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fichamento - capitulo 1-2-3-4 - Curso Avançado de Processo Civil

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FICHA DESTAQUE/REFERENTE DE OBRA CIENTÍFICA
NOME DO ALUNO: 
OBRA EM FICHAMENTO: WAMBIER, Luiz Rodrigues Curso Avançado de Processo Civil 13.ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2013. pp 41 - 158
ESPECIFICAÇÃO DO REFERENTE UTILIZADO: Teoria Geral das Obrigações 
03.01 (...) por meio de preceitos legais que, em dadas circunstancias, devem ser obrigatoriamente adotados certos comportamentos, ou que, em outras, é proibida a prática de determinados atos. (p.41)
03.02 (...) Muitas vezes, a prática do ato obrigatório ou a abstenção da atividade proibida são providências que, espontaneamente, não seriam adotadas. (p.42)
03.03 O próprio ordenado estabelece, também através de normas, uma série de outra medidas destinadas a assegurar a observância prática daquelas primeiras normas (p.42)
03.04 Algumas dessas medidas podem ser qualificadas como preventivas; outras, como sucessivas. (p.42)
03.05 Preventivas são as que se realizam antes mesmo que ocorra a inobservância de alguma norma. (p.42)
03.06 Medidas sucessivas são as que se põem em prática depois de já operada a conduta conforme ou desconforme à norma jurídica. Tal mecanismo pode consistir em: a) concessão de benefício, vantagem para quem cumpre determinada norma. b) imposição de uma desvantagem, um mal para o transgressor da norma. c) obtenção de resultado igual ou equivalente ao que se teria caso a norma violada houvesse sido respeitada. (p.42)
 03.07 Cabe ao estado assegurar a observância do ordenado jurídico, uma vez que monopoliza a força, no direito moderno. Portanto, apenas ao Estado é dado atuar (pôr em prática) a sanção, de modo institucionalizado. (p.43)
03.08 (...) Umas das características básicas da administração Pública é a executoriedade de seus atos. (p.43)
03.09 (...) É a jurisdição-e apenas ela- que, substituindo-se aos sujeitos envolvidos diretamente no caso concreto, verifica quais as normas aplicáveis e as atua. (p.43)
03.10 (...) Execução consiste na atividade prática desenvolvida jurisdicionalmente para atuar a sanção. (p.44)
 03.11 A execução não se confunde com o cumprimento espontâneo do dever pelo obrigado ou por terceiro. (p.44)
03.12 (...) Numa linguagem menos precisa, alude-se a “execução voluntária” para significar o cumprimento pelo próprio devedor. (p.44)
03.13 Dificuldade maior está em distinguir a execução da atuação do direito que se dá através da sentença constitutiva. (p.45)
03.14 É que, pela sentença constitutiva, a concretização da sanção se dá pela via ideal, intelectual. Não há, como no caso da execução, uma atuação prática, material da sanção.(p.45)
03.15 (...) A mudança do estado jurídico, como providência meramente intelectual, é feita pela simples atividades cognitiva do juiz, quer dizer, basta a sentença contendo em si a afirmação de que o vínculo jurídico está desconstituído. (p.45)
03.16 (...) A autotutela não conta com a participação da jurisdição, pois é desenvolvida pelo próprio titular do direito transgredido. Tampouco consiste propriamente na atuação da sanção, mas no exercício de um ato de necessidade pelo particular. (p.46)
03.17 A execução não se confunde, ainda, com a chamada execução imprópria. (p.46)
03.18 (...) Trata-se apenas de providência destinada a dar publicidade ao ato que se registra. (p.46)
03.19 (...) Trata-se de atos instrumentais, destinados a fazer o processo andar e cumprir seu escopo, que não é necessariamente executivo.(p.46)
03.20 Cabe tratar da execução indireta, é esse nome que se dá a aplicação judicial de medidas de coação. (p.47)
03.21 (...) O devedor a afim de que ele voluntariamente cumpra a obrigação. (p.47)
03.22 (...) A execução sempre se faria pela sub-rogação (substituição) da conduta do devedor pela atuação do órgão jurisdicional. (p.47)
03.23 Outros, porém, incluem a execução indireta no âmbito da execução propriamente dita. (p.47)
03.24 Não parece inadequado reputar a execução indireta como verdadeira forma de execução. (p.47)
03.25 (...) Na teoria geral do direito, a figura da sanção intimidatória, ou seja, o estabelecimento de medidas que desencorajem o sujeito a violar (ou continuar violando) a lei. (p.47)
03.26 A execução do direito em favor de quem tem razão seria atividade administrativa, ainda que praticada pelo juiz. (p.48)
03.27 (...) A execução e dotada desses dois atributos: (I) a atuação da vontade concreta da lei na execução é até mais evidente e incisiva do que na cognição: há a aplicação material do comando normativo; (II) a atuação da sanção é feita pelo Estado, substituindo em grau maior ou menor a conduta do credor. (p.48)
03.28 A cognitiva é prevalentemente intelectual: o juiz investiga fatos ocorridos anteriormente e define qual a norma que está incidindo no caso concreto. A executória é prevalentemente material: busca-se um resultado prático , fisicamente concreto. (p.48)
03.29 (...) Mesmo as sentenças condenatórias ( que dão ensejo a posterior execução) podem vir a não ser executadas – seja porque isso não interessa ao credor, seja porque o devedor cumpre espontaneamente a condenação. (p.49)
03.30 (...) O importante é ter a exata noção de que são duas formas diversas de atividades jurisdicional. (p.49)
03.31 É o que se dá no processo de chamadas ações executivas lato sensu (reintegração de posse, despejo, demarcação, divisão, prestação de contas etc), em que a efetivação da sentença de procedência dispensa nova demanda do autor. (p.49)
03.32 A coexistência de cognição e execução no mesmo processo é constatada igualmente nas hipóteses em que se emite provimento de urgência no curso do processo de conhecimento. (p.50)
03.33 (...) Também as sentenças condenatórias ao pagamento de quantia passaram a ser executadas na mesma relação processual em que foram emitidas. (p.50)
03.34 (...) Não haverá a instauração de um nove e específico processo para a execução de sentença. (p.50)
03.35 (...) Os atos executivos serão praticados dentro do próprio processo em que se proferiu sentença e que fora precipuamente de natureza cognitiva até então. (p.50)
