Buscar

Dir. civil I 1 parte

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Direito Civil I 
Bibliografia : Carlos Roberto Gonçalves
DIREITO – é o conjunto de normas que regulam a conduta humana em sociedade, estabelecida pelo Estado e dotada de força coercitiva , imposta a todos indistintamente, como forma de garantir a convivência harmoniosa entre as pessoas.
MORAL – importante para a convivência das pessoas em sociedade , limitando-se a sanções de foro íntimo e a eventual reprovação pública (regras de etiqueta, religiosas).
Direito objetivo – é a norma . É o conjunto de normas que a todos se dirige e obriga, sob pena de sanção pelo descumprimento.
Direito subjetivo – é a faculdade, a opção de invocar a norma em seu favor.
Há divergência sobre o direito subjetivo (uma corrente negativista não admite a sua existência )
Direito Público – é o conjunto de normas que regem as relações em que o sujeito é o Estado. Ex: Direito constitucional, administrativo, tributário, penal, processual, internacional...
Direito privado – regula as relações entre os particulares (pessoas físicas e jurídicas ). EX: Direito Civil, empresarial.
Direito transindividual ou coletivo – chamados de terceira geração, baseados na solidariedade e fraternidade. Ex: direito do consumidor consumidor, dos idosos, da criança e adolescente.
Direito civil – ramo do direito privado que regula as relações entre as pessoas, no dia a dia, em especial os contratos celebrados, as obrigações assumidas, as relações de parentesco, os efeitos do casamento, as regras atinentes ao direito sucessório.
. .
6
Das Pessoas – parte I
Personalidade - Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Esta é, portanto, qualidade ou atributo do ser humano. Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. 
Pessoa – 
Das pessoas naturais: São os seres humanos considerados como sujeitos de direitos e obrigações. (art. 1º do Código Civil)
	1.2. Para ser uma pessoa basta nascer com vida, adquirindo, assim, personalidade, isto é, capacidade para ser titular de direitos. (art. 2º do Código Civil)
	1.3. Fim da personalidade: morte do indivíduo (art. 6º do Código Civil).
	
6
 Capacidade:
Definição: é a medida da personalidade 
 Espécies:	A)De direito: capacidade de aquisição de direitos; basta ser pessoa para ter capacidade de direito
B) De exercício ou de fato : capacidade da pessoa exercer, por si só, os atos da vida civil.
 Pessoas que possuem os dois tipos de capacidade tem a capacidade plena, enquanto aquelas que não possuem a capacidade de exercício são chamadas de incapazes.
Pessoa como sujeito de Direitos
A ordem jurídica reconhece duas espécies de pessoas: A)a pessoa natural (o ser humano, também chamado em alguns países de pessoa física);
B) a pessoa jurídica (agrupamento de pessoas naturais, visando alcançar fins de interesse comum, também denominada, em outros países, pessoa moral e pessoa coletiva).
Animal – não é considerado pessoa ( não herda, não faz parte de relações jurídicas)
Pessoa natural - o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres, bastando apenas nascer com vida e, adquirir personalidade. 
art. 2º Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”- o nascimento com vida é o marco inicial da personalidade. Respeitam-se, porém, os direitos do nascituro, desde a concepção, pois desde esse momento já começa a formação do novo ser.
Nascimento com vida (ar nos pulmões) Exame: docimasia hidrostática de Galeno 
NASCITURO - Há três teorias:
1)Natalista: afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com vida 2)Da personalidade condicional: o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de condição suspensiva, o nascimento com vida, 3)Concepcionista: admite que se adquire a personalidade antes do nascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitos patrimoniais, decorrentes de herança, legado e doação, que ficam condicionados ao nascimento com vida.
INCAPACIDADE: 
Trata-se da limitação imposta pela lei para o exercício dos atos da vida civil.	
 Incapacidade X legitimação
Espécies:
a)incapacidade absoluta: impede a prática de qualquer ato da vida civil sob pena de nulidade. (art. 166, inciso I, do Código Civil);
b)incapacidade relativa: permite a prática de atos da vida civil, desde que o incapaz seja assistido por seu representante legal, sob pena de anulabilidade. (art. 171, I C.C)
	
	3.4. Características diferenciadoras:
		3.4.1. Incapacidade absoluta: despreza a vontade do incapaz; o ato é nulo e não pode ser convalidado ou ratificado; o incapaz é representado na prática do ato pelos genitores, tutor;
		3.4.1. Incapacidade relativa: a vontade manifestada é a do relativamente incapaz; é assistido na prática do ato; o ato é anulável; o ato pode ser convalidado.
			
