Buscar

Fase do Desenvolvimento Adulto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

FASES DO DESENVOLVIMENTO ADULTO
 Bruna de Oliveira Moraes
 Juliana Moraes Almeida
 Lilian Mariano Castanho
A estudiosa da vida adulta, Gail Sheehy, divide a vida em passagens, sendo 
elas: Os Penosos 20 anos, O Ardil 30 anos, Revisão dos 35 anos, Aprovação dos 40 
anos e Renovação.
Em seu livro: “Passagens, crises previsíveis da vida adulta” Sheehy declara que 
antes de ler sobre as teorias do desenvolvimento de Erick Erikson, Margaret Mead e 
outros autores, tinha uma visão fragmentada do ciclo da vida do ser humano , porém a 
partir desses teóricos constatou que o que tinha escrito até o momento, não era muito 
mais do que mostrar as pessoas movendo – se no tempo.
A partir dessa constatação, ela se sentiu motivada em escrever de uma maneira 
diferente sobre as pessoas. As pesquisas realizadas através de vários materiais, como 
estatísticas, histórias e registros, fez com que ela começasse a sintetizar tudo e a 
pensar na generalização das pessoas durante o ciclo da vida, formando posteriormente 
uma composição coerente das fases que envolvem o ser humano. 
Seu livro foi baseado em entrevistas que realizou com um grupo de reguladores 
nos EUA, sendo esse um grupo de pessoas saudáveis e motivadas, que começaram a 
vida na classe média ou que nela ingressaram, tendo antes uma vida na pobreza ou 
até mesmo em guetos. 
Sheehy relata que “o período entre os 18 e os 50 anos é o centro da vida e a 
fase de maiores oportunidades e máxima capacidade”, segundo ela seu livro 
Passagens, fala sobre as mudanças previsíveis e contínuas na vida adulta e se 
posiciona contrária a muitos autores que ao falar do adulto, relatam apenas problemas. 
Ao escrever esse livro, a autora propôs três objetivos: localizar as mudanças 
interiores do indivíduo; comparar os ritmos de desenvolvimento entre homens e 
mulheres; examinar as crises previsíveis para os casais.
A primeira fase da vida adulta compreende dos 20 aos 30 anos, é classificada 
pela autora como os "Penosos Vinte Anos". Nesta fase o adulto está cheio de energia, 
acabando de passar pela transição da adolescência para a vida adulta. 
 O indivíduo está em um estado de êxtase, onde tem consciência de suas 
potencialidades e tem um ego forte, que orienta suas capacidades. Esse estado é 
descrito pela autora como um ganho de autenticidade.
 Os vinte anos são os primeiros passos para a independência, e o indivíduo tem 
que provar a sua competência perante a sociedade. Nessa fase existem várias tarefas 
que são ao mesmo tempo excitantes e penosas, é o início de preparação da vida para 
o trabalho e para dar forma a um sonho que está começando a se pensar. 
Uma característica importante dessa fase é que o indivíduo acredita que todas as 
decisões são irrevogáveis, ou seja, que suas opções serão para o resto da vida. Isso 
acontece porque nas fases antecessoras, ele não teve a experiência de mudar de 
opção.
 Sempre dois impulsos atuam nesse período, o primeiro é um sentimento de 
construir uma estrutura sólida e firme para o futuro e o segundo é à vontade de 
experimentar e explorar qualquer estrutura provisória e reversível. Para que a pessoa 
tenha opinião dela mesma ao final desse período e que consiga compensar essas 
atitudes durante uma vida provisória, é necessário que haja um equilíbrio desses 
impulsos.
 Nessa fase por mais que o indivíduo exiba aptidões e tenha bastante energia 
para entrar no mercado de trabalho, ainda persistem os medos secretos que estão 
guardados no interior de cada um.
É na fase dos vinte anos que a maior parte das mulheres começam a se decidir 
qual modelo de vida vão seguir.
