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Apostila teto

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REVISÕES DO TETO 
 
 
PROFA. JULIANA RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
FEV/2011 
 
SUMÁRIO 
 
SLIDES REVISÃO DO TETO ...................................................................................................... 03 
TABELA DE ATENDIMENTO AO CLIENTE ................................................................................ 27 
INFORMAÇOES REVISÃO DO TETO ........................................................................................ 28 
MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO 10/20 ...................................................................... 30 
MODELO DE INICIAL BURACO VERDE .................................................................................... 34 
MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO (1988 A 2003).......................................................... 37 
MODELO DE IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO ....................................................................... 41 
MODELO DE REVISÃO DO TETO (2004 A 01/2010) ................................................................ 45 
MODELO DE PLANILHA - REVISÃO DO TETO .......................................................................... 48 
TABELA DE ÍNDICES – INPC .................................................................................................... 52 
TABELA MENOR VALOR TETO E MAIOR VALOR TETO ............................................................ 53 
 
Profa. Juliana Ribeiro 3 
 
 
SLIDES REVISÃO DO TETO 
 
Slide 1 
Revisão do Teto
Profa. Juliana Ribeiro
 
Slide 2 
Revisão do Menor Valor Teto (MVT Global)
Quem são os clientes:
DIB entre 05 de 1980 a 04/10/1988
Observação
Entre maio de 1982 a abril de 1983 não
deveremos entrar com a revisão
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 4 
 
Slide 3 
Fundamento da Revisão
Por força do artigo 14 da Lei 6.708, de 30 de outubro
de 1979, os valores do menor e maior valor-teto
deveriam ser reajustados pelo INPC, e não em função
de índices administrativos de variação MENOR do
que a do índice previsto na referida legislação.
Revisão do Teto
 
Slide 4 
Forma de Cálculo Aplicável
Forma 1
Se o SB for Igual ou inferior ao MVT (menor valor-
teto) aplica-se o Coeficiente devido ao Segurado –
sendo 80% aos 30 anos para o homem + 3% por ano
completo de trabalho – máximo 95% - Para mulher
95% aos 30 anos.
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 5 
 
Slide 5 
Forma de Cálculo Aplicável
Forma 2
Se o SB for maior que o MVT será dividido em duas
parcelas:
1ª = MVT x coeficiente + 2ª = Excedente x 1/30
quantos forem os grupos de 12 contribuições acima
do MVT – Respeitando o limite máximo de 80% do
Excedente
Revisão do Teto
 
Slide 6 
Exemplo de Cálculo
Dados do problema:
TS: 35 anos
DIB: 12/1986
SB: R$ 10.395.93 (média dos últimos 36 salários de contribuição)
Menor valor teto R$ 6.100,00 (dados da tabela)
Número de parcelas acima do MVT = 100
OBS: S.B maior que o menor valor teto (MVT) – aplica-se forma
de cálculo 2
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 6 
 
Slide 7 
Exemplo de Cálculo
Cálculo do INSS
1 parcela: R$ 6.100,00 x 95% = R$ 5.804,50
2 parcela : 100:12 = 8,333 (conta-se 8)
Excedente= S.B – MVT = R$ 10.395,93 – 6.100,00 = R$4.285,93
R$4.285,93 x 8/30 = 1.142.91 (este valor não poderá exceder 
80% do excedente = R$4.285,93)
Valor total = R$ 5.804,50 + R$ 1.142.91
Revisão do Teto
 
Slide 8 
Exemplo de Cálculo
Cálculo segundo critérios legais
SB = R$ 10.395.93
1ª parcela – 8.395.93 x 95% = 7.976.13 (utilizar o MVT corrigido pelo INPC)
2ª parcela – R$ 2.000,00 x 8/30 = R$ 533.33
Excedente R$ 10.395 (SB) – 8.395 (MVT) = R$ 2.000,00
R$ 7.976.13 + R$ 533.33 = R$ 8.509,46
Valor do cálculo baseado no MVT (INPC) = 8.509,46
Valor do cálculo feito pelo INSS = R$ 6.947.41
Conclusão: Revisão em percentual 22,28%
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 7 
 
Slide 9 
Exercício
Salário de benefício = R$ 25.000,00 (média dos últimos 36 salários de
contribuição)
Dados: 120 meses maior que o MVT
DIB = 11 de 1987
Coeficiente – 89%
Revisão do Teto
• Realizar o cálculo efetuado pelo INSS
• Realizar o cálculo da revisão
 
Slide 10 
Resolução
Cálculo do INSS
Duas parcelas, pois SB é maior que MVT (sem INPC)
Parcela 1 = R$ 11.200 x 89% = R$ 15.308,00
Parcela 2 = R$ 7.800,00 (excedente) x 10/30 = R$ 2600,00
RMI = 17.908,00
Excedente: SB – MVT = 25.000 – 17.200 = R$ 7.800,00
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 8 
 
Slide 11 
Resolução
Cálculo pela Lei
MVT = R$ 39.023,72 o que é superior ao SB – Cálculo
R$ 25.000,00 x 89% = R$ 22.250,00
Revisão do Teto
 
Slide 12 
Revisão do teto 
(10/20 sal. mínimos)
Revisão do Teto
Modelo anexo
 
Profa. Juliana Ribeiro 9 
 
Slide 13 
Histórico
10 SM 20 SM 10 SM
Lei 5890/73 Junho de 89 – Lei 7.789/89
Revisão do Teto
 
Slide 14 
Quem são meus clientes?
Até junho de 89 (direito adquirido a aposentadoria), 
mas DIB é posterior a esta data.
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 10 
 
Slide 15 
Revisão
Direito adquirido a aposentadoria até junho de 1989.
Estes segurados recolheram a contribuição para a
Previdência Social sobre 20 salários mínimos.
O pedido da aposentadoria foi posterior a esta data e
os benefícios foram limitados a 10 salários-mínimos.
Revisão do Teto
 
Slide 16 
Fundamento
Princípio do direito adquirido bem como a segurança
jurídica, solicitando que seja feito um novo cálculo
para encontrar uma nova RMI em 01/07/1989.
Caso os valores vertidos pelo segurado no período
anterior as 36 ultimas seja abaixo da sua média
habitual o cálculo não será vantajoso.
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 11 
 
Slide 17 
Jurisprudência
Processual Civil. Revisão. Teto De 20 Salarios Minimos. Direito Adquirido.
Reunião Dos Requisitos Sob A Égide Da Lei Nº 6.950/81. I - O segurado que
tenha implementado os requisitos necessários à obtenção de sua
aposentadoria antes da vigência da Lei nº 7.789/89, possui direito
adquirido ao teto de 20 (vinte) salários mínimos quando do cálculo de
sua renda mensal inicial, ainda que a concessão seja efetuada sob a
égide da Lei nº 8.213/91. Precedentes do STJ. II - Os juros moratórios
devem ser calculados, de forma globalizada para as diferenças anteriores à
citação e de forma decrescente para aquelas vencidas após tal ato
processual, considerada a taxa de 1% ao mês, nos termos do art. 406 do
CódigoCivil e do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. III - A correção
monetária incide sobre as diferenças em atraso, desde os respectivos
vencimentos, na forma da Súmula 8 do E. TRF da 3ª Região, observada a
legislação de regência especificada na Portaria nº 92/2001 DF-SJ/SP, de 23
de outubro de 2001, editada com base no Provimento nº 64/05 da E.
Corregedoria-Geral da Justiça da 3ª Região. IV - Remessa oficial improvida
(REOAC 200461040021343, da 3ª T, do TRF 3, rel. Juiz Sergio Nascimento,
DJU DATA:26/09/2007, p. 920)
Revisão do Teto
 
Slide 18 
Buraco Verde
Revisão do Teto
Modelo anexo
 
Profa. Juliana Ribeiro 12 
 
Slide 19 
Quem são meus clientes?
DIB 05/04/91 até 31/12/93 - benefícios limitados ao
teto
Revisão do Teto
 
Slide 20 
Fundamento da Revisão
Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com
data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993, cuja renda mensal inicial
tenha sido calculada sobre salário-de-benefício inferior à média dos 36 últimos salários-de-
contribuição, em decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos a
partir da competência abril de 1994, mediante a aplicação do percentual correspondente à
diferença entre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício considerado para
a concessão.
Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do caput deste artigo não poderão
resultar superiores ao teto do salário-de-contribuição vigente na competência de abril de
1994.
Exemplo: Ex. A média dos 36 meses foi equivalente a R$ 1.000,00, porém foi limitado
ao teto de R$ 800,00 – Uma defasagem de 25%. Em abril de 94 tem que aplicar estes
25%.
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 13 
 
Slide 21 
Cálculo da Revisão
Revisão do Teto
 
Slide 22 
Para que benefícios?
Limitados ao Teto
Pedido aos pensionistas
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 14 
 
Slide 23 
Revsit
Revisão do Teto
 
Slide 24 
Extensão do Buraco Verde
1º reajuste
Lei 8.880 de 27/05/94 – é a MP 434 convertida
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 15 
 
Slide 25 
Extensão do Buraco Verde
Art. 21, § 3º, Lei 8.880/94:
Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar
superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês
de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o
referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com
o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que
nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo
do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o
reajuste.
Revisão do Teto
 
Slide 26 
Quem são meus clientes?
RMI - A partir de 01 de março de 1994 , que foram
limitados ao teto
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 16 
 
