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Direito Penal I

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Direito Penal I
Período Primitivo
Vingança Divina: ‘’Os deuses castigavam’’ exemplo: sacríficos.
Vingança Privada: Mais estruturada ‘’olho por olho, dente por dente’’ os particulares aplicavam as penas – Lei do Talião Código de Hamurabi.
Vingança Pública: Eram os castigos públicos, que aconteciam nas praças públicas, ideia de proteger a sociedade.
Fato típico: tipificado. Praticamos e previamente prevista no artigo CP
Escolas Penais:
1- Escola Clássica: Carrara, a pena tinha caráter retributivo, existia o livre arbítrio.
2- Escola Positiva: Lombroso, criminoso nato, onde o livre arbítrio não existe e a pena era de caráter social.
3- Terza Scuola Italiana: Medida de segurança para o inimputável, meio em que vive.
Crime caracteriza-se como fato típico e antijurídico.
Imputabilidade:
Potencialidade de consciência de ilicitude (saber que está fazendo algo de errado)
Exigibilidade de conduta diversa: vis compulsiva e vis absoluta.
4- Escola Penal humanista: Pena como caráter educacional, ‘’embrião dos direitos humanos’’
5- Escola Técnico Jurídica: se prende exclusivamente ao estudo da lei penal
6-Escola Moderna Alemã: Franz Von Liszt, direito penal deveria se preocupar com a política criminal (desistência voluntária.
7- Escola Correcionalista: Correção moral, teorias relativas a pena. Que a pena fosse suficiente para corrigir.
8- Escola da Nova defesa Social: Visão social, pena tem caráter de prevenção. 
Direito penal sentido material: conjunto de normas que disciplina a vida do homem na sociedade
Sentido analítico: fato típico, antijurídico (ilícito) e culpável. 
Fontes: são os costumes e a sociedade deve ser dinâmica. 
Vingança divina, privada e pública. 
Pena: privação da liberdade (artigo 32) necessária e suficiente.
Imediata: Lei, é o que temos pronto. 
Mediata: Costumes e princípios gerais do Direito. 
Princípios gerais do Direito (inerente a sociedade)
Subjetivo: aspecto axiológico, aquilo que você não vê, convicção, sentimento de obrigatoriedade (o que sente)
Objetivo: aspecto morfológico, aquilo que você vê, comportamento uniforme e reiterado (o que vê)
OBS: Hábito(cada um tem uma identificação) é diferente de costume. (Vem de um sentimento de obrigatoriedade) 
Princípio da insignificância (PROL)
Periculosidade de ausência
Reprovabilidade mínima
Ofensividade mínima
Lesividade mínima
OBS: O direito penal é seletivo, ou seja, ele descreve condutas e associa as penas.
Lei
A lei não incriminadora é aquela que não descreve crime e não associa pena. Serão aquelas que delimitam o âmbito de aplicação da norma penal incriminadora. Criará as regras e as balizas para a aplicação da norma penal incriminadora. 
Permissivas (ART 128, CP) 
Complementares ou explicativas: quando todas as coisas são definidas de forma correta, quando são explicativas.
A lei penal criminadora é aquela que possui dois preceitos: 
Preceito primário: É aquele que descreve o crime 
Preceito secundário: É aquele que impõe a pena 
OBS: Antijurídico e ilícito é a mesma coisa. Exercício regular do Direito.
Lei Penal
NORMA PENAL EM BRANCO: é aquela norma na qual preceito primário, ou seja, a descrição do tipo está incompleta. E o seu complemento virá de outra fonte formal. 
I- Sentido Lato: é aquela na qual a fonte formal é da mesma origem da outra fonte formal, ou seja, virá de outra lei. ART 237, CP. 
EXEMPLO: (Contrair casamento= casar). Impedimento para o casamento é ser casado, casar com ascendentes ou descendentes. ART 1521, CC. Outra lei diz o impedimento. 