Direito Civil
. . 10
3.5. São absolutamente incapazes (art. 3º. Código Civil)- foi alterado pela lei 13.146/15 ( estatuto da pessoa com deficiência)
I - os menores de 16 anos;
II- os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática do ato (revogado)
III - os que, mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade. (revogado) 
Em algumas situações, a lei exige a manifestação de vontade do incapaz. Assim, por exemplo, a adoção depende de sua concordância, colhida em audiência, se contar mais de doze anos (ECA, art. 28, § 2º)
ABSOLUTAMENTEINCAPAZES
De acordo com a redação original do CC
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
De acordo com a redação do CC alterada pela Lei nº 13.146/2015
os menores de dezesseis anos;      
Os menores de dezesseis anos;
os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;      
os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade
. . 11
Direito Civil 
 São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer (art. 4º do Código Civil):
- os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (menores púberes); art. 180 e 181 do Código Civil
- os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; art. 1.767, III, Código Civil;
- os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; art. 1.767, IV, Código Civil
- os pródigos (art. 1.782 do Código Civil).
	
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
De acordo com a redação original do CC
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
De acordo com a redação do CC alterada pela Lei nº 13.146/2015
os menores de dezesseis anos;      
Os menores de dezesseis anos;
os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;      
os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade
RELATIVAMENTE INCAPAZES
De acordo com a redação original do CC
RELATIVAMENTE INCAPAZES
De acordo com a redação do CC alterada pela Lei nº 13.146/2015
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III- os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;  
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
IV - os pródigos.
A interdição do pródigo só interfere em atos de disposição e oneração do seu patrimônio. 
Pode administrá-lo, mas ficará privado de praticar atos que possam desfalcá-lo, como “emprestar, transigir,
dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado” (CC, art. 1.782). 
Tais atos dependem da assistência do curador; sem isso, serão anuláveis (art. 171, I). 
Não há limitações concernentes à pessoa do pródigo, que poderá viver como lhe aprouver, podendo votar, ser jurado, testemunha, fixar o domicílio do casal, autorizar o casamento dos filhos, exercer profissão que não seja a de comerciante e até casar, exigindo-se, somente neste último caso, a assistência do curador se celebrar pacto antenupcial que acarrete alteração em seu patrimônio. (CRG)
 Índios: sua capacidade é regulada por lei especial (Lei n. 6.001/73), conforme parágrafo único do art. 4º do Código Civil. Trata-se de proteção e não restrição.
	3.8. Cessação da Incapacidade: ocorre quando desaparece a sua causa ou quando ocorre a emancipação, que pode ser voluntária, judicial e legal.
Cessação da incapacidade Cessa a incapacidade desaparecendo os motivos que a determinaram
Quando a causa é a menoridade, desaparece pela maioridade e pela emancipação.
. .								 12 
 Emancipação voluntária: decorre da vontade dos pais e a idade mínima necessária é 16 anos. Faz-se por escritura pública, irretratável e irrevogável. (ambos pais )
Emancipação judicial: decretada pelo juiz em casos de menor sob tutela.
 Emancipação legal: decorrente de certos fatos previstos em lei (art. 5º, incisos II, III, IV e V do Código Civil).
II — pelo casamento; III — pelo exercício de emprego público efetivo; IV — pela colação de grau em curso de ensino superior; V — pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.” 
OBS: a emancipação não gera efeitos em relação a disposições de leis especiais, por exemplo, o Código de Trânsito Brasileiro.
OBS:art.928 CC – patrimônio do incapaz pode ser utilizado para indenizar danos causados a terceiros.
. .								 13 
Das pessoas – Parte II
1. Extinção da Personalidade Natural: ocorre com a morte real ou presumida.
	1.1. morte presumida: declaração de ausência, cujos efeitos são de ordem patrimonial. Processo composto de três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória e sucessão definitiva.
	1.2. hipóteses de morte presumida sem decretação de ausência: art. 7º do Código Civil
		I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
		II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
	1.3. Comoriência: morte simultânea de duas ou mais pessoas – art. 8º do Código Civil. A presunção (RELATIVA) de comoriência gera como consequência a impossibilidade de um morto herdar do outro.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando