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RISCOS DO CHOQUE ELÉTRICO 
Os efeitos do choque podem ser imediatos ou posterior. Portanto, todo choque é 
perigoso. O grande esforço que a área de segurança pode prestar é minimizar os riscos 
de modo a não deixar que o choque elétrico ocorra. 
Conforme a intensidade do choque, as queimaduras resultantes poderão ser: 
 
 
SUPERFICIAIS OU DE 1º GRAU 
 
Quando atingem a camada mais superficial da pele, 
causando ferimentos leves, vermelhidão e ardor. 
2º GRAU 
 
Comprometendo a superfície e a camada 
intermediária da pele (epiderme e derme), e 
provocando bolhas e dor intensa. 
3º GRAU 
Quando ocorre lesão da epiderme, derme e de 
tecidos profundos (músculos, nervos, vasos etc.). A 
pele fica carbonizada ou esbranquiçada e há 
ausência de dor. 
 
 
CORAÇÃO HUMANO 
Portanto, os choques elétricos, que podem suscitar a fibrilação ventricular, são 
provenientes de: 
 
Tensão de toque; Tensão de passo; Baixa tensão 
 
 
 
TENSÃO DE TOQUE 
É a tensão elétrica existente entre os membros superiores e inferiores de um indivíduo. 
Por exemplo: 
Um defeito de ruptura na cadeia de isoladores de uma torre de 
transmissão. 
Uma pessoa tocando na torre, no momento do curto-circuito, ficará 
submetida a um choque proveniente da tensão de toque. 
A tensão de toque é perigosa porque o coração está no trajeto da corrente de choque, 
aumentando o risco da fibrilação ventricular. 
TENSÃO DE PASSO 
 É a tensão elétrica entre dois pés no instante da operação ou defeito tipo curto-
circuito. 
 A tensão de passo também é perigosa. As veias e artérias vão da planta do pé até o 
coração. Sendo o sangue condutor a corrente de choque devido a tensão de passo vai do 
pé até o coração e deste ao outro pé. E neste caso pode causa fibrilação ventricular. 
 Um agravante é que a corrente de choque devido a tensão de passo contrai os 
músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair, e, ao tocar no solo com as mãos, a 
tensão se transforma em tensão de toque no solo. 
 Neste caso , o perigo é maior, porque o coração está contido no percurso da 
corrente de choque. 
 Hoje em dia é muito comum em instalação de computadores serem colocados o 
estabilizador de voltagem no chão e o usuário acustumando a ligar e desligar com os pés 
e se este for de gabinete metálico sem aterramento, a pessoa está correndo risco de 
tensão de passo. Aconselha-se a pessoa passar a utilização de estabilizadores com 
carcaça plástica, pois é um isolante. 
Queimaduras 
 O conhecimento do fenômeno da FIBRILAÇÃO VENTRICULAR do coração pelo 
choque elétrico é importante para conscientizar a população e os técnicos das empresas 
dos riscos provenientes dos trabalhos envolvendo eletricidade è no período de 
repolarização das fibras, conhecido como período vulnerável do coração, que são 
diagnosticadas várias doenças do coração. 
 É também o período mais vulnerável do coração ao choque elétrico proveniente de 
uma fonte externa. O período da onda T corresponde a 0,16 segundos ou, 1/7 do ciclo 
cardíaco. 
 Quando a corrente elétrica alternada, passa pelo coração, as camadas dos tecidos 
respondem vibrando de maneiras distintas. Estas vibrações mecânicas diferenciadas 
prejudicam a repolarização das fibras musculares dos ventrículos, não deixando que a 
onda T ocorra a contento. 
 Ainda, aliado a este fato, a corrente do choque provoca um batimento cardíaco 
distorcido. Este estado caótico de polarização é irreversível, com perda total do 
sincronismo das contrações. 
 Devido à heterogeneidade dos tecidos da parede do coração, todos os mamíferos e 
animais superiores sofrem o efeito da fibrilação ventricular devido ao choque elétrico. 
 Portanto, para correntes de choques grandes, os efeitos mais drásticos são as 
queimaduras, e para correntes pequenas o maior perigo é a fibrilação ventricular 
SINTOMAS DA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 
 Com respeito à eletricidade, quando uma pessoa recebe um choque elétrico, vários 
efeitos e circunstâncias podem ocorrer. Se for de baixa tensão e, devido ao choque, cair 
desfalecida, deve-se desconfiar que o coração está em fibrilação. Se a pessoa não tem 
pulso e não respira, deve-se imediatamente iniciar os primeiros socorros. 
 Quando a pessoa recebe um choque elétrico, se o coração entrar em fibrilação 
ventricular: a pressão cai a zero, não há pulso cardíaco em nenhum ponto do corpo; 
acontece a parada respiratória. 
 Devido a estas ocorrências os sintomas externos básicos são: 
 
