01 Encontro (Ações Constitucionais)

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Narciso Leandro Xavier Baez
DIREITO CONSTITUCIONAL I
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 CONTEÚDO:
DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Habeas Corpus
Mandado de Segurança
Mandado de Segurança Coletivo
Mandado de Injunção
Habeas Data
Ação Popular
EXCELÊNCIA EM DIREITO CONSTITUCIONAL
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Distinção entre Direitos e Garantias Constitucionais
EXCELÊNCIA EM DIREITO CONSTITUCIONAL
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HABEAS CORPUS
Características (art. 5, LXVIII, CF)
Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Natureza Jurídica:
Tutela o direito de liberdade de locomoção, liberdade de ir, vir, parar e ficar. Tem natureza de ação constitucional penal, e de procedimento especial, isenta de custas.
Partes:
IMPETRANTE: é aquele que impetra a ordem de habeas corpus
PACIENTE: é aquele que vai ser beneficiado pela ordem
IMPETRADO ou AUTORIDADE COATORA: é aquele que está violando o direito de liberdade de locomoção
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HABEAS CORPUS
Legitimidade Ativa: (IMPETRANTE)
O ajuizamento de habeas corpus é um atributo da personalidade, não se exige a capacidade de estar em juízo, nem a capacidade postulatória, dispensa a presença de advogado.
Qualquer do povo, nacional ou estrangeiro, independentemente de capacidade civil, política, profissional, de idade, sexo, estado mental, pode fazer uso de HC em nome próprio ou de terceiro. 
Com relação as Pessoas Jurídicas a jurisprudência se divide, parte no sentido de que pode impetrar HC e outra negando essa possibilidade.
O Ministério Público pode impetrar HC, mas o magistrado não, pois só pode concede-lo de ofício
PACIENTE:
O habeas corpus é uma garantia individual ao direito de locomoção 
Pessoas Jurídicas não podem ser pacientes
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HABEAS CORPUS
Legitimidade Passiva: (IMPETRADO ou AUTORIDADE COATORA)
Autoridade Pública (delegado de polícia, promotor de justiça, juiz de direito, tribunal, etc.)
Qualquer indivíduo, brasileiro ou estrangeiro, autoridade ou simples particular, uma vez que detenha outrem em cárcere público ou privado, esteja de vigia do paciente, impeça-lhe o caminho, proíba-o de andar, de mover-se, ou de qualquer modo contrarie pessoa física no seu direito de ir, vir ou permanecer.
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HABEAS CORPUS
Hipóteses excepcionais de utilização do HC:
Pode ser usado para garantir todos direitos do acusado e do sentenciado relacionados com sua liberdade de locomoção, como por exemplo:
Incompetência absoluta do juiz;
Redução da pena por erro de cálculo;
Reconhecimento de prescrição;
Trancamento da ação penal;
Para fins de fazer cessar constrangimento ilegal à liberdade de locomoção causado por abusivo excesso de prazo para o encerramento da instrução processual penal;
Não se admite o HC, segundo o STF:
Indiciamento em inquérito policial;
Matéria do HC idêntica a da apelação já interposta;
Quando se exige análise aprofundada da prova;
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HABEAS CORPUS
Limites de apreciação do HC:
Na apreciação do HC o órgão competente para o seu julgamento não está vinculado à causa de pedir e pedido formulados. Havendo convicção sobre a existência de ato ilegal não veiculado pelo impetrante, cumpre afasta-lo, ainda que isso implique concessão de ordem em sentido diverso do pleiteado;
Espécies de HC:
HC preventivo ou salvo-conduto: basta a ameaça para a obtenção do salvo conduto ao paciente, concedendo-lhe livre trânsito, de forma a impedir a sua pris!ao ou detenção pelo mesmo motivo que ensejou o HC;
HC liberatório ou repressivo: quando alguém estiver sofrendo violência ou coação em sua liberdade de locomoção;
Petição inicial: O juiz no exame da petição inicial deve abster-se de formalismos excessivos ou visão estritamente técnica relativamente às condições da ação.
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MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Conceito: (ART. 5, LXIX - Lei 1533/51)
Ação constitucional que visa proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Espécies de MS:
MS Repressivo: quando diante de uma ilegalidade já cometida;
MS Preventivo: quando o impetrante demonstrar justo receio de sofrer uma violação de direito liquido e certo por parte da autoridade impetrada;
Natureza Jurídica: 
É uma ação constitucional de natureza civil. Sua natureza não se altera nem impede o ajuizamento de MS em matéria criminal, inclusive contra to de juiz criminal, praticado no processo penal.
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MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Cabimento:
Contra ato comissivo ou omissivo de qualquer autoridade no âmbito dos Poderes do Estado e do Ministério Público.
Objeto:
Visa a amparar direito pessoal líquido e certo (é o que apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercido no momento da impetração)
Só o titular do direito tem legitimidade para impetrar o MS
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MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Legitimidade Ativa:
Pessoa Física ou Jurídica nacional ou estrangeira, domiciliada ou não em nosso país;
Órgãos públicos despersonalizados, desde que dotados de capacidade processual. Ex: Chefia do Poder Executivo; Mesas do Congresso, Senado, Câmara, Assembléias)
As universalidades reconhecidas por lei. Ex: espólio, massa falida.
Ministério Público
Legitimidade Passiva:
É a autoridade que pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, responde pelas suas conseqüências administrativas e detenha a capacidade para corrigir ilegalidade, podendo a pessoa jurídica de direito público, da qual faça parte, ingressar como litisconsorte.
O impetrado é a autoridade coatora e não a pessoa jurídica ou o órgão a que pertence e ao qual o seu ato é imputado em razão do ofício
Nos órgãos colegiados, considera-se coator o presidente
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MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Prazo para impetração do MS:
120 dias, a contar da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impugnado, prazo este decadencial e, como tal, não se suspende, nem se interrompe desde que iniciado. 
Procedimento:
Ao despachar a inicial o juiz mandará notificar o coator, a fim de prestar as informações, no prazo de 10 dias. 
O Ministério Público é ouvido em seguida.
Procedente o pedido, transmitir-se-á à autoridade coatora o inteiro teor da sentença.
Medida Liminar:
Depende de pedido da parte, pode ocorrer do início ao fim da ação
A liminar pode constituir em ordem de comportamento omissivo ou comissivo para a autoridade impetrada ou para que esta satisfaça uma obrigação, quanto em autorização para que o impetrante pratique ou deixe de praticar determinado ato;
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MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
Finalidade (ART. 5, LXX):
O legislador constituinte quis facilitar o acesso a juízo, permitindo que pessoas jurídicas defendam o interesse de seus membros e associados, ou ainda da sociedade como um todo, no caso dos partidos políticos, sem necessidade de um mandato especial, evitando-se a multiplicidade de demandas idênticas e conseqüente demora na prestação jurisdicional, fortalecendo as organizações classistas;
Tem por objetivo a defesa dos mesmos direitos que podem ser objeto de MS individual, porém direcionado à defesa dos interesses coletivos.
Legitimidade para proposição
Partido Político com representação no Congresso Nacional;
Organização Sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
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MANDADO DE INJUNÇÃO
Conceito (art. 5, LXXI)
Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de normas regulamentadoras torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais edas prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Natureza Jurídica:
Possui caráter civil, com procedimento especial, visando a combater a síndrome de inefetividade das normas constitucionais
Finalidade:
Consiste em conferir imediata aplicabilidade à norma constitucional portadora daqueles direitos e prerrogativas, inerte em virtude de ausência de regulamentação;
Pressupostos:
Falta de norma regulamentadora do direito, liberdade ou prerrogativa reclamada;
Ser o impetrante beneficiário direto do direito, liberdade ou prerrogativa que postula em juízo.
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MANDADO DE INJUNÇÃO
Descabimento
Nas hipóteses em que a norma regulamentadora mesmo formulada, não resultaria numa imediata fruição do direito constitucional pelo indivíduo ou requerente. Ex: quando houver necessidade de criação ou instituição de órgãos, movimentação de receitas orçamentárias, contratação de funcionários públicos, construção de obras, etc.
Posição do STF:
Adota posição não concretista, pois deu ao instituto a função de uma ação pessoal de declaração de inconstitucionalidade por omissão.
