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Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Olá pessoal, Prometi um revisional com questões em relação ao conteúdo programático desenvolvido no curso. Portanto, seguem mais 100 assertivas para vocês treinarem a matéria. Vamos ao estudo! Questões Objetivas: QUESTÃO 201 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Para o recebimento do adicional de transferência previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, devem estar preenchidos os seguintes requisitos: a transferência deve ser provisória e implicar na mudança de domicílio do empregado. Comentários: Quando ocorrer transferência provisória por necessidade do serviço, mesmo em se tratando de cargo de confiança e condição implícita ou explícita no contrato, o empregador ficará obrigado a pagar adicional de, no mínimo, 25% dos salários que o empregado recebia na localidade de origem, enquanto durar a transferência. É necessária para a configuração da transferência a mudança de domicílio do empregado. O adicional é pago em razão da transferência provisória do empregado. É importante ressaltar que se a transferência for definitiva o empregado não terá direito ao pagamento do adicional (art. 469, parágrafo 3º da CLT). O adicional de transferência possui natureza salarial, refletindo nas demais verbas trabalhistas. O art. 470 da CLT determina também o pagamento de ajuda de custo ao empregado para o pagamento das despesas resultantes da transferência. Ela terá natureza indenizatória, não refletindo nas demais verbas trabalhistas. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 469 CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 202 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Sobre o trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, de acordo com o que prevê a Lei n° 8.630, de 1993 é realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício a prazo indeterminado. Comentários: Art. 26. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício a prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.Parágrafo único. A contratação de trabalhadores portuários de estiva, conferência de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo empregatício a prazo indeterminado será feita, exclusivamente, dentre os trabalhadores portuários avulsos registrados. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 203 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. Comentários: Quando o empregado faltar injustificadamente durante o período aquisitivo haverá uma gradação no seu período de férias, uma vez que é vedado descontar das férias do empregado as suas faltas durante o período aquisitivo. Já estudamos a gradação das férias nas aulas anteriores, vou repetir o quadro esquemático. CERTA. Regime Normal Art. 130 da CLT Tempo Parcial Art. 130- A da CLT Até 5 faltas 30 dias de férias 22 à 25 h. semanais 18 dias de férias 6 a 14 faltas 24 dias de férias 20 à 22 h. semanais 16 dias de férias 15 a 23 faltas 18 dias de férias 15 à 20 h. semanais 14 dias de férias 24 a 32 faltas 12 dias de férias 10 à 15 h. semanais 12 dias de férias Mais de 32 faltas Não terá férias 5 à 10 h. semanais 10 dias de férias Igual ou inferior à 5 h. semanais 8 dias de férias Mais de 7 faltas Reduz à metade QUESTÃO 204 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A época da concessão das férias será a que melhor interessar ao empregador. Comentários: O empregador será quem decidirá a época da concessão das férias a seu empregado. Há apenas a ressalva quanto ao empregado menor de 18 anos e estudante, que terá o direito de gozar as suas férias no mesmo período de suas férias escolares. CERTA. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. QUESTÃO 205 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Vencido o período concessivo, sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação trabalhista cuja pretensão será a fixação do período de gozo. Comentários: As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a contar do término do período aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro, ou seja, quando elas não forem concedidas no período concessivo, elas deverão ser concedidas em dobro. Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. § 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA É importante destacar a Súmula 81 do TST que estabelece que quando os dias de férias forem gozados após o período legal de concessão o empregador deverá remunerar em dobro apenas o tempo que ultrapassar o período concessivo. Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 206 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A remuneração das férias, mesmo quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449 da CLT. Comentários: Art. 148 CLT A remuneração das férias, ainda quando devida apósa cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449. Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. § 1º - Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito. § 2º - Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e conseqüente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno. Portanto está CERTA a assertiva. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 207 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do período concessivo ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. Comentários: A anotação na CTPS do empregado do contrato de trabalho é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, ainda que de caráter temporário. Portanto, não podemos falar em prescrição do direito de ação para reclamar contra a não anotação da CTPS, pois as normas que estabelecem apenas anotações sem repercussão nas verbas trabalhistas são imprescritíveis, sendo declaratória a ação intentada para a anotação da CTPS, podendo a demanda ser ajuizada a qualquer tempo. � Já quanto à pretensão de receber os créditos resultantes da relação de trabalho, há que se respeitar o prazo prescricional estabelecido no art. 7º da CF/88. � O prazo prescricional das férias está regulamentado no art. 149 da CLT. Art. 149 CLT - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 208 (CESPE/Analista Judiciária – Área Judiciária – TRT 21/2010) De acordo com previsão legal, o cabineiro de elevador, também denominado ascensorista, tem jornada especial de 6 horas diárias e de até 36 horas semanais. Comentários: Algumas categorias possuem jornadas semanais e diárias diferenciadas da regra geral imposta na CRFB/88 de 8 horas diárias e 44 semanais, observem: � Cabineiro de elevadores: 6 horas diárias - vedada prorrogação. � Bancários: 6 horas diárias - 30 semanais ou 8 horas diárias e 44 semanais, para o gerente exercente de cargo de chefia e que ganhe 1/3 a mais. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA � Empregados no serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radio telegrafia ou radio telefonia: 6 horas diárias/ 30 semanais. � Operadores cinematográficos: 6 horas diárias de trabalho (5 horas consecutivas na cabine e 1 hora para limpeza e lubrificação). � Jornalista Profissional: 5 horas diárias/ não podendo ser excedida seja durante o dia ou à noite. OJ-SDI1-407. JORNALISTA. EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. JORNADA DE TRABALHO REDUZIDA. ARTS. 302 E 303 DA CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O jornalista que exerce funções típicas de sua profissão, independentemente do ramo de atividade do empregador, tem direito à jornada reduzida prevista no artigo 303 da CLT. � Músicos: A duração normal do trabalho dos músicos não poderá exceder cinco horas. A duração normal poderá ser elevada a 6 horas nos estabelecimentos de diversões públicas ou a sete horas nos casos de força maior ou festejos populares e serviço reclamado pelo interesse nacional. Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 209 (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Entende-se por tempo de sobreaviso o período que integra o tempo de serviço do trabalhador ferroviário no qual permanece em sua residência aguardando a qualquer instante ser convocado a prestar serviço. Comentários: Vejamos o que dispõe o art. 244, parágrafo 2º da CLT. Tempo de prontidão (art. 244 § 3º CLT): Por tempo de prontidão compreende-se o período tido como integrante do contrato e do tempo de serviço do empregado em que ele fica aguardando ordens nas dependências da estrada. Ex: ferroviário Tempo de sobreaviso (art.244 § 2º CLT): Por tempo de sobreaviso é aquele em que o empregado permanece em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Exemplificando: Médico, eletricitários, ferroviários. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 210 (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) A mora salarial contumaz pode dar ensejo à rescisão indireta do contrato de trabalho, mas pode ser elidida com o pagamento dos atrasados realizado na primeira audiência designada em processo trabalhista. Comentários: A Súmula 13 do TST estabelece que o só pagamento dos salários em audiência não elide a mora capaz e determinar a rescisão do contrato de trabalho. Súmula 13 do TST O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho. Portanto a assertiva está errada porque conflita com a Súmula 13 do TST, pois o simples pagamento dos salários atrasados em audiência não irá elidir a mora capaz de determinar a rescisão injusta do contrato de trabalho. QUESTÃO 211 (ESAF – Advogado IRB/2004) O valor gasto com seguro de vida contratado em favor do empregado não integra o salário para quaisquer fins. Comentários: O Salário in natura é a forma de pagamento na qual o empregado recebe em bens econômicos. A CLT permite o pagamento em utilidades, como alimentação, habitação etc. Porém, nem todo o salário pode ser pago em utilidades, uma vez que 30% necessariamente do seu valor terá que ser pago em dinheiro. O art. 458 da CLT trata do salário utilidade (salário in natura), estabelecendo em seu parágrafo segundo, inciso V que o seguro de vida e acidentes pessoais não são considerados salário utilidade, em virtude disto não integrarão os salários para quaisquer fins. Portanto está correta a assertiva. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V - seguros de vida e de acidentes pessoais; VI - previdência privada; QUESTÃO 212 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Sobre a evolução histórica do Direito do Trabalho, de 1500 até a Constituição da República de 1988, considere a seguinte proposição: Em 1943, surge o diploma mais importante para a disciplina, que é a Consolidação das Leis do Trabalho. Comentários:Em 1943 foi compilada a CLT, através do Decreto-Lei 5.452 de 1943. A sistematização e consolidação das leis num único texto (CLT) integrou os trabalhadores num círculo de direitos mínimos e fundamentais, proporcionando um conhecimento trabalhista sistematizado para todos os empregados e empregadores. CERTA. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA As transformações que vinham ocorrendo na Europa após a Primeira Guerra Mundial e o surgimento da OIT incentivaram a criação das normas trabalhistas no Brasil. 1923 – Lei Eloy Chaves (caixa de aposentadoria e pensões dos ferroviários). 1930 – Foi criado o Ministério do Trabalho, com poderes para expedir decretos. 1932 – Foram criadas as Juntas de Conciliação e Julgamento como prolongamento do Ministério do Trabalho. 1939 – Começou a surgir a política trabalhista idealizada por Getúlio Vargas. 1934 – A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar especificamente de Direito do Trabalho, influenciada pela constitucionalização do Direito Social. 1937 – A Constituição Federal de 1937 representou uma fase intervencionista do Estado decorrente do golpe de Getúlio Vargas, inspirada na Carta Del Lavoro/Itália. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 1943 – Surgiu a Consolidação das Leis do Trabalho/CLT, sistematizando as diversas leis esparsas que existiam sobre direitos trabalhistas, sendo editado o Decreto-lei n° 5.452, de 01 de maio de 1943, que aprovou a CLT. Não se trata de código. 1946 – A Constituição Federal de 1946 integrou a Justiça do Trabalho ao Poder Judiciário. 1949 – Lei n° 605/49, que instituiu o repouso semanal remunerado. 1962 – Lei n° 4.090/62, que instituiu o décimo terceiro salário. 1972 – Lei n° 5.859/72, que é a lei do empregado doméstico. 1973 – Lei n° 5.889/73, que é a lei do empregado rural. 1974 – Lei n° 6.019/74, que é a lei do trabalho temporário. 1988 – É promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil, inserindo direitos trabalhistas em seu bojo, dentro de um capítulo intitulado Direito Social (arts. 7º ao 11 da CRFB/88). QUESTÃO 213 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Sobre a evolução histórica do Direito do Trabalho, de 1500 até a Constituição da República de 1988, considere a seguinte proposição: A Constituição do Império, de 1824, limita-se a assegurar a liberdade de trabalho, ao passo que a Constituição de 1891 assegura a liberdade de associação. Comentários: CERTA. A Constituição de 1824, inspirada nos princípios da Revolução Francesa, assegurou ampla liberdade para o trabalho e extinguiu as Corporações de Ofício. A Constituição de 1891 garantiu o livre exercício de qualquer profissão e assegurou a liberdade de associação. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 214 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O artigo 12 da Convenção n° 132, da Organização Internacional do Trabalho, adotada pelo Brasil por meio do Decreto 3.197, de 1.999, proíbe a renúncia ao gozo das férias mediante indenização. Comentários: A Convenção 132 da OIT considera nulo o acordo ou a renúncia ao período mínimo de férias que ela prevê (de três semanas) ou a conversão do gozo destas em pecúnia. Artigo 3º Convenção 132 da OIT 1. Toda pessoa a quem se aplique a presente Convenção terá direito a férias anuais remuneradas de duração mínima determinada. 2. Todo Membro que ratifique a Convenção deverá especificar a duração das férias em uma declaração apensa à sua ratificação. 3. A duração das férias não deverá em caso algum ser inferior a 3 (três) semanas de trabalho, por 1 (um) ano de serviço. 4. Todo Membro que tiver ratificado a Convenção poderá informar ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho, por uma declaração ulterior, que ele aumenta a duração do período de férias especificado no momento de sua ratificação. Artigo 12 Todo acordo relativo ao abandono do direito ao período mínimo de férias anuais remuneradas previsto no parágrafo 3 do Artigo 3 da presente Convenção ou relativo à renúncia ao gozo das férias mediante indenização ou de qualquer outra forma, será, dependendo das condições nacionais, nulo de pleno direito ou proibido. A CLT considera nulo qualquer ato de disposição das férias ou ao seu gozo de 30 dias, mas autoriza que um terço das férias seja convertido em pecúnia. Portanto está CERTA a assertiva. QUESTÃO 215 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Em nenhuma hipótese será válido o pedido de demissão do empregado estável, conforme prevê o art. 500 da CLT. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: O art. 500 da CLT estabelece que o pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato e, se não houver, perante autoridade competente do Ministério od Trabalho ou da Justiça do Trabalho. Portanto está ERRADA a assertiva. Art. 500 CLT O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho. QUESTÃO 216 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Conforme entendimento sumulado pelo TST, havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. Comentários: A Súmula 51 do TST reflete o princípio da condição mais benéfica. O princípio em tela determina a prevalência das condições mais vantajosas ao empregado ajustadas no contrato de trabalho, no regulamento da empresa ou em norma coletiva, mesmo que sobrevenha norma jurídica imperativa e que determine menor proteção, uma vez que se aplica a teoria do direito adquirido do art. 5º, XXXVI da CRFB/88 (a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada). Súmula 51 do TST I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. CERTA (súmula 51, II do TST). QUESTÃO 217 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Também conforme entendimento sumulado pelo TST, o direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: O empregado não poderá renunciar ao seu direito ao aviso prévio. Portanto, mesmo que ele peça dispensa do aviso prévio a seu empregador, este deverá pagar o valor referente ao aviso prévio. A Súmula 276 do TST traz a exceção que será quando o empregado obteve um novo emprego, neste caso o empregador estará eximido de pagar o respectivo aviso prévio. CERTA. Súmula 276 do TST O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. QUESTÃO 218 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A Constituição da República de 1988 flexibilizou o princípio da irrenunciabilidade do sistema trabalhista, conforme se extrai de seu art. 7, incisos VI, XIII e XIV, que tratam,respectivamente, da irredutibilidade salarial, da duração do trabalho normal e da jornada em turnos ininterruptos de revezamento. Comentários: A Constituição Federal de 1988 traz em seu bojo três hipóteses de flexibilização normativa do direito do trabalho sob a tutela sindical: a irredutibilidade do salário (art. 7º, VI), a duração da jornada de oito horas e a carga horária semanal de quarenta e quatro horas, quando previstas em acordo ou convenção coletiva (art. 7º, XIII) e a jornada de turnos ininterruptos, que é de seis horas e pode ser objeto de negociação coletiva (art. 7º, XIV). CERTA Art. 7º CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Observem os conceitos de flexibilização dos juristas Américo Plá Rodrigues e Sérgio Pinto Martins: ”A flexibilização é um termo elástico, com variados graus de intensidade, e também cômodo, porque do sentido contrário seria a rigidez, a intolerância. Pode significar mera adaptação através de leis mais elásticas, ou até desregulamentação, com substituição da norma estatal pela convenção coletiva ou individual” (Américo Plá Rodrigues). "Não se confunde flexibilização com desregulamentação. Desregulamentar significa desprover de normas heterônomas as relações de trabalho. Na desregulamentação o Estado deixa de intervir na área trabalhista, não havendo limites na lei para questões trabalhistas, que ficam a cargo da negociação individual ou coletiva. Na desregulamentação a lei simplesmente deixa de existir. Na flexibilização, são alteradas as regras existentes, diminuindo a intervenção do Estado, porém garantindo um mínimo indispensável de proteção ao empregado, para que este possa sobreviver, sendo a proteção mínima necessária. A flexibilização é feita com a participação do sindicato. Em certos casos, porém, é permitida a negociação coletiva para modificar alguns direitos, como reduzir salários, reduzir e compensar jornada de trabalho, como ocorre nas crises econômicas" (Sérgio Pinto Martins). QUESTÃO 219 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O grupo econômico no âmbito do Direito do Trabalho configura-se na hipótese descrita pelo artigo 2°, § 2°, da CLT, que dispõe que serão solidariamente responsáveis as empresas que estejam ligadas pela direção, controle e administração entre si, cumulativamente. Comentários: Segundo Maurício Godinho Delgado, o grupo econômico aventado pelo Direito do Trabalho define-se como a figura resultante da vinculação justrabalhista que se forma entre dois ou mais entes favorecidos direta ou indiretamente pelo mesmo contrato de trabalho, em decorrência de existir entre esses entes laços de direção ou coordenação em face de atividades industriais, comerciais, financeiras, agroindustriais ou de qualquer outra natureza econômica. Art. 2º CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas. ERRADA. QUESTÃO 220 (FCC - Advogado Junior – Metro –SP – 2012) Segundo entendimento consubstanciado em Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, salvo ajuste em contrário, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, (A) só caracteriza a coexistência de mais de um contrato em grupos econômicos com até quatro empresas integrantes. (B) caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, independentemente do número de empresas integrantes do grupo. (C) não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho. (D) só caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho se o empregado não trabalhar em dias alternados ou compatíveis com o desempenho da função. (E) só caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho em grupos econômicos com até três empresas integrantes. Comentários: Letra C (Súmula 129 do TST). A formação de grupo econômico depende de pelo menos duas empresas que estejam sob direção única, existindo sempre uma principal controladora das demais. Súmula 129 TST. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 221 (FCC – Juiz do Trabalho – TRT 11ª Região - 2007) A empresa Alfa é controladora das empresas Beta e Gama, embora cada uma delas tenha sua própria personalidade jurídica, distinta das demais. João foi contratado pela empresa Gama, mas habitualmente presta seus serviços também para as outras duas empresas do grupo, dentro de sua jornada normal de trabalho. Considerando tal hipótese, todas as três empresas que integram o grupo econômico responderão solidariamente pelas obrigações trabalhistas em relação ao João, mas seus bens só poderão ser penhorados, segundo a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, se tiverem participado da relação processual na fase de conhecimento. Comentários: Com o cancelamento da Súmula 205 do TST, não há necessidade de que as empresas tenham participado da ação de conhecimento para serem executadas. Assim, a assertiva está ERRADA. QUESTÃO 222 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Segundo jurisprudência sumulada pelo TST, que impõe a responsabilidade solidária entre empresas do mesmo grupo econômico, se o empregado presta serviços em mais de uma delas, caracteriza-se sempre a coexistência de mais de um contrato de trabalho. Comentários: ERRADA Súmula 129 TST. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. QUESTÃO 223 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviço deve ser obrigatoriamente escrito, ainda que seja dispensável a menção expressa do motivo justificador da demanda de trabalho temporário. Comentários: O trabalho temporário é regido pela Lei n° 6.019/74, e não pela CLT. O vínculo trabalhista do trabalhador temporário, ou seja, a relação de emprego, não se forma entre o cliente tomador dos serviços e o trabalhador, mas sim entre este e a empresa de trabalho temporário, que arcará com todos os direitos trabalhistas. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA O art. 2º da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço. Art.2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos. ERRADA. Lei. 6.019/74, Art. 9º - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço. QUESTÃO 224 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável, no que toca ao período em que o trabalhador esteve sob suas ordens pelas contribuições previdenciárias, remuneração e indenização prevista na lei 6.019/74. Comentários: CERTA Lei. 6.019/74, Art. 16 No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 225 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Tendo em vista a possibilidade de fraude aos direitos trabalhistas, proíbe-se a contratação do trabalhador pela tomadora de serviços ao fim do prazo do trabalho temporário. Comentários: Será nula qualquer cláusula de reserva que proíba a contratação, de acordo com o parágrafo único do art. 11ª da Lei 6019/74. ERRADA. Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. QUESTÃO 226 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Para que a marca do trabalho precário e provisório dos temporários não os prejudique em suas novas contratações profissionais, a lei mencionada não autoriza o registro da condição de temporário na CTPS do empregado. Comentários: Os direitos do trabalhador temporário estão previstos no art. 12 da citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 8036/90. Não há aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de trabalho temporário. Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); Horas extras de 50% após CF/88. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei 5107, de 13 de setembro de 1966; d) repouso semanal remunerado; e) adicional por trabalho noturno; f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973). § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário. Portanto, a assertiva está ERRADA. § 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. QUESTÃO 226 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário, as hipóteses descritas nos artigos 482 e 483 da CLT, se ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário, mas não se entre o trabalhador e a empresa tomadora ou cliente. Comentários: O art. 13 da Lei do Trabalho Temporário estabelece que constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados nos arts. 482 e 483 da CLT ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço. Portanto a assertiva está ERRADA Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 482 CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 483 CLT - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g)o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. QUESTÃO 227 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A Lei 3.207, de 1957, que regulamenta as atividades dos empregados vendedores, viajantes ou pracistas, assegura a irredutibilidade da remuneração ainda que a zona de trabalho do empregado vendedor seja ampliada ou restringida de acordo com a necessidade da empresa. Comentários: O empregado vendedor terá direito à comissão avençada sobre as vendas que realizar. No caso de lhe ter sido reservada, expressamente, com exclusividade, uma zona de trabalho, terá esse direito sobre as vendas ali realizadas diretamente pela empresa ou por um preposto desta. A zona de trabalho do empregado vendedor poderá ser ampliada ou restringida de acordo com a necessidade da empresa, desde que respeitados os dispositivos da lei 3.207/57 quanto à irredutibilidade da remuneração. A assertiva está CERTA (art. 2º, parágrafo 1º da lei 3.207/57). Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 228 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) É lícita a redução geral dos salários dos empregados da empresa em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, conforme art. 503 da CLT, sendo certo que a Constituição da República restringiu essa norma, apenas assegurando a garantia ao salário mínimo legal. Comentários: O art. 503 da CLT foi revogado pelo art. 7º, VI da CF/88, uma vez que agora a redução de salários somente será possível por negociação coletiva (acordo ou convenção coletiva). Mesmo quando haja prejuízos ou força maior, os salários não poderão ser reduzidos pelo empregador de forma unilateral. A assertiva está ERRADA. Art. 503 CLT - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região. QUESTÃO 229 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Integra o rol das medidas de proteção ao salário do empregado, previstas na CLT, a proibição do truck-system. Comentários: A CLT veda ao empregador, em seu art. 462, efetuar qualquer desconto nos salários do empregado. Com exceção dos descontos resultantes de adiantamento, dispositivos de lei ou contrato coletivo. O parágrafo segundo do art. 462 veda o “truck system”, que é a coação ou o induzimento no sentido de que os empregados se utilizem dos armazéns ou dos serviços quando a empresa tiver armazéns para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar- lhes prestações in natura. Está CERTA a assertiva. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 230 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Tanto a lei como a jurisprudência sumulada pelo TST consideram lícitos determinados descontos, tais como, respectivamente, os decorrentes de dano causado pelo empregado, desde que este tenha agido com dolo ou esta possibilidade tenha sido acordada, e os referentes aos planos de assistência odontológica, desde que livre e previamente autorizados pelo empregado, por escrito. Comentários: O salário não poderá sofrer desconto, salvo adiantamento, dispositivo de lei ou norma coletiva, conforme estabelece o art. 462 da CLT. Trata-se do denominado princípio da intangibilidade salarial. Art. 462 da CLT Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos empregados. § 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Quando ocorrer dolo do empregado, ou seja, a intenção de causar o dano ao empregador o desconto salarial será lícito independentemente de ter sido acordado entre o empregado e o seu empregador tal possibilidade. Já quando ocorrer culpa do empregado que acarrete o dano ao seu empregador o desconto somente será lícito quando esta possibilidade haja sido acordada entre o empregado e o seu empregador. São modalidades de culpa a imprudência, a imperícia e a negligência. É importante citar a lei 10.820/2003 que em seu artigo 1º estabelece a possibilidade de os empregados autorizarem de forma irrevogável e irretratável o desconto em folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos e operações financeiras. É importante citar a Súmula 342 do TST e a OJ 251 da SDI-1 do TST: Súmula 342 do TST Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. Portanto, está CERTA a assertiva (súmula 342 do TST combinada com o art. 462 da CLT). OJ 251 da SDI - 1 do TST É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. QUESTÃO 231 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Os descontos a título de contribuição sindical não só estão reconhecidos pela CLT, como também pela própria Constituição da República em vigor. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: A contribuição sindical é um desonto autorizado por lei, conforme estabelecem os arts. 545 e 462 da CLT. Portanto, CERTA. Art. 545 CLT - Os empregadores ficam obrigados a descontar na folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao Sindicato, quando por este notificados, salvo quanto à contribuição sindical, cujo desconto independe dessas formalidades. QUESTÃO 232 (ESAF- AFT- 2006) Considerando o princípio isonômico em matéria salarial é possível a equiparação entre empregados mesmo que o desnível tenha sido gerado por decisão judicial. Comentários: A equiparação salarial será devida entre dois empregados que tenham cargos diferentes, desde que eles desempenhem as mesmas funções na empresa e que todos os outros requisitos da equiparação salarial estejam presentes. Art. 461 da CLT Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo,será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento. § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antigüidade, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Súmula 06 VI do TST Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal, de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior ou, na hipótese de equiparação salarial em cadeia, se não demonstrada a presença dos requisitos da equiparação em relação ao paradigma que deu origem à pretensão, caso arguida a objeção pelo reclamado. (item alterado na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.11.2010). A assertiva está CERTA. QUESTÃO 233 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Por ter o art. 2°, §1°, da CLT equiparado os profissionais liberais ao empregador, não se aplica o art. 507 da CLT aos seus empregados, que, portanto, não gozam de qualquer espécie de garantia de emprego. Comentários: ERRADA. Segundo Valentim Carrion a generalização do FGTS pela CF/88 tornou superado o art. 507 da CLT. Art. 2º CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Art. 507 CLT - As disposições do Capítulo VII do presente Título não serão aplicáveis aos empregados em consultórios ou escritórios de profissionais liberais. QUESTÃO 234 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O empregado estável não recebe indenização pela rescisão do contrato a prazo indeterminado, no caso de extinção da empresa, fechamento do estabelecimento ou supressão de atividade, havidos sem motivo de força maior, conforme prevêem os artigos 497 e 498 da CLT. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: Quando a empresa for extinta sem motivo de força maior, o empregado estável fará jus a uma indenização em dobro. A lei estabelece que a indenização é a decorrente da rescisão do contrato por prazo indeterminado . O art. 498 da CLT estabelece que no caso de fechamento do estabelecimento ou transferência para outra localidade a indenização será em dobro, conforme o art. 497 da CLT. É oportuno registrar que o empregado poderá aceitar a transferência determinada pelo empregador, mas ela não poderá ser imposta. Art. 497 CLT - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. Art. 498 CLT - Em caso de fechamento do estabelecimento, filial ou agência, ou supressão necessária de atividade, sem ocorrência de motivo de força maior, é assegurado aos empregados estáveis, que ali exerçam suas funções, direito à indenização, na forma do artigo anterior. A assertiva está ERRADA. QUESTÃO 235 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Diante da previsão constitucional que protege a relação de emprego contra a despedida arbitrária, a dispensa do empregado não é um direito potestativo do empregador. Comentários: O nosso ordenamento jurídico permite a dispensa do empregado como mera prerrogativa potestativa do empregador, assegurando-lhe, porém, a indenização pertinente. Há restrição à dispensa arbitrária ou sem justa causa prevista no inciso I do art. 7º da CF/88, que se refere à indenização compensatória. O art. 10, I da ADCT da CF/88 fixa em quatro vezes a porcentagem prevista na Lei 5.107/66 (40% indenização compensatória do FGTS). Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 7º CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; Pelo exposto, está ERRADA a assertiva. QUESTÃO 236 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Os titulares e suplentes representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia não gozam de vedação à dispensa durante o período de mandato. Comentários: ERRADA Art. 625-B CLT - § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei. QUESTÃO 237 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Como o congelamento do valor das gratificações não traduz ato único, mas sim negativo, as diferenças correspondentes estão sujeitas à prescrição parcial. Comentários: A súmula 373 do TST refere-se à prescrição relativa ao pedido de diferenças da gratificação semestral. Ocorrerá quando a parcela já estava sendo paga e a quantia tenha sido reduzida pelo empregador. A assertiva está CERTA (Súmula 373 do TST). Súmula 373 do TST GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. CONGELAMENTO. PRESCRIÇÃO PARCIAL. Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. QUESTÃO 238 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo. A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto. Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo. Vejamos os conceitos do jurista Maurício Godinho Delgado: “A prescrição extintiva constrói-se sob a ótica do titular do direito atingido. Conceitua-se, pois, como a perda da ação (no sentido material) de um direito em virtude do esgotamento do prazo para o seu exercício. Ou: a perda da exigibilidade judicial de um direito em conseqüência de não ter sido exigido pelo credor ao devedor durante certo lapso de tempo.” “A decadência (também chamada caducidade) conceitua-se como a perda da possibilidade de obter uma vantagem jurídica e garanti-la judicialmente, em face do não exercício oportuno da correspondente faculdade de obtenção”. Em outraspalavras: A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular em exercitá-lo, dentro do prazo previsto. Observem o dispositivo constitucional e as Súmulas do TST que tratam da prescrição: Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Atenção: Súmula 417 do TST (Divulgada no DeJT 14/02/2012) Não há prescrição total ou parcial da pretensão do trabalhador rural que reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encontrava em curso à época da promulgação da Emenda Constitucional nº 28, de 26.05.2000, desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicação, observada a prescrição bienal. Súmula 308 do TST I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. A prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho se conta da extinção do contrato de trabalho, equiparando-se, para tal efeito, segundo entendimento jurisprudencial dominante, a mudança do regime celetista para o estatutário, nos moldes da Lei no 8.112/1990. Súmula 382 do TST A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia conforme estabelece o art. 625-G da CLT. Art. 625-G da CLT O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Tipos de Prescrição: Prescrição Total, Parcial e Prescrição do FGTS ⇒ Prescrição Parcial: A prescrição parcial é a de cinco anos, tornando-se inexigíveis as parcelas devidas anteriormente aos cinco anos. O prazo de cinco anos deverá ser contado da data do ajuizamento da ação. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Súmula 373 do TST Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. ⇒ Prescrição Total: A prescrição total aplica-se às lesões contratuais que se iniciaram há muito tempo e estancaram-se há mais de cinco anos do ajuizamento da ação. Terá o prazo de cinco anos contados da lesão. Súmula 294 do TST Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. Em relação à este tema adotarei mais uma vez a posição do Ministro Maurício Godinho Delgado, uma vez que ele é o jurista adotado pelas bancas. Ele critica a dualidade entre prescrição total e parcial, mas cita como exemplos de prescrição total apontados pela jurisprudência as gratificações ajustadas e o salário-prêmio. Já como exemplo de prescrição parcial ele cita as diferenças em face dos desvios de função e as diferenças em face da equiparação salarial. Vejamos a distinção entre elas: ⇒ Prescrição Parcial: A prescrição parcial é a de cinco anos, tornando-se inexigíveis as parcelas devidas anteriormente aos cinco anos. O prazo de cinco anos deverá ser contado da data do ajuizamento da ação. Súmula 373 do TST Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. ⇒ Prescrição Total: A prescrição total aplica-se às lesões contratuais que se iniciaram há muito tempo e estancaram-se há mais de cinco anos do ajuizamento da ação. Terá o prazo de cinco anos contados da lesão. BIZU DE PROVA Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Súmulas 326 e 327 do TST, com redação alterada em 25 de Maio de 2011: Súmula 326 do TST A pretensão à complementação de aposentadoria jamais recebida prescreve em dois anos contados da cessação do contrato de trabalho. Súmula 327 do TST A pretensão à diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescrição parcial e qüinqüenal, salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não recebidas no curso da relação de emprego e já alcançadas pela prescrição, à época da propositura da ação. ⇒ Prescrição FGTS: Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. Súmula 268 do TST A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. A decadência é a perda do direito pelo decurso de prazo previsto em lei ou no contrato para o seu exercício. A parte poderá ter, ainda, o direito de ação por não estar prescrito, mas não terá o seu direito assegurado em virtude da decadência. Outras Súmulas do TST referentes à prescrição: Súmula 114 - É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. Súmula 153 - Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária. BIZU DE PROVA Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Súmula 156 - Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. Súmula 350 - O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado. A assertiva está correta, abordou a súmula 350 do TST. QUESTÃO 239 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Na ação que objetive corrigir desvio funcional e em se tratando de