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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Pato Branco Laboratório de Física III – Professor Jalves Figueira Pato Branco 2015 CAPACITORES Laboratório de Física III Curso: Engenharia Elétrica – Código: FI23EL Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Pato Branco 01 Viviane Correia - Turma A __________________________________________________ Assinatura 02 Tiago Michel - Turma A _________________________________________________ Assinatura 03 Marcus Matheus - Turma A _________________________________________________ Assinatura 04 Vinícius Miranda – Turma A _________________________________________________ Assinatura Sumário 1. Introdução ..................................................................................................................... 2 2. Procedimento Experimental ........................................................................................... 3 2.1 Materiais Utilizados............................................................................................................ 3 2.2 Métodos ............................................................................................................................ 3 3. Resultados ..................................................................................................................... 4 4. Discussão ....................................................................................................................... 6 4. Conclusão ...................................................................................................................... 8 5. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 9 Pato Branco 2015 2 1. Introdução Este experimento tem como objetivo estudar o capacitor. Um dispositivo elétrico que tem a função de armazenar energia potencial elétrica. Os capacitores têm como elementos básicos dois condutores, de geometria qualquer, que podem ser chamados de armaduras ou placas, entre as placas existe um material que é chamado de dielétrico (substância isolante que possui alta capacidade de resistência ao fluxo de corrente elétrica). As pilhas de uma máquina fotográfica, por exemplo, armazenam energia na unidade de flash carregando um capacitor. Como as pilhas só podem fornecer energia aos poucos, não seria possível produzir uma luz muito forte usando diretamente a energia das pilhas. Um capacitor carregado, porém, pode fornecer a energia com uma rapidez muito maior quando a unidade flash é disparada, o suficiente para produzir um clarão. Outro exemplo são os pequenos capacitores formados pelas teclas de um teclado de computador. No momento em que pressionamos uma tecla, as placas do capacitor são conectadas fornecendo uma pequena corrente elétrica que libera um sinal para o computador. A física dos capacitores pode ser aplicada a outros dispositivos e outras situações que envolvem campos elétricos. O campo elétrico existe na atmosfera da Terra, por exemplo, é modelado pelos meteorologistas como sendo produzido por um gigantesco capacitor esférico que se descarrega parcialmente através de relâmpagos. A carga que os esquis acumulam quando deslizam na neve pode ser modelada como sendo acumulada em um capacitor que se descarrega frequentemente através de centelhas. No experimento realizado, as placas estavam organizadas na forma de um capacitor de placas paralelas, tendo cada placa uma área (A) e separadas por uma distância (d). Por serem condutoras, as placas constituem superfícies equipotenciais, ou seja, possuem o mesmo potencial elétrico. Os passos em nossa discussão dos capacitores, juntamente com dielétricos, será determinar a quantidade de carga que um capacitor é capaz de armazenar, isoladamente, e com a presença de dielétricos em seu interior. De acordo com a teoria, o esperado é que o efeito do dielétrico enfraqueça o campo elétrico inicial no interior do dielétrico por um fator K através do aumento da capacitância. (Halliday, David, 1916 – Fundamentos de Física 3, 7.Ed) Pato Branco 2015 3 2. Procedimento Experimental 2.1 Materiais Utilizados Micrômetro, erro (+- 0,05 mm); Paquímetro, erro (+- 0,01 mm); Multímetro; Folhas de plástico; Placa de vidro; Capacitor variável de placas paralelas; 2.2 Métodos Primeiramente, com o paquímetro, mediu-se o diâmetro das placas do capacitor e calculou-se sua área. Com o micrômetro, mediu-se a espessura de duas lâminas de transparência (folha de plástico), após inseriu-se as mesmas entre as placas do capacitor, de forma que não ficou ar entre as placas. Através do multímetro, mediu-se a capacitância e calculou-se a constante dielétrica da transparência. Considerou-se a distância d como a espessura de 2 lâminas e ɛ0=8,85x10-12 F/m. Após, retirou-se as lâminas com cuidado para não mover as placas e não alterar a distancia d. Mediu-se a capacitância e calculou-se a constante dielétrica do ar. Repetiram-se esses procedimentos para 4 lâminas, 6 lâminas, até um total de 10 lâminas, medindo a capacitância e calculando a constante dielétrica em cada caso. Completado as 10 lâminas de plásticos, estas foram retidas e em seguida inserido uma placa de vidro, onde mediu-se a capacitância e calculou-se a constante dielétrica, com e sem a placa de vidro. Pato Branco 2015 4 3. Resultados Obtidos os dados através do experimento, e a partir das equações abaixo, calculou-se a constante dielétrica K para cada medida. C= ɛ0A/d ɛ= ɛ0 k ɛ0 = vácuo ɛ = permissividade do meio A = área d = distância entre as placas do capacitor k = constante dielétrica Como neste relatório buscou-se encontrar a permissividade do meio (ɛ) e a constante dielétrica (k), resolvendo as equações geometricamente, chegou-se nas seguintes equações: ɛ = Cd/A k = ɛ/ɛ0 Para calcular a constante dielétrica precisa-se saber apenas a capacitância das lâminas a uma distância, em uma dada área. Todos os dados são encontrados facilmente: a distância entre as placas paralelas é dada pela espessura das lâminas, que vai se somando a partir que um número maior de lâminas é colocado, e do vidro. A área em questão é a da circunferência, que é o formato das placas do capacitor. Sabe-se ainda a capacitância encontrada em cada um dos experimentos, pela leitura feita com o multímetro. Calculou-se K para cada um dos casos. Os dados e resultados dos cálculos estão apresentados nas tabelas 1, 2, 3, 4 e 5. Considerou-se o valor da permissividade do vácuo ε₀ = 8,85. 