II- Sentido Estrito: vem de fonte diversa da lei (fonte infra legal). Art 33 da lei 11343/2006 fala do tráfico de entorpecentes. O seu complemento primário vem de fonte formal diversa da Lei. 344/1998 (EX.: uma Portaria, Decretos). 
LACUNAS NO DIREITO PENAL
As lacunas ocorrerem quando a conduta for atípica, ou seja, quando não há crime. (art 1, CP). Só vai tratar como crime o comportamento que lesem. Não existe analogia. 
A lei penal deve ser interpretada, como tudo no Direito. 
I- Quanto a origem
a) Autentica: é aquela que o órgão que cria a lei já a interpreta. (EXEMPLO: ARTIGO 327 CP ; ARTIGO 319CP)
b) Doutrinária: interpretar a lei. São os comentários a respeito do conteúdo da lei, feito pelos cientistas do Direito.
c) Jurisprudencial: decisões repetidas sobre a mesma matéria e mesma condição reiteradas dos tribunas (pois são colegiadas) e não dos juízes singulares. Acórdão: quando uma câmara ou tribunal decide.
II- Quanto ao modo
a) Gramatical: é a leitura, ler o que está escrito, ou seja, esta no vernáculo. Ler e interpretar.
b) Teleológica: falada, é buscar o sentido das palavras. (EXEMPLO: ARTIGO 312 CP crime de peculato)
c) História: buscar na história
d) Sistemática: buscar dentro do sistema. CP é um sistema legal, na qual há bens e valores a serem protegidos. 
III- Resultado
a) Declarativa: simples, aquela que se esgota nela mesma. (EXEMPLO: ARTIGO 121 CP fala sobre matar alguém.)
b) Extensiva: quando vai além (EXEMPLO: art 121, paragrafo primeiro e segundo. Torpeza: sentimento egoísta). 
c) Restritiva: interpretação da lei penal de forma restrita. Restringirá na interpretação. (EXEMPLO: Art 219, CP "mulher honesta").
APLICAÇÃO DA LEI PENAL:
(lei sempre regra escrita), não foi criada de forma aleatória, ela tem uma função: proteger bens, descrevendo condutas e associando essas condutas a imposição de uma pena. – Quando essa lei será aplicada? Quando entrar em vigência!
Sempre a lei nova revoga a anterior
Princípio básico do direito penal, artigo 1º CP: não há crime sem uma lei anterior que o defina
Princípio da Legalidade: princípio norteador; aquele que não há crime, não posso falar de crime sem que antes exista uma lei que entenda que determinado comportamento é crime, pois a lei sempre precisa anteceder o fato. (Art 1, CP. Art 5, INCISO , XXXIX, CF)
LEI PENAL DO TEMPO: 
Tempo que efetivamente irá determinar se aquele fato deve ou não ser considerado crime.
 Vigência da lei: quando a lei começa efetivamente a surtir os seus efeitos, quando a lei começa efetivamente começa a valer
O QUE DETERMINA A DATA DE VIGÊNCIA DA LEI:
Texto legal pode trazer consigo ‘’essa lei entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2016’’
Se por omisso a lei for publicada e não estiver no texto, não tem data de início da sua vigência A REGRA É 45 DIAS APÓS A SUA PUBLICAÇÃO ESTA LEI COMEÇARA A VIGOR. (EXEMPLO: A lei é publicada, se no texto da lei não estiver escrito a data que entrará em vigor (vigência da lei: quando a lei começa a surtir seus efeitos), o prazo será de 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação. Tempo de quarenta e cinco dias=Vacatio legis. "Tempus regit actum": o ato (comportamento humano), só pode ser regido no tempo da vigência da lei.)
