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serviço social e idosos

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11111Lato & Sensu, Belém, v. 4, n. 1, p. 3-5, out, 2003.
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SERVIÇO SOCIAL NA TERCEIRA IDADE :
UMA PRÁXIS PROFISSIONAL.
Dayse Jaqueline Macedo de Souza1
1 Aluna do 4º ano do Curso de Serviço Social da UNAMA e monitora da disciplina Teoria do Serviço Social I na UNAMA.
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo discutir a questão do Serviço Social na prática
com o idoso, objetivando primeiramente fazer um breve comentário da evolução da profissão e em
seguida tecer considerações a cerca do idoso, enquanto ser social de direitos, fazendo nexo com a
prática do Serviço Social enquanto profissão, numa visão transformadora e crítica da realidade
social, além de destacar a exclusão social sofrida pelo idoso, tendo a sociedade civil e os familiares
para valorizá-lo cultivando o respeito e o cuidado pelos mesmos sem perder de vista a totalidade
das relações sociais.
22222 Lato& Sensu, Belém, v.4, n.2, p. 6, out, 2003.
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O presente trabalho tem
como objetivo compreender as
contradições intríssecas nas re-
lações sociais, tendo como meta
tecer comentários a respeito do
Serviço Social na terceira idade,
a partir da alínea crescimento da
população idosa e
conscientização da sociedade so-
bre o idoso enquanto ser social,
além de resgatar o cuidado pela
pessoa idosa por parte dos fami-
liares. O texto procura focalizar
a prática do Serviço Social , ten-
do como determinante a auto va-
lorização do idoso, enquanto su-
jeito de direito.
Historicamente, a profis-
são de Serviço Social emergiu nos
E.U.A. fundamentada no
pragmatismo, utilitarismo e
positivismo e, na Europa, pelos
valores religiosos. No Brasil, o
Serviço Social constituiu-se, ini-
cialmente vinculado à escola eu-
ropéia e em seu processo
evolutivo ligado à escola ameri-
cana. Sobre a evolução do Servi-
ço Social, Martinelli (2000) diz
que:
Sua trajetória instalou-
se em meio a um comple-
xo quadro social em que
se combinavam questões
políticas, ambições
colonialistas, corrida
armamentista internaci-
onal, variáveis comple-
mentadas pelo processo
de consolidação e expan-
são do capitalismo em
escala mundial.(p.108)
Hoje o Serviço Social,
enquanto profissão, deixou de lado
os interesses europeus e ameri-
canos para responder as contra-
dições sociais vigentes, acompa-
nhando as modalidades ocorridas
na estrutura social que teve seu
ponto de partida na indústria mo-
derna que marcou profundamen-
te as relações sociais. O Serviço
Social engendrado nesse contex-
to vem acompanhando o desen-
volvimento do homem enquanto
ser social, visto que ele é segun-
do o autor Roque Laraia (2000):
“Resultado do meio cultural em
que foi socializado. Ele é her-
deiro de um longo processo
acumulativo, que reflete conhe-
cimento e a experiência adqui-
rida pelas inúmeras gerações
que o antecederam”.(p.46)
Neste trabalho, vamos
priorizar a análise ligada a reali-
dade do idoso no Brasil, sem per-
der de vista a totalidade das rela-
ções sociais e sua evolução em
nosso contexto político, econômi-
co, cultural e ambiental.
A evolução do homem
no meio social, às transformações
demográficas favoreceu o cres-
cimento expressivo da população
idosa com mais de 60 anos ,po-
rém, não acompanhou o dina-
mismo social , a estrutura
societária, a partir do momento
que não criou mecanismos que
acompanhasse as mudanças
ocorridas em seu interior.
Atendendo então, às
novas exigências, o Serviço So-
cial na prática com o idoso, tem
o desafio de conscientizar a po-
pulação do verdadeiro papel do
idoso, garantindo o seu lugar
numa sociedade que passa por
grandes mudanças que estão
centradas no avanço tecnológico,
favorecendo a relação entre mer-
cado e consumo, e nessa lógica
valoriza-se quem produz e con-
some.
A situação de ser útil
apenas pelo que produz na socie-
dade capitalista ,influi diretamen-
te sobre a vida e personalidade
da pessoa idosa, que passa a ter
certas condutas desviantes por se
acharem improdutivos e acredi-
tarem que sua ação com os de-
mais resulta somente da interação
e de sua relação com a natureza
por intermédio do trabalho.
