - Intensidade do tráfego as 8:00 hs – Vista aérea ..................................... 90 
Figura 20 - Intensidade do tráfego as 19:00 hs – Vista aérea ................................... 90 
Figura 21 - Tipos de vias ........................................................................................... 91 
Figura 22 – Zoneamento por perímetro de Zonas – informações obtidas no 
GeoSampa ................................................................................................................ 92 
Figura 23 – Quadra da área de intervenção .............................................................. 93 
Figura 24 – Uso predominante do solo e locais de interesse próximos .................... 94 
Figura 25 – Volumetria do bairro com destaque no terreno. ..................................... 95 
Figura 26 – Volumetria do bairro com destaque no terreno. ..................................... 95 
Figura 27 – Volumetria do bairro com destaque no terreno. ..................................... 96 
Figura 28 – Volumetria do bairro com destaque no terreno. ..................................... 96 
Figura 29 - Área de intervenção e equipamentos do entorno.................................... 97 
Figura 30 - Incremento de viagens de metrô por sub-região da RMSP, entre 2007 e 
2012 ........................................................................................................................ 111 
Figura 31 - Percentual destinado a área publica. .................................................... 115 
Figura 32 - Parametros de ocupação do uso do solo. ............................................. 116 
Figura 33 - Percentual Parcelamento do Solo. ........................................................ 117 
Figura 34 – Pontuação mínima de quota ambiental. ............................................... 118 
Figura 35 - percentuais de área construída. ............................................................ 118 
 
Figura 36 – Ligações entre o condomínio e o entorno. ........................................... 127 
Figura 37 – Setorização da implantação. ................................................................ 128 
 
Fotografia 1 - SPR/EFSJ – Estação Ferroviária Barra Funda 1946 .......................... 48 
Fotografia 2 - Memorial da América Latina .............................................................. 49 
Fotografia 3 – Mercado Mix ....................................................................................... 50 
Fotografia 4 – Teatro São Pedro ............................................................................... 51 
Fotografia 5 – Extinto Play Center ............................................................................. 52 
Fotografia 6 – Shopping West Plaza ......................................................................... 53 
Fotografia 7 – Alliz Parque ........................................................................................ 54 
Fotografia 8 – Parque da Água Branca ..................................................................... 55 
Fotografia 9 – Sesc Pompéia .................................................................................... 56 
Fotografia 10 – Terminal Rodoviário da Barra Funda ............................................... 57 
Fotografia 11 – Forum Trabalhista Rui Barbosa ........................................................ 58 
Fotografia 12 – Forum Trabalhista Rui Barbosa parte interna................................... 59 
Fotografia 13 – Sede da Federação Paulista de Futebol .......................................... 60 
Fotografia 14 – Edifício COPAN – vista Aérea. ......................................................... 64 
Fotografia 15 – Paisagismo do Bascan century Plaza – Vista Aérea ........................ 70 
Fotografia 16 – Edifício Garagem Paço Alfândega em Recife .................................. 72 
Fotografia 17 – Foto de canteiro – pouca arborização .............................................. 99 
Fotografia 18 – Foto Rua Tagipuru na frente do local do projeto – pouca arborização
 .................................................................................................................................. 99 
Fotografia 19 - Foto de rotatória – pouca arborização ............................................ 100 
Fotografia 20 – Foto da praça do terminal Barra Funda – mais arborizado 
arborização.............................................................................................................. 100 
Fotografia 21 – Foto da Rua Dep. Salvador Julianelli vista pela Rua Tagipuru – 
Problema grave de segurança na região. ............................................................... 101 
Fotografia 22 – Foto da Rua Dep. Salvador Julianelli vista pela Av. Francisco 
matarazzo – Futuro Projeto Água Branca Sub Setor H, parque linear com 30m de 
largura por 120m de comprimento com descrito abaixo. ......................................... 101 
 
 
Quadro 1 - Ficha Técnica COPAN ............................................................................ 63 
Quadro 2 – Características dos Apartamentos do COPAN ....................................... 66 
Quadro 3 – Ficha técnica Brascan Century Plaza ..................................................... 69 
Quadro 4 – Ficha Técnica Paço Alfândega em Recife .............................................. 72 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Parâmetros de Aproveitamento e Ocupação de Lotes HIS,EHIS e EHMP
 .................................................................................................................................. 37 
Tabela 2 - Parâmetros de Aproveitamento e Ocupação de Lotes HIS,EHIS e EHMP
 .................................................................................................................................. 37 
Tabela 3 - Parâmetros de aproveitamento e Ocupação em EZEIS ........................... 37 
Tabela 4 - Condições para instalação de usos não residenciais permitidos em ZEIS
 .................................................................................................................................. 38 
Tabela 5 - Percentuais de área construída para HIS, HMP e outros usos, em ZEIS 38 
Tabela 6 - Calculo de área comercial…………………………………………………..124 
Tabela 7 - Calculo de área serviço……………………………………………………...125 
Tabela 8 - Calculo de área residencial……………..…………………………………..125 
Tabela 9 - Tabela de portas e janelas Residencial……………….…………………..149 
Tabela 10 - Tabela de portas e janelas Comercial.……………….…………………..149 
Tabela 11 - Tabela de portas e janelas Serviço…..……………….…………………..150 
Tabela 12 - Calculo de Caixa D'água……………...……………….…………………..150 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS 
 
LISTA DE SIGLAS 
ONU Organizações das Nações Unidas 
HIS Habitação de Interesse Social 
BNH 
FGTS 
PAR 
PAC 
PMCMV 
PIB 
FGV 
IBGE 
SMDU 
ZEIS 
TO 
CA 
PNH 
Banco Nacional da Habitação 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
Programa de Arrendamento Residencial 
Programa de Aceleração do Crescimento 
Programa Minha Casa Minha Vida 
Produto Interno Bruto 
Faculdade Getúlio Vargas 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano 
Zona Especial de Interesse Social 
Taxa de ocupação 
Coeficiente de Aproveitamento 
Política Nacional de Habitação 
 
 
LISTA DE ACRÔNIMOS 
COHAB Companhia de Habitação 
SEHAB Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo 
CIAM 
PSH 
CONCIDADES 
POLIS 
CONDEPHAAT 
 
COPAN 
Congresso Internacionalda Arquitetura Modern 
Programa de Subsídios à Habitação de Interesse Social 
Conselho das Cidades 
Instituto de Estudos Formação e assessoria em Politicas Sociais 
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico 
 e Turístico do Estado de São Paulo 
Companhia pan-Americana de Hotéis e Turismo 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................28 
HABITAÇÃO POPULAR NA HISTÓRIA DO BRASIL ...........................................33 
________________________________________________________________ .33 
2 HABITAÇÃO POPULAR NA HISTÓRIA DO BRASIL .......................................34 
2.1 O PROGRAMA HABITACIONAL E ASPCTOS LEGAIS .................................35 
2.2 ENTENDENDO O PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO (PDE – LEI 16050/14)
 38 
Ganhos da Produção da Cidade .....................................................................39 
Mobilidade urbana ..........................................................................................40 
Transporte Público ..........................................................................................40 
Desenvolvimento Econômico ..........................................................................41 
Patrimônio e Iniciativas Culturais ....................................................................42 
Política Habitacional .......................................................................................43 
Vida Urbana ....................................................................................................44 
Dinâmica Metropolitana ..................................................................................44 
Agenda Ambiental no Desenvolvimento da Cidade ........................................45 
Participação Popular .......................................................................................46 
2.3 PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO (PDE – LEI 16050/14) ...........................47 
2.4 A HITÓRIA DO BAIRRO DA BARRA FUNDA ................................................48 
2.5 O BAIRRO ATUAL ..........................................................................................57 
3 ESTUDO DE CASOS .........................................................................................62 
3.1 COMPANHIA PAN-AMERICANA DE HOTÉIS E TURÍSMO (COPAN) ..........63 
Analise Projetual .............................................................................................64 
Analise Funcional ............................................................................................67 
Analise Urbana ...............................................................................................68 
3.2 BRASCAN CENTURY PLAZA ........................................................................69 
3.3 EDIFÍCIO GARAGEM REESTRUTURAÇÃO DO PAÇO ALFÂNDEGA EM 
RECIFE. ................................................................................................................72 
Impacto da Intervenção no Bairro ...................................................................73 
EDIFÍCIO MISTO DE INTERESSE SOCIAL ...........................................................74 
4 EDIFÍCIO MISTO DE INTERESSE SOCIAL.......................................................75 
4.1 DIAGNÓSTICO ...............................................................................................76 
Localização .....................................................................................................76 
Levantamento Planialtimétrico ........................................................................78 
Orientação Solar .............................................................................................80 
Ventos Predominantes ....................................................................................82 
Morfologia do Tecido Urbano ..........................................................................87 
Infraestrutura Viária de Transporte .................................................................88 
Zoneamento ....................................................................................................91 
 
