Jussara Maria Hoffmann - Avaliação Mediadora - Uma Prática em Construção da Pré-escola à Universidade - RESENHA - Resumo

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Resumo sobre Avaliação Mediadora na Educação O texto de Jussara Hoffmann, intitulado "Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade", discute a eficácia da avaliação tradicional, que se baseia em notas e provas, como um meio de garantir a qualidade do ensino. A autora critica a crença comum de que a rigidez das avaliações tradicionais é sinônimo de um ensino de qualidade, argumentando que esse modelo é, na verdade, ineficaz. Segundo Hoffmann, a avaliação classificatória não consegue identificar as falhas no aprendizado dos alunos e nas práticas pedagógicas dos professores. Ela observa que, se a avaliação fosse realmente um indicador de qualidade, as estatísticas sobre a educação no Brasil não seriam tão alarmantes. Os alunos, muitas vezes, se limitam a memorizar informações para obter boas notas, sem realmente compreender ou se engajar no processo de aprendizagem. A proposta de Hoffmann é a implementação da avaliação mediadora, que busca transformar a relação entre professor e aluno em um diálogo construtivo. Essa abordagem incentiva a autonomia dos alunos, permitindo que eles expressem suas ideias e participem ativamente do processo educativo. A avaliação mediadora se baseia em princípios que promovem a interação e a discussão entre os alunos, ao invés de uma simples imposição de conhecimento por parte do educador. A autora sugere que os professores devem criar oportunidades para que os alunos discutam e debatam, utilizando atividades que estimulem a colaboração e a troca de ideias, ao invés de trabalhos em grupo que muitas vezes resultam em produções desconexas. Outro aspecto importante da avaliação mediadora é a observação individual do progresso dos alunos. Ao invés de aplicar avaliações extensas e pontuais, a prática mediadora propõe tarefas menores e contínuas que permitem ao professor entender melhor as dificuldades e os avanços de cada estudante. A abordagem construtivista enfatiza que os erros devem ser vistos como oportunidades de aprendizado, e não como falhas. O papel do professor, nesse contexto, é o de um mediador que oferece suporte e orientação, ajudando os alunos a encontrar soluções para os desafios que enfrentam. Além disso, a prática da avaliação mediadora deve incluir o registro das avaliações de forma que possibilite um acompanhamento mais eficaz do desenvolvimento do aluno, permitindo que o educador escolha as melhores estratégias para auxiliar cada estudante em sua jornada de aprendizado. Hoffmann também menciona os desafios enfrentados pelos educadores na implementação da avaliação mediadora, como a resistência à mudança por parte de professores acostumados ao modelo tradicional e a carga horária excessiva que limita a capacidade de aplicar essa nova abordagem. A escassez de escolas em tempo integral e os baixos salários dos professores são fatores que dificultam a adoção de práticas mais eficazes de avaliação. Apesar desses obstáculos, a autora defende que a avaliação mediadora pode coexistir com a avaliação classificatória, sendo utilizada como uma ferramenta para avaliar o conhecimento adquirido ao final do processo de aprendizagem. Em suma, o texto de Hoffmann destaca a necessidade urgente de reformular as práticas de avaliação na educação brasileira, enfatizando a importância de uma abordagem que valorize o aprendizado significativo e a participação ativa dos alunos. Destaques A avaliação tradicional é criticada por não identificar falhas no aprendizado e nas práticas pedagógicas. A avaliação mediadora promove um diálogo construtivo entre professor e aluno, incentivando a autonomia e a participação. A observação individual e a valorização dos erros são fundamentais na avaliação mediadora. Desafios como resistência à mudança e carga horária excessiva dificultam a implementação da avaliação mediadora. A avaliação mediadora pode coexistir com a avaliação classificatória, servindo como uma ferramenta para avaliar o aprendizado.