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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM Curso de Direito MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO – Rua Dom Bosco,265 – 16400-505–Lins-SP – Fone(14)3533-6200 www.unisalesiano.edu.br CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM CURSO DE DIREITO 1º BIMESTRE – 1º SEMESTRE – 2016 LINGUAGEM JURÍDICA I - PROF. OSVALDO LINGUAGEM JURÍDICO-CIENTÍFICA E PRÁTICA Direito - vocabulário comum - acrescentados alguns termos técnicos específicos - ciência jurídica. A escrita - discurso do direito - mesmas regras gramaticais da escrita e da linguagem comuns - devendo respeitar o padrão da língua. No direito podemos distinguir-se: Linguagem jurídica científica – a dos textos dos diversos ramos da ciência jurídica; Linguagem legal – utilizada na atividade legislativa - de produção de atos normativos; Linguagem judiciária – das decisões e aplicações do direito; Linguagem jurídica comum – a utilizada pelos não profissionais para falar do direito, das leis e da sua aplicação. Busca-se uma linguagem “nova” – devemos tomar cuidado com as “novas” – internet e sites – linguagem sem nexo etimológico ou semântico – CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM Curso de Direito MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO – Rua Dom Bosco,265 – 16400-505–Lins-SP – Fone(14)3533-6200 www.unisalesiano.edu.br não se comunicam – balbuciam-nas – querem comunicar-se com o menor número de toques no teclado – nem que seja – cinco – quatro- três – dois – ou até um toque. Cada uma delas - apresenta características psicológicas, lógicas e de estilo próprias. No Brasil - são comuns - nos tribunais - “partes” do processo, ou “sujeitos processuais” - cercarem os advogados - questionamentos e indagações - perguntando se ganharam ou perderam a causa - não entenderam o conteúdo do que foi dito em uma audiência e/ou escrito na sentença. Inúmeras ocasiões - réus ou testemunhas - ficarem olhando para o magistrado sem saber o que foi perguntado - ou dito - já que não entendiam o significado das palavras utilizadas pelo juiz. Se um juiz vai perguntar se “é verdadeira a imputação que é atribuída ao reú”, se ele pode perguntar simplesmente, se “a acusação é verdadeira”? Linguagem natural - nasce de maneira espontânea no seio da sociedade - fruto - formação histórica de cada povo – como o inglês – alemão- francês – e carrega a ambigüidade, incerteza e vagueza – frustram a comunicação. Cientista – mesma importância à linguagem – edifica uma linguagem artificial – própria e peculiar – atende e respeita um forte rigor conceitual – para escapar da ambiguidade, incerteza e vagueza. CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM Curso de Direito MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO – Rua Dom Bosco,265 – 16400-505–Lins-SP – Fone(14)3533-6200 www.unisalesiano.edu.br FUNÇÕES DA LINGUAGEM São as seguintes as funções da linguagem: a) Referencial (denotativa ou informativa) - linguagem voltada – informação - é a intenção de se transmitir dados de realidade, com palavras empregadas no sentido denotativo (Sentido literal (verdadeiro) da palavra) - texto escrito em terceira pessoa - centrado no referente – objetiva a transmissão da informação. Exemplo: textos jornalísticos e científicos. b) Emotiva ou expressiva - emissor se preocupa em expressar - seus sentimentos e emoções. texto subjetivo - escrito em primeira pessoa. Uso da 1ª pessoa do singular - as reticências - ponto de exclamação - marcas da função emotiva - utilizada para comover o receptor. Ex: linguagem do réu (que valoriza a primeira pessoa do singular). Linguagem do advogado de defesa quando, no Júri, apela para o fato de que a condenação vai ultrapassar a pessoa do condenado e atingir outras pessoas inocentes. c) Apelativa ou conativa - aquela em que há intenção do emissor de influenciar o receptor. A mensagem está centrada no receptor em forma de apelo, de ordem ou súplica - no mundo jurídico na tentativa de mudar o comportamento ou as ideias do receptor. Ex: as propagandas e anúncios de publicidade. d) Fática - propósito prender a atenção do destinatário - visando prolongar a comunicação - testando o canal com frases do tipo - "veja bem" – "olha" - "olha aqui" - "compreende" - "e dai", etc. O principal exemplo é o diálogo. e) Poética - a mensagem é centrada na poesia - na linguagem poética. Ocorre em textos literários, poesias e versos. CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM Curso de Direito MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO – Rua Dom Bosco,265 – 16400-505–Lins-SP – Fone(14)3533-6200 www.unisalesiano.edu.br f) Metalinguística - o tema da mensagem é o próprio código. Ocorre metalinguagem quando se dá uma definição, um conceito, quando se explica ou se pede explicação sobre o conteúdo da mensagem. É como se a peça de teatro falasse do teatro, a poesia falasse do ato de escrever. É a linguagem do dicionário, do vocabulário jurídico. ADVOGADO – RETÓRICA E ORATÓRIA Origem do advogado é antiga. Grécia – se organizaram formando ligas e sociedades. Roma – se constituíram como profissionais. Destacaram-se como patronus – defesas e aconselhamentos verbais. Gradativamente - substituindo o discurso pela escrita - aprimorando a técnica jurídica. Colaboração do jurisconsultus - que elaborava pareceres de elevado teor jurídico. Ainda exigidos dos profissionais do Direito - além do conhecimento da ciência e da técnica - habilidades em: Gramática (ciência do falar corretamente); Retórica (ciência da persuasão); Oratória (técnica de discursar ou falar em público). CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM Curso de Direito MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO – Rua Dom Bosco,265 – 16400-505–Lins-SP – Fone(14)3533-6200 www.unisalesiano.edu.br Retórica: designa a técnica da persuasão, não pelo valor intrínseco da tese, mas pela habilidade formal no emprego da palavra. Ronald Caldeira Xavier – definiu a Retórica como a arte ou ciência de falar bem. “Falar bem” pressupõe - conhecimento e não apenas informação - significa oferecer argumentos coerentes (logicamente ordenados) - cujos fundamentos devem estar na Lei, na Jurisprudência, na Ciência e na Técnica Jurídica. Persuasão: Oratória (técnica de discursar ou falar em público) – componente da retórica. Oratória Jurídica - é a empregada nas audiências, nos Tribunais do Júri, Tribunais Superiores, e, exige formação cognitiva estruturada, boa memória e cultura geral. Requisitos - bom exercício da oratória - capacitação e o domínio da Ciência do Direito, inclusive do conhecimento geral que esteja relacionado ao fato em análise. Oratória Forense: Leva-se em conta não só o plano de ideias, mas também a expressão oral – altura da voz - timbre da voz – entoação da frase – jogo rítmico do corpo – braços - fisionomia-postura.
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