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Aula 2 Avaliação do Estado Nutricional do paciente hospitalizado

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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
DO PACIENTE HOSPITALIZADO, 
AMBULATORIAL OU DOMICILIAR 
Profª Me. Chris Barroso 
Centro Universitário Estácio do Ceará 
Unidade: Via Corpvs 
Disciplina: Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
Nutricionista - UECE 
Mestre em Nutrição e Saúde – CMANS- UECE (enfoque em nefrologia) 
Pós-graduanda em Fitoterapia clínica e funcional – VP consultoria 
 
Importância da avaliação nutricional... 
Identificar os indivíduos com distúrbios nutricionais ou em risco e, 
destas formas, elaborar condutas dietéticas adequadas. 
 
(CUPPARI, 2009) 
Monitorar a resposta às 
intervenções, assim como qual a 
intervenção a ser adotada. 
 
Importância da avaliação nutricional... 
No ambiente hospitalar, o que se denomina “desnutrição” talvez seja 
determinado por diversos fatores e não só a falta de ingestão 
adequada de calorias, proteínas, macro e micronutrientes 
 
(ECHENIQUE & CORREIRA, 1998; BARBOSA-SILVA & BARROS, 2002) 
A meta é prevenir que a 
desnutrição chegue a ser um 
cofator importante na disfunção 
orgânica, influenciando na morbi-
mortalidade 
 
Desnutrição no enfermo 
+ 
Catabolismo / Hipermetabolismo 
= 
> Perda de Peso 
 
Importância da avaliação nutricional... 
Perda de peso > 30% 
↓ 
> Significativo da morbi-mortalidade 
 
Desnutridos 
↓ 
> Incidência de complicações 
> permanência hospitalar 
(GINER et al., 1996) 
Avaliação Nutricional 
 
 A avaliação do estado nutricional ainda não dispõe de padrão-ouro 
que propicie fazer diagnósticos das alterações nutricionais com alto 
nível de eficácia 
 
 Dessa forma, é necessário utilizar uma associação de vários 
indicadores para melhor precisão e acurácia do diagnóstico 
nutricional dos pacientes hospitalizados 
(ACUÑA et al., 2003; KAMIMURA et al., 2003) 
AN 
 
Técnicas de avaliação mais utilizadas na prática clínica 
Avaliação antropométrica 
Peso 
Altura 
AJ 
IMC 
Pregas 
cutâneas 
Circ. do 
Punho e 
Panturrilha 
CMB e 
AMB 
Circ. do 
Braço 
• Variam de acordo com a 
doença - lesões orgânicas 
e celulares 
Exames 
bioquímicos 
• Importantíssimo para 
avaliar alterações pela 
doença 
Consumo 
alimentar 
• Muito importante na 
etapa de triagem 
nutricional (1ª fase) 
Exame físico 
(SILVA & FÉLIX, 1998) 
Em UTI 
Exatidão? 
 
Inúmeros obstáculos? 
(paciente / hospital) 
 
(RUFFIER, 1997) 
Métodos de Avaliação Nutricional 
Objetivos 
• Antropometria 
• Composição corporal 
• Parâmetros bioquímicos 
• Consumo alimentar 
Subjetivos 
• Exame físico 
• Avaliação Subjetiva Global 
(ASG) 
História nutricional 
completa do paciente 
 
↓ 
 
Todos os fatores 
relacionados 
ao processo de 
determinação 
dos problemas 
nutricionais 
(KAMIMURA et al., 2014) 
Avaliação Nutricional 
QP HDA HDP H. Familiar H. Social 
Sinais e 
sintomas 
Perda de 
peso 
Alterações 
na 
alimentação 
Sintomas GI 
Estado 
mental 
Capacidade 
funcional 
Demandas 
metabólicas 
Anteceden-
tes médicos 
Uso de 
medica-
mentos 
História 
dietética 
História Clínica 
Fármacos Alimentos / Nutrientes Mecanismos / Efeitos 
Antimicrobianos 
Eritromicina Refeição regular; dieta 
hiperlipídica 
Retarda o esvaziamento gástrico, a liberação 
e a dissolução; ↓ absorção 
Tetraciclina Refeição regular Retarda o esvaziamento gástrico, a liberação 
e a dissolução, cria barreira física; ↓ 
absorção 
Leite, iogurte, alimentos 
ricos em Mg, Fe, Ca 
↓ absorção por complexação com cátions 
divalentes 
Cardiovasculares/diuréticos 
Captopril Refeição regular ↓ absorção e ↓ efeito terapêutico 
Propranolol Dieta hiperproteíca ↓ fase I da biotransformação hepática; 
↑ fluxo sanguíneo esplânico e ↑ absorção 
Antipiréticos, analgésicos e anti-inflamatórios 
Ac. acetilsalicílico Refeição regular; leite; 
vegetais 
Modifica pH gástrico; ↓ solubilidade; ↓ 
velocidade e extensão da absorção 
Paracetamol Dietas hiperlipídicas ↓ liberação e a dissolução; ↓ velocidade e a 
extensão da absorção 
Ibuprofeno Refeição regular Retarda a absorção 
(MOURA & REYES, 2002) 
EXAME FÍSICO 
Cabelo Pés 
 
Realização exame: inspeção e palpação 
 paciente roupa apropriada 
 sentado ou deitado na cama 
 
 
Direcionado: 
Para detectar deficiências nutricionais 
Deve ser minucioso 
Objetivos: 
Identificar sinais de carências específicas de nutrientes 
(ACUÑA, 2002) 
Fácies (agudo e crônico) 
Fácies agudo 
• Exausto, cansado, não consegue 
manter olhos abertos por muito 
tempo. Músculos orbiculares 
palpebrais são os primeiros que se 
cansam. 
• Cuidado!!! alteração nível de 
consciência (coma), doença 
neurológica, drogas sedativas ou 
trauma 
Fácies crônico 
• Paciente parece deprimido, triste, 
pouco diálogo. 
• Estado de humor comprometido. 
Depressão?? 
• Muitas vezes o que esta 
motivando um paciente a se 
comportar como deprimido é a 
desnutrição (avaliação psicológica 
e nutricional) 
• Não administrar antidepressivo 
em quem precisa nutrir, ou 
renutrir quem precisa de 
medicamento 
(Duarte, 2002) 
Exame físico – manifestações de carências nutricionais 
Local Sinais Carências 
Cabelo Perda de brilho, quebradiço, 
despigmentado, fácil de arrancar (sem dor) 
 
 
 
PTN e Zinco 
Face Seborréia nasolabial (pele estratificada) 
Palidez 
Riboflavina 
Protéica 
Ferro 
Olhos Conjuntiva pálida 
Mancha de Bitot 
Xerose conjuntival (secura) 
Xerose córnea (falta de vida) 
Queratomalácia (córnea adelgaçada) 
Arco córneo (anel branco ao redor do olho) 
Xantelasma (bolsas amareladas ao redor 
do olho) 
Ferro 
Vitamina A 
Riboflavina 
Piridoxina 
Hiperlipidemia 
(WAITZBERG & FERRINI, 2000) 
Exame físico – manifestações de carências nutricionais 
Local Sinais Carências 
Lábios Estomatite angular(lesão nos cantos da boca) 
Escaras do Ângulo 
Queilose (avermelhamento ou edema de 
lábios e boca ) 
 
Riboflavina 
Língua Escarlate e inflamada 
Magenta (púrpura) 
Edematosa 
Papila filiforme, atrofia e hipertrofia 
 
Ácido Nicotínico 
Riboflavina 
Niacina 
Ácido fólico/ Vit. B12 
Gengivas Esponjosa; sangrando 
Gengiva vazante 
 
Vitamina C 
Glândulas Aumento da tireóide 
Aumento da paratireóide 
Iodo 
PTN 
(WAITZBERG & FERRINI, 2000) 
Exame físico – manifestações de carências nutricionais 
(WAITZBERG & FERRINI, 2000) 
EDEMA de MMII ASCITE 
Edema 
 Hipoproteinemia 
 Hipoalbulminemia 
 Valores < a 5,0 g/l de PTN totais e < 2,5 g/l de albumina são capazes 
de gerar edema. 
 Sinal de Cacifo ou de Godet 
Quando no tornozelo, perna e região 
sacral → maior tempo acamado, maior 
grau de desnutrição e ↓ albumina 
Pele – hidratação e alterações na coloração 
 