03.36 (...) No processo de conhecimento, apenas se proferiu a sentença, que haveria de ser transformada em realidade prática em um segundo processo, de execução. Para executar a sentença, exigia-se da parte legitimada a propositura de uma nova ação, autônoma, geradora de um novo processo. (p.51)
03.37 (...) É bem verdade que continua existindo uma diferença substancial entre o modelo de efetivação das sentenças que impõem deveres de fazer, não fazer e entrega de coisa e o das sentenças condenatórias ao pagamento de quantia. (p.51)
03.38 O processo de execução passou a destinar-se principalmente aos títulos executivos extrajudiciais. (p.51)
03.39 (...) Mas a regra geral é a de que as sentenças que dependam de execução serão executadas no próprio processo em que proferidas. (p.51)
03.40 As referências à “execução” aqui feitas aplicam-se – salvo indicação em contrário. (p.52)
03.41 (...) Seja em processo autônomo de execução, seja na faze de cumprimento da sentença-, o juiz precisa formar convencimento sobre determinadas questões e decidi-las. (p.52)
Aplicação subsidiária das regras do processo de conhecimento à execução
03.42 (...) Toda vez que na disciplina específica do processo executivo não houver regras própria para regular o caso, incidirão, na medida do possível, normas do processo de conhecimento. (p.52)
03.43 (...) O preceito em questão apenas reflete a existência de uma teoria geral do processo, cujas regras gerais estão previstas justamente no Livro I do Código, que diz respeito ao processo de conhecimento. (p.52)
03.44 (...) Aplicam-se as processo de execução e a à fase de cumprimento da sentença as regras sobre pressupostos processuais e condições da ação. (p.66)
03.45 (...) A petição inicial deve ser regular e apta; impõe-se a presença de interesse processual, possibilidade jurídica do pedido e legitimidade das partes etc. (p.67)
03.46 (...) Independentemente da propositura de embargos de devedor, de impugnação ao cumprimento dasentença ou mesmo de argüição na própria execução, o juiz tem o dever de averiguar a presença dos requisitos para a atuação jurisdicional executiva. (p.67)
03.47 (...) As poucas defesas relativas ao mérito que o executado pode suscitar precisam ser apresentadas mediante incidente de “impugnação”ao cumprimento da sentença. Para concretizar a sanção, o Estado intromete-se no patrimônio do devedor, independentemente de sua concordância, ou impõe-lhe meios coercitivos. (p.67)
03.48 Os pressupostos básicos para realizar a execução estão estabelecidos precipuamente no art. 580 e seguintes. (p.67)
03.49 Títulos executivos são cada um dos atos jurídicos que a lei reconhece como necessários e suficientes para legitimar a realização da execução, sem qualquer nova ou prévia indagação acerca da existência do crédito, em outros termos, sem qualquer nova ou prévia cognição quanto à legitimidade da sanção cuja determinação está veiculada no título. (p.68)
03.50 (...) Autorizar-se execução sem cognição sobre a razão das partes é algo drástico, que só deve ocorrer em hipóteses precisas e expressamente estabelecidas. (p.68)
03.51 (...) No processo de execução o juiz não vai fazer nenhum julgamento nesse sentido. Não ocorre exame acerca da existência efetiva do direito representado no título. (p.68)
03.52 (...) Ato jurídico estabelecido pela lei como apto a ensejar a execução e dispensar discussão sobre a existência do crédito. (p.68)
03.53 (...) É ato, retratado documentalmente, necessário e suficiente para ensejar atuação executiva, sem nova ou prévia investigação do mérito. (p.68)
03.54 Tratar-se-ia de prova (I) legal, porque estabelecida em lei; (II) integral, porque abrangeria não só fatos como também o próprio direito do crédito; (III) absoluta, uma vez que não admitiria, dentro do procedimento executivo, nenhum outro elemento probatório em sentido contrário. (p.69)
03.55 Os adversários desse entendimento teceram-lhe a seguinte censura: não há que se falar em prova, porque na execução não se investiga a existência do crédito. (p.69)
03.56 (...) A prova propriamente dita jamais abrangeria fato e direito, jamais seria absoluta, e assim por diante. (p.69)
03.57 Quando alguém vai até o juiz, munido de nota promissória (que é título executivo), e pede-lhe que inicie a execução, o pedaço de papel intitulado nota promissória, com a aposição de valores, datas etc., não prova propriamente – ao menos no âmbito do processo de execução – que existe o crédito. Demonstra, isso sim, que está presente um daqueles atos a que a lei confere o condão de autorizar o emprego dos mecanismos executórios. (p.69)
03.58 É inclusive por isso que título executivo não se confunde com título de crédito. (p.70)
03.59 (...) Há ordenamentos em que nem todos os títulos de crédito são títulos executivos. E é assim – insista-se – precisamente porque a qualidade de título executivo não é intrínseca a nenhum ato de direito material. (p.70)
03.60 O legislador pondera as hipóteses em que a adoção dos rigores da execução, afastada cognição ao mérito. (p.70)
03.61 (...) Ou as próprias partes chegaram a acordo, que foi homologado pelo juiz, ou submeteram a questão a árbitros por elas escolhidos – no caso de direitos disponíveis. (p.70)
03.62 (...) O legislador, levando em conta os valores jurídicos envolvidos, elege abstratamente atos que, na experiência comum, normalmente indicam a existência efetiva de crédito atribui-lhes a condição de títulos executivos. (p.70)
03.63 Dessas duas ordens de razão decorre a divisão dos títulos executivos em judiciais e extrajudiciais. (I) os títulos executivos extrajudiciais serão sempre executados mediante um processo autônomo de execução, ao passo que os títulos executivos judiciais, em determinadas hipóteses, poderão dar ensejo a uma fase de comprimento da sentença. (p.71)
03.64 Títulos executivos judiciais consistem em provimento jurisdicional, ou equivalente que contém a determinação a uma das partes de prestar algo à outra. (p.71)
03.65 (a determinação para uma parte cumprir prestação perante a outra) não se faz presente só nas chamadas sentenças precipuamente condenatórias, vale dizer, as que tem na condenação se o comando principal. (p.72)
03.66 (...) as sentenças declaratórias e constitutivas também portam, normalmente, eficácia condenatória, pois com algumas exceções, veiculam condenação do vencido ao pagamento das cujas judiciais e dos honorários do advogado do vencedor. (p.72) 