Vítima desfalecida; 
Palidez; 
Não há pulso; 
Não há respiração; 
Dentro de 30 a 40 segundos, a pupila do olho está dilatada. 
PRIMEIROS SOCORROS 
 Examinando a vítima e constatando ausência de pulsação e respiração, deve-se 
primeiramente deitar a pessoa no chão bem firme e duro. Examinar a boca, no sentido 
de retirar qualquer objeto, como chiclete, bala, etc..., e puxar a língua para a sua posição 
normal. Esticar a cabeça com o queixo mais empinado para trás. Imediatamente 
proceder continuadamente a respiração artificial e a massagem cardíaca. E em seguida 
levar a vítima o mais rápido possível para o hospital. 
SANGUE 
 O sangue constituído de vários elementos importantes ao bom funcionamento do 
corpo humano, é o agente que possibilita o transporte dos nutrientes e oxigênio as 
células e o recolhimento dos resíduos e gás carbônico. Por ser um líquido com grande 
concentração de sais minerais, o sangue é um condutor de eletricidade. Por este motivo, 
a corrente elétrica do choque invade todos os órgãos. 
 A fibrilação ventricular do coração, pode ocorrer de vários modos, mas a 
preocupação é a relacionada com o choque elétrico. 
AUTÓPSIA 
 Choque elétrico de alta tensão produz queimaduras intensas, deixando evidências 
da acusa morte. Em baixa tensão, o choque elétrico é de baixíssima intensidade e o 
efeito das queimaduras é pequeno. A morte ocorre praticamente ao efeito da fibrilação 
ventricular, sem deixar marcas no coração. 
 Esse é um problema sério para familiares dos técnicos que trabalham com 
eletricidade. Pela legislação vigente não fica caracterizado morte por acidente de 
trabalho. 
EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO NO CORPO HUMANO 
 A corrente elétrica que invade o corpo humano trafega procurando os órgãos de 
menor resistividade elétrica. Portanto, alguns órgãos com esta característica ficarão mais 
susceptíveis a danos. 
 Outros sintomas, de difícil análise, são os provocados pelo choque elétrico cujos 
efeitos e danos nos órgãos só aparecerão mais tarde. Estes danos podem aparecer após 
dias ou meses. 
SINTOMAS DO CHOQUE ELÉTRICO 
 
Contrações musculares; 
Tetanização dos músculos; 
Aquecimento do músculo, órgão e sangue; 
Queimaduras dos ossos, músculos, órgãos etc.. 
Parada respiratória; 
Parada cardíaca; 
Problemas mentais; 
Perdas de memória; 
Prolapso em órgãos ou músculos; 
Retensão sangüínea; 
Outros. 
PARADA RESPIRATÓRIA 
 A parada respiratória pode ocorrer direta ou indiretamente devido ao choque 
elétrico. 
 Choque com corrente elétrica menor do que a do limite de fibrilação ventricular do 
coração, produz comprometimento na capacidade respiratória do indivíduo, devido a 
fadiga e tensionamento do músculo diafragma. 
 Se o choque for maior, o tensionamento exagerado produz a tetanização do 
diafragma, e em conseqüência a parada respiratória. Se o coração continuar 
funcionando, a circulação será só de sangue venoso, o que deixa a vítima em estado de 
morte aparente. 
PARADA CARDÍACA 
 Similarmente, o choque pode produzir a tetanização das fibras musculares do 
tecido do coração. Este estado exagerado do tensionamento das fibras deixa o coração 
preso. É a parada cardíaca. 
ELETRÓLISE NO SANGUE 
 No caso específico do corpo humano, que é constituído de 70% de matéria liquida, 
possui vários tipos de sais minerais,o choque em corrente contínua provoca a eletrólise 
no sangue e no plasma líquido de todo o corpo. Este efeito pode ocasionar: 
 