 
 Hidratação: pode ser avaliada pelo seu turgor. 
 Se a pele se desfaz lentamente 
 desidratação ou edema 
 
 
 
 
 Palidez: diminuição da cor rósea da pele 
(anemia, isquemia) 
 Presença de escaras, úlceras de pressão, feridas 
 Cianose: é a coloração azulada da pele e extremidade das mãos e pés. 
 Icterícia: coloração amarelada que pode aparecer difusamente na pele, assim 
como na esclerótica, nas conjuntivas palpebrais, nos lábios. As causas incluem 
doença hepática e hemólise eritrocitária 
 
Sinal de Cacifo - edema 
Cianose 
Úlcera de pressão 
 
 Carotenemia: 
 coloração amarelada que acompanha concentrações elevadas de 
caroteno. 
 Devem-se inspecionar as palmas das mãos, regiões plantares e 
rosto. 
 Ao contrário da icterícia, a carotenemia não atinge a esclerótica 
 
 Petéquias: equimoses, hematomas profundos e hemartroses são observados 
nos distúrbios de coagulação sendo agravados ou desencadeados 
pela deficiência de vitamina K 
Pele – hidratação e alterações na coloração 
Pele – hidratação e alterações na coloração 
Hemartose – sangue nas articulações 
Equimose - hematomas 
Petéquias – manchas de sangue 
(pintas ou manchas) 
 
 
 Unhas Coiloníquas (forma de colher, finas, côncavas) - ↓Ferro 
Unhas – coloração e formato 
Unhas de Terry (com coloração 
esbranquiçada – comum no idoso e em 
pacientes com doenças crônicas) 
 
Exame físico 
Exame das fezes e TGI 
 
Escala de Bristol 
Exame físico – Reserva de massa muscular 
Músculo: 
• Representa importante reserva de proteína 
• O trofismo da massa muscular esquelética é mantido pela atividade física, 
inervação, irrigação e aporte nutricional 
• Qualquer alteração em um desses fatores pode ocasionar perda muscular 
• A idade também exerce influência na massa muscular 
(LAMEU, 2004) 
Exame físico – Reserva de massa muscular 
 
 
Músculo Temporal e Bola Gordurosa de Bichart 
 
Para classificar as alterações morfológicas do músculo temporal e da bola 
gordurosa de Bichart, serão adotados os seguintes achados: 
 
1. Leve - depressão da musculatura 
2. Moderada - exposição do arco zigomático 
3. Grave - visualização de um contorno ósseo envolvendo 
a órbita, o arco zigomático e o ramo ascendente da 
mandíbula, sugerindo o desenho de uma chave ( } ) 
(LAMEU, 2004) 
Exame físico – Reserva de massa muscular 
Atrofia grave 
 
Redução da ingestão 
oral nos últimos 3 meses 
 
Redução importante da 
ingestão oral para sólidos e 
pastosos 
nos últimos 3 meses 
Paciente com disfagia, 
engasgaos frequentes 
 
Redução 
progressiva e 
prolongada da 
ingestão oral 
(> 3 meses) 
Exame físico – Reserva de massa muscular 
Atrofia grave 
 
Músculo Polegar Adutor 
 
No músculo adutor do polegar, as alterações morfológicas serão classificadas, 
de acordo com os respectivos achados: 
 
1. Leve - pequena depressão do relevo muscular. 
2. Moderada – depressão evidente do relevo. 
3. Grave - visualização de um contorno ósseo do indicador e polegar formando 
uma concha 
(LAMEU, 2004) 
Exame físico – Reserva de massa muscular 
Atrofia 
grave 
Adutor normal Atrofia leve do adutor 
Atrofia moderada do adutor Atrofia grave do adutor 
Reserva de massa muscular 
Na musculatura da panturrilha 
(gastrocnêmico), a presença de 
alterações morfológicas será 
observada através da perda de relevo 
neste músculo, flacidez muscular e 
pele com dobras. 
 
