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Aula 05 - Principais complicações na UTI - Copia-1

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Haziel Maia

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DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
EM UTI
PRINCIPAIS 
COMPLICAÇÕES NA UTI
CHOQUE
É uma síndrome caracterizada por uma
redução considerável da perfusão tecidual
sistêmica, devido a diferentes etiologias e
fisiopatologias levando a uma baixa oferta de
oxigênio e nutrientes aos tecidos, bem como
de sua efetiva utilização.
Definição
Falha no mecanismo que bombeia o 
sangue (coração);
Problemas nos vasos sangüíneos 
(alteração na resistência da parede 
vascular);
Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou 
líquidos corporais).
CAUSAS
CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos 
extracelulares;
CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica ;
CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular. Dividido em:
◦ CHOQUE NEUROGÊNICO;
◦ CHOQUE ANAFILÁTICO;
◦ CHOQUE SÉPTICO.
CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do fluxo sangüíneo.
CLASSIFICAÇÃO
AS ETAPAS ATÉ A MORTE
Hipoperfusão
Hipóxia celular
Morte celular
Falência orgânica 
Morte
Tolerância dos órgãos à isquemia
ÓRGÃOS TEMPO DE ISQUEMIA
Coração, cérebro, pulmões 4 a 6 minutos
Rins, fígado, trato intestinal 45 a 90 minutos
Músculo, osso, pele 4 a 6 horas
hipotensão 
taquicardia
pulso fino e taquicárdico 
pele fria e pegajosa 
sudorese abundante
Mucosas descoradas e secas 
palidez
cianose
• resfriamento das 
extremidades
• sede
• náuseas e vômitos
• alterações neurossensoriais.
SINAIS E SINTOMAS GERAIS
SINTOMAS QUE ANTECEDEM O CHOQUE
Inquietude, às vezes ansiedade e temor;
Náuseas; 
Sede intensa;
Definição:
Choque hipovolêmico – redução do volume sanguíneo 
intravascular, seguida da redução cardíaca e perfusão inadequada 
dos tecidos.
tipo mais comum;
Causas:
* perda sanguínea secundária hemorragia (interna ou externa)
* perda de líquidos e eletrólitos
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Volume sangüíneo
diminuído
Retorno venoso
diminuído
Volume sistólico 
diminuído
Debito cardíaco 
diminuído
Perfusão tecidual 
diminuído
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Manifestações clínicas:
Psiquismo, sede, náuseas e vômitos, alterações 
neurossensoriais
Pele: fria e pegajosa, sudorese abundante Mucosas 
hipocoradas e secas, palidez, cianose;
Circulação; hipotensão, pulso fino e taquicárdico, 
hipotensão;
Respiração = dispneia;
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Tratamento:
Reposição hídrica e sanguínea;
Medicamentos (infusão de soro fisiológico, ou 
Ringer ou albumina) aumentam o volume
circulante.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
AÇÕES DE ENFERMAGEM
Verificar vias aéreas, perfusão:
Iniciar infusão venosa
Instalar cateter venoso central (monitorização hemodinâmica) 
Sondagem de demora com sistema fechado, controle; 
Administrar O2
Controle de TPR e PA
Solicitação de hemograma, comunicar qualquer anormalidade
CHOQUE CARDIOGÊNICO
• Conceito
redução do débito cardíaco, que compromete 
gravemente a perfusão dos tecidos, em função da 
incapacidade cardíaca
• Etiologia:
- infarto do miocárdio
- falência miocárdica aguda
- arritmias; eletrocussão; hipóxia;
- depressão dos centros nervosos;
- intoxicações ou envenenamento.
CHOQUE CARDIOGÊNICO
Contratilidade cardíaca 
diminuída
Debito cardíaco e 
volume sistólico 
diminuídos
Perfusão 
tecidual sitêmica 
diminuída
Perfusão 
diminuída da 
artéria coronária
Congestão 
pulmonar
Manifestações clínicas:
- hipotensão arterial;
- queda rápida e acentuada do índice cardíaco; - oligúria;
- hiperpnéia
- alteração no nível de consciência;
- dor anginosa e arritmias.