03.67 Em suma, a parte condenatória de toda e qualquer sentença – a parte da sentença que determina ao autor ou a o réu o cumprimento de determinada prestação – é, sempre, titulo executivo. (p.72)
03.68 (...) se fosse constitucional a disposicao do art.475-N,I, o julgamento de procedência do pedido meramente declaratório constituiria titulo executivo. (p. 73)
03.69 (...) a sentença meramente declaratória que acolhesse pedido de existência de divida seria sempre, também “condenatória”. (p.73)
03.70 (...) fica descartado que a sentença meramente declaratória da existência do credito constitui o titulo executivo. Entre as sentenças judiciais civis, permanece constituindo o titulo executivo apenas aquelas que contenham em si mesmas a eficácia condenatória. (p.74)
03.71 é a eficácia civil da sentença penal condenatoria: a sentença que condenado o acusado no processo penal vale, desde logo, como titulo executivo para a vitima (ou familiares) e receber indenização civil, a ser arcada para o condenado. (p.74)
03.72 (...) não será necessário o novo processo na esfera civil: bastará que se procede a apuração do valor devido, através de procedimento de liquidação adiante examinado. (p.74)
03.73 embora se trate de um titulo executivo judicial, a sentença penal condenatória não pode ser civilmente executada no próprio processo que foi proferida. (p.74)
03.74 (...) haverá a necessidade de instauração de um especifico processo civil destinado a liquidação e a execução. (p.74)
03.75 com a sentença homologatória de transação. (p.75)
03.76 (...) contendo o acordo homologado a imposição de prestação a algumas das partes, a sentença homologatória será condenatória quanto a esse ponto, servindo de titulo para a execução. (p.75)
03.77 Também as sentenças que homologam o reconhecimento do pedido e a renúncia ao direito que se funda a ação (art.269,II e V), na parcela em que sejam condenatória, constituirão titulo executivo judicial. Ambas as hipóteses recaem genericamente na conciliação ou na transação. (p.75)
03.78 a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. (p.77)
03.79 Embora se trate de titulo executivo judicial, haverá a necessidade de instauração de um novo e especifico processo destinado a liquidação da sentença, se for o caso, e a execução, perante o competente juiz federal de primeiro grau.
03.80 O formal e a certidão de partilha (art. 475-N,VII). São os documentos que retratam a adjudicação de quinhão sucessório, formalizando a transferência da titularidade de bens em virtude de sucessão causa mortis. 
03.81 (...) Se o bem objeto da herança estiver em poder de alguma dessas pessoas, o beneficiário pelo formal ou certidão poderá requerer execução para receber o bem; estando na posse de outras pessoas, haverá necessidade de prévio processo de conhecimento perante esses possuidores, no qual se obtenha condenação a entrega do bem.
03.82 A Lei 11.441/2007 criou a possibilidade de o inventario e a partilha realizarem-se extrajudicialmente, perante tabelião, quando houver testamento e a partilha. (p.77)
03.83 (...) Pela arbitragem, de comum acordo, pessoas com capacidade de contratar submetem seu litígio, que verse sobre direitos patrimoniais disponíveis, á decisão de terceiro(s) particular(es) por elas escolhido(s). (p.78)
03.84 A execução da sentença arbitral será realizada pelo Judiciário, e não pelo(s) árbitro (s). (p.78)
03.85 (...) não haverá que se falar em liquidação da sentença arbitral perante o Judiciário, pois, em principio, cabe ao própriojuízo arbitral emitir desde logo condenação liquida ou oportunamente a liquidar. (p.79)
03.86 (...) São atos que abstratamente indicam alta probabilidade de violação de norma ensejadora de sanção e que, por isso, recebem força executiva. (p.79)
03.87 A duplicata é título de crédito formal e circulante por endosso, sacado pelo vendedor ou prestador do serviço contra o adquirente, no valor devido pela venda ou prestação do serviço. (p.79)
03.88 Quando remetida a duplicata ao sacado para fins de aceite, este não devolve. Procede-se, então, ao protesto por falta de devolução, cuja respectiva certidão, acompanha dos elementos constantes dos itens. (p.80)
03.89 Já a letra de cambio é ordem de pagamento, á vista ou a prazo, que alguém (sacador) dirige a outrem (sacado) para pagar a terceiro (beneficiário da ordem). (p.80)
03.90 O cheque igualmente independe de protesto ou outras formalidades para que sirva de titulo executivo perante o emitente e seu avalista. (p.80)
03.91 a escritura pública ou outro documento publico assinado pelo devedor, o documento particular assinado pelo devedor e por suas duas testemunhas, o instrumento de transação referendado pelo Ministério Publico, pela Defensoria Publica ou pelos advogados dos transatores.(p.81)
03.92 na escritura publica ou outro documento publico que contiver a assunção do dever de cumprimento de prestação bastará a assinatura do devedor. (p.81)
03.93 O instrumento de transação extrajudicial, referendado pelo órgão do Ministério Público (no exercício de suas atribuições), por defensores públicos ou advogados das partes também dispensará a participação de testemunhas. (p.81)
03.94 (...) entendia-se que, nesses casos, quando a garantia fosse constituída para assegurar o pagamento de dívida de outrem, o contrato funcionara como o título executivo contra quem deu garantia, com atividade executória recaindo sobre o bem afetado. (p.82)
03.95 (...) a fiança, por si só, não tem força executiva em si mesma e muito menos atribui tal eficiência ao contrato principal. Sendo o contrato de fiança acessório, o fiador só poderá ser executado, sem prévia condenação judicial, quando o contrato principal for titulo executivo. (p.82)
03.96 A petição inicial de execução amparada em seguro de vida (CC, art. 789 e seguintes) será instruída com instruída com a apólice e a prova do óbito do segurado. (p.82)
03.97 o crédito decorrente de foro e laudêmio (p.83)
03.98 (...)Laudêmio é a quantia a ser paga ao senhorio direto toda vez que o domínio de útil for transferido por venda ou dação em pagamento. A enfiteuse sempre será instrumentalizada por escrito.