4.1.1.1 Perímetros das zonas ...................................................................92 
4.1.1.2 Zona especial de interesse social (ZEIS 5) ..................................93 
4.1.1.3 Uso predominante do solo ............................................................93 
4.1.1.4 Volumetria do entorno ..................................................................95 
Áreas verdes ...................................................................................................98 
Aspectos legais do entorno .............................................................................101 
4.1.1.5 Resolução de tombamento ...........................................................102 
4.1.1.6 Entorno do imóvel tombado ..........................................................104 
4.1.1.7 Projeto de lei dos planos regionais estratégicos das subprefeituras 
e da disciplina do uso e ocupação do solo do município de São Paulo......104 
4.1.1.8 EMURB – Operação urbana consorciada água branca ................105 
Fachada Ativa, Fruição Pública e Cota Parte Máxima ....................................108 
Insentivo edifício garagem ..............................................................................110 
Zona Mista e Zeis ...........................................................................................112 
Legislação .......................................................................................................115 
Taxa de ocupação e coêficiente de aproveitamento .......................................118 
4.2 TABELA DE CÁLCULO DE PARAMETROS URBANÍSTICOS.......................119 
4.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO .........................................................................119 
4.4 CONCEITO .....................................................................................................122 
4.5 PROGRAMA DE NECESSIDADE ..................................................................123 
Setorização .....................................................................................................125 
4.6 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA .............................................................129 
4.7 PROJETO .......................................................................................................130 
Plantas sem escala .........................................................................................130 
Corte Bloca A Torre 1 e Escada confinada Torre 1. .......................................139 
Elevaçao Norte e Leste ...................................................................................140 
4.8 MEMORIAL DESCRITIVO ..............................................................................141 
Características da obra ...................................................................................141 
Sub solo II .......................................................................................................141 
Sub solo I ........................................................................................................142 
Térreo 142 
Paisagismo .....................................................................................................142 
1° Pavimento ..................................................................................................143 
2° Pavimento ..................................................................................................143 
Cobertura ........................................................................................................144 
Reservatório Superiores e Casa de Máquinas ...............................................144 
Estrutura .........................................................................................................144Instalações elétricas .......................................................................................145 
Instalações Hidros sanitárias ..........................................................................145 
Contra Incêndio ...............................................................................................145 
Alvenarias .......................................................................................................146 
Cobertura ........................................................................................................146 
 
Reservatório Inferior e Reservatório Superior .................................................146 
Tratamento Especiais .....................................................................................146 
Esquadrias ......................................................................................................146 
Louças ………………………………………………………………………………147 
Tampos ...........................................................................................................147 
Pisos ………………………………………………………………………………147 
Revestimentos ................................................................................................148 
Tabela de portas e janelas ..............................................................................149 
Calculo da Caixa d’agua .................................................................................150 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................152 
28 
 
1 INTRODUÇÃO 
O problema habitacional no Brasil vem se tornando uma realidade desde 
que o processo de industrialização no país criou um crescimento populacional 
desordenado nas grandes cidades, fazendo com que o acesso às moradia digna 
ficasse cada vez mais inacessível. Com o êxodo rural que ocorreu na segunda 
metade do século XX, resultaram num aumento exagerado nas periferias urbanas. 
O direito à moradia, presente no Estatuto da Cidade1 (Lei Federal nº 
10.257/01), é de extrema importância, já que influencia sob múltiplos aspectos 
(saúde física e psicológica) a qualidade de vida dos moradores. Segundo a 
Relatoria Nacional para os Direitos Humanos, a moradia adequada está 
relacionada aos seguintes itens: segurança de posse; disponibilidade de 
serviços, equipamentos públicos e infraestrutura; custo acessível, de modo a 
permitir a aquisição ou a locação do imóvel sem comprometer o orçamento 
familiar; localização adequada; habitabilidade e adequação cultural (SAULE 
JÚNIOR; CARDOSO, 2005). 
Este crescimento acelerado das cidades sem planejamento urbano, fez 
com que as classes menos favorecidas fossem desprivilegiadas não tendo acesso 
ao solo do centro urbanizado, sendo “empurrados” para periferias, morros e 
várzeas. Dando início as construções impróprias em áreas inadequadas, criando 
assentamentos insalubres e precários, as conhecidas “Favelas”, com enorme 
riscos devido à ausência de técnicas e materiais adequados para construções. 
O presente trabalho visa a construção de um centro habitacional denominado 
“Barra Parque” no centro expandido de São Paulo na região Oeste, seguindo todos 
os parâmetros do Plano Diretor de São Paulo aprovado em 2014, que é obrigatório 
para cidades com mais de 20 mil habitantes e orienta o crescimento da mesma pelos 
próximos 16 anos, além disso, a lei dá diretrizes para atualização de outras leis 
 
1 O direito à moradia foi aprovado como direito constitucional no ano 2000 pela Emenda 
Constitucional nº 26/2000, que alterou o artigo 6˚ da Constituição Federal, fazendo constar a 
moradia entre os direitos sociais. No ano seguinte, esse direito foi incorporado na Lei Federal nº 
10.257/01 (Estatuto da Cidade). 
 
29 
 
importantes, como a de Zoneamento, a de Uso e Ocupação do Solo e o Código de 
Edificações. 
O projeto visa a comunicação entre a edificação os espaços abertos e a 
cidade, e como há uma demanda relativamente grande neste segmento de habitação 
de interesse social devido ao novo plano diretor de São Paulo, destacamos a 
importância de viabilizar um projeto com qualidade estética e funcional. 
Para a realização do projeto será feita uma pesquisa diagnóstica para o 
levantamento de dados e avalição do terreno e do entorno. Essas informações 
são essenciais para a definição de quais leis regulamentam a implantação do 
projeto e qual tipo de partido arquitetônico seguir. 
A habitação, surgiu para abrigar o homem das condições climáticas e para 
sua proteção. Com o tempo passou a ser local de permanência e de descanso 
para o homem depois de sua jornada de trabalho. Vivendo um terço do seu tempo 
na habitação, o homem passa a ter a sua casa como um local onde se reflete as 
suas tradições culturais e seus hábitos, deixando de ser apenas um lugar para 
morar e se tornando também um universo simbólico. 
“Tais atuações domésticas, que costumamos dizer ligadas aos 
hábitos e práticas de uma sociedade, devem se desenvolver em 
circunstâncias ideais e a qualidade do desempenho 
evidentemente está condicionada às condições oferecidas pela 
construção...” (LEMOS, 1989: 09). 
 
A atual realidade da habitação popular brasileira não atende todas às 
funções básicas necessárias para um conforto habitacional. É fato que, hoje em 
dia a grande maioria dos moradores de favelas ou comunidades, habitam 
precariamente em barracos ou simplesmente casas auto construídas cujas 
dimensões e falta de planejamento construtivo comprometem a qualidade e 
dignidade de vida familiar. 
O trabalho escasso ou a baixa renda para sustentar a família, aliados a 
uma jornada de trabalho exaustiva, sem o conforto habitacional adequado que 
possibilite ao trabalhador descansar o corpo, também afetam a todos os usuários 
da residência, provocando atritos e discussões familiares (CORDEIRO, 2002). 
30 
 