CHOQUE CARDIOGÊNICO
r
e
Tratamento ( vai depender do agente etiológico.)
- deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco, po
obstrução mecânica: cirúrgico
- comprometimento miocárdico: monitorização hemodinâmica e uso d
drogas.
CHOQUE CARDIOGÊNICO
Definição: volume sanguíneo é 
anormalmente deslocado no sistema vascular 
tal como ocorre quando ele se acumula nos 
vasos sanguíneos periféricos.
Subdivisão:
* neurogênico;
* anafilático;
* séptico
CHOQUE DISTRIBUTIVO
Vasodilatação
Má distribuição do
volume sangüíneo
Retorno venoso 
diminuído
Volume sistólico 
diminuído
Débito cardíaco 
diminuído
Perfusão tecidual 
diminuído
CHOQUE DISTRIBUTIVO
Definição:
- lesão medular, levando a perda de tônus simpático, 
interrompendo o estímulo vasomotor ocasionando 
intensa vascularização periférica, e subsequente, uma 
diminuição do retorno venoso com queda do débito 
cardíaco.
Causas:
- Lesão da medula espinhal; anestesia espinhal
- Lesão do sistema 
medicamentos
- Uso de drogas
nervoso; efeito depressor de
CHOQUE NEUROGÊNICO
Fisiopatologia do choque 
neurogênico
•Secção do SNS
•Perda do tono simpático
•Vasodilação venosa e arterial
•Diminuição do retorno venoso
•Diminuição do volume de ejeção
•Diminuição do débito cardíaco
•Diminuição do suprimento de O2 para as células
•Diminuição da perfusão dos tecidos
Manifestações clínicas:
- pele seca e quente;
- hipotensão;
- bradicardia;
CHOQUE NEUROGÊNICO
Tratamento:
- restauração do tônus simpático, através da estabilização da 
medula espinhal
CHOQUE NEUROGÊNICO
Definição:
Resulta da disseminação e expansão de uma 
infecção inicialmente localizada para a corrente 
Sanguínea.
CHOQUE SÉPTICO
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO 
CHOQUE SÉPTICO
• Idade
• Mal nutrição
• Debilidade geral
• Cateterismo invasivo
• Feridas traumáticas
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO
•Infecção iniciada por Bactérias Gram- (mais comum), 
Gram+, Fungos ou virus
•Paredes celulares dos microorganismos têm Endotoxinas
Endotoxinas libertam mediadores inflamatórios 
(resposta inflamatória sistêmica)
–Vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar 
que dão:
–Choque pela alteração da circulação periférica e
dilatação maciça
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Taquicardia: aumento dos batimentos cardíacos 
(acima de 100 por minuto);
hipertermia: aumento da temperatura acima de 38˚C 
(considere também hipotermia: queda abaixo de 
36˚C);
Taquipnéia: aumento da respiração (acima de 20 por 
minuto);
Diminuição da quantidade de urina;
Hipotensão 
Pele pálida e fria
Alteração do estado de consciência
Tratamento:
Correção do processo séptico subjacente com 
uso de antimicrobiano imediatamente.
Prevenção!!!
Encontrar e “matar” a fonte de infecção.
–Ressuscitação com fluidos
–Vaso-constritores
–Maximizar suprimemto de O2
–Conforto e apoio emocional
CHOQUE SÉPTICO
http://www.uwex.edu/ces/cty/manitowoc/bacteria.gif
Definição:
obstrução mecânica do 
fluxo sanguíneo.
CHOQUE OBSTRUTIVO
CHOQUE OBSTRUTIVO
CAUSA:
tromboembolismo pulmonar (TEP), tamponamento
cardíaco, pneumotórax hipertensivo
O choque obstrutivo tem como mecanismos 
compensatórios um aumento da pré-carga, da 
Resistência Ventricular Sistêmica e da frequência 
cardíaca.