‘’O mandado de injunção não autoriza o Judiciário a suprir a omissão legislativa ou regulamentar, editando o ato normativo omitido, nem, menos ainda, lhe permite ordenar, de imediato o ato concreto de satisfação do direito reclamado’’.
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MANDADO DE INJUNÇÃO
Competência
Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar originariamente o mandado de injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Mesas das Casas Legislativas, Tribunal de Constas da União, Tribunais Superiores ou do próprio STF;
Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade, ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos órgões da Justiça Militar, eleitoral, trabalho e federal.
Legitimidade Passiva
 O sujeito passivo será somente pessoa estatal, pois só a eles é conferido dever jurídico de emanação de provimentos normativos.
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HABEAS DATA
Conceito (art. 5, LXXII)
Conceder-se-á habeas data:
Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
Para a retificação de dados, quando não prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou adminsitrativo.
Objeto
Proteger a esfera íntima dos indivíduos contra:
Usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou ilícitos;
Introdução, nesses registros de dados sensíveis (assim chamados os de origem racial, opinião política, filosófica ou religiosa, filiação partidária e sindical, orientação sexual etc.)
Conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei
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HABEAS DATA
Legitimidade Ativa
O direito de conhecer e retificar os dados, quando não espontaneamente prestados, é personalíssimo do titular de dados, do impetrante que, no entanto, pode ser brasileiro ou estrangeiro.
Requisitos para a propositura da ação
Não cabe o habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa (Súmula 02, STJ);
Procedimento:
Petição Inicial: art. 282, CPC e prova da recusa administrativa
Despacho Inicial: Juiz notifica o coator do conteúdo da petição, para que preste as informações em 10 dias
Findo esse prazo e ouvido o Ministério Público dentro de cinco dias, os autos serão conclusos ao juiz para prolatar decisão em 05 dias.
Julgado procedente o pedido, o juiz marcará dia e hora para que o coator apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de registros ou bancos de dados, ou apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamento do impetrante.
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HABEAS DATA
Apelação
Quando concedido o Habeas Data a apelação será recebida somente no efeito devolutivo
Vale lembrar que essa ação é gratuita.
Natureza
A sentença é mandamental, de caráter civil, conteúdo e rito sumário. Não há decadência.
Liminar
Em regra é incabível, porque satisfativa e irrecorrível
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AÇÃO POPULAR
Conceito (art. 5, LXXIII - Lei 4.717/65)
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Natureza
Instituto processual civil, outorgado a qualquer cidadão como garantia político constitucional, para a defesa do interesse da coletividade
Requisitos da ação
Subjetivo: autor deve ser cidadão brasileiro (eleitor), nato ou naturalizado, inclusive com idade entre 16 e 21 anos e ainda o cidadão de nacionalidade portuguesa no gozo de seus direios políticos.
Pessoa Jurídica não tem legitimidade para propor ação popular. (Súmula 365, STF)
Objetivos: ato deve ser ilegal ou ilegítimo e lesivo; não cabe ação popular contra lei em tese, a menos que esta já produza, por si só, efeitos concretos, lesivos ao patrimônio
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AÇÃO POPULAR
Caracterização de Ato Lesivo
Corresponde a lei, decreto, resolução, portaria, contrato e demais manifestações gerais ou especiais de efeitos concretos.
Lesivo ao patrimônio público (desfalca o erário, prejudica a administração, ou ofende bens ou valores artísticos, cívicos, culturais, ambientais ou históricos). 
A lesão pode ser efetiva ou legalmente presumida (art 4, Lei 4.717/65). Afora as hipóteses previstas no art. 4, onde se presume a lesão, há necessidade de demonstração da lesão efetiva ao patrimônio protegível pela ação popular.
A ação popular não autoriza o Judiciário, contudo, a invalidar opções administrativas ou substituir critérios técnicos por outros que repute mais convenientes e oportunos.
Finalidade da ação
Pode ter fins preventivos e repressivos da atividade administrativa ilegal e lesiva ao patrimônio público.