pedido de reenquadramento, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. Comentários: O enquadramento ou a reclassificação consiste na possibilidade em razão de reconhecimento pelo Poder Judiciário de que o empregado estava enquadrado em outra função mais bem remunerada. Neste caso não caberá a equiparação salarial porque a empresa adota quadro de carreira. Então em se tratando de pedido de reenquadramento a prescrição é total, porque o prazo para pleitear as diferenças salariais será de cinco anos a contar da data do enquadramento do empregado. O fundamento da aplicação da prescrição total é que o enquadramento é um ato único praticado pelo empregador, que não está previsto em lei. ERRADA a assertiva. Súmula 275 do TST PRESCRIÇÃO. DESVIO DE FUNÇÃO E REENQUADRAMENTO. I - Na ação que objetive corrigir desvio funcional, a prescrição só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. II - Em se tratando de pedido de reenquadramento, a prescrição é total, contada da data do enquadramento do empregado. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 240 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZDO TRABALHO/2011) Não flui a prescrição da pretensão cujo objeto seja a anotação de CTPS para fins de prova junto à Previdência Social. Comentários: Trata-se de ação declaratória e as ações declaratórias são imprescritíveis. Portanto está CERTA. QUESTÃO 241 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. Comentários: CERTA. Súmula 156 do TST - Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. QUESTÃO 242 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) Médico- residente, de acordo com a legislação que define a residência-médica, é considerado empregado, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho. Comentários: O Decreto 80.281/77 alterado pela lei 6.932/81 considera modalidade de ensino de pós-graduação a residência-médica que é destinada aos médicos como forma de curso de especialização. Ele exerce esta atividade profissional em estabelecimento hospitalar ficando sujeito a orientação técnica e metodológica de médicos qualificados. O médico-residente não poderá ser considerado empregado quando a função por ele desempenhada estiver de acordo com os requisitos estabelecidos na Lei 6.932/81. O médico-residente possui uma relação de trabalho lato sensu.De acordo com o art. 4º, parágrafo 1º da Lei 6.932 os serviços são prestados a título de formação profissional e totalmente estranhos à relação empregatícia. Se a residência médica não atender às exigências legais da lei 6.932 e forem constatados elementos da relação de emprego o vínculo de emprego será declarado. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Quando a atividade desenvolvida pelo médico-residente dissimular o contrato de trabalho, será aplicado o princípio da primazia da realidade e os fatos prevalecerão sobre os documentos e o vínculo de emprego será declarado. A residência médica é um estágio de alto nível, sendo uma modalidade de ensino necessária nos termos do decreto 80.281, a instituição na qual o médico presta residência deverá estar credenciada no Conselho Nacional de Residência Médica, sob pena de ser caracterizado o vínculo empregatício por não atendimento dos requisitos da lei6932/81. Portanto, está ERRADA a assertiva. QUESTÃO 243 (AGU - Procurador Federal/2010) O empregado afastado em virtude das exigências do serviço militar deve notificar seu empregador acerca do retorno às atividades no prazo máximo de dez dias contados da data em que se verificar a respectiva baixa. Comentários: O prazo máximo para notificação é de 30 dias. Art. 472 da CLT O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. Está ERRADA a assertiva. QUESTÃO 244 (CESPE – AGU – 2010) A ausência de comunicação escrita à empresa pela entidade sindical, dando ciência da candidatura a cargo de direção sindical de empregado por ela contratado, não afasta o direito à estabilidade provisória, já que pode ser suprida por outros meios de prova. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: ERRADA. Súmula 369 do TST I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. QUESTÃO 245 (ESAF - Auditor Fiscal – 2006) O auto de infração lavrado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho tem seu valor probante condicionado à assinatura do infrator. Comentários: O auto de infração lavrado pelo Auditor-fiscal do Trabalho não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do infrator ou de testemunhas, conforme dispõe o parágrafo 1º do art. 629 da CLT. Art. 629 da CLT O auto de infração será lavrado em duplicata, nos termos dos modelos e instruções expedidos, sendo uma via entregue ao infrator, contra recibo, ou ao mesmo enviada, dentro de 10 (dez) dias da lavratura, sob pena de responsabilidade, em registro postal, com franquia e recibo de volta. § 1º - O auto não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do infrator ou de testemunhas, e será lavrado no local da inspeção, salvo havendo motivo justificado que será declarado no próprio auto, quando então deverá ser lavrado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responsabilidade. ERRADA QUESTÃO 246 (ESAF – Auditor Fiscal – 2006) Quanto ao processo de aplicação de multa administrativa: o prazo para defesa é de 10 (dez) dias, quando o autuado reside no mesmo local em que estabelecida a autoridade. Comentários: O parágrafo 3º do art. 629 da CLT, abaixo transcrito, estabelece que o prazo para defesa, será de 10 dias contados do recebimento do auto de infração. Já o art. 633 da CLT estabelece que os prazos para defesa ou recursos poderão ser prorrogados, quando o autuado residir em localidade diversa daquela onde se achar a autoridade que lavrou o auto de infração. CERTA. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 629 O auto de infração será lavrado em duplicata, nos termos dos modelos e instruções expedidos, sendo uma via entregue ao infrator, contra recibo, ou ao mesmo enviada, dentro de 10 (dez) dias da lavratura, sob pena de responsabilidade, em registro postal, com franquia e recibo de volta. § 1º - O auto não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do infrator ou de testemunhas, e será lavrado no local da inspeção, salvo havendo motivo justificado que será declarado no próprio auto, quando então deverá ser lavrado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responsabilidade. § 2º - Lavrado o auto de infração, não poderá ele ser inutilizado, nem sustado o curso do respectivo processo, devendo o agente da inspeção apresentá-lo à autoridade competente, mesmo se incidir em erro. § 3º - O infrator terá, para apresentar defesa, o prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento do auto. § 4º - O auto de infração será registrado com a indicação sumária de seus elementos característicos, em livro próprio que deverá existir em cada órgão fiscalizador, de modo a assegurar o controle do seu processamento. QUESTÃO 247 (ESAF – Juiz do Trabalho – TRT 7ª Região/2005) Em matéria de convenção coletiva de trabalho considera a doutrina, exemplo de cláusulas obrigacionais aquelas que dizem respeito à higiene e segurança do trabalho; fixação de regras sobre a forma de remuneração do trabalho extraordinário e as que estabelecem penalidades aos sindicatos na hipótese de descumprimento de acordo coletivo. Comentários: As Cláusulas Obrigacionais dirigem-se às partes formais (Sindicatos) criando obrigações entre eles. Como exemplo, podemos citar a contribuição sindical que um Sindicato convenente deverá repassar a outro. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA As cláusulas Normativas fixam condições genéricas de trabalho para os membros da categoria, como adicional noturno de 40%, adicional de horas extras, etc. Já as Cláusulas de Garantia destinam-se a regular o próprio instrumentocoletivo, como vigência, eficácia e duração. ERRADA QUESTÃO 248 (ESAF – Juiz do Trabalho – TRT 7ª Região/2005) Para celebração de convenção ou acordo coletivo os Sindicatos deverão convocar Assembléia Geral para essa finalidade, dependendo a validade desta do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 dos associados da entidade, no caso de acordo coletivo. Comentários: No caso de acordo coletivo, conforme estabelece o art. 612 da CLT será necessária a participação de 2/3 dos interessados em primeira convocação e não dos associados da entidade. Art. 612 da CLT Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos membros. Parágrafo único - O quorum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados. A assertiva está ERRADA. QUESTÃO 249 (CESPE/TST/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2008) O repouso semanal remunerado deve necessariamente recair em domingos, sendo facultado ao trabalhador, por razão de crença religiosa, optar pela folga em sábados. Comentários: O repouso semanal remunerado é um direto de um descanso de 24 horas consecutivas, previsto constitucionalmente (art. 7º, XV da CF/88) e deverá ser preferencialmente aos domingos. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Art. 67 CLT Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. ERRADA a assertiva. QUESTÃO 250 (CESPE/TST/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2008) O trabalho extraordinário e o noturno serão remunerados com o adicional pertinente de 50% sobre o valor da hora normal de trabalho. Comentários: O art. 73 da CLT estabelece o horário noturno dos trabalhadores urbanos, como aquele compreendido entre 22 e 5 horas do dia seguinte. Fixa o adicional noturno em 20% sobre a hora diurna. Estabelece a hora noturna reduzida em que cada hora noturna trabalhada será computada como de 52 minutos e 30 segundos e não como 1 hora. Art. 73 da CLT Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. § 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Quadro esquemático sobre trabalho noturno: Rural Urbano Servidor Advogado Adicional 25% Adicional 20% Adicional 25% Adicional 25% H 60 minutos 52 m e 30 s 52 m e 30 s 52 m e 30 s Entre 20 e 4 h Pecuária 22 h e 5h 22 h e 5h 20h e 5h Entre 21 e 5 h Lavoura A assertiva está ERRADA. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA QUESTÃO 251 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A mãe social tem direito à anotação desta condição em sua CTPS, desde que, não prestando serviços com exclusividade, trabalhe para terceiro apenas em regime de tempo parcial. Comentários: A mãe social é uma empregada especial, possuindo um contrato especial de trabalho regulamentado pela lei 7.644/87. O empregador da mãe social é a entidade sem fins lucrativos ou a filantrópica. O artigo 2º, da predita Lei, considera-se mãe social "aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares". Para ser mãe social a lei exige a idade mínima de 25 anos.A assistência social pode ser executada por meio da participação das entidades sem fins lucrativos. A assistência do menor abandonado pode ser executada através do estabelecimento-sede da entidade privada ou no âmbito de unidades autônomas e independentes, que podem reunir-se em forma de aldeia assistencial. Esse sistema é conhecido como casas-lares e é onde os menores em números não excedentes a 10 ficam sob a responsabilidade da mãe social. Direitos Pertinentes: Remuneração/Anotação de CTPS/repouso semanal remunerado/ férias anuais de 30 dias/ benefícios previdenciários na qualidade de segurada obrigatória/ 13º salário/FGTS. ERRADA a assertiva. QUESTÃO 252 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima tem o respectivo contrato de trabalho interrompido, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. Comentários: ERRADA (súmula 269 do TST). Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. QUESTÃO 253 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. Comentários: CERTA (súmula 269 do TST). QUESTÃO 254 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A eleição de empregado para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima implica a extinção do vínculo de emprego. Comentários: ERRADA, porque de acordo com a súmula 269 do TST abordada nas assertivas anteriores, o contrato de trabalho será suspenso. QUESTÃO 255 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, computando-se, todavia como tempo de serviço este período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego, caso em que o interstício como diretor não será computado como tempo de efetivo serviço. Comentários: ERRADA. Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. QUESTÃO 256 (TRT 2ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO/2011) A mãe social tem direito a anotação em CTPS, remuneração em valor não inferior ao salário mínimo, DSR de vinte e quatro horas consecutivas, férias de trinta dias, natalinas e FGTS. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Comentários: CERTA (art.5º da Lei 7.644/87) Art. 5º - À mãe social ficam assegurados os seguintes direitos: I - anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social; II - remuneração, em valor não inferior ao salário mínimo; III - repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas; IV - apoio técnico, administrativo e financeiro no desempenho de suas funções; V - 30 (trinta) dias de férias anuais remuneradas nos termos do que dispõe o capítulo IV, da Consolidação das Leis do Trabalho; VI - benefícios e serviços previdenciários, inclusive, em caso de acidente
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