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REVISÕES DO TETO PROFA. JULIANA RIBEIRO FEV/2011 SUMÁRIO SLIDES REVISÃO DO TETO ...................................................................................................... 03 TABELA DE ATENDIMENTO AO CLIENTE ................................................................................ 27 INFORMAÇOES REVISÃO DO TETO ........................................................................................ 28 MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO 10/20 ...................................................................... 30 MODELO DE INICIAL BURACO VERDE .................................................................................... 34 MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO (1988 A 2003).......................................................... 37 MODELO DE IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO ....................................................................... 41 MODELO DE REVISÃO DO TETO (2004 A 01/2010) ................................................................ 45 MODELO DE PLANILHA - REVISÃO DO TETO .......................................................................... 48 TABELA DE ÍNDICES – INPC .................................................................................................... 52 TABELA MENOR VALOR TETO E MAIOR VALOR TETO ............................................................ 53 Profa. Juliana Ribeiro 3 SLIDES REVISÃO DO TETO Slide 1 Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro Slide 2 Revisão do Menor Valor Teto (MVT Global) Quem são os clientes: DIB entre 05 de 1980 a 04/10/1988 Observação Entre maio de 1982 a abril de 1983 não deveremos entrar com a revisão Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 4 Slide 3 Fundamento da Revisão Por força do artigo 14 da Lei 6.708, de 30 de outubro de 1979, os valores do menor e maior valor-teto deveriam ser reajustados pelo INPC, e não em função de índices administrativos de variação MENOR do que a do índice previsto na referida legislação. Revisão do Teto Slide 4 Forma de Cálculo Aplicável Forma 1 Se o SB for Igual ou inferior ao MVT (menor valor- teto) aplica-se o Coeficiente devido ao Segurado – sendo 80% aos 30 anos para o homem + 3% por ano completo de trabalho – máximo 95% - Para mulher 95% aos 30 anos. Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 5 Slide 5 Forma de Cálculo Aplicável Forma 2 Se o SB for maior que o MVT será dividido em duas parcelas: 1ª = MVT x coeficiente + 2ª = Excedente x 1/30 quantos forem os grupos de 12 contribuições acima do MVT – Respeitando o limite máximo de 80% do Excedente Revisão do Teto Slide 6 Exemplo de Cálculo Dados do problema: TS: 35 anos DIB: 12/1986 SB: R$ 10.395.93 (média dos últimos 36 salários de contribuição) Menor valor teto R$ 6.100,00 (dados da tabela) Número de parcelas acima do MVT = 100 OBS: S.B maior que o menor valor teto (MVT) – aplica-se forma de cálculo 2 Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 6 Slide 7 Exemplo de Cálculo Cálculo do INSS 1 parcela: R$ 6.100,00 x 95% = R$ 5.804,50 2 parcela : 100:12 = 8,333 (conta-se 8) Excedente= S.B – MVT = R$ 10.395,93 – 6.100,00 = R$4.285,93 R$4.285,93 x 8/30 = 1.142.91 (este valor não poderá exceder 80% do excedente = R$4.285,93) Valor total = R$ 5.804,50 + R$ 1.142.91 Revisão do Teto Slide 8 Exemplo de Cálculo Cálculo segundo critérios legais SB = R$ 10.395.93 1ª parcela – 8.395.93 x 95% = 7.976.13 (utilizar o MVT corrigido pelo INPC) 2ª parcela – R$ 2.000,00 x 8/30 = R$ 533.33 Excedente R$ 10.395 (SB) – 8.395 (MVT) = R$ 2.000,00 R$ 7.976.13 + R$ 533.33 = R$ 8.509,46 Valor do cálculo baseado no MVT (INPC) = 8.509,46 Valor do cálculo feito pelo INSS = R$ 6.947.41 Conclusão: Revisão em percentual 22,28% Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 7 Slide 9 Exercício Salário de benefício = R$ 25.000,00 (média dos últimos 36 salários de contribuição) Dados: 120 meses maior que o MVT DIB = 11 de 1987 Coeficiente – 89% Revisão do Teto • Realizar o cálculo efetuado pelo INSS • Realizar o cálculo da revisão Slide 10 Resolução Cálculo do INSS Duas parcelas, pois SB é maior que MVT (sem INPC) Parcela 1 = R$ 11.200 x 89% = R$ 15.308,00 Parcela 2 = R$ 7.800,00 (excedente) x 10/30 = R$ 2600,00 RMI = 17.908,00 Excedente: SB – MVT = 25.000 – 17.200 = R$ 7.800,00 Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 8 Slide 11 Resolução Cálculo pela Lei MVT = R$ 39.023,72 o que é superior ao SB – Cálculo R$ 25.000,00 x 89% = R$ 22.250,00 Revisão do Teto Slide 12 Revisão do teto (10/20 sal. mínimos) Revisão do Teto Modelo anexo Profa. Juliana Ribeiro 9 Slide 13 Histórico 10 SM 20 SM 10 SM Lei 5890/73 Junho de 89 – Lei 7.789/89 Revisão do Teto Slide 14 Quem são meus clientes? Até junho de 89 (direito adquirido a aposentadoria), mas DIB é posterior a esta data. Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 10 Slide 15 Revisão Direito adquirido a aposentadoria até junho de 1989. Estes segurados recolheram a contribuição para a Previdência Social sobre 20 salários mínimos. O pedido da aposentadoria foi posterior a esta data e os benefícios foram limitados a 10 salários-mínimos. Revisão do Teto Slide 16 Fundamento Princípio do direito adquirido bem como a segurança jurídica, solicitando que seja feito um novo cálculo para encontrar uma nova RMI em 01/07/1989. Caso os valores vertidos pelo segurado no período anterior as 36 ultimas seja abaixo da sua média habitual o cálculo não será vantajoso. Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 11 Slide 17 Jurisprudência Processual Civil. Revisão. Teto De 20 Salarios Minimos. Direito Adquirido. Reunião Dos Requisitos Sob A Égide Da Lei Nº 6.950/81. I - O segurado que tenha implementado os requisitos necessários à obtenção de sua aposentadoria antes da vigência da Lei nº 7.789/89, possui direito adquirido ao teto de 20 (vinte) salários mínimos quando do cálculo de sua renda mensal inicial, ainda que a concessão seja efetuada sob a égide da Lei nº 8.213/91. Precedentes do STJ. II - Os juros moratórios devem ser calculados, de forma globalizada para as diferenças anteriores à citação e de forma decrescente para aquelas vencidas após tal ato processual, considerada a taxa de 1% ao mês, nos termos do art. 406 do CódigoCivil e do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. III - A correção monetária incide sobre as diferenças em atraso, desde os respectivos vencimentos, na forma da Súmula 8 do E. TRF da 3ª Região, observada a legislação de regência especificada na Portaria nº 92/2001 DF-SJ/SP, de 23 de outubro de 2001, editada com base no Provimento nº 64/05 da E. Corregedoria-Geral da Justiça da 3ª Região. IV - Remessa oficial improvida (REOAC 200461040021343, da 3ª T, do TRF 3, rel. Juiz Sergio Nascimento, DJU DATA:26/09/2007, p. 920) Revisão do Teto Slide 18 Buraco Verde Revisão do Teto Modelo anexo Profa. Juliana Ribeiro 12 Slide 19 Quem são meus clientes? DIB 05/04/91 até 31/12/93 - benefícios limitados ao teto Revisão do Teto Slide 20 Fundamento da Revisão Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993, cuja renda mensal inicial tenha sido calculada sobre salário-de-benefício inferior à média dos 36 últimos salários-de- contribuição, em decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos a partir da competência abril de 1994, mediante a aplicação do percentual correspondente à diferença entre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício considerado para a concessão. Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do caput deste artigo não poderão resultar superiores ao teto do salário-de-contribuição vigente na competência de abril de 1994. Exemplo: Ex. A média dos 36 meses foi equivalente a R$ 1.000,00, porém foi limitado ao teto de R$ 800,00 – Uma defasagem de 25%. Em abril de 94 tem que aplicar estes 25%. Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 13 Slide 21 Cálculo da Revisão Revisão do Teto Slide 22 Para que benefícios? Limitados ao Teto Pedido aos pensionistas Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 14 Slide 23 Revsit Revisão do Teto Slide 24 Extensão do Buraco Verde 1º reajuste Lei 8.880 de 27/05/94 – é a MP 434 convertida Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 15 Slide 25 Extensão do Buraco Verde Art. 21, § 3º, Lei 8.880/94: Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. Revisão do Teto Slide 26 Quem são meus clientes? RMI - A partir de 01 de março de 1994 , que foram limitados ao teto Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 16 Slide 27 OBSERVAÇÃO É o mesmo pressuposto do BURACO VERDE – para os benefícios limitados ao teto, o prejuízo sofrido deve ser aplicado no 1° reajuste. Revisão do Teto Slide 28 CÁLCULO No 1° reajuste deve-se aplicar o prejuízo sofrido, somado ao reajuste normal do ano. Por exemplo 25% do prejuízo + os 10% de reajuste (lembrando que porcentagem não se soma, e sim se multiplica), ou seja, deve-se aplicar o reajuste de 37,5% (1.25 x 1.10 = 1.375 = 37.5%). Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 17 Slide 29 Jurisprudência Revisão do Teto Pedido De Uniformização. Conhecimento. Primeiro Reajuste Dobenefício. Aplicação Da Regra Contida No Artigo 21, § 3º, da lei N.º 8.880⁄94, A benefício concedido após sua edição. Caracterizada a contrariedade a julgado desta Turma Nacional, conhece-se depedido de uniformização.A regra contida no artigo 21, § 3º, da Lei n.º 8.880⁄94, aproveitaaos benefícios previdenciários concedidos após sua edição.Todavia, o primeiro reajuste de benefício previdenciário deve ser calculadosobre o valor de sua renda mensal inicial. Por ocasião desse reajuste,deverá ser aplicada, se for o caso, a aludida regra, cujo teor é o seguinte:"Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superiorao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de iníciodo benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limiteserá incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajustedo mesmo após a concessão.“ (TNU, rel. Juiz Federal Sebastião Ogê Muniz, DJ 15/09/2009) Slide 30 As Emendas Constitucionais e o Teto Dos Benefícios Previdenciários Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 18 Slide 31 Art. 29 da Lei 8.213/91 (red. original) § 2º - O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício. Revisão do Teto Slide 32 Os tetos máximo e mínimo do SB (Art. 29, § 2º da lei 8213/91) é inconstitucional? Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 19 Slide 33 Como se faz o cálculo de um benefício previdenciário? De 05/10/1988 até 28/11/1999 Dilma Rousseff trabalhou 32 anos e requereu o benefício em 01/01/1998. SB: R$ 980,14 Teto Máx. do SC: R$1.031,87 Coeficiente: 82% RMI (renda mensal inicial) = SB (média dos últ. 36 SC corrigidos) x Coef. RMI = R$ 803,71 Revisão do Teto Slide 34 Como se faz o cálculo de um benefício previdenciário? De 05/10/1988 até 28/11/1999 José Serra trabalhou 35 anos e requereu o benefício em 26/12/1994. SB: R$ 956,09 Teto Máx. do SC: R$582,86 Coeficiente: 100% RMI (renda mensal inicial) = SB (média dos últ. 36 SC corrigidos) x Coef. RMI = R$ 582,86 Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 20 Slide 35 Caso apresentado do José Serra – Extensão do Buraco Verde E a diferença entre R$ 582,86 e R$ 956,09? -Diferença de teto - 64% - art. 21, § 3º, lei 8.880/94 -Primeiro reajuste proporcional Revisão do Teto Slide 36 As Emendas Constitucionais EC 20/98 art.14: O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral da previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), devendo, a partir da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral da previdência social. Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro21 Slide 37 As Emendas Constitucionais EC 41/03 art. 5º: O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral da previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), devendo, a partir da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral da previdência social. Revisão do Teto Slide 38 Revisão do Teto No primeiro reajustamento do benefício, parte da diferença decorrente da limitação foi reincorporada ao valor do benefício, em razão do disposto no § 3º, do artigo 21, da Lei 8.880/94 (Extensão do buraco verde) AREPOSIÇÃO NÃO SE DEU DE FORMA INTEGRAL O valor apurado submeteu-se à nova limitação do teto vigente na data do primeiro reajuste Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 22 Slide 39 Revisão do Teto O limite máximo para o valor dos benefícios do RGPS foi fixado pelas EC em R$ 1.200,00 (EC 20/98) e R$ 2.400,00 (EC 41/2003), substituindo os “tetos” anteriores de R$ 1.081,50 e R$ 1.869,33, respectivamente. (Portarias n.º 4.883 de 17/12/1998 e n.º 12 de 08/01/2004). Revisão do Teto Slide 40 Onde o INSS errou? O INSS manteve os benefícios limitados aos tetos revogados em razão de determinações internas (Portarias n.º 4.883 de 17/12/1998 e n.º 12 de 08/01/2004). Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 23 Slide 41 Vejamos o caso José Serra Revisão do Teto data índice de reajuste média apurada valor pago TETO dez/94 812,56 582,86 582,86 mai/95 1,4286 1.160,82 832,66 832,66 mai/96 1,1500 1.334,95 957,56 957,56 jun/97 1,0776 1.438,54 1.031,87 1.031,87 jun/98 1,0481 1.507,73 1.081,50 1.081,50 dez/98 1,0000 1.507,73 1.081,50 1.200,00 jun/99 1,0461 1.577,24 1.131,36 1.255,32 jun/00 1,0581 1.668,88 1.197,09 1.328,25 jun/01 1,0766 1.796,71 1.288,78 1.430,00 jun/02 1,0920 1.962,01 1.407,35 1.561,56 jun/03 1,1971 2.348,72 1.684,74 1.869,34 dez/03 1,0000 2.348,72 1.684,74 2.400,00 Slide 42 Decisão do STF Matéria de repercussão geral RE n.º 564.354/SE Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 24 Slide 43 Decadência Não se discute o ato de concessão (DIB) O erro do INSS iniciou-se tão somente a partir da publicação das Emendas Constitucionais em 1998 e 2003 (EC 20 e 41) Revisão do Teto Slide 44 Dicas 1. Outubro de 1988 a março de 1991 – todos os benefícios (não só as aposentadorias) que foram limitados ao teto –tem direito a revisão 2. Dezembro de 1999 até dezembro de 2003 – aposentadorias – fazer cálculo por causa do FP – Somente se FP for maior que 1,00 Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 25 Slide 45 Dicas 3. Não são todos os beneficiários que terão revisão, mesmo que tenha contribuído todo o período relativo ao cálculo no teto; 4. A revisão poderá envolver os benefícios de aposentadoria por idade, tempo de serviço/contribuição, aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez previdenciária ou acidentária, auxílio-doença previdenciário ou acidentário, pensão por morte e auxílio-reclusão; Revisão do Teto Slide 46 Dicas 5. É importante fazer o cálculo da aposentadoria, em qualquer dos períodos previamente amostrados, pois os salários podem ser variáveis, podendo, eventualmente ocorrer a situação de a média aritmética resultar em valor inferior ao teto; 6. Para obter a revisão, é necessário fazer o requerimento, administrativo ou judicial, devendo, em qualquer das hipóteses haver a demonstração das diferenças Revisão do Teto Profa. Juliana Ribeiro 26 Slide 47 Tabela com os meses prováveis em que o cliente terá direito a Revisão Revisão do Teto Tem direito Não Tem direito Profa. Juliana Ribeiro 27 TABELA DE ATENDIMENTO AO CLIENTE* Revisão DIB Benefícios Fundamento Observações Menor Valor Teto Maio/1980 a 04/10/1988 Todos Lei n° 6.708/79 05/82 a 04/83 Sem Prejuízo Recálculo Direito Adquirido (teto 10/20) Para DIB 06/89 Todos Direito Adquirido ao Recálculo para Renda mais vantajosa Teto de 20 salários de contribuição até 06/89 Buraco Verde 05/04/1991 a 31/12/1993 Limitados ao Teto Art. 26 – Lei n° 8870/94 Revsit Extensão do Buraco Verde Qualquer concessão posterior a 01/03/1994 limitada do MVT Global Aposentadoria e Beneficio por Incapacidade Art. 21, §3° da Lei 8880/94 É o mesmo pressuposto do Buraco Verde, para os benefícios limitados ao teto, o prejuízo sofrido dever ser aplicado no 1° reajuste. Teto Constitucional EC 20 e 41 Qualquer data Todos Limitação ao Teto – Reajusta sobre a média sem a limitação Renda dos Benefícios Limitada ao Teto pelas Emendas (ver tabela anexa) * Juliana Ribeiro e Raquel Diegoli Profa. Juliana Ribeiro 28 INFORMAÇOES REVISÃO DO TETO Cálculo do benefício Cálculo 1 - Se o SB for Igual ou inferior ao MVT (menor valor-teto) aplica-se o Coeficiente devido ao Segurado – sendo 80% aos 30 anos para o homem + 3% por ano completo de trabalho – máximo 95% - Para mulher 95% aos 30 anos. Cálculo 2 - Se o SB for maior que o MVT será dividido em duas parcelas: 1ª = MVT * coeficiente +2ª = Excedente x 1/30 quantos forem os grupos de 12 contribuições acima do MVT – Respeitando o limite máximo de 80% do Excedente Para quem se aplica a revisão – DIB entre 05 de 1980 a 04/10/1988. Observação: Carta de concessão SB maior que menor valor teto tem direito a revisão se concedido entre este período. Importante: Entre maio de 1982 a abril de 1983 não deveremos entrar com a revisão pois o INSS reajustou o MVT através de uma portaria de abril de 1982, que o MVT ficou maior do que o reajustado pelo INPC. Fundamento da revisão: Por força do artigo 14 da Lei 6.708, de 30 de outubro de 1979, os valores do menor e maior valor-teto deveriam ser reajustados pelo INPC, e não em função de índices administrativos de variação MENOR do que a do índice previsto na referida legislação. Exemplo de cálculo feito pelo INSS Dados do problema: TS: 35 anos DIB: 12/1986 SB: R$ 10.395.93 (média dos últimos 36 salários de contribuição) Menor valor teto R$ 6.100,00 (dados da tabela) Número de parcelas acima do MVT = 100 OBS: S.B maior que o menor valor teto (MVT) – aplica-se forma de cálculo 2 Cálculo do INSS 1 parcela: R$ 6.100,00 x 95% = R$ 5.804,50 2 parcela : 100:12= 8,>>>> (conta-se 8) Excedente= S.B – MVT = R$ 10.395,93 – 6.100,00= R$4.285,93 R$4.285,93 x 8/30 = 1.142.91 (este valor não poderá exceder 80% do excedente = R$4.285,93) Valor total = R$ 5.804,50 + R$ 1.142.91Cálculo segundo critérios legais SB = R$ 10.395.93 1 parcela – 8.395.93 x 95% = 7.976.13 (utilizar o MVT corrigido pelo INPC) 2 parcela – R$ 2.000,00 x 8/30 = R$ 533.33 Excedente R$ 10.395 (SB) – 8.395 (MVT) = R$ 2.000,00 R$ 7.976.13 + R$ 533.33 = R$ 8.509,46 Valor do cálculo baseado no MVT (INPC) = 8.509,46 Valor do cálculo feito pelo INSS = R$ 6.947.41 Conclusão: Revisão em percentual 22,28% Exercício Profa. Juliana Ribeiro 29 Salário de benefício = R$ 25.000,00 (média dos últimos 36 salários de contribuição) Dados: 120 meses maior que o MVT DIB = 11 de 1987 Coeficiente – 89% Realizar o cálculo efetuado pelo INSS Realizar o cálculo da revisão Cálculo de INSS Duas parcelas, pois SB é maior que MVT (sem INPC) Parcela 1 = R$ 11.200 x 89% = R$ 15.308,00 Parcela 2 = R$ 7.800,00 (excedente) x 10/30 = R$ 2600,00 RMI = 17.908,00 Excedente: SB – MVT = 25.000 – 17.200 = R$ 7.800,00 Cálculo pela Lei MVT = R$ 39.023,72 o que é superior ao SB – Cálculo : R$ 25.000,00 x 89% = R$ 22.250,00 Profa. Juliana Ribeiro 30 MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO 10/20 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE ............. – SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ......................... ______________, brasileiro (a), casado (a), aposentado, portador do RG n.º __________ e do CPF n.º ____________, residente e domiciliado à Rua ___________________, vêm, por seus advogados devidamente constituídos, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO REVISIONAL DE APOSENTADORIA contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, pessoa jurídica de direito público interno, sob a forma de Autarquia Federal, com sede regional à Rua ................................, neste município de ..........................., pelos seguintes motivos de fato e de direito a seguir expostos: FATOS 1. O Requerente é segurado aposentado da autarquia ré, NB ___/__________, com Data do Início do Benefício – DIB em ___/___/___, totalizando nessa época __ anos, ___ meses e ___ dias de tempo de serviço. Na época da concessão, o cálculo do salário-de- benefício consistia na média aritmética simples dos últimos salários de contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até no máximo 36 (trinta de seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. 2. Com o intuito de se aposentar com um valor que futuramente lhe oportunizasse um descanso compatível com sua vida laborativa, o Requerente sempre contribuiu com valores relativamente altos, chegando a alcançar o salário-de-contribuição relativa a 20 (salários mínimos), nos termos do art. 4º da Lei 6.950/81. 3. Ocorre que em 30/06/1989, com o advento da Lei n.º7.787, reduziu-se o teto do salário- de-contribuição, passando de 20 salários-de-contribuição para 10 (dez) salários- mínimos, o que arbitrariamente limitou o valor da contribuição do Requerente, causando dano futuro na programação de seu benefício previdenciário. 4. Nota-se que até 30/06/1989 o Requerente contava com ___ anos ___ meses e ___ dias de tempo de serviço, portanto, somando os requisitos necessários para o aposento previdenciário, obedecendo ao princípio do direito adquirido. 5. De fato, é lógico que o cálculo do benefício deveria ser com base na norma anterior, sendo considerado o teto antigo, entretanto, não foi o que aconteceu, sendo aplicado o teto estabelecido pela Lei 7.787/89, sendo simplesmente esquecida a regra do direito adquirido. 6. Destarte, Excelência, o Requerente faz jus a revisão de sua aposentadoria, devendo o cálculo da renda mensal inicial – RMI do benefício devendo ser considerada, para apuração do salário-de-benefício, somente as contribuições efetivamente vertidas até 06/1989. Profa. Juliana Ribeiro 31 DIREITO 7. Conforme acima exposto, até 30/06/1989, portanto na vigência da Lei N.º6.950/81, era permitida a contribuição no teto de 20 (vinte) salários mínimos: 8. Art. 4º da Lei N.º6.950/81 : “Art 4º - O limite máximo do salário-de-contribuição, previsto no art. 5º da Lei nº 6.332, de 18 de maio de 1976, é fixado em valor correspondente a 20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.” 9. E, 30/06/1989, o art. 1º da Lei N.º 7.787 reduziu o teto do salário-de-contribuição: “Art.1º A contribuição do segurado empregado, filiado à Previdência Social, inclusive o doméstico e o avulso, é calculada mediante aplicação da seguinte tabela:” Salário-de-contribuição (Ncz$) Alíquota Até 360,00 8,0% De 360,01 a 600,00 9,0% De 600,01 a 1.200,00 10,0% 10. O Supremo Tribunal Federal vem se posicionando no sentido dessa revisão, onde vejamos: “Previdenciário. Proventos da aposentadoria calculados com base na legislação vigente ao tempo da reunião dos requisitos que, todavia, foram cumpridos sob o regime da lei anterior, em que o benefício tinha por base vinte salários-de-contribuiçao em vez de dez. Alega ofensa ao princípio do direito adquirido. Hipótese a que também se revela aplicável – e até com maior razão, em face de decorrer o direito de contribuições pagas ao longo da vida laboral – a Súmula 359, segundo a qual os proventos da inatividade se regulam pela lei vigente ao tempo em que reunidos os requisitos necessários à obtenção do benefício, não servindo de óbice à pretensão do segurado, obviamente, a circunstância de haver alterado o lapso de tempo de apuraçõ dos salários de contribuição, se nada impede compreenda ele os vinte salários previstos na lei anterior. Recurso Conhecido e Provido.” (RE nº 266.927-RS, STF, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 10-11-2000) “CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. PROVENTOS. DIREITO ADQUIRIDO. I. Proventos de aposentadoria: direito adquirido aos proventos na forma da lei vigente ao tempo da reunião dos requisitos da inatividade, mesmo se requerida após a lei menos favorável. Súmula 349-STF: desnecessidade do requerimento. Aplicabilidade à aposentadoria previdenciária. Precedentes do STF. II. Agravo não provido”. (RE nº 269407, STF, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU 02- 08-2002) “PREVIDENCIÁRIO. DIREITO ADQUIRIDO. CÁLCULO DA RMI DO BENFEÍCIO. TETO DOS SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO. LEI VIGENTE À ÉPOCA EM QUE PREENCHIDOS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA. CONSECTÁRIOS. 1. Os proventos previdenciários se regulam para lei vigente ao tempo em que reunidos os requisitos Profa. Juliana Ribeiro 32 necessários à obtenção do benefício. Precedentes jurisprudenciais. 2. Ainda que o segurado só tenha requerido a concessão do benefício após o advento da Lei nº 7.789/89, tem direito ao cálculo da RMI nos moldes da Lei nº 6.950/81, porquanto havia preenchido os requisitos para a concessão da aposentadoria considerando somente as contribuições vertidas até junho de 1989. 3. Os honorários advocatícios devem ser fixados em 10% sobre o valor da condenação, excluídas as parcelas vincendas, considerando como tais as vencidas após a deste acórdão. 