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Esterilização - Infecção: invasão do hospedeiro por MO potencialmente patógenos; - Infecção cruzada: espalhamento da infecção de uma fonte para outra; - Contaminação cruzada: transferência de MO parcialmente patógenos de uma pessoa ou objeto a outra pessoa ou objeto, podendo resultar ou não em uma infecção. Cadeia de infecção Transmissão ocorre quando o agente infeccioso deixa seu reservatório e infecta hospedeiro susceptível . 1. Reservatório: local onde o agente se encontra; 2. Porta de saída: caminho em que o patógeno deixa o hospedeiro; 3. Modo de transmissão: direta ou indireta; 4. Porta de entrada: modo como o agente infeccioso penetra o hospedeiro; 5. Hospedeiro susceptível. Formas de contaminação na odontologia - Envolve exposição da equipe a material biológico contaminado, instrumentos perfurocortantes e ambiente potencialmente contaminado. - Principais fontes de infecção: saliva, sangue e aerossóis. - Principais doenças infectocontagiosas: hepatite B e C, infecções causadas por vírus da família herpes; HIV, gripe e tuberculose, COVID-19. - A classificação do risco biológico irá depender do patógeno. Classificação do risco biológico 1. Agente não oferece risco para o manipulador nem para a comunidade. EX: E. coli, B. Subtilis; 2. Agente com risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade. Existe tratamento preventivo. EX: Staphylococcus aureus, Candida albicans. 3. Agente com risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade. Lesões e sinais clínicos graves e nem sempre há tratamento. EX: HIV, Bacillus anthracis. 4. Agente com risco grave para o manipulador e para a comunidade. Não há tratamento e os riscos são muito graves em caso de propagação. EX: vírus de febres hemorrágicas, *Ebola. Medidas de precaução-padrão Medidas de prevenção que devem ser utilizadas independentemente de diagnóstico confirmado ou presumido de doença infecciosa transmissível no indivíduo – fonte. - Na odontologia refere-se a todos os procedimentos adotados para eliminar pontos identificados como responsáveis por causar infecção ou infecção cruzada. - Tais medidas são: 1. Anamnese adequada; 2. Imunizações atualizadas (Devido ao grande risco de doenças infecciosas, deve-se estar com as vacinas em dia, sendo obrigatórias: tríplice viral, dupla bacteriana, hepatite A e B, tuberculose, influenza e covid / além de ser necessário considerar características regionais, sazonais e da população de onde se encontra); 3. Uso de EPIs (luvas, gorro máscaras, óculos de proteção, face shield, jaleco e sapato fechado); 4. Processamento adequado dos artigos (esterilização e desinfecção); TIPOS DE INFECÇÃO - Direta: ocorre pelo contato direto entre o portador e o hospedeiro; - Indireta: o hospedeiro entra em contato com uma superfície ou substância contaminada; - À distância: através do ar, o hospedeiro entra em contato com os microrganismos. Microbiologia oral 5. Degermação (redução ou remoção parcial dos MO da pele ou tecidos por métodos químio-mecânicos. Processamento de artigos: esterilização e desinfecção em odontologia - Controle microbiológico 1. Auxilia a prevenir a transmissão de doença e infecção; 2. Prevenir a contaminação ou crescimento de MO nocivos; 3. Prevenir a deterioração e dano de materiais por MO. - Formas de fazer esse controle microbiológico na odontologia: utilizando métodos de esterilização e desinfecção. CONCEITOS IMPORTANTES: - Antissepsia = visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias microbiocidas ou microbiostáticas de uso de pele ou mucosa. É feita na pessoa! - Assepsia = visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias microbiocidas ou microbiostáticas de uso em superfícies, equipamentos e instrumentos. - Artigo = instrumentos de naturezas diversas que podem ser veículos de contaminação. Esses artigos podem ser classificados como: críticos (esterilizados), semi-críticos (esterilizados e desinfetados), não críticos (são desinfetados) e descartáveis. PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS - Pré-limpeza: remoção de sujidade visível presente nos produtos para saúde. - Limpeza: Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas; redução da carga microbiana presente por meio da ação mecânica. Ela assegura efetividade de processos posteriores. Pode ser realizada com detergentes enzimáticos, além disso, pode ser tanto manual quanto automatizada. - Descontaminação: realizada antes da lavagem, feita pela imersão em detergente enzimático. - Enxague: com água potável e corrente. - Secagem e embalagem: pode ser realizada com toalha de papel descartável ou em estufa regulada. ESTERELIZAÇÃO - É a destruição de todos os organismos vivos viáveis de um determinado local ou material, incluindo de seus esporos. Um artigo estéril está sem MO vivos. - Pode ser feita por meio de métodos físicos (calor, radiações); químicos (glutaraldeído, formaldeído, ac paracético, etc); físico-químicos. - Na odontologia o mais indicado é o calor úmido, por meio da autoclave. - Estufa = A ação básica do calor seco é a oxidação dos MO. Com esse método só podem ser esterilizados materiais que não podem ser molhados. É recomendada para óleos e pós na área médica e alguns tipos de brocas e alicates ortodônticos. - Autoclave = método mais eficiente e seguro. Mata os MO pela desnaturação das proteínas e enzimas, causada pela ruptura das pontes de hidrogênio. Vantagens do seu uso: tempo adequado, boa penetração e possiblidade de esterilização de líquidos com água como base. 121°C a 127°C, 1 atm, 15 a 30 min 132°C a 134°C, 2 atm, 4 a 7 min CONSIDERAÇÕES NESSE PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO - Todo artigo é considerado contaminado; - Seguir as etapas: limpeza, desinfecção e/ou esterilização e estocagem; - Classificar os artigos de acordo com o risco potencial de infecção envolvido em seu uso e a partir disso será definido o tipo de processamento a ser submetido. - Usar sempre EPIs; - Antes de esterilizar, o material deve ser embalado e identificado. A esterilização/desinfecção deve-se optar por métodos físicos (autoclave). Métodos químicos são utilizados apenas quando os físicos não puderem ser realizados. MONITORAMENTO DO CICLO DE ESTERELIZAÇÃO - Indicadores físicos: observações e registro coletados nos mostradores de equipamento. Verificando parâmetros da autoclave, temperatura, pressão e tempo. - Indicadores químicos: avalia o ciclo por meio da mudança de cor em presença de calor, vapor ou tempo. Estão divididos em classes: I (indicadores de processo); II (Bowie-dIck), III (parâmetro simples), IV (multiparamétrico), V (integradores) e VI (emuladores). - Indicadores biológicos: representados por tiras de celulose, meios de cultura ou outros veículos, impregnados geralmente por esporos bacterianos. DESINFECÇÃO - É a destruição ou remoção da maioria dos MO de determinado material. - Pode ser realizada por métodos químicos ou físicos, que podem ser de nível alto, intermediário ou baixo. - Nível alto = processo físico ou químico que destrói a maioria dos MO de artigos semicríticos, exceto esporos bacterianos; - Nível intermediário = processo físico ou químico que destrói MO patógenos na forma vegetativa, microbactérias, a maioria dos vírus e gungos de objetos inanimados e superfícies. - Nível baixo = destrói a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, exceto MO resistentes como o Mycobacterium tuberculosis. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE DE MO 1. Álcoois: são de nível intermediário e geralmente são usados álcool etílico 60-90% e isopropílico 70-90%. - Mecanismo de ação: desnaturam proteínas e são solventes de lipídeos. - Propriedades: apresentam baixa toxidade, inatividade na presença de material orgânico, ação rápida, volátil einflamável, baixo custo e disponibilidade. - São utilizados como antissépticos de pele, desinfeção de artigos e superfícies. - Seu manuseio deve ser feito com uso de EPI; deve- se estocar em frascos fechados ao abrigo de luz e em locais arejados; não utilizar em acrílico; ele enrijece borrachas e plásticos. 2. Clorexidina: é um potente antisséptico. - É utilizada em diferentes concentrações para diversas finalidades: antissepsia bucal (0,12 a 2%); antissepsia de pele e mucosa (4%); antissepsia de campo cirúrgico e mãos do operador (4% associada a detergente); desinfetante de superfícies (2% em álcool 70%). - Seu mecanismo de ação inibe as enzimas da membrana citoplasmática. - Sua eficácia é diminuída por matéria orgânica e valores altos de PH. - Seu uso prolongado pode levar a colorações nos dentes, descamação de mucosa bucal e alteração do paladar. 