Slide 27 
OBSERVAÇÃO
É o mesmo pressuposto do BURACO VERDE
– para os benefícios limitados ao teto, o
prejuízo sofrido deve ser aplicado no 1°
reajuste.
Revisão do Teto
 
Slide 28 
CÁLCULO
No 1° reajuste deve-se aplicar o prejuízo sofrido,
somado ao reajuste normal do ano.
Por exemplo 25% do prejuízo + os 10% de reajuste
(lembrando que porcentagem não se soma, e sim se
multiplica), ou seja, deve-se aplicar o reajuste de
37,5% (1.25 x 1.10 = 1.375 = 37.5%).
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 17 
 
Slide 29 
Jurisprudência
Revisão do Teto
Pedido De Uniformização. Conhecimento. Primeiro Reajuste Dobenefício. Aplicação Da
Regra Contida No Artigo 21, § 3º, da lei N.º 8.880⁄94, A benefício concedido após sua
edição. Caracterizada a contrariedade a julgado desta Turma Nacional, conhece-se
depedido de uniformização.A regra contida no artigo 21, § 3º, da Lei n.º 8.880⁄94,
aproveitaaos benefícios previdenciários concedidos após sua edição.Todavia, o
primeiro reajuste de benefício previdenciário deve ser calculadosobre o valor de sua
renda mensal inicial. Por ocasião desse reajuste,deverá ser aplicada, se for o caso, a
aludida regra, cujo teor é o seguinte:"Na hipótese da média apurada nos termos deste
artigo resultar superiorao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de
iníciodo benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limiteserá
incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajustedo mesmo após a
concessão.“ (TNU, rel. Juiz Federal Sebastião Ogê Muniz, DJ 15/09/2009)
 
Slide 30 
As Emendas Constitucionais 
e o Teto Dos Benefícios 
Previdenciários
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 18 
 
Slide 31 
Art. 29 da Lei 8.213/91 (red. original)
§ 2º - O valor do salário-de-benefício não será inferior
ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite
máximo do salário-de-contribuição na data de início
do benefício.
Revisão do Teto
 
Slide 32 
Os tetos máximo e mínimo do SB 
(Art. 29, § 2º da lei 8213/91) é 
inconstitucional?
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 19 
 
Slide 33 
Como se faz o cálculo de um benefício 
previdenciário?
De 05/10/1988 até 28/11/1999
Dilma Rousseff trabalhou 32 anos e requereu o benefício em
01/01/1998.
SB: R$ 980,14
Teto Máx. do SC: R$1.031,87
Coeficiente: 82%
RMI (renda mensal inicial) = SB (média dos últ. 36 SC corrigidos) x
Coef.
RMI = R$ 803,71
Revisão do Teto
 
Slide 34 
Como se faz o cálculo de um benefício 
previdenciário?
De 05/10/1988 até 28/11/1999
José Serra trabalhou 35 anos e requereu o benefício em 26/12/1994.
SB: R$ 956,09
Teto Máx. do SC: R$582,86
Coeficiente: 100%
RMI (renda mensal inicial) = SB (média dos últ. 36 SC corrigidos) x
Coef.
RMI = R$ 582,86
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 20 
 
Slide 35 
Caso apresentado do José Serra –
Extensão do Buraco Verde
E a diferença entre R$ 582,86 e R$ 956,09?
-Diferença de teto - 64% - art. 21, § 3º, lei 
8.880/94
-Primeiro reajuste proporcional
Revisão do Teto
 
Slide 36 
As Emendas Constitucionais
EC 20/98
art.14: O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral
da previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal
é fixado em R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), devendo, a partir
da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a
preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos
mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral da
previdência social.
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro21 
 
Slide 37 
As Emendas Constitucionais
EC 41/03
art. 5º: O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral
da previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal
é fixado em R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), devendo, a
partir da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma
a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos
mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral da
previdência social.
Revisão do Teto
 
Slide 38 
Revisão do Teto
No primeiro reajustamento do benefício, parte da diferença
decorrente da limitação foi reincorporada ao valor do benefício, em
razão do disposto no § 3º, do artigo 21, da Lei 8.880/94 (Extensão do
buraco verde)
AREPOSIÇÃO NÃO SE DEU DE FORMA INTEGRAL
O valor apurado submeteu-se à nova limitação do teto vigente na
data do primeiro reajuste
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 22 
 
Slide 39 
Revisão do Teto
O limite máximo para o valor dos benefícios do RGPS foi
fixado pelas EC em R$ 1.200,00 (EC 20/98) e R$
2.400,00 (EC 41/2003), substituindo os “tetos” anteriores
de R$ 1.081,50 e R$ 1.869,33, respectivamente.
(Portarias n.º 4.883 de 17/12/1998 e n.º 12 de
08/01/2004).
Revisão do Teto
 
Slide 40 
Onde o INSS errou?
O INSS manteve os benefícios limitados aos tetos
revogados em razão de determinações internas
(Portarias n.º 4.883 de 17/12/1998 e n.º 12 de
08/01/2004).
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 23 
 
Slide 41 
Vejamos o caso José Serra
Revisão do Teto
data
índice de 
reajuste
média apurada valor pago TETO
dez/94 812,56 582,86 582,86
mai/95 1,4286 1.160,82 832,66 832,66
mai/96 1,1500 1.334,95 957,56 957,56
jun/97 1,0776 1.438,54 1.031,87 1.031,87
jun/98 1,0481 1.507,73 1.081,50 1.081,50
dez/98 1,0000 1.507,73 1.081,50 1.200,00
jun/99 1,0461 1.577,24 1.131,36 1.255,32
jun/00 1,0581 1.668,88 1.197,09 1.328,25
jun/01 1,0766 1.796,71 1.288,78 1.430,00
jun/02 1,0920 1.962,01 1.407,35 1.561,56
jun/03 1,1971 2.348,72 1.684,74 1.869,34
dez/03 1,0000 2.348,72 1.684,74 2.400,00
 
Slide 42 
Decisão do STF
Matéria de repercussão geral
RE n.º 564.354/SE
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 24 
 
Slide 43 
Decadência
Não se discute o ato de concessão (DIB)
O erro do INSS iniciou-se tão somente a partir
da publicação das Emendas Constitucionais
em 1998 e 2003 (EC 20 e 41)
Revisão do Teto
 
Slide 44 
Dicas
1. Outubro de 1988 a março de 1991 – todos os
benefícios (não só as aposentadorias) que foram
limitados ao teto –tem direito a revisão
2. Dezembro de 1999 até dezembro de 2003 –
aposentadorias – fazer cálculo por causa do FP –
Somente se FP for maior que 1,00
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 25 
 
Slide 45 
Dicas
3. Não são todos os beneficiários que terão revisão,
mesmo que tenha contribuído todo o período relativo
ao cálculo no teto;
4. A revisão poderá envolver os benefícios de
aposentadoria por idade, tempo de
serviço/contribuição, aposentadoria especial,
aposentadoria por invalidez previdenciária ou
acidentária, auxílio-doença previdenciário ou
acidentário, pensão por morte e auxílio-reclusão;
Revisão do Teto
 
Slide 46 
Dicas
5. É importante fazer o cálculo da aposentadoria, em
qualquer dos períodos previamente amostrados, pois
os salários podem ser variáveis, podendo,
eventualmente ocorrer a situação de a média
aritmética resultar em valor inferior ao teto;
6. Para obter a revisão, é necessário fazer o requerimento,
administrativo ou judicial, devendo, em qualquer das
hipóteses haver a demonstração das diferenças
Revisão do Teto
 
Profa. Juliana Ribeiro 26 
 
Slide 47 
Tabela com os meses prováveis em 
que o cliente terá direito a Revisão
Revisão do Teto
Tem direito
Não Tem direito
 
Profa. Juliana Ribeiro 27 
 
 
TABELA DE ATENDIMENTO AO CLIENTE* 
Revisão DIB Benefícios Fundamento Observações 
Menor Valor 
Teto 
Maio/1980 a 
04/10/1988 
Todos Lei n° 6.708/79 
05/82 a 04/83 
Sem Prejuízo 
Recálculo Direito 
Adquirido (teto 
10/20) 
Para DIB 06/89 Todos 
Direito 
Adquirido ao 
Recálculo para 
Renda mais 
vantajosa 
Teto de 20 
salários de 
contribuição até 
06/89 
Buraco Verde 
05/04/1991 a 
31/12/1993 
Limitados ao 
Teto 
Art. 26 – Lei n° 
8870/94 
Revsit 
Extensão do 
Buraco Verde 
Qualquer 
concessão 
posterior a 
01/03/1994 
limitada do 
MVT Global 
Aposentadoria e 
Beneficio por 
Incapacidade 
Art. 21, §3° da 
Lei 8880/94 
É o mesmo 
pressuposto do 
Buraco Verde, 
para os 
benefícios 
limitados ao 
teto, o prejuízo 
sofrido dever ser 
aplicado no 1° 
reajuste. 
Teto 
Constitucional EC 
20 e 41 
Qualquer data Todos 
Limitação ao 
Teto – Reajusta 
sobre a média 
sem a limitação 
Renda dos 
Benefícios 
Limitada ao Teto 
pelas Emendas 
(ver tabela 
anexa) 
* Juliana Ribeiro e Raquel Diegoli 
 
 
Profa. Juliana Ribeiro 28 
 
 
INFORMAÇOES REVISÃO DO TETO 
Cálculo do benefício 
 
Cálculo 1 - Se o SB for Igual ou inferior ao MVT (menor valor-teto) aplica-se o Coeficiente devido ao 
Segurado – sendo 80% aos 30 anos para o homem + 3% por ano completo de trabalho – máximo 95% - 
Para mulher 95% aos 30 anos. 
 
Cálculo 2 - Se o SB for maior que o MVT será dividido em duas parcelas: 
 
1ª = MVT * coeficiente +2ª = Excedente x 1/30 quantos forem os grupos de 12 contribuições acima do 
MVT – Respeitando o limite máximo de 80% do Excedente 
Para quem se aplica a revisão – DIB entre 05 de 1980 a 04/10/1988. 
Observação: Carta de concessão SB maior que menor valor teto tem direito a revisão se concedido 
entre este período. 
 
Importante: Entre maio de 1982 a abril de 1983 não deveremos entrar com a revisão pois o INSS 
reajustou o MVT através de uma portaria de abril de 1982, que o MVT ficou maior do que o reajustado 
pelo INPC. 
 
Fundamento da revisão: 
Por força do artigo 14 da Lei 6.708, de 30 de outubro de 1979, os valores do menor e maior valor-teto 
deveriam ser reajustados pelo INPC, e não em função de índices administrativos de variação MENOR do 
que a do índice previsto na referida legislação. 
 
Exemplo de cálculo feito pelo INSS 
Dados do problema: 
TS: 35 anos 
DIB: 12/1986 
SB: R$ 10.395.93 (média dos últimos 36 salários de contribuição) 
Menor valor teto R$ 6.100,00 (dados da tabela) 
Número de parcelas acima do MVT = 100 
OBS: S.B maior que o menor valor teto (MVT) – aplica-se forma de cálculo 2 
 
Cálculo do INSS 
1 parcela: R$ 6.100,00 x 95% = R$ 5.804,50 
2 parcela : 
 100:12= 8,>>>> (conta-se 8) 
 Excedente= S.B – MVT = R$ 10.395,93 – 6.100,00= R$4.285,93 
 
 R$4.285,93 x 8/30 = 1.142.91 (este valor não poderá exceder 80% do excedente = R$4.285,93) 
 
Valor total = R$ 5.804,50 + R$ 1.142.91Cálculo segundo critérios legais 
SB = R$ 10.395.93 
1 parcela – 8.395.93 x 95% = 7.976.13 (utilizar o MVT corrigido pelo INPC) 
2 parcela – R$ 2.000,00 x 8/30 = R$ 533.33 
Excedente R$ 10.395 (SB) – 8.395 (MVT) = R$ 2.000,00 
R$ 7.976.13 + R$ 533.33 = R$ 8.509,46 
Valor do cálculo baseado no MVT (INPC) = 8.509,46 
Valor do cálculo feito pelo INSS = R$ 6.947.41 
Conclusão: Revisão em percentual 22,28% 
 
Exercício 
Profa. Juliana Ribeiro 29 
 
Salário de benefício = R$ 25.000,00 (média dos últimos 36 salários de contribuição) 
Dados: 120 meses maior que o MVT 
DIB = 11 de 1987 
Coeficiente – 89% 
 Realizar o cálculo efetuado pelo INSS 
 Realizar o cálculo da revisão 
 Cálculo de INSS 
 
Duas parcelas, pois SB é maior que MVT (sem INPC) 
Parcela 1 = R$ 11.200 x 89% = R$ 15.308,00 
Parcela 2 = R$ 7.800,00 (excedente) x 10/30 = R$ 2600,00 
RMI = 17.908,00 
Excedente: SB – MVT = 25.000 – 17.200 = R$ 7.800,00 
 Cálculo pela Lei 
MVT = R$ 39.023,72 o que é superior ao SB – Cálculo : R$ 25.000,00 x 89% = R$ 22.250,00 
 
Profa. Juliana Ribeiro 30 
 
 
MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO 10/20 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO 
JUDICIÁRIA DO ESTADO DE ............. – SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ......................... 
 
______________, brasileiro (a), casado (a), aposentado, portador do RG n.º __________ e do CPF 
n.º ____________, residente e domiciliado à Rua ___________________, vêm, por seus 
advogados devidamente constituídos, perante Vossa Excelência, propor 
AÇÃO REVISIONAL DE APOSENTADORIA 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, pessoa jurídica de direito público 
interno, sob a forma de Autarquia Federal, com sede regional à Rua ................................, neste 
município de ..........................., pelos seguintes motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
FATOS 
1. O Requerente é segurado aposentado da autarquia ré, NB ___/__________, com Data 
do Início do Benefício – DIB em ___/___/___, totalizando nessa época __ anos, ___ 
meses e ___ dias de tempo de serviço. Na época da concessão, o cálculo do salário-de-
benefício consistia na média aritmética simples dos últimos salários de contribuição dos 
meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada 
do requerimento, até no máximo 36 (trinta de seis), apurados em período não superior 
a 48 (quarenta e oito) meses. 
2. Com o intuito de se aposentar com um valor que futuramente lhe oportunizasse um 
descanso compatível com sua vida laborativa, o Requerente sempre contribuiu com 
valores relativamente altos, chegando a alcançar o salário-de-contribuição relativa a 20 
(salários mínimos), nos termos do art. 4º da Lei 6.950/81. 
3. Ocorre que em 30/06/1989, com o advento da Lei n.º7.787, reduziu-se o teto do salário-
de-contribuição, passando de 20 salários-de-contribuição para 10 (dez) salários-
mínimos, o que arbitrariamente limitou o valor da contribuição do Requerente, 
causando dano futuro na programação de seu benefício previdenciário. 
4. Nota-se que até 30/06/1989 o Requerente contava com ___ anos ___ meses e ___ dias 
de tempo de serviço, portanto, somando os requisitos necessários para o aposento 
previdenciário, obedecendo ao princípio do direito adquirido. 
5. De fato, é lógico que o cálculo do benefício deveria ser com base na norma anterior, 
sendo considerado o teto antigo, entretanto, não foi o que aconteceu, sendo aplicado o 
teto estabelecido pela Lei 7.787/89, sendo simplesmente esquecida a regra do direito 
adquirido. 
6. Destarte, Excelência, o Requerente faz jus a revisão de sua aposentadoria, devendo o 
cálculo da renda mensal inicial – RMI do benefício devendo ser considerada, para 
apuração do salário-de-benefício, somente as contribuições efetivamente vertidas até 
06/1989. 
 
 
Profa. Juliana Ribeiro 31 
 
DIREITO 
7. Conforme acima exposto, até 30/06/1989, portanto na vigência da Lei N.º6.950/81, era 
permitida a contribuição no teto de 20 (vinte) salários mínimos: 
8. Art. 4º da Lei N.º6.950/81 : 
 
“Art 4º - O limite máximo do salário-de-contribuição, 
previsto no art. 5º da Lei nº 6.332, de 18 de maio de 1976, 
é fixado em valor correspondente a 20 (vinte) vezes o 
maior salário-mínimo vigente no País.” 
9. E, 30/06/1989, o art. 1º da Lei N.º 7.787 reduziu o teto do salário-de-contribuição: 
“Art.1º A contribuição do segurado empregado, filiado à 
Previdência Social, inclusive o doméstico e o avulso, é 
calculada mediante aplicação da seguinte tabela:” 
Salário-de-contribuição 
(Ncz$) 
Alíquota 
Até 360,00 8,0% 
De 360,01 a 600,00 9,0% 
De 600,01 a 1.200,00 10,0% 
 
10. O Supremo Tribunal Federal vem se posicionando no sentido dessa revisão, onde 
vejamos: 
“Previdenciário. Proventos da aposentadoria calculados com base na legislação vigente 
ao tempo da reunião dos requisitos que, todavia, foram cumpridos sob o regime da lei 
anterior, em que o benefício tinha por base vinte salários-de-contribuiçao em vez de dez. 
Alega ofensa ao princípio do direito adquirido. 
Hipótese a que também se revela aplicável – e até com maior razão, em face de decorrer 
o direito de contribuições pagas ao longo da vida laboral – a Súmula 359, segundo a qual 
os proventos da inatividade se regulam pela lei vigente ao tempo em que reunidos os 
requisitos necessários à obtenção do benefício, não servindo de óbice à pretensão do 
segurado, obviamente, a circunstância de haver alterado o lapso de tempo de apuraçõ 
dos salários de contribuição, se nada impede compreenda ele os vinte salários previstos 
na lei anterior. Recurso Conhecido e Provido.” (RE nº 266.927-RS, STF, Rel. Min. Ilmar 
Galvão, DJ 10-11-2000) 
 
“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. PROVENTOS. DIREITO 
ADQUIRIDO. 
I. Proventos de aposentadoria: direito adquirido aos proventos na forma da lei vigente ao 
tempo da reunião dos requisitos da inatividade, mesmo se requerida após a lei menos 
favorável. Súmula 349-STF: desnecessidade do requerimento. Aplicabilidade à 
aposentadoria previdenciária. Precedentes do STF. 
II. Agravo não provido”. (RE nº 269407, STF, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU 02-
08-2002) 
 
“PREVIDENCIÁRIO. DIREITO ADQUIRIDO. CÁLCULO DA RMI DO BENFEÍCIO. TETO DOS 
SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO. LEI VIGENTE À ÉPOCA EM QUE PREENCHIDOS OS 
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA. CONSECTÁRIOS. 1. Os proventos 
previdenciários se regulam para lei vigente ao tempo em que reunidos os requisitos 
Profa. Juliana Ribeiro 32 
 
necessários à obtenção do benefício. Precedentes jurisprudenciais. 2. Ainda que o 
segurado só tenha requerido a concessão do benefício após o advento da Lei nº 
7.789/89, tem direito ao cálculo da RMI nos moldes da Lei nº 6.950/81, porquanto havia 
preenchido os requisitos para a concessão da aposentadoria considerando somente as 
contribuições vertidas até junho de 1989. 3. Os honorários advocatícios devem ser 
fixados em 10% sobre o valor da condenação, excluídas as parcelas vincendas, 
considerando como tais as vencidas após a deste acórdão. 4. Os juros de mora devem ser 
fixados à taxa de 1% ao mês, com base no art. 3º do Decreto-Lei nº 2.322/87,aplicável 
analogicamente aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter 
eminentemente alimentar. Precedentes do STJ. 5. A atualização monetária, a partir de 
maio de 1996, deve-se dar pelo IGP-DI, de acordo com o art. 10 da Lei nº 9.711/98, 
combinado com oart. 20, §§5º e 6º, da Lei nº 8.880/94. 6. Tendo o feito tramitado 
perante a Justiça Federal, o INSS está isento do pagamento das custas judiciais (art. 4º da 
Lei 9.289/96).7. Apelação provida.” (AC nº 2003.72.00.000421-9/SC, TRF/4º Região, Rel. 
Des. Federal Ricardo Teixeira do Vale Pereira, D.J.U. 18-10-2006). 
 
“PREVIDENCIÁRIO. DIREITO ADQUIRIDO. CÁLCULO DA RMI DO BENFEÍCIO. TETO DOS 
SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO. LEI VIGENTE À ÉPOCA EM QUE PREENCHIDOS OS 
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA. PAGAMENTO DAS PARCELAS EM 
ATRASO. CONSECTÁRIOS. 1. Os proventos previdenciários se regulam para lei vigente ao 
tempo em que reunidos os requisitos necessários à obtenção do benefício. Precedentes 
jurisprudenciais. 2. Assim, ainda que o falecido segurado só tenha requerido a concessão 
do benefício após o advento da Lei nº 7.789/89, deve ser procedido ao cálculo da RMI nos 
moldes da Lei nº 6.950/81, porquanto preenchidos os requisitos para a percepção da 
aposentadoria, ainda que proporcional, considerando-se somente o tempo de serviço e 
as contribuições vertidas até junho de 1989. Conseqüentemente, deve ser recalculada a 
pensão por morte auferida pela autora. 3. É devido o pagamento das diferenças 
decorrentes do recálculo do benefício, excetuado o período atingido pela prescrição 
qüinqüenal, sendo descabida a limitação das parcelas em atraso à data da citação da 
autarquia, como fez o julgador singular. 4. Os juros de mora devem ser fixados à taxa de 
1% ao mês, com base no art. 3º do Decreto-Lei nº 2.322/87, aplicável analogicamente 
aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter eminentemente alimentar. 
Precedentes do STJ. 5. A atualização monetária, a partir de maio de 1996, deve-se dar 
pelo IGP-DI, de acordo com o art. 10 da Lei nº 9.711/98, combinado com o art. 20, §§5º e 
6º, da Lei nº 8.880/94. 6. Honorários advocatícios devidos pelo INSS, à razão de 10% 
sobre o valor da condenação, excluídas as parcelas vincendas, considerando como tais as 
vencidas após a data da prolação da sentença (Súmulas nºs 111 do STJ e 76 desta Corte). 
7. Tendo o feito tramitado perante a Justiça Federal, o INSS está isento do pagamento 
das custas judiciais (art. 4º da Lei 9.289/96). 8. Apelação do INSS e remessa oficial 
improvidas. Apelação da parte autora provida.”(AC nº 2006.70.00.002345-4/PR, TRF/4º 
Região, Rel. Des. Federal Ricardo Teixeira do Vale Pereira, D.E. 10-01-2007). 
 
11. Diante de tudo isso, fica claro que a autarquia-ré feriu o princípio do direito adquirido, 
devendo ser condenada a efetuar a revisão da RMI bem com ao ressarcimento dos 
últimos 5 anos. 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, REQUER, digne-se Vossa Excelência receber a presente para: 
 a) Determinar a citação do Instituto Nacional do Seguro Social, na pessoa de seu procurador 
federal, no endereço supra mencionado para querendo contestar a presente lide, sob pena de 
revelia, além da condenação do réu ao pagamento de todas as custas e despesas judiciais. 
 
Profa. Juliana Ribeiro 33 
 
b) Julgar PROCEDENTE a presente ação, para condenar a autarquia-ré a revisão do benefício 
previdenciário, no tocante a RMI, devendo ver aplicada a Lei 6.950/81; 
c) A restituição das diferenças decorrentes do recalculo do benefício desde a Data do Início do 
Benefício, devendo incidir juros de mora de 1% ao mês (Decreto-Lei nº 2.322/87), considerando 
os benefícios pagos com atraso, uma vez caracterizado sua essência alimentar), bem como a 
atualização monetária, onde a partir de 05/1996 deve-se considerar o IGP-DI, em conformidade 
com o art. 10 da Lei Nº 9.711/98, cc art. 20 §§5º e 6º da Lei Nº 8.880/94; 
d) A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa 
Excelência sobre o total da condenação e demais cominações legais, nos termos do artigo 20 do 
CPC; 
e) REQUER, mais, seja permitida a produção de todos os meios de provas em direito admitidos; 
Dá à causa o valor de R$ 1000,00 (hum mil reais) para efeitos fiscais. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Profa. Juliana Ribeiro 34 
 
 
MODELO DE INICIAL BURACO VERDE 
EXCELENTÍSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL ******* 
 ***********, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no CPF sob nº 
********** e portador da cédula de identidade ************, residente e domiciliado na 
*****************, Centro, na cidade de *************, Estado de ****************, por 
intermédio de seus procuradores adiante assinados, por (doc. 01), vem, à presença de Vossa Excelência, 
com o devido acatamento e respeito, propor a presente 
AÇÃO REVISIONAL PREVIDENCIÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
 contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, Autarquia 
Federal com representação no estado de **********, agência localizada na **************** , na 
cidade de ************** objetivando a REVISÃO DA RMI nos termos do Art. 26 da Lei 8870/94 e 
Art. 21 da Lei 8880/94 pelos fatos e fundamentos que passar a expor: 
 I – DOS FATOS 
 O autor é beneficiário do RGPS conforme benefício nº ********** 
concedido em 03/04/1992, com RMI fixada em Cr$ 867.866,99, ou seja, 94% do teto máximo vigente 
naquele período. 
 Conforme se pode verificar, a metodologia de cálculo aplicada pela 
Autarquia-Ré, limitou a média do salário-de–contribuição para daí aplicar o coeficiente de cálculo, ou 
seja, ao invés do INSS aplicar o coeficiente de cálculo sobre a média apurada, limitou a média do salário-
de-contribuição ao teto vigente na época, aplicando sobre este o coeficiente de cálculo de 94%. 
Desta forma, o autor foi prejudicado na obtenção do benefício, 
ocasionando uma perda considerável na sua renda inicial. Além do que o INSS agiu em total desacordo 
com o que determinava a legislação vigente à época. 
II – DOS FUNDAMENTOS 
Desde que entrou em vigor, a Lei 8.213/91 já dispunha sobre a forma 
como deveria ser efetuado o cálculo da RMI dos benefícios mantidos pelo INSS, considerando os 
salário-de-contribuição integrantes do PBC, devidamente atualizados. 
Em nenhum momento a referida lei em seus artigos 28 e 29, 
determinaram a limitação da média dos salários-de-contribuição, conforme se pode observar na 
redação vigente à época: 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos 
os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao 
do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o 
máximo de 36 (trinta e seis) , apurados em período não superior a 48 
(quarenta e oito) meses. 
 
A Lei 8.870/94 dispõe em seu art. 26: 
Profa. Juliana Ribeiro 35 
 
 
 “Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de 24 
de julho de 1991, com data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de 
dezembro de 1993, cuja a renda mensal inicial tenha sido calculada 
sobre salário-de-benefício inferior à média dos 36 últimos salário-de-
contribuição em decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da 
referida lei, serão revistos a partir da competência de abril de 1994, 
mediante aaplicação do percentual correspondente à diferença 
entre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício 
considerado para a concessão. 
Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do “caput’ deste 
artigo não poderão resultar superiores ao teto do salário-de-
contribuição vigente na competência de abril de 1994”. 
Portanto, tomando-se como base para aplicação das normas 
previdenciárias o sistema de contribuição e prestação, e aplicando-o de acordo com a interpretação 
sistemática de todo o Plano de Custeio e Benefícios da Previdência Social, a norma do artigo 136 da Lei 
8.213/91 deve ser aplicada em conjunto com o disposto no artigo anterior da mesma Lei, o que nos 
remete à inexistência de teto limitador para a primeira operação, ou seja, para o cálculo do salário de 
contribuição, quando, então, somam-se todos os salários de contribuição. 
Daí que a aplicação da limitação somente deve ocorrer após todas as 
operações matemáticas necessárias à apuração da renda mensal inicial. 
Também conforme Lei 8.870/94, o percentual da diferença entre a 
média de salários de contribuição obtida e o teto do INSS deveria ser aplicada no primeiro 
reajustamento, respeitando-se o teto vigente à época. 
Tal dispositivo apontava que houve um erro da Autarquia no 
momento do cálculo e que trazia perdas significativas. 
Houve um desequilíbrio entre prestação e custeio, tendo o segurado contribuído com determinados 
valores e não os ter recebido de volta na mesma proporcionalidade. 
Em sendo assim, o INSS incorporou desde a Lei 8.870/94, artigo 26, 
esta regra de proteção, e que hoje está esculpida no Decreto 3048/99 em seu artigo 35, §3º: 
 § 3º Na hipótese de a média apurada na forma do art. 32 resultar 
superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês 
de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o 
referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente 
com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que 
nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo 
do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o 
reajuste. 
 Como se vê, era dever do Instituto-Réu revisar o benefício do Autor 
com base no imperativo legal acima disposto, haja vista que calculou a RMI com valor inferior ao que 
tinha direito o segurado. 
 