03.99 (...) O crédito decorrente de foro ou laudêmio ainda se constitui em titulo executivo, pois o art 2.308, caput, do Código Civil de 2002 dispõe que as enfiteuses ainda existentes subordinam-se, até sua extinção, as disposições do Código Civil de 1916. (p.83)
03.100 Aluguel é o crédito periódico a que faz jus o locador, nos contratos de locação. (p.83)
03.101 O crédito derivado do contrato de arrendamento (isto é, a “renda”) de imóvel também era incluído entre os títulos executivos, quando estivesse retratado em contrato escrito. (p.84)
03.102 Seja como for, e ainda que se adote a primeira orientação, o contrato de arrendamento assinado por duas testemunhas ou instrumentalizado e escritura pública, também pode constituir-se em titulo executivo, por força do art. 585, II. (p.84/85)
03.103 A inscrição em divida ativa, conquanto, em si, seja ato unilateral da Fazenda Pública, é precedida de procedimento administrativo em que se garante a participação em contraditório do administrado. (p.85)
03.104 A lei 11.382/2006, por um lado, ampliou as hipóteses de títulos executivos (estendendo-as aos créditos de locação que possa ser comprovada documentalmente, a despeito de não contratada mediante instrumento escrito); por outro, reduziu-as (retirando a força executiva dos contratos de seguro de acidentes pessoais de que resulte incapacidade). (p.86)
03.105 Quando a lei impõe, como condição para executar, que o título traga a representação de obrigação certa, não esta exigindo certeza quando a existência. 
03.106 (...) O processo executivo, tal como a fase de cumprimento da sentença, afasta qualquer discussão quando a existência do direito. (p.87)
03.107 (...) Em suma, não se investiga na execução se o credito existe. Em suma, não se investiga na execução se o crédito existe. Bem por isso, o titulo, em sede executiva, nem mesmo funciona como prova de direito. (p.87)
03.108 (...) O título terá de deixar claro quem é o credor e o devedor, se a obrigação é de fazer, não fazer ou dar, fazer o quê, não fazer o quê, dar o quê, é assim por diante. (p.87)
03.109 Estará satisfeito o requisito da exigibilidade se houver a precisa indicação de que a obrigação já deve ser cumprida (p.88)
03.110 (...) Quando o título permite independentemente da prova de outros fatos, a exata definição da quantidade de bens devidos, quer porque traga diretamente indicada, quer porque o número final possa ser aritmeticamente apurado mediante critérios constantes do próprio título ou de fontes oficiais, pública e objetivamente conhecidas. (p.88)
03.111 Abre-se, aqui, espaço, para rápido exame do contrato de abertura de crédito em conta corrente. (p.89)
03.112 O contrato de abertura consiste em instrumento pelo qual umas das partes comprometem-se a fornecer, ate certo limite, crédito á outra, que por sua determinada renumeração. (p.89)
03.113 O STJ consolidou o entendimento de quem nem mesmo “a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou”(Súmula 258). Já “o instrumento de confissão de divida, ainda que originário de contrato de abertura de crédito,constitui título executivo extrajudicial. (p.90)
03.114 Do art. 580 extrai-se a definição de inadimplemento juridicamente relevante no âmbito executivo, é a não satisfação, pelo devedor, de obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo. (p.91)
03.115 O executado ”poderá”, entretanto, exonerar-se da obrigação, depositando em juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz suspenderá a execução, não permitindo que o credor a receba, sem cumprir a contraprestação, que lhe tocar. (p.91)
03.116 (...) Uma vez afirmado inadimplemento pelo exeqüente, a alegação e a demonstração do contrario pelo executado terão de ser feitas, necessariamente, em embargos (processo de conhecimento autônomo, embora incidental ao processo de execução) ou em impugnação ao cumprimento da sentença (incidente processual de conhecimento, cabível na fase de cumprimento da sentença. (p.91)
03.117 Inadimplemento absoluto, concebível nas obrigações especificas (obrigação de entrega da coisa, obrigação de fazer ou obrigação de não fazer) (p.91)
03.118 (...) Inadimplemento relativo ou simplesmente mora. Nesse caso, permanece viável a execução em relação a própria obrigação inadimplida. (p.92)
03.119 Em regra, a mora configura-se de modo automático (“mora ex re”) (p.92)
03.120 Mas, excepcionalmente, a lei material exige ato de interpelação do credor em face do devedor. (p.92)
03.121 (...) A inocorrência do cumprimento tempestivo da obrigação possa ser imputável ao devedor, ou seja guarde relação direta com um ato ou omissão dele. (p.92)
03.122 (...) Mesmo antes do advento do termo ou do implemento da condição a partir da qual a obrigação seria exigível, condutas do devedor poderiam bastar para se reconhecer. (p.92)
03.123 A existência do titulo executivo, a certeza e a liquidez da obrigação podem ser inseridas no âmbito geral da possibilidade jurídica do pedido. (p.93)
03.124 Preferem qualificar esse defeito como falta de legítimo interesse processual: quem pede execução sem dispor de título perfeito estaria lançado mão de instrumento inadequado. (p.93)
03.125 O essencial é que a falta de qualquer desses requisitos é questão de ordem pública, a ser examinada deofício pelo juiz.(p.93)
03.126 Independente, autônoma e abstrata, uma vez que a ação executiva existirá ainda que não exista o direito de crédito. Os embargos de executado ou a impugnação ao cumprimento da sentença podem vir a provar a falta de fundamento da pretensão creditícia do exeqüente.(p.94)
03.127 A ação de execução é condicionada, no sentido de que sua existência está subordinada a requisitos diversos da própria existência do direito cuja efetivação através dela se pleiteia. (p.94)
03.128 (...) Ainda em outros termos, ação de execução é o direito ao desenvolvimento de atividade jurisdicional executiva sem que o efetivo direito á atuação possa ser discutido nesse processo. (p.94)