-Revogação da lei: só uma nova lei pode revogar outra lei. 
a) expressa: É expressa pois está expressamente no texto desta nova lei que a lei anterior está revogada, quando no próprio texto a lei diz: "A lei tal esta sendo/foi revogada", de forma clara. Só pode revogar leis que foram publicadas anteriormente. A lei nova só pode revogar leis que foram publicadas anteriormente 
b) tácita: Quando o conteúdo da lei nova é incompatível com o texto da lei anterior. (tácito significa: aquilo que não é expresso)
Derrogação: quando for apenas parcial tanto expressamente quanto tacitamente. Quando alguns textos são incompatíveis com os parágrafos (revogação parcial de alguns trechos/situações da lei anterior). Arts 539 e 540, CPP. Quando há pontos que o texto novo é incompatível com o texto velho há a derrogação, que é a revogação PARCIAL não é toda a lei que está revogada e sim alguns trechos (SÓ O ARTIGO)
Exemplo: artigo 121 – 2 parágrafo crime de homicídio qualificado, surge uma lei nova na qual alguns textos dessa lei nova são incompatíveis com estes parágrafos, não houve a revogação total mas houve a derrogação ou uma revogação parcial de alguns trechos ou algumas situações da lei anterior.Exemplo: Lei de abuso de autoridade, surge uma lei nova publicada hoje e alguns dispositivos são inconstitucionais, ai é publicada uma lei que é uma lei de caráter revogativo. 
ARTIGO 539 CPP ESTA REVOGADO A NOVA LEI DE 2008 REVOGOU EXPRESSAMENTE ALGUNS DISPOSITIVOS, ENTÃO FOI UMA REVOGAÇÃO EXPRESSA. 
- SE NÃO TIVER EXPRESSAMENTE, MAS, O TEXTO NOVO É INCOMPÁTIVEL COM TRECHOS DA LEI ANTERIOR: DERROGAÇÃO TÁCITA. 
Ab rogação: quando está expressamente no texto "A lei anterior foi revogada" quando tácita. Há uma revogação total do código.
Exemplo: CPC NOVO (CÓDIGO TODO)
SEMPRE A LEI NOVA TERÁ CONDÃO DE REVOGAR A LEI ANTERIOR, SEMPRE QUE HOUVER A INCOMPATIBILIDADE A LEI ANTEIOR ESTARA REVOGADA. 
Eficácia da Lei Penal:
Quando a lei começa efetivamente a valer, quando começa a surtir efeitos legais, é quando a lei possui vigência. A vigência da lei pode nascer no momento da sua publicação, ou na data em que estiver estipulado no corpo da lei. No caso de omissão, é 45 dias. (A duração da lei vai até que outra a revogue). Ao término da lei, tudo o que aconteceu com a sua vigência termina com a revogarão da lei. 
Regra: ART 5, INCISO XL
Conflito na Lei Penal
Hipótese
Abolito Criminis: quando a lei revoga absolutamente a lei anterior. A lei nova começa a desconsiderar uma pratica como criminosa. Então acaba o crime, pois beneficia o réu. 
Novatio Legis in Mellius: a lei nova abranda o crime. A pena determina se o crime é mais grave ou menos grave. Para melhor, lei nova. 
OBS: A lei nova sempre beneficiar o réu. 
Novatio Legis in Pejus: quer dizer: para pior. A lei nova piora a situação da pessoa para a pratica do crime.
Novato Legis in criminadora: a lei nova tipifica a lei anterior que não era considerado para para o crime. 
Ultratividade na Lei Penal
Exceção: terá efeitos mesmo após sua revogação. 
Lei temporária: é auréola em que o seu próprio texto determina o início e o término de sua própria vigência. Lei 9504/97 ART. 39 paragrafo 1 e 2. Os efeitos perdurarão. 
Lei Excepcional: aquela que é criada em uma ocasião. Pois foi a própria União que faz o projeto é cria a lei. Sempre excepcional, pois dura em período de guerras e calamidade. 
Ambas são auto revogáveis. Não depende de outras leis para serem revogadas. 
Crimes permanentes: ART 229, CP. O crime é permanente pois a pessoa acorda e dorme dentro da casa de prostituição. Crime permanente não retroage. 
Crimes continuados: Art 71, CP. Quando há uma frequência: passar na banca de frutas e furtar uma maçã todos os dias. Procedimento igual ao permanente, não vai retroagir.

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