Habitar em condições precárias implica na redução do desempenho do 
trabalhador, pois é no interior da habitação onde o homem repõe suas energias 
através do repouso, das refeições e de sua higiene pessoal (ROBALINHO, 1980). 
Grande parte dos problemas socioeconômico, esta ligada ao fato da 
habitação social não exercer seu papel fundamental que é prover as 
necessidades básicas habitacionais, problemas estes que geram o aumento da 
violência urbana, exclusão social, desgaste físico e mental do indivíduo o privando 
do acesso aos serviços de infraestrutura urbana básicos de boa qualidade que 
lhes garantam viver com o mínimo de dignidade e segurança. 
Os chamados “bolsões de pobreza”. Maricato (2000) afirma que “nossas 
cidades crescem produzindo em seu interior verdadeiras bombas sociológicas, 
depósito de multidões abandonadas, sem quaisquer direitos legais”. Nesse 
contexto, a falta de moradia constitui-se como um dos principais problemas 
urbanos enfrentados na atualidade pelas cidades brasileiras. De acordo com a 
Fundação IBGE, a população brasileira foi estimada em 208,5 milhões de habitantes 
e a estimativa mais recente da população mostra que 24% dos brasileiros vivem nas 
capitais. Menos de 1% dos municípios têm mais de 500 mil habitantes e apenas 3 têm 
menos de mil. 
O déficit habitacional também guarda relação com a precariedade física da 
habitação. 
Trabalhadores sem qualificação e mal remunerados são obrigados a 
ocuparem áreas afastadas do centro e inadequadas para a moradia adequada, 
tais como terrenos abandonados passíveis de alagamentos ou deslizamentos de 
terra. E com o decorrer do tempo, o acumulo de pessoas convivendo em 
condições tão precárias, tem como resultado problemas socioeconômicos como; 
violência, criminalidade, desemprego, e aumento ainda mais da desigualdade 
social. 
Todo cidadão tem direito a moradia digna e segura. É dever do arquiteto 
saber transformar a palavra Habitar, em um local de proteção física e emocional, 
dar direito a cidadania, dignidade, autoestima,e principalmente acesso à 
equipamentos e serviços básicos a habitação popular. 
 
31 
 
É um dever do estado resolver os problemas sociais e uma obrigação do 
arquiteto urbanista contribuir para o interesse público e o desenvolvimento social. 
Os projetos de habitação precisam de resultados e bom desempenho com baixo 
custo, qualidade arquitetônica, preservação ambiental e sustentabilidade. 
Resolver o problema habitacional requer mais do que a simples a 
construção do imóvel, ou prover segurança e salubridade. É preciso aproximar a 
moradia dos equipamentos públicos, lazer, esporte, educação e saneamento de 
forma sustentável. O local de implantação do projeto deste estudo, ja possui 
infraestrutura bem sólida tendo como destaque o transporte, comercio, serviço e 
fácil acesso. 
O projeto em questão visa um conjunto habitacional voltado para publico de 
baixa renda, que se enquadra nos parâmetros do plano diretor designado a ZEIS 
5, sendo assim de uso misto com comércio no térreo e fachada ativa, além da 
integração a um edifício garagem de uso publico beneficiando o condomínio com 
isenção fiscal com o incentivo da prefeitura. Neste empreendimento serão 
beneficiadas famílias com renda de 3 a 10 salários mínimos, e um centro 
comercial voltado para atender as necessidades dos moradores e vizinhança. 
“Os arquitetos estão mais obcecados com a forma, e menos com 
a vida. Isso tanto nas escolas brasileiras, influenciadas pelo 
modelo de Brasília, modernistas, quanto em escolas norte-
americanas e europeias. Os arquitetos competem pela forma, 
mais do que por ideias humanísticas. Preocupam-se mais pela 
tendência.”( Jan Gehl em entrevista para AU,edição 215 de 
Dezembro de 2011.) 
 
O objetivo deste estudo é projetar edifícios com o menor custo construtivo 
possível oferecendo funcionalidade e comodidade, com base no aproveitamento 
dos espaços, comunicação entre o interno e externo e atender aos critérios de 
sustentabilidade e economia energética e com na região proposta também há o 
incentivo de edifício garagem é imprescindível que o projeto tenha 2 pavimentos 
no subsolo dedicados a estacionamento público. Para isto usaremos as técnicas 
construtivas de alvenaria e concreto armado visando o aproveitamento das 
vantagens climáticas aumentando o nível de conforto térmico habitacional. 
 
32 
 
Para fazer a análise da área onde será implantado o projeto é proposto 
uma sistematização do processo de pesquisa no qual serão levantada diversas 
questões relativas ao objeto de estudo, tanto quanto às questões ambientais 
quanto aos resultados previstos para transformação dos espaços livres, públicos e 
privados, da área de estudo. Para isso faremos um levantamento histórico da 
área, análise da configuração do tecido urbano existente, caracterização dos 
espaços livres de caráter ambiental e demonstrar claramente a definição dos 
espaços internos e externos da proposta. Além disso serão identificados níveis, 
infraestrutura para o melhor funcionamento do projeto proposto, materiais a serem 
utilizados, simbiose com os sistemas complementares, paisagismo e técnicas 
construtivas. 
O desenvolvimento do projeto terá 3 etapas, sendo elas, Levantamento de 
dados, Soluções do projeto e Detalhamento do projeto conforme os seguintes 
parâmetros: 
 
1. Contextualização – Presencial e teórica. 
2. Parâmetros Urbanísticos 
3. Estudos de Casos 
4. Projeto de Arquitetura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABITAÇÃO POPULAR NA HISTÓRIA DO BRASIL 
________________________________________________________________ 
34 
 
 
2 HABITAÇÃO POPULAR NA HISTÓRIA DO BRASIL 
O problema habitacional no Brasil vem se tornando uma realidade desde 
que o processo de industrialização no país criou um crescimento populacional 
desordenado nas grandes cidades, fazendo com que o acesso às moradia digna 
ficasse cada vez mais inacessível. Com o êxodo rural que ocorreu na segunda 
metade do século XX, resultaram num aumento exagerado nas periferias urbanas. 
Este crescimento acelerado das cidades sem planejamento urbano, fez 
com que as classes menos favorecidas fossem desprivilegiadas não tendo 
acesso ao solo do centro urbanizado, sendo “empurrados” para periferias, morros 
e várzeas. Dando início as construções impróprias em áreas inadequadas, 
criando assentamentos insalubres e precários, as conhecidas “Favelas”, com 
enorme riscos devido à ausência de técnicas e materiais adequados para 
construções. 
Com a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1986, o setor 
habitacional passou por uma desarticulação e fragmentação institucional, com a 
consequente perda de capacidade decisória e redução dos recursos disponíveis 
para investimento. apenas recentemente o setor passou a ter maior 
representação institucional na esfera federal, com a criação do Ministério das 
Cidades, em 2003, a aprovação da nova Política Nacional de Habitação (PNH) e a 
implementação da Lei federal 11.124/05, que criou o fundo Nacional de Habitação 
de Interesse Social (fNHIS) e o Sistema Nacional de Habitação de Interesse 
Social (SNHIS). A Política Nacional de Habitação, aprovada em 2004 pelo 
Conselho das Cidades (ConCidades) – órgão colegiado de natureza deliberativa e 
consultiva do Ministério das Cidades, constitui-se no principal instrumento de 
orientação das estratégias e das ações a serem implementadas pelo Governo 
federal. 
Segundo Adriana Cordeiro (CORDEIRO, 2002) a atual realidade da 
habitação popular brasileira não atende todas às funções básicas necessárias 
para um conforto habitacional. É fato que, hoje em dia a grande maioria dos 
 
35 
 
 
moradores de favelas ou comunidades como é politicamente correto dizer, 
habitam precariamente em barracos ou simplesmente casas auto construídas, 
cujas dimensões e falta de planejamento construtivo comprometem a qualidade e 
dignidade de vida familiar. 
A falta de trabalho ou a renda insuficiente para sustentar a família, aliados 
a uma jornada de trabalho exaustiva, sem o conforto habitacional adequado que 
possibilite ao trabalhador descansar o corpo, também afetam a todos os usuários 
da residência, provocando atritos e discussões familiares (CORDEIRO, 2002). 
Habitar em condições precárias implica na redução do desempenho do 
trabalhador, pois é no interior da habitação onde o homem repõe suas energias 
através do repouso, das refeições e de sua higiene pessoal (ROBALINHO, 1980). 
Grande parte dos problemas socioeconômico, esta ligada ao fato da 
habitação social não exercer seu papel fundamental que é prover as 
necessidades básicas habitacionais, problemas estes que geram o aumento da 
violência urbana, exclusão social, desgaste físico e mental do indivíduo o privando 
do acesso aos serviços de infraestrutura urbana básicos de boa qualidade que 
lhes garantam viver com o mínimo de dignidade e segurança. 
 
 
2.1 O PROGRAMA HABITACIONAL E ASPCTOS LEGAIS 
Segundo o POLIS (Instituto de Estudos Formação e assessoria em 
Politicas Sociais) O primeiro projeto de lei de iniciativa popular, que cria o Sistema 
Nacional de Habitação de Interesse Social e o Fundo Nacional de Habitação de 
Interesse Social, foi sancionado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da 
Silva, no dia 16 de junho, depois de 13 anos de expectativas dos movimentos 
sociais de moradia. 
A proposta do projeto de Lei, subscrito com mais de 1 milhão de 
assinaturas, foi apresentada ao Congresso Nacional em 19 de novembro de 1991, 
http://base.d-p-h.info/pt/fiches/organisme/fiche-organisme-819.html
36 
 
tendo sido aprovada por unanimidade em todas as Comissões da Câmara dos 
Deputados entre os anos de 1997 e 2001. 
O Programa Habitação de Interesse Social (HIS), por meio da Ação Apoio 
do Poder Público para Construção Habitacional para Famílias de Baixa Renda, 
objetiva viabilizaro acesso à moradia adequada aos segmentos populacionais de 
renda familiar mensal de até 3 salários mínimos em localidades urbanas e rurais. 
Por HIS entende-se que são habitações voltadas a um mercado específico 
e que segue regras muito bem definidas. No Município de São Paulo, o Decreto 
56.759 de 7 de janeiro de 2016 estabelece normas específicas a serem seguidas 
por este tipo de projeto, segundo as diretrizes do Plano Diretor, de 2014. As 
regras incluem percentuais de Habitação de Mercado Popular (HMP) em projetos 
de Habitação de Interesse Social (HIS), áreas não-computáveis específicas, 
número de vagas de estacionamento/cota de garagem, outorga onerosa sobre 
potencial construtivo, etc. 
Mas talvez o mais importante seja o fato de que a metragem quadrada das 
unidades habitacionais seguem regras/parâmetros fixos (para HIS e HMP, área 
útil entre 24 e 70m2) e número de sanitários máximos de 1 para HIS e 2 para 
HMP. 
O número de unidades habitacionais por lote/gleba possui um limite de 300 
(podendo chegar a 500 se for atender o Programa Minha Casa Minha Vida) – 
sendo condicionado ao tamanho da via de acesso. Além do Decreto 56.759 de 7 
de janeiro de 2016 devem ser seguidas todas as demais legislações inerentes aos 
demais temas de Projeto: PDE (2014), Zoneamento (2016), Código de Obras 
(2017), NBR`s (em especial as NBR 9050 e NBR 15.575), Bombeiros. 
 
37 
 
 
Tabela 1 - Parâmetros de Aproveitamento e Ocupação de Lotes HIS,EHIS e EHMP 
 Fonte: DECRETO Nº 56.759, DE 7 DE JANEIRO DE 2016 
 
 
Tabela 2 - Parâmetros de Aproveitamento e Ocupação de Lotes HIS,EHIS e EHMP 
 Fonte: DECRETO Nº 56.759, DE 7 DE JANEIRO DE 2016 
 
 
Tabela 3 - Parâmetros de aproveitamento e Ocupação em EZEIS 
 Fonte: DECRETO Nº 56.759, DE 7 DE JANEIRO DE 2016 
38 
 
 
 
Tabela 4 - Condições para instalação de usos não residenciais permitidos em ZEIS 
 Fonte: DECRETO Nº 56.759, DE 7 DE JANEIRO DE 2016 
 
 
 
Tabela 5 - Percentuais de área construída para HIS, HMP e outros usos, em ZEIS 
 Fonte: DECRETO Nº 56.759, DE 7 DE JANEIRO DE 2016 
 
2.2 ENTENDENDO O PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO (PDE – LEI 16050/14) 
O principal objetivo do novo PDE é humanizar e reequilibrar São Paulo, 
aproximando moradia e emprego e enfrentando as desigualdades sócio 
territoriais. Para atingir esses objetivos é necessário combater a terra ociosa, que 
não cumpre a função social; implantar a política habitacional para quem precisa; 
39 
 
valorizar o meio ambiente; orientar o crescimento da cidade nas proximidades do 
transporte público; qualificar a vida urbana na escala de bairro; promover o 
desenvolvimento econômico na cidade; preservar o patrimônio e valorizar as 
iniciativas culturais; e fortalecer a participação popular nas decisões dos rumos da 
cidade. 
A criação da Macro área de Estruturação Metropolitana define um território 
estratégico na relação de São Paulo com os demais municípios da metrópole. 
Espaço destinado a projetos específicos que tem como um dos principais 
objetivos requalificar os espaços públicos reaproximando a cidade das suas 
águas. 
Edifícios de uso misto com fachadas ativas que dêem vida aos 
espaços públicos da cidade serão incentivados ao longo dos eixos 
de transporte coletivo, locais prioritários para a transformação 
urbana e otimização da terra urbana, o que permite resguardar 
mais tranquilidade para os bairros residenciais situados entre os 
eixos dessa rede.(PLANO..., 2019) 
 
Ganhos da Produção da Cidade 
Adoção de Coeficiente Básico = 1 para toda cidade. O potencial 
construtivo adicional dos terrenos pertence à sociedade paulistana 
e seu ganho deve ser revertido para a coletividade, os recursos 
arrecadados nas obras que construam a cima do Coeficiente 
Básico = 1 serão investidos em melhorias urbanas (equipamentos 
públicos, praças, transporte, drenagem, habitação) em toda a 
cidade. 
Atualização do cálculo para construir acima do limite básico 
estabelecido para toda a cidade de acordo com valor real da terra 
(preço de mercado) por meio da criação do Cadastro de Valor de 
Terreno para fins de Outorga Onerosa (em média cerca de 5% do 
VGV). 
Combate à ociosidade da terra que não cumpre a função social 
por meio da aplicação dos instrumentos de Parcelamento, 
Edificação e Utilização Compulsórios (PEUC), IPTU Progressivo 
no Tempo, entre outros. 
 
Definição de áreas estratégicas para aplicação dos instrumentos 
da função social da propriedade: Área Central, ZEIS 2, 3 e 5, 
áreas ao longo dos eixos de transporte publico, Operações 
Urbanas Consorciadas, áreas consolidadas da cidade e grandes 
terrenos nas áreas mais vulneráveis. (GANHOS..., 2019) 
 
40 
 
 
Mobilidade urbana 
Priorização do Transporte Público por meio da ampliação da rede 
de corredores de ônibus, pela orientação de crescimento da 
cidade ao redor dos eixos de mobilidade e pela limitação das 
vagas de garagem ao longo deles, a fim de diminuir a necessidade 
e o tempo de deslocamentos pela cidade. 
Destinação mínima de 30% dos recursos do Fundo de 
Desenvolvimento Urbano (FUNDURB) para implantação de 
transporte público coletivo, sistema ciclo viário e de circulação de 
pedestres. 
Previsão de calçadas largas nas proximidades dos eixos de 
transporte, que devem ter largura mínima de 5 metros nos 
corredores de ônibus e de 3 metros nas áreas de influência dos 
eixos de mobilidade. 
Definição de diretrizes e prazo para elaboração participativa do 
Plano de Mobilidade Urbana, afim de ampliar e qualificar os 
diferentes modais de transporte, que estruturam os deslocamentos 
urbanos, assim como os reflexos na qualidade de vida das 
diferentes regiões da cidade. 
Reconhecimento de novos componentes do Sistema de 
Mobilidade no PDE (logística, hidroviário, compartilhamento de 
automóveis) para estruturação de uma matriz de deslocamentos 
mais eficiente e articulada. (MOBILIDADE..., 2019) 
 
Transporte Público 
Orientação do desenvolvimento urbano ao longo dos eixos de 
transporte público (corredores de ônibus, estações das linhas de 
metrô, monotrilho e trem) em que são definidas áreas de influência 
nas quais será permitido construir 4 vezes a área do terreno 
otimizando estes espaços da cidade bem servidos pelas 
infraestruturas de mobilidade. 
 