4. Os juros de mora devem ser fixados à taxa de 1% ao mês, com base no art. 3º do Decreto-Lei nº 2.322/87,aplicável analogicamente aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter eminentemente alimentar. Precedentes do STJ. 5. A atualização monetária, a partir de maio de 1996, deve-se dar pelo IGP-DI, de acordo com o art. 10 da Lei nº 9.711/98, combinado com oart. 20, §§5º e 6º, da Lei nº 8.880/94. 6. Tendo o feito tramitado perante a Justiça Federal, o INSS está isento do pagamento das custas judiciais (art. 4º da Lei 9.289/96).7. Apelação provida.” (AC nº 2003.72.00.000421-9/SC, TRF/4º Região, Rel. Des. Federal Ricardo Teixeira do Vale Pereira, D.J.U. 18-10-2006). “PREVIDENCIÁRIO. DIREITO ADQUIRIDO. CÁLCULO DA RMI DO BENFEÍCIO. TETO DOS SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO. LEI VIGENTE À ÉPOCA EM QUE PREENCHIDOS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA. PAGAMENTO DAS PARCELAS EM ATRASO. CONSECTÁRIOS. 1. Os proventos previdenciários se regulam para lei vigente ao tempo em que reunidos os requisitos necessários à obtenção do benefício. Precedentes jurisprudenciais. 2. Assim, ainda que o falecido segurado só tenha requerido a concessão do benefício após o advento da Lei nº 7.789/89, deve ser procedido ao cálculo da RMI nos moldes da Lei nº 6.950/81, porquanto preenchidos os requisitos para a percepção da aposentadoria, ainda que proporcional, considerando-se somente o tempo de serviço e as contribuições vertidas até junho de 1989. Conseqüentemente, deve ser recalculada a pensão por morte auferida pela autora. 3. É devido o pagamento das diferenças decorrentes do recálculo do benefício, excetuado o período atingido pela prescrição qüinqüenal, sendo descabida a limitação das parcelas em atraso à data da citação da autarquia, como fez o julgador singular. 4. Os juros de mora devem ser fixados à taxa de 1% ao mês, com base no art. 3º do Decreto-Lei nº 2.322/87, aplicável analogicamente aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter eminentemente alimentar. Precedentes do STJ. 5. A atualização monetária, a partir de maio de 1996, deve-se dar pelo IGP-DI, de acordo com o art. 10 da Lei nº 9.711/98, combinado com o art. 20, §§5º e 6º, da Lei nº 8.880/94. 6. Honorários advocatícios devidos pelo INSS, à razão de 10% sobre o valor da condenação, excluídas as parcelas vincendas, considerando como tais as vencidas após a data da prolação da sentença (Súmulas nºs 111 do STJ e 76 desta Corte). 7. Tendo o feito tramitado perante a Justiça Federal, o INSS está isento do pagamento das custas judiciais (art. 4º da Lei 9.289/96). 8. Apelação do INSS e remessa oficial improvidas. Apelação da parte autora provida.”(AC nº 2006.70.00.002345-4/PR, TRF/4º Região, Rel. Des. Federal Ricardo Teixeira do Vale Pereira, D.E. 10-01-2007). 11. Diante de tudo isso, fica claro que a autarquia-ré feriu o princípio do direito adquirido, devendo ser condenada a efetuar a revisão da RMI bem com ao ressarcimento dos últimos 5 anos. DO PEDIDO Diante do exposto, REQUER, digne-se Vossa Excelência receber a presente para: a) Determinar a citação do Instituto Nacional do Seguro Social, na pessoa de seu procurador federal, no endereço supra mencionado para querendo contestar a presente lide, sob pena de revelia, além da condenação do réu ao pagamento de todas as custas e despesas judiciais. Profa. Juliana Ribeiro 33 b) Julgar PROCEDENTE a presente ação, para condenar a autarquia-ré a revisão do benefício previdenciário, no tocante a RMI, devendo ver aplicada a Lei 6.950/81; c) A restituição das diferenças decorrentes do recalculo do benefício desde a Data do Início do Benefício, devendo incidir juros de mora de 1% ao mês (Decreto-Lei nº 2.322/87), considerando os benefícios pagos com atraso, uma vez caracterizado sua essência alimentar), bem como a atualização monetária, onde a partir de 05/1996 deve-se considerar o IGP-DI, em conformidade com o art. 10 da Lei Nº 9.711/98, cc art. 20 §§5º e 6º da Lei Nº 8.880/94; d) A condenação da Ré ao pagamento de honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência sobre o total da condenação e demais cominações legais, nos termos do artigo 20 do CPC; e) REQUER, mais, seja permitida a produção de todos os meios de provas em direito admitidos; Dá à causa o valor de R$ 1000,00 (hum mil reais) para efeitos fiscais. Nestes termos, pede deferimento. Profa. Juliana Ribeiro 34 MODELO DE INICIAL BURACO VERDE EXCELENTÍSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL ******* ***********, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no CPF sob nº ********** e portador da cédula de identidade ************, residente e domiciliado na *****************, Centro, na cidade de *************, Estado de ****************, por intermédio de seus procuradores adiante assinados, por (doc. 01), vem, à presença de Vossa Excelência, com o devido acatamento e respeito, propor a presente AÇÃO REVISIONAL PREVIDENCIÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, Autarquia Federal com representação no estado de **********, agência localizada na **************** , na cidade de ************** objetivando a REVISÃO DA RMI nos termos do Art. 26 da Lei 8870/94 e Art. 21 da Lei 8880/94 pelos fatos e fundamentos que passar a expor: I – DOS FATOS O autor é beneficiário do RGPS conforme benefício nº ********** concedido em 03/04/1992, com RMI fixada em Cr$ 867.866,99, ou seja, 94% do teto máximo vigente naquele período. Conforme se pode verificar, a metodologia de cálculo aplicada pela Autarquia-Ré, limitou a média do salário-de–contribuição para daí aplicar o coeficiente de cálculo, ou seja, ao invés do INSS aplicar o coeficiente de cálculo sobre a média apurada, limitou a média do salário- de-contribuição ao teto vigente na época, aplicando sobre este o coeficiente de cálculo de 94%. Desta forma, o autor foi prejudicado na obtenção do benefício, ocasionando uma perda considerável na sua renda inicial. Além do que o INSS agiu em total desacordo com o que determinava a legislação vigente à época. II – DOS FUNDAMENTOS Desde que entrou em vigor, a Lei 8.213/91 já dispunha sobre a forma como deveria ser efetuado o cálculo da RMI dos benefícios mantidos pelo INSS, considerando os salário-de-contribuição integrantes do PBC, devidamente atualizados. Em nenhum momento a referida lei em seus artigos 28 e 29, determinaram a limitação da média dos salários-de-contribuição, conforme se pode observar na redação vigente à época: Art. 29. O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis) , apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. A Lei 8.870/94 dispõe em seu art. 26: Profa. Juliana Ribeiro 35 “Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993, cuja a renda mensal inicial tenha sido calculada sobre salário-de-benefício inferior à média dos 36 últimos salário-de- contribuição em decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos a partir da competência de abril de 1994, mediante aaplicação do percentual correspondente à diferença entre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício considerado para a concessão. Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do “caput’ deste artigo não poderão resultar superiores ao teto do salário-de- contribuição vigente na competência de abril de 1994”. Portanto, tomando-se como base para aplicação das normas previdenciárias o sistema de contribuição e prestação, e aplicando-o de acordo com a interpretação sistemática de todo o Plano de Custeio e Benefícios da Previdência Social, a norma do artigo 136 da Lei 8.213/91 deve ser aplicada em conjunto com o disposto no artigo anterior da mesma Lei, o que nos remete à inexistência de teto limitador para a primeira operação, ou seja, para o cálculo do salário de contribuição, quando, então, somam-se todos os salários de contribuição. Daí que a aplicação da limitação somente deve ocorrer após todas as operações matemáticas necessárias à apuração da renda mensal inicial. Também conforme Lei 8.870/94, o percentual da diferença entre a média de salários de contribuição obtida e o teto do INSS deveria ser aplicada no primeiro reajustamento, respeitando-se o teto vigente à época. Tal dispositivo apontava que houve um erro da Autarquia no momento do cálculo e que trazia perdas significativas. Houve um desequilíbrio entre prestação e custeio, tendo o segurado contribuído com determinados valores e não os ter recebido de volta na mesma proporcionalidade. Em sendo assim, o INSS incorporou desde a Lei 8.870/94, artigo 26, esta regra de proteção, e que hoje está esculpida no Decreto 3048/99 em seu artigo 35, §3º: § 3º Na hipótese de a média apurada na forma do art. 32 resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. Como se vê, era dever do Instituto-Réu revisar o benefício do Autor com base no imperativo legal acima disposto, haja vista que calculou a RMI com valor inferior ao que tinha direito o segurado. Profa. Juliana Ribeiro 36 DO PEDIDO Diante do exposto, REQUER de Vossa Excelência o seguinte: 1. A citação do INSS, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar defesa; 2. Ao final, com ou sem contestação, seja julgada procedente a presente ação, condenando o INSS a efetuar a revisão do benefício do(a) Autor(a), nos termos do artigo 26 da Lei 8.870/94, implantando nova renda mensal e, em conseqüência, sendo apurada a nova RMI, pagar as diferenças vencidas apuradas, com juros e correção monetária, desconsideradas as parcelas prescritas; 3. A concessão da gratuidade da Justiça, nos termos da Lei 1.060/50; 4. A produção de todas as provas admitidas em Direito, caso se faça necessário, principalmente a prova documental, levando-se em conta, também, o disposto no artigo 11 da Lei 10.259/01. Dá a causa o valor de R$ 500,00(quinhentos reais). NESTES TERMOS PEDE DEFERIMENTO Profa. Juliana Ribeiro 37 MODELO DE INICIAL REVISÃO DO TETO (1988 A 2003) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL* FEDERAL CÍVEL DE _____________-ESTADO DO __________. (* A ação deve ser proposta no juizado, desde que o valor da causa não ultrapasse a competência) OBJETO: REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – CUJA RENDA MENSAL INICIAL FOI LIMITADA AO TETO MÁXIMO DA ÉPOCA (Ação proposta com base no Art. 201, §3º da Constituição Federal, no Art.26 da Lei nº 8.870/94 e Art. 21, § 3º da Lei nº 8.880/94). VALOR DA CAUSA: 1.1. Nome 1.2. Nacionalidade 1.3. Estado Civil 1.4. Profissão 1.5. Nascimento 1.5. Filiação PAI: MÃE: 1.6. Identidade 1.7. CTPS (nº) 1.8. CPF 1.9. Endereço 1.10. E-mail 1.11. Telefone O Autor supra qualificado vem à presença de Vossa Excelência propor AÇÃO PREVIDENCIÁRIA - REVISÃO TETO Benefício concedido entre 1988 a 2003 Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS pelos seguintes fatos e fundamentos: 1. PRELIMINARMENTE, PREFERÊNCIA - PESSOA IDOSA COM *** ANOS Nascido em ***********, (doc. 01), portanto com mais de ********** anos, com a saúde debilitada, requer atendimento prioritário, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso), e da Lei 10.048/2000, em seus arts. 1º e 2º, para obter com brevidade a decisão de V.Exa. 2. DOS FATOS: O Autor é titular de benefício previdenciário, conforme documento anexo. Dados sobre o benefício 1. Tipo de benefício 2. Número do benefício 3. Data de início do benefício 4. Renda mensal atual do benefício Dentre as provas documentais apresentadas, o Autor juntou: (*) Cópia do RG e CPF; (*) Comprovante de residência; (*) Carta de Concessão; (*) Histórico de crédito; Profa. Juliana Ribeiro 38 (*) Planilha de cálculo; 2. FUNDAMENTOS O autor é beneficiário de Aposentadoria por tempo de contribuição. Teve o seu benefício concedido em 29/05/1995 e o seu salário de contribuição foi calculado em R$ 852,57 (oitocentos e cinqüenta e dois reais e cinqüenta e sete centavos), conforme se extrai da Carta de Concessão e Memória de Cálculo anexa. Todavia, o teto limite dos Benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), naquela data, era de R$ 832,66, sendo, então, o beneficio do autor limitado a este valor. Posteriormente, o valor limite pago pelo INSS foi modificado positivamente através das Emendas Constitucionais nº 20/1998 e nº 41/2003. Assim, não se pode permitir a convivência de três limites ao teto dos benefícios, simultaneamente: um para aqueles concedidos antes da EC nº 20/1998, outro para aqueles com início entre esta e a EC nº 41/2003 e outro, ainda, para os benefícios concedidos após esta última Emenda Constitucional. Nesse sentido, em julgamento recente (RE 564.354) o STF discutiu se as alterações veiculadas pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/2003, aplicam-se aqueles que já percebiam benefício previdenciário antes da edição das referidas Emendas. A discussão, segundo deixou claro a Eminente Relatora Ministra Carmem Lúcia, não versava sobre reajuste. Em outras palavras, se discutia no Extraordinário se a alteração veiculada no art. 14 da EC nº 20/98 e EC 41/2003, aplica-se imediatamente aqueles que já percebiam benefício previdenciário antes da sua edição, considerados os cálculos decorrentes do salário de contribuição. De acordo com a Relatora, a pretensão do recorrido no Extraordinário retro é de manter os seus reajustes de acordo com índices oficiais conforme determinando em lei, sendo apenas possível que por força desse e com esses reajustes possa ser ultrapassado o antigo teto, respeitado, por óbvio o novo valor introduzido pelas EC nº 20 e 41, e mais ainda, verificando-se o que foi pago, como foi pago e em que percentuais. Sendo essa pretensão posta em juízo, entendeu a Relatora, sem razão a recorrente, como já decidido no voto condutor do acórdão recorrido, o qual citou: “o cálculodas prestações pecuniárias de trato continuado, efetivado em regra sobre o salário de benefício (lei 8.213/91), tem como limite máximo o maior valor de salário de contribuição. Assim, após a definição do salário de benefício, calculado sobre o salário de contribuição, deve ser aplicado o limitador dos benefícios da previdência social a fim de se obter a renda mensal do benefício a que terá direito o segurado. Dessa forma, a conclusão inarredável a que se pode chegar é a de que efetivamente a aplicação do limitador pela definição da renda que receberá o segurado deve ser sopesada após a definição do salário de benefício, o qual se mantém inalterado, mesmo que o segurado receba quantia inferior ao mesmo. Assim, uma vez alterado o valor limite dos benefícios da previdência social, o novo valor deverá ser aplicado sobre o mesmo salário de benefício calculado quando de sua concessão, com os devidos reajustes legais a fim de se determinar a nova renda que passará a perceber o segurado. Profa. Juliana Ribeiro 39 Não se trata de reajustar, muito menos de alterar o benefício, trata-se de manter o mesmo salário de benefício calculado quando da concessão, só que agora, lhe aplicando o novo limitador dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social”. Continuando, a Ministra Carmem Lúcia destacou que o acórdão recorrido não aplicou as Emendas Constitucionais retroativamente, nem mesmo o fez com base em qualquer escala de retroatividade. O que se fez foi permitir a aplicação do novo teto para fins de cálculo da renda mensal do benefício. Nesse sentido foi, também, o Recurso Extraordinário 451.243. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - TETO - ALTERAÇÃO. Uma vez alterado o teto relativo a benefício previdenciário, como foi feito mediante a Emenda Constitucional nº 20/98, cumpre ter presente o novo parâmetro fixado, observados os cálculos primitivos. (RE 499091 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 26/04/2007, DJe-028 DIVULG 31-05-2007 PUBLIC 01-06-2007 DJ 01-06-2007 PP- 00057 EMENT VOL-02278-06 PP-01144) No mais, a Nobre Relatora relembrou que não foi concedido aumento de benefício, mas o direito de ter o valor do benefício calculado com base em limitador mais alto, fixado na norma constitucional emendada. Relatou que a Procuradoria Geral da Republica opina no mesmo sentido, citando: “A procedência da ação não traduz um reajuste automático de todos os benefícios concedidos antes da aludida Emenda Constitucional, mas uma adequação ao novo patamar na hipóteses em que a fixação dos proventos resultou em valor inferior a media atualizada dos salários de contribuição”. Por fim, concluiu por não haver ofensa a Constituição no Acórdão recorrido, ao permitir a utilização do novo limitador quando do cálculo da renda mensal de benefício, conhecendo em parte o Recurso Extraordinário e na parte conhecida, negado provimento. A maioria dos