 Os modelos de vida femininos são abordados pela autora, começando dos mais 
comuns entre as mulheres e terminando nos experimentais, que são os modelos em 
que elas ousam mais e que experimentam vivenciar a vida de maneira diferente da 
tradicional.
Os modelos são: Dispensadoras, Ouou, Nutrizes que adiam as realizações, 
Realizadoras que adiam as nutrições, Integradoras, Mulheres que nunca se casam e 
Inconstantes.
As Dispensadoras se casam aos vinte anos. Elas vivem para amar, amparar e 
realizar qualquer ambição pessoal através de outra pessoa, geralmente carregam os 
sonhos do marido como metas a alcançarem em suas vidas e não pretendem ir além 
do papel doméstico nessa época.
As Ouou são mulheres que aos vinte anos acreditam ser capazes de ter apenas 
uma escolha, ficando elas entre o amor e filhos, ou trabalho e realização pessoal. A 
partir dessas escolhas, essas mulheres podem ser classificadas em dois tipos: nutrizes 
que adiam as realizações, elas adiam a vida profissional para se casarem e dedicarem 
à família, e mais tarde pretendem dedicar-se a uma atividade extra familiar; e as 
realizadoras que adiam as nutrições, adiam a maternidade e o casamento para se 
dedicarem primeiro a sua preparação profissional.
As Integradoras tentam combinar maternidade, casamento e profissão. Na 
década dos trinta anos, elas podem ter experiências de confianças suficientes para 
integrarem todas as suas prioridades concorrentes.
As mulheres que nunca se casam são as paranutrizes e “esposas de escritório”, 
segundo a autora, que dedicam suas vidas aos cuidados de homens públicos e 
políticos que voltam as suas criatividades para “filhos do mundo”, essas mulheres 
geralmente são profissionais da área da saúde e educação.
E as Inconstantes escolhem aos vinte anos manter suas opções em aberto, sem 
comprometimentos, onde ampliam e vagueiam por relacionamentos sexuais, carreiras 
profissionais e espaços geográficos.
 O "Ardil-30 anos" é a segunda fase da vida adulta. Nesta fase a autora relata ser 
frequente às sensações de restrições profissionais e pessoais. Explica que os 
sentimentos vivenciados pelo indivíduo ao aproximar dos 30 anos, derivam das 
escolhas feitas aos 20 anos, pois embora possam ter sido apropriadas naquela idade, 
já não se encaixam no momento atual. 
Em virtude disso, começam as percepções de alguns aspectos internos como 
novas escolhas, que não foram possíveis perceber na década anterior. Esses aspectos 
podem ser vivenciados lentamente ou abruptamente, dependendo dos desejos a serem 
conquistados.
Uma das reações comuns nessa transição para os 30 anos é a de destruir tudo 
o que se construiu durante uma boa parte dos 20 anos, essa reação pode significar a 
busca de uma outra alternativa. Isso ocorre porque tais mudanças não significam a 
modificação das aparências externas, ou seja, por um lado o indivíduo tem mais 
certeza sobre si mesmo e por outro lado começa a ver e ouvir algumas influências do 
meio em que vive e reconhecê-las aos poucos. 
Começamos a relaxar a guarda, a porta de ferro que tentamos fechar contra o 
ambivalente vigia anterior, quando queríamos provar a força que nossa 
identidade era fruto exclusivo de nossa própria inspiração, esta porta agora 
começa a ceder. (SHEEHY, 1998, p. 192). 
 Nesse processo de desenvolvimento o desafio consiste em escolher as 
qualidades que o adulto deseja reter dos modelos infantis, fundi-las com as qualidades 
e capacidades que distinguem o homem como indivíduo e formar um novo conjunto.
Talvez esse desejo de mudança do que foi planejado na década que passou, 
esteja no amadurecimento que o indivíduo teve aos longos desses anos, podendo 
agora com maturidade decidir seu projeto de vida.