Profa. Juliana Ribeiro 36 
 
DO PEDIDO 
Diante do exposto, REQUER de Vossa Excelência o seguinte: 
1. A citação do INSS, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar defesa; 
2. Ao final, com ou sem contestação, seja julgada procedente a presente ação, condenando o INSS 
a efetuar a revisão do benefício do(a) Autor(a), nos termos do artigo 26 da Lei 8.870/94, implantando 
nova renda mensal e, em conseqüência, sendo apurada a nova RMI, pagar as diferenças 
vencidas apuradas, com juros e correção monetária, desconsideradas as parcelas prescritas; 
3. A concessão da gratuidade da Justiça, nos termos da Lei 1.060/50; 
4. A produção de todas as provas admitidas em Direito, caso se faça necessário, principalmente a 
prova documental, levando-se em conta, também, o disposto no artigo 11 da Lei 10.259/01. 
Dá a causa o valor de R$ 500,00(quinhentos reais). 
 
NESTES TERMOS 
PEDE DEFERIMENTO 
Profa. Juliana Ribeiro 37 
 
 
MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO (1988 A 2003) 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL* FEDERAL CÍVEL 
DE _____________-ESTADO DO __________. 
 
 
(* A ação deve ser proposta no juizado, desde que o valor da causa não ultrapasse a competência) 
 
 
OBJETO: REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – CUJA RENDA MENSAL INICIAL FOI LIMITADA AO TETO 
MÁXIMO DA ÉPOCA (Ação proposta com base no Art. 201, §3º da Constituição Federal, no Art.26 da Lei nº 
8.870/94 e Art. 21, § 3º da Lei nº 8.880/94). 
VALOR DA CAUSA: 
1.1. Nome 
1.2. Nacionalidade 
1.3. Estado Civil 
1.4. Profissão 
1.5. Nascimento 
1.5. Filiação PAI: MÃE: 
1.6. Identidade 
1.7. CTPS (nº) 
1.8. CPF 
1.9. Endereço 
1.10. E-mail 
1.11. Telefone 
O Autor supra qualificado vem à presença de Vossa Excelência propor 
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA - REVISÃO TETO 
Benefício concedido entre 1988 a 2003 
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS pelos seguintes fatos e fundamentos: 
1. PRELIMINARMENTE, PREFERÊNCIA - PESSOA IDOSA COM *** ANOS 
Nascido em ***********, (doc. 01), portanto com mais de ********** anos, com a saúde debilitada, 
requer atendimento prioritário, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso), e da Lei 10.048/2000, 
em seus arts. 1º e 2º, para obter com brevidade a decisão de V.Exa. 
2. DOS FATOS: 
O Autor é titular de benefício previdenciário, conforme documento anexo. 
Dados sobre o benefício 
1. Tipo de benefício 
2. Número do benefício 
3. Data de início do benefício 
4. Renda mensal atual do benefício 
 
Dentre as provas documentais apresentadas, o Autor juntou: 
 
(*) Cópia do RG e CPF; 
(*) Comprovante de residência; 
(*) Carta de Concessão; 
(*) Histórico de crédito; 
Profa. Juliana Ribeiro 38 
 
(*) Planilha de cálculo; 
 
2. FUNDAMENTOS 
 
O autor é beneficiário de Aposentadoria por tempo de contribuição. Teve o seu benefício concedido em 
29/05/1995 e o seu salário de contribuição foi calculado em R$ 852,57 (oitocentos e cinqüenta e dois 
reais e cinqüenta e sete centavos), conforme se extrai da Carta de Concessão e Memória de Cálculo 
anexa. 
 
Todavia, o teto limite dos Benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), naquela data, era de 
R$ 832,66, sendo, então, o beneficio do autor limitado a este valor. 
 
Posteriormente, o valor limite pago pelo INSS foi modificado positivamente através das Emendas 
Constitucionais nº 20/1998 e nº 41/2003. 
 
Assim, não se pode permitir a convivência de três limites ao teto dos benefícios, simultaneamente: um 
para aqueles concedidos antes da EC nº 20/1998, outro para aqueles com início entre esta e a EC nº 
41/2003 e outro, ainda, para os benefícios concedidos após esta última Emenda Constitucional. 
 
Nesse sentido, em julgamento recente (RE 564.354) o STF discutiu se as alterações veiculadas pelas 
Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/2003, aplicam-se aqueles que já percebiam benefício 
previdenciário antes da edição das referidas Emendas. 
 
A discussão, segundo deixou claro a Eminente Relatora Ministra Carmem Lúcia, não versava sobre 
reajuste. 
 
Em outras palavras, se discutia no Extraordinário se a alteração veiculada no art. 14 da EC nº 20/98 e EC 
41/2003, aplica-se imediatamente aqueles que já percebiam benefício previdenciário antes da sua 
edição, considerados os cálculos decorrentes do salário de contribuição. 
 
 De acordo com a Relatora, a pretensão do recorrido no Extraordinário retro é de manter os seus 
reajustes de acordo com índices oficiais conforme determinando em lei, sendo apenas possível que por 
força desse e com esses reajustes possa ser ultrapassado o antigo teto, respeitado, por óbvio o novo 
valor introduzido pelas EC nº 20 e 41, e mais ainda, verificando-se o que foi pago, como foi pago e em 
que percentuais. 
 
Sendo essa pretensão posta em juízo, entendeu a Relatora, sem razão a recorrente, como já decidido no 
voto condutor do acórdão recorrido, o qual citou: 
 
 “o cálculodas prestações pecuniárias de trato continuado, efetivado em regra sobre 
o salário de benefício (lei 8.213/91), tem como limite máximo o maior valor de 
salário de contribuição. Assim, após a definição do salário de benefício, calculado 
sobre o salário de contribuição, deve ser aplicado o limitador dos benefícios da 
previdência social a fim de se obter a renda mensal do benefício a que terá direito o 
segurado. 
Dessa forma, a conclusão inarredável a que se pode chegar é a de que efetivamente 
a aplicação do limitador pela definição da renda que receberá o segurado deve ser 
sopesada após a definição do salário de benefício, o qual se mantém inalterado, 
mesmo que o segurado receba quantia inferior ao mesmo. 
Assim, uma vez alterado o valor limite dos benefícios da previdência social, o novo 
valor deverá ser aplicado sobre o mesmo salário de benefício calculado quando de 
sua concessão, com os devidos reajustes legais a fim de se determinar a nova renda 
que passará a perceber o segurado. 
Profa. Juliana Ribeiro 39 
 
Não se trata de reajustar, muito menos de alterar o benefício, trata-se de manter o 
mesmo salário de benefício calculado quando da concessão, só que agora, lhe 
aplicando o novo limitador dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social”. 
 
Continuando, a Ministra Carmem Lúcia destacou que o acórdão recorrido não aplicou as Emendas 
Constitucionais retroativamente, nem mesmo o fez com base em qualquer escala de retroatividade. O 
que se fez foi permitir a aplicação do novo teto para fins de cálculo da renda mensal do benefício. Nesse 
sentido foi, também, o Recurso Extraordinário 451.243. 
 
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - TETO - ALTERAÇÃO. Uma vez alterado o teto relativo a 
benefício previdenciário, como foi feito mediante a Emenda Constitucional nº 20/98, 
cumpre ter presente o novo parâmetro fixado, observados os cálculos primitivos. 
(RE 499091 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 
26/04/2007, DJe-028 DIVULG 31-05-2007 PUBLIC 01-06-2007 DJ 01-06-2007 PP-
00057 EMENT VOL-02278-06 PP-01144) 
No mais, a Nobre Relatora relembrou que não foi concedido aumento de benefício, mas o direito de ter 
o valor do benefício calculado com base em limitador mais alto, fixado na norma constitucional 
emendada. 
 
Relatou que a Procuradoria Geral da Republica opina no mesmo sentido, citando: 
 
 “A procedência da ação não traduz um reajuste automático de todos os benefícios 
concedidos antes da aludida Emenda Constitucional, mas uma adequação ao novo 
patamar na hipóteses em que a fixação dos proventos resultou em valor inferior a 
media atualizada dos salários de contribuição”. 
 
Por fim, concluiu por não haver ofensa a Constituição no Acórdão recorrido, ao permitir a utilização do 
novo limitador quando do cálculo da renda mensal de benefício, conhecendo em parte o Recurso 
Extraordinário e na parte conhecida, negado provimento. 
 