Ministros, vencido Ministro Dias Tofolli, seguiram o voto da Relatora, entendendo que os novos “valores tetos”, trazidos pelas referidas Emendas, se aplicam aos beneficiários que tiveram seu salário de beneficio limitado ao teto, devendo-se elevar o valor da renda mensal ao novo teto. Tal decisão veio referendar o entendimento já pacificado nas Turmas Recursais Federais de todo o Brasil, das quais, destaca-se o voto do magistrado JOEL ILAN PACIORNIK nos autos 2003.70.02.005439-0: “Ressalto, contudo, que o novo limite fixado pela EC nº 20/98 aplica-se de forma igualitária para todos os segurados mantidos pelo RGPS, ou seja, tal norma, ao estabelecer um valor de R$ 1.200,00 como limite máximo para o valor dos benefícios, revogou norma anterior que fixava o teto em quantia inferior, no caso, R$ 1.081,50, sendo totalmente auto-aplicável. Como bem salientou a sentença proferida pelo Juízo a quo, não se trata de reajuste de benefícios, mas de aplicar ao valor da renda mensal reajustada o novo teto estabelecido pela EC nº 20/98 ". Além do mais, Excelencia, é preciso que se aplique o art. 21, §3º da Lei 8.880/90: Art. 21 - Nos benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213, de 1991, com data de início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos termos do art. 29 da referida Lei, tomando-se os salários-de-contribuição expressos em URV. § 3º - Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum Profa. Juliana Ribeiro 40 benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. Desta forma, Excelência, fica claro que HÁ PREJUÍZO REAL ao Autor caso não sejam recompostas tais perdas, não restando motivos plausíveis ao réu para se negar a efetuar tais pagamentos ao Autor, pois se assim continuar a proceder, tal conduta da Requerida, sem sombra de dúvida, resultará em enriquecimento ilícito. Ante os argumentos elencados e considerando as Reformas Previdenciárias que alteraram positivamente o limite para o salário-de-benefício, não pode a renda mensal do Autor ficar à margem de uma revisão. 3. Pedidos e Requerimentos ISTO POSTO, pede a Vossa Excelência que a parte ré seja condenada a: Revisar o benefício previdenciário titularizado pelo Autor, aplicando-se os índices de reajuste legais, levando em conta o limitador trazido pelas EC 20 e 41 e o disposto no art. 21, §3º da Lei 8.880/90; Pagar as diferenças perdidas ao longo do tempo, apuradas após a revisão acima, respeitada a prescrição qüinqüenal, com os devidos acréscimos de juros e correção monetária, até que os valores contribuídos a mais sejam incorporados ao benefício do autor; PAGAR as prestações mensais e sucessivas apuradas com a revisão acima pedida, inclusive abono anual (13º salário); Agora, por sua vez, requer: A citação do Instituto Nacional do Seguro social – INSS, bem como sua intimação para que, até a audiência de tentativa de conciliação, junte aos autos o processo administrativo; Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, especialmente pelas documentais já juntadas e outras que se fizerem necessárias, inclusive a testemunhal, cujo rol será juntado se necessário, requerendo desde já a substituição por outras, caso não puderem comparecer; Pede a condenação do ente autárquico ao pagamento de honorários advocatícios fixados em 20% (vinte por cento) do total da condenação. Reitera a pretensão aos benefícios da gratuidade judicial, por ser pessoa pobre, na acepção jurídica do termo, não reunindo meios de suportar os ônus da presente ação, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares, tudo como previsto na Lei nº 1.060/50, com suas ulteriores modificações conforme declaração anexa. (Esse requerimento apenas quando o autor for pobre na acepção jurídica do termo) g) Requer atendimento prioritário, ou seja, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso). Dá-se a causa o valor de ********************** Termos em que Pede deferimento Cidade e data. Advogado(a) OAB/__ nº ________ Doc 01 - Procuração; Doc 02 - Documentos Pessoais, Doc 03 - comprovante de Residência; Doc 04 - Carta de Concessão e Memória de Cálculo; Doc 05 - Valores mensais recebidos pelo autor nos últimos5 anos; Doc 06 - Planilha de Cálculos Profa. Juliana Ribeiro 41 MODELO DE IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO SEGUNDO JUIZADO ESPECIAL DE MARINGÁ – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ Autos Nº *********** AUTOR(A), já qualificado nos autos supra, em Ação de Revisão movida contra o INSS, por intermédio de seu procurador judicial, vêm, tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO o que o faz nos seguintes termos: 1. SÍNTESE DA DEMANDA Trata-se de ação previdenciária para a revisão de aposentadoria, sob o fundamento de que deveria ser aplicado os reajustes advindos sobre os novos tetos, em razão da limitação do salário de benefício utilizado para a RMI. Devidamente citado, o INSS pugnou pela improcedência da demanda, sob o argumento de que não teria cabida a pretensão calcada na manutenção da equivalência da proporcionalidade entre a renda mensal e o teto. Em verdade, equivoca-se o próprio INSS ao avaliar os fundamentos da revisão do benefício do Autor. 2. DOS FUNDAMENTOS 2.1. Do Erro Quanto à Interpretação da Fundamentação da Revisão Em sua peça de defesa, o INSS, defende que não seria cabível a revisão automática sobre os benefícios previdenciários em razão do aumento do teto do salário de contribuição. Em verdade, a pretensão do Autor jamais se fundou em tal premissa. Trata-se sim de fundamento totalmente diverso. Primeiramente, há que se partir do entendimento relacionado à possibilidade de se obter salário de contribuição acima do teto do benefício, o qual será por certo limitado. Uma vez verificada tal hipótese, há que se admitir que os índices de atualização dos benefícios incidam sobre o valor integral (limitado), a fim de se apurar o valor real do benefício. O presente caso dos autos retrata a hipótese aventada, para tanto, basta verificar a Carta de Concessão do Benefício e sua respectiva Memória de Cálculo, em que se constata o Salário de Benefício superior ao teto atribuído ao Salário de Contribuição e, por conseguinte, a limitação da Renda Mensal Inicial a tal limite. Uma vez verificada tal situação, parte-se aos fundamentos da revisão. Vejamos. Profa. Juliana Ribeiro 42 2.2. Dos Fundamentos da Revisão Com o advento de um novo limite máximo para os benefícios, admitir que o novo “teto” não alcance os benefícios pretéritos, seria o mesmo que aceitar dois limites diferentes para os benefícios previdenciários, um para aqueles que tenham se tornado inativo antes da referida lei e outro para aqueles que passaram a gozar de benefício previdenciário depois. Tal entendimento esbarra-se, de plano, no princípio da isonomia, eis que, em muitas situações, pequeno lapso temporal seria capaz de trazer situações totalmente distintas, a permitir que determinada pessoa tenha reduzida sua RMI, se comparada com outra que, nas mesmas condições, venha a ter seu benefício deferido após a vigência de lei que altera o limitador. Demais disso, a legislação previdenciária pertinente, em momento algum, demonstrou a possibilidade de existirem dois limitadores. Nesse sentido, basta verificar o artigo 14, da Emenda Constitucional n.º 20/98: O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em R$.1.200,00 (um mil e duzentos reais), devendo, a partir da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social. Corrobora tal entendimento até mesmo o princípio geral de direito, que enuncia que a lei posterior revoga a anterior. Sendo assim, v.g., o advento da Emenda Constitucional n.º 20/98 revogou a disposição anterior que previa “teto” menor, não podendo as duas disposições legais vigerem conjuntamente. Sendo assim, faz-se oportuna a colação de fragmento de decisão da Turma Recursal do Estado Paraná que bem esclarece tal questão: (...) Ressalto, contudo, que o novo limite fixado pela EC n.º 20/98 aplica-se de forma igualitária para todos os segurados mantidos no RGPS, ou seja, tal norma, ao estabelecer um valor de R$ 1.200,00 como limite máximo para o valor dos benefícios, revogou norma anterior que fixava o teto em quantia inferior, no caso, R$ 1.081,50, sendo totalmente auto-aplicável. Como bem salientou a sentença proferida pelo Juízo a quo, não se trata de reajuste de benefícios, mas de aplicar ao valor da renda mensal reajustada o novo teto estabelecido pela EC n.