Mudança da concentração de sais minerais, produzindo desequilíbrio, gerando 
mal funcionamento de outros elementos. 
Aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue. 
Estes coágulos aumentam ou se aglutinam com outros, aumentando o tamanho, 
provocando trombose nas artérias, veias, vasos, etc..com a conseqüente morte da 
pessoa. 
PERDA DA COORDENAÇÃO MOTORA 
Choque pode prejudicar a coordenação motora da pessoa, principalmente por: 
 
Atrofia muscular; 
Danos neurológicos. 
Choque elétrico, superposto ao sinal transmissor natural do corpo, provoca 
uma pane geral, advindo daí toda a sorte de riscos e seqüelas. Seqüelas diversas, 
com possível perda de sensibilidade e coordenação motora, inclusive o Mal de 
Parkison. 
DANOS NO CÉREBRO 
 Muitos acidentes ocorrem com choque na parte superior da cabeça e a corrente 
passando através do cerebro, pode produzir efeitos diversos, com seqüelas graves, 
inclusive a morte, 
 Por exemplo : pessoas que utilizam correntes no pescoço e ao baixar para ligar ou 
desligar um estabilizador de voltagem com carcaça metálica no chão sem o fio terra, 
pode ser de altíssimo risco, já existem alguns casos comprovados deste tipo de 
ocorrências. 
Os efeitos são: 
Inibição do cérebro; 
Dessincronização nos seus comandos; 
Edema; 
Isquemia; 
Aquecimento; 
Dilatação. 
 No caso da isquemia as seqüelas podem ser: 
Perda da memória; 
Perda do raciocínio; 
Perda da fala 
Comprometimento nos movimentos; 
Perda da visão; 
Etc... 
 O choque na cabeça ou pescoço, inevitavelmente atingirá o bulbo, produzindo 
conseqüências no centro cárdio-respiratório. 
DANOS NA VISÃO 
Os danos, decorrentes do choque, causados no olho humano, podem ser diretos ou 
indiretos. E pode prejudicar a visão. 
DANOS RENAIS 
A corrente elétrica, ao passar pelos rins pode comprometer o funcionamento deste 
órgão, geralmente produzindo os seguintes efeitos: 
 
Insuficiência renal; 
Eneuresia (incontinência urinária) 
Os problemas renais geralmente aparecem depois de um certo tempo, ficando difícil 
fazer a correlação do efeito com choque elétrico. 
PROLAPSO 
 Prolapso é o deslocamento, com mudança definitiva de órgão ou músculos, devido 
a passagem da corrente elétrica do choque. 
 O corpo sofre uma verdadeira convulsão. Os músculos se contraem,o sangue se 
dilata, há uma pane nos sistemas neuro-transmissores. Em conseqüência, pode se 
produzido o prolapso de qualquer órgão. 
ESTADO DE SAÚDE DO INDIVÍDUO 
É claro que a reação do corpo humano ao choque vai depender do estado de saúde da 
vítima. 
 