Definição de novos Eixos de Estruturação da Transformação 
Urbana vinculados à expansão da rede de transporte publico 
(obras iniciadas com todas licenças emitidas); serão aplicadas as 
mesmas regras de desenho urbano e parâmetros construtivos do 
que os Eixos existentes. 
Estímulos por meio de incentivos urbanísticos para implantação de 
edifícios de uso misto com fachadas ativas (aproximando emprego 
e moradia), espaços para fruição pública, além da definição de 
largura mínima de calçada e da regulamentação de muros 
41 
 
contínuos ao longo dos eixos de mobilidade com o objetivo de 
ampliar e qualificar os espaços públicos da cidade conferindo 
qualidade urbana e ambiental. 
Desestimulo ao uso do automóvel por meio da desobrigação da 
existência mínima de um número de vagas de garagens nos 
empreendimentos próximos aos eixos de mobilidade, e criação de 
um teto: as vagas de garagem passam a ser consideradas áreas 
computável se ultrapassar o limite de uma por unidade 
habitacional ou uma vaga de garagem para cada 70 metros 
quadrados em empreendimentos não residenciais. Em 
contrapartida meios de transporte mais sustentáveis serão 
incentivados. 
Criação de instrumento para otimizar o uso da terra ao longo dos 
eixos de transporte publico; tal instrumento define o numero 
mínimo de unidades habitacionais que devem ser construídas em 
função do tamanho do terreno e do potencial construtivo utilizado 
ampliando assim o direito à cidade nas áreas melhores dotadas de 
infraestrutura de mobilidade. (TRANSPORTE..., 2019) 
 
Desenvolvimento Econômico 
Fortalecimento da rede de centralidadespolares e lineares 
existentes, porções do território que concentram 
predominantemente atividades terciárias (comercio e serviços), 
tais como: centro histórico, centros de bairro, polos de comércio, 
eixos de transporte. Além da rede centralidades existente 
pretende-se estimular a criação de novas centralidades. 
Geração de emprego e renda em áreas populosas da cidade, mas 
que contam com importantes eixos de acesso viário e de 
transporte público coletivo, por meio de incentivos para usos não 
residenciais, urbanísticos: pode-se construir quatro vezes a área 
do terreno); e fiscais: isenção de cobrança de outorga onerosa. 
Nos perímetros Jacu-Pêssego e Cupecê estas regras serão 
autoaplicáveis, nos demais perímetros será necessária elaboração 
de Lei específica. 
Criação de Polos Estratégicos de Desenvolvimento Econômico em 
regiões com baixo nível de emprego e grande concentração 
populacional que apresentam potencial para a implantação de 
atividades econômicas. Distribuídos nas principais zonas da 
 
cidade, cada polo terá planejamento próprio, de acordo com a 
vocação econômica presente: Polo Leste, Polo Sul, Polo 
Noroeste, Polo Norte, Polo Fernão Dias e o Polo de 
Desenvolvimento Econômico Rural Sustentável, na zona sul. 
Como o novo PDE são definidos também os Polos de Economia 
Criativa, o primeiro deles é o Distrito Criativo Sé/República. 
42 
 
Definição de Parques Tecnológicos com objetivo de ampliar as 
oportunidades de desenvolvimento urbano por meio de incentivo 
aos usos voltados à produção de conhecimento e da instalação de 
complexos empresariais de desenvolvimento econômico e 
tecnológico. Foram estabelecidos o Parque Tecnológico Jaguaré e 
Parque Tecnológico Leste. 
Estabelecimento de áreas para proteção das áreas industriais em 
funcionamento, Zona de Proteção Industrial (ZPI), e para estímulo 
à modernização e expansão de atividades compatíveis com as 
novas condições territoriais e produtivas do município, Zona de 
Desenvolvimento Econômico (ZDE). (DESENVOLVIMENTO..., 
2019) 
 
Patrimônio e Iniciativas Culturais 
Criação dos Territórios de Interesse da Cultura (TICP) para 
promoção de iniciativas culturais, de educação e do meio 
ambiente – através de incentivos urbanísticos e fiscais – em áreas 
que concentram grande número de espaços, atividades e 
instituições culturais, paisagem relevantes para a memória e a 
identidade da cidade, formando polos singulares de atratividade 
social, cultural e turística. Os TICPs já foram definidos no novo 
PDE: Paulista/Luz, no centro, e Jaguaré/Perus, na zona norte. 
Manutenção do conceito de Zona Especial de Preservação 
Cultural (ZEPEC) com criação de nova categoria: Áreas de 
Proteção Cultural (APC), territórios com imóveis de produção e 
fruição cultural destinados à formação, produção e exibição 
pública de produtos culturais e artísticos a fim de assegurar a 
proteção e manutenção de espaços culturais, afetivos e 
simbólicos. 
Valorização das paisagens da cidade, a partir do seu 
reconhecimento como bem ambiental e elemento essencial ao 
bem-estar e a sensação de conforto individual e social, por meio 
da definição de diretrizes para elaboração do Plano de 
Ordenamento e Proteção à Paisagem. 
Incorporação da Chancela da Paisagem Cultural e do Registro dos 
Bens Imateriais como instrumentos urbanísticos de identificação, 
proteção e valorização do patrimônio cultural além da atualização 
da forma de calculo da Transferência do 
Potencial Construtivo Adicional para preservação bens de 
interesse histórico, paisagístico, ambiental social ou cultural. 
(PATRIMONIO..., 2019) 
 
43 
 
Política Habitacional 
Duplicação das áreas de ZEIS destinadas à produção de novas 
moradias populares (mais de 100%) incluindo regiões bem 
localizadas, ao longo dos eixos de transporte público e próximas 
ao Centro da cidade. 
Ênfase nas faixas de renda até 3 salários mínimos (HIS 1) em 
ZEIS 1, 2, 3 e 4, onde se concentra o déficit habitacional da 
cidade, por meio da ampliação do atendimento de para no mínimo 
60% da área construída total(no PDE de 2002 eram 40%) . 
Também foi feita a adequação das faixas de atendimento, 
ajustando-a as transformações econômicas ocorridas desde o 
último PDE, de forma a contemplar famílias com renda de 0 a 10 
salários mínimos, sendo HIS 1 (0 a 3), HIS 2 (3 a 6) e HMP (6 a 
10).. 
Criação da Cota de Solidariedade, que destina o equivalente à 
10% da área computável de novos empreendimentos de grande 
porte para a produção de Habitação Social, podendo ser realizada 
no próprio empreendimento, em terrenos nas áreas consolidadas 
da cidade ou com repasse de valor correspondente para a conta 
de habitação do FUNDURB para aquisição de terrenos em áreas 
bem localizadas. 
Destinação mínima de 30% do Fundo de Desenvolvimento Urbano 
(FUNDURB) para aquisição de terra bem localizada (onde há 
empregos e infraestrutura) e para subsídios aos programas de 
produção habitacional, além de no mínimo 25% dos recursos 
arrecadados em Operações Urbanas Consorciadas (OUC) e 
Áreas de Intervenção Urbana (AIU), de forma a garantir fonte de 
financiamento perene e robusta para habitação social. 
As unidades de Habitação de Interesse Social (HIS) e de Mercado 
Popular (HMP) terão desconto ou mesmo serão isentas do 
pagamento da Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC) 
além de incentivos urbanísticos para a construção de usos 
complementares à habitação (comércio, serviço, equipamentos), 
favorecendo assim o equilíbrio entre moradia e emprego. 
Ampliação dos instrumentos de regularização fundiária de forma a 
garantir o pleno acesso à cidade para as comunidades que vivem 
em loteamentos irregulares e favelas. 
Definição das diretrizes para o Plano Municipal de Habitação 
(PMH) que deverá prever programas, critérios de priorização e 
fontes de financiamento da política habitacional paulistana. 
(POLITICA..., 2019) 
 
 
 
44 
 
 Vida Urbana 
Preservação da qualidade urbana e ambiental e a dinâmica de 
vida nos miolos dos bairros por meio da definição de altura e 
numero de andares máximos das edificações e de limites ao 
adensamento construtivo, a depender da Macro área em que se 
situa. 
Estímulo ao uso misto (comércio, serviço e usos institucionais) no 
térreo das edificações por meio de incentivos urbanísticos. 
Pretende-se com isso ampliar aproximar emprego e moradia além 
de qualificar e dinamizar a vida urbana nos espaços públicos, 
especialmente as calçadas. 
Regulamentação dos Planos de Bairro a serem desenvolvidos por 
associações de moradores ou pelas subprefeituras, aprovados 
pelo Conselho de Representantes das Subprefeituras e debatidos 
pelo Conselho Municipal de Politica Urbana. Apresentam 
propostas para melhorar a infraestrutura de micro drenagem, 
iluminação publica, oferta de equipamentos urbanos e sociais; 
melhoria nos passeios públicos, no mobiliário urbano, no sistema 
viário, na limpeza e arborização, entre outros. 
Criação de instrumento de planejamento para estruturação local, 
porções do território com maior vulnerabilidade social e ambiental, 
destinadas à transformação urbana através da integração de 
políticas públicas setoriais (educação, saúde, cultura, habitação). 
Expansão e articulação da Rede de Equipamentos de cultura, 
saúde, educação, esporte e lazer e assistência social previstos, 
além de planos setoriais a serem discutidos em conjunto com a 
sociedade. (VIDA..., 2019) 
 