º 20/98. (...) (Turma Recursal do Estado do Paraná; 2003.70.03.02.005152-1; Rel. Juiz Federal Márcio Antonio Rocha; Data Julgamento 03/03/2004). Vale aqui, mais uma vez, salientar que não se quer com a presente pedir o reajuste automático dos valores dos benefícios pelo simples fato de terem sido concedidos com base no limite máximo, o qual foi, posteriormente, alterado. Quer-se, em verdade, por questão de justiça, permitir que os benefícios previdenciários tolhidos em seu valor integral, face o teto vigente à época da concessão, seja revisto, de modo que a perda possa ser recomposta, total ou parcialmente, no momento em que o limitador é aumentado e até o limite em que é fixado. Vale ressaltar que a própria disposição legal alberga tal fórmula de revisão. O artigo 26, da Lei 8.870/94, estabelece: Profa. Juliana Ribeiro 43 Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com data de início entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993, cuja renda mensal inicial tenha sido calculada sobre salário-de- benefício inferior à média dos 36 últimos salários-de-contribuição, em decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos a partir da competência abril de 1994, mediante a aplicação do percentual correspondente à diferença entre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício considerado para a concessão. Parágrafo único. Os benefícios revistos nos termos do caput deste artigo não poderão resultar superiores ao teto do salário-de-contribuição vigente na competência de abril de 1994. No mesmo sentido, veja-se o artigo 21, da Lei 8.880/94: Art. 21 - Nos benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213, de 1991, com data de início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos termos do art. 29 da referida Lei, tomandose os salários-de- contribuição expressos em URV. § 3º - Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao limite máximo do salário-decontribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. Inúmeras decisões acerca da matéria têm surgido, em especial, no Estado de Santa Catarina, conforme se pode observar dos seguintes fragmentos de acórdãos, os quais serão colacionados ao final, da Turma Recursal: (...) Nos casos em que, o cálculo do salário de benefício resultou em valor superior ao teto em vigor na DIB, a renda mensalinicial ficou limitada nesse montante somente para fins de pagamento. Assim, a elevação do teto limite dos benefícios permite a recomposição da renda mensal com base no novo valor desde que demonstrada a limitação e dentro desse patamar. Essa sistemática não significa a adoção de um reajuste automático a todos os benefícios limitados pelo teto anterior, mas apenas a recomposição do valor com base no novo limite nos casos em que a fixação dos proventos resultou em montante inferior à média atualizada dos salários de contribuição. (...) (Turma Recursal do Estado de Santa Catarina; Processo n.º 2004.72.95.003217-7; Recurso Contra Sentença; Relator: Juiz João Batista Lazzari; Data do Julgamento: 05 de agosto de 2004) (...) Como se percebe, o INSS estabeleceu que o limite máximo fixado pela EC nº 20/98 (R$.1.200,00) será aplicado tão-somente para benefícios deferidos após 16-12-1998. Para os anteriores, mantido o limite máximo então vigente (R$.1.081,50). Ambos sofreram idênticos reajustes a partir de 06-1999. Tenho, porém, que a Lei nº 8.213/91, ou mesmo a CF/1988, em momento algum autorizam a existência de dois limitadores para os benefícios Profa. Juliana Ribeiro 44 mantidos pelo RGPS. O novo limite fixado pela EC nº 20/98 aplica-se a todo o RGPS, já que a própria reforma não fez tal distinção. Isso não significa, evidentemente, que todos os segurados que estivessem recebendo R$.1.081,50 em 12-1998 devam passar a receber R$.1.200,00. Pelo menos neste particular está com razão o INSS: não se trata de reajuste de benefícios. Ocorre, entretanto, que muitos benefícios estavam apenas limitados a R$.1.081,50 mensais desde 06-1988, para fins de pagamento. O valor da renda mensal reajustada superava aquele patamar, aplicando o INSS a limitação tão-somente para fins de pagamento. (...) (Turma Recursal do Estado de Santa Catarina; Recurso contra Sentença; Processo nº 2003.72.00.054845-1; Relatora: Juíza Eliana Paggiarin Marinho; Data do Julgamento: 30 de abril de 2004) Sendo assim, a Autarquia Previdenciária não pode furtar-se em revisar os benefícios previdenciários que foram limitados ao teto, embora possuíssem o salário de benefício superior, razão pela qual, no momento em que o limitador é alterado, deve a diferença perdida ao tempo da concessão ser recomposta até o novo limitador. Devidamente fundamentada a revisão pleiteada e demonstrado seu cabimento e sua inverossímil procedência, passa-se, agora, aos parâmetros que devem ser utilizados. 3. DO PEDIDO E REQUERIMENTO Ante o exposto, e pelo muito mais que será suprido pelo elevado saber de Vossa Excelência, requer-se sejam afastados os argumentos do INSS a fim de que seja realizada a revisão nos termos expendido na inicial. Termos em que, Pede e espera deferimento. ADVOGADO(A) OAB/** **.*** Profa. Juliana Ribeiro 45 MODELO DE REVISÃO DO TETO (2004 A 01/2010) EXMO (A) SR (A) Dr. JUIZ (A) FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL DA SEÇÃO JUDICIARIA ______________ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DE _____________-ESTADO DO ___________. OBJETO: REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – CUJA RENDA MENSAL INICIAL FOI LIMITADA AO TETO MÁXIMO DA ÉPOCA (Ação proposta com base no Art. 201, §3º da Constituição Federal, no Art.26 da Lei nº 8.870/94 e Art. 21, § 3º da Lei nº 8.880/94). VALOR DA CAUSA: 1.1. Nome 1.2. Nacionalidade 1.3. Estado Civil 1.4. Profissão 1.5. Nascimento 1.5. Filiação PAI: MÃE: 1.6. Identidade 1.7. CTPS (nº) 1.8. CPF 1.9. Endereço 1.10. E-mail 1.11. Telefone O Autor supra qualificado vem à presença de Vossa Excelência propor AÇÃO PREVIDENCIÁRIA REVISÃO TETO Benefício concedido entre 2004 a 01/2010 Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS pelos seguintes fatos e fundamentos: 1. PRELIMINARMENTE, PREFERÊNCIA - PESSOA IDOSA COM *** ANOS Nascido em ***********, (doc. 01), portanto com mais de ********** anos, com a saúde debilitada, requer atendimento prioritário, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso), e da Lei 10.048/2000, em seus arts. 1º e 2º, para obter com brevidade a decisão de V.Exa. 2) DOS FATOS O Autor teve a sua aposentadoria concedida em 14/11/2005, benefício este cadastrado sob nº **************, conforme comprova a carta de concessão anexa. Ocorre que, à época da concessão do referido benefício o valor do Salário de Benefício - SB - resultou num valor maior do que o teto da época baseado na média dos seus salários-de-contribuição tendo sido limitado pelo teto máximo do INSS, conforme se verifica pela carta de concessão anexa aos autos, onde se vê a informação da autarquia gravada como “Limitado ao Teto”, (em anexo). Profa. Juliana Ribeiro 46 Ressalte-se que, no primeiro reajuste da aposentadoria do Autor, foi aplicado o índice referente ao mês de competência sobre o valor limitado no teto na época da concessão e não sobre o seu salário de benefício, o que é ilegal. Evidentemente tal entendimento do INSS é inconstitucional e ilegal, posto que ao longo do tempo o Autor terá uma drástica redução em sua aposentadoria, sendo que contribuiu para o sistema previdenciário e não está tendo agora a devida contrapartida. Tal conduta do Réu viola o princípio da irredutibilidade no valor dos benefícios que visa proteger o Autor das perdas inflacionárias. Sobre tal princípio nos ensina o professor Wagner Balera que: Para a manutenção do valor real do benefício, é fundamental que ele seja fixado corretamente ab initio. Do contrário, o benefício persistirá existindo com um valor irreal, imprestável para o cumprimento de sua finalidade constitucional. Cumpre evitar, portanto, esse vício genético, por assim dizer. (Da irredutibilidade do valor dos benefícios. In: Cadernos de Direito Constitucional e Ciência Política, n.19, p. 176) Sobre a importância dos princípios constitucionais da seguridade social, ensina o professor Marcus Orione G. Correia que: O sistema normativo é composto da atuação também dos princípios. Portanto, estes são informadores do sistema- e não meramente integradores deste. Uma regra que destoa de um princípio, obviamente não pode prevalecer,...” (in Curso de Especialização em Direito Previdenciário, vol. 1, pág. 255, editora Juruá). Assim, o Autor socorre-se da tutela jurisdicional do Estado, a fim de ver sua pretensão acolhida. 