Estado físico do indivíduo; 
Estado psicológico do indivíduo. 
Idade,tamanho, peso, sexo, etc.. 
A área de contato é muito importante pois, quanto maior ela for e quanto mais umidade 
contiver, maior também será o choque elétrico. 
Ora, quando levamos um choque, é o nosso corpo que oferece resistência à passagem da 
corrente elétrica e, como na média ela equivale a 300 Ohms, podemos ter uma idéia da 
corrente que poderemos sofrer caso levemos um choque em nossa residência pela tabela 
a seguir: 
TIPO DE CONTATO 110V 220V 
entre as pontas dos 
dedos de ambas as mãos 
(dedos secos) 
7mA 14mA 
entre as palmas de 
ambas as mãos (palmas 
secas) 
122mA 244mA 
mão com ferramenta e 
pés calçados (secos) 
6mA 12mA 
mão com ferramenta e 
pés calçados (molhados) 
183mA 366mA 
corpo no chuveiro ou na 
banheira 
220mA 440mA 
É a partir dos 30mA que a corrente pode começar a provocar efeitos danosos em nosso 
corpo, indo desde um leve formigamento, passando pela paralisia momentânea e pela 
tetanização (rigidez total dos músculos), e podendo chegar a fibrilação (movimentos 
descoordenados do coração), parada cardíaca ou respiratória. 
A tabela a seguir dá um exemplo de como essa corrente pode afetar nosso corpo em 
função de sua magnitude: 
CORRENTE 
REAÇÕES 
FISIOLÓGICAS 
0,1 a 0,5mA leve percepção superficial 
0,5 a 10mA 
ligeira paralisia nos 
músculos, início de 
tetanização 
10 a 30mA 
nenhum efeito perigoso se 
houver interrupção do 
contato em no máximo 5 
segundos 
30 a 500mA 
tetanização, sensação de falta 
de ar, possibilidade de 
fibrilação 
acima de 500mA 
traumas cardíacos 
persistentes 
 
 
 
 
 
 
 Aterramento 
As características e a eficácia dos aterramentos devem satisfazer às prescrições 
de segurança das pessoas e funcionais da instalação. O valor da resistência de 
aterramento deve satisfazer às condições de proteção e de funcionamento da instalação 
elétrica. 
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento deve ser 
único em cada local da instalação. 
NOTA: 
Para casos específicos de acordo com as prescrições da instalação, podem ser usados 
separadamente, desde que sejam tomadas as devidas precauções. 
A seleção e instalação dos componentes dos aterramentos devem ser tais que: 
a) o valor da resistência de aterramento obtida não se modifique 
consideravelmente ao longo do tempo; 
b) resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e eletromecânicas; 
c) sejam adequadamente robustos ou possuam proteção mecânica apropriada para 
fazer face às condições de influências externas. 
Devem ser tomadas precauções para impedir danos aos eletrodos e a outras 
partes metálicas por efeitos de eletrólise. 
 Eletrodos de aterramento 
 O eletrodo de aterramento preferencial numa edificação é o constituído pelas 
armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações. 
NOTAS 
1- A experiência tem demonstrado que as armaduras de aço das estacas, dos 
blocos de fundação e das vigas baldrames, interligadas nas condições 
correntes de execução, constituem um eletrodo de aterramento de excelentes 
características elétricas. 
2- As armaduras de aço das fundações, juntamente com as demais armaduras do 
concreto da edificação, podem constituir, nas condições prescritas pela NBR 
5419, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (aterramento e 
gaiola de Faraday, completado por um sistema captor). 
3- Em geral os elementos em concreto protendido não devem integrar o sistema 
de proteção contra descargas atmosféricas. 
No caso de fundações em alvenaria, o eletrodo de aterramento pode ser 
constituído por uma fita de aço ou barra de aço de construção, imersa no concreto das 
fundações, formando um anel em todo o perímetro da estrutura. A fita deve ter, no 
mínimo, 100 mm
2
 de seção e 3 mm de espessura e deve ser disposta na posição vertical. 
A barra deve ter o mínimo 95 mm
2
 de seção. A barra ou a fita deve ser envolvida por 
uma camada de concreto com espessura mínima de 5 cm. 
 Quando o aterramento pelas fundações não for praticável, podem ser utilizados os 
eletrodos de aterramento convencionais, indicados na tabela 1, observando-se que: 
a) o tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser 
tais que as mudanças nas condições do solo (por exemplo, secagem) não 
aumentem a resistência do aterramento dos eletrodos acima do valor exigido; 
b) o projeto do aterramento deve considerar o possível aumento da resistência de 
aterramento dos eletrodos devido à corrosão. 
NOTA 
1- Preferencialmente o eletrodo de aterramento deve constituir um anel 
circundando o perímetro da edificação. 
2- A eficiência de qualquer eletrodo de aterramento depende das condições 
locais do solo; devem ser selecionados um ou mais eletrodos adequados às 
condições do solo e ao valor da resistência de aterramento exigida pelo 
esquema de aterramento adotado. O valor da resistência de aterramento do 
eletrodo de aterramento pode ser calculado ou medido. 
 
