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DIREITO POST MORTEM
Larissa Pereira Rocha*[2: * Acadêmica de Direito pela Faculdade de Direito de Alta Floresta. Email: ]
Stephanie Diomara Pachiega **[3: ** Acadêmica de Direito pela Faculdade de Direito de Alta Floresta. Email][4: *** Acadêmica de Direito pela Faculdade de Direito de Alta Floresta. Email]
Taiane Pires Pereira*[5: ][6: ][7: ]
Resumo:
Palavras – Chaves: Direito Post Mortem, Código Civil, Direito a imagem, Direito a Honra, Direito Brasileiro.
Abstract:
Sabe-se que a personalidade jurídica se encera com a morte da pessoa natural, assim consequentemente deixaria de existir qualquer tipo de direito sobre o cadáver. 
O Direito brasileiro vem se preocupando em fazem uma proteção do ser humano após sua morte, dando-lhes um destino onde possa manter sua dignidade.
“O direito ao cadáver diz a respeito ao próprio defunto, à sua memória, pois em certas ocasiões podem ocorrer atentados à memória do morto”. (SZANIAWSKI, 1993, P.303).
Em alguns casos e situações ocorre violência contra o corpo do morto, mesmo que este não tenha consentido em vida, ou ate mesmo ato de sua ultimo vontade em vida; vindo assim a violar o respeito a memória do morto e causar injuria para que com seus parentes que permanecem vivos.
Seguindo a idéia da doutrina, a violação do cadáver deve ser admitida em duas hipóteses:
a) Direito à prova: em caso de morte violenta, ou havendo suspeita da prática de crime, é indispensável à realização do exame necroscópico, na forma da legislação processual penal em vigor (art. 162 do CPP).
b) Necessidade: admite-se a retirada de partes do cadáver para fins de transplante e em benefício da ciência, na estrita forma da legislação em vigor, e sem caráter lucrativo.
Sendo assim unânimes certos autores quando se trata em combates doenças que possa a vir afetar a toda coletividade, assim submetem o corpo a vários exames para que seja constatada uma causa mortis, assim estes exames não causam um atentado a dignidade do corpo morto, por haver um interesse publico sobre o mesmo.
Já em casos de transplante de órgãos e tecidos de pessoas falecidas, ocorre grande reviravolta no ordenamento jurídico brasileiro. Anteriormente o art. 4.º da Lei n. 9.434/97:
“Art. 4.º Salvo manifestação de vontade em contrário, nos termos desta lei, presume-se autorizada à doação de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano, para finalidade de transplantes ou terapêutica post mortem”. 
Consagrou-se, portanto, o sistema do consentimento presumido no Direito brasileiro.
Dessa forma, a doação post mortem seria presumidamente autorizada pelo falecido, ressalvada a hipótese de haver manifestado a sua vontade em sentido contrário, em sua carteira de identidade civil ou na carteira nacional de habilitação, por meio da gravação dos termos “não doador de órgãos ou tecidos”.
De fato, a polêmica sobre essa regra foi de tal monta que se chegou a denunciar nos veículos de imprensa a formação de quadrilhas de contrabando de órgãos humanos.
Por isso, através de uma medida provisória (MP n. 1.959), posteriormente convertida na
Lei n. 10.211, de 23 de março de 2001, passou a ter o referido artigo a seguinte redação:
“Art. 4.º A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmado em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte”.
Deste modo fica legitimado à proteção dos direitos da personalidade da pessoa falecida o cônjuge, sobreviventes ou qualquer parente em linha reta, ou colateral, até o quarto grau (CC, art. 12, parágrafo único). Qualquer um deles pode agir em defesa do nome, da vida privada ou da honra da pessoa falecida. Quando, porém, a ofensa alcança o direito à imagem do morto, a lei legitima apenas o cônjuge, ascendentes e descendentes (CC, art. 20, parágrafo único).
Segundo Fabio Ulhoa Coelho:
A razão da discriminação do direito à imagem é, simplesmente, incompreensível e deve-se debitá-la à falta de rigor sistemático do texto codificado. De qualquer forma, ocorrendo desrespeito à memória de uma pessoa, o filho do morto, por exemplo, tem as mesmas ações que o pai teria em vida para a proteção do direito à imagem. Isto é, poderá obter em juízo uma ordem de cessação da ofensa e a indenização pelos danos (morais) decorrentes. (2012, p.501).
A publicação de imagem chocantes e brutais, dá ensejo a indenização por danos morais à família atingida de forma reflexa, podendo pleitear em nome próprio, na defesa de respeito ao morto.
Através da conduta da sociedade atual esta que vem desafiando o direito sobre a honra post mortem, por meio de fotografias no leito de morte ou ate mesmo nos velórios, para estampar os periódicos de jornais e noticiários. O mesmo acontece com as pessoas vitimas de assassinato, que muitas vezes tem suas fotografias divulgadas momentos após sua morte ser divulgada sem qualquer necessidade. 
O mesmo acontece com a TV, que é um meio de comunicação muito utilizado, e que de fato mudou toda a sociedade, esta por sua abrangência atingi mais lugares do que a mídia impressa, assim contribuindo para danos muitos maiores. Assim tanto as fotografias quanto vídeos têm um grande potencial para a violação do direito post mortem.
Segundo o STJ em casos envolvendo a proteção de direitos post mortem de pessoas famosa, a família possui certa legitimidade para postular condenação da parte ad versa a título de indenização por dano moral e/ou material, a ser analisado de acordo com o caso concreto, vez que se projeta efeitos econômicos além da morte do famoso.
Referencias
Novo curso de direito civil, Pablo Stolze.
Direitos de personalidade e sua tutela, Elimar Szaniwsk.
Curso de direito civil – parte geral, Fabio Ulhoa Coelho.
O direito a honra post mortem e sua tutela, Renato de Sousa Marques Craveiro

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