3) DO DIREITO Importante dizer, Excelência, que o Poder Judiciário tem esse mesmo entendimento no sentido de que o limite do teto deve ser respeitado, até mesmo porque foi declarado constitucional pelo STF, porém, as correções aplicadas em seqüência ao benefício devem incidir sobre a Renda Mensal Inicial e não ao valor do teto como feito pelo INSS. Neste sentido é a jurisprudência: Previdenciário. Pedido de Uniformização de interpretação de lei federal. Salário-de- contribuição. Correção . Salário de benefício. Limitação ao Teto. Primeiro Reajuste após a concessão do benefício. I- A estipulação de valor como teto para o salário de benefício já foi considerada como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. II- Contudo, revela-se razoável que, por ocasião do primeiro reajuste a ser aplicado ao benefício após a sua concessão, a sua base de cálculo seja o valor dosalário de benefício sem a estipulação do teto, uma vez que, do contrário, a renda do segurado seria duplamente sacrificada- na estipulação da RMI e na proporcionalidade do primeiro reajuste com base inferior ao que efetivamente contribuiu. Improvimento do Recurso.( Processo n. 2003.33.00.712505-9, Turma Nacional de Uniformização, Rel. Juiz Ricardo César Mandarino Barretto) Profa. Juliana Ribeiro 47 Veja-se, que o ilustre magistrado é claro ao dizer que “ Cumpre-se o disposto pelo STF, ou seja, a fixação da RMI está limitada ao teto legal dos benefícios previdenciários, no entanto, no momento em que se vier a proceder o primeiro reajustamento do benefício, aplica-se o percentual- proporcional- ao valor integral do salário de benefício, de modo a minimizar os prejuízos sofridos pelo segurado”, conforme dispõe o art. 21, §3º da Lei 8.880/90: Art. 21 - Nos benefícios concedidos com base na Lei nº 8.213, de 1991, com data de início a partir de 1º de março de 1994, o salário-de-benefício será calculado nos termos do art. 29 da referida Lei, tomando-se os salários-de-contribuição expressos em URV. § 3º - Na hipótese da média apurada nos termos deste artigo resultar superior ao limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. Assim, em se aplicando o percentual sobre a RMI do autor e, se por acaso, vier novamente resultar num benefício maior do que o teto vigente deverá o benefício ser novamente limitado ao teto legal. O que não pode ocorrer é a base de cálculo do reajuste da aposentadoria do Autor ser o teto, mas sim, deverá a base de cálculo ser o seu salário de benefício em respeito aos ditames constitucionais. Ora, está bastante claro que a correção do benefício do autor deveria ter sido feita com base no valor original do seu SB (salário de benefício), sem limitação. E se, por acaso, o valor corrigido ficasse acima do teto, aí sim, deveria ser rebaixado. IV) DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Diante de todo o exposto, é o pedido para: a) Determinar a citação da Ré no endereço apontado para que, em querendo, apresente resposta à presente, sob as penas de revelia e confissão; b) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente, a juntada de novos documentos; c) A total procedência do pedido, consistente na condenação do Réu a revisar e recalcular o benefício do Autor considerando, na data do reajuste, a diferença percentual entre o salário de benefício e a renda mensal inicial (limitada ao teto), levando em conta que nenhum benefício poderá ficar acima do teto para o período e que nenhum benefício pode ser reajustado sobre o valor da RMI limitada ao teto, mas sim, sobre o salário de benefício. d) Pagar ao autor todas as diferenças oriundas da revisão do benefício ora proposta, bem como os seus reflexos nas rendas mensais vincendas, devendo ser atualizados monetariamente a partir do vencimento de cada parcela; e) Condenação ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação; f) Requer-se que se digne Vossa Excelência a conceder os benefícios da Justiça Gratuita, em face da condição do Autor, que não tem como arcar com as custas processuais e demais despesas sem prejuízo de seu sustento e de sua família; (Esse requerimento apenas quando o autor for pobre na acepção jurídica do termo) g) Requer atendimento prioritário, ou seja, benefícios da Lei 10.741/03, (Estatuto do Idoso). Dá-se a causa o valor de ********************** Termos em que Pede deferimento Cidade e data. Advogado(a) - OAB/__ nº Profa. Juliana Ribeiro 48 MODELO DE PLANILHA - REVISÃO DO TETO Autor Número do benefício (NB) Data de Início do Benefício (DIB) 00/01/1900 Renda Mensal Inicial (RMI) R$ 0,00 Salário de Benefício (SB) R$ 0,00 Média Percentual Entre o SB e a RMI RMI = 100% SB = X% R$ 0,00 = 100% R$ 0,00 = X% X = #DIV/0! % ou Média Entre o SB e a RMI = #DIV/0! Reajuste dos Salários de benefícios - Apuração do Valor Devido Mês a Mês Data do reajuste Valor a ser reajustado (Insira a RMI na linha correspondente ao primeiro reajuste após a DIB) Índice de reajuste dos benefícios Valor Devido ao Autor (sem correção e juros) Valor Teto do INSS mai/95 R$ 0,00 X 1,428572 = R$ 0,00 832,66 mai/96 R$ 0,00 X 1,15 = R$ 0,00 957,56 jun/97 R$ 0,00 X 1,0776 = R$ 0,00 1.031,87 jun/98 R$ 0,00 X 1,0481 = R$ 0,00 1.081,50 jun/99 R$ 0,00 X 1,0461 = R$ 0,00 1.255,32 jun/00 R$ 0,00 X 1,0581 = R$ 0,00 1.328,25 jun/01 R$ 0,00 X 1,0766 = R$ 0,00 1.430,00 jun/02 R$ 0,00 X 1,092 = R$ 0,00 1.561,56 jun/03 R$ 0,00 X 1,1971 = R$ 0,00 1.869,34 mai/04 R$ 0,00 X 1,0453 = R$ 0,00 2.508,72 mai/05 R$ 0,00 X 1,06355 = R$ 0,00 2.668,15 abr/06 R$ 0,00 X 1,05 = R$ 0,00 2.801,56 ago/06 R$ 0,00 X 1,000096 = R$ 0,00 2.801,56 abr/07 R$ 0,00 X 1,033 = R$ 0,00 2.894,28 mar/08 R$ 0,00 X 1,05 = R$ 0,00 3.038,99 fev/09 R$ 0,00 X 1,0592 = R$ 0,00 3.218,90 jan/10 R$ 0,00 X 1,0772 = R$ 0,00 3.467,40 Profa. Juliana Ribeiro 49 Apuração da Diferença Devida Ao Autor Data Valor Recebido de Acordo com o Histórico de Crédito Valor devido respeitando o teto para o período Diferença devida ao autor (sem correção e sem juros) Juros 1% ao mês Fator de Atualização com base no INPC - válidos para 12/2010 Valor Corrigido (encargos e correção até 10/12/2010) Valor da Mora Sub- Total 01/01/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 60% 1,27594091 #REF! #REF! #REF! 01/02/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 59% 1,27113447 #REF! #REF! #REF! 01/03/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 58% 1,26824578 #REF! #REF! #REF! 01/04/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 57% 1,26481869 #REF! #REF! #REF! 01/05/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 56% 1,26327703 #REF! #REF! #REF! 01/06/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 55% 1,26162942 #REF! #REF! #REF! 01/07/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 54% 1,26250761 #REF! #REF! #REF! 01/08/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 53% 1,26108118 #REF! #REF! #REF! 1/8/2006 (metade do 13º salário) R$ 0,00 #REF! #REF! 53% 1,26108118 #REF! #REF! #REF! 01/09/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 52% 1,26130042 #REF! #REF! #REF! 01/10/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 51% 1,25932998 #REF! #REF! #REF! 01/11/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 50% 1,2538887 #REF! #REF! #REF! 01/11/2006 (2ª metade do 13º salário R$ 0,00 #REF! #REF! 50% 1,2538887 #REF! #REF! #REF! 01/12/2006 R$ 0,00 #REF! #REF! 49% 1,24860167 #REF! #REF! #REF! 01/01/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 48% 1,24091337 #REF! #REF! #REF! 01/02/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 47% 1,23489362 #REF! #REF! #REF! 01/03/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 46% 1,22976523 #REF! #REF! #REF! 01/04/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 45% 1,22436925 #REF! #REF! #REF! 01/05/2007 R$ 0,00 #REF! #REF! 44% 1,22117489 #REF! #REF! #REF! 01/06/2007 R$ 0,00 #REF! #REF!
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