 Dinâmica Metropolitana 
Reconhecimento do território estratégico para o desenvolvimento 
urbano da cidade ao longo das margens dos seus principais rios, 
Tietê e Pinheiros, e da orla ferroviária que concentra atividades 
econômicas e espaços produtivos em processo de transformação 
(com pouca oferta de equipamentos e moradias). Estas áreas 
deverão ser objeto de Projetos Urbanos que orientem, a partir de 
um processo construído em conjunto com a sociedade, propostas 
de alteração do padrão de urbanização para reequilibrar moradia e 
emprego além de garantirmelhores condições de vida urbana. 
Estímulo ao desenvolvimento econômico por meio de incentivos 
urbanísticos e fiscais para garantir geração de empregos e renda 
nos Eixos de Desenvolvimento da Jacu Pêssego, na Zona Leste, 
da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e Rodovia Fernão 
Dias, na Zona Norte, e das Avenidas Cupecê e Chucre Zaidan, na 
45 
 
Zona Sul, eixos que articulam e estruturam importantes polos de 
emprego metropolitanos. 
Definição de setor específico para o centro da cidade com o 
objetivo de dinamizar e consolidar este território como centro 
metropolitano além de estabelecer estratégias para ampliar o 
numero de moradias, especialmente às de interesse social por 
meio da ampliação da áreas demarcadas como ZEIS. 
Transformações urbanas condicionadas à elaboração de Projetos 
de Intervenção Urbana (Operações Urbanas, Áreas de 
Intervenção Urbana, entre outros) que tem como objetivo orientar 
transformações estruturais, em conjunto com a sociedade, que 
ampliem o aproveitamento da terra e garantam melhorias 
urbanísticas e ambientais por meio da implantação de 
equipamentos, habitações, infraestruturas de transporte, entre 
outros. (DINÂMICA..., 2019) 
 
 Agenda Ambiental no Desenvolvimento da Cidade 
Demarcação da zona rural com nova concepção, multifuncional; 
área da produção do alimento, da água do abastecimento, da 
manutenção da biodiversidade e de serviços ambientais, da 
localização de unidades de conservação, mas também a área do 
lazer, do ecoturismo, agroecologia e produção orgânica e da 
geração de empregos. Para tanto foram criados os seguintes 
instrumentos: Polo de Desenvolvimento Econômico Rural 
Sustentável, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural 
Solidário e Sustentável e Plano Municipal de Desenvolvimento 
Rural Sustentável. 
Demarcação de 167 parques propostos para ampliar os espaços 
verdes e livres da cidade tornando-a mais humana e equilibrada 
ambientalmente, estes serão somados aos 105 parques já 
existentes na cidade. 
Criação de mecanismo inédito de co-financiamento entre 
sociedade civil e poder publico para aquisição de parques 
planejados no PDE, a cada real dos cidadãos a Prefeitura 
contribui com o mesmo valor; serão criadas contas específicas 
para cada parque facilitando assim o controle social. 
Implementação de novo instrumento para recompensar os 
proprietários ou possuidores de imóveis que reconhecidamente 
preservem áreas que prestam relevantes serviços ambientais para 
a sustentabilidade da metrópole, como produção de água, 
agricultura orgânica, preservação da paisagem e da 
biodiversidade. No mínimo 10 % (dez por cento) dos recursos 
arrecadados pelo FEMA serão destinados aos programas de 
Pagamento por Serviços Ambientais. 
Integração de sistemas ambientais para conformação de uma 
politica articulada por meio da definição de estratégias conjuntas 
para os sistemas de abastecimento de água, esgotamento 
46 
 
sanitário, drenagem e gestão integrada de resíduos sólidos 
permitindo assim à universalização do acesso aos serviços de 
saneamento de básico. 
Definição de diretrizes para o Plano Municipal da Mata Atlântica 
(PMMA), que deverá ser elaborado de forma participativa, visando 
à conservação e recuperação das áreas de vegetação nativa e da 
biodiversidade da Mata Atlântica. (AGENDA..., 2019) 
 
 
 Participação Popular 
Composição paritária do Conselho Gestor do FUNDURB, 
responsável pela administração do fundo, com 5 representantes 
do poder público e 5 representantes da sociedade civil sendo 3 
deles membros de outros conselhos (habitação, mobilidade e meio 
ambiente) ampliando assim a integração das politicas setoriais. 
Definição da composição do CMPU, órgão responsável por 
estudar e propor diretrizes para implementação da Política 
Municipal de Desenvolvimento Urbano, com maioria de 
representantes da sociedade civil eleitos de forma direta; além 
disto, o Conselho teve suas atribuições ampliadas para reforçar a 
participação e controle social nos processo de planejamento e 
gestão da cidade. 
Regulamentação da Conferência Municipal da Cidade de São 
Paulo, a se realizar a cada 3 anos, para que a sociedade possa 
avaliar, debater e propor mudanças para a política de 
desenvolvimento urbano. 
Definição do papel dos Conselhos Participativos Municipais por 
subprefeitura nos processos de planejamento e monitoramento 
das ações locais tais como Planos Regionais, Planos de Bairro e 
Projetos de Intervenção Urbana. 
Previsão de Conselho Gestor paritário das Operações Urbanas 
Consorciadas (OUC), Áreas de Intervenção Urbana (AIU) e 
Concessões Urbanísticas além de regulamentação da participação 
popular nos Conselhos Gestores das ZEIS que tem como 
atribuição principal aprovar os Planos de Urbanização. 
Regulamentação do Sistema de Monitoramento do PDE com 
participação da sociedade em que a Prefeitura deverá anualmente 
dar ampla publicidade a todos os documentos e informações 
sobre o processo de implementação do Plano; tais dados 
permitirão que a aplicação dos instrumentos de política urbana 
possa ser aprimorada, além de demais eventuais 
aperfeiçoamentos. (PARTICIPAÇÃO..., 2019) 
 
 
47 
 
 
2.3 PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO (PDE – LEI 16050/14) 
A estratégia geral do Plano consiste em ampliar a oferta de terra 
urbanizável e edificável. 
A ampliação da zona urbanizável é obtida através da revisão dos limites da 
zona rural. A ampliação da zona edificável (adensamento construído) é obtido 
através da definição de um coeficiente único, zonas não adensáveis e zonas 
adensáveis, onde existe folga de infraestrutura. Nas zonas adensáveis a definição 
de um estoque de m² edificáveis, que poderá ser consumido acima do coeficiente 
único mediante pagamento ao Poder Municipal, substitui a ideia de coeficientes 
de aproveitamento diferenciados por zona. 
Um efeito esperado e a redução dos custos de urbanização através da 
racionalização da ocupação da cidade. O estabelecimento de zonas adensáveis e 
dos estoques de área construída foram determinados pela existência de 
infraestrutura passível de ser utilizada Isto é: os estoques representam a 
quantidade de área construída que a infraestrutura e o viário suportariam hoje, 
sem nenhum investimento público. 
Uma decorrência do estímulo ao adensamento qualificado proposto e uma 
reversão do processo de expansão da urbanização que demanda em extensão as 
redes de serviços urbanos. A diminuição do preço de venda do terreno ou seja da 
parcela que e apropriada pelo proprietário, deverá ocorrer através, de um lado, da 
estratégia de ampliação da oferta de terra e, por outro, da substituição do 
coeficiente de aproveitamento vinculado ao lote pelo estoque de área edificável. A 
definição de um coeficiente único na cidade deverá eliminar o diferencial que hoje 
existe nas zonas com usos e aproveitamentos diferenciados. O estoque de m² de 
área edificável deverá ser outorgado onerosamente pelo Poder Municipal ao 
empreendedor que quiser ultrapassar o coeficiente único nas áreas adensáveis. 
Os recursos advindos dessa outorga onerosa constituirão um Fundo de 
Urbanização que servira para a reposição dos custos de adensamento. 
48 
 
