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APOSTILA 1ª AULA - DIREITO ADMINISTRATIVO I

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DIREITO ADMINISTRATIVO I
	Professora: Janaína Reckziegel
	HISTÓRIA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO
Desde o surgimento da raça humana, o homem, com o intuito de garantir a sobrevivência e atender as necessidades que somente podem ser supridas pela atividade conjunta, vem agrupando-se e formando sociedades. 
Inicialmente elas eram chefiadas e coordenadas pelo indivíduo mais forte do grupo. Com o tempo, entretanto, o predomínio físico deu espaço ao traço teológico que passou a ser a base ou fundamento do poder supremo. 
Surgiram assim os primeiros Estados primitivos, que possuíam três elementos básicos e indissociáveis:
POVO + TERRITÓRIO + GOVERNO
 
POVO: é o componente humano do Estado; 
TERRITÓRIO: a sua base física; 
GOVERNO SOBERANO: o elemento condutor do Estado, que detém o poder e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização. 
Nesses Estados primitivos o chefe detinha todos os poderes em suas mãos. Ele legislava, administrava e julgava.
Com o decorrer da evolução da história da humanidade novos Estados foram sendo criados, cada vez mais complexos e organizados:
ANTIGUIDADE CLÁSSICA: 
Na Grécia existiam numerosos institutos destinados à manutenção da ordem interna e à defesa das cidades contra os ataques externos; 
Na Roma antiga temos a organização dos municípios
IDADE MÉDIA (séculos V a XV)
Tem-se com o feudalismo o surgimento de disposições administrativas relativas a requisição de recursos humanos e materiais para a guerra e de dinheiro para os gastos do senhor feudal 
Por muito tempo o regime feudal e a opressão inerente ao absolutismo esmagavam a personalidade humana e a desigualdade entre as pessoas era um traço marcante e comum nas antigas sociedades. 
Com o decorrer dos séculos vários movimentos contrários a essa realidade e que buscavam a dignidade da pessoa humana foram surgindo
A doutrina cristã foi o marco inicial, visto que elevava o homem à situação de semelhança a Deus, indicando a igualdade como um dos pressupostos fundamentais. Assim, o ser humano foi alçado a um novo patamar de dignidade.
A doutrina cristã, fonte primeira e expressiva, mas não exclusiva, dos direitos individuais, passou pelo crivo de formulações filosóficas, do iluminismo, mediante o qual se simbolizou na razão. 
A obra dos racionalistas do século XVII mantinha estrutura semelhante de valorização do homem como a da doutrina cristã, modificando contudo a fonte que até então era a vontade de Deus, passando-se a utilizar a razão. 
A revolução individualista era imprescindível para a consolidação e para o aceleramento do progresso econômico, visto que uma nova classe surgia: a BURGUESIA. 
CRISTIANISMO + RACIONALISMO + BURGUESIA = REVOLUÇÃO FRANCESA DE 1789.
Provocou a derrocada do antigo regime absolutista e a instauração da ordem burguesa na França. 
Estado de direito passou a ser submisso a uma Constituição 
Deu início ao desenvolvimento do Direito Administrativo, disciplinado pela lei francesa de 1800, conhecida por Lei de 28 do pluvioso ano VII (calendário da Revolução Francesa), que organizou juridicamente a Administração Pública na França.
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
“Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. (Hely, 32ª ed., p. 40).
 
FONTES
Doutrina (princípios), jurisprudência, leis e costumes (praxe administrativa)
OBJETO
Abrange toda a matéria atinente à intervenção administrativa no domínio econômico social;
Organização dos Poderes e das pessoas jurídicas públicas;
Relações entre Administração e administrados;
Limitações da liberdade e propriedade;
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMO FUNÇÃO DO ESTADO 
A Revolução Francesa concebeu um Estado em que as funções do poder fossem atribuídas a órgãos distintos (executivo, legislativo e judiciário), impedindo a concentração de poderes e o arbítrio de uma ou de um grupo de pessoas.
Esses poderes estruturais possuem cada um deles uma função que lhe é atribuída com precipuidade. 
Executivo...: função administrativa
Legislativo..: função normativa
Judiciário....: função judicial 
Todos os poderes têm necessidade de praticar atos administrativos, ainda que restritos à sua organização e ao seu funcionamento e, em caráter excepcional admitido pela Constituição, desempenham funções e praticam atos que, a rigor, seriam de outro Poder.
A administração pública é encontrada precipuamente no Poder Executivo, mas não exclusivamente, visto que encontraremos em atividade atípica essa mesma administração pública no Poder Judiciário e no Poder Legislativo.
A Administração Pública pode ser definida:
Objetivamente.: é a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução dos interesses coletivos (BEM ESTAR SOCIAL). 
Subjetivamente: é o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado. (formam o Estado, e Órgãos da Adm. Púb. Dir. e Indir. que a lei atribui função administrativa do Estado). 
FUNÇÃO POLÍTICA OU DE GOVERNO E FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
GOVERNO
É atividade política e discricionária
É conduta independente
Comanda com responsabilidade constitucional e política, sem responsabilidade profissional.
Realiza opções políticas
Exemplos: a iniciativa das leis pelo Chefe do Poder Executivo; a sanção e o veto.
ADMINISTRAÇÃO
É atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica
É conduta hierarquizada
Executa com responsabilidade técnica e legal pela execução.
É instrumental de que dispõe o Estado
Exemplos: fornecimento de certidões
A Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público. A opção por um regime ou outro é feita, em regra, pela Constituição ou pela lei .
Exemplo 01: o art. 173, § 1º, da CF/88 determina que a empresa pública (ex. CEF), a sociedade de economia mista (ex. Petrobrás) e as suas subsidiárias que explorem atividade econômica se sujeitem a regime jurídico próprio das empresas privadas. 
Exemplo 02: o art. 175, CF/88 outorga ao Poder Público a incumbência de prestar serviços públicos, podendo fazê-lo diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, cabendo à legislação infraconstitucional a opção de adotar um regime ou outro. Ex: transporte coletivo.
Quando a Administração se envolve em relações jurídicas de direito privado nunca se submete integralmente a ele, pois conserva algumas de suas prerrogativas, que derrogam parcialmente o direito comum, visto que possui determinados privilégios e restrições. Ex: contrato de locação.
O conjunto de prerrogativas e restrições da administração pública nas suas relações jurídicas podem ser relacionados em forma de princípios que informam o direito público e, em especial, o Direito Administrativo.

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