A maioria dos Ministros, vencido Ministro Dias Tofolli, seguiram o voto da Relatora, entendendo que os 
novos “valores tetos”, trazidos pelas referidas Emendas, se aplicam aos beneficiários que tiveram seu 
salário de beneficio limitado ao teto, devendo-se elevar o valor da renda mensal ao novo teto. 
 
Tal decisão veio referendar o entendimento já pacificado nas Turmas Recursais Federais de todo o 
Brasil, das quais, destaca-se o voto do magistrado JOEL ILAN PACIORNIK nos autos 2003.70.02.005439-0: 
 
“Ressalto, contudo, que o novo limite fixado pela EC nº 20/98 aplica-se de forma 
igualitária para todos os segurados mantidos pelo RGPS, ou seja, tal norma, ao estabelecer um 
valor de R$ 1.200,00 como limite máximo para o valor dos benefícios, revogou norma anterior 
que fixava o teto em quantia inferior, no caso, R$ 1.081,50, sendo totalmente auto-aplicável. 
Como bem salientou a sentença proferida pelo Juízo a quo, não se trata de reajuste 
de benefícios, mas de aplicar ao valor da renda mensal reajustada o novo teto estabelecido 
pela EC nº 20/98 ". 
 
Além do mais, Excelencia, é preciso que se aplique o art. 21, §3º da Lei 8.880/90: 
 
Art. 21 - Nos benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213, de 1991, com data de 
início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos termos do art. 
29 da referida Lei, tomando-se os salários-de-contribuição expressos em URV. 
 
§ 3º - Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao 
limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença 
percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício 
juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum 
Profa. Juliana Ribeiro 40 
 
benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente 
na competência em que ocorrer o reajuste. 
 
Desta forma, Excelência, fica claro que HÁ PREJUÍZO REAL ao Autor caso não sejam recompostas tais 
perdas, não restando motivos plausíveis ao réu para se negar a efetuar tais pagamentos ao Autor, pois 
se assim continuar a proceder, tal conduta da Requerida, sem sombra de dúvida, resultará em 
enriquecimento ilícito. 
Ante os argumentos elencados e considerando as Reformas Previdenciárias que alteraram 
positivamente o limite para o salário-de-benefício, não pode a renda mensal do Autor ficar à margem de 
uma revisão. 
 
3. Pedidos e Requerimentos 
 
ISTO POSTO, pede a Vossa Excelência que a parte ré seja condenada a: 
 
 Revisar o benefício previdenciário titularizado pelo Autor, aplicando-se os índices de reajuste 
legais, levando em conta o limitador trazido pelas EC 20 e 41 e o disposto no art. 21, §3º da Lei 
8.880/90; 
 Pagar as diferenças perdidas ao longo do tempo, apuradas após a revisão acima, respeitada a 
prescrição qüinqüenal, com os devidos acréscimos de juros e correção monetária, até que os 
valores contribuídos a mais sejam incorporados ao benefício do autor; 
 PAGAR as prestações mensais e sucessivas apuradas com a revisão acima pedida, inclusive 
abono anual (13º salário); 
 Agora, por sua vez, requer: 
 A citação do Instituto Nacional do Seguro social – INSS, bem como sua intimação para que, até 
a audiência de tentativa de conciliação, junte aos autos o processo administrativo; 
 Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, especialmente 
pelas documentais já juntadas e outras que se fizerem necessárias, inclusive a testemunhal, 
cujo rol será juntado se necessário, requerendo desde já a substituição por outras, caso não 
puderem comparecer; 
 Pede a condenação do ente autárquico ao pagamento de honorários advocatícios fixados em 
20% (vinte por cento) do total da condenação. 
 Reitera a pretensão aos benefícios da gratuidade judicial, por ser pessoa pobre, na acepção 
jurídica do termo, não reunindo meios de suportar os ônus da presente ação, sem prejuízo do 
próprio sustento e de seus familiares, tudo como previsto na Lei nº 1.060/50, com suas 
ulteriores modificações conforme declaração anexa. (Esse requerimento apenas quando o 
autor for pobre na acepção jurídica do termo) 
 g) Requer atendimento prioritário, ou seja, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso). 
 
Dá-se a causa o valor de ********************** 
 
 
Termos em que 
 
Pede deferimento 
 
Cidade e data. 
 
Advogado(a) 
OAB/__ nº ________ 
 
Doc 01 - Procuração; Doc 02 - Documentos Pessoais, Doc 03 - comprovante de Residência; Doc 04 - Carta de 
Concessão e Memória de Cálculo; Doc 05 - Valores mensais recebidos pelo autor nos últimos5 anos; Doc 06 - 
Planilha de Cálculos 
Profa. Juliana Ribeiro 41 
 
 
MODELO DE IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO SEGUNDO JUIZADO ESPECIAL DE MARINGÁ – 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ 
 
Autos Nº *********** 
 
 
AUTOR(A), já qualificado nos autos supra, em Ação de Revisão movida contra o INSS, por intermédio de 
seu procurador judicial, vêm, tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar 
 
 
IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO 
 
o que o faz nos seguintes termos: 
 
 
 
1. SÍNTESE DA DEMANDA 
 
 
Trata-se de ação previdenciária para a revisão de aposentadoria, sob o fundamento de que deveria ser 
aplicado os reajustes advindos sobre os novos tetos, em razão da limitação do salário de benefício 
utilizado para a RMI. 
 
Devidamente citado, o INSS pugnou pela improcedência da demanda, sob o argumento de que não teria 
cabida a pretensão calcada na manutenção da equivalência da proporcionalidade entre a renda mensal 
e o teto. 
 
Em verdade, equivoca-se o próprio INSS ao avaliar os fundamentos da revisão do benefício do Autor. 
 
 
2. DOS FUNDAMENTOS 
2.1. Do Erro Quanto à Interpretação da Fundamentação da Revisão 
 
Em sua peça de defesa, o INSS, defende que não seria cabível a revisão automática sobre os benefícios 
previdenciários em razão do aumento do teto do salário de contribuição. 
 
Em verdade, a pretensão do Autor jamais se fundou em tal premissa. 
 
Trata-se sim de fundamento totalmente diverso. 
 
Primeiramente, há que se partir do entendimento relacionado à possibilidade de se obter salário de 
contribuição acima do teto do benefício, o qual será por certo limitado. 
 
Uma vez verificada tal hipótese, há que se admitir que os índices de atualização dos benefícios incidam 
sobre o valor integral (limitado), a fim de se apurar o valor real do benefício. 
 
O presente caso dos autos retrata a hipótese aventada, para tanto, basta verificar a Carta de 
Concessão do Benefício e sua respectiva Memória de Cálculo, em que se constata o Salário de 
Benefício superior ao teto atribuído ao Salário de Contribuição e, por conseguinte, a limitação da 
Renda Mensal Inicial a tal limite. 
 
Uma vez verificada tal situação, parte-se aos fundamentos da revisão. Vejamos. 
 
Profa. Juliana Ribeiro 42 
 
 
2.2. Dos Fundamentos da Revisão 
 
Com o advento de um novo limite máximo para os benefícios, admitir que o novo “teto” não alcance os 
benefícios pretéritos, seria o mesmo que aceitar dois limites diferentes para os benefícios 
previdenciários, um para aqueles que tenham se tornado inativo antes da referida lei e outro para 
aqueles que passaram a gozar de benefício previdenciário depois. 
 
Tal entendimento esbarra-se, de plano, no princípio da isonomia, eis que, em muitas situações, 
pequeno lapso temporal seria capaz de trazer situações totalmente distintas, a permitir que 
determinada pessoa tenha reduzida sua RMI, se comparada com outra que, nas mesmas condições, 
venha a ter seu benefício deferido após a vigência de lei que altera o limitador. 
 
Demais disso, a legislação previdenciária pertinente, em momento algum, demonstrou a possibilidade 
de existirem dois limitadores. Nesse sentido, basta verificar o artigo 14, da Emenda Constitucional n.º 
20/98: 
 
O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em 
R$.1.200,00 (um mil e duzentos reais), devendo, a partir da data da 
publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter 
permanente, seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos 
benefícios do regime geral de previdência social. 
 
Corrobora tal entendimento até mesmo o princípio geral de direito, que enuncia que a lei posterior 
revoga a anterior. Sendo assim, v.g., o advento da Emenda Constitucional n.º 20/98 revogou a 
disposição anterior que previa “teto” menor, não podendo as duas disposições legais vigerem 
conjuntamente. 
 
Sendo assim, faz-se oportuna a colação de fragmento de decisão da Turma Recursal do Estado Paraná 
que bem esclarece tal questão: 
 (...) 
Ressalto, contudo, que o novo limite fixado pela EC n.º 20/98 aplica-se de 
forma igualitária para todos os segurados mantidos no RGPS, ou seja, tal 
norma, ao estabelecer um valor de R$ 1.200,00 como limite máximo para o 
valor dos benefícios, revogou norma anterior que fixava o teto em quantia 
inferior, no caso, R$ 1.081,50, sendo totalmente auto-aplicável. 
 