Note-se que o estoque desvinculado do lote evitará que o proprietário do 
terreno se aproprie do diferencial criado hoje artificialmente pelos coeficientes de 
aproveitamento diferenciados e estabelecidos pela lei atual. 
E importante destacar que este instrumento, solo criado, reduzira a 
apropriação de parte da valorização da terra, pelo proprietário do terreno, 
transferindo-a para o poder público municipal, constituindo o fundo de 
urbanização que será utilizado para a recuperação urbanística de parte da cidade 
precária e irregular. (Projeto de Lei nº 688/13, do Executivo, aprovado na forma de 
Substitutivo do Legislativo) 
 
2.4 A HITÓRIA DO BAIRRO DA BARRA FUNDA 
Por volta de 1850, a área da Barra Funda era a grande Chácara 
Carvalho, pertencente ao conselheiro AntônioPrado. A região 
nasceu de uma divisão do Sítio Iguape, de propriedade do barão 
de Iguape. Para se ter ideia da grandeza da chácara, basta dizer 
que o conselheiro Prado contratou Luigi Puci, responsável pelo 
projeto do museu do Ipiranga, para fazer o projeto da sede em 
estilo Luis XVI – a casa-grande da chácara. Ela ainda existe e é 
ocupada por uma escola católica da Congregação Madre Cabrini. 
( Ponciano, 2004). 
 
 
Fotografia 1 - SPR/EFSJ – Estação Ferroviária Barra Funda 1946 
Fonte: Google (2019) 
“[...] no Logo após a divisão da área, os italianos começaram a 
povoar a área. Uma das razões para a imigração era a construção 
49 
 
de uma ferrovia no local. O nome do distrito surgiu porque no 
passado, a barra do rio Tietê na região era muito funda. O 
progresso da Barra Funda SP está estreitamente ligado à 
construção de estradas de ferro para o escoamento da produção 
do café na cidade. Por conta disso, tornou-se um bairro operário, 
que abrigava trabalhadores ao longo dos trilhos da ferrovia, que 
ensacavam as mercadorias produzidas pelas fábricas. 
Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas 
atividades industriais e empregavam um grande número de 
moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo 
Railway (1867–1946) foi construída nas mediações do parque 
industrial para o escoamento do que ali era produzido. 
Mas o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela 
crise de 29. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram 
abandonados e com o tempo se transformaram em cortiços. 
Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. [...]” 
(Laina, 2011) . 
 
No bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e 
indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte. 
No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América 
Latina, 
 
Fotografia 2 - Memorial da América Latina 
Fonte: Google (2019) 
 
50 
 
“Plantado em 84.480 m², no bairro da Barra Funda, o Memorial é 
um convite permanente às manifestações artísticas e científicas 
latino-americanas, um apelo para que elas façam do conjunto 
arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer a sua casa em São 
Paulo. Para isso foi inaugurado em 18 de março de 1989 o 
Memorial da América Latina, com o conceito e o projeto cultural 
 
desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro. Assim, o Memorial 
nasceu com a missão de estreitar as relações culturais, políticas, 
econômicas e sociais do Brasil com os demais países da América 
Latina. 
Desde então ele vem cumprindo seu papel. O Memorial fomenta a 
pesquisa e divulga seus resultados. Apoia a expressão da 
identidade latino-americana e incentiva seu desenvolvimento 
criativo. Coordena iniciativas de instituições científicas, artísticas e 
educacionais do Brasil e de outros países ibero-americanos. E 
difunde a história dos povos latino-americanos às novas gerações 
de estudantes.“(O QUE..., 2019) 
 
o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado 
Mundo Mix 
 
Fotografia 3 – Mercado Mix 
Fonte: Google (2019) 
que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Teatro São 
Pedro, datado de 1917. 
51 
 
 
Fotografia 4 – Teatro São Pedro 
Fonte : Google (2019) 
Construído para ser um espaço dedicado a operetas, teatro e show de 
variedades, além de projeções de cinema, o São Pedro alternava, em seus 
primeiros decênios de atividade, a apresentação de companhias nacionais e 
estrangeiras, com concertos eruditos e mostras de crianças prodígios. Levou à 
cena figuras hoje célebres como o ator Leopoldo Fróes. 
E o extinto Parque de Diversões Playcenter. 
52 
 
 
Fotografia 5 – Extinto Play Center 
Fonte : Google (2019) 
O Playcenter marcou gerações por 39 anos em uma verdadeira montanha-russa 
de acontecimentos. O parque de diversões instalado em um terreno de 85 mil m² na 
Marginal Tietê, Zona Oeste de São Paulo, fechou em 2012, após quatro décadas de 
funcionamento. O antigo terreno onde funcionou o Playcenter atualmente abriga prédios 
comerciais, um residencial, empresas e estacionamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, 
53 
 
 
Fotografia 6 – Shopping West Plaza 
Fonte : Google (2019) 
 
Inaugurado em 2 de maio de 1991 o shopping West Plaza conta com 200 lojas e 
28 quiosques, entre elas lojas âncoras de grandes marcas como; 
 
C&A, Renner, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Centauro, Bio Ritmo Academia, 
Marisa e Kiabi 
7 salas de Cinema Cinemark, Villa Bowling Boliche, Aze Games e Teatro West 
Plaza 
Com uma área bruta locavel de 37.404m² em uma área bruta comercial de 42.272 
m², o numero de consumidores por mês é 1.000.000 de classes A e B, 1963 
vagas de estacionamento e 784 lugares em 12 restaurantes. 
 
 
 
O extinto Parque Antártica atual Allianz Parque, 
54 
 
 
Fotografia 7 – Alliz Parque 
Fonte : Google (2019) 
Batizada como Allianz Parque, a arena tem 43.713 lugares cobertos, sendo 
25.395 cadeiras inferiores, 3.430 cadeiras intermediárias (camarotes) e 14.888 
cadeiras superiores. A arena conta com 178 camarotes privativos de 12 a 21 
lugares, um restaurante panorâmico, lanchonetes, lojas, centro de convenções 
com estrutura modular para até 1.500 visitantes, centro de mídia para até 1.000 
profissionais da imprensa, um memorial com espaço multimídia com registros da 
história do clube e estacionamento coberto contíguo para até 2.000 carros, com 
vagas exclusivas para motocicletas e bicicletário. Eventos múltiplos, como shows 
e concertos, podem receber até 55 mil espectadores. 
 
55 
 
O Parque da Água Branca 
 
Fotografia 8 – Parque da Água Branca 
Fonte : Google (2019) 
O Parque Estadual da Água Branca (oficialmente Parque Fernando Costa) 
é um parque localizado no distrito da Barra Funda, na cidade de São Paulo, 
Brasil. O local possui 136.765.41 m², e fica na Avenida Francisco Matarazzo no 
bairro da Água Branca. Idealizado pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), 
entidade representativa da agropecuária brasileira, o Parque começou as ser 
formado em 1905 e foi inaugurado em 2 de junho de 1929 pelo Secretário de 
Agricultura Dr. Fernando de Sousa Costa, responsável por fornecer novas 
vertentes à indústria animal, criando também o Departamento de Lacticínios da 
Indústria Animal.[1] Com o objetivo de abrigar exposições e provas zootécnicas, o 
parque foi criado em um período em que a Avenida Água Branca sequer havia 
sido asfaltada. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barra_Funda_(distrito_de_S%C3%A3o_Paulo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C2%B2
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_Branca_(bairro_de_S%C3%A3o_Paulo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/2_de_junho
https://pt.wikipedia.org/wiki/1929
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_de_Sousa_Costa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_da_%C3%81gua_Branca#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zootecnia
56 
 
 
O parque foi tombado em 1996 pelo Conselho de Defesa do 
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado 
de São Paulo (CONDEPHAAT) como patrimônio cultural, histórico, 
arquitetônico, turístico, tecnológico e paisagístico do estado de 
São Paulo, e em 2004 pelo CONPRESP, por seu valor histórico, 
arquitetônico e paisagístico-ambiental. (PARQUE..., 2019) 
 
e o Sesc Pompéia. 
 
