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Assepsia e Esterilização

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FACULDADE DINÂMICA DO VALE DO PIRANGA-PONTE NOVA-MG
NÚCLEO DE ESTUDO, PESQUISA E EXTENSÃO- NEPE
	ASSEPSIA E ESTERILIZAÇÃO: Procedimentos de limpeza
Laura Mól Souza
Professor Anderson Lisardo
Microbiologia
Ponte Nova/2015
Ambiente hospitalar: Procedimentos de limpeza, assepsia e esterilização
A conscientização das variações dos riscos de transmissão de infecções, das dificuldades de cada método perante a natureza dos artigos é importante a fim de que possam ser tomadas as precauções necessárias para torná-las invariavelmente eficientes. Essa conscientização se inicia pelo conhecimento dos conceitos de limpeza, desinfecção, esterilização, antissepsia e assepsia, de modo a torná-los compreensíveis e utilizáveis na prática. 
Os procedimentos antimicrobianos utilizados podem ser classificados em três grupos: 
• LIMPEZA 
É o procedimento antimicrobiano de remoção de sujidades e detritos para manter em estado de asseio os artigos e áreas. A limpeza constitui o núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos e áreas hospitalares, sendo o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização. 
Os métodos de limpeza devem ser determinados pelo tipo de superfície, quantidade e o tipo de matéria orgânica presente, e o propósito da área ou artigo. As operações de limpeza, propriamente ditas, compreendem escovação com água e sabão, fricção, esfregação e passar pano. 
A varredura e espanação seca devem ser evitadas, pois estas práticas espalham para o ar e para as superfícies limpas, poeira, matéria estranha e microorganismos. 
Convém ressaltar que independentemente da grande rotatividade de pessoal que existe nos setores de higiene hospitalar, programas de treinamento específicos devem ser mantidos (Educação Continuada), de modo a garantir a eficácia dos procedimentos de limpeza. 
Esses programas de treinamento devem ser aplicados também nos hospitais que contratam serviços de terceiros, sendo monitorados para obter um melhor controle de qualidade nos procedimentos de limpeza. 
• DESINFECÇÃO 
É o processo de destruição de agentes infecciosos em forma vegetativa, sendo classificados como potencialmente patogênicos e aplicados em meios físicos e químicos. 
Os meios químicos compreendem os germicidas (líquidos ou gasosos). Os meios físicos compreendem o calor em suas formas seca e úmida (vapor). A desinfecção normalmente se aplica a áreas e artigos semicríticos e não críticos. 
Desinfetantes utilizados: 
• Hipoclorito de sódio; 
• Formaldeído; 
• Compostos fenólicos e iodo. 
Hipoclorito de sódio: 
É um desinfetante universal ativo contra microrganismos, sendo normalmente encontrado na forma de hipoclorito de sódio, com várias concentrações de cloro ativo. O hipoclorito é corrosivo e tóxico, irrita a pele, olhos e sistema respiratório, porém sua principal aplicação é na desinfecção de superfícies de trabalho, materiais de vidro sujos e na descontaminação de superfícies de equipamentos, quando não houver indicação contrária. 
Formaldeído: 
O formaldeído é usado como desinfetante na concentração de 50 g/litro (5%) e encontrado no mercado a concentrações de 370 g/litro (37%). É corrosivo e tóxico, irritante das vias aéreas, pele e olhos, entretanto é utilizado para desinfecção de superfícies de trabalho, vidrarias e descontaminação de superfícies de equipamentos. 
Compostos fenólicos: 
Os fenólicos são corrosivos e tóxicos, irritam a pele, olhos e sistema respiratório, devendo ser usado conforme as recomendações dos fabricantes. Seus compostos fazem parte das formulações de desinfetantes, podendo ser usados em substituição ao hipoclorito de sódio quando este não for possível. 
Iodo: 
O iodo é tóxico e irritante das vias aéreas, pele e olhos, de natureza corrosiva e utilizado para desinfecção de superfícies de trabalho, vidrarias e descontaminação de superfícies de equipamentos, inclui-se para uso da lavagem das mãos diluídos em álcool etílico. 
ESTERILIZAÇÃO 
A esterilização é o processo de destruição ou eliminação total de todos os microrganismos na forma vegetativa e esporulada, por meio de agentes físicos ou químicos, aplicando-se especificamente a artigos críticos e semicríticos.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênica e grande parte da flora residente da pele ou mucosa, através da ação de substâncias químicas (anti-sépticos).
Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de microrganismos patogênicos, à temperatura ambiente, em tecidos vivos.
Assepsia: Método empregado para impedir que um determinado meio seja contaminado. Quando este meio for isento de bactérias chamamos de meio asséptico.
Bactérias: forma vegetativa; quando estão realizando todas as suas atividades metabólicas, como respiração, multiplicação e absorção. Os microrganismos, na cavidade bucal, estão na forma vegetativa.
Contaminação cruzada: é quando há interposição nos ciclos de contaminação entre um ou mais pacientes. As barreiras contra a contaminação, BEDA, são os meios indispensáveis para se evitar a contaminação cruzada, dentro de um consultório.
Degermação: é a remoção de detritos, impurezas, sujeira e microrganismos da flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele do paciente ou das mãos da equipe odontológica através da ação mecânica de detergente, sabão ou pela utilização de substâncias químicas (anti-sépticos).
Descontaminação: tem por objetivo a função dos microrganismos sem eliminação completa devido à presença de matéria orgânica, realizado em instrumentais e superfícies.
Desinfecção: é a eliminação de microrganismos patogênicos na forma vegetativa de consultório e demais ambientes da clínica, geralmente é feita por meio químicos (desinfetantes).
Desinfestação: exterminação ou destruição de insetos, roedores e outros seres, que possam transmitir infecções ao homem.
Desinfetantes: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de microrganismos patogênicos em ambientes e superfícies do consultório, à temperatura ambiente.
Detergente: substância ou preparação química que produz limpeza; possui uma ou mais propriedades: tensoatividade, solubilização, dispersão, emulsificação e umectação.
Equipamento de proteção individual (EPI'S): são equipamentos de proteção utilizados pelo profissional, pessoal auxiliar, paciente e equipamentos, a fim de evitar contaminação e acidentes (gorro, máscara, avental, luvas, óculos de proteção...)
Esporos: os esporos nada mais são que a forma mais resistente dos microrganismos, sendo mais difícil de serem eliminados.
Esterilização: é a destruição dos microrganismos nas formas vegetativas e esporuladas. A esterilização pode ser por meio físico (calor) ou químico (soluções esterilizantes).
Esterilizante: agente físico (estufa, autoclave) ou químico (glutaraldeído 2%, formaldeído 38%) capaz de destruir todas as formas de microrganismos, inclusive as esporuladas.
Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela tranmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado.
Infecção endógena: é um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Medidas terapêuticas que reduzem a resistência do indivíduo facilitam a multiplicação de bactéria em seu interior, por isso é muito importante, a anti-sepsia pré-cirúrgica.
Infecção exógena: é aquela causada por microrganismos estranhos a paciente. Para impedir essa infecção, que pode ser gravíssima, os instrumentos e demais elementos que são colocados na boca do paciente, devem estar estéreis. È importante, que barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam contaminados, pois não basta um determinado instrumento ter sido esterilizado, é importante que em seu manuseio até o uso ele não se contamine. A infecção exógenasignifica um rompimento da cadeia asséptica, o que é muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infecção exógena pode ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatite B e C.
Procedimento crítico: é todo procedimento em que existe a presença de sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade.
Procedimento semicrítico: todo procedimento em que existe a presença de secreção orgânica (saliva) sem perda de continuidade do tecido.
Procedimento não-crítico: todo procedimento onde não há presença de sangue, pus ou outra secreção orgânica (saliva). Em Odontologia não existe este tipo de procedimento.
Bibliografia: 
"Manual técnico de biossegurança e controle de infecção cruzada"
http://www.portaleducacao.com.br

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