Lesão por Pressão-LPP
O que é LPP na UTI?
A Lesão por Pressão (LPP) é considerada um dos indicadores 
negativos de qualidade assistencial dos serviços de saúde e 
de enfermagem e sua prevenção é importante, 
considerando o contexto do movimento global pela 
segurança do paciente
São danos localizados na pele e/ou tecidos 
subjacentes, geralmente sobre uma 
proeminência óssea, resultante de pressão 
isolada ou combinada, com forças de 
cisalhamento e/ou fricção
Incidência: 
03% a 14% - Hospitais gerais;
15% a 25% - Serviços de pacientes crônicos; 
07% a 12% - Atendimento domiciliário;
Referência: EBSERH – UFTM, 2016; NPUAP, 2016;Referência: Portal Reabvita
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
FATORES INTRÍNSECOS
Pele Referência:
Seca Descamativa Frágil TORRES et. al., 2016
Imobilidade
Cadeirante Acamado
Dificuldades
Locomoção Desequilíbrio
Rigidez Espasticidade Contraturas Articulares
Extremos de Idade
Recém-nascido Muito idoso (>75 anos)
Alterações Musculares
FATORES INTRÍNSECOS
Extremos de 
Idade Imobilidade Dificuldade
Alterações 
Musculares Pele
Ingestão 
Nutricional 
Inadequada
Demência
História Prévia 
de Lesões por 
Fricção
Neuropatia
Deficiência 
Mental Equimoses Púrpura SenilProblemas
Vasculares
Problemas
Cardíacos Deficiência
Incontinência /
Continência Edema
Fraqueza
Muscular
Plegia Agitação Paralisia
Unhas 
CompridasReferência:
TORRES et. al., 2016
FATORES INTRÍNSECOS
Uso de Corticoides
ESTERÓIDES:
Sistêmicos /
Tópicos
Anticoagulante Coleta de Sangue
Polifarmácia Órteses/Próteses
Remoção de Fitas
Adesivas
Transferências
Quedas Contenções
Produtos de 
Limpeza da Pele
Uso Inadequado de
Barreiras
Referência:
TORRES et. al., 2016
Uso Inadequado de
Barreiras
Referência:
TORRES et. al., 2016
ESTADIAMENTO
LESÃO POR PRESSÃO DEFINIÇÃO
Estágio 1 Pele íntegra com eritema que não embranquece
Estágio 2 Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme
Estágio 3 Perda da pele em sua espessura total
Estágio 4 Perda da pele em sua espessura total e perda tissular
Não classificável Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível
Tissular profunda Coloração vermelho escura,marrom ou púrpura,persistente e
que não
embranquece
Relacionadas a dispositivos
médicos
Resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos
e terapêuticos.A lesão geralmente apresenta o padrão ou forma do 
dispositivo
Em membranas mucosas Encontrada quando há histórico de uso de dispositivos médicos no local do dano.
Devido à a essas lesões não podem ser categorizadas anatomia do tecido.
