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DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UTI PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES NA UTI CHOQUE É uma síndrome caracterizada por uma redução considerável da perfusão tecidual sistêmica, devido a diferentes etiologias e fisiopatologias levando a uma baixa oferta de oxigênio e nutrientes aos tecidos, bem como de sua efetiva utilização. Definição Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração); Problemas nos vasos sangüíneos (alteração na resistência da parede vascular); Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais). CAUSAS CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares; CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica ; CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular. Dividido em: ◦ CHOQUE NEUROGÊNICO; ◦ CHOQUE ANAFILÁTICO; ◦ CHOQUE SÉPTICO. CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do fluxo sangüíneo. CLASSIFICAÇÃO AS ETAPAS ATÉ A MORTE Hipoperfusão Hipóxia celular Morte celular Falência orgânica Morte Tolerância dos órgãos à isquemia ÓRGÃOS TEMPO DE ISQUEMIA Coração, cérebro, pulmões 4 a 6 minutos Rins, fígado, trato intestinal 45 a 90 minutos Músculo, osso, pele 4 a 6 horas hipotensão taquicardia pulso fino e taquicárdico pele fria e pegajosa sudorese abundante Mucosas descoradas e secas palidez cianose • resfriamento das extremidades • sede • náuseas e vômitos • alterações neurossensoriais. SINAIS E SINTOMAS GERAIS SINTOMAS QUE ANTECEDEM O CHOQUE Inquietude, às vezes ansiedade e temor; Náuseas; Sede intensa; Definição: Choque hipovolêmico – redução do volume sanguíneo intravascular, seguida da redução cardíaca e perfusão inadequada dos tecidos. tipo mais comum; Causas: * perda sanguínea secundária hemorragia (interna ou externa) * perda de líquidos e eletrólitos CHOQUE HIPOVOLÊMICO Volume sangüíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Debito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuído CHOQUE HIPOVOLÊMICO Manifestações clínicas: Psiquismo, sede, náuseas e vômitos, alterações neurossensoriais Pele: fria e pegajosa, sudorese abundante Mucosas hipocoradas e secas, palidez, cianose; Circulação; hipotensão, pulso fino e taquicárdico, hipotensão; Respiração = dispneia; CHOQUE HIPOVOLÊMICO Tratamento: Reposição hídrica e sanguínea; Medicamentos (infusão de soro fisiológico, ou Ringer ou albumina) aumentam o volume circulante. CHOQUE HIPOVOLÊMICO AÇÕES DE ENFERMAGEM Verificar vias aéreas, perfusão: Iniciar infusão venosa Instalar cateter venoso central (monitorização hemodinâmica) Sondagem de demora com sistema fechado, controle; Administrar O2 Controle de TPR e PA Solicitação de hemograma, comunicar qualquer anormalidade CHOQUE CARDIOGÊNICO • Conceito redução do débito cardíaco, que compromete gravemente a perfusão dos tecidos, em função da incapacidade cardíaca • Etiologia: - infarto do miocárdio - falência miocárdica aguda - arritmias; eletrocussão; hipóxia; - depressão dos centros nervosos; - intoxicações ou envenenamento. CHOQUE CARDIOGÊNICO Contratilidade cardíaca diminuída Debito cardíaco e volume sistólico diminuídos Perfusão tecidual sitêmica diminuída Perfusão diminuída da artéria coronária Congestão pulmonar Manifestações clínicas: - hipotensão arterial; - queda rápida e acentuada do índice cardíaco; - oligúria; - hiperpnéia - alteração no nível de consciência; - dor anginosa e arritmias. CHOQUE CARDIOGÊNICO r e Tratamento ( vai depender do agente etiológico.) - deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco, po obstrução mecânica: cirúrgico - comprometimento miocárdico: monitorização hemodinâmica e uso d drogas. CHOQUE CARDIOGÊNICO Definição: volume sanguíneo é anormalmente deslocado no sistema vascular tal como ocorre quando ele se acumula nos vasos sanguíneos periféricos. Subdivisão: * neurogênico; * anafilático; * séptico CHOQUE DISTRIBUTIVO Vasodilatação Má distribuição do volume sangüíneo Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuído CHOQUE DISTRIBUTIVO Definição: - lesão medular, levando a perda de tônus