O desafio do serviço so-
cial, diante da questão do idoso,
que vive momentos de exclusão
social, é propender o diálogo en-
tre as diferentes faixas etárias a
fim de despertar a sensibilidade
por todas as pessoas que sofrem
diversas formas de discriminação,
além de potencializar a pessoa
idosa a acreditar em si, como
pessoa de direitos , isso os levará
a redescobrir sua verdadeira iden-
tidade, assumir-se como pessoa
imprescindível a sua produtivida-
de social. De acordo com o arti-
go 230 da Constituição Federal
de 1988: “A família, a socieda-
de e o Estado tem o dever de
amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação
na comunidade , defendendo
sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à
vida”.
No entanto, o Estado e
a sociedade civil como um todo
não prima pelo que está estabe-
33333Lato & Sensu, Belém, v. 4, n. 1, p. 3-5, out, 2003.
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lecido na constituição, cabendo ao
Serviço Social, junto ao idoso e
seus familiares, trabalhar essa
questão. Cabe ao Serviço Social,
em sua função educativa e políti-
ca, trabalhar os direitos sociais do
idoso, resgatar sua dignidade, es-
timular consciência participativa
do idoso objetivando sua
integração com as pessoas, tra-
balhando o idoso na sua particu-
laridade e singularidade, levando
em consideração que ele é par-
cela de uma totalidade que é com-
plexa e contraditória.
No tange à família e à
sociedade civil, o Serviço Social
tem como missão precípua , te-
cer considerações e reflexões
sobre a questão do idoso , basea-
do numa visão transformadora e
crítica, despertando em ambas o
cuidado e o respeito pela pessoa
idosa. Isso nos servirá como si-
nal de valorização do respeito pelo
nosso próprio futuro, pois have-
remos de adquirir idade e inevi-
tavelmente nos confrontaremos
com a velhice. Conforme afirma
Hermanova(1982) : Os que es-
tão envelhecendo são aqueles
que depois de terempassado
por um período de crescimento
e maturidade, entram numa
fase que tem sido chamada pe-
los franceses de troisieme agê
ou terceira idade. (p.3)
É interessante observar
que os segmentos comprometidos
com mudanças sociais e nesse
eixo o Serviço Social encaixa-se
perfeitamente, reconhece o ido-
so como sujeito, cidadão, vislum-
brando o seu valor. Porém ,a va-
lorização do idoso não deve par-
tir somente do segmento que tra-
balha nessa área, mas, principal-
mente, do eixo familiar, uma vez
que é referência para o indivíduo.
Nesse sentido, Kaloustian (2000),
nos alerta que: “o Serviço Soci-
al liberto das amarras da prá-
tica tradicional tem uma visão
transformadora e crítica da
sociedade, propiciou a percep-
ção da família no interior das
questões mais amplas, contra-
ditórias e complexas.”(p.23). O
Serviço Social, no trato com a fa-
mília do idoso, deve orientá-los a
respeitar a tomada de decisão do
idoso consciente, respeitando sua
autonomia e liberdade pessoal.
Segundo a autora Anita Neri
(2000): “Temos que cuidar para
não vitimar e ou discriminar o ido-
so, cujas relações com a família,
sociedade e as gerações mais jo-
vens já foram suficientemente
marcadas por preconceito.
(p.242)
A pretensão momentânea
desse trabalho foi registrar infor-
mações à cerca do Serviço Soci-
al na prática com a terceira ida-
de, tendo como determinante a
auto-valorização do idoso
embasado numa concepção ho-
mem-mundo , tendo o Serviço
Social uma atuação interventiva
na realidade social, com propen-
são a modificar e transformar a
realidade do idoso, vendo-o como
sujeito de direitos e valorizando-
o na sociedade, procurando por
intermédio de ações interven-
tivas, superar as formas de isola-
mento e exclusão social.
REFERÊNCIAS BIBLIO-
GRÁFICAS
FERRARI, Branca T. Brasil dis-
crimina seus velhos. CT.Revista
brasileira de clinica e terapêu-
tica . São Paulo, v.13, n.7, p.19-
27, jul. 1984.
HERMANOVA, Hana. Novas
Diretrizes nos países industriali-
zados. In: Organização mundi-
al de saúde: Remoçar a velhice.
[S.L. : s.n.],1982. (Publicação
avulsa).
KALOUSTIAN,Silvio (Org.).
Família brasileira: a base de
tudo: 4. ed. São Paulo:Cortez,
2000.
LARAIA,Roque de Barros .Cul-
tura :um conceito Antropológico
. 13. ed. Rio de Janeiro:Jorge
Zahar, 2000.
NERI,Anita Liberalesso
(Org.).Qualidade de vida e ida-
de madura.Campinas: [s.n.],
1993. (Coleção Viva Idade).

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