(LAMEU et al, 2004) 
Na musculatura da coxa 
(quadríceps femural), a 
ausência de tônus muscular 
será observada pela atrofia da 
musculatura e perda de relevo 
Musculatura dos MMII 
Exame físico – Reserva de massa muscular 
 
(LAMEU et al, 2004) 
Musculatura do tórax 
supraclavicular 
infraclavicular 
fúncula esternal 
 Atrofia destas regiões indica que o paciente já 
perdeu massa muscular há muito tempo (perda 
crônica) 
Deltóide e 
Trapézio 
Exame físico da massa muscular 
Musculatura intercostal e paravertebral: 
• Reduz a sustentação corporal → cifose 
• ↓ capacidade de expansão ventilatória 
pulmonar, menor utilização das bases do 
pulmão 
• → hipoventilação de bases de pulmão 
maior propensão a pneumonia de base 
• Atrofia muscular → maior tempo no 
ventilador mecânico 
 
 Disfagia 
 Odinofagia 
 Pirose ou azia 
 Regurgitação 
 Flatulência 
 Hematemese 
 Melena 
 Enterorragia 
 Hematoquezias 
 
Eliminação das fezes negras ou de 
consistência pastosa e de odor bem 
característico (fétido) 
Vômito com sangue vivo ou em borra de 
café 
Hemorragia intestinal com eliminação de 
sangue vivo pelo ânus 
Geralmente associada a 
uma hemorragia causada 
por hemorróida e 
diverticulite 
Sistema digestório 
 Questionar se o paciente apresenta dificuldade para 
urinar, quantas vezes, se urina muito a cada vez, se tem 
alguma dor ou queimação, cor da urina 
 
Vias urinárias 
Abdome 
Características: 
•Plano (normal) 
•Globoso (obesidade e grávidas) 
•Escavado: afundamento do abdome próximo ao 
estômago (privação crônica de alimentos) 
•Ascítico (ascite): acúmulo de líquido no abdome 
“Duro, brilhante” 
•Distensão abdominal 
Sinais clínicos?? 
 
Exame físico – Avaliação Subjetiva Global (ASG) 
 
(DETSKY et al., 1987) 
Até 72h 
da admissão 
 
Avalia: 
Risco 
nutricional 
ANTROPOMETRIA 
É a medida do tamanho corporal e de suas proporções 
Variações individuais: idade, gênero, estado fisiológico 
 
→ Indicador direto do estado nutricional 
Medidas mais utilizadas: peso, estatura, pregas (bicipital, tricipital, 
subescapular e suprailíaca), circunferências do braço, da cintura, quadril e 
abdome. 
Peso Usual ou Habitual 
Peso Atual 
Peso Corporal 
É a soma de todos os componentes 
corporais e reflete o equilíbrio 
proteíco-energético do indivíduo. 
PA 
PU 
PI PAj 
PI amp 
PA 
É obtido em uma balança calibrada de 
plataforma ou eletrônica; o indivíduo deve 
posicionar-se em pé no centro da base da 
balança, descalço e com roupas leves. 
PU 
É informado pelo paciente ou 
acompanhante e utilizado como 
referência nas mudanças recentes de 
peso ou quando não há possibilidade 
de se medir ou estimar o peso atual. 
Peso Ideal ou Desejável 
Peso Corporal 
É utilizado para calcular as necessidades calórico protéicas quando o paciente está 
restrito ao leito e não é possível realizar a estimativa de peso ou ainda quando o 
paciente apresenta peso muito abaixo ou muito acima do ideal. 
O mais prático para o cálculo do peso ideal ou desejável é pela utilização do IMC: 
PI 
Peso Ideal = IMC desejado x Estatura (m) ² IMC - ADULTO Classificação 
< 16 kg/m² Magreza grau III 
16 a 16,9 kg/m² Magreza grau II 
17 a 18,49 kg/m² Magreza grau I 
18,5 a 24,99 kg/m² Peso adequado / Eutrofia 
25 a 29,99 kg/m² Sobrepeso / Pré-obeso 
30 a 34,9 kg/m² Obesidade grau I 
35 a 39,9 kg/m² Obesidade grau II 
≥ 40 kg/m² Obesidade grau III / 
Mórbida 
IMC - IDOSO Classificação (NSI, 1992) 
< 22 kg/m² Magreza 
22 a 27 kg/m² Eutrofia 
> 27 kg/m² Excesso de peso 
(OMS, 1995/1998) 
IMC - IDOSO Classificação (OPAS, 2003) 
< 23 kg/m² Magreza 
23 a 28 kg/m² Eutrofia 
28 a 30 kg/m² Sobrepeso 
> 30 kg/m² Obesidade 
IMCi - adulto 
• 22 kg/m² 
IMCi - idoso 
• 24,5 kg/m² 
(FAO, 1985) 
PI = IMCi x E ² 
Peso Ajustado 
Peso Corporal 
É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de 
nutrientes quando: 
• Pacientes com IMC > 27 Kg/m² (ASPEN) 
• Pacientes com obesidade mórbida ou 
 quando o PA for superior a 100% do PI (LAMEU, 2005) 
• A adequação do peso for superior 
 a 115% ou inferior a 95% do peso ideal 
 (CUPPARI, 2002) 
 