simpático, interrompendo o estímulo vasomotor ocasionando intensa vascularização periférica, e subsequente, uma diminuição do retorno venoso com queda do débito cardíaco. Causas: - Lesão da medula espinhal; anestesia espinhal - Lesão do sistema medicamentos - Uso de drogas nervoso; efeito depressor de CHOQUE NEUROGÊNICO Fisiopatologia do choque neurogênico •Secção do SNS •Perda do tono simpático •Vasodilação venosa e arterial •Diminuição do retorno venoso •Diminuição do volume de ejeção •Diminuição do débito cardíaco •Diminuição do suprimento de O2 para as células •Diminuição da perfusão dos tecidos Manifestações clínicas: - pele seca e quente; - hipotensão; - bradicardia; CHOQUE NEUROGÊNICO Tratamento: - restauração do tônus simpático, através da estabilização da medula espinhal CHOQUE NEUROGÊNICO Definição: Resulta da disseminação e expansão de uma infecção inicialmente localizada para a corrente Sanguínea. CHOQUE SÉPTICO FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CHOQUE SÉPTICO • Idade • Mal nutrição • Debilidade geral • Cateterismo invasivo • Feridas traumáticas FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO •Infecção iniciada por Bactérias Gram- (mais comum), Gram+, Fungos ou virus •Paredes celulares dos microorganismos têm Endotoxinas Endotoxinas libertam mediadores inflamatórios (resposta inflamatória sistêmica) –Vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar que dão: –Choque pela alteração da circulação periférica e dilatação maciça MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Taquicardia: aumento dos batimentos cardíacos (acima de 100 por minuto); hipertermia: aumento da temperatura acima de 38˚C (considere também hipotermia: queda abaixo de 36˚C); Taquipnéia: aumento da respiração (acima de 20 por minuto); Diminuição da quantidade de urina; Hipotensão Pele pálida e fria Alteração do estado de consciência Tratamento: Correção do processo séptico subjacente com uso de antimicrobiano imediatamente. Prevenção!!! Encontrar e “matar” a fonte de infecção. –Ressuscitação com fluidos –Vaso-constritores –Maximizar suprimemto de O2 –Conforto e apoio emocional CHOQUE SÉPTICO http://www.uwex.edu/ces/cty/manitowoc/bacteria.gif Definição: obstrução mecânica do fluxo sanguíneo. CHOQUE OBSTRUTIVO CHOQUE OBSTRUTIVO CAUSA: tromboembolismo pulmonar (TEP), tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo O choque obstrutivo tem como mecanismos compensatórios um aumento da pré-carga, da Resistência Ventricular Sistêmica e da frequência cardíaca. Lesão por Pressão-LPP O que é LPP na UTI? A Lesão por Pressão (LPP) é considerada um dos indicadores negativos de qualidade assistencial dos serviços de saúde e de enfermagem e sua prevenção é importante, considerando o contexto do movimento global pela segurança do paciente São danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada ou combinada, com forças de cisalhamento e/ou fricção Incidência: 03% a 14% - Hospitais gerais; 15% a 25% - Serviços de pacientes crônicos; 07% a 12% - Atendimento domiciliário; Referência: EBSERH – UFTM, 2016; NPUAP, 2016;Referência: Portal Reabvita CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS FATORES INTRÍNSECOS Pele Referência: Seca Descamativa Frágil TORRES et. al., 2016 Imobilidade Cadeirante Acamado Dificuldades Locomoção Desequilíbrio Rigidez Espasticidade Contraturas Articulares Extremos de Idade Recém-nascido Muito idoso (>75 anos) Alterações Musculares FATORES INTRÍNSECOS Extremos de Idade Imobilidade Dificuldade Alterações Musculares Pele Ingestão Nutricional Inadequada Demência História Prévia de Lesões por Fricção Neuropatia Deficiência Mental Equimoses Púrpura SenilProblemas Vasculares Problemas Cardíacos Deficiência Incontinência / Continência Edema Fraqueza Muscular Plegia Agitação Paralisia Unhas CompridasReferência: TORRES et. al., 2016 FATORES INTRÍNSECOS Uso de Corticoides ESTERÓIDES: Sistêmicos / Tópicos Anticoagulante Coleta de Sangue Polifarmácia Órteses/Próteses Remoção de Fitas Adesivas Transferências Quedas Contenções Produtos de Limpeza da Pele Uso Inadequado de Barreiras