03.129 A competência para processamento de execução fundadas em títulos executivos judiciais é detida.
03.130 (...) A sentença de ação movida pela União em face de um Estado da Federação, que é proposta diretamente no Supremo Tribunal Federal. (p.95)
03.131 (...) A sentença condenatória proferida por juiz de primeiro grau, ainda que tenha sido objeto de apelação e de recurso especial, será executada pelo juiz que a proferiu, e não pelos tribunais que a confirmaram. (p.95)
03.132 (...) O exeqüente passa a poder optar pela tramitação da execução no foro do local onde se encontram bens sujeitos a expropriação ou no foro do atual domicílio do executado. (p.95)
03.133 Pelo juízo cível competente, quando o título executivo for sentença penal condenatória. Deterá competência territorial o foro do domicílio do autor, do local do fato ou do réu. (p.96)
03.134 (...) Para a definição do foro competente, aplicar-se-ão as regras gerais de competência. (p.96)
03.135 (...) Todavia, a regra do parágrafo único do art. 475-P, induzida por referida lei, transformou em relativa a competência do juízo em primeiro grau perante o qual tramitou originariamente a causa, uma vez que o exeqüente passa a poder optar por outro foro. (p.96)
03.136 (...) A execução fundada em sentença arbitral e em sentença penal condenatória, terão de ser seguidos todos os passos para a determinação de competência, aplicando-se os critérios absolutos e relativos. (p.97)
03.137 Para as execuções fiscais nas esferas estadual e municipal deterá competência territorial: (I) o foro de domicilio do réu (ou, se não o tiver, no de sua residência ou no lugar onde for encontrado) ou de um dos vários réus; (II) o foro do lugar do fato ou ato que acarretou a dívida, ainda que nele não mais resida o réu. (p.97)
03.138 Mas sempre que a comarca do local do domicilio do devedor não for “sede de vara do juízo federal”, os juízes estaduais dessa comarca deterão competência para processar e julgar “os executivos fiscais da União e de suas autarquias”.(p.97)
03.139 Em qualquer processo executivo, a incompetência absoluta deverá ser conhecida pelo juiz de ofício, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, a relativa terá de ser argüida mediante exceção, no prazo para propositura de embargos de devedor. (p.98)
03.140 Aplicável apenas ao processo autônomo de execução, e não cumprimento da sentença, quando este é mera fase processual destinada a execução da sentença proferida especificadamente naquele processo.
03.141 (...) Os pedidos não precisarão se fundar todos eles sobre o mesmo título executivo. (p.98)
03.142 (...) Nosso sistema admite a cumulação subjetiva quando o titulo faz menção a vários credores ou devedores. (p.98)
03.143 (...) os pedidos executivos sejam feitos em face de diferentes devedores e com base em títulos distintos, eles poderiam ser reunidos na mesma execução, desde que todos os títulos tivessem origem na mesma relação de direito imaterial, ou houvesse alguma afinidade de questões. (p.99)
03.144 (...) Seria imprescindível, ademais, que o juiz detivesse competência absoluta para todos os pedidos e que todos eles se sujeitassem a mesma forma de processo executivo – requisitos aplicáveis a todas as hipóteses de cumulação de demandas. (p.99)
03.145 No direito processual civil brasileiro, o pedido feito pelo autor, por meio da petição inicial, deve ser certo e determinado. Essa é a regra geral do art. 286 do CPC. (p.117)
03.146 A regra geral, portanto, é de que o autor deva formular pedido em que discrimine o que pede e o quanto pede diante do réu. (p.117)
03.147 As exceções á exigência de pedido e sentença líquidos e certos têm relação apenas com a impossibilidade de o autor, por ocasião da propositura da ação ( e o juiz, na sentença), saber, de antemão, o quantum (isso é, a quantidade, o valor) que lhe é devido ou exatamente o que lhe é devido. (p.118)
03.148 O sistema permite que se formule pedido genérico quando houver indeterminação quanto ao valor ou quanto ao objeto devido, sendo função da liquidação de sentença a de determiná-los. (p.118)
03.149 (...) A liquidação, portanto, só se liga as sentenças e está diretamente relacionada excepcional possibilidade de existirem sentenças ilíquidas (também chamadas de sentenças condenatórias genéricas), que não tenha sido possível ao Poder Judiciário determinar o valor da condenação ou individuar o seu objeto. Tem por objetivo eliminar essa generalidade, tornando líquida a sentença condenatória genérica. (p.118)
03.150 Em qualquer caso, a liquidação será de competência do “juiz de origem” (isto é, o juiz com competência originária para a ação condenatória que foi objeto da primeira fase do processo.(p.119)
03.151 A liquidação da sentença tem por objetivo um pronunciamento judicial que defina quantum da obrigação genérica que foi objeto da sentença condenatória.(p.119)
03.152 A liquidação consistia em processo autônomo e independente, e o seu ato decisório tinha a natureza de sentença. (p.119) 
03.153 O objetivo especifico da liquidação da sentença, que é o de alcançar a liquidez necessária e imprescindível para que se dote a sentença com eficácia condenatória de condições de exeqüibilidade, faz com que o pedido de liquidação fique condicionado pelos termos da condenação. (p.120)
03.154 O objetivo da liquidação é chegar-se ao quantum da condenação, não se prestando á “rediscussão”da existência da obrigação nem ao acréscimo de outras obrigações no objeto da condenação. (p.120)
03.155 O Código de Processo Civil contempla, hoje, duas espécies de liquidação de sentença: a liquidação por artigos e a liquidação por arbitramento. (p.120)
03.156 A parte do uso da liquidação por artigos (475-E) sempre que, para se determinar o valor da condenação, exista necessidade de alegar e provar fato novo. (p.120)
03.157 (...) Por vezes, é utilizada para indicar eventos com relevância jurídica que ocorram depois de determinado momento processual. Por exemplo, o art. 462 determina que o juiz considere, no momento de proferir a sentença, os fatos relevantes para a causa ocorridos depois da proposta a ação. (p.121)
03.158 (...) Ela será necessária, portanto, quando, para se determinar o valor da condenação, houver necessidade de provar. (p.121)
03.159 Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum previsto para o processo de conhecimento. (p.122)
03.160 Dessa modalidade de liquidação se serve a parte quando a apuração do quantum da condenação dependa da realização de perícia por arbitramento. Trata-se de trabalho técnico, normalmente entregue aos cuidados de profissional especializado em determinada área do conhecimento cientifico, pelo qual se vai determinar a extensão ou o valor da obrigação constituída pela sentença ilíquida. (p.122)
03.161 A liquidação por arbitragem submete-se a um procedimento extremamente simples. Uma vez requerida a liquidação pela parte interessada, o juiz nomeia o perito e fixa prazo para a entrega do laudo pericial. Depois de apresentado o laudo, as partes são intimadas e têm prazo de dez dias para se manifestar sobre o laudo. A seguir, o juiz proferirá a sentença, a qual, apenas se necessário, será antecedida de audiência de instrução e julgamento. (p.122/123)
03.162 As hipóteses quedavam origem a antiga “liquidação por cálculo”eram as em que se fazia necessária mera operação aritmética, sendo calculados juros ou rendimentos de capital, tratando-se de gênero com cotação da bolsa etc. Ou seja, nessas hipóteses não havia, propriamente sentença ilíquida. (p.123)
03.163 Hoje, em casos assim, apresenta o requerimento de execução já acompanhados de memória atualizada ao cálculo. (p.123)
03.164 Pelo executado, relativamente a tal cálculo, pode se dar nos embargos a execução ou na impugnação ao cumprimento da sentença. (p.123)
03.165 A regra em questão prevê que o juiz procederá a tal controle quando “aparentemente”a memória apresentada pelo credor exceder os limites do titulo executivo, assim como nos casos de assistência judiciária. (p.124)
03.166 (...) Deve reservar esse incidente aos casos em que constata ( de ofício ou por provocação do executado) haver alguma dúvida concreta quanto á correção do cálculo trazido pela inicial.A segunda ressalva concerne aos casos de assistência judiciária. (p.124)
03.167 Ao tratar de legitimidade na execução, a doutrina frequentemente alude á legitimidade (ativa ou passiva) originária derivada (ou superveniente), ordinária ou extraordinária. (p.136)
03.168 A divisão entre legitimidade originária e derivada vincula-se, sobretudo ao tema da sucessão e da cessão de direitos. (p.136)
03.169 (...) Na execução a legitimação é originaria quando surge simultaneamente com a identificação das condições de credor e devedor no titulo; é derivada ou superveniente quando advém de posterior transferência dessa condição. (p.137)
03.170 A legitimidade ativa está fundamentada estabelecida nos arts. 566 e 567. (p.137)
03.171 (...) Aquele cuja condição de credor é atribuída diretamente pelo titulo executivo detém legitimidade ativa ordinária originaria. (p.137)
03.172 O Ministério Público, nos casos previstos em lei. (p. 137)
03.173 Aqueles casos em que, embora o Ministério Público não conste como credor no titulo executivo, ele pode propor a execução, em virtude de expressa previsão legal. (p.137)
03.174 Muitos doutrinadores dão com exemplo de substituição processual a regra do art.68 do Código de Processo Penal, segundo a qual o Ministério Publico, mediante requerimento do titular do direito á reparação civil do crime, promoverá a execução da sentença condenatória ou a ação civil. (p.138)
03.175 As pessoas elencadas nesse preceito podem tanto propor a demanda executiva, na hipótese em que o credor morra antes de formular tal pleito, quanto suceder o credor que faleça durante o curso da execução, mediante previa habilitação. (p.139)
03.176 A legitimidade do espolio vai até a partilha, quando passa a ser exclusivamente detida pelo(s) sucessor(es) a quem tenha cabido o crédito. Mas, antes da partilha, também os herdeiros detém legitimidade para pedir a execução, individualmente ou em litisconsórcio, quando não faça o inventariante. (p.139)
03.177 O cessionário, quando o direito resultante do titulo executivo lhe foi transferido por ato entre vivos. (p.139)
03.178 (...) O crédito tem de der passível de cessão, que deve estar documentalmente comprovada. Há de se observar, ademais, da disciplina de direito material reguladora da transferência do crédito. (p.139)
03.179 O sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. (p.139)
03.180 É a hipótese de legitimidade passiva ordinária originaria. Quem figurar no título como devedor, submeter-se-á, no polo passivo, á execução. (p.140)
03.181 O preceito não se aplica á sucessão causa mortis. (p.140)