10 -12 F/m. A constante dielétrica é adimensional. Para o cálculo da área do capacitor, sabendo-se o diâmetro medido d = 0,1m, bastou aplicar a equação para área de um círculo: Tendo diâmetro = 0,1m, a área da placa é A= 7,85 * 10 -3 m². Na tabela 1 constam os valores de capacitância medidos para cada espessura de transparência, bem como a constante dielétrica, obtida por recorrência à equação C= ɛ0A/d. Pato Branco 2015 5 Tabela 1: Medidas - Transparência N Distância (mm) Capacitância (nF) Permissividade (F/m) k 1 0,28 0,35 1,25 * 10 -11 1,41 2 0,57 0,24 1,74 * 10 -11 1,97 3 0,83 0,18 1,90 * 10 -11 2,15 41,11 0,14 1,98 * 10 -11 2,24 5 1,38 0,12 2,11 * 10 -11 2,38 Na tabela 2 encontram-se os valores de capacitância medidos para cada “espessura de ar”, bem como a constante dielétrica. Tabela 2: Medidas - Ar N Distância (mm) Capacitância (nF) Permissividade (F/m) k 1 0,28 0,19 6,73 * 10 -12 0,76 2 0,57 0,12 8,67 * 10 -12 0,98 3 0,83 0,09 9,55 * 10 -12 1,08 4 1,11 0,07 9,91 * 10 -12 1,12 5 1,38 0,06 1,05 * 10 -11 1,19 Na tabela 3 encontram-se os valores de capacitância medidos para a espessura com e sem o vidro, respectivamente, bem como a constante dielétrica. Tabela 3: Medidas - Vidro Distância (mm) Capacitância (nF) Permissividade (F/m) k 2,87 0,16 5,85 * 10 -11 6,61 2,87 0,04 1,45 * 10 -11 1,64 A partir dos valores obtidos, calculou-se a constante dielétrica média (Km) através da equação: Km = ( ) / 10 Pato Branco 2015 6 Em seguida, calculou-se o erro percentual entre a média dos valores das constantes dielétricas K e seus respectivos valores teóricos. Os resultados obtidos estão na tabela 4: Tabela 4: Constantes dielétricas Meio K (média) K (teórico) Erro (%) Transparência 2,03 1,9 6,84 Ar 1,03 1,006 2,38 Após o cálculo da média das constantes dielétricas, estas foram utilizadas na equação ɛ= ɛ0K para encontrar o valor experimental da permissividade de cada meio, e comparado com os valores teóricos. Os resultados obtidos estão na tabela 5: Tabela 5: Cálculo da permissividade Meio Permissividade (F/m) Valor teórico Permissividade (F/m) Valor encontrado Transparência 2,00 * 10 -11 1,79 * 10 -11 Ar 8,84 * 10 -12 9,11 * 10 -12 Vidro 6,00 * 10 -11 5,85 * 10 -11 4. Discussão Ao final do experimento, notamos que os resultados ficaram próximos dos valores teóricos correspondentes. As constantes dielétricas experimental da transparência e do ar, a permissividade elétrica de cada meio, tiveram resultados satisfatórios, com pequenos erros percentuais. Essa divergência nos valores encontrados com os teóricos podem ser justificados com as limitações que possuímos no laboratório, tanto na parte da qualidade dos equipamentos, como também no tempo, quantidade de medidas realizadas e nosso próprio erro nas medições. A fim de obter resultados mais satisfatórios e minimizar o erro, seriam necessário equipamento de melhor qualidade, mais medidas, tempo e precisão. Nos gráficos abaixo, podemos observar que o comportamento da capacitância segundo as distâncias entre as placas do capacitor e o dielétrico presente no meio segue como descrito pela teoria. Pato Branco 2015 7 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 C ap ac it ân ci a (n F) Distância (mm) Gráfico da capacitância com dielétricos [ C=f(d) ] Transparência Ar y = 0,0791x + 0,0772 y = 0,045x + 0,0327 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 C ap ac it ân ci a (n F) Distância (mm) Gráfico da capacitância com dielétrico [ C=f(1/d) ] Transparência Ar Reg. Linear (Transp) Reg. Linear (Ar) Pato Branco 2015 8 4. Conclusão O capacitor é um componente presente em quase todos os equipamentos eletrônicos, o que o torna um componente indispensável na eletrônica e microeletrônica dos dias atuais. Observamos que cada material possui uma constante dielétrica diferente, isto é, uma característica de material para material. A capacitância é diretamente proporcional a essa constante dielétrica. Como a constante dielétrica da lâmina de plástico é maior que a do ar, e as placas dos capacitores foram colocadas na mesma distância, a capacitância com lâminas é maior do que a do ar, ou seja, percebemos as influências que materiais dielétricos têm na capacitância de um capacitor. Matérias como vidro e plástico, quando introduzidos na forma de dielétricos no meio do capacitor, aumentam sua capacitância. Com este experimento, alcançamos os objetivos propostos, que foram encontrar as constantes dielétricas (K) dos materiais e a permissividade elétrica de cada meio (ε), através das várias medidas da capacitância e distância, e compará-las com os valores teóricos. Apesar das diversas dificuldades encontradas durante o experimento, podemos considerar os resultados satisfatórios, dentro dos limites aceitáveis. Pato Branco 2015 9 5. Referências Bibliográficas [1] Halliday, David. “Fundamentos de Física – Eletromagnetismo”. Ed. 7 V.3 Cap. 25. [2] TIPLER, Paul Allen - Física para cientistas e engenheiros – Vol.3 – 6ª Edição. Rio de Janeiro: ABDR, 2009.
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