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CEFALEIA
CLÍNICA MÉDICA
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INTRODUÇÃO
A cefaleia é uma das queixas mais comuns na prática clínica, afetando 
aproximadamente 78% da população em algum momento da vida. Este sintoma 
pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos, resultando 
em perda de produtividade e bem-estar. As cefaleias podem ser classificadas 
em dois grandes grupos: cefaleias primárias e cefaleias secundárias.
CLASSIFICAÇÃO MAIS COMUM
Classificação Descrição
Primárias
Não possuem uma causa estrutural subjacente identificável. Exemplos 
incluem enxaqueca e cefaleia tensional.
Secundárias
Resultam de alguma condição subjacente identificável, como 
infecções, tumores ou distúrbios vasculares.
OBJETIVOS INICIAIS DO ATENDIMENTO
O atendimento inicial das cefaleias em curso visa dois objetivos principais:
1) Tratar a dor.
2) Afastar causas graves que possam necessitar de intervenção urgente.
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AVALIAÇÃO CLÍNICA
A avaliação clínica detalhada é essencial para um diagnóstico preciso das 
cefaleias. Os aspectos a serem considerados incluem:
Dados detalhes
Número de cefaleias e 
estado basal
Quantos padrões de cefaleia o paciente apresenta? Existe 
período sem dor?
Características Localização, qualidade da dor, intensidade, duração
Temporalidade Início, duração, frequência
Causas e fatores 
associados
Desencadeantes, fatores de alívio
Uso de Medicações Medicamentos utilizados e resposta ao tratamento
Sinais de Alarme Indicadores de causas graves subjacentes
SINAIS DE ALARME (RED FLAGS)
Os sinais de alarme são indicadores de que a cefaleia pode ter uma causa 
grave subjacente e requerem investigação adicional. As Red Flags incluem:
Acrônimo Descrição Dados
S Systemic symptoms Febre, câncer, imunossupressão
N Neurological symptoms Sinais focais neurológicos, papiledema
O Older (>50) Início após os 50 anos
O Onset Cefaleia em "Thunderclap" (pico 72h), 
como o estado de mal enxaquecoso
 ◦ Opioides: seu uso deve ser muito restrito no caso de cefaleias, além de 
seu mecanismo não ser o mais adequado, há risco de piora do quadro e 
dependência
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Controlado o quadro álgico, no caso de cefaleias secundárias, a causa base deve 
ser tratada em conformidade com o preconizado para cada patologia encontrada. 
No caso das cefaleias primárias, é importante orientar o paciente a respeito 
da condição e orientá-lo a realizar acompanhamento com um especialista para 
definir a necessidade de tratamento profilático e orientações de mudanças de 
estilo de vida que ajudarão a reduzir a frequência e intensidade dos episódios 
e dor e, com isso, ter uma melhora importante na sua qualidade de vida.
Uma vez no seguimento ambulatorial, cabe ao médico assistente realizar uma 
história cuidadosa e ampla, com base – preferencialmente – em um diário de 
dor feito pelo paciente após as orientações iniciais.
CEFALEIAS PRIMÁRIAS
Os critérios diagnósticos para cefaleias primárias são estabelecidos pela 
International Classification of Headache Disorders e sua edição mais consagrada 
é a terceira que agrupa uma série de diferentes tipos de cefaleia primária. Dentre 
essas categorias, as mais comuns incluem a cefaleia tensional, a enxaqueca e 
as cefaleias trigemino-autonômicas (das quais a mais conhecida é a cefaleia em 
salvas). É importante conhecer os critérios dessas condições mais comuns e 
saber onde buscar critérios das cefaleias menos habituais para fazer diagnósticos 
adequados na sua prática.
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CEFALEIA TENSIONAL
A cefaleia tensional é o tipo mais comum de cefaleia primária, caracterizada por 
uma dor bilateral, geralmente descrita como uma pressão ou aperto em ambos 
os lados da cabeça. Para o seu diagnóstico, a pessoa precisa ter apresentado 
pelo menos 10 episódios na vida com as seguintes características (excetuando 
desencadeantes e fatores de alívio, que podem ser bastante variáveis):
Em geral, o tratamento no longo prazo de pacientes com esse diagnóstico 
pode ser feito apenas com resgate eventual do quadro. Em algumas situações 
se indica o tratamento profilático com: 
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ENXAQUECA
A enxaqueca é a segunda cefaleia primária mais comum e pode, com certa 
frequência, ser incapacitante; em geral com maior impacto que os quadros de 
cefaleia tensional. Para o seu diagnóstico, a pessoa precisa ter apresentado 
pelo menos 5 episódios na vida com as seguintes características (excetuando 
desencadeantes e fatores de alívio, que podem ser bastante variáveis):
Paciente com esse diagnóstico e pelo menos 3 episódios de cefaleia no mês já 
tem indicação de tratamento profilático com as medicações descritas na tabela 
a seguir como opções.
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CEFALEIA EM SALVAS
A cefaleia em salvas é menos comum, mas extremamente dolorosa e 
debilitante. Suas características incluem:
O tratamento de resgate dessa condição difere das outras cefaleias primárias 
e inclui como opções: oxigênio em alto fluxo, lidocaína, bloqueadores do canal 
de cálcio como o verapamil.
Já o tratamento profilático é feito com
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CONCLUSÃO
A investigação e o manejo das cefaleias são essenciais para garantir um 
diagnóstico preciso e um tratamento eficaz. A abordagem sistemática, baseada na 
avaliação clínica detalhada e na identificação de sinais de alarme, é fundamental 
para a identificação de causas graves e para o alívio da dor. 
O tratamento adequado das cefaleias pode melhorar significativamente a 
qualidade de vida dos indivíduos afetados, reduzindo o impacto deste sintoma 
comum na vida diária. Esse tratamento envolve o diagnóstico correto para a 
seleção correta da opção terapêutica.
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