Referência: TORRES et. al., 2016 Uso Inadequado de Barreiras Referência: TORRES et. al., 2016 ESTADIAMENTO LESÃO POR PRESSÃO DEFINIÇÃO Estágio 1 Pele íntegra com eritema que não embranquece Estágio 2 Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme Estágio 3 Perda da pele em sua espessura total Estágio 4 Perda da pele em sua espessura total e perda tissular Não classificável Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível Tissular profunda Coloração vermelho escura,marrom ou púrpura,persistente e que não embranquece Relacionadas a dispositivos médicos Resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos.A lesão geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo Em membranas mucosas Encontrada quando há histórico de uso de dispositivos médicos no local do dano. Devido à a essas lesões não podem ser categorizadas anatomia do tecido. ESTADIAMENTO Referência: WHO, 2019; Coloplast, 2013 LESÃO ESTÁGIO I LESÃO ESTÁGIO II LESÃO ESTÁGIO III LESÃO ESTÁGIO IV ESTADIAMENTO Referência: WHO, 2019; Coloplast, 2013 TISSULAR PROFUNDA NÃO CLASSIFICÁVEL RELACIONADA A DISPOSITIVOS MÉDICOS IDENTIFICAÇÃO DE RISCO: ESCALA DE BRADEN Percepção sensorial: Capacidade de reagir significativamenteà pressão relacionada ao desconforto Umidade: nível ao qual a pele é exposta à umidade Atividade: grau de atividade física Mobilidade: capacidade de mudar e controlar a posição do corpo Nutrição: padrão usual de consumo alimentar Fricção e cisalhamento: capacidade de manter a pele livre do contato com o leito durante seu posicionamento ou movimentação Referência: NPUAP, 2016, adaptado SCORE DE RISCO ESCALA DE BRADEN Fatores de Risco 1 2 3 4 Percepção sensorial Totalmente limitado Muito Limitado Levemente Limitado Nenhuma Limitação Umidade Completamente molhado Muito Molhado Ocasionalmente molhado Raramente molhado Atividade Acamado Confinado a cadeira Anda ocasionalmente Anda frequentemente Mobilidade Totalmente imóvel Bastante limitado Levemente limitado Não apresenta limitações Nutrição Muito pobre Provavelmente inadequada Adequada Excelente 17 Avaliação de Risco Muito Alto Até 9 pontos Alto 10a 12pontos Moderado 13a 14pontos Baixo 15a 18pontos Sem Risco Mais de 19pontos CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ESCALA DE BRADEN Referência: WHO, 2019 Referência: CPTF, HUAP UFF, 2018 DÚVIDAS? Atividade 1. QUAIS OS CUIDADOS GERAIS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA UTI. 2. QUAIS OS TIPOS DE PNEUMONIA MAIS FREQUETES NA UTI 3. CARACTERIZE OS TIPOS DE CHOQUE 4. QUAL A CLASSIFICAÇÃO DE AVALIAÇÃO DA LPP SEGUNDA A ESCALA DE BRANDEN OBRIGADA! Slide 1: DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UTI Slide 2: CHOQUE Slide 3: Definição Slide 4: CAUSAS Slide 5: CLASSIFICAÇÃO Slide 6: AS ETAPAS ATÉ A MORTE Slide 7: Tolerância dos órgãos à isquemia Slide 8: SINAIS E SINTOMAS GERAIS Slide 9: CHOQUE HIPOVOLÊMICO Slide 10: CHOQUE HIPOVOLÊMICO Slide 11: CHOQUE HIPOVOLÊMICO Slide 12: CHOQUE HIPOVOLÊMICO Slide 13: AÇÕES DE ENFERMAGEM Slide 14: CHOQUE CARDIOGÊNICO Slide 15: CHOQUE CARDIOGÊNICO Slide 16: Contratilidade cardíaca diminuída Slide 17: CHOQUE CARDIOGÊNICO Slide 18: CHOQUE CARDIOGÊNICO Slide 19: CHOQUE DISTRIBUTIVO Slide 20: CHOQUE DISTRIBUTIVO Slide 21: CHOQUE NEUROGÊNICO Slide 22: Fisiopatologia do choque neurogênico Slide 23: CHOQUE NEUROGÊNICO Slide 24: CHOQUE NEUROGÊNICO Slide 25: CHOQUE SÉPTICO Slide 26: FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CHOQUE SÉPTICO Slide 27: FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO Slide 28: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Slide 29: CHOQUE SÉPTICO Slide 30: CHOQUE OBSTRUTIVO Slide 31: CHOQUE OBSTRUTIVO Slide 32: Lesão por Pressão-LPP Slide 33: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS Slide 34: FATORES INTRÍNSECOS Slide 35: FATORES INTRÍNSECOS Slide 36: FATORES INTRÍNSECOS Slide 37 Slide 38: ESTADIAMENTO Slide 39: ESTADIAMENTO Slide 40: ESTADIAMENTO Slide 41: IDENTIFICAÇÃO DE RISCO: ESCALA DE BRADEN Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45: DÚVIDAS? Slide 46: Atividade Slide 47: OBRIGADA!