03.182 Se a morte do devedor originário ocorrer depois de constituído o titulo, mas antes de requerida a execução, esta, se ainda não tiver havido partilha, será ajuizada contra o espólio. (p.141)
03.183 (...) Se já houver partilha, terão de ser demandados executivamente os herdeiros e sucessores, cada um deles respondendo pela dívida na proporção da parte que na herança lhe coube (p.141)
03.184 (...) Quando tal condição é assumida em atos de direito material, por força de convenção ou de lei). Indaga-se o fiador convencional ou legal pode ser parte passiva na execução, se não tiver sido previamente condenado. (p.142)
03.185 Independentemente de a obrigação principal (garantia pela fiança) estar representada em titulo executivo extrajudicial, o fiador legal ou convencional poderia ser parte passiva da execução, desde que existente instrumento escrito na fiança. (p.142)
03.186 Seja o fiador comum ou judicial, é-lhe dado o beneficio de ordem, a não ser que, previamente, tenha a ele renunciado.(p.142)
03.187 O responsável tributária, assim definido na legislação própria. (p.143)
03.189 Da verdadeira peculiaridade revestem-se as regras que fixam como responsável um terceiro que recebe o dever de zelar pelo recolhimento do tributo pelo contribuinte, sob pena de arcar com valor do tributo e com multas (p.143)
03.190 (...) A tendência é de se afirmar que são estes responsáveis legitimados passivos extraordinários, uma vez que figurariam na execução respondendo pelo débito alheio. (p.143)
03.191 (...) Caso se entenda que ele assume a condição da parte, sua defesa dar-se-á através de embargos a execução ou de impugnação ao cumprimento da sentença (p.143)
03.192 Tratam-se de medidas com diferentes momentos para propositura e âmbitos distintos de matérias veiculáveis – adiante examinadas. (p.144)
03.193 (...) O que se pretendeu foi exatamente o contrário. Seguiu-se rigorosamente o entendimento pelo qual a abstração do titulo executivo em face da relação material subjacente tem de ser levada ao máximo no âmbito da execução: serão tratadas como devedor e credor as pessoas assim indicadas no título – sejam ou não efetivamente credor e devedor. (p.144)
03.194 Uma vez revogado tal dispositivo, o devedor que pretender cumprir a obrigação retratada em titulo executivo extrajudicial e encontrar resistência do credor poderá valer-se da via comum da ação de consignação em pagamento. (p.145)
03.195 (...) Basta pensar no caso em que no titulo executivo constam várias pessoas como credoras ou como devedoras.(p.145)
03.196 O litisconsórcio tanto poderá ser originário quanto superveniente (exemplo: no curso da execução, falece o devedor, sucedendo-lhe na condição de executadas os seus vários herdeiros). (p.145)
03.197 Normalmente o litisconsórcio na execução é facultativa, uma vez que não são usuais as hipóteses em que a execução tem a de ser necessariamente movida em face dos vários devedores ou requerida por todos os credores. (p.145)
03.198 O cabimento das formas de intervenção de terceiro é significativamente limitado na execução, tendo em vista os fins da atividade executiva. (p.145)
03.199 Não tem cabimento, na execução, a denunciação da lide (art.70 e seguintes) e a oposição (art.56 e seguintes), que dizem respeito a propositura de novas ações de conhecimento a serem julgadas junto com a ação principal.(p.146)
03.200 (...) Não havendo ação principal de conhecimento na execução, não há de se falar nessas duas formas de intervenção, que implicam ações incidentais de conhecimento, no bojo de processo cognitivo em curso.(p.146)
03.201 (...) Pelo chamamento ao processo, um dos devedores solidários, em quanto réu, chama ao processo os demais devedores solidários, para que eles também ali figurem como réus, afim de que a eventual sentença de condenação abranja a todos.(p.146).
03.202 A execução, entre tanto, não serve para formar título executivo, já é parte de um. (p.146)
03.203 Responsabilidade patrimonial consiste na situação de sujeição á atuação da sanção. É a situação em que se encontra o devedor de não poder impedir que a sanção seja realizada mediante a agressão direta ao seu patrimônio, é a destinação dos bens do devedor a satisfazer o direito do credor. (p.147).
03.204 (...) Trata-se do principio da realidade da execução, expressão com a qual procura destacar que a execução civil recai precipuamente sobre o patrimônio do executado, enão sobre a sua pessoa.(p.147)
03.205 Por razões de ordens políticas, social humanitária, a lei exclui da responsabilidade patrimonial alguns bens específicos do executado. São os bens absolutamente impenhoráveis na execução de quantia certa. (p.148).
03.206 Nesse sentido a Lei 11.382 exclui da impenhorabilidade os bens que guarnecem a residência do executado que seja considerada de elevado valor o que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida.(p.149)
03.207 Os bens doas devedor gravados de hipoteca e penhor em favor de um dos credores também escapam, apenas restando algo do produto na alienação, este reverterá para o credor que requereu a execução. (p.151)
03.208 Na jurisprudência, tem a vida intensa controversa na definição de quais são os bens moveis e adornos que estariam excluídos da impenhorabilidade. (p.151).
03.209 Os bens públicos são também impenhoráveis. Aplica-se –lhes o regime de precatórios previsto no art.100 da CF, razão por que há um processo especial de execução contra a fazenda pública, adiante examinado. (p.153).