Para falar da "revisão dos 35 anos", que é a terceira fase da vida adulta a autora 
faz uma diferenciação entre os gêneros. Abordando sobre as dificuldades e vantagensda figura do sexo feminino, ela relata que as mulheres chegam nessa encruzilhada 
mais cedo que os homens, a percepção da “corrida do tempo” por volta do 35 anos 
provoca nas mulheres antecipadamente uma urgência com a sensação de última 
oportunidade para rever seus projetos de vida. Essa urgência é mais ou menos intensa 
dependendo do modelo de vida que ela seguiu até o momento. 
Aos trinta e cinco anos, a mulher revê seus papéis sociais e algumas opções 
que já fez comparando-os com o que não conseguiu realizar e com aqueles que o 
futuro previsível a impossibilitará, devido ao envelhecimento ou outro fator biológico.
Em virtude desse declínio físico, a mulher entra em uma fase delicada para 
infidelidade, pois tem a ideia de que “esta é minha última oportunidade de ter um 
romance antes de eu ficar feia”. (SHEEHY, 1998, p. 356).
Essa fase pode ser considerada uma fase de libertação, onde muitas vezes 
mulheres que são submissas se veem em um momento de transformação e de 
mudanças, dando novos rumos a sua vida.
Para que essa crise de autenticidade seja superada é necessário que a mulher 
reavalie seus propósitos e passe a ter uma nova visão de como se portar de agora em 
diante.
Em relação às mulheres americanas casadas, é aos trinta e cinco anos que 
muitas voltam ao mercado de trabalho e esperam fazer parte da força de trabalho nos 
próximos vinte e quatro anos, a maioria delas trabalham para ajudar o marido a manter 
um determinado padrão de vida ao que a família está acostumada.
As mulheres que tem mais de trinta anos enfrentam dificuldades na reinserção 
ao mercado de trabalho, e muitas delas que já estão casadas e com filhos conseguem 
exercer funções que não são tão prestigiosas como as que tinham antes de casar.
 Aos trinta e cinco anos a fronteira biológica fica presente, é nessa fase que 
ocorre o fim dos anos fecundos, a mulher nutriz que deixou a gravidez de lado, vê o 
seu tempo se esgotar e a mulher realizadora que ainda não se casou têm que enfrentar 
a questão da maternidade. Muitas mulheres solteiras entre trinta e cinco e trinta e nove 
anos preferem optar pela adoção e outras que são profissionais solteiras se apaixonam 
pela experiência de estarem grávidas.
Segundo a autora, algumas crenças, relatam que após os trinta e cinco anos ter 
um filho se torna arriscado, não é recomendado. Após uma consulta a várias fontes, a 
autora informa que o único risco é do bebê nascer com Síndrome de Down e cita 
outros autores que apontam o principal fator de risco da gravidez aos trinta anos ou 
mais, que está voltado ao cuidado médico inadequado e ao baixo nível sócio 
econômico do que a própria questão da idade.
Alguns especialistas americanos dizem que “com bom cuidado obstétrico, não 
deve haver diferença entre mulheres com quarenta anos e mulheres com menor idade”. 
(Dr. Raymond L. V. Wiet, apud, Sheehy, 1998, p.362).
As mulheres que engravidam pela primeira vez aos trinta cinco anos ou mais são 
chamadas de primogesta idosa e na pesquisa realizada pela autora geralmente são 
divorciadas, não tem filhos e se casam outra vez aos trinta e oito ou trinta e nove anos.
Na quarta fase da vida adulta: "Aprovação dos 40 anos" também se percebe 
diferença entre os gêneros, nessa fase a autora dá mais ênfase as dificuldades e 
vantagens da figura do sexo masculino. Gail relata que a maioria dos homens reagem 
com o aumento da velocidade na corrida pela conquista de posição profissional, sendo 
a última chance de se destacar no rebanho.
Sheehy (1998) acredita que em nossa sociedade, completar 40 anos é para o 
homem um acontecimento balizador por si só. 