Como bem salientou a sentença proferida pelo Juízo a quo, não se trata de 
reajuste de benefícios, mas de aplicar ao valor da renda mensal reajustada o 
novo teto estabelecido pela EC n.º 20/98. 
(...) 
(Turma Recursal do Estado do Paraná; 2003.70.03.02.005152-1; Rel. Juiz 
Federal Márcio Antonio Rocha; Data Julgamento 03/03/2004). 
 
Vale aqui, mais uma vez, salientar que não se quer com a presente pedir o reajuste automático dos 
valores dos benefícios pelo simples fato de terem sido concedidos com base no limite máximo, o qual 
foi, posteriormente, alterado. 
 
Quer-se, em verdade, por questão de justiça, permitir que os benefícios previdenciários tolhidos em seu 
valor integral, face o teto vigente à época da concessão, seja revisto, de modo que a perda possa ser 
recomposta, total ou parcialmente, no momento em que o limitador é aumentado e até o limite em que 
é fixado. 
 
Vale ressaltar que a própria disposição legal alberga tal fórmula de revisão. O artigo 26, da Lei 8.870/94, 
estabelece: 
 
Profa. Juliana Ribeiro 43 
 
Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de 24 de julho 
de 1991, com data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 
1993, cuja renda mensal inicial tenha sido calculada sobre salário-de-
benefício inferior à média dos 36 últimos salários-de-contribuição, em 
decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos a 
partir da competência abril de 1994, mediante a aplicação do percentual 
correspondente à diferença entre a média mencionada neste artigo e o 
salário-de-benefício considerado para a concessão. 
 
Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do caput deste artigo não 
poderão resultar superiores ao teto do salário-de-contribuição vigente na 
competência de abril de 1994. 
 
No mesmo sentido, veja-se o artigo 21, da Lei 8.880/94: 
Art. 21 - Nos benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213, de 1991, com 
data de início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será 
calculado nos termos do art. 29 da referida Lei, tomandose os salários-de-
contribuição expressos em URV. 
§ 3º - Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar 
superior ao limite máximo do salário-decontribuição vigente no mês de 
início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido 
limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro 
reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício 
assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição 
vigente na competência em que ocorrer o reajuste. 
 
Inúmeras decisões acerca da matéria têm surgido, em especial, no Estado de Santa Catarina, conforme 
se pode observar dos seguintes fragmentos de acórdãos, os quais serão colacionados ao final, da Turma 
Recursal: 
 
(...) 
Nos casos em que, o cálculo do salário de benefício resultou em valor 
superior ao teto em vigor na DIB, a renda mensalinicial ficou limitada nesse 
montante somente para fins de pagamento. 
Assim, a elevação do teto limite dos benefícios permite a recomposição da 
renda mensal com base no novo valor desde que demonstrada a limitação e 
dentro desse patamar. 
 
Essa sistemática não significa a adoção de um reajuste automático a todos 
os benefícios limitados pelo teto anterior, mas apenas a recomposição do 
valor com base no novo limite nos casos em que a fixação dos proventos 
resultou em montante inferior à média atualizada dos salários de 
contribuição. 
 
(...) 
(Turma Recursal do Estado de Santa Catarina; Processo n.º 
2004.72.95.003217-7; Recurso Contra Sentença; Relator: Juiz João Batista 
Lazzari; Data do Julgamento: 05 de agosto de 2004) 
(...) 
Como se percebe, o INSS estabeleceu que o limite máximo fixado pela EC nº 
20/98 (R$.1.200,00) será aplicado tão-somente para benefícios deferidos 
após 16-12-1998. Para os anteriores, mantido o limite máximo então vigente 
(R$.1.081,50). Ambos sofreram idênticos reajustes a partir de 06-1999. 
 
Tenho, porém, que a Lei nº 8.213/91, ou mesmo a CF/1988, em momento 
algum autorizam a existência de dois limitadores para os benefícios 
Profa. Juliana Ribeiro 44 
 
mantidos pelo RGPS. O novo limite fixado pela EC nº 20/98 aplica-se a todo 
o RGPS, já que a própria reforma não fez tal distinção. 
 
Isso não significa, evidentemente, que todos os segurados que estivessem 
recebendo R$.1.081,50 em 12-1998 devam passar a receber R$.1.200,00. 
Pelo menos neste particular está com razão o INSS: não se trata de reajuste 
de benefícios. 
 
Ocorre, entretanto, que muitos benefícios estavam apenas limitados a 
R$.1.081,50 mensais desde 06-1988, para fins de pagamento. O valor da 
renda mensal reajustada superava aquele patamar, aplicando o INSS a 
limitação tão-somente para fins de pagamento. 
(...) 
(Turma Recursal do Estado de Santa Catarina; Recurso contra Sentença; 
Processo nº 2003.72.00.054845-1; Relatora: Juíza Eliana Paggiarin Marinho; 
Data do Julgamento: 30 de abril de 2004) 
 
Sendo assim, a Autarquia Previdenciária não pode furtar-se em revisar os benefícios previdenciários que 
foram limitados ao teto, embora possuíssem o salário de benefício superior, razão pela qual, no 
momento em que o limitador é alterado, deve a diferença perdida ao tempo da concessão ser 
recomposta até o novo limitador. 
 
Devidamente fundamentada a revisão pleiteada e demonstrado seu cabimento e sua inverossímil 
procedência, passa-se, agora, aos parâmetros que devem ser utilizados. 
 
 
3. DO PEDIDO E REQUERIMENTO 
 
Ante o exposto, e pelo muito mais que será suprido pelo elevado saber de Vossa Excelência, requer-se 
sejam afastados os argumentos do INSS a fim de que seja realizada a revisão nos termos expendido na 
inicial. 
 
Termos em que, 
 
Pede e espera deferimento. 
 
ADVOGADO(A) 
OAB/** **.*** 
 
Profa. Juliana Ribeiro 45 
 
 
MODELO DE REVISÃO DO TETO (2004 A 01/2010) 
EXMO (A) SR (A) Dr. JUIZ (A) FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL DA SEÇÃO JUDICIARIA ______________ 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL 
DE _____________-ESTADO DO ___________. 
 
OBJETO: REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – CUJA RENDA MENSAL INICIAL FOI LIMITADA AO 
TETO MÁXIMO DA ÉPOCA (Ação proposta com base no Art. 201, §3º da Constituição Federal, no Art.26 
da Lei nº 8.870/94 e Art. 21, § 3º da Lei nº 8.880/94). 
 
 
VALOR DA CAUSA: 
 
 
1.1. Nome 
1.2. Nacionalidade 
1.3. Estado Civil 
1.4. Profissão 
1.5. Nascimento 
1.5. Filiação PAI: MÃE: 
1.6. Identidade 
1.7. CTPS (nº) 
1.8. CPF 
1.9. Endereço 
1.10. E-mail 
1.11. Telefone 
 
O Autor supra qualificado vem à presença de Vossa Excelência propor 
 
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
REVISÃO TETO 
Benefício concedido entre 2004 a 01/2010 
 
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS pelos seguintes fatos e fundamentos: 
 
1. PRELIMINARMENTE, PREFERÊNCIA - PESSOA IDOSA COM *** ANOS 
 
Nascido em ***********, (doc. 01), portanto com mais de ********** anos, com a saúde debilitada, 
requer atendimento prioritário, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso), e da Lei 10.048/2000, 
em seus arts. 1º e 2º, para obter com brevidade a decisão de V.Exa. 
 
2) DOS FATOS 
 
O Autor teve a sua aposentadoria concedida em 14/11/2005, benefício este cadastrado sob nº 
**************, conforme comprova a carta de concessão anexa. 
 
Ocorre que, à época da concessão do referido benefício o valor do Salário de Benefício - SB - resultou 
num valor maior do que o teto da época baseado na média dos seus salários-de-contribuição tendo sido 
limitado pelo teto máximo do INSS, conforme se verifica pela carta de concessão anexa aos autos, onde 
se vê a informação da autarquia gravada como “Limitado ao Teto”, (em anexo). 
 
Profa. Juliana Ribeiro 46 
 
Ressalte-se que, no primeiro reajuste da aposentadoria do Autor, foi aplicado o índice referente ao mês 
de competência sobre o valor limitado no teto na época da concessão e não sobre o seu salário de 
benefício, o que é ilegal. 
Evidentemente tal entendimento do INSS é inconstitucional e ilegal, posto que ao longo do tempo o 
Autor terá uma drástica redução em sua aposentadoria, sendo que contribuiu para o sistema 
previdenciário e não está tendo agora a devida contrapartida. 
 
Tal conduta do Réu viola o princípio da irredutibilidade no valor dos benefícios que visa proteger o Autor 
das perdas inflacionárias. Sobre tal princípio nos ensina o professor Wagner Balera que: 
 
Para a manutenção do valor real do benefício, é fundamental que ele seja fixado corretamente ab initio. 
Do contrário, o benefício persistirá existindo com um valor irreal, imprestável para o cumprimento de 
sua finalidade constitucional. Cumpre evitar, portanto, esse vício genético, por assim dizer. 
(Da irredutibilidade do valor dos benefícios. In: Cadernos de Direito Constitucional e Ciência Política, 
n.19, p. 176) 
 
Sobre a importância dos princípios constitucionais da seguridade social, ensina o professor Marcus 
Orione G. Correia que: 
 
O sistema normativo é composto da atuação também dos princípios. Portanto, estes são informadores 
do sistema- e não meramente integradores deste. Uma regra que destoa de um princípio, obviamente 
não pode prevalecer,...” 
(in Curso de Especialização em Direito Previdenciário, vol. 1, pág. 255, editora Juruá). 
 