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AÇÃO POPULAR
ALGUMAS HIPÓTESES DE CABIMENTO:
Atos administrativos que contenham vício de incompetência de quem os praticou; vício de forma; ilegalidade do objeto; inexistência dos motivos; desvio de finalidade (art. 2º da Lei 4717/65). 
a admissão ao serviço público remunerado, com desobediência as condições de habilitação, as normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais;
a empreitada, a tarefa e a concessão de serviço público contratadas sem concorrência, ou com edital irregular, ou com limitação discriminatória para os concorrentes;
as modificações ou vantagens em contratos, que não estiverem previstas em lei ou nos respectivos instrumentos;
a compra e venda de bens móveis e imóveis realizada irregularmente ou por preço superior ou inferior ao real;
a concessão irregular de licença de importação e exportação;
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AÇÃO POPULAR
Pólo Passivo
Deverão ser citadas para a ação as pessoas jurídicas em nome das quais ato foi praticado e mais:
Autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado pessoalmente o ato ou firmado o contrato impugnado, ou que, omissos, tiverem dado oportunidade a lesão;
Beneficiários diretos do mesmo ato ou contrato;
Todos os legitimados passivos são litisconsortes necessários, pois a ação popular é indivisível; 
Contudo não se trata de litisconsórcio unitário, pois a sentença dará soluções diferentes para os litisconsortes.
Finalidade da ação
Pode ter fins preventivos e repressivos da atividade administrativa ilegal e lesiva ao patrimônio público.
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA
 Conceito (Lei 7.347/1985 e art. 129, III, CF88)
Ação constitucional para a tutela do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusose coletivos.
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Origem
Foi introduzida no Brasil pela Lei n. 7.347/85, e a Constituição Federal de 1988 veio a inseri-la entre as atribuições do Ministério Público, mas não de forma privativa.
Objeto
Proteção de todos e quaisquer interesses difusos e coletivos, entre eles, o direito do consumidor, os bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a ordem econômica, a proteção do patrimônio público e social e do meio ambiente. 
O código de defesa do consumidor estendeu a proteção aos interesses individuais de caráter homogêneo.
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA
 Legitimidade Ativa
Ministério Público; Se ele não for parte da ação civil pública intervirá obrigatoriamente como fiscal da lei;
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e por suas entidades paraestatais;
Associações, constituídas há mais de um ano, que tenham por finalidade a proteção de interesses difusos e coletivos.
Legitimidade Passiva
Qualquer pessoa e órgão da Administração Pública como pessoas físicas e jurídicas particulares. Respondem objetiva e solidariamente pelos danos causados
Inquérito Civil
É procedimento administrativo preparatório onde o MP recolhe evidências que permitam a formação do convencimento sobre a existência ou não da prática de ato nocivo a interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos que justifique a propositura de uma ação civil pública. Somente pode ser instaurado e presidido pelo MP.
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AÇÃO CIVIL PÚBLICA
 Foro Competente
Local onde ocorrer o dano; 
Ainda que ajuizada contra o Presidente da República, o Presidente do Senado, o Presidente da Câmara dos Deputados, o Governador ou o Prefeito, será processada e julgada perante a Justiça de Primeiro Grau (Hely, Mandado 103; RTJ 121/17, Inf.STF nº 121) 
A competência é absoluta
Sentença e Coisa Julgada
Terá natureza cominatória (fazer ou não fazer). Na maioria dos casos o interesse público é o de obstar a agressão ao meio ambiente ou obter a reparação direta in specie do dano.
Faz coisa julgada erga omnes nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por falta de provas.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO
Discuta as afirmações abaixo transcritas
1) O Mandado de Segurança Coletivo pode ser impetrado por várias pessoas, em litisconsórcio ativo e só cabe contra autoridade pública.
2) A ação popular não sujeita nunca o vencido ao ônus da sucumbência e em caso de má-fé sujeita o autor a prisão civil.
3) O habeas data deve ser proposto perante magistrado com jurisdição civil, seja qual for a autoridade coatora.
4) O mandado de injunção pode substituir o habeas corpus, em certos casos.
5) A inviabilização do exercício da prerrogativa inerente à nacionalidade, por falta de norma regulamentadora, enseja o ajuizamento de que tipo de ação. 
6) Quais são as garantias constitucionais asseguradas pela CF88.