Por costume, como se ele fosse mercadoria numa prateleira de saldos, será 
desdenhado por seus empregadores e silenciosamente terá seu valor remarcado 
para cima ou para baixa, recalcificado numa nova categoria por seus 
seguradores, rotulado por seus competidores. (SHEEHY, 1998, p. 372).
Sendo as pirâmides como são no mundo profissional, a maioria dos homens 
terão de reajustar para baixo seus sonhos, variando a intensidade do ajuste. Isso não 
significa que tenham de se flagelar por serem medíocres. Na verdade, isso pode salvá-
los de futuras esperanças frustradas e incitá-los a encontrar repouso numa segunda 
carreira ou em outra maneira de trabalhar dentro da ocupação original que proporciona 
mais sentido.
É nessa fase que o homem começa a perceber e ter consciência que está 
ocorrendo um declínio biopsicossocial e que junto com ele vêm rótulos e críticas da 
sociedade que acabam influenciando o modo de pensar sobre si próprio.
Em relação à mulher, essa fase é caracterizada por uma busca em renovar seus 
objetivos nessa segunda metade da vida, isso não se dá através de uma dispensação 
de cuidados, mas sim pela manifestação de algumas ambições passadas pelo cultivo 
de talentos semi-acabados e uma certa agressividade a favor de suas convicções. Se 
essa busca ocorresse na primeira metade da vida, essa seria a favor de outra pessoa e 
não de si própria.
O conceito da generatividade na mulher nessa fase da vida, se dá quando ela 
perde o poder de procriação e acaba se sentindo obrigada a reorientar as suas 
energias, tendo uma nova criatividade, e “qualquer que seja a atividade que uma 
mulher deseja a seguir, ela dá mais de si mesma a essa atividade do que jamais fez do 
que quando ainda estava aberta a opção de reproduzir –se”. (SHEEHY, 1998, p.401).
Com isso, a mulher tende a cada vez mais, se interessar pelas gerações futuras, 
como também se despertar para movimentos nacionais, reformas políticas e outras 
questões sociais.
Em resumo, o homem tem como luta na meia idade derrotar a estagnação 
através da generatividade e a mulher busca a independência através da auto – 
afirmação.
A "Renovação" é a última fase na classificação de Gail, num determinado 
ponto, em meio aos 40 anos o equilíbrio é recuperado pelo fato de atingir uma nova 
estabilidade, podendo ser mais ou menos satisfatória. 
A principal virtude dessa idade está associada à experiência, é ela quem vai 
decidir se a pessoa assume um sentimento de resignação e passa a encarar tudo 
como abandono ou provoca uma reavaliação das suas verdades privadas durante a 
passagem da meia idade.
Na segunda opção o indivíduo pode modificar muitas suposições e ilusões que 
tivera na juventude, isso faz com que o indivíduo tenha uma grande possibilidade de 
enfrentar problemas e eventuais mudanças que possam ocorrer em sua vida. 
Essas duas possibilidades que a experiência traz ao indivíduo, é que vão 
determinar se esses serão os melhores ou piores anos da fase em que se encontra.
Aos 50 anos as amizades são extremamente importantes para o indivíduo, mas 
a privacidade também tem um grande valor, o lema desse estágio segundo Sheehy 
poderia ser "Daqui para frente, nada de besteiras".
A coragem de dar novos passos permite-nos abandonar cada estágio com suas 
satisfações e encontrar as novas respostas, que liberarão a riqueza do estágio 
seguinte. (SHEEHY, 1998- p. 482).
 Conforme verificado no texto a autora dá ênfase e dedica-se apenas a vida 
adulta, que segundo ela é pouco estudada pelos pesquisadores. Sheehy em sua 
pesquisa descreve as mudanças que ocorrem com os homens e as mulheres na vida 
adulta de uma forma padronizada e sem interferência do meio, 
SHEEHY, G. “Passagens, crises previsíveis da vida adulta”, 1998, New York, Editora 
Francisco Alves.
	 Lilian Mariano Castanho

Continue navegando