3. Glutaraldeído: pode ser utilizado em esterilização ou desinfecção, depende do tempo de exposição. - Seu mecanismo de ação é alcalinizante, altera os ácidos nucleicos e a síntese de proteínas dos MO. - Ele tem baixa corrosividade, toxidade cutânea e inalatória. - Usado para esterilização de artigos termossensíveis (desinfectar = imersão de 20 a 3o min/ esterilizar = imersão por 6 a 10 h) - Sempre manipular de EPI; enxague abundante; estocar em frascos de vidro ou plástico com tampa; não armazenar em temperaturas acima de 25°C. 4. Hipoclorito de sódio: desinfetante de nível médio, utilizado na concentração de 1%. - Seu mecanismo de ação é por meio da oxidação dos constituintes celulares e alteração da membrana citoplasmática. - É corrosivo para metal e mármore, são descolorantes, instáveis e tem baixo custo. - Utilizado para desinfecção por imersão de artigos não metálicos, superfícies, tratamento de água e em endodontia. 5. Ac paracético: esterilizante de alto nível, utilizado nas concentrações de 0,001 a 0,2%. - Ele não forma resíduos tóxicos, é efetivo na presença de matéria orgânica e tem rápida ação em baixa temperatura. . QUESTÕES 1. Diferencie esterilização e desinfecção. A esterelização refere-se a destruição de todos os organismos vivos viáveis de um determinado local ou material, inclusive de seus esporos. Já a desinfecção, é a destruição ou remoção da maioria dos MO de determinado material, entretnto, não mata os esporos. 2. Diferencie assepsia de antiassepsia. Antissepsia é a eliminação da máxima carga possível de microrganismos presentes em seres vivos. E visa a morte celular ou paralisação do crescimento da microbiota, sem oferecer riscos à saúde dos tecidos como a pele humana ou mucosas. Já a assepsia é conjunto de ações aplicadas para evitar a contaminação de determinada superfície ou materiais previamente livres dessa infecção. 3. Explique os métodos de monitorização de esterelização. Esses métodos podem ser de três tipos: - Indicadores físicos: observações e registro coletados nos mostradores de equipamento. Verificando parâmetros da autoclave, temperatura, pressão e tempo. - Indicadores químicos: avalia o ciclo por meio da mudança de cor em presença de calor, vapor ou tempo. Estão divididos em classes: I (indicadores de processo); II (Bowie-dIck), III (parâmetro simples), IV (multiparamétrico), V (integradores) e VI (emuladores). - Indicadores biológicos: representados por tiras de celulose, meios de cultura ou outros veículos, impregnados geralmente por esporos bacterianos. 4. Classifique os riscos biológicos de agentes infecciosos mais comuns aos quais o dentista é exposto. Os riscos que os dentistas estão mais suceptíveis são o risco de grau 2, em que o agente tem risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade. Existe tratamento preventivo. EX: Staphylococcus aureus, Candida albicans. E o risco de grau 3, agente com risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade. Lesões e sinais clínicos graves e nem sempre há tratamento. EX: HIV, Bacillus anthracis. 5. Quais imunizações são obrigatórias na odontologia? Tríplice viral, dupla bacteriana, hepatite A e B, tuberculose, influenza e covid. 6. Classifique os agente químicos antimicrobianos utilizados na odontologia. Álcoois (nível intermediário) Hipoclorito de sódio a 1% (nível intermediário), clorexidina (potente/alto nível) e glutaraldeído (alto nível). 7. Quais as características de um agente químico antimicrobiano ideal? Ele deve apresentar atividade antimicrobiana; poder de penetração; ter capacidade detergente, odor agradável; disponibilidade e baixo custo; ausência de efeitos corrosivos e tintoriais; não alterar plásticos e borrachas; ser solúvel; ser um produto estável; homegeneidade; toxicidade; inativação mínima por substâncias orgãnicas; atividade em temperatura ambiene ou corporal efeito residual.
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