Peso Ajustado = (PI – PA) x 0,25 + PI 
Adequação de 
Peso (%) 
Classificação 
≤ 70 Desnutrição grave 
70,1 a 80 Desnutrição moderada 
80,1 a 90 Desnutrição leve 
90,1 a 110 Eutrofia / Peso adequado 
110,1 a 120 Sobrepeso 
> 120 Obesidade 
(BLACKBURN & THORNTON, 1979) 
PAj 
Adequação do peso (%) = PA x 100 
 PI 
Peso Ideal para amputados 
Peso Corporal 
Para corrigir o peso corporal ideal 
em amputados, deve-se subtrair o 
peso da extremidade amputada 
do peso ideal calculado. 
(BRUMSTROG, 1962) 
PI amp 
(OSTERKAMP, 1995) 
CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO SEGMENTO CORPORAL 
Membro Proporção do Peso (%) 
Mão 0,8 
Antebraço 3,1 
Braço até o ombro 6,6 
Pé 1,7 
Perna abaixo do joelho 7,0 
Perna acima do joelho 11,0 
Membro inferiorcompleto 18,6 
Fonte: Martins, 2000 
PI para amputados = (100% - %segmento amputado) - 100 
 100 
 Estimativa de Peso – Adultos e Idosos 
Peso Corporal 
Homem 
• Pest = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69)] 
Mulher 
• Pest = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35)] 
(CHUMLEA et al., 1985) 
(CHUMLEA et al., 1988) 
Peso Corporal 
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (CP) 
 
Fita posicionada na 
circunferência máxima 
Peso Corporal 
ALTURA DO JOELHO (AJ) 
Perna flexionada com ângulo de 90o 
Peso Corporal 
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) 
Mede o comprimento do braço e calcula o 
ponto médio 
Mede a CB com o braço estendido 
Peso Corporal 
PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (PCSE) 
Deitado, costas voltadas para o medidor 
Tronco em linha reta 
Ombros perpendiculares a espinha e á mesa do 
exame 
Pernas levemente flexionadas nos joelhos 
Cabeça apoiada sobre travesseiro 
Braço não utilizado sob travesseiro 
Prega desprendida do tecido muscular um 
centímetro abaixo formando ângulo de 45° 
 Estimativa de Peso com EDEMA 
Peso Corporal 
(BLACKBURN & BISTRIAN, 1977 apud KAMIMURA et al., 2003) 
Edema Excesso de peso hídrico 
+ Tornozelo 1 kg 
++ Joelho 3 a 4 kg 
+++ Raiz da coxa 5 a 6 kg 
++++ Anasarca 10 a 12 kg 
 Estimativa de Peso com ASCITE 
Ascite Excesso de peso hídrico 
Leve 3 a 5 kg 
Moderada 7 a 9 kg 
Grave 14 a 15 kg 
Peso Corporal 
(BLACKBURN et al., 1977) 
 Mudança de peso (%PP) 
A perda de peso involuntária é uma importante informação para avaliar a 
gravidade do problema de saúde, haja vista sua elevada correlação com a 
mortalidade. A determinação da variação de peso é realizada pela fórmula: 
% Perda de Peso = (PU – PA) x 100 
 PU 
PERDA DE PESO EM RELAÇÃO AO TEMPO 
Tempo Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%) 
1 semana 1 a 2 > 2 
1 mês 5 > 5 
3 meses 7,5 > 7,5 
6 meses 10 > 10 
Estatura 
 É medida utilizando estadiômetro ou o antropômetro. 
 O indivíduo deve ficar em pé, descalço, com os calcanhares juntos, as 
costas retas e os braços estendidos ao lado do corpo. 
 Alguns métodos alternativos para a estimativa de estatura em indivíduos 
impossibilitados de utilizar os métodos convencionais. 
MEDIDA DA ESTATURA – MÉTODO CONVENCIONAL 
Definição: Distância entre a parte mais alta da cabeça e a sola dos pés, 
medida realizada em posição vertical. 
 Indivíduo: 
Roupas leves e pés descalços. 
Sem adereços na cabeça e penteado desfeito. 
Técnica: 
Pés juntos, com calcanhares juntos. 
Costas retas, braços estendidos ao lado do corpo e joelhos estendidos. 
Encostar na superfície vertical 5 pontos anatômicos 
 
 
 
Linha imaginária do canal auditivo 
externo até a órbita inferior do olho 
 
(COGILL, 2003) 
(CHUMLEA et al., 1988) 
Pela Extensão dos braços (envergadura): 
Medida pela distância entre as pontas dos dedos 
médios quando os braços estiverem abertos no nível 
dos ombros. A medida corresponde à estimativa de 
estatura do indivíduo. 
- Na impossibilidade de medir toda a extensão dos 
braços, é possível realizar a medida da distância 
entre o esterno e a ponta do dedo médio de uma das 
mãos (hemi-envergadura), e multiplicar o valor 
obtido por 2. 
Estatura Recumbente: 
O indivíduo deve estar em posição supina e 
com leito horizontal completo. Marcar o lençol 
na altura da extremidade da cabeça e da base 
do pé no lado direito do indivíduo. Medir a 
distância entre as marcas utilizando uma fita 
métrica flexível. 
Estatura 
ESTIMATIVA DE ESTATURA 
 
 Pela altura do joelho (AJ) 
 
Estatura 
FÓRMULAS PARA ESTIMATIVA DE ESTATURA 
♂ 
• [64,19 – (0,04 x I em anos) + (2,02 x AJ em cm)] 
♀ 
• [84,88 – (0,24 x I em anos) + (1,83 x AJ em cm)] 
(CHUMLEA et al., 1988) 
♂ 
• 72,803 + 1,803 x AJ 
♀ 
• 51,875 + 2,184 x AJ 
(SILVEIRA et al., 1994 ) 
IDOSOS 
ADULTOS 
Estatura 
ESTIMATIVA DE ESTATURA 
Estatura 
ESTIMATIVA DE ESTATURA 
Circunferência do Braço (CB) 
Esta medida representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e 
gorduroso. 
Para sua determinação, o braço avaliado deve estar flexionado em direção ao tórax, 
formando um ângulo de 90o, mas na medição deverá estar estendido ao lado do corpo 
 
 
(JELLIFFE, 1966; FRISANCHO, 1990) 
ADEQUAÇÃO DE CB 
Adequação de CB = CB obtida x 100 
 CB do P50 
Classificação % adequação 
Desn. Grave < 70 
Desn. Moderada 70 – 80 
Desn. Leve 80 – 90 
Eutrofia 90 – 100 
Sobrepeso 100 – 120 
Obesidade > 120 
(FRISANCHO, 1990) 
VALORES DO 
PERCENTIL 50 DE 
HOMENS E 
MULHERES PARA: 
CB 
CMB 
DCT 
Circunferência do Braço (CB) 
 
 
(LEE & NIEMAN, 1993) 
PARÂMETROS DO BRAÇO 
PERCENTIL TECIDO ADIPOSO TECIDO MUSCULAR 
< 5 Magro/baixa reserva Magro/baixa reserva 
5 a 15 Abaixo da média/risco para déficit Abaixo da média/risco para déficit 
16 a 85 Média Média 
86 a 95 Acima da média Acima da média 
> 95 Excesso de gordura Boa nutrição 
Prega/Dobra Cutânea Tricipital (PCT ou DCT) 
 
Avalia o estado nutricional protéico 
Pacientes acamados – massa muscular varia com o nível de atividade 
Repouso prolongado leva atrofia muscular 
 
 
(LEE & NIEMAN, 1993; FRISANCHO, 1990) 
ADEQUAÇÃO DE PCT 
Adequação de PCT = PCT obtida x 100 
 PCT do P50 
Classificação % adequação 
Desn. Grave < 70 
Desn. Moderada 70 – 80 
Desn. Leve 80 – 90 
Eutrofia 90 – 100 
Sobrepeso 100 – 120 
Obesidade > 120 
Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
 
(FRISANCHO & JELLIFFE, 1973) 
CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x PCT (mm)) 
ADEQUAÇÃO DE CMB 
Adequação de CMB = CMB obtida x 100 
 CMB do P50 
Classificação % adequação 
Desn. Grave < 70 
Desn. Moderada 70 – 80 
Desn. Leve 80 – 90 
Eutrofia 90 – 100 
Sobrepeso 100 – 120 
Obesidade > 120 
Circunferência da Panturrilha (CP) 
 
 
 
(TROIANO, 1994) 
CP < 31 cm 
depleção de 
tecido muscular 
Músculo Adutor do Polegar (MAP) 
 
 
 
(LAMEU et al., 2004) 
Método: Com o indivíduo sentado, mão dominante 
repousando sobre o joelho homolateral, cotovelo em 
ângulo de aproximadamente 90° sobre o membro inferior 
utiliza-se o paquímetro para pinçar o músculo adutor no 
vértice de um ângulo imaginário formado pela extensão do 
polegar e do dedo indicador 
Sexo Valor (mm) Desvio Mediana 
Homens 12,5 ± 2,8 12 
Mulheres 10,5 ± 2,3 10 
Espessura do MAP em adultos 
Força de Preensão Muscular 
(dinamômetro) 
• Avalia força contração 
músculos mãos 
• Relação com 
 capacidade 
 funcional 
• DEP 
 Circunferência da Cintura (CC) 
 
 
 
 
 
 
 Relação Cintura-Quadril (RCQ) 
CC e RCQ 
Classificação Valores 
Risco de complicações 
metabólicas 
Homens Mulheres 
Sem risco < 94 < 80 
Risco alto ≥ 94 ≥ 80 
Risco muito alto ≥102 ≥88 
 
 
 
(OMS, 1997/1998) 
Homens 
> 1,0 
Mulheres 
> 0,85 
Indicador de risco para desenvolvimento de doenças 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 
 
(LOHMAN et al., 1992) 
% Gordura Corporal 
Classificação Homens Mulheres 
Risco de doenças 
associadas à 
desnutrição 
≤ 5 ≤ 8 
Abaixo da média 6 – 14 9 – 22 
Média 15 23 
Acima da média 16 – 24 24 – 31 
Risco de doenças 
associadas à 
obesidade 
≥ 25 ≥ 32 
Limitações da antropometria 
 
 
Presença de edema / retenção hídrica 
Estado de hidratação 
Acesso vascular 
Ascite 
Anasarca 
Queimaduras em grandes áreas corporais 
Fratura ou lesões de membros 
Pacientes acamados e amputados 
CONSUMO ALIMENTARDieta total 
• Nutrientes ou constituintes dos alimentos 
Alimentos 
ou refeições 
• Frequência de ingestão de nutrientes 
• Forma, tipo do alimento, método de cozimento 
• Diversidade e fonte alimentar 
Grupos 
alimentares 
• Frequência de ingestão de grupos alimentares 
• Conformidade com o plano alimentar 
Caracterís-
ticas da 
dieta 
• Refeições típicas, modificações na consistência e volume 
• Frequência das refeições, local, uso de suplementos 
polivitamínicos... 
Estado Nutricional (EN) 
“ É a condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo consumo e 
utilização de nutrientes, sendo identificada pelo somatório de 
informações obtidas de estudos físicos, dietéticos e bioquímicos”. 
(Associação Americana de Saúde Pública apud: ROSA, et al., 2012; ACUÑA et al., 2003; KAMIMURA et al., 2003) 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
AVALIAÇÃO FÍSICA 
ANAMNESE ALIMENTAR 
EXAMES BIOQUÍMICOS 
ESTADO 
NUTRICIONAL 
A avaliação do 
estado nutricional 
ainda não dispõe de 
padrão-ouro que 
propicie fazer 
diagnósticos das 
alterações 
nutricionais com alto 
nível de eficácia 
 
Dessa forma, é 
necessário utilizar 
uma associação de 
vários indicadores 
para melhor precisão 
e acurácia do 
diagnóstico 
nutricional dos 
pacientes 
hospitalizados 
OBRIGADA

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