ESTADIAMENTO
Referência: WHO, 2019; Coloplast, 2013
LESÃO ESTÁGIO I
LESÃO ESTÁGIO II
LESÃO ESTÁGIO III
LESÃO ESTÁGIO IV
ESTADIAMENTO
Referência: WHO, 2019; Coloplast, 2013
TISSULAR PROFUNDA
NÃO CLASSIFICÁVEL
RELACIONADA A 
DISPOSITIVOS MÉDICOS
IDENTIFICAÇÃO DE RISCO: 
ESCALA DE BRADEN
Percepção sensorial: Capacidade de reagir significativamenteà pressão relacionada ao 
desconforto
Umidade: nível ao qual a pele é exposta à umidade
Atividade: grau de atividade física
Mobilidade: capacidade de mudar e controlar a posição do corpo
Nutrição: padrão usual de consumo alimentar
Fricção e cisalhamento: capacidade de manter a pele livre do contato com o leito durante 
seu posicionamento ou movimentação
Referência: NPUAP, 2016, adaptado
SCORE DE RISCO
ESCALA DE BRADEN
Fatores de Risco 1 2 3 4
Percepção 
sensorial
Totalmente limitado Muito Limitado Levemente 
Limitado
Nenhuma 
Limitação
Umidade Completamente 
molhado
Muito Molhado Ocasionalmente 
molhado
Raramente 
molhado
Atividade Acamado Confinado a cadeira Anda 
ocasionalmente
Anda 
frequentemente
Mobilidade Totalmente imóvel Bastante limitado Levemente 
limitado
Não apresenta 
limitações
Nutrição Muito pobre Provavelmente 
inadequada
Adequada Excelente
17
Avaliação de Risco
Muito Alto Até 9 pontos
Alto 10a 12pontos
Moderado 13a 14pontos
Baixo 15a 18pontos
Sem Risco Mais de 19pontos
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
ESCALA DE BRADEN
Referência: WHO, 2019
Referência: CPTF, HUAP UFF, 2018
DÚVIDAS?
Atividade
1. QUAIS OS CUIDADOS GERAIS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA UTI.
2. QUAIS OS TIPOS DE PNEUMONIA MAIS FREQUETES NA UTI 
3. CARACTERIZE OS TIPOS DE CHOQUE
4. QUAL A CLASSIFICAÇÃO DE AVALIAÇÃO DA LPP SEGUNDA A ESCALA DE BRANDEN
OBRIGADA!
	Slide 1: DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UTI
	Slide 2: CHOQUE
	Slide 3: Definição
	Slide 4: CAUSAS
	Slide 5: CLASSIFICAÇÃO
	Slide 6: AS ETAPAS ATÉ A MORTE
	Slide 7: Tolerância dos órgãos à isquemia
	Slide 8: SINAIS E SINTOMAS GERAIS
	Slide 9: CHOQUE HIPOVOLÊMICO
	Slide 10: CHOQUE HIPOVOLÊMICO
	Slide 11: CHOQUE HIPOVOLÊMICO
	Slide 12: CHOQUE HIPOVOLÊMICO
	Slide 13: AÇÕES DE ENFERMAGEM
	Slide 14: CHOQUE CARDIOGÊNICO
	Slide 15: CHOQUE CARDIOGÊNICO
	Slide 16: Contratilidade cardíaca diminuída
	Slide 17: CHOQUE CARDIOGÊNICO
	Slide 18: CHOQUE CARDIOGÊNICO
	Slide 19: CHOQUE DISTRIBUTIVO
	Slide 20: CHOQUE DISTRIBUTIVO
	Slide 21: CHOQUE NEUROGÊNICO
	Slide 22: Fisiopatologia do choque neurogênico
	Slide 23: CHOQUE NEUROGÊNICO
	Slide 24: CHOQUE NEUROGÊNICO
	Slide 25: CHOQUE SÉPTICO
	Slide 26: FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO CHOQUE SÉPTICO
	Slide 27: FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO
	Slide 28: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
	Slide 29: CHOQUE SÉPTICO
	Slide 30: CHOQUE OBSTRUTIVO
	Slide 31: CHOQUE OBSTRUTIVO
	Slide 32: Lesão por Pressão-LPP
	Slide 33: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
	Slide 34: FATORES INTRÍNSECOS
	Slide 35: FATORES INTRÍNSECOS
	Slide 36: FATORES INTRÍNSECOS
	Slide 37
	Slide 38: ESTADIAMENTO
	Slide 39: ESTADIAMENTO
	Slide 40: ESTADIAMENTO
	Slide 41: IDENTIFICAÇÃO DE RISCO: ESCALA DE BRADEN
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45: DÚVIDAS?
	Slide 46: Atividade
	Slide 47: OBRIGADA!

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