Assim, o Autor socorre-se da tutela jurisdicional do Estado, a fim de ver sua pretensão acolhida. 
 
3) DO DIREITO 
 
Importante dizer, Excelência, que o Poder Judiciário tem esse mesmo entendimento no sentido de que o 
limite do teto deve ser respeitado, até mesmo porque foi declarado constitucional pelo STF, porém, as 
correções aplicadas em seqüência ao benefício devem incidir sobre a Renda Mensal Inicial e não ao 
valor do teto como feito pelo INSS. 
 
Neste sentido é a jurisprudência: 
 
Previdenciário. Pedido de Uniformização de interpretação de lei federal. Salário-de-
contribuição. Correção . Salário de benefício. Limitação ao Teto. Primeiro Reajuste 
após a concessão do benefício. 
I- A estipulação de valor como teto para o salário de benefício já foi considerada 
como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
II- Contudo, revela-se razoável que, por ocasião do primeiro reajuste a ser aplicado 
ao benefício após a sua concessão, a sua base de cálculo seja o valor dosalário de 
benefício sem a estipulação do teto, uma vez que, do contrário, a renda do 
segurado seria duplamente sacrificada- na estipulação da RMI e na 
proporcionalidade do primeiro reajuste com base inferior ao que efetivamente 
contribuiu. 
Improvimento do Recurso.( Processo n. 2003.33.00.712505-9, Turma Nacional de 
Uniformização, Rel. Juiz Ricardo César Mandarino Barretto) 
 
 
Profa. Juliana Ribeiro 47 
 
Veja-se, que o ilustre magistrado é claro ao dizer que “ Cumpre-se o disposto pelo STF, ou seja, a fixação 
da RMI está limitada ao teto legal dos benefícios previdenciários, no entanto, no momento em que se 
vier a proceder o primeiro reajustamento do benefício, aplica-se o percentual- proporcional- ao valor 
integral do salário de benefício, de modo a minimizar os prejuízos sofridos pelo segurado”, conforme 
dispõe o art. 21, §3º da Lei 8.880/90: 
 
Art. 21 - Nos benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213, de 1991, com data de 
início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos 
termos do art. 29 da referida Lei, tomando-se os salários-de-contribuição expressos 
em URV. 
 
§ 3º - Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao 
limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a 
diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor 
do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, 
observado que nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo 
do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. 
 
Assim, em se aplicando o percentual sobre a RMI do autor e, se por acaso, vier novamente resultar num 
benefício maior do que o teto vigente deverá o benefício ser novamente limitado ao teto legal. O que 
não pode ocorrer é a base de cálculo do reajuste da aposentadoria do Autor ser o teto, mas sim, deverá 
a base de cálculo ser o seu salário de benefício em respeito aos ditames constitucionais. 
 
Ora, está bastante claro que a correção do benefício do autor deveria ter sido feita com base no valor 
original do seu SB (salário de benefício), sem limitação. E se, por acaso, o valor corrigido ficasse acima 
do teto, aí sim, deveria ser rebaixado. 
 
IV) DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante de todo o exposto, é o pedido para: 
a) Determinar a citação da Ré no endereço apontado para que, em querendo, apresente resposta à 
presente, sob as penas de revelia e confissão; 
b) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente, a juntada de novos 
documentos; 
c) A total procedência do pedido, consistente na condenação do Réu a revisar e recalcular o benefício do 
Autor considerando, na data do reajuste, a diferença percentual entre o salário de benefício e a renda 
mensal inicial (limitada ao teto), levando em conta que nenhum benefício poderá ficar acima do teto 
para o período e que nenhum benefício pode ser reajustado sobre o valor da RMI limitada ao teto, mas 
sim, sobre o salário de benefício. 
d) Pagar ao autor todas as diferenças oriundas da revisão do benefício ora proposta, bem como os seus 
reflexos nas rendas mensais vincendas, devendo ser atualizados monetariamente a partir do 
vencimento de cada parcela; 
e) Condenação ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) sobre o 
valor da condenação; 
f) Requer-se que se digne Vossa Excelência a conceder os benefícios da Justiça Gratuita, em face da 
condição do Autor, que não tem como arcar com as custas processuais e demais despesas sem prejuízo 
de seu sustento e de sua família; (Esse requerimento apenas quando o autor for pobre na acepção 
jurídica do termo) 
g) Requer atendimento prioritário, ou seja, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso). 
 
Dá-se a causa o valor de ********************** 
 
Termos em que 
Pede deferimento 
Cidade e data. 
Advogado(a) - OAB/__ nº 
 
Profa. Juliana Ribeiro 48 
 
 
MODELO DE PLANILHA - REVISÃO DO TETO 
Autor 
Número do benefício (NB) 
Data de Início do Benefício (DIB) 00/01/1900 
Renda Mensal Inicial (RMI) R$ 0,00 
Salário de Benefício (SB) R$ 0,00 
Média Percentual Entre o SB e a RMI 
 RMI = 100% 
 SB = X% 
 R$ 0,00 = 100% 
 R$ 0,00 = X% 
 X = #DIV/0! 
% 
ou 
Média Entre o SB e a RMI = #DIV/0! 
 
Reajuste dos Salários de benefícios - Apuração do Valor Devido Mês a Mês 
Data do reajuste 
Valor a ser reajustado 
(Insira a RMI na linha 
correspondente ao 
primeiro reajuste após 
a DIB) 
 
Índice de 
reajuste dos 
benefícios 
 
Valor Devido ao Autor 
(sem correção e juros) 
Valor 
Teto do 
INSS 
mai/95 
R$ 0,00 X 
1,428572 
= R$ 0,00 832,66 
mai/96 
R$ 0,00 X 
1,15 
= R$ 0,00 957,56 
jun/97 
R$ 0,00 X 
1,0776 
= R$ 0,00 1.031,87 
jun/98 
R$ 0,00 X 
1,0481 
= R$ 0,00 1.081,50 
jun/99 
R$ 0,00 X 
1,0461 
= R$ 0,00 1.255,32 
jun/00 
R$ 0,00 X 
1,0581 
= R$ 0,00 1.328,25 
jun/01 
R$ 0,00 X 
1,0766 
= R$ 0,00 1.430,00 
jun/02 
R$ 0,00 X 
1,092 
= R$ 0,00 1.561,56 
jun/03 
R$ 0,00 X 
1,1971 
= R$ 0,00 1.869,34 
mai/04 
R$ 0,00 X 
1,0453 
= R$ 0,00 2.508,72 
mai/05 
R$ 0,00 X 
1,06355 
= R$ 0,00 2.668,15 
abr/06 
R$ 0,00 X 
1,05 
= R$ 0,00 2.801,56 
ago/06 
R$ 0,00 X 
1,000096 
= R$ 0,00 2.801,56 
abr/07 
R$ 0,00 X 
1,033 
= R$ 0,00 2.894,28 
mar/08 
R$ 0,00 X 
1,05 
= R$ 0,00 3.038,99 
fev/09 
R$ 0,00 X 
1,0592 
= R$ 0,00 3.218,90 
jan/10 
R$ 0,00 X 
1,0772 
= R$ 0,00 3.467,40 
 
Profa. Juliana Ribeiro 49 
 
 
Apuração da Diferença Devida Ao Autor 
Data 
Valor 
Recebido 
de 
Acordo 
com o 
Histórico 
de 
Crédito 
Valor devido 
respeitando 
o teto para o 
período 
Diferença 
devida ao 
autor (sem 
correção e 
sem juros) 
Juros 1% ao 
mês 
Fator de 
Atualização 
com base 
no INPC - 
válidos para 
12/2010 
Valor 
Corrigido 
(encargos e 
correção até 
10/12/2010) 
Valor da 
Mora 
Sub-
Total 
01/01/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 60% 1,27594091 #REF! #REF! #REF! 
01/02/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 59% 1,27113447 #REF! #REF! #REF! 
01/03/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 58% 1,26824578 #REF! #REF! #REF! 
01/04/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 57% 1,26481869 #REF! #REF! #REF! 
01/05/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 56% 1,26327703 #REF! #REF! #REF! 
01/06/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 55% 1,26162942 #REF! #REF! #REF! 
01/07/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 54% 1,26250761 #REF! #REF! #REF! 
01/08/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 53% 1,26108118 #REF! #REF! #REF! 
1/8/2006 
(metade do 
13º salário) R$ 0,00 #REF! #REF! 53% 1,26108118 #REF! #REF! #REF! 
01/09/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 52% 1,26130042 #REF! #REF! #REF! 
01/10/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 51% 1,25932998 #REF! #REF! #REF! 
01/11/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 50% 1,2538887 #REF! #REF! #REF! 
01/11/2006 
(2ª metade 
do 13º 
salário R$ 0,00 #REF! #REF! 50% 1,2538887 #REF! #REF! #REF! 
01/12/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 49% 1,24860167 #REF! #REF! #REF! 
01/01/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 48% 1,24091337 #REF! #REF! #REF! 
01/02/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 47% 1,23489362 #REF! #REF! #REF! 
01/03/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 46% 1,22976523 #REF! #REF! #REF! 
01/04/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 45% 1,22436925 #REF! #REF! #REF! 
01/05/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 44% 1,22117489 #REF! #REF! #REF! 
01/06/2007 R$ 0,00 #REF! #REF!

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