03.210 Os bens alienados em fraude a execução, fraude contra credores e quando já gravados de penhora. Os bens hipotecados ao credor e depois alienados a terceiro. Isso decorre do direito de seqüela, inerente aos direitos reais de garantia; Os bens “do sucessor a titulo singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória”. (p.153)
03.211 Os bens “do sócio, nos termos da Lei” (art. 592, II) (p.153)
03.212 (...) Mesmo nas sociedades em que a responsabilidade dos sócios seja limitada, poderá este responder por dividas sociais, quando o juiz aplicar á “desconsideração da pessoa jurídica” ( art.50 do CC/2002). Por este mecanismo, investe-se diretamente contra o patrimônio dos sócios, quando concretamente comprovado que a sociedade estava sendo usada por eles como mero instrumento para prejudicar terceiros. (p.154)
03.213 Entendem os tribunais que, em regra, há presunção de que a divida foi contraída em beneficio da família, do cônjuge provar o contrário. Em certas situações, essa presunção inverte-se. (p.154)
03.214 (...) A execução não é terreno adequado para a tal investigação, que deve anteceder ao processo executivo fiscal. Ou seja, já na formação do titulo (no caso da execução fiscal, no processo administrativo fiscal) deve-se examinar se houve ou não o beneficio para o casal, para, sendo positiva a resposta, fazer com que o outro cônjuge (que não praticou o ilícito, mas dele economicamente se beneficiou) também conste como “devedor” no próprio título. (p.155)
03.215 Por fim, aponta-se que a mera circunstância de bens do devedor está na posse de terceiro não os libera da sujeição executiva (art.592, III). (p.155)
03.216 Fraude contra credores consiste em ato de disposição de bens orientado pela vontade consciência de prejudicar credores na medida em que provoca a insolvência do disponente, diminuindo seu patrimônio de forma a impedir a satisfação do credito ( CC/2002, arts. 158 a 165). Objetivo: o evento damni, caracterizado pela insolvência do disponente devedor; Subjetivo: o concilium fraudes, que é intenção fraudulenta a fraude bilateral (tanto do disponente ao devedor quanto ao adquirente). (p.155)
03.217 Já á fraude execução consiste em ato de ainda maior gravidade: acarreta dano aos credores e atentam contra o eficaz desenvolvimento da atividade jurisdicional. (p.156)
03.218 A fraude a execução esta, inclusive, tipificada como crime. (p.156)
03.219 Embora seja desnecessária a intenção fraudulenta, há clara orientação na jurisprudência (especialmente do Superior Tribunal de Justiça) no sentido de reputar imprescindível a ciência, pelo adquirente, na demanda fundada em direito real ou capaz de reduzir o devedor a insolvência. (p.157)
03.220 (...) O exeqüente tem a faculdade (e o ônus) de averbar a pendência da execução dos registros de bens penhoráveis do devedor ou de terceiro responsável (registro imobiliário, registro de veículos, etc.). Depois de penhorável na execução bens em valor suficiente para cobrir a divida, devem ser canceladas as averbações relativas aos bens que não foram penhoráveis. (p.157)
03.221 (...) Há uma presunção absoluta de ciência da demanda, propiciada pelo registro publico. (p.157)
03.222 Não existem regra cominando expressamente sanção a alienação pelo devedor de bem que já esteja penhorado (p.158)
03.223 Aplicam-se-lhe analogicamente as regras sobre fraude a execução: a partir da penhora, recai sob o bem constrição tal que é ineficaz perante a execução sua posterior alienação pelo devedor. (p.158) 
O4. REGISTROS PESSOAIS DO FICHADOR SOBRE OS DESTAQUES SELECIONADOS E SUA UTILIZAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM EFETIVA HAVIDA COM O FICHAMENTO.
A finalidade do processo de execução, ou por meio de processo executivo ou simples ação incidente executiva, é fazer realizar praticamente a regra sancionadora decorrente de sua inobservância, isto é, do inadimplemento do obrigado. “Que o obrigado cumpra a obrigação.”
A execução apenas tramitará em processo autônomo em casos específicos: obrigações constantes em títulos executivos extrajudiciais; em sentença estrangeira; em sentenças arbitrais; e em sentenças penais condenatórias para efeito de indenizações no juízo cível (execução mediata);
Para os processos em que o magistrado já proferiu sentença condenatória (título judicial), em cujo réu, no prazo de 15 dias da intimação do transito em julgado da referida decisão, não cumpriu, cabe dar início de uma nova fase do mesmo processo de conhecimento, o cumprimento de sentença (execução imediata) (art. 475-J);
Sujeitos ativos (566 e 567 do CPC), sujeito passivo (568 do CPC):
Ativo:
Credor a quem a lei confere o título executivo;
MP nos casos prescritos em lei;
O espólio;
Os herdeiros ou sucessores do credito;
O sub-rogado (pessoa em favor de quem se transfere o direito da obrigação);
Passivo:
Devedor reconhecido como tal no título executivo;
O espólio;
Os herdeiros ou sucessores do devedor;
O novo devedor que assumiu a dívida, com consentimento do credor;
O fiador judicial;
O responsável tributário, assim definido em lei própria;
Cúmulo de execuções – o artigo 573 do CPC estabelece que: “é lícito ao credor, sendo o mesmo devedor cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes desde que para todas elas seja competente o juiz e idêntica a forma do processo.”
Requisitos para cumulação de execução:
Identidade de partes;
Identidade de competência;
Identidade de meio executório.
Competência – títulos extrajudiciais no domicílio do réu, ou de acordo com o art. 94 do CPC, de acordo com regras gerais de competência estabelecida para o processo de conhecimento (art. 576, CPC); Execução por quantia certa contra devedor solvente (art. 464 do CPC):
 Esta forma de execução tem por finalidade expropriar os bens do devedor, visando à satisfação do direito do credor, penhorando o bem do devedor poderá o juiz definir uma das três as possibilidades de expropriação, levando em conta o máximo de aproveitamento para o credor e o mínimo de sacrifício para o devedor:
Alienação de bem em hasta (arrematação);
Adjudicação, caso não consiga arrematante;
Usufruto do bem móvel ou empresa do credor;
O processo expropriatório deve levar em consideração os bens impenhoráveis definidos pelo CPC (arts. 649 e 650), a Lei 8.009/90, que determina a impenhorabilidade sobre bem de família e a lei 11.382/06, que reformou o artigo que disciplina a impenhorabilidade de bens;
São impenhoráveis: 
Os bens inalienáveis;
Os declarados inalienáveis por ato voluntário do doador;
Os móveis, pertencentes e utilidades domésticas que guarnece a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
Os vestuários, bem como os pertencentes de uso pessoal do executado, salvo os de elevado valor;Os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadorias, pensões, pecúlio e montepios, aquelas quantias recebidas por terceiros desde que destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os rendimentos de trabalhadores autônomos;
Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão;
O seguro de vida;
Os materiais necessários para as obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
A pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família;
Os recursos públicos recebidos pela instituição privada para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
Até o limite de 40 salários mínimos a quantia depositada em caderneta de poupança.
Arapongas, 14 de Setembro de 2013.

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