Fotografia 9 – Sesc Pompéia 
Fonte : Google (2019) 
 
O projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi mantém a estrutura 
original da antiga fábrica de tambores da década de 1930. A 
primeira parte da unidade foi inaugurada em 1982 e, em 1986, 
abriu para o público o bloco esportivo. Lá dentro, o centro de 
cultura e lazer tem na programação cerca de 120 atrações 
musicais ou teatrais por mês. Há ainda quadras esportivas, 
piscina, espaços de exposições, restaurante e choperia, que 
fazemjus à frequência intensa, de 1,25 milhão de pessoas a cada 
ano. (SESC..., 2019) 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/1996
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_cultural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_hist%C3%B3rico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_arquitet%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Turismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_(subdivis%C3%A3o)
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conpresp
57 
 
2.5 O BAIRRO ATUAL 
Atualmente o Bairro Barra Funda se tornou uma zona de classe média e 
pequenos escritórios. Em seu limite se encontram o Parque Fernando Costa 
(Parque da Água Branca) e o Terminal Rodoviário da Barra Funda, que funciona 
junto com a estação terminal da Linha 3 (vermelha) do Metrô de São Paulo, e há 
menos 4 km do 
Mercado Municipal de São paulo. 
 
 
Fotografia 10 – Terminal Rodoviário da Barra Funda 
Fonte : Google (2019) 
 
 Localizada no bairro da Barra Funda, a rodoviária recebe cerca de 40 mil 
passageiros por dia, e, ao todo, são 40 plataformas disponíveis para a atuação 
das empresas de ônibus: 12 destinadas ao desembarque e 28 para o embarque 
de passageiros. Além das viagens interestaduais e da internacional, são operadas 
https://www.encontrabarrafunda.com.br/
https://www.encontrabarrafunda.com.br/barra-funda/parque-da-agua-branca-na-barra-funda.shtml
https://www.encontrabarrafunda.com.br/barra-funda/parque-da-agua-branca-na-barra-funda.shtml
https://www.encontrabarrafunda.com.br/barra-funda/terminal-barra-funda.shtml
https://www.mercadomunicipalsp.com/
https://www.mercadomunicipalsp.com/
https://www.mercadomunicipalsp.com/
https://www.mercadomunicipalsp.com/
58 
 
linhas metropolitanas e intermunicipais no mesmo prédio, que também conta com 
uma das principais estações de trem e metrô de São Paulo. 
Neste bairro, também se encontram os Fóruns Trabalhista Rui Barbosa e 
Criminal Mário Guimarães, 
 
Fotografia 11 – Forum Trabalhista Rui Barbosa 
Fonte : Google (2019) 
Todos os dias, aproximadamente 25 mil pessoas – entre magistrados, 
servidores, estagiários, advogados e partes em processos trabalhistas – 
comparecem ao local para participar das mais de 1.300 audiências ou sessões de 
conciliação realizadas pelo Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução 
de Disputas (Cejusc-JT Sede). 
https://www.mercadomunicipalsp.com/
https://www.mercadomunicipalsp.com/
59 
 
 
Fotografia 12 – Forum Trabalhista Rui Barbosa parte interna 
Fonte : Google (2019) 
 
Esse fórum, que é dividido em dois blocos (A e B), também abriga a Escola 
Judicial (Ejud-2), a Secretaria de Precatórios, o Centro de Apoio aos Leilões 
Judiciais Unificados, além de representações da Associação dos Magistrados 
(Amatra), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público do 
Trabalho (MPT) e das procuradorias. 
Para atender melhor ao seu público, o TRT-2 deu início, em maio 
de 2017, às obras de instalação de proteções de vidros nas 
rampas que ligam os blocos e os corredores do fórum. A etapa 
das rampas (1.729 m² de vidros) foi concluída, onde foram 
instalados também corrimãos duplos (2.800 m). A colocação dos 
vidros passou a ser feita, agora, nos corredores (1.093 m²), com 
previsão de término no fim de julho deste ano. (FORUM..., 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
Além de abrigar a nova sede da Federação Paulista de Futebol. 
 
Fotografia 13 – Sede da Federação Paulista de Futebol 
Fonte : Google (2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o_Paulista_de_Futebol
61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASOS 
 _________________________________________________________________ 
62 
 
3 ESTUDO DE CASOS 
É um dever do estado resolver os problemas sociais e uma obrigação do 
arquiteto urbanista contribuir para o interesse público e o desenvolvimento social. 
Os projetos de habitação precisam de resultados e bom desempenho com baixo 
custo, qualidade arquitetônica, preservação ambiental e sustentabilidade. 
Resolver o problema habitacional requer mais do que a simples a 
construção do imóvel, ou prover segurança e salubridade. É preciso aproximar a 
moradia dos equipamentos públicos, lazer, esporte, educação e saneamento de 
forma sustentável. O local de estudo desta monografia ja possui infraestrutura 
bem sólida tendo como destaque o transporte, comercio, serviço e fácil acesso. 
Para a fundamentação do presente trabalho, o estudo de casos que serão 
citados a seguir ajudará para a definir o programa de necessidades e o 
desenvolvimento do mesmo, para um melhor desenvolvimento e compreensão do 
projeto em questão é de grande importância buscar referências de projetos que 
tenham um programa de necessidades semelhante, tanto nos pontos positivos 
como nos pontos negativos. A escolha dos projetos para o estudo de casos tem 
como base o fato de que os empreendimentos tem como público alvos moradores 
de diferentes classes sociais dividindo o mesmo espaço de áreas comum. 
O Copan o primeiro a ser analisado foi idealizado para possibilitar a mescla 
social, “Projetei os corredores como se fossem ruas, onde os diferentes tipos de 
pessoas e classes pudessem se encontrar”. (OLIVEROS, 2007), declarou Oscar 
Niemeyer. 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
3.1 COMPANHIA PAN-AMERICANA DE HOTÉIS E TURÍSMO (COPAN) 
Ficha Técnica Descrição 
Localização Av. Ipiranga - nº 200 - República - SP 
Área do terreno 6.000m² 
Área construída 120.000m² 
Uso Misto 
Construção 
Companhia Nacional da Indústria da Construção 
(CNI) 
Periodo de Construção 1952 - 1966 
Quadro 1 - Ficha Técnica COPAN 
Fonte: Criado pelo Autor 
O primeiro estudo de caso tem influência direta nas diversas tipologias de 
apartamentos do atual objeto de estudo. 
O Copan foi encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis e 
Turismo, idealizado e projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer com colaboração 
Carlos Alberto Cerqueira Lemos. O projeto surgiu em um período de grande 
transformação e crescimento da cidade de São Paulo, com o avanço da 
industrialização para fora dos limites da cidade e crescimento da especulação 
imobiliária no centro, a ideia principal, era fazer do Copan um grande centro 
urbanístico. 
“[...] uma intensa expansão da malha urbana e o 
adensamento populacional com verticalização da área 
central [...]” (Piccini, 1999). 
Nos anos 50 o processo de verticalização tomou impulso e a economia 
paulistana se fortalecia preparando São Paulo para a condição de grande 
Metrópole. 
O projeto original do COPAN previa 2 prédios sendo que um deles deveria 
conter 30 andares residenciais e um segundo edifício que abrigaria um hotel com 
600 quartos. Os dois, seriam interligados por uma marquise no térreo e ali deveria 
ter garagens, cinema, teatro, entre outros. 
Mas, apenas a parte residencial do projeto foi construída. As obras 
começariam só em 1957, depois de muitas alterações em seus planos originais. 
Ele só seria inaugurado no dia 25 de maio de 1966. É a maior estrutura de 
64 
 
concreto armado no País com 115 metros de altura, divididos em 32 andares e 
aproximadamente 120 mil m² de construção. 
 
Analise Projetual 
O Copan se encontra na subprefeitura da Sé no distrito da Republica no 
centro de São Paulo. Uma região com comércio e serviços de diversos tipos e 
uma diversidade cultural e de lazer. 
 
Fotografia 14 – Edifício COPAN – vista Aérea. 
Fonte : Google (2019) 
O maior diferencial do Copan é a grande variedade de tipologia 
habitacional e o uso misto, com lojas, cafés, restaurantes, serviços e uma igreja 
evangélica que antigamente no projeto original era o Cine Copan com 3500 
lugares. 
O embasamento do projeto original liga a av. Ipiranga com a antiga rua vila 
normanda organizando a implantação, mas a construção de uma agencia 
bancária

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