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AD1 de Diversidade Cultural e Educação 2016.1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
 
Disciplina: Diversidade cultural educação 
Aluno (a):  Matrícula: 
Polo:
 AD1 – DCE-2016.1.
Prazo de Entrega no Pólo – 16/02/2016
 A partir da leitura do material didático recomendado para a disciplina Diversidade Cultural e Educação (DCE), procure refletir sobre o conceito de cultura relacionado a ao trecho a seguir:
“(...) Fenômeno unicamente humano, a cultura se refere à capacidade que os seres humanos têm de dar significado às suas ações e ao mundo que os rodeia. (22)� 
 
A partir do exposto redija um texto dissertativo contemplando os seguintes aspectos:
a) conceito de cultura para ciências sociais e humanas; (valor: 3,0 pontos)
b) situações e exemplos da diversidade na sociedade brasileira; (valor: 4,0 pontos)
c) a importância do reconhecimento da diversidade para educação. (valor: 3,0 pontos).
Recomenda-se a elaboração de um texto com no mínimo uma (1) e no máximo três (3) laudas, com a formatação segundo as normas da ABNT para trabalhos acadêmicos. Será observada também a coesão, coerência, clareza, correção de linguagem e atenção às fontes e referencias bibliográficos consultados. 
O DOCE AMARGOR DO FENÔMENO CHAMADO CULTURA
A noção de cultura é necessária para pensar a unidade da humanidade na diversidade, pois, de certa forma, fornece a resposta mais satisfatória a questão da diferença entre os povos. Uma de suas características é dar significado as ações humanas individuais e ao mundo que nos rodeia, portanto, vai além de um sistema de costumes, é objeto de intervenção humana. A cultura permite que tanto o homem se adapte ao meio, quanto este também se adapte ao homem.
O que torna os seres humanos diferentes das demais espécies é que nada é puramente natural no homem, grande parte do seu comportamento necessita aprender com seus semelhantes, ou seja, são repassados pela cultura. Com isso, o homem é essencialmente um ser de cultura, ou seja, nascer humano não é suficiente para tornar-se humanizado, socializado, de comportamentos, conceitos e hábitos humanos. As experiências e conhecimentos não se desenvolveram no isolamento, são condições transmitidas através das gerações.
Diversidade cultural refere-se às diferenças culturais que existem em uma sociedade, como a linguagem, vestimenta, manifestações religiosas e tradições, bem como a forma como estas se organizam, a sua concepção da moral e da religião, sua interação com o ambiente. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões. Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil. Onde o multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas culturas (diversidade de gênero, étnico-racial e da sexualidade) numa localidade, cidade ou país, sem que uma delas predomine (as propostas dos movimentos feministas, LGBT, negro e das organizações indígenas). As sociedades contemporâneas são heterogêneas, compostas por diferentes grupos humanos, interesses contrapostos, classes e identidades culturais em conflito. Vivemos em sociedades nas quais os diferentes estão quase que permanentemente em contato, são obrigados ao encontro e à convivência.
O multiculturalismo nos ensina que reconhecer a diferença é reconhecer que existem indivíduos e grupos que são diferentes entre si, mas que possuem direitos correlatos, e que a convivência entre grupos diferenciados, no plano social e cultural, muitas vezes é marcada pelo preconceito e pela discriminação, portanto, o convívio em uma sociedade democrática depende da aceitação da idéia de compormos uma totalidade social heterogênea na qual:
a) não poderá ocorrer a exclusão de nenhum elemento da totalidade;
b) os conflitos de interesse e de valores deverão ser negociados pacificamente;
c) a diferença deverá ser respeitada.
O grande desafio da educação é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional e dar a conhecer a riqueza representada por essa diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, buscando superar qualquer tipo de discriminação e valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade. Nesse sentido, a escola deve ser local de aprendizagem de que as regras do espaço público permitem a coexistência, em igualdade, dos diferentes. Trabalhando a Pluralidade Cultural constantemente, exige que a escola alimente uma “Cultura da Paz”, baseada na tolerância, no respeito aos direitos humanos e na noção de cidadania compartilhada por todos os brasileiros. Onde a convivência internalize que uns não sejam “mais diferentes” do que os outros.
Buscando construir uma sociedade justa, livre e fraterna, o processo educacional terá de tratar do campo ético de como se desenvolvem no cotidiano, atitudes e valores voltados à formação de novos comportamentos, novos vínculos em relação àqueles que historicamente foram alvos de injustiças.
A escola é o ambiente propício para que se desenvolvam positivamente as questões que envolvem a problemática social, cultural e ética, pois é um espaço de convivência com a diversidade. Singularidades presentes nas características de cultura, de etnias, de regiões, de famílias, são de fato percebidas com mais clareza quando colocadas junto a outras. Há necessidade de a escola instrumentalizar-se para fornecer informações mais precisas a questões que vêm sendo indevidamente respondidas pelo senso comum, é exercitar a cidadania. Oferecendo condições para o conhecimento mútuo entre regiões, grupos e indivíduos, ela forma a criança, o adolescente e o jovem para a responsabilidade social de cidadão, consolidando o espírito democrático. Portanto, precisa ser um compromisso político-pedagógico de qualquer planejamento educacional/escolar para formação de cidadãos participativos, reflexivos e conscientes de seus direitos e deveres.
Por isso, reconhecer e valorizar a diversidade cultural são atuar sobre um dos mecanismos de discriminação e exclusão, entraves à plenitude da cidadania para todos e, portanto, para a própria nação.
HABERMAS, Jurgen. Para a reconstrução do materialismo histórico. São Paulo, Brasiliense, 1983.
HALL, Stuart. Da diáspora – identidades e mediações culturais. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2003.
TAYLOR, Charles. El multiculturalismo y la politica del reconocimiento. Mexico, Fondo de Cultura Econômica, 1994.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pluralidade.pdf acessado em 11/02/2016 às 22:30 h.
http://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/artigos/pluralidade-cultural-um-mergulho-na-diversidade-social-regional-e-cultural-do-pais acessado em 12/02/2016 às 08:00 h.
� Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. versão 2009. – Rio de Janeiro : CEPESC; Brasília : SPM, 2009.

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