Tipo de eletrodo Dimensões mínimas Observações 
Tubo de aço zincado 2,40 m de comprimento e 
diâmetro nominal de 25 mm 
Enterramento totalmente 
vertical 
Perfil de aço zincadoCantoneira de 
(20mmx20mmx3mm) com 
2,40 m de comprimento 
Enterramento totalmente 
vertical 
Haste de aço zincado Diâmetro de 15 mm com 2,00 
ou 2,40 m de comprimento 
Enterramento totalmente 
vertical 
Haste de aço 
revestida de cobre 
Diâmetro de 15 mm com 2,00 
ou 2,40 m de comprimento 
Enterramento totalmente 
vertical 
Haste de cobre Diâmetro de 15 mm com 2,00 
ou 2,40 m de comprimento 
Enterramento totalmente 
vertical 
Fita de cobre 25 mm² de seção, 2 mm de 
espessura e 10 m de 
comprimento 
Profundidade mínima de 0,60 
m. Largura na posição vertical 
Fita de aço 
galvanizado 
100 mm² de seção, 3 mm de 
espessura e 10 m de 
comprimento 
Profundidade mínima de 0,60 
m. Largura na posição vertical 
Cabo de cobre 25 mm² de seção e 10 m de 
comprimento 
Profundidade mínima de 0,60 
m. Posição horizontal 
Cabo de aço zincado 95 mm² de seção e 10 m de 
comprimento 
Profundidade mínima de 0,60 
m. Posição horizontal 
Cabo de aço 
cobreado 
50 mm² de seção e 10 m de 
comprimento 
Profundidade mínima de 0,60 
m. Posição horizontal 
 Não devem ser usados como eletrodo de aterramento canalizações metálicas de 
fornecimento de água e outros serviços, o que não exclui a ligação equipotencial de que 
trata . 
 Condutores de aterramento 
Os condutores de aterramento devem atender às prescrições gerais. 
Quando o condutor de aterramento estiver enterrado no solo, sua seção mínima 
deve estar de acordo com a tabela. 
 Protegido mecanicamente Não protegido 
mecanicamente 
 
Protegido contra corrosão 
 
 
De acordo com 6.4.3.1 
Cobre: 16 mm² 
 
Aço: 16 mm² 
 
Não protegido contra corrosão 
 
Cobre: 16 mm² (solos ácidos) 
 25 mm² (solos alcalinos) 
 Aço: 50 mm² 
Quando o eletrodo de aterramento estiver embutido nas fundações a ligação ao 
eletrodo deve ser realizada diretamente, por solda elétrica, à armadura do concreto mais 
próxima, com seção não inferior a 50 mm
2
, preferencialmente com diâmetro não 
inferior a 12 mm, ou ao ponto mais próximo do anel (fitas ou barra) embutido nas 
fundações. Em ambos os casos, deve ser utilizado um condutor de aço com diâmetro 
mínimo de 12 mm, ou uma fita de aço de 25 mm x 4 mm. Com o condutor de aço 
citado, acessível fora do concreto, a ligação à barra ou condutor de cobre para 
utilização, deve ser feita por solda exotérmica ou por processo equivalente do ponto de 
vista elétrico e da corrosão. 
Em alternativa podem usar-se acessórios específicos de aperto mecânico para 
derivar o condutor de tomada de terra diretamente da armadura do concreto, ou da barra 
de aço embutida nas fundações, ou ainda do condutor de aço derivado para o exterior do 
concreto. 
NOTA - O condutor de aço derivando para exterior do concreto deve ser 
adequadamente protegida contra corrosão. 
Na execução da ligação de um condutor de aterramento a um eletrodo de 
aterramento deve-se garantir a continuidade elétrica e a integridade do conjunto. 
 Terminal de aterramento principal 
Em qualquer instalação deve ser previsto um terminal ou barra de aterramento 
principal e os seguintes condutores devem ser a ele ligados: 
a) condutor de aterramento; 
b) condutores de proteção principais; 
c) condutores de equipotencialidade principais; 
d) condutor neutro, se disponível; 
e) barramento de equipotencialidade funcional (ver 6.4.8.5), se necessário; 
f) condutores de equipotencialidade ligados a eletrodos de aterramento de outros 
sistemas (por exemplo, SPDA). 
NOTAS 
1 - O terminal de aterramento principal realiza a ligação equipotencial principal . 
2 - Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em 
baixa tensão, que utilizem o esquema TN, o condutor neutro deve ser ligado 
ao terminal ou barra de aterramento principal, diretamente ou através de 
terminal ou barramento de aterramento local; 
3 - Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em 
baixa tensão, que utilizem o esquema TT, devem ser previstos dois 
terminais ou barras de aterramento separados, ligados a eletrodos de 
aterramento eletricamente independentes, quando possível, um para o 
aterramento do condutor neutro e o outro constituindo o terminal de 
aterramento principal propriamente dito. 
4 - Os condutores de equipotencialidade destinados à ligação de eletrodos de 
aterramento de SPDA devem ser dimensionados segundo a NBR 5419. 
Quando forem utilizados eletrodos de aterramento convencionais, deve ser 
previsto, em local acessível, um dispositivo para desligar o condutor de aterramento. Tal 
dispositivo deve ser combinado ao terminal ou barra de aterramento principal, de modo 
a permitir a medição da resistência de aterramento do eletrodo, ser somente 
desmontável com o auxílio de ferramenta, ser mecanicamente resistente e garantir a 
continuidade elétrica. 
CCoonndduuttoorreess ddee pprrootteeççããoo 
 Seções mínimas 
A seção não deve ser inferior ao valor determinado pela expressão seguinte 
(aplicável apenas para tempos de atuação dos dispositivos de proteção que não excedam 
5 s): 
 
Onde: 
S é a seção do condutor, em milímetros quadrados; 
I é o valor (eficaz) da corrente de falta que pode circular pelo dispositivo de proteção, 
para uma falta direta, em ampéres; 
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção, em segundos; 
NOTA - Deve ser levado em conta o efeito de limitação de corrente das impedâncias do 
circuito, bem como a capacidade limitadora (integral de Joule) do dispositivo de 
proteção. 
k é o fator que depende do material do condutor de proteção, de sua isolação e outras 
partes e das temperaturas inicial e final. 
As tabelas 3, 4, 5 e 6 dão os valores de k para condutores de proteção em 
diferentes condições de uso ou serviço. Se, ao ser aplicada a expressão, forem obtidos 
valores não padronizados, devem ser utilizados condutores com a seção normalizada 
imediatamente superior. 
NOTAS 
 1 - É necessário que a seção calculada seja compatível com as condições 
impostas pela impedância do percurso da corrente de falta. 
2 - Para limitações de temperatura em atmosferas explosivas, ver IEC-79-0. 
3 - Devem ser levadas em conta as temperaturas máximas admissíveis para as 
ligações. 
 Isolação ou cobertura protetora 
Material do condutor PVC EPR ou XLPC 
Cobre 
Alumínio 
Aço 
143 
 95 
 52 
176 
116 
 64 
NOTAS 
1 - A temperatura inicial considerada é de 30º C. 
2 - A temperatura final do condutor é considerada igual a 160º C para o PVC e a 
250º C para o EPR e o XLPE. 
 Isolação ou cobertura protetora 
Material do condutor PVC EPR ou XLPC 
Cobre 
Alumínio 
115 
 76 
143 
 94 
 
 
Sistema de Aterramento 
Sistema de aterramento - é o conjunto de todos os condutores e peças 
condutoras com os quais é constituído um aterramento 
Ambiente de Aterramento: é o local onde serão instalados os eletrodos de 
terra, que podem ser localizados em solos úmidos, de preferência junto ao lençol 
freático evitando-se, entretanto, locais nos quais possam ocorrer substâncias 
corrosivas. Caso seja em solo arenoso, calcáreo ou rochoso, onde houver 
dificuldade de conseguir-se o mínimo da resistência ohmica estabelecida neste 
documento, será necessária uma compensação por meio de maior distribuição de 
eletrodos, todos interligados radialmente por meio de condutores que